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DENOMINAÇÕES
-OVO FRESCO: Ovo que não foi conservado por qualquer processo e foi mantido 8 a 15 graus
Celsius com umidade entre 70-90.
-CONSERVA DE OVOS: Tratamento do ovo sem casca ou partes do ovo, gema ou clara, que
tenham sido pasteurizados, resfriados, congelados, adoçados, salgados, desidratados ou
liofilizados(congelar o alimento e depois fazer com que a agua passe do estado sólido para o
estado gasoso, técnica utilizada principalmente na área farmacêutica, técnica pouco utilizada
devido custo elevado).
-OVO INTEGRAL: Ovo desprovido de casca e que conserva as proporções de gema e clara.
-OVO DE FABRICO: Ovo industrializado, também conhecido como ovo industrial, não se
enquadra em características de classificação, mas estão em boas condições, podendo ser
destinados à padarias e similares ou industrialização. Ex: mancha de sangue na casca.
A inspeção que define se o ovo vai para industrialização para consumo humano, se vai para
ovos in natura ou para a fabricação de rações.
ANATOMIA DO OVIDUTO
Qualquer situação de estresse que a poedeira seja submetida, estresse térmico, hídrico,
relacionado a alto teor de amônia no galpão, ureia, doenças que afetem a sanidade da ave e
afete o oviduto da mesma, presença de medicamentos, aspectos de nutrição, interferem na
saúde da ave que interfere na qualidade do ovo.
Pode ocorrer a contaminação do ovo por salmonela na cloaca da ave por contaminação
cruzada associada a cloaca e manipulação dos ovos, ou contaminação da gema do ovo dentro
do oviduto.
Chalaza: é um fio branco quando se quebra o ovo, indica que o ovo não é muito velho.
Armazenar o ovo com a câmara de ar para cima. Casca do ovo é porosa, a cutícula sela o ovo
para não prejudicar a qualidade do ovo (protegendo os poros do ovo).
Com o passar do tempo a cutícula vai ressecando, isso acaba alterando o pH do ovo pois a
concentração
CASCA
Gênero Apis (Apis melífera): produtos mel, pólen apícola, geleia real, própolis, cera e apitoxina
Definição de mel: Produto alimentício produzido pelas abelhas melíferas a partir do néctar das
flores ou das secreções procedentes de partes vivas das plantas ou de excreções de insetos
sugadores de plantas que ficam sobre as partes vivas de plantas que as abelhas recolhem,
transformam, combinam com substancias especificas próprias, armazenam e deixam maturar
nos favos da colmeia.
Existem 2 tipos de mel-> mel tradicional, a partir do néctar das flores e o mel de melato obtido
a partir de secreções açucaradas das plantas ou excreções de insetos sugadores (cochonilha),
ocorrendo transformações dessa matéria prima a partir de enzimas regurgitadas no favo,
ocorrendo um processo de maturação e armazenamento desse material nos favos da colmeia.
Planta Bracatinga (Mimosa scabrella): Abelha pode obter o mel a partir do néctar das flores da
arvore ou das excreções de cochonilhas dos troncos.
Existe uma relação direta entre a composição do mel e a composição do néctar. Se existirem
agrotóxicos nas plantas, essas substancias toxicas podem estar presentes no mel.
Determinados defensivos agrícolas podem causar a morte de abelhas quando estão coletando
o néctar da planta através de intoxicação.
Escorrido: É o mel obtido por escorrimento dos favos desoperculados, sem larvas. (É retirada a
camada de cera para obter o mel), menos utilizado pois demora demais.
Prensado: É o mel obtido por prensagem dos favos, sem larva (não é prático pois ocorre a
destruição dos favos, fazendo com q as abelhas levem mais tempo para produzir o favo e o
mel, e pode apresentar algumas sujidades).
Centrifugado: Técnica mais comum dos apicultores, é o mel obtido por centrifugação dos favos
desoperculados.
Mel com pedaços de favo: É o mel que contém um ou mais pedaços de favo com mel, isentos
de larvas.
Mel cristalizado ou granulado: É o mel que sofreu um processo natural de solidificação, como
consequência da cristalização dos açúcares (mel de boa qualidade cristaliza, armazenado
durante um período prolongado de tempo ou variação na temperatura).
Mel cremoso: É o mel que tem uma estrutura cristalina fina e que pode ter sido submetido a
um processo físico, que lhe confira essa estrutura e que o torne fácil de utar (Também é u
processo de cristalização, mas é uma cristalização induzida pela indústria, com o intuito de
obter uma pasta cremosa de mel, sendo um mel cristalizado com os diâmetros dos cristais
uniformes e pequenos).
- As obreiras recolhem o néctar das flores para fazer o mel, deglute esse néctar para uma
estrutura denominada de papo e regurgita esse material na colmeia (abelhas são organizadas
em sociedade, e cada abelha possui sua função de acordo com sua idade)
-O néctar tem 5 a 80% de açúcar (sacarose) e menos de 0,2% de proteína. (Costuma-se dizer
que no mel não existem proteínas, vem dos grãos pólen que estão misturados o mel)
-Na colmeia, este é depositado nos favos, e ventilado com as asas para evaporar a água (néctar
tem grande quantidade de água, abelhas batem as asas para evaporar a agua, cirando um
sistema de arrefecimento, se colocar um termômetro dentro da colmeia a temperatura interna
estará sempre constante em função desse batimento de asas, a evaporação dessa água é
importante para a conservação desse mel necessitando de baixa atividade de agua)
-Quando resta menos de 18% de agua, passa a chamar-se mel e a abelha sela o favo.
-Invertase: sacarose (néctar) -> glicose e frutose (desdobra a sacarose em glicose e frutose,
sacarose não é um açúcar redutor, mel necessita de 65% de açúcar redutor para ser bom)
-Diastases: quebra o amido (termo sensível 60 graus Celsius) (elas vão produzir algumas
substancias no mel a partir das diástases que quebram o amido, existe um teste “atividade
diastasica” que mostra se o mel sofreu algum processo de aquecimento ou não, diástase nos
dá uma ideia da qualidade do mel. Existem algumas formas de produzir açúcares redutores a
partir de uma hidrólise acida que converte o açúcar em glicose e frutose, quando isso acontece
o fraudador acaba aquecendo o mel, destruindo as diástases. A temperatura também pode ser
aumentada caso a pessoa tenha um mel cristalizado e tente descristaliza-lo elevando demais a
temperatura, ou deixando o mel armazenado em um local com muita incidência do sol)
-> Se fizermos uma comparação grosseira, basicamente 80% do mel é composto por açúcares
(glicose e frutose, sacarose (porque nem toda sacarose vai ser convertida) e outros açúcares)
COMPOSIÇÃO DO MEL
pH 3,91 pode-se ter problemas com leveduras e fungos, alimento com alto teor de açúcar
pode ter uma fermentação.
-A sacarose, sendo formada por glicose e frutose, pode tonar-se um açúcar redutor se sofrer
ação enzimática ou hidrólise ácida.
-A maltose é formada a partir da ação das diástases sob o amido do grão de pólen.
MEL MADURO
-Desdobramento de sacarose
CARACTERÍSTICAS FISICO-QUIMICAS
1.MATURIDADE
a) Açúcares redutores:
b) Umidade:
-Máx 20g/100g
c) Sacarose aparente:
2.PUREZA
b) Minerais (cinzas): (Quando há algum tipo de fraude existe um maior teor de cinzas e
minerais)
-> Aditivos
3. DETERIORAÇÃO
a) Fermentação: o mel não deve ter indícios de fermentação: (Acidez máx de 50 meq/kg)
- Os méis com baixo conteúdo enzimático devem ter como min uma atividade diastásica a 3 na
escala de Gothe, sempre que o conteúdo de hidroximetilfurfural não exceda a 15 mg/kg.
c) Hidroximetilfurfural:
FLUXOGRAMA DE PROCESSAMENTO
1. Coleta (Ida ao apiário, utiliza-se fumaça, coleta-se os melhores quadros com alta taxa
de operculação)
2. Desoperculação (retirada da camada de mel que está sob o favo)
3. Centrifugação.
4. Filtragem
5. Decantação (sujidades mais grosseiras vão pro fundo do decantador)
6. Envase.
O produtor vai estimular a produção de larva para coletar a geleia real e descarta as larvas.
Se produz a geleia real para alimentar as larvas, abelhas novas e a rainha. A fertilidade da
rainha está relacionada a sua nutrição, só se alimenta de geleia real. Outras abelhas se
alimentam de mel e pólen.
GELEIA REAL
-Geleia real fresca: É o produto coletado por processo mecânico a partir da célula real
(realeira), retirada a larva e filtrada.
Pode ser comercializada na forma liofilizada (capsula). Se estiver na forma fresca precisa
ficar sob refrigeração.
Zangão: 24 dias
REQUISITOS FISICO-QUIMICOS
Umidade: 60% a 70 %;
Cinzas: máximo de 1,5 % (m/m);
Proteínas: mínimo de 10 % (m/m)
Açucares redutores, em glicose: mínimo 10 % (m/m);
Lipídeos totais: mínimo 3,0 %;
pH: 3.4 a 4.5;
Índice de acidez: 23,0 a 53,0 mg KOH/g;
Sacarose: máximo 5,0 %;
HDA: mínimo 2% (m/m) (HDA= ácido 10-hidróxi-2-decenóico)
DEFINIÇÃO DE PROPOLIS
Produto oriundo de substancias resinosas, gomosas e balsâmicas, colhidas pelas abelhas de
brotos, de flores e de exsudados de plantas, nas quais as abelhas acrescentam secreções
salivares, cera e pólen para a elaboração final do produto. Esse material é colhido pelo
apicultor e é produzida uma solução que é vendida desde spray até a mistura de própolis com
mel, pólen, etc.
REQUISITOS FISICO-QUIMICOS
Produto resultante da aglutinação do pólen das flores, efetuada pelas abelhas operárias,
mediante néctar e suas substancias salivares, o que é recolhido no ingresso da colmeia. É
bastante comercializado pela indústria apícola. Ela mistura o pólen das plantas com néctar e
substancias salivares e acaba armazenando essa mistura em suas patas traseiras, levando esse
grão de pólen para a colmeia.
Logo na entrada da colmeia existe uma tela furada e uma caixinha, quando a abelha tenta
entrar dentro da colmeia pelo furo, ela acaba derrubando esse pólen na caixa, onde o
produtor a coleta.
1.Umidade:
Pólen Apícola: máximo 30%.
Pólen Apícola Desidratado: máximo 4%
2.Cinzas: máximo de 4%; m/m, na base seca
3.Lipídios: mínimo de 1,8%; m/m, na base seca
4.Proteínas: mínimo 8%; m/m, na base seca
5.Açúcares Totais: 14,5 a 55,0 %; m/m, na base seca
6.Fibras Brutas: mínimo 2%; m/m, na base seca
7.Acidez livre: máximo 300 mEq/kg
8.pH: 4 a 6
9.Flavonóides: presença
POLEN
Rico em caroteno (pró-vit A). Algumas variedades de pólen, como o de acácia, contêm 20x
mais caroteno que a cenoura.
É uma fonte de oligo-minerais como: titânio, níquel, cromo, cobalto, silício, etc.
Pólen
Quando a obreira visita a flor fica com o corpo coberto de pólen, recolhe-o e
acumula-o nas patas traseiras.
Regurgita néctar para formar uma massa que armazena em favos de pólen.
CERA DE ABELHA
Não possui função como alimento, mas pode ser comercializada em barras que são vendidas
para industrias diversas, como velas, cremes, laminas de ceras desoperculadas (para acelerar o
processo das abelhas)
Características
Segregada no abdômen das obreiras.
Serve para construir e selar os favos do mel, do pólen, e onde crescem as larvas.
Quando o mel é extraído, recolhe-se a cera para a indústria.
Exemplos de utilização:
microemulsão à base de fécula de mandioca e cera de abelha na pós-colheita de
pêssegos.
Industria de cosméticos (Pomadas, xampus e cremes).
Regulamento Técnico:
Aspecto: sólido amorfo;
Aroma: característico (lembra o mel);
Cor: branca a amarelada;
Consistência: macia e friável.
Ponto de fusão: 61ºC a 65°C;
insolúvel em água, solúvel em óleos voláteis, éter, clorofórmio e benzeno.
Índice de acidez: 17 a 24 mg KOH/g;
Índice de ésteres: 72 a 79;
Índice de relação ésteres e acidez: 3,3 a 4,2; 4.2.6.
Ponto de saponificação turva: máximo de 65ºC;
APITOXINA
Umidade: máximo 3%
TECNOLOGIA DO LEITE 1.
ESTABELECIMENTOS DE LEITE:
- GRANJA LEITEIRA: Produção, pré-beneficiamento, beneficiamento, envase,
acondicionamento, rotulagem, armazenagem e à expedição de leite para o consumo
humano direto, podendo também elaborar derivados lácteos a partir de leite exclusivo
de sua produção.
-POSTO DE REFRIGERAÇÃO: Estabelecimento intermediário entre as propriedades
rurais e as usinas de beneficiamento ou fábricas de laticínios destinado à seleção, à
recepção, à mensuração de peso ou volume, à filtração, à refrigeração, ao
acondicionamento e à expedição de leite cru.
-USINA DE BENEFICIAMENTO (beneficiamento = processamento): Leite para consumo
humano direto. Recepção, pré-beneficiamento, beneficiamento, envase,
acondicionamento, rotulagem, armazenagem e expedição. Facultando-se a
transferência, a manipulação, a fabricação, a maturação, o fracionamento, a ralação, o
acondicionamento, a rotulagem, a armazenagem e a expedição de derivados lácteos.
Permitida a expedição de leite fluido a granel de uso industrial. (Pode ser chamada de
laticínios)
-FABRICA DE LATICINIOS: Fabrica de derivados lácteos. Recepção de leite e derivados,
de transferência, de refrigeração, de beneficiamento, de manipulação, de fabricação,
de maturação, de fracionamento, de ralação, de acondicionamento, de rotulagem, de
armazenagem e de expedição de derivados lácteos. Permitida a expedição de leite
fluido a granel de uso industrial. Não é permitido vender leite de consumo direto.
-QUEIJARIA: Estabelecimento localizado em propriedade rural destinado à fabricação
de queijos tradicionais com características especificas, elaborados exclusivamente com
leite de sua própria produção. (Fabricação, maturação, acondicionamento, rotulagem,
armazenagem e expedição). Encaminhamento do produto a uma fábrica de laticínios
ou usina de beneficiamento, -> caso não realize o processamento completo de queijo.
NOVA LEGISLAÇÃO
O congelamento prejudica o leite muitas vezes causando o rompimento dos
glóbulos de gordura. Tem todo um cuidado com o controle da cadeia de frios
pois está relacionado com o desenvolvimento de micro-organismos, alterando
a qualidade sensorial do leite, podem induzir a processos de rancificação
dentre outros problemas.
É importante fazer a contagem total e de células somáticas pois devem haver
boas práticas de manipulação, tomar cuidado com a mastite que pode
prejudicar a qualidade dessa matéria prima.
Antibiótico deixa resíduos no leite, não podendo ser utilizado para
processamentos.
Ocorre um aumento das células somáticas quando ocorre alguma inflamação,
mas a célula somática te dá uma ideia do nível de desgaste do úbere, grande
parte do epitélio da glândula mamaria é perdido de tempo em tempo então
ocorre uma liberação dessas células de forma natural, porém caso ocorra
algum tipo de estresse produtivo, um aumento na contagem de células
somáticas sem haver um aumento na contagem total é um indicativo de que
aquele animal vai posteriormente apresentar algum processo inflamatório. É
um indicativo do status do epitélio mamário.
Agitar muito o leite pode criar espuma e o micro-organismo se esconde nela, e
também pode induzir o processo de rancificação.
DEFINIÇÃO DE LEITE
Água–86 a 89%
Lipídeos ( 3 a 5%)
Simples (mistura de triglicerídeos) 3 a 4,8%
Compostos de fosfolipídeos 0,03% (Ex: lecitina, cefalina, esfingomielina, etc)
Derivados esteróis 0,01% (Ex: colesterol, lanosterol)
Proteínas (3,5%)
Caseína 2,5% (fração alfa, beta e kappa)
Lactoglobulina 0,3%
Lactoalbumina 0,07%
Enzimas (ex: catalase, peroxidase, xantino-oxidase, fosfatase (ácida e alcalina),
aldolase, amilase (alfa e beta), lipase, e outras esterasese proteases.
MICELAS DE CASEINA -> São formadas por submicelas de caseína. A camada externa da
micela contem k-caseína (kapa caseína) e submicelas, e a parte interna é formada de
beta e alfa caseína. O fosfato de cálcio coloidal liga as sub-micelas. Existem cargas
negativas em volta da micela, impedindo que uma micela junte com outra micela e se
precipite. É uma estrutura que depende do equilíbrio salino do leite e do seu pH.
Não se costuma falar sobre valor de pH do leite, pois o pH é um indicativo
da acidez, então é mais interessante avaliar a acidez do leite em uma
titulação ácido-base do que medir o pH.
Há duas maneiras de se medir a acidez do leite:
1. Com uma titulação ácido-base, chama de acidez dornic, obtendo um
valor em graus dornic, o leite deve ter entre 14-18 graus dornic, quanto
maior o valor significa que o leite está ácido, menor significa que está
alcalino. Leite ácido: ação fermentativa dos micro-organismos. Leite
alcalino: a fraude é uma maneira de obter o leite alcalino, se você tiver
um leite ácido e jogar hidróxido de sódio ele pode se tornar alcalino,
outra possibilidade é o excesso de detergentes alcalinos no sistema de
limpeza, caso reste algum resíduo devido ao mal enxague, esse resíduo
pode se misturar com o leite, tornando-o alcalino. Existe também a
possibilidade de se ter traços de sangue no leite, principalmente em um
processo inflamatório mais avançado, começa a migrar minerais e
compostos da circulação sanguínea para o leite, quando a
permeabilidade do tecido alveolar fica prejudicada, e com isso aumenta
a quantidade de citrato no leite, tornando-o mais alcalino. O leite
alcalino pode ser um indicador de processos inflamatórios.
Cálcio, existe tanto na solução verdadeira(33%) quanto nas micelas de caseína
(67%), podendo ocorrer trocas de um lugar para o outro, existindo todo um
equilíbrio salino, se esse equilíbrio for afetado esse leite vai precipitar. 100%
do cálcio ionizado está na solução verdadeira.
A lactose é um açúcar redutor, tem grande importância do ponto de vista de
reações de escurecimento. Ex: durante a produção de um doce de leite, o
mesmo vai ficar mais amarronzado devido as reações de caramelização ou
reações de Maillard que vão envolver essa lactose.
Os pigmentos são responsáveis por dar uma coloração característica ao leite e
essa pigmentação pode variar em função da genética e em função da
alimentação. Alimentação em função de alimentos que contem maiores níveis
de carotenoides o leite tende a ficar mais amarelado
Vitaminas-> lipo: ligadas aos glóbulos de gordura
Hidro: dispersas na solução verdadeira, são mais sensíveis a temperatura.
IMPORTÂNCIA DA LACTOSE
-Fator de controle na fermentação do leite e maturação dos derivados;
-Elevado valor nutritivo (energético)
-Facilita absorção de calcio, ferro e fosfato nos intestinos
-Relacionada com textura e solubilidade dos laticínios
ENZIMAS DO LEITE
-No leite de vaca, foram detectadas cerca de 60 enzimas diferentes cuja origem é difícil
determinar.
Origem-> Células do tecido mamário; Plasma sanguíneo; Leucócitos (Podendo ser
também de origem microbiana, no qual ocorreu uma contaminação cruzada e esses
micro-organismos estão gerando enzimas e essas enzimas estão atuando nos
componentes do leite).
- As enzimas são encontradas em baixas concentrações, mas sua atividade é tal que,
por serem catalisadores bioquímicos, podem provocar importantes mudanças,
inclusive em baixa concentração.
-Algumas enzimas podem ser indicativos de tratamentos térmicos, como a fosfatase
alcalina e a lactoperoxidase.
-Não devemos subpasteurizar o leite pois não haverá a destruição completa dos micro-
organismos, nem superpasteurizar, pois ocorrem perdas de componentes nutricionais.
-Algumas enzimas são agentes que provocam a hidrolise dos componentes do leite
(proteases, lipases, etc).
-A origem das enzimas serve como índice de contaminação microbiana (superóxido
dismutase). A quantidade dessa enzima tem uma relação com a contagem total.
RANÇO HIDROLÍTICO
Caracterizado pela hidrólise da gordura (lipases). (Como evitar: diminuindo
micro-organismos cuidando da higiene, refrigerar o leite)
Ranço hidrolitico induzido: Mais comum no “leite cru” onde as lipases têm uma
ação efetiva sobre a superfície do glóbulo. Sofre influência de fatores como:
agitação, flutuação da temperatura e homogeneização.
Ranço hidrolitico espontâneo: Predisposição genética de alguns animais. Não
necessita de agitação
RANÇO OXIDATIVO
Oxidação das moléculas insaturadas de ác. Graxos. (não depende de enzimas
mas depende de algumas situações que causam oxidação dos glóbulos de
gordura, a embalagem a vácuo é uma alternativa pra diminuir a rancificação
oxidativa).
-Presença de oxigênio atmosférico ou dissolvido
-Luz, principalmente a ultravioleta
-Traços de metais pesados especialmente o cobre
-Calor
Como evitar:
- Refrigeração em baixas temperaturas
-Inoculação de N2 durante o acondicionamento dos produtos (leite em pó,
injetando nitrogênio você faz com que o oxigênio saia da embalagem)
-Aplicação de vácuo nas embalagens
-Utilização de antioxidantes (no caso de leite fluido não é permitido)
COMPOSIÇÃO DO LEITE
Contaminação química:
-Antibióticos;
-Anti-sépticos;
-Micotoxinas;
-Resíduos de pesticidas;
-Elementos metálicos e metais pesados;
-Elementos radioativos.
FATORES EXTRÍNSECOS
Estado de saúde e infecções
Microbiota do úbere: Na cisterna o leite é estéril; a partir daí, ocorre a
contaminação progressiva por germes comensais.
MASTITES: Diminuição do rendimento; Elevação do numero de células
somáticas (leucócitos polimorfonucleares);
Mastite clinica: a composição se aproxima ao sangue
Teste do Alizarol
O aumento da acidez do leite pode ocorrer por causa da produção de ácido lático a
partir da degradação da lactose, um dos componentes do leite, pela ação de
microrganismos. Por isso, a acidez indica o estado de conservação do leite. O teste do
alizarol deve ser realizado pelo responsável pela recepção do leite de cada latão antes
da introdução do leite no tanque de resfriamento, no caso de tanques comunitários.
No caso de tanques individuais, deve-se realizar o teste do alizarol antes da coleta do
leite a granel que será levado para a indústria (BRASIL, 2011). De acordo com a
legislação, se for constatado que o leite está ácido no teste do alizarol, o produto deve
ser rejeitado, ou seja, não será captado para ser beneficiado pela indústria. O teste do
alizarol permite identificar se o leite está normal, ácido ou com acidez menor do que o
normal (leite alcalino) e estima a estabilidade térmica do leite, simulando o processo
que o leite será submetido na indústria. O leite com baixa estabilidade térmica é
identificado como aquele que forma precipitado ou grumos quando exposto ao teste
do álcool ou fervura, e por este motivo é rejeitado. O teste é feito usando uma solução
saturada de alizarina preparada em álcool 72% volume/volume (v/v) e que pode ser
obtida em lojas especializadas. Para realização do teste, são misturados volumes iguais
da solução de alizarol e da amostra de leite. A leitura do teste se dá pela observação
da coloração da mistura e também pela observação se houve ou não coagulação ou
formação de grumos (Figura 1). O leite em condições adequadas para captação deve
apresentar coloração de rosa a lilás e sem coagulação, o que demonstra que o leite
está com acidez normal (pH de 6,8 a 6,6). Se houver a formação de coloração amarela
ou a presença de coagulação, o leite é considerado ácido. Caso o leite esteja alcalino, a
mistura irá apresentar coloração arroxeada ou violeta, tendendo para o azul (TRONCO,
1997).
AULA 5. SLIDE 16
O leite UHT pode ser direto e indireto.
Slide 17 com um gráfico mostrando a temperatura e o tempo. Quando
injetamos vapor diretamente no leite rapidamente ocorre uma elevação da
temperatura e depois o resfriamento também ocorre de maneira muito rápida.
A região pontilhada de vermelho é a zona de agressão ao leite, ela representa
um momento onde pode ocorrer uma certa perda de qualidade no leite no
ponto de vista nutricional. Quando temos o método indireto há uma demora
maior para atingir a temperatura, e a temperatura atingida não foi 150 graus,
foi uma temperatura próxima de 130 graus, não conseguimos atingir
temperaturas mais elevadas com esses trocadores de calor é mais difícil, seu
período para refrigeração é mais lento e a área de injuria ao leite é maior
comparada ao sistema direto.
Embora possamos produzir leite UHT pelo método direto e indireto, a maior
parte das industrias utilizam o método direto, pois conseguimos aquecer o leite
em uma temperatura muito alta e resfria o mesmo de uma forma muito rápida,
fazendo com que o período de dano ao leite seja menor que no método
indireto, porque como existem placas ou tubos você precisa elevar a
temperatura e depois diminuir a temperatura, e isso demora um tempo um
pouco maior do que se você fizer a injeção diretamente no leite.
Do ponto de vista do leite UHT direto possuímos dois métodos: 1. Injeção: o
vapor entra diretamente em contato com o leite. 2. Infusão: Há uma câmara
onde é feita uma pulverização do leite e ele entra em contato com o vapor
quente. Nos dois métodos existe uma necessidade de retirada a água que foi
incrementada no leite após esses sistemas.
LEITES ESTERELIZADOS
São leites que na realidade perderam um pouco de mercado, pois o leite UHT ganhou
mercado do leite pasteurizado, mas ele existe na legislação.
-O objetivo de qualquer tratamento esterilizante é a destruição dos micro-organismos
presentes, esporulados ou não ou pelo menos de todos aqueles que possam proliferar-
se no produto final.
-Sua vida na prateleira pode chegar a 6 meses fora da geladeira, também utiliza alguns
tipos de atenuadores de pH, mas não utiliza nenhum tipo de conservante.
-Geralmente esse tipo de leite é submetido a um binômio tempo/temperatura
diferente (110 graus durante 20 min) a esterilização geralmente é feita em autoclaves.
-Exige uma matéria prima de extrema qualidade, pois se não ele não suporta esse
tratamento térmico, podem ocorrer perdas um pouco maiores quando comparadas ao
leite UHT.
- Fluxograma: Controle de matérias-primas -> Eliminação de impurezas ->
Preaquecimento -> Homogeneização -> Acondicionamento -> Esterilização ->
Resfriamento -> Armazenamento, transporte e comercialização.
SISTEMA ULTRAFRESH
É um sistema que trabalha com centrifugas especiais, existe, dentro das etapas de pré-
beneficiamento, centrifugas bactofugadoras que são fechadas hermeticamente e que
trabalham em uma velocidade extremamente alta, conseguindo retirar sujidades e
micro-organismos termo resistentes como esporos que não são destruídos no
processo de pasteurização
-Pré-aquecimento do leite;
-Centrifugação (hermética), para a remoção dos micro-organismos.
-Injeção de vapor à temperatura de 138 graus celsius, por alguns segundos;
-Homogeneização; (Padronização dos glóbulos de gordura e evitar a formação da nata
devido a ação das aglutininas que liga um glóbulo ao outro e causa floculação),
-Resfriamento à temperatura ambiente;
-Envase em embalagens assépticas (tetra pak).
-Calor úmido é mais eficiente que o calor seco-> portanto produtos de baixa
umidade necessitam de mais calor.
ESTERILIZAÇÃO DO LEITE
-Alimentos não ácidos (Ph > 4,5) GERALMENTE RECEBEM O TRATAMENTO DE 12d
(destruição de 12 ciclos decimais) a 121graus c.
IMPORTANCIA NA CONTAGEM INICIAL DE MICRO-ORGANISMOS:
Exemplo: Alimento com 10^9 (M.O) (unidades formadoras de colônia por ml)=
tratamento de 12D= 1/1000 poderá ter células vivas ou 999 latas estéreis.
Alimento com 10^7 (M.O)= tratamento de 12D= 1/1000.000 poderá ter células
vivas ou 999.999 latas estéreis.
-A esterilização de alimentos nunca é 100%
-A contaminação inicial é de suma importância.
Creme Vegetal
- Elaborado apenas com gorduras vegetais, tem o teor de lipídios de 42 a 68%.
-É uma emulsão tipo A/O (água/óleo), onde a parte oleosa é necessariamente
vegetal. Na proporção de lipídios máximos a 95% e mínima de 10%.
- O creme vegetal, diferente da margarina, não possui leite em sua composição.
TIPOS DE MANTEIGA:
- Manteiga sem sal;
- Manteiga com sal;
- Manteiga acidificada ou fermentada;
- Manteiga clarificada (manteiga ghee);
- Manteiga de baratte ou extrafina.
PRODUÇÃO DE MANTEIGA
B) Neutralização
- Pode ser utilizado bicarbonato de sódio, carbonato de sódio ou hidróxido de
cálcio, caso a acidez esteja acima de 20 graus D.
Creme ácido: gosto de queimado na pasteurização, sem consistência, sem
aroma e com sabor de “peixe”. ( a acidez ocorre por conta de uma elevação no
numero de micro-organismos, e esse M.O produzem enzimas que vão atuar sobre os
ác. Graxos das gorduras e isso proporciona um sabor totalmente alterado na sua
manteiga, por conta de lipases que ocorreram no glóbulo de gordura)
D) Maturação
- Aprimora a qualidade sensorial;
- Natural (creme não pasteurizado) ou Artificial ( adição de micro-organismos –
3% do creme)
3. BATIMENTO DO CREME
- Reunião dos glóbulos de gordura do creme em grãos de manteiga e
eliminação das substancias não gordurosas (leitelho). ( os glóbulos serão
rompidos e o triglicerídeo que está dentro do globulo + os componentes
gordurosos que estão na parede vão se unir formando a massa da manteiga, e
após alguns processos de cristalização essa manteiga vai tomando forma)
4. DESLEITAGEM
- Retirada do leitelho após a bateção (geralmente guardam esse leitelho para a
produção de bebidas lácteas)
5. LAVAGEM DA MANTEIGA
- 2 x (agua -> inicial de 8 graus C e 4 C ao final para não amolecer a manteiga)
- Eliminar restos de leitelho e sabor indesejáveis
- Corrigir defeitos de uma batida com alta ou baixa temperatura.
6. SALGA ( 2 a 6% de NaCl)
- Etapa opcional:
Dar sabor particular a manteiga;
Melhorar a conservação até certo ponto; (prejudica o micro-organismo pois
afeta a atividade de água, o NaCl tem efeito tóxico sobre os M.O, e quando
colocamos sódio em uma solução aumentamos o potencial osmótico
dificultando a ação dos M.O, porém a quantidade de NaCl é pequena)
Auxiliar a desleitagem;
Acentuar a cor amarela da manteiga (dependendo do fluxograma de produção
pode-se adicionar corantes)
- Qualidade do sal
99% NaCl (pureza)
Ausencia de cloreto de magnésio = gosto amargo
7. MALAXAGEM
- Os grãos de gordura são amassados (12 a 14 graus C)
- Formação de massa homogenia e elástica
8. MODELAGEM E EMBALAGEM
- PVC, polietileno e lata
C) Velocidade da Batedeira
Alta: a velocidade anula a gravidade elevando o tempo de bateção
Baixa: manteiga pouco arejada, cor clara e gosto de sebo.
D) Temperatura de bateção
Alta: corpo fraco, textura graxenta, excesso de agua livre, perda de gordura
acima de 0,5%
Baixa: grãos muito firmes, pequenos, difícil incorporação de sal e textura dura e
quebradiça
DEFINIÇÃO DE QUEIJOS
TIPOS DE COAGULAÇÃO
Coagulação Ácida:
- Redução do Ph por micro-organismos lácteos
- Produção de ácido lático a partir da fermentação de lactose
- Ponto isoelétrico da caseína (Ph 4,6)
- Formação de um coagulo de textura fraca e desmineralizado.
- Adicionar ácidos (ocorre a coagulação mas n ocorre a formação de compostos
de sabor e aroma) ou fermentos (M.O láticos) ( além de ocorrer a produção de
ac lático, esses micro-organismos produzirão enzimas que atuarão sobre
proteínas, carboidratos, gordura, proporcionando um flavor característico).
3. Prensagem:
A massa obtida é colocada em formas e prensada, ou não, dependendo do queijo.
(Para maior liberação do soro)
4. Salga:
O queijo é salgado e, em seguida, embalado.
5. Maturação:
Caso o queijo necessite desta etapa a mesma pode ser realizada antes e após a
embalagem.
- Cloreto de cálcio (40 mL de sol.50%/100L de leite) ( como foi feita a pasteurização solubilizou
um pouco do cálcio iônico então é preciso repor)
- Opcional:
Fermento lático DVS cultura O (0,3%).
Ácido lático a 85% 25ml/2L de agua para 100L de leite -> queijo mais suave
- Tempo de coagulação:
- Liragem:
- Enformagem
FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO:
1. Leite pasteurizado e padronizado
para 3,0 a 3,2% de gordura ou
integral
2. Adição de cloreto de cálcio (40
ml da sol. 50% 100L) + fermento
50U/500L
3. Coagular a 32-34 graus com dose
normal de coalho (25ml a
50%/100 L)
4. Repouso 30-40 min
5. Liragem (grãos de 1,5 cm de aresta), pH do soro (ideal) 10 a 12 graus dorn
6. Mexedura 20-30 min até 40-42 graus celcius (fermento mesofilico) ou 70-70 graus
celcius para fermento termofilico.
7. Eliminar o soro e pré-prensagem da massa
8. Fermentação (pH 5,2-5,4)
a) Fermentação curta seguida de filagem imediata
b) Fermentação curta com filagem posterior (24hrs)
9. Filagem (proporciona a capacidade da mussarela esticar)
a) Massageamento e moldagem da massa com água à 75-80 graus celcius
b) Após a moldagem -> agua gelada por 1 a 2 horas
10. Salga e salmoura 20%
11. Refrigeração
PRODUÇÃO DE RICOTA
- Queijo de origem italiana conhecido com queijo albumina (proteína do soro do leite).
- Constituído de lactoalbumina e lactoglobulina, componentes proteicos não
coaguláveis pelo coalho.
- Utiliza como matéria-prima um “sub produto” de um outro tipo de processamento.
- Produto de baixo teor de gordura e elevada concentração de proteínas de alta
digestibilidade.
- Rendimento médio de 4 a 5% e pouca durabilidade.
- Composição média:
Umidade = 70 a 73% (deterioração rápida)
Gordura = 4 a 5%
pH = 4,9 a 5,3%
FABRICAÇÃO
– Redução da acidez do soro (11 a 14 graus D) para (6 a 8 graus D), com bicarbonato de
sódio (50g/100l soro). (deixar o produto mais alcalino)
– Adição de 10 a 15% de leite desnatado ao soro a 65 graus C. (opcional) (aumenta o
rendimento e proporciona um pouco mais de maciez na ricota, então ela não ira ficar
tão quebradiça)
– Aquecer até 85 a 90 graus C e iniciar a acidificação (para coagular o leite, após
coagular a proteína tende a ir para a superfície do tanque, onde é passada uma
peneira para coletar esse material e posteriormente colocá-lo na forma do queijo.
– Metodos de acidificação
»Fermento lático 4 –5%
»Vinagre 200ml/ 100l
»Ácido latico85% ( 80 a 100/ l )
–Interromper o aquecimento quanto o soro aflorar na superfície.
–Prensagem ou enformagem
–Refrigeração 3 –5 graus C(24horas)
–Condimentação (opcional)
–Embalagem
Produção de iogurte
- Produto obtido da coagulação lática do leite por ação de duas bactérias: Lactobacillus
bulgaricus e Streptococcus thermophilus (tem importância grande na nossa flora
intestinal que está relacionada com evitar infecções, melhorar o sistema imunológico,
etc)
- Maior digestibilidade de componentes como lactose e proteínas.
- Tipos de iogurte:
Iogurte Natural: o processo de elaboração ocorre na própria embalagem, sem açúcar,
polpas ou aromas.
Iogurte Batido: o processo ocorre em fermenteiras com posterior quebra de coagulo
com ou sem açúcar, corantes, polpas e pedaços de frutas.
Iogurte Liquido: iogurte batido de pouca viscosidade.