Notam-se também modificações nas alças de Henle,
Mod IX – Problema 3 principalmente, por diminuição do seu comprimento.
Estudar as principais alterações renais no
idoso
Os rins são órgãos fundamentais para a manutenção da
homeostase do corpo humano. Assim, não é surpresa
constatarmos que com a diminuição progressiva da função
renal, ocorre comprometimento de todos os outros órgãos,
instalando-se uma síndrome que pode ter início com vários
sinais e sintomas.
Os rins são órgãos mais afetados pelo processo de
envelhecimento, que leva a alterações anatômicas e
funcionais progressivas do sistema urinário. Ele sofre
modificações no seu peso, sendo de 50 g no nascimento, de
230 a 250 g na fase adulto e ocorrendo uma diminuição a
partir da quarta década de vida. Com o processo de
envelhecimento renal, esse peso pode chegar a cerca de 180
g, com redução da área de filtração glomerular e
consequente redução de suas funções fisiológicas,
principalmente o ritmo de filtração glomerular.
A medula é relativamente preservada, em contraposição à
progressiva perda das estruturas corticais. A consequência
desse fenômeno de alterações heterogêneas é uma perda
funcional que não leva à plena falência do órgão.
A partir dos 40 anos, todos os vasos renais sofrem
progressiva esclerose, levando à uma diminuição do seu
lúmen e consequentes modificações no fluxo sanguíneo.
Essas modificações vasculares parecem ser importantes na
diminuição do peso dos rins e as diferenças arteriais foram
observadas predominantemente nos vasos intrarrenais
(artérias interlobulares e arqueadas).
O número de glomérulo mantém-se constante até a quarta
década de vida, quando se inicia o processo de
envelhecimento renal; a partir daí, há uma progressiva
redução dessas estruturas, alcançando na sétima década
cerca de 1/3 do número de glomérulos iniciais. Além de
modificações em número, esses glomérulos também sofrem
processos de modificações estruturais e a principal
consequência dessas alterações é a diminuição da área de
filtração e da permeabilidade glomerular, o que proporciona
a diminuição do ritmo de filtração glomerular.
Uma outra característica da ação do tempo sobre os
glomérulos é a distinta evolução que sofrem os glomérulos
corticais e medulares. Os glomérulos corticais sofrem uma
evolução para atrofia e desaparecimento completo, com
perda total do polo vascular, desaparecendo, assim, ambas
as estruturas, enquanto nos glomérulos justamedulares
ocorre o desaparecimento do glomérulo, sem a perda dos
segmentos das arteríolas aferentes e eferentes que dão
origem a um shunt vascular.
A partir da quarta década de vida, os túbulos renais também
sofrem alterações, tendo diminuição do seu comprimento e
volume, provavelmente em decorrência da isquemia (os
túbulos ficam na área cortical). Tais alterações ocorrem
antes do processo degenerativo que sofrem os glomérulos.
Com a redução do ritmo de filtração glomerular, aumentam
as chances de ocorre distúrbios eletrolíticos, como a
diminuição do mecanismo de sede e a queda da capacidade
de concentração urinária. Com o avançar da idade ocorre
menor distensibilidade arterial e os mecanismos
homeostáticos se tornam mais lentos, gerando no organismo
alterações hemodinâmicas.
O rim apresenta anormalidade na conservação do sódio,
talvez relacionada à perda de néfrons, à carga de filtração
por néfron ou à diminuição da atividade do sistema renina-
angiotensina-aldosterona. No idosos, a menor concentração
de sódio nos túbulos renais leva a uma diminuição da sua
troca pelo potássio, o que limita a sua eliminação, e
consequentemente, possibilita o seu acúmulo no sangue.
Diante disso, há rico de ocorrer hiperpotassemia,
principalmente nos casos de uso de medicamentos
poupadores de potássio, hipotensores da classe inibidores da
enzima de conversão da angiotensina e bloqueadores beta-
adrenérgicos.
O ritmo de FG começa a sofrer declínio a uma taxa média de
1ml/ano, resultando na depuração de insulina ou creatinina.
A creatinina é o marcador responsável da função renal e
influencia na diminuição da massa e da atividade muscular.
Em geral, os homens excretam cerca de 20-25mg/kg de peso
corporal de creatinina na urina diariamente. Contudo, a
partir dos 60 anos, há diminuição urinária progressiva da
excreção de creatinina proporcionalmente o quanto é
produzida no organismo.
Descrever o processo de eliminação das
drogas pelos rins
Os fármacos devem ser suficientemente polares para serem
eliminados do organismo. Essa eliminação ocorre por
numerosas vias, sendo a eliminação na urina por meio dos
rins a mais importante.
A eliminação de fármacos pelos rins na urina envolve os
processos de filtração glomerular, secreção tubular ativa e
reabsorção tubular passiva.
Filtração glomerular
O fármaco livre (não ligado à albumina) difunde-se através
das fendas capilares para o espaço de Bowman como parte
do filtrado glomerular. A lipossolubilidade e o pH não
influenciam a passagem dos fármacos para o filtrado
glomerular.
Secreção tubular proximal
Os fármacos que não foram transferidos para o filtrado
glomerular saem dos glomérulos através das arteríolas
eferente em direção de um plexo capilar ao redor do lúmen
no túbulo proximal. A secreção acontece nos túbulos
proximais por dois mecanismos de transporte ativo que
exigem energia: um para ânions e outro para cátions. Assim,
pode ocorrer competição entre fármacos pelos
transportadores em cada um dos sistemas.
Reabsorção tubular
O fármaco, se for neutro, pode difundir-se para fora do
lúmen, retornando à circulação sistêmica. A manipulação do
pH da urina pode ser feita para minimizar a retrodifusão.
Ácidos fracos podem ser eliminados alcalinizando a urina,
ao passo que a eliminação de bases fracas pode ser
aumentada por acidificação da urina.
controle hidroeletrolítico, volume plasmático e pressão
arterial. O uso crônico de inibidores de COXs cursa com
efeito vasoconstritor severo que leva à necrose tubular
aguda, que pode se reverter com a suspenção do
medicamento. Os efeitos adversos renais podem ser
exacerbados na presença de fatores de risco como idade,
comorbidade (ex: hipertensão, diabetes mellitus e doença
cardíaca), uso de diuréticos e abuso de analgésicos.

Paciente de idade avançada se relacionam diretamente com

Entender os efeitos adversos nos rins do
uso de anti-inflamatórios não hormonais
nos idosos
Os AINEs estão entre as classes medicamentosas mais
utilizada no mundo, sobretudo para tratar inflamação, dor e
edema, osteoartrites, artrite reumatoide e distúrbios
músculo-esqueléticos. Dentre as principais causas para esse
crescimento, destacam-se a grande facilidade de acesso ao
fármaco e uma população mais idosa com concomitantes
doenças reumatológicas.
Os AINEs constituem uma classe de medicamentos
heterogêna e inclui a aspirina e outros inibidores da cliclo-
oxigenase (COX). A COX é essencial para a manutenção do
estado fisiológico normal de muitos tecidos., incluindo a
proteção da mucosa gastrointestinal; controle do fluxo
sanguíneo renal; homeoastasia; respostas autoimunes;
funções pulmonares e do sistema nervoso central;
cardiovasculares e reprodutivas.
função renal em declínio progressivo, sendo assim, mais
suscetíveis aos efeitos adverso no uso de AINEs, fato este
que não ocorre em adultos jovens sem história prévia de
acometimento renal. A explicação para isso está na
fisiologia renal, uma vez que o controle hidroeletrolítico e a
reabsorção de água ocorrem nos túbulos renais, o que sofre
ação direta quando as prostaglandinas produzidas neste local
são inibidas ao uso de AINEs, causando vasoconstrição.
Sendo assim, o edema e a retenção de sal são efeitos
colaterais renais comuns, bem como síndrome nefrótica,
hipercalemia, hiponatremia e até falência renal.
Novos estudos demonstram que a COX-2 nos rins está
principalmente relacionada a manutenção da homeostase
hidroeletrolítica, enquanto a COX-1 está relacionada à
manutenção da filtração glomerular. Ao inibir os
mecanismos promovidos pelas prostaglandinas, a perfusão
renal tende a diminuir, redistribuindo assim o fluxo
sanguíneo, ocasionando o estímulo do sistema renina-
angiotensina, o que por sua vez causa vasoconstrição e
retenção de sódio e água, processo esse que culmina em
desordens renais.

A origem dos efeitos adversos observados no uso

Estudar os riscos da polifarmácia e
indiscriminado dessa classe de medicamento se baseia automedicação na fase idosa
principalmente na inibição da produção de prostaglandinas.
Nos rins, as prostaglandinas realizam vasodilatação, Entender como ocorre as principais
diminuição da resistência vascular e melhora da perfusão medidas de prevenção de acidentes e níveis
renal, com redistribuição do fluxo sanguíneo por todo
aparelho renal, mantendo assim o fluxo sanguíneo renal e a de promoção da saúde do idoso
taxa de filtração glomerular em níveis adequados. A
ausência das prostaglandinas no aparelho renal culmina em
efeitos como vasoconstrição arteriolar renal e redução da
taxa de filtração glomerular, podendo levar a distúrbios
hidroeletrolíticos, síndrome nefrótica e insuficiência renal
aguda.

O crescimento da frequência do uso de anti-inflamatórios

não esteroidais nos últimos anos transpareceu os efeitos de
acometimento renal com base no estudo da fisiopatologia da
nefrotoxicidade causada pelo uso indiscriminado dos
AINEs. Foi constatado que o comprometimento renal
constitui um dos principais responsáveis pelo alto índice de
morbimortalidade associada ao uso indiscriminado dos
AINEs.

A COX-1 nos rins localiza-se nas arteríolas aferentes e

eferentes, glomérulo e outras porções renais. A COX-2,
denominada como indutiva, tem expressão aumentada
quando estão presentes a inflamação e a febre. A enzima
encontra-se localizada no córtex renal, podócitos, músculo
liso das arteríolas, apresentando importante função no