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Na “Farsa de Inês Pereira”, Inês Pereira casa-se com o Escudeiro, com quem idealizou um
casamento feliz e livre, com o intuito de se livrar das atividades domésticas. No entanto, assim
que se deparam sozinhos, esta vê-se sujeita a uma série de regras ordenadas pelo marido,
entre as quais, o seu encarceramento. Nesta situação, o Escudeiro é completamente
autoritário. Mais tarde, este acaba por morrer na guerra e Inês casa-se com um antigo
pretendente, Pero Marques, que realiza todos os desejos da mulher. No casamento recente,
Inês aproveita a ingenuidade do marido e trai-o descaradamente, chegando mesmo a ser Pero
Marques a carrega-la às costas até ao local de encontro com o amante.
Tanto Inês Pereira como Batola são duas personagens preguiçosas, que evitam o trabalho.
No casamento com o Escudeiro, verifica-se o mesmo que no casamento de Batola: a mulher
acaba por se submeter e render à vontade do marido (no caso de Inês, esta rende-se às regras
do marido; no caso da mulher de Batola, esta aceita a decisão do marido ao ficar com a
telefonia). No casamento com Pero Marques, também se verificam semelhanças,
relativamente ao casamento de Batola no início do conto. A mulher tem uma personalidade
dominante, fazendo aquilo que quer.
Assim se verifica a existência de semelhanças entre as relações conjugais nas duas obras.