Você está na página 1de 52

UTEL – Universidade de Teologia Livre

COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-


9192

MÓDULO I
Capelania Evangélica
TEMAS:
♦ Fundamentação Bíblica para Capelania Evangélica
♦ Ética do Capelão Evangélico
♦ Dignidade do Capelão Evangélico
♦ Conceituação de Capelania Evangélica
♦ Visão, Valores, Objetivos da Capelania Evangélica.
♦ Levando o visitado não só a ouvir, mas a ver o Reino de Deus.

Texto: "Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pela as obras a fé foi
aperfeiçoada". Tg. 2.22 Há cerca de 30 anos atrás, aprendi na Escola do Ensino Fundamental
(19 grau) que o corpo humano é constituído de cabeça, tronco e membros. Há cerca de 20
anos atrás, aprendi na Escola de Teologia (Bacharel em Teologia) que o homem é constituído
de corpo no grego soma, alma no grego psique e espírito no grego pneuma. Há cerca de 10
anos atrás, aprendi em pesquisas quando fazia (Mestrado em/ Teologia) que o espírito
daquele que está em Cristo é constituído de fé, esperança e amor. É sobre a realidade deste
espírito que possuímos, isto é, todo aquele que está em Cristo que nos levará nesta homilia
ao entendimento espiritual vindo do Deus da Bíblia, isto é, visão Bíblica. Para tal, é preciso
observar as respostas que daremos a três perguntas, ainda que não esgotaremos o assunto,
mas indubitavelmente é um começo certo para o desenvolvimento dos nossos olhos
espirituais no que se refere à revelação Bíblica que nos dá a certeza para afirmar: Capelania
Evangélica é Visão Bíblica. V-.
PERGUNTA - O QUE É CAPELANIA EVANGÉLICA?
No dicionário Aurélio o significado da palavra Capelania é: Cargo, dignidade, o benefício de
capelão. E o significado de capelão é: Padre encarregado da Assistência Espiritual a
Regimentos Militares, Escolas, Hospitais e Irmandades. Logo, Capelão Evangélico é tal
encarregado só que ao invés de ser padre é pastor ou aquele evangélico que se torna
preparado para exercer tal Ministério. Capelania Evangélica toma-se diferente da
simplesmente capelania tal como é diferente tudo que se compara entre a igreja romana e a
1
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
igreja evangélica. O que faz a diferença é a fundamentação "Bíblia" somente. Por isso,
Capelania Evangélica é visão Bíblica. Não possui em seu caráter nada além do que está na
Bíblia e que é simples de assimilar quando se tem um espírito de fé, esperança, e amor, isto
é, quando se está em Cristo. Capelania Evangélica, portanto, é dar Assistência Espiritual a
Regimentos Militares, Escolas, Hospitais, Presídios, Asilos, Favelas, enfim, a carentes de tal
Ministério. Não com fins proselitistas, ou seja, fomentação de sectarismo, mas simplesmente
levar fé, esperança e amor se é que isto é simples, porque vemos na sociedade humana,
principalmente nos nossos dias, tudo, menos fé, esperança e amor Bíblicos. E falando do
primeiro componente do espírito de quem está em Cristo que é Fé conforme Paulo escreveu
em \- Coríntios 13.13 e lembrando que é o próprio Senhor, o Autor da nossa fé conforme
está escrito em Hebreus 12.2, atentemos novamente para a citação Bíblica mencionada no
início desta palavra, ou seja: "Bem vês que a tua fé cooperou com as suas obras e que, pelas
obras, a fé foi aperfeiçoada".
Quero chamar-te a atenção para duas verdades neste texto sobre a fé: 1-. "A FÉ COOPEROU
COM AS OBRAS" no caso específico citado e é nada mais nada menos do que a Fé de Abraão,
o nosso Pai na fé conforme Romanos 4.16. Fé coopera com Capelania porque Capelania é
obras de Assistência Espiritual. Capelania Evangélica é o avivamento da fé. Sem uma fé
avivada, isto é, aperfeiçoada pela Capelania Evangélica, o Cristão incorre no modo de vida
apenas teórico ou emocional. Capelania Evangélica tem teoria e tem emoção, mas,
sobretudo é vida espiritual Bíblica que ultrapassa estes níveis encontrados no âmbito
eclesiástico e que são confundidos com a espiritualidade projetada do coração de Deus para
o seu povo. Capelania Evangélica é teoria Bíblica focada para a prática do Reino de Deus; são
emoções da fé aperfeiçoada pela disposição, coragem, ousadia, firmeza e determinação para
sentindo a presença de Deus, seu poder, sua perfeita palavra, e a realização de todas as
promessas, ou seja, mais de oito mil registradas na Bíblia. Acima de tudo é a rejeição da
mediocridade do intelectualismo racional humano e do misticismo psicológico sem
profundidade essencial da nobreza do exame. Isto significa que Capelania Evangélica é serviço
resultante da fé equilibrada que balanceia nossa formação com o propósito perfeito de Deus
quanto a nossa origem. E ver a explicação anterior ao explicado e viver conforme a mente de
Cristo da maneira que está escrito em 2- Pedro 3.1: "Mente sincera". Sincero do grego elikrines
literalmente é traduzido como "testado pela luz do sol". Isto denota que Capelania Evangélica
é obra da fé que pode edeve ser testada pela luz do sol no sentido ético e moral. É resultado da
fé dada pelo próprio Deus. É o despertamento do Espírito Santo ao povo de Deus em nossa
geração que nada mais é do que o retorno à moda Bíblica daqueles que têm fé.
2o. PERGUNTA - PARA QUÊ CAPELANIA EVANGÉLICA?
O 2- componente do espírito daquele que está em Cristo é a esperança. Esperança é esperar o
que se deseja. Capelania Evangélica é a maneira pela qual objetivamos levar às pessoas a
2
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
mensagem Bíblica que revela o poder que devemos ter para esperarmos aquilo que desejamos
e mais: precisamos ser orientados a saber desejar o desejo de Deus que é a vida de excelência
para todo aquele que crê Nele. Capelania Evangélica é para que obedeçamos ao mover de Deus
com fé em Deus, com fé que vem dele e quando abençoamos aqueles que se encontram
cansados e sobrecarregados nós é que somos ainda mais e mais enriquecidos pelo poder
restaurador de Deus. Capelania Evangélica é para expressar de forma sobrenatural a viva
esperança descrita na Bíblia. A esperança e âncora (Hb. 6.18); a esperança consola (SI. 146.5);
ela é dada por Deus assim como a fé (1ê Pe. 1.3). Capelania Evangélica é enfim, para levarmos
a viva esperança (1ã Pe. 1.3). Isto porque o mundo jaz no maligno conforme está escrito em 1 â
Jo. 5.19. Eu prefiro dizer que o mundo é dominado por uma sociedade capitalista, ou melhor
"capetalista" e por isso a Igreja que no grego ekklesia significa tirados para fora ::;e ce"o:ar
sair de dentro das 4 paredes do templo para ministrar fé, esperança e amor. Por isso o Senhor
Jesus disse a Pedro em Mt. 16.18: "As portas do inferno não prevalecerão contra a igreja". É
preciso entrar nas portas do Hades para Ministrar a boa esperança (Salmos 16.9). E volto a
dizer: ;:~e_:e ::~ dísocsição, coragem, ousadia, firmeza e determinação. Respondamos a 3ã.
Pergunta cesta abordagem para que esta impressão em nosso espírito fique bem impressa; com
letras bem legíveis; a expressão é: Capelania Evangélica é Visão Bíblica. 2o-. PERGUNTA -
COMO FAZER? Se o que é, é resultado da fé; se para que é devido à viva esperança; como
fazer é fazer com amor. Lembramos novamente que em 1ê Co. 13.13 está escrito que
permanece no espírito quem está em Cristo, fé, esperança e amor, e está escrito que o maior
destes é o amor. Como fazer é o caminho mais excelente citado na Bíblia conforme 1- Co.
12.31. Dar Assistência Espiritual, isto é, Capelania Evangélica sem amor não é Capelania
Evangélica; é espúrio. Não tem legalidade Bíblica. É preciso ter amor que significa: 1 â João
3.16 e 1ã João 4.16 - Capelania Evangélica é o resultado da fé;
É para exercer, isto é, ministrar a viva esperança; É feita com amor, ou seja, com Deus em
nós. Mais do que com a alma que é com nossas afeições, vontade, desejo, emoções, mente,
razão e compreensão que é a nossa vida interior e isto significa mais do que com a nossa vida
interior, mas com a vida no grego zoe que é mencionada em 1â Jo. 5.20. Com a vida por
excelência, ou seja, o Reino de Deus dentro de nós. Lucas 17.21. Façamos tudo com Deus,
isto é com amor porque Deus é amor. Isto é com afeição ou sem afeição; com vontade ou sem
vontade; com desejo ou sem desejo; com emoção ou sem emoção; com amor de Deus que
excede todo nosso entendimento. Ef. 3.19 cheios de toda plenitude de Deus.
♦ CAPELÃO EVANGÉLICO TEM QUE TER ÉTICA Ética do Capelão Evangélico - O estudo do que
é certo e errado do Capelão Evangélico: Neste estudo, isto é, a Ética do Capelão Evangélico,
dividamos a Ética em © Razões para se agir de acordo com a vontade de Deus; © Modelo,
padrão, regras, e princípios; ® A forma do Capelão Evangélico.

3
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
RAZÕES PARA SE AGIR DE ACORDO COM A VONTADE DE DEUS (motivação)1s. Desejo de
louvar a Deus; 2 -. Desejo de ajudar aos outros - beneficiar, edificar e não prejudicar; 3. Desejo
de compreender a sua própria pessoa.
MODELO, PADRÃO, REGRAS E PRINCÍPIOS. 1O. Somos libertos da maldição e condenação da
lei; 2°. Somos libertos de nos justificarmos por meio da lei; 3o. Temos liberdade para cumprir
a lei, alegres e voluntariamente pelo poder (carisma) que o próprio Deus provê. (D A FORMA
1o. Centrada em Deus: => Obediência <= Culto => Testemunho o Desembaraço 2o. Dirigida às
pessoas: => Respeito =5 Compaixão -» sentir como a outra pessoa =5 Castidade o
Honestidade => Perdão =* Generosidade => Justiça 3S. Auto-aceitação: o Apreciação <=>
Confiança o Provisão Satisfação
♦ A DIGNIDADE DO CAPELÃO EVANGÉLICO (Fp. 1.27; 2.22). Dignidade significa título ou
cargo que confere ao indivíduo uma posição graduada; é a autoridade moral; honestidade;
honra; respeitabilidade. Isto está totalmente relacionado ao procedimento, isto é, a ação. O
procedimento deve ser motivado pela autoridade que só pode ser conservada pela dignidade
do Capelão Evangélico. VISÃO "porque tive fome, e deste-me de comer; tive sede, e deste-me
de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-
me; estive na prisão, e fostes-me ver-me". (Palavras de Jesus em Mateus 25:35-36).
Administração de um Serviço Social por excelência aos Carentes (mendigos, desempregados,
favelados); Asilados (crianças e idosos em asilos); Doentes (hospitalizados ou em tratamento
médico); e Presos (presidiários ou apenados).
♦ OBJETIVOS a Preparar pessoas para o Serviço Social conforme a Visão citada, através de
Cursos de Especialização. a Conservar a Ética e o Caráter necessários para o sucesso almejado
pelos idealizadores do Projeto. a Dar suporte aos Visitadores e Capelães Evangélicos. a
Representar a Classe dos Visitadores Evangélicos e Capelães Evangélicos tendo para isso, um
Conselho de Classe.
♦ VALORES Fé a Ética a Espírito Voluntário a Compromisso a Dedicação 3 Excelência 3
Amor CONCLUSÃO Precisamos levar aqueles que visitamos, a perspectiva de não apenas
ouvir as boas novas, mas ver Deus. Receber Jesus como Aquele que é muito mais que religião.
O Senhor Jesus não é apenas uma filosofia ou ideologia ou pensamento ou um herói como
outros. Jesus é Deus. É Palavra com Unção. Quando entendermos a nossa responsabilidade de
Capelães Evangélicos então seremos bem sucedidos, pois com entendimento o Senhor
confirma as obras das nossas mãos (SI. 90.17). Sem vermos, mas só ouvindo, nos tornamos
zelosos, mas é a visão que nos habilita para termos fé aperfeiçoada pelas obras que é
manifestação da nossa visão porque quem não tem visão é cego, isto é, enfermo na fé (Rm.
14.1) e não pode ser Capelão. Capelão tem fé sadia ( Tt. 1.13; 2.2). Ouvir é muito importante.
Em Apocalipse por diversas vezes está escrito: "Quem tem ouvidos ouça". Entretanto, como
diz Jó, ouvir sem ver é não compreender (Jó 42.3,5). Quando nossos olhos vêem o Senhor

4
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
saímos da mediocridade daqueles que falam as línguas dos homens e dos anjos, conhecem
todos os mistérios e toda ciência e que tem fé para transportar os montes, mas que não são
nada e pensam que são (João 15.5); distribuem sua fortuna para o sustento dos pobres e
entregam seu corpo para ser queimado, mas não têm amor. Capelão Evangélico é: Ouvir e Ver
o Senhor. É falar, pregar, ensinar e demonstrar (curar) conforme o Ministério do Capelão dos
Capelães: "E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o
evangelho do Reino e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo". Mt. 4.23.
Capelão Evangélico deve: Ensinar e pregar e, sobretudo demonstrar a realidade do Reino de
Deus.
1. DOENÇA - Doença é qualquer perturbação das funções normais do organismo. Do ponto
de vista biológico não é nada mais que a penetração de agentes patogênicos no indivíduo, cuja
ação rompe o seu equilíbrio. Saúde: Equilíbrio do organismo; Doença: Desequilíbrio do
organismo. Do ponto de vista teológico, doença e enfermidade, representariam a ação de
agentes desintegradores que, à luz da Bíblia, poderiam ser chamados de demoníacos, satânicos.
Na natureza há dois princípios fundamentais:
1. Força de coesão = Vida, saúde; 2. Força de desintegração = Doença, morte. A atitude do
indivíduo em relação a sua enfermidade varia de acordo com sua filosofia ou modo de vida.
Alguns encaram-na com naturalidade, outros como punição ou castigo de Deus. Emílio Mira
y Lopes faz a diferença entre SER, ESTAR, SENTIR-SE e PARECER DOENTE. Há
indivíduos que são doentes: estado permanente. São portadores de doenças crónicas ou
incuráveis. Estar doente denota uma situação transitória, passageira. Sentir-se doente - Neste
caso a sintomatologia é de origem emocional, psicológica (hipocondria). Há pessoas que
assumem certas atitudes, certos estilos de vida que dão o "parecer" (impressão) de estarem
doentes. Doença representa ameaça à integridade do homem. Muitos não resistem e chegam
até ao suicídio. Ela altera a sua auto-imagem, paralisa ou inibe suas atividades, tornando a vida
mais difícil e na maioria das vezes sem significado e propósito, gerando nas pessoas
sentimentos de ira, desânimo, solidão, amargura, revolta, confusão, culpa, medo, ansiedade.
Logo, adoecer é sofrer. Todo indivíduo que sofre, em maior ou menor grau sente ansiedade ou
angústia. E o indivíduo ansioso regride; e se regride, é um ser em crise. Contudo, "adoecer",
de modo geral, é fundamental para o crescimento. Em meio às crises (enfermidades) as pessoas
têm oportunidade de mudar, de desenvolver meios de vencê-las ou superá-las. Por outro lado,
ficam mais receptivas à ajuda de outras e abertas para auxílio ou terapia espiritual, {capelania
cristã). A maioria das enfermidades são funcionais causadas por conflitos emocionais ou
espirituais. Há uma pequena parte ou minoria que depende de falha do corpo.
A fé é uma útil terapêutica em todos os casos, mesmo para aqueles portadores de uma doença
que não se encontra entre as psicossomáticas.
A fé é ajuda. À medida que acalma o paciente e contribui para sua cura. Por outro lado
não devemos descartar a possibilidade de milagre uma vez que nada é impossível para Deus.
5
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
Por esta razão todo crente deve reconhecer que o milagre é sempre uma possibilidade. Há
enfermidades que são expressões inconscientes do sentimento de culpa. A eliminação deste
sentimento significa a eliminação da enfermidade. Marcos 2: PERDOADOS - A fé em Jesus
e o perdão pela fé Nele faz possível o milagre. LEVANTA-TE. Há quem afirme erroneamente
que todas as enfermidades são produto do pecado. Também há quem vê em todo enfermo um
possuído de demónios, a quem se há de libertar. Muitas pessoas têm morrido, negando sua
enfermidade, afirmando que isto é coisa da sua mente, podendo ser curada por um médico.
Afirmar que todas as enfermidades têm origem no pecado é um disparate. Os animais também
adoecem (PECAM?). É exagerado também afirmar que todas as doenças que têm origem em
transtorno emocional são produtos do pecado, embora acreditemos que muitas são. Cremos
que algumas doenças têm sua origem na religiosidade neurótica dos pais ou de outros
familiares ou de líderes. "A fé cristã não é uma neurose: Mas alguns neuróticos são cristãos".
Tentam refugiar-se nos muros protetores da Igreja. Outros desejam e chegam ao pastorado.
Mesmo que não tenham consciência da sua neurose (desequilíbrio) constantemente estão
influenciando os demais (comunidade) de forma negativa (DOENTIA). Por outro lado há
pessoas que praticamente passam sua vida no consultório médico. Gastam dinheiro em
medicamento, entretanto nunca serão curadas. Alguns desses enfermos ficariam ofendidos se
o médico lhes falasse ou assegurasse de que não há doença alguma. Na realidade, esse tipo de
enfermidade não se cura com medicamentos já que é causada por conflitos emocionais ou
espirituais. Logo, necessita de uma assistência espiritual cristã, isto é, capelania.

Curso de Capelania Evangélica


MóduloII
MÓDULO II CAPELANIA HOSPITALAR
É a organização responsável em transmitir cuidados espirituais cristãos aos enfermos ou pessoas em crises, e descobrir
os meios de auxiliá-las a enfrentar de maneira realística seus problemas e ministrar-lhes o Evangelho. O capelão,
(visitador) junto ao enfermo, deve demonstrar-lhe que no homem há um grande potencial psicológico de adaptação. Isto
é, explorar as possibilidades de recuperação e adaptação (casos irrecuperáveis), e levar o enfermo a aceitar sua
enfermidade, porque há enfermidades crónicas, incuráveis. Um grande desafio que pode ser vencido com os recursos
da Graça de Deus. 2.1 - REQUISITOS INDISPENSÁVEIS A) Habilidade para ministrar o Evangelho a enfermos:
Naturalmente que isto só pode acontecer com o preparo espiritual através da oração, conhecimento e familiarização com
a Palavra de Deus (Maturidade Espiritual). A Bíblia, tanto no Antigo como no Novo Testamento, fala sobre doenças ou
pessoas que foram ou eram acometidas de enfermidades, mostrando-nos que a doença faz parte da vida. Está ligada a
nossa condição humana. Mas, apesar disso, ela é indesejável. Jesus dedicou grande parte de seu tempo curando
enfermos. Não existe, necessariamente, uma relação direta entre doença, pecado e fé. Embora, em síntese, toda doença
tenha origem de pecado (Queda) os casos individuais nem sempre são consequência de pecados de pessoa doente (1).
Há ocasiões, entretanto, em que isto pode acontecer (2). Atualmente, a maioria dos casos de Aids, por exemplo. Portanto,
é fundamental conhecer o que a Bíblia evidencia: doença não é necessariamente um sinal de pecado ou manifestação de
6
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
falta de fé (3). É uma crueldade ensinar ou pregar cura, saúde instantânea, exigindo do paciente uma fé robusta ou como
alguns preferem uma "super fé". Já vi paciente desafiando pregadores cara-a-cara, chamando-os de mentirosos, por
causa desta questão. Por outro lado, Deus não prometeu curar todas as enfermidades do corpo (físico). Alguns crêem
"cegamente" que o fato de se terem convertido ou recebido Jesus como Salvador, lhes confere imunidades em relação
às enfermidades, apegando-se em textos (ou só este) como Isaías 53. Como seres humanos somos sujeitos ao sofrimento,
decepções, frustrações, doença, morte. Mas a despeito disso, poderemos ter vitórias (4). Jesus está muito mais
preocupado com a saúde total, integral, e não somente a do corpo. Esta é sua missão: "Eu vim para que tenham vida,
disse Ele, vida abundante". (João 10.10), O homem é muito mais do que corpo físico e vale muito. É precioso aos olhos
de Deus. - Capacidade para ajudar a pessoa enferma a reencontrar o equilíbrio perdido ou alterado: A doença não é
confortável para ninguém. Toda e qualquer enfermidade grave provoca profundos distúrbios na vida psicológica ou
emocional do indivíduo. - Ajudar o paciente a aceitar a realidade da sua doença e suas consequências: sem passividade,
sem considerar-se vítima da sorte, porém aceitar a enfermidade dentro do quadro geral da vida humana que é limitada -
finitude humana. - Incutir no enfermo o senso de tranquilidade e confiança, preparando-o para o tratamento que se
seguirá.
Notas: 1 - Jo. 9.1-12; Lc. 13.1-5 2 - Mt. 9.1-8 e refs; I Co. 11.28-30 3 - Jo. 6.33; Rom. 8.13-39 2.2 - CONDIÇÕES
BÁSICAS PARA O EXERCÍCIO DA CAPELANIA CRISTÃ A) Empatia - É um dom fundamental que torna possível nos
vincularmos ou ligarmo-nos com os demais, emocionalmente. É a capacidade de sentir ou perceber o que o outro sente,
por meio de seus gestos e das variações de seu tom de voz (Nós nos damos conta do estado de ânimo de outra pessoa só
escutando a sua voz, vendo a expressão de seu rosto). Empatia é a comunicação entre dois seres humanos. É a base da
comunicação. B) Identificação - Expressa a ideia de duas coisas iguais, semelhantes - o outro é ser humano igual a mim.
Empaticamente percebemos os sentimentos de outras pessoas; esses sentimentos nos lembram sentimentos próprios,
experimentados em alguma ocasião. Quando nos identificamos com outra pessoa, subconscientemente nos projetamos
em seus sentimentos (percebidos empaticamente) e por um momento sentimos como se fossemos aquela pessoa sofrendo
ou passando a experiência. Identificação é o sentir o mesmo, ligado a importância especial que damos a essa pessoa. A
identificação faz que as atitudes da outra pessoa penetrem em nós e se façam parte nossa . C) Amor (2) A necessidade
de amor e relacionamento realiza-se no contexto das relações humanas ;:"•;=: vas. A falta ou necessidade de amor pode
levar à depressão e até ao desejo de morte. Qualquer doença pode reforçar no enfermo a ideia de que nunca foi realmente
amado. Amar é sinal, de maturidade. O capelão deve estabelecer um clima de mútua confiança, permitindo ou
encorajando o paciente a expressar-se livremente. Influenciá-lo sob forma de amor e não de julgamento. Amor que se
manifesta em aceitação. Isto é aceitar o paciente e amá-lo a despeito de seus problemas. Amor que se manifesta em
compreensão, a despeito das diferenças individuais (respeito e dignidade para com o outro) (3). Algumas vezes o
paciente é agressivo, revoltado contra a doença, contra os médicos; contra o capelão e, sobretudo, contra Deus. A doença
pode intensificar o medo, emoção dolorosa. Medo da dor, do diagnóstico, de não se recuperar, medo de perder o controle.
Ou ainda: ♦ Medo de expor ou perder parte do corpo. ♦ Medo de perder a aprovação, o amor. ♦ Medo do futuro, medo
da morte. O conhecimento da presença de Deus é a chave para experimentar seu amor. Mas que Deus? Quem está
sofrendo precisa conhecer um Deus que deseja o melhor para ele (4). Um Deus amoroso, que promete andar com a
pessoa através da dificuldade. Aquele que experimenta o amor de Deus sente-se valorizado, libertando-se para amar a
Deus, a si mesmo e aos outros. Quando eu transmito este amor, vou servir de canal do amor de Deus ao paciente e de
sua presença fiel na crise. Lucas 10.25-37 ilustra bem a qualidade desse amor. Não apenas sentimento, mas amor que
se revela em ação. "Cuida dele" - ou "Cuida deste homem!" Compaixão - (não importa quem seja o outro), este é o
ministério da visitação hospitalar. Base: AMOR - Uso de misericórdia por aqueles que sofrem. É esse tipo de amor que
Deus oferece ao homem. Não exige nada do outro além do que lhe aceite. Quando alguém reconhece esta oferta de amor
que vem de Deus, seu relacionamento com ele será mais significativo, podendo sustentar ou reabilitar um
relacionamento enfraquecido por uma doença.
Autocomiseração, depressão, insegurança, solidão, desespero e medo, são sinais da necessidade de amor próprio, das
outras pessoas e do amor de Deus. Autovalorização, alegria, segurança, esperança, coragem, ambientação, indicam que
a necessidade de amor está suprida. Estes são os benefícios que o amor oferece às pessoas em crise. Elas esperam
encontrar isto em você, querido (a) irmão (a) que se dispõe a desenvolver este ministério de capelania. Para elas você é
o (a) representante de Deus. Que Deus você representa? Muitos pensam em Deus, apenas como juiz, vingador. O seu
relacionamento com o paciente será um desastre, pois em vez de levar-lhe alívio, vem aumentar a sua culpa e o seu
7
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
temor. O Deus que representamos é um Deus justo, santo, que não apenas condena o mal, o erro, mas que aceita o
pecador, um Deus que ama, que corrige, que perdoa. 7- Ro 12.15 2 - I Cor. 13 3- Jo. 4.6-18 4- Is. 43.1-3 3 –

RECURSOS PESSOAIS - Avaliação Exercício individual O objetivo desta avaliação pessoal é fazer com que você
explore seus próprios recursos espirituais e elabore um plano para poder utilizá-los com eficiência. Os nossos recursos
espirituais são os mesmos que oferecemos aos pacientes. As experiências com os nossos próprios sofrimentos, além de
produzirem crescimento e conhecimento de nós mesmos, desenvolvem a compreensão para com o sofrimento dos
pacientes. 3.1 -USO DE SI MESMO a) Qual foi a experiência mais dolorosa em sua vida? b) De que forma essa
experiência foi negativa? c) De que maneira foi construtiva? d) Dessa experiência, o que você aprendeu sobre si mesmo?
e) O que você aprendeu sobre outras pessoas? f) O que você aprendeu sobre Deus? 3.2 - O USO DA ORAÇÃO A
oração tem sido um recurso a você em sua vida diária; de que forma? 3.3 - O USO DA BÍBLIA O que você tem
aprendido sobre Deus, através da Bíblia? Como isto tem sido um recurso para você? 3.4 - O RELACIONAMENTO
COM SEU PASTOR De que forma seu Pastor tem sido um recurso pessoal para você? Como você poderia utilizar
melhor os recursos do Pastor? 3.5 - COMUNHÃO COM O CORPO DE CRISTO A CONVIVÊNCIA COM OUTROS CRISTÃOS TEM
SIDO UM APOIO PARA VOCÊ?.. DE QUE FORMA? COMO VOCÊ PODERIA USAR MELHOR ESSES RECURSOS?(PARA ALGUMAS
SUGESTÕES, VEJA: ROMANOS 12.1; I CORÍNTIOS 12.13; GÁLATAS 6.1 -6; EFÉSIOS 4; COLOSSENSES 3.12-17). Quando
alguém reconhece esta oferta de amor que vem de Deus, seu relacionamento com ele será mais significativo, podendo
sustentar ou reabilitar um relacionamento enfraquecido por uma doença. Autocomiseração, depressão, insegurança,
solidão, desespero e medo, são sinais da necessidade de amor próprio, das outras pessoas e do amor de Deus.
Autovalorização, alegria, segurança, esperança, coragem, ambientação, indicam que a necessidade de amor está suprida.
Estes são os benefícios que o amor oferece às pessoas em crise. Elas esperam encontrar isto em você, querido (a) irmão
(a) que se dispõe a desenvolver este ministério de capelania. Para elas você é o (a) representante de Deus. Que Deus
você representa? Muitos pensam em Deus, apenas como juiz, vingador. O seu relacionamento com o paciente será um
desastre, pois em vez de levar-lhe alívio, vem aumentar a sua culpa e o seu temor. O Deus que representamos é um Deus
justo, santo, que não apenas condena o mal, o erro, mas que aceita o pecador, um Deus que ama, que corrige, que perdoa.
7- Ro 12.15 ............. 2 - I Cor. 13 5- Jo. 4.6-18 6- Is. 43.1-3 3 –
RECURSOS PESSOAIS - Avaliação Exercício individual - (Extraído do livro: "Cuidado Espiritual do Paciente") O
objetivo desta avaliação pessoal é fazer com que você explore seus próprios recursos espirituais e elabore um plano para
poder utilizá-los com eficiência. Os nossos recursos espirituais são os mesmos que oferecemos aos pacientes. As
experiências com os nossos próprios sofrimentos, além de produzirem crescimento e conhecimento de nós mesmos,
desenvolvem a compreensão para com o sofrimento dos pacientes.
3.1 -USO DE SI MESMO g) Qual foi a experiência mais dolorosa em sua vida? h) De que forma essa experiência foi
negativa? i) De que maneira foi construtiva? j) Dessa experiência, o que você aprendeu sobre si mesmo? k) O que você
aprendeu sobre outras pessoas? l) O que você aprendeu sobre Deus?
3.2 - O USO DA ORAÇÃO A oração tem sido um recurso a você em sua vida diária; de que forma?
3.3 - O USO DA BÍBLIA O que você tem aprendido sobre Deus, através da Bíblia? Como isto tem sido um recurso
para você? 3.4 - O RELACIONAMENTO COM SEU PASTOR De que forma seu Pastor tem sido um recurso pessoal
para você? Como você poderia utilizar melhor os recursos do Pastor? 3.5 - COMUNHÃO COM O CORPO DE CRISTO A
CONVIVÊNCIA COM OUTROS CRISTÃOS TEM SIDO UM APOIO PARA VOCÊ?.. DE QUE FORMA? COMO VOCÊ PODERIA USAR
MELHOR ESSES RECURSOS?(PARA ALGUMAS SUGESTÕES, VEJA: ROMANOS 12.1; I CORÍNTIOS 12.13; GÁLATAS 6.1 -6;
EFÉSIOS 4; COLOSSENSES 3.12-17).
4 - O CAPELÃO CRISTÃO E O PESSOAL DO HOSPITAL A eficiência de um hospital depende sempre da perfeita
integração de todo o seu pessoal, consciente que o mesmo existe unicamente em função do doente, que em quaisquer
circunstâncias, deve ser considerado a pessoa mais importante. O capelão será parte desse pessoal, pois passará a lidar
com o doente e muitas vezes até se envolvendo com muitos dos seus problemas. Às vezes este relacionamento não é
muito fácil. Algumas falhas são encontradas. Surgem alguns problemas. Mas com amor e vontade de ajudar seremos
úteis àqueles que sofrem e realizaremos um bom trabalho. Hierarquia, regulamentos, normas de trabalhos, horários, etc,
8
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
devem ser respeitados rigorosamente. Portanto, quaisquer observações, críticas, pedidos de informações, deverão ser
dirigidas a quem de direito.
4.1 - O CAPELÃO E O MÉDICO a) O médico é para o doente a pessoa mais importante. A sua visita é grandemente
esperada. É no médico que o paciente deposita toda a sua esperança para a recuperação completa de sua saúde. b) O
capelão deve retirar-se discretamente quando médico chegar ao quarto do doente. Muitas vezes o doente tem alguma
coisa a contar particularmente ao seu médico. O capelão não deve quebrar a intimidade que deve existir entre o paciente
e o seu médico. c) O capelão deve evitar a terminologia médica como também falar sobre a doença. d) Não comentar
se o tratamento está sendo ou não o indicado.
4.2 - O Capelão E A ENFERMEIRA a) O capelão deve trabalhar em harmonia com a enfermeira que está sempre em
contato com o doente, e este depende muito dela. b) A enfermeira tem condições de sentir e transmitir ao capelão as
várias reações do doente. Por esta razão é muito importante que o capelão procure a enfermeira para cientificar-se da
condição física e psicológica do paciente. c) O capelão deve guardar confidência daquilo que a enfermeira lhe relatou
sobre o doente. d) O capelão deverá lembrar-se de que o tempo da enfermeira é sagrado (precioso), devendo por isso
evitar perguntas fora da área da visitação.
4.3 - O ENCONTRO DO Capelão COM O PACIENTE Como dissemos anteriormente, a pessoa mais importante do
hospital é o doente. Ele precisa sentir-se querido, amado, lembrado e considerado. - Ao entrar no quarto o capelão deverá
cumprimentar o paciente sem, contudo lhe apertar a mão, a não ser que o paciente estenda a sua. - O capelão deve
colocar-se numa posição de modo que o paciente possa vê-lo sem muito esforço. - Nunca se sentar na cama do paciente,
evitando assim contaminar o doente ou ser contaminado por ele. - Evitar visitas na hora das refeições e repouso. - As
visitas não devem ser muito longas. Muitas vezes as melhores visitas são as mais curtas. Entretanto, o visitador não deve
demonstrar que está apressado. - Não fazer muitas perguntas na primeira visita. Outras informações poderão ser colhidas
na próxima visita. O paciente se cansa com muita facilidade. - Evitar interjeições, discussões, polémicas, notícias tristes
e alarmantes. O capelão deve evitar semblante de compaixão (pena). - Lembrar sempre que o doente é muito sensível a
perfumes, luz, cores vivas, sons - Nunca se mostrar insultado ou irritado com o doente, como também não falar de si
mesmo, nem de seus problemas. - Nunca demonstrar que está cansado, preocupado ou sentindo algum mal estar, pois o
doente ficar preocupado com aquilo que poderá acontecer. - Não levar jornal para o quarto do doente, pois será ser um
veículo de contaminação. - Não dar água nem alimento ao doente sem falar com o médico ou com a enfermeira - Não
entrar no quarto do doente quando a porta estiver fechada. - Guardar segredo das confidências feitas pelo paciente. -
Não tagarelar com o doente. A visita deve ter um propósito: CONSOLO, CONFORTO PARA QUEM SOFRE. Muitas
vezes a tentação de "pregar" e apresentar o seu discurso, faz com que muitos esqueçam que estão em um hospital,
desvirtuando assim todo o propósito da visita.
4.4 - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CAPELANIA CRISTÃ HOSPITALAR
a) Não catequize - converse assunto de interesse do paciente.
b) Peça orientação à enfermeira de como poderá ajudar o paciente; seguir o princípio de urgência.
c) Informe-se a respeito do estado do paciente.
d) Não demore muito na visita.
e) Não demonstre alarme (espanto) na voz ou na face.
f) Não tenha pena do paciente.
g) Lembre-se de que o paciente tem profunda sensibilidade ao som e aos odores,
h) Coloque-se numa posição em que o paciente possa vê-lo (a) livremente.
i) Mostre seu interesse pelo paciente, sem exagero!
j) Preste atenção à conversa do paciente para verificar suas preocupações.

9
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
k) Não discuta assunto que necessite de grande concentração e esforço mental para acompanhar.
I) Encoraje o paciente que achar que não ficará bom. Faça-o, porém com prudência.
m) Não fale sobre assunto pavorosos.
n) Nunca funcione como auxiliar de enfermaria, (nunca dê água, alimento ou qualquer outra coisa ao paciente),
o) Nunca discuta a medicação do paciente.
p) Mantenha os segredos profissionais, (num leito de hospital o paciente fala muita coisa de si mesmo e de sua vida).
q) Nunca comente nos corredores do hospital ou fora dele o tipo de conversa ou o encaminhamento de sua entrevista
mantido com o paciente.
r) A ética deve ser rigorosamente observada. Tome muito cuidado!
s) Não cochiche! (paciente apresenta alto nível de desconfiança!).
t) Visite no tempo apropriado.
u) Aproveito a oportunidade como se fosse a única. O ministério ao enfermo no hospital deve ser completo, numa dose.

ATITUDES DO PACIENTE A seguir, mencionaremos algumas atitudes características observadas no paciente recém
- internado ou depois da internação.
1- O Recém Internado
a) Temor do diagnóstico (seja grave, permanência no hospital).
b) Preocupação em deixar o trabalho.
c) Ao obter o diagnóstico, uma luta entre conformar-se e buscar saúde; temor que o tempo seja longo.
d) Vontade de chorar.
e) Desejo de contar a todos que se internou, porém não se quer contar o porquê, muito menos em público.
f) Tristeza ao chegar, por temer sair em um caixão.
g) Ansiedade de ver os parentes e avisar-lhes de sua situação.

2 - DEPOIS DA INTERNAÇÃO
a) Emoção ao tomar posse da cama e o uniforme de enfermo; vários complexos.
b) Adaptação a um horário de medicamentos, moléstias, dor (rotina hospitalar).
c) As perguntas cansam (o porquê da internação).
d) Ansiedade de deixar o mais rápido possível o hospital (considera uma prisão).
e) Há preocupação pela morte. PENSA-SE EM DEUS
f) Resignação por causa do desejo de restaurar a saúde, quando medicamentos e comidas são repetidos e desagradáveis
ao paladar.
g) Considera-se a enfermidade como sinónimo de castigo; alguns se resignam, aceitando que se faça a vontade de Deus.
h) Há muita sensibilidade:
10
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
i) Faz-se avaliação de caráter de todas as pessoas com quem se mantém contato.
j) Fazem-se críticas.
k) Preocupa-se com os parentes quando sai um morto.
I) Preocupam-se com os que choram ou gemem.
m) Há um desejo de realizar qualquer coisa - passear, ler, cantar, escrever, ajudar o (a) companheiro (a) de cama (se
pode, claro!). O sofrimento os une mesmo sem serem amigos.

3 - MÉDICOS E ENFERMEIRAS
a) Compartilham suas experiências, temores, vitórias.
b) O bom ânimo deles estimula o sorriso como uma terapia.
c) Os maus tratos desanimam a todos: desatenção, críticas, respostas "crespas", ironias, etc.
d) O bom tratamento estimula. Dá segurança.

4 - COMPANHEIROS DE SALA (quarto, enfermaria)


a) Pede-se mais ajuda à (ao) companheiro (a) que pode.
b) Contam-se os temores, os detalhes da enfermidade que sofre e suas causas.
c) Queixa-se das enfermeiras e médicos; algumas vezes verdade, outras, mentiras.
d) Um se faz de valente, forte; que pode mais que os outros.
e) Compartiiham-se experiências passadas em qualquer espera da vida. Os momentos vividos são valorizados.
f) Há preocupações recíprocas; consolam-se ou animam-se.
g) Compartilham problemas; dividem sentimentos e emoções positivas e negativas.

5 - PARENTES E AMIGOS
a) A solidão leva à ansiedade de ver as pessoas mais queridas.
b) Pensa-se que se não vêm é porque são falsos amigos ou não o consideram.
c) Alguns parentes e amigos se emocionam ao ver pela primeira vez o internado (choram ou empalidecem, assustam-
se); outros se resignam e consolam o paciente, dizendo que estão para aceitar a vontade de Deus. Outros se mostram
alegres.
d) Aos amigos e parentes contam as experiências de seu mundo. Uns trazem alegrias, outros tristezas, mais sofrimento.
e) O paciente se preocupa com os parentes que são chamados e não aparecem.
f) As visitas dos pacientes do lado (se são abertos) estimulam com seus cumprimentos e depois sua amizade.
g) Há alegria pelos novos amigos.
h) Compartilham com todos a alegria de sair.

11
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
i) Promessa de visitar o (a) companheiro (a) que fica por mais tempo. j) Agradecimentos a todos que o assistiram.
O QUE SIGNIFICA SABER ESCUTAR
A Bíblia diz que há um tempo para todas as coisas, debaixo do céu, cada coisa tem sua hora; "... tempo de estar calado
e tempo de falai" (1). A maioria das pessoas pensa que o ar deve estar cheio de som de suas vozes, porém a Palavra diz
que o tempo de calar é igual ao tempo de falar. Os conselheiros de Israel necessitavam da capacidade de ouvir, de
escutar. Jesus disse: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça". Terrivelmente esta é a época em que ninguém escuta. A
tónica da educação de hoje é que o aluno participe e se expresse. Isto nos leva a pensar que o falar é mais importante
que o escutar. Naturalmente não é possível que um fale todo o tempo. Alguém tem de escutar. A maioria dos que falam
não deseja dar informes ou na realidade comunicar-se, mas tão somente buscam um auditório. O Escutar pode ser
caracterizado por distintos níveis.
I. NÍVEL SUPERFICIAL - Nesse nível escutamos somente as palavras das outras pessoas. Não preocupamos
avaliar ou compreendê-las. Poderíamos repeti-las se fosse necessário, porém nada mais (recado).

II. O NÍVEL DA AVALIAÇÃO - Neste escutamos as palavras e logo avaliamos e talvez de alguma forma
aceitamos ou rejeitamos. Ex: escutar o sermão aos domingos. O capelão pode escutar e avaliar o que disse
um paciente e até fazer um diagnóstico de seu problema de maneira objetiva. Mas, cuidado para não
"rotular".

III. NÍVEL DE ESCUTAR ALÉM DAS PALAVRAS - Há poucas pessoas que chegam a escutar neste nível porque nele
se escuta a pessoa em vez de escutar acerca dela. Isto é, compreender o que fica atrás das palavras. Já não
se é mais "observador do balcão" e se avaliam as palavras. Neste nível escuta-se a pessoa como uma
verdadeira pessoa, digna de ser ouvida.

O que significa escutar além das palavras?


(2). Jesus disse: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça"'. Naturalmente que uma pessoa não surda pode ouvir bem,
porém Jesus explicou: "Se tem ouvidos para ouvir que escutem o verdadeiro sentido da palavra e o que a pessoa
deseja dizer-lhe".
a) Ouvir com simpatia - compreender a ideia expressada; os motivos de sua atitude.
b) Escutar com paixão; interesse.
c) Colocar-se no lugar do outro.
d) Não se importar se o que ele disse é justo ou injusto; correto ou incorreto. Entrar em companheirismo emotivo
com a pessoa.
e) Significa ouvir além das perguntas. Estas podem estabelecer uma relação mais pessoal. A resposta não é tão
importante. Ex: perguntas sobre algum livro, médico, horas, etc. Significa escutar o significado do silêncio (3). O
silêncio como a palavra pode cobrir ou descobrir. A tentação é nos apressarmos em dizer algo. Parece terrível ficar
15 segundos sem dizer alguma coisa.
f) Prestar verdadeira atenção. Escutar estimula o outro se comunicar. Indiferença inibe o outro se expressar com
naturalidade.
g) Escutar é ouvir abertamente - sem julgamento.

12
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
BARREIRAS PARA ESCUTAR BEM
a) Dificuldade na comunicação.
b) Falta de percepção - falta de sensibilidade.
c) Preocupação - pressa (olhar relógio).
d) Escutar somente as palavras.
e) Falta de paciência.
f) Medo de uma relação íntima com outra pessoa.

OBSERVAÇÕ ES:
NEGATIVO:
1. Não faça sugestões. Infundir confiança muito cedo a alguém pode dar maus resultados. Ele não teve oportunidade
de expressar seus sentimentos negativos.
2. Não vá a outro extremo de deixar o paciente falar demais sem a sua direção.
3. Não dê conselhos; na primeira oportunidade é quase impossível não fazê-lo.
4. Não "pregue". Até usar a Bíblia tem o seu tempo certo, (citar textos já prontos, um perigo!).

POSITIVO:
1. Escutar mais que as verdades relatadas (veja: ouvir além das palavras).
2. Tenha interesse no paciente como uma pessoa.
3. Tenha uma fé que lhe dê força e estabilidade espiritual.
4. Os textos e as orações devem estar de acordo com a necessidade dele, não do que você acha. É possível aprender
a escutar. Alguns têm maior dificuldade que outros. Escutar outra pessoa é aprender a escutar-nos a nós mesmo,
reconhecer os desejos interiores, compreender nossos ideais; entender tanto alegrias supremas como grandes
depressões.

Todos somos movidos pela mesma esperança, medos e desejos dos que buscam um ouvido compreensivo. Há uma
tentação de assumir uma atitude de superioridade ("sentar em lugar alto") e fingir que não temos de lutar com os
mesmos problemas dos demais.
O capelão (conselheiro) deve aceitar sua própria humanidade antes de procurar ajudar outros. Aquele que pode olhar
no rosto do outro como se fosse o seu próprio rosto (identificação), naturalmente vai poder escutar bem o outro. Isto
não significa dizer: "tive uma experiência igual..." "nossa história...".
Porém como vamos compreender a outras pessoas se não aprendemos a enfrentar nossas próprias depressões, sentir
o "sabor" delas, entendendo o seu verdadeiro significado? E que diremos da solidão, rancor ou ira, etc, etc.
Muitas vezes não os reconhecemos ou nos negamos porque eles são cobertos por um sentimento de culpa por
havermos experimentado. Tenho de admitir ou aceitar que naquele momento sou uma pessoa irada, deprimida, etc,
como alguém (pessoa) que tem o direito de irar-se, entristecer-se.

13
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
Então começamos escutando-nos a nós mesmos, descobrimos e aceitamos nossa humanidade. Além de escutar-nos
podemos desenvolver a arte de escutar bem através da leitura, pela experiência da vida (mestra útil) e por fim
participando da experiência de outras pessoas.
É um falso conceito dizer que escutar é somente prestar atenção a outras pessoas. Escutar criativamente é mais do
que dizer Uhm-hum!.
Sentar e escutar de uma maneira passiva pode parecer ou ser interpretado como indiferença ou rechaço. Escutar de
maneira responsiva significa interação entre duas pessoas.

O PODER TERAPÊUTÍCO DO SABER OUVIR


Nem sempre temos preparo adequado para ajudar uma pessoa com problemas sérios.
No entanto, muitos pacientes se sentem aborrecidos, desanimados, medrosos, sozinhos, separados de seus familiares
e necessitam de alguém com quem possam compartilhar seus sentimentos e assim encontrar uma solução.
Muitas vezes as pessoas só precisam de alguém com quem possam desabafar, aliviando suas tensões,
experimentando melhora do seu estado interior.
Todos experimentamos isto falando com um amigo, nossos maridos ou esposas. Contudo há pessoas que não têm
a ninguém com que possam compartilhar seus problemas.
Por isso, bendito aquele que sabe como escutar! Isto é o que chamamos de terapia de apoio (4).
Muitas vezes o paciente se assusta por causa da dor ou porque está sangrando; um outro paciente que falece no
mesmo quarto. Pode ser que ele deseje falar do que passou na enfermaria, no seu quarto, etc... Deixe-o falar e
recontar "tudo", fará bem a ele. Em meio à conversa pode-se identificar de maneira clara seus temores, dando
oportunidade de ajudá-lo, orando objetivamente.

SABER ESCUTAR

1. Elimina ou alivia a solidão.


2. Os problemas expressados muitas vezes desaparecem.
3. Às pessoas suprem a necessidade de desabafar-se.
4. A expressão de emoções agitadas faz que elas percam sua intensidade.
5. A confissão pode ser uma experiência significante do ponto de vista psicológico e, sobretudo, religioso porque
ela purifica a mente, alivia a consciência, termina com o pretexto de solidão e abre caminho para que se possa ter
uma experiência de fé em Cristo. Notas: 1 Ec 3.7 2 Mt 3.9 3 Jó 2.13 4 Mt. 13.16

EXERCÍCIOS INDIVIDUAIS
1. Leitura do livro de Jó (caps. 1-17)
2. Que necessidade Jó expressa verbalmente?_______________________________
3. Que tipo de ajuda foi prestada?
14
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
4. Você faria uma oração que expressasse as necessidades dele a Deus?
5. Você compartilharia as Escrituras com ele?
6. Que textos(s)?
7. Quando você está com medo ou necessita de auxílio o que mais o ajuda?
8. Quando você enfrenta problemas, seus sentimentos para com Deus são alterados?
9. Quando você tem lidado com sentimentos de: ira, mágoa, rancor, solidão, culpa, etc?

10. Será que não os tem?

11. Se você estivesse hospitalizado, que tipo de ajuda gostaria de receber?


12. Faça uma lista das suas passagens prediletas.
As enfermidades também assumem aspectos diferentes segundo a idade de cada pessoa.

CRIANÇA
Para a criança é penoso adoecer porque ela não compreende as implicações da enfermidade. Que fazer?
Tratar com naturalidade. Neste caso, os pais ou familiares mais próximos são os que mais precisam de assistência
espiritual em virtude do cansaço, do abatimento físico, emocional. Uma palavra de ânimo, conforto e consolação,
mas sobretudo uma mensagem de fé e esperança no Senhor, será oportuna. Lembrar lhe que Jesus ama as crianças
e que devem deixá-las aos cuidados do Senhor.
ADOLESCENTES - JOVENS
O jovem é o ser humano que mais ama a vida. A enfermidade para ele é essencialmente traumática porque é contra
o que ele espera da vida. Na maioria das vezes; vamos encontrá-lo revoltado, dificultando o diálogo. Faz-se
necessária uma atitude de muita compreensão e também muita habilidade. O mais recomendável é ajudá-lo a
expressar os sentimentos negativos (todos) sem julgamento e encarar a realidade de sua doença de maneira positiva
(2).
ADULTOS
O medo de invalidez é bastante acentuado e isto causa desânimo, depressão. Isto está relacionado com as perdas.
Perda de oportunidade, de um emprego, posição liberdade e inclusive bens. Medo de "depender". Confiança em
Deus é o remédio. Fazê-lo entender que Deus está vivo e que tem o controle de tudo, pode dar esperança e coragem
para enfrentar todos os acontecimentos da vida. Ele supre todas as nossas necessidades (3).
VELHICE
A doença na velhice é problemática; significa além da mudança de status, função, etc, dependência. Enfermidade
na velhice é igual à solidão, intensificada pelas fraquezas da idade e a debilidade da própria doença. Ensinar que o
amor e cuidado de Deus por seu povo não diminuem com o tempo ou passar dos anos (4).
Notas: 1 - LC.18.1 5-17 2 - Ml. 3.2,7 3- SI.24; Fl.4.19 4- ls.46.4

CASOS ESPECIAIS
1 - PERDA: Por acidentes, cirurgias, etc. O paciente normalmente passa por estado de choque, expressado por
negação da realidade ou por emoções como choro, depressão, solidão. Ajude-o a reformular sua auto-imagem,
reconhecendo o seu valor diante de Deus (ser íntegro) (1). Para o paciente nessas circunstâncias pode ser muito
15
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
difícil perceber o amor de Deus e entender a Sua vontade. Citar textos bíblicos já decorados como: "... todas as
coisas contribuem..." (Ro 8.28); frases como: "é a vontade de Deus", etc, em geral não ajuda, pelo contrário c"f"
aumentar sua revolta, e baixar a auto-estima. Atitude de compreensão é a base para esses casos.
II - PACIENTE CARDÍACO
1. Características gerais:
a) Dor (incontrolada).
b) Ansiedade em face à morte (preocupação com a família, etc).
c) Medo (esconde a possibilidade de recuperação).
d) Depressão - desencorajamento.
e) Perda da auto-estima ("eu não tenho valor; sou um inválido") - inválido para o resto da vida. (vida sedentária;
monótona).

2. Papel do capelão; recuperar a auto-estima: do paciente (muitas vezes inacessível, trancado). É necessário visitá-
lo diariamente.
III - PACIENTE DE CÂNCER
É um paciente por demais dependente. Depende de tudo e de todos. Voltado para si mesmo, é sempre movido de
autocompaixão. É individualista. Consciente ou inconscientemente alimenta o sentimento de culpa: ("estou sendo
castigado" "o que eu fiz?". "Por que isto aconteceu comigo?" etc.)
É facilmente tomado pela depressão, pensa muito na morte. Teme cirurgia que possa mutilar um de seus membros
ou partes do seu corpo. Normalmente tem dificuldade de relacionar-se com o pessoal responsável pelo cuidados
médicos. Acha que está abandonado e em consequência disto se revolta contra tudo e contra todos. Suas emoções
mais comuns:

1. Medo (vários aspectos)


2. Culpa
3. Sentimento de rejeição - inferioridade
4. Negação da realidade.

COMO AJUDÁ-LO:
1. Considerando-o como um caso especial. Necessita de afeto.
2. Ajudá-lo a restaurar suas relações humanas.
3. Encorajá-lo a expressar os seus sentimentos, especialmente os de ira, revolta.
4. Ajudá-lo a reconciliar com o mundo em que vive.
5. Ajudá-lo a se confiar na medicina.
6. Incentivá-lo a tornar-se independente.
7. Visitá-lo com frequência, demonstrando real interesse por ele.
16
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
8. Fazê-lo reconhecer suas reais necessidades de reconciliação com Deus através de Cristo.

IV-PACIENTE EM U.T.I
Normalmente paciente grave, fragilizado, inseguro, angustiado. Sente muita solidão em virtude do isolamento de
tudo e de todos.
Horário de visita é restrito. Na maioria das vezes o contato é apenas auditivo. Ouve-se de outros pacientes: queixas,
gemidos, etc; mistérios (biombo, separação).
Espaço reduzido - tira a visão normal do paciente; relação com o mundo exterior é completamente cortada. A
ausência da família é muito sentida.
Também a ausência de um médico com vínculo responsável. O maior incómodo é ter necessidades fisiológicas em
"comadres"; perda da posse do corpo e da identidade (regressão adaptativa).
Raros são os médicos que pedem autorização do paciente (sondas, banhos, etc, etc.) especialmente mulheres e
pacientes idosos. Há dificuldade em dormir, luz acesa todo o tempo. Perda da noção do tempo.
Contato íntimo com a morte - proximidade, ("se eu ficar bonzinho..." "Por que?" "o que eu fiz a Deus?") Enfim há
uma grande agressão ao paciente (manipulação). Justificativa: não há tempo de explicar. COMO AGIR Tratar o
paciente com muita compreensão. Procurar amenizar ou aliviar suas tensões com oração, palavras de esperança,
sempre. Visitá-lo diariamente, se possível.
V - PACIENTE EM ÉSPERA DE CIRURGIA OU AGUARDANDO DIAGNÓSTICO
Nesta situação o paciente apresenta um certo grau de medo e ansiedade que muitas vezes se manifesta de forma não
verbal. Exemplos: nervosidade - falar demais.
Choro, afirmações ousadas como: "vou operar e não estou com medo. Confio em Deus. O que ele pensa: capelão
espere dele essa atitude, então ele "antecipa" (naturalmente que há casos reais de confiança)." Sentimento de culpa
também é constante.
Nessas circunstâncias, admitir de maneira razoável sem piorar a situação. Para o medo oferecer a Fé. Para o
sentimento de culpa: mensagem de esperança, do arrependimento, do perdão. Perdão completo:
a) Horizontal - próximo
b) Vertical - Deus
c) Profundidade - Eu.

VI - PACIENTE DE AIDS (AIDÉTICO)


Desenvolver um trabalho de assistência ao aidético não é fácil. Quase sempre se experimenta uma angústia intensa
pelas dificuldades encontradas: Medo do contágio Exposição ao perigo Morte iminente Confronto com a própria
morte Moral Culpa A vida pode acabar a qualquer instante, pois o processo degenerativo é acelerado. O paciente de
Aids não tem tempo de familiarizar-se com as várias etapas da morte. Além disso o seu isolamento é prolongado; é
como se fosse um "morrer antes da hora". Há um estima morrer indigno, (vergonha, degeneração física, total
isolamento). Condenação total.
SOBRE OS CULTOS
1) Devem ser bastante simples de modo que seja agradável participar deles.
17
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
2) A mensagem deve ser breve e objetiva, com duração de dez (10) a quinze (15) minutos, no máximo.
3) O capelão deve ter uma visão ampla do reino de Deus. O ministério no hospital não é oportunidade parta angariar
mais adeptos para sua Igreja ou denominação mas "abrir o coração para as verdades sublimes do evangelho".
4) O culto em hospital tem suas características peculiares. Alguns incorrem no erro gravíssimo de apresentarem a
"liturgia comum" de suas comunidades eclesiásticas. Outros pregam como se estivessem numa grande praça pública
ou num "palanque armado".
São tão impessoais! A voz tão ensaiada, artificial, que chegam a gritar. Esquece-se de que o enfermo é muito sensível
especialmente a "sons".
O "sermão" deve ter um bom propósito (é essencial). Não é necessário dizer alguma coisa, mas ter uma mensagem
a entregar. Mensagem que sai da Palavra de Deus. Deve terminar sempre com ponto positivo.
Exemplo: Pecado (culpa) - apresentar Cristo como Salvador. Cristo está interessado. Ele quer salvar o pecador.
Falar (relatar) da vida de alegria quando se aceita Cristo.
QUANTO AOS TEMAS DAS MENSAGENS

A enfermidade, na maioria das vezes, é uma dura experiência. Além do sofrimento físico, o enfermo enfrenta o
sofrimento moral.
Os sentimentos de culpa, fracasso, decepção, medo constante da morte parece tomar conta de todo o seu ser.
Por essa razão, temas que se refiram a julgamento, morte, condenação eterna devem ser evitados. Entretanto,
mensagens que falem do amor de Deus, de sua presença constante (fidelidade), que incentivam uma fé cristã genuína
e que estabeleçam um relacionamento adequado entre o paciente e Deus, é o que se recomenda. Enfim, mensagens
de esperança que levem ao arrependimento, confissão e perdão, lembrar-se sempre que o culto deve constituir uma
oportunidade de salvação para aqueles que assim desejarem, e ocasião própria para consolar e confortar os que
sofrem.
As músicas devem obedecer a critérios semelhantes aos dos cultos. É preferível que se cantem hinos de fácil
aprendizado (simples, objetivos) que tenham uma mensagem, sem complicação; produzam efeito realmente
terapêutico. Portanto, o equilíbrio é imprescindível. Se possível, prepare cópias e distribua entre os pacientes mesmo
nas enfermarias (ortopedia), facilita o seu trabalho (maior participação) e produz efeitos terapêuticos surpreendentes.
Experimente ensiná-los a cantar, louvando a Deus e veja o que acontece!
OBS: As mensagens apresentadas nas enfermarias não devem ultrapassar (7) (sete minutos)
PACIENTE À MORTE (Pacientes Terminais) Assim como o nascimento, a morte é experiência universal. São
eventos naturais, faz parte da vida.
Nascimento x Morte (Alegria) (Tristeza)
(1) É dito que a "meta da vida é a morte". A Bíblia fala que "aos homens está ordenado morrerem uma só vez”. "0
salário do pecado é a morte'
(2).Mas a Bíblia também fala que a morte não é fim de vida, mas início de uma vida plena para aqueles que crêem
em Jesus Cristo como o Filho de Deus, enviado para salvar o homem. Na etapa morte o homem começa a viver esta
mesma vida (pois não perde a identidade), numa dimensão de eternidade e glorificação
(3). Portanto, morte não é uma catástrofe biológica. A fé na graça e no poder de Deus anima o cristão a suplantar
as barreiras - Há certeza de ressurreição
(4). Mas, apesar disso, o temor à morte é uma constante, a ideia de morrer espanta. Jesus ensinou várias vezes aos
seus discípulos a respeito de sua morte. Anuncia-lhes que há de morrer. Pedro, momentos antes, havia feito a

18
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
maravilhosa confissão - "Tu és o Cristo..." Jesus Cristo o Messias, e espanta-se diante da ideia que o seu Mestre
tenha de morrer
(5). Como todos nós, Pedro sentia medo diante da morte. Qual deve ser a nossa Atitude? Encará-la como realidade
desta vida. Compreendê-la, aceitá-la. Negando-a estaremos negando a nossa própria finitude, a nossa própria
humanidade.
No passado, a morte era um acontecimento público de que participavam familiares e amigos.
O homem conhecia os sinais que antecediam a morte; isto se fazia necessário para que pudesse tomar todas as
providências em relação à sua vida e a de seus familiares. Hoje, com o aperfeiçoamento da medicina e avanço da
tecnologia a morte tornou-se um tabu. Passa ser um ato solitário, sem a participação da família, dos amigos.
É proibido falar de morte onde só a vida é elogiada. A morte não acontece nas casa (lares) foi transferida para
hospitais. Porém estes não estão preparados para lidar com ela.
O desenvolvimento e aperfeiçoamento técnico contribuem para que a visão da integridade humana (homem como
um todo) se perca, tratando-se de doenças e não de doentes.
A tónica é lidar com a vida, com doenças, com a cura. E é praticamente impossível prever a morte ou quanto alguém
com uma doença dita incurável vai viver, gerando "onipotência" de se pensar que a morte foi banida. Contudo,
quando ela ocorre, há uma sensação de fracasso como se deixasse de fazer algo adequadamente. Morrer tornou-se
complicado, solitário, desconfortável, mecânico, e desumano (barulho, sondas, luz, vozes).
O paciente à morte ou gravemente enfermo geralmente é tratado como alguém sem direito de escolha, de opinião.
Sempre são os outros que decidem por ele (hospitalização, etc).
Esquece-se de que o paciente continua tendo sentimentos, opiniões, desejos e sobretudo o direito de ser ouvido.
Diante dessa realidade, qual o papei da religião ou que ajuda podemos prestar àqueles que já estão passando por
essa etapa da vida?
1) Refletindo sobre a nossa própria morte, entendendo a razão de ser do sofrimento (seu significado).
2) Transmitir esperança e dar sentido às experiências dolorosas desta vida, tornando-a mais humana. A psiquiatra
Elisabeth Kubler Ross, no seu livro "Sobre a Morte e o Morrer" esquematizou as etapas pelas quais as pessoas
passam antes de morrer.
Compreendendo-as, teremos melhor condição de ajudar o paciente. Ela as descreve em cinco estágios:
1 - NEGAÇÃO É a primeira reação de um paciente ao saber do diagnóstico ou de que é possuidor de uma doença
fatal (incurável). A negação funciona como um pára-choque diante de notícias inesperadas e chocantes; Assim como
o nascimento, a morte é experiência universal. São eventos naturais, faz parte da vida. Nascimento x Morte (Alegria)
(Tristeza)
(1) É dito que a "meta da vida é a morte". A Bíblia fala que "aos homens está ordenado morrerem uma só vez”)."0
salário do pecado é a morte'
(2). Mas a Bíblia também fala que a morte não é fim de vida, mas início de uma vida plena para aqueles que crêem
em Jesus Cristo como o Filho de Deus, enviado para salvar o homem. Na etapa morte o homem começa a viver esta
mesma vida (pois não perde a identidade), numa dimensão de eternidade e glorificação
(3). Portanto, morte não é uma catástrofe biológica. A fé na graça e no poder de Deus anima o cristão a suplantar
as barreiras - Há certeza de ressurreição
(4). Mas, apesar disso, o temor à morte é uma constante, a ideia de morrer espanta. Jesus ensinou várias vezes aos
seus discípulos a respeito de sua morte. Anuncia-lhes que há de morrer. Pedro, momentos antes, havia feito a
maravilhosa confissão - "Tu és o Cristo..." Jesus Cristo o Messias, e espanta-se diante da ideia que o seu Mestre
tenha de morrer
19
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
(5). Como todos nós, Pedro sentia medo diante da morte. Qual deve ser a nossa Atitude? Encará-la como realidade
desta vida.
Compreendê-la, aceitá-la. Negando-a estaremos negando a nossa própria finitude, a nossa própria humanidade. No
passado, a morte era um acontecimento público de que participavam familiares e amigos.
O homem conhecia os sinais que antecediam a morte; isto se fazia necessário para que pudesse tomar todas as
providências em relação à sua vida e a de seus familiares. Hoje, com o aperfeiçoamento da medicina e avanço da
tecnologia a morte tornou-se um tabu. Passa ser um ato solitário, sem a participação da família, dos amigos. É
proibido falar de morte onde só a vida é elogiada. A morte não acontece nas casa (lares) foi transferida para hospitais.
Porém estes não estão preparados para lidar com ela. O desenvolvimento e aperfeiçoamento técnico contribuem
para que a visão da integridade humana (homem como um todo) se perca, tratando-se de doenças e não de doentes.
A tónica é lidar com a vida, com doenças, com a cura.
E é praticamente impossível prever a morte ou quanto alguém com uma doença dita incurável vai viver, gerando
"onipotência" de se pensar que a morte foi banida. Contudo, quando ela ocorre, há uma sensação de fracasso como
se deixasse de fazer algo adequadamente.
Morrer tornou-se complicado, solitário, desconfortável, mecânico, e desumano (barulho, sondas, luz, vozes). 0
paciente à morte ou gravemente enfermo geralmente é tratado como alguém sem direito de escolha, de opinião.
Sempre são os outros que decidem por ele (hospitalização, etc).
Esquece-se de que o paciente continua tendo sentimentos, opiniões, desejos e sobretudo o direito de ser ouvido.
Diante dessa realidade, qual o papei da religião ou que ajuda podemos prestar àqueles que já estão passando por
essa etapa da vida?
3) Refletindo sobre a nossa própria morte, entendendo a razão de ser do sofrimento (seu significado).
4) Transmitir esperança e dar sentido às experiências dolorosas desta vida, tornando-a mais humana. A psiquiatra
Elisabeth Kubler Ross, no seu livro "Sobre a Morte e o Morrer" esquematizou as etapas pelas quais as pessoas
passam antes de morrer. Compreendendo-as, teremos melhor condição de ajudar o paciente. Ela as descreve em
cinco estágios:
1 - NEGAÇÃO É a primeira reação de um paciente ao saber do diagnóstico ou de que é possuidor de uma doença
fatal (incurável). A negação funciona como um pára-choque diante de notícias inesperadas e chocantes; E uma
forma saudável de lidar com a situação difícil, dolorosa (amortecedor de angústia).
Normalmente a negação é uma defesa temporária. É usada por quase todos os pacientes ou nos primeiros estágios
da doença ou logo após a constatação; alguns adotam a negação durante a maior parte de sua vida. Esse mecanismo
de defesa é também usado pela família (mais difícil) e pelo próprio médico.
O médico nega para negar sua própria angústia que traz a tona a angústia da própria morte. Sua "onipotência" é
ameaçada. Neste período os pacientes costumam trocar de médicos ou achar que houve engano nos seus exames.
Expressões como: "Não, não ser comigo! Não, eu não, etc." são muito comuns. Ele pode falar sobre coisas
importantes para sua vida; pode até falar acerca da morte ou da vida após a morte de maneira.
Surpreendente, fantástica. Neste ponto precisamos de muita habilidade para entender as dicas que o paciente está
dando. É o momento que ele prefere voltar-se para coisas mais alegres e felizes. Permitir que ele sonhe, mesmo que
a nosso ver algumas situações sejam pouco prováveis ou de remota realização. Ser um ouvinte sensível, deixar que
o paciente faça uso de suas defesas sem se conscientizar de suas contradições. Embora a negação seja uma defesa
temporária, durante certos momentos o paciente volta a utilizá-la porque não é possível encarar a morte de frente
durante todo o tempo.
II - RAIVA
O segundo estágio é o da raiva. Quando não é mais possível manter a negação, ela é substituída por sentimentos de
raiva, (agressividade), de revolta, de inveja, de ressentimento. "Por que eu?".
20
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
Talvez este seja o estágio mais difícil para lidar; tanto do ponto de vista da família como do pessoal do hospital.
Essa raiva se prolonga em todas as direções.
Os doentes reclamam de tudo e de todos: "médicos não prestam"; "são incompetentes". Na maioria das vezes as
enfermeiras são alvo constante dessa raiva.
As visitas dos familiares são recebidas sem entusiasmo. A reação deles é de choro, pesar, culpa e humilhação; alguns
evitam visitas, aumentando a mágoa e a raiva do paciente. Estas reações estão a declarar: "não esqueçam que estou
vivo!". "
Vocês podem ouvir minha voz, ainda não morri!". Atitudes de compreensão, atenção e carinho devem ser
dispensadas, ajudando o paciente a lidar melhor com a sua raiva. Infelizmente, nem sempre isto acontece;
enfermeiros e familiares retribuem com uma raiva ainda maior, alimentando o comportamento hostil do paciente, a
sua revolta contra Deus e as pessoas.

III - BARGANHA Este é o terceiro estágio, possivelmente o menos conhecido, mas útil ao paciente; "primeiro
exigem, depois pedem por favor".
A barganha, é uma tentativa de alimento. São mantidas geralmente em segredo e são feitas a Deus. (Maior
consagração; promessas de doar parte de seu corpo para benefício de ciência e outros; o que alguns chamam "dividas
coma vida").
As promessas podem estar associadas a uma culpa escondida. É importante que estes aspectos sejam considerados
e que se procure descobrir qual o motivo da culpa, aliviando-o dos seus temores.
IV-DEPRESSÃO Quando o paciente não pode mais negar sua doença, pois apesar do tratamento não acontecem
melhoras, ao contrário está mais debilitado, ele entra em depressão. A autora Elisabeth K. Ross fala da depressão
sob dois aspectos:
Depressão reativa - causada pelo desconforto da doença ou consequência do tratamento (perda).
Depressão preparatória - é um instrumento na preparação da perda iminente de todos os objetos amados. Ela facilita
a aceitação. Neste caso não convém animar o paciente para olhar o lado alegre, risonho da vida.
Dizer-lhe para não ficar triste não ajuda em nada. O paciente está preste a perde tudo e todos a quem ama.
Deixar que ele exteriorize seu pesar faz com que aceite mais facilmente sua situação. Fase quase terminal. Nossa
atitude deve ser de muita compreensão. Há pouca ou nenhuma necessidade de palavras. A presença e contato físico
são muito importantes. Podem ser expressos por um "sentar se ao lado" silencioso; um toque carinhoso de mão,
afago nos cabelos. Este é o momento de orar e apresentar a mensagem de esperança, nova vida com Cristo.
Nem sempre se entende que este tipo de depressão é benefício e permite que o paciente morra em um estágio de
aceitação e paz. Muitos tentam animá-lo, retardando a sua preparação emocional, causando-lhe mais tristeza e
angústia por se ver forçado a lutar pela vida, quando estava pronto a se preparar para a morte.

V - ACEITAÇÃO
Se o paciente tiver o tempo necessário (não ter morte súbita ou inesperada) e tiver recebido alguma ajuda, poderá
atingir em estágio em que não mais sentirá raiva ou depressão quanto a seu "destino". Estará bastante fraco e
cansado, mas é provável que já tenha externado seus sentimentos de inveja pelos vivos e sadios e sua raiva por
aqueles que não são obrigados a enfrentar a morte tão cedo. Nesta fase ele vai cochilar bastante, dormir com
frequência.

21
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
Não é um sonho de fuga. À medida que ele, às vésperas da morte, encontra uma certa paz e aceitação, seu círculo
de interesse diminui. Deseja que o deixem só, ou pelo menos que não o perturbem com notícias do mundo exterior.
Os visitantes quase sempre são indesejados e o paciente já não sente vontade de conversar com eles.
É provável que só segure nossa mão num pedido velado que fiquemos em silêncio. Para quem não se perturba diante
de quem está para morrer, estes momentos de silêncio podem encerrar as comunicações mais significativas.
Há alguns pacientes que lutam até o fim, que se debatem e se agarram à esperança, tornando impossível atingir este
estágio de aceitação.
Quando deixam de iutar, a luta acaba. "Quando mais se debatem para driblar a morte inevitável, quanto mais tentam
negá-la, mais difícil será alcançar o estágio final de aceitação, paz e dignidade".
O ministério (trabalho) com paciente terminal requer uma certa maturidade que só vem com a experiência. É
necessário um auto-exame da nossa posição diante da morte e do morrer para podermos sentar tranquilos e sem
ansiedade ao lado de um paciente terminal. Finalmente,"... cuida dele (cuida deste homem)..." Lucas 10.25-37.
1) Indo ao encontro dele.
2) Identificando-te com ele e seu sofrimento.
3) Tratando-o com dignidade.
4) Respeitando-o.
5) Aceitando-o, amando-o para que ele também conheça o amor de Cristo derramado no teu coração. "Então dirá
o Rei... vinde, benditos de meu Pai... Porque estive enfermo e visitastes-me". "Em verdade vos digo que quando o
fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." (Mateus 25.34-40

Curso de Capelania Evangélica


MÓDULO III

CAPELANIA EVANGÉLICA

"ÊNFASE PRISIONAL" (Hb. 13.3 - Ef. 6.20).

CONCEITUAÇÃO DO VISITADOR PRISIONAL


Texto Bíblico: Hebreus 13.3 Assunto: Visitador Prisional Introdução Visitador Prisional é aquele que vai visitar o preso:
orar, ouvir, ministrar. Esta é uma das áreas da Capelania Evangélica que consiste em assistir - prestar auxílio, ajudar o
preso espiritualmente. Vejamos sobre os significados gerais de visitador prisional.
1o. Aquele que está com o preso.
2°. Aquele que ora com o preso.
22
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
3o. Aquele que ministra ao preso. Visitador Prisional é ovelha; está à direita de Jesus - Mateus 25.33.
O PODER DA ORAÇÃO NA VIDA DO VISITADOR PRISIONAL
Texto Bíblico: 2 Crónicas 7; Mateus 7.7; Lucas 11.9-13 Assunto:
O Poder da Oração
Introdução
A Bíblia nos revela o Poder da Oração. Vejamos duas observâncias importantes sobre a Oração e 7 fatos a considerar.
1o - Como a oração deve ser feita
2o - O conteúdo da oração Sete fatos a considerar:
1o. Abre o caminho 2o. A ajuda
3o. Alcance de objetivos
4o. Ato de criação
5o. Estilo de vida de Jesus
6o. Crescimento espiritual
7o. A alegria

Assunto: ÉTICA DO VISITADOR PRISIONAL


Ética é o ramo da Filosofia que tem por objetivo a moral.
É o conjunto de princípios pelos quais o indivíduo deve pautar seu proceder no desempenho do seu ofício. Logo, a Ética
do Visitador Prisional é o conjunto de regras relativo ao que é incorreto e correto relativo aos procedimentos do Visitador
Prisional.
E quando o Visitador Prisional Evangélico possui ética, (e isto deveria ser regra geral comum a todos os Visitadores
Evangélicos), ele de forma inerente tem dignidade. A dignidade cristã é intimamente ligada à ética. Quando se tem ética,
se tem Autoridade_ moral. Precisamos estar no nível da Autoridade que o Próprio Senhor Jesus nos dá, que é ter Ética,
isto é, Dignidade Cristã. Vejamos do que se compõe esta dignidade:
1. VOCAÇÃO

E o chamado de Deus para nós e temos a liberdade que o Senhor nos dá de escolhermos sermos visitadores com
Ética Bíblica ou não. Com ética, inerentemente temos dignidade para suportarmos com Fé e Paciência (Hebreus
6.12).
2. A BONDADE DE DEUS

Temos dignidade porque o Senhor é bom. A garantia da autoridade morai que possuímos porque é Ele que nos
ensina e nos guia (Salmos 25.8; 32.8). Nós somos galhos da Videira Verdadeira (João 15.5).
Conclusão
Somente com Ética Bíblica temos Dignidade Cristã como chamados de Deus por sua bondade. Que o Nome do
Senhor Jesus seja Exaltado em nós cada dia da nossa vida.
O PRESÍDIO

23
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
Texto Bíblico: João 16.33 Assunto: Entendendo o Estado de Aflição dos Presos A palavra grega thlipsis que é
traduzida no verso lido significa pressão, opressão, estresse, angústia, tribulação, adversidade, espremer, esmagar,
apertar, sofrimento, aflição.
A palavra é usada para o esmagamento de uvas ou azeitonas em uma prensa. Esta é a situação dos presos que
devemos visitar.
Não obstante o que eles tenham feito, eles são alvo do amor de Deus e se amamos a Deus devemos visitá-los como
se estivéssemos visitando Jesus porque foi assim que ele nos ensinou em Mt. 25.36.
Entendamos sobre os presos e estejamos visitando-os, levando a eles o toque soberano de Deus que pode libertar
suas almas de toda aflição porque esta é a vontade de Deus, como diz o Senhor Jesus: "E conhecereis a verdade, e
a verdade vos libertará". João 8.32
1º Os presos são opressos 2º Os presos são sofridos 3º Os presos são alvo do amor de Deus

Conclusão
O presídio é um grande campo missionário e com certeza faz parte da Seara citada pelo Senhor Jesus em Mateus
9.37,38 e Ele roga por nós, ou seja, intercede com insistência por cada visitador prisional evangélico.
EVANGELISMO NO PRESÍDIO
Introdução
A Igreja de Cristo é uma instituição ganhadora de almas;que proclama em todo tempo que Jesus salva a todos que
o aceitam. Saibamos sobre as 4 qualidades indispensáveis para a tarefa de Evangelismo no Presídio. Ser:
1o. Embaixador de Cristo - (2 Coríntios 5.20)
2o Cheio do Espírito Santo - (2 Tm 2.21; Jo. 16.18; Ef. 5.18; At.4.31)
3o Uma pessoa de Oração - (1 Ts 5.17)
4o-. Uma pessoa consagrada a Deus - (Fp. 1.21).
E o que se deve saber para Evangelizar nos Presídios? • Conhecer a Bíblia e saber usá-la (At 8.35; SI. 119.105; II
Tm. 2.15)
• Manter leituras constantes da Bíblia (I Tm. 4.13)
• Conhecer a vida das pessoas e suas desculpas (Jo. 4.16-18) (geralmente as pessoas tentam escapar com as mais
diversas artimanhas)
• Preparar-nos para enfrentar os contra-ataques dos religiosos (Mt. 24.5,11; I Tm. 4.11; II Tm. 4.3,4).
Conclusão
O Evangelismo nos Presídios consiste em características qualitativas e sábias originadas do próprio Deus,
MINISTRAÇÕES - CAPELANIA EVANGÉLICA "ÊNFASE PRISIONAL"
• Seguir os procedimentos, normas e rotinas.
• Conhecer os tipos de situações e realidades prisionais
• Estar por dentro do relacionamento com os profissionais prisionais

24
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
• Saber ministrar o culto no presídio

Introdução
Precisamos entender os tipos de situações e das realidades prisionais. Em consequência disto, as normas são
passíveis de adaptações às vezes até de improvisos e isto exige inspiração para a própria ocasião. Então, vejamos
sobre duas correlações dos tópicos deste resumo:
1a- CORRELAÇÃO: RELACIONAMENTOS
"Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor". Filipenses 4.5. Para que o Visitador
Prisional tenha os relacionamentos adequados no Presídio. Observemos a orientação do apóstolo Paulo:
MODERAÇÃO. Isto é qualidade de evitar exageros. Procedimentos: sem exageros Normas e Rotinas: com
flexibilidade Cultos no Presídio: com sabedoria (Culto Racional - Romanos 12.1)
2a CORRELAÇÃO: CARÁTER
"E conhecereis o seu caráter provado". Filipenses 2.22 As qualidades só são boas quando provadas e aprovadas.
As qualidades do Visitador devem ser: Fé; Ética; Compromisso; Dedicação; Excelência; Amor; Espírito Voluntário.
Conclusão
Duas bases para o Visitador Prisional: Relacionamentos com Moderação e Caráter Provado.

Curso de Capelania Evangélica


Módulos IV
CAPELANIA DE ASSISTÊNCIA EM AÇÃO SOCIAL
Introdução
Há uma importância Evangélica Bíblica de dar assistência aos que estão com fome, nus, conforme escrito em Mateus
25.35,36. É ordem do Senhor Jesus; aperfeiçoa a fé conforme está escrito em Tiago 2.22.
Capelania de Assistência em Ação Social com Fundamentação Bíblica
♦ Provérbios 22.6 - A responsabilidade do Assistente de Ação Social de ensinar.
♦ Mateus 25.35 - Levar para os asilos, creches não apenas o material como alguns fazem mas principalmente AMOR e
a ÁGUA DA VIDA pois assim os visitados por nós não mais serão carentes mas filhos de Deus tornando cada um cheio
da glória do poder de Deus.
♦ Mateus 28.19-20 - Estamos com a responsabilidade de lembrar daqueles que são esquecidos pela sociedade.
♦ Mateus 16.18 - As portas do inferno não podem prevalecer contra nós.

25
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
♦ Isaías 61.1-3 - Façamos um ano sabático na vida dos visitados, libertando-os e transformando-os em carvalhos de
justiça. O serviço de Capelania Evangélica na área de Assistência de Ação Social deve produzir UNIDADE nas
denominações evangélicas pois prioriza os valores bíblicos que são comuns em todas, João 17.23.
Espírito Voluntário é essencial para o Capelão Evangélico de Assistência em Ação Social
1. Espírito Voluntário é ter humildade - Mateus 18.4 2. Espírito Voluntário é ter a motivação certa.

1. SOCORRER COM VISITAS


2. SOCORRER COM ORAÇÃO
3. SOCORRER COM AMPARO
Comunicação Bíblica Capelania de Assistência de Ação Social é comunicar com aqueles que estão nos asilos, nos
orfanatos, na mendicância. É comunicar com os favelados e com aqueles que se abrigam nas calçadas ou debaixo das
pontes. Comunicar significa participar; transmitir.
Comunicar é Participar Em Filipenses 3.10 Paulo diz sobre a comunicação que havia das aflições de Cristo nele.
Precisamos participar das dores daqueles que são nosso alvo na Assistência de Ação Social porque estes são alvos do
Amor de Deus. Precisamos nos identificar com aqueles que sofrem como se fossemos nós mesmos. Lembre-se do 2S
Mandamento dado pelo Senhor Jesus é "Amar nosso próximo como a nós mesmos"Mt.22.39.
Comunicar é Transmitir Leia e 1 Tessalonicenses 2.8. Transmitir o Evangelho e a própria alma. Junto com a Bíblia
precisamos transmitir nossa alma que é nosso sentimento e raciocínio. Precisamos ter apreço pelos que vamos atingir e
precisamos de verdade valorizá-los. Precisamos ver neles o Propósito de Deus que é de restaurá-los; curá-los; que é dar
a eles o verdadeiro sentido para a vida. Precisamos ver o potencial que todos eles têm, independente de como eles
estejam no momento que os conhecemos. Há vários exemplos Bíblicos do encontro de Jesus com gente que talvez não
consideraríamos gente mas que Ele amou nos dando exemplo de Capelania Evangélica com Assistência de Ação Social
com os desprezados pelos religiosos inclusive.
Renúncia Renúncia: deixar voluntariamente ao que se tem direito; recusar, rejeitar. Filipenses 2.7 - Nosso Senhor se
esvaziou de si, renunciando a toda a sua honra, a todo o seu poder, e a toda a sua glória, para que através de um ato de
capelania, pudesse atingir milhões de pessoas. Ao perder a sua vida, trouxe vida para outros. Mateus 20.28 - Servir é
fonte para renúncia, porém o prémio é a coroa para todos aqueles que abrem mão de sua própria vida em favor de outros.
Por isso nunca deveremos nos esquecer que em nós não há poder algum, pois todo poder emana de Deus
Combater a separação entre a fé e as obras Tiago 1.22-27 Não posso ser meramente ouvinte ou espectador da Palavra
de Deus, mas pleno trabalhador que apenas obedece e vive um evangelho prático. Esta prática está em manifestar o
amor fraternal, a separação do sistema do mundo e do domínio da língua, este pequeno órgão, mas que pode ser mortal.
Se reaimente você tiver fé e não tiver obra, estará de mão vazia diante de Deus. Está fé é como se estivesse enterrada
em um sepulcro, não podemos fazer nada, ficando totalmente inútil no mundo físico como no espiritual. Tiago 2.1 A fé
verdadeira é apresentada quando não temos acepção de pessoas, ou seja, agir sem qualquer parcialidade. Nisso se
manifesta o amor de Cristo. Efésios 2.10 Você é imagem e semelhança de Cristo, para que como Ele, fizesse boas obras
a com elas, andar em sua presença.
HÁ UMA NECESSIDADE DE CAPELANIA DE ASSISTÊNCIA EM AÇÃO SOCIAL
Ne 5.1-19 Neemias estava envolvido com a restauração, reconstrução de Jerusalém. Havia adversários, havia muito
serviço, mas havia também uma brecha, um problema social! "Um grande clamor" dos judeus contra seus próprios
irmãos. POR QUE?
1. Estavam em grande pobreza, sem alimento básico para viver - v. 2
2. Estavam sem terras, sem vinhas, sem trabalho (terras hipotecadas para comprar o trigo) -v.3
3. Estavam endividados por pagarem tributos pelas terras hipotecadas - v.4
26
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
4. Estavam sem herança e sem história - v.5
REFLEXÃO: Há entre nós muitos brasileiros que estão em grande clamor (Pv 21.13) > Sem alimento > Sem terras
para plantar > Sem trabalho > Sem casa > Filhos escravizados pelas drogas, pela prostituição, pela ignorância, sem
história (vivem embaixo das pontes e viadutos, casas, apartamentos, nas mansões) "Filhos tão bons quanto os nossos...
nós somos da mesma carne como eles..."
A DIMENSÃO SOCIAL DO REINO DE DEUS
Há um Necessitado
1. Deus abomina a injustiça - Pv.22-16, 22,23 > Mensagem dos profetas > A igreja foi colocada na terra como sal e luz
> A igreja tem uma responsabilidade social
2. Quatro tendências na Assistência Ação social > Assistência - um prato de sopa, creche, distribuição > Ensino - através
de ensino de princípios > Participação - envolvimento da pessoa assistida > Transformação - quando o ambiente, a
comunidade, o estilo de vida mudam (novo nascimento)
A CAPELANIA DE ASSISTÊNCIA EM AÇÃO SOCIAL É DIRIGIDA AO INDIVÍDUO E AO GRUPO
Os desfavorecidos financeiramente falando, carregam um peso acentuado, pois enfrentam muitas dificuldades como
todos os demais e ainda são muito pobres. > O evangelho é para os pobres - Lc.4.8 > Deus escolheu os que para o
mundo são pobres para serem ricos em fé - Tg.2.5 > Sempre teremos pobres conosco - Mt.26.11
ALGUÉM OUVE O CLAMOR
Iniciou-se uma Capelania de Ação Social
Neemias ouve o clamor e as palavras dos seus irmãos. CAPELANIA DE ASSISTÊNCIA EM AÇÃO SOCIAL - não é
modismo, é uma ação movida pelo amor (1 Jo.3.16,17), em face de uma necessidade, ação esta, com propósitos bem
definidos, de ensinar a guardar os princípios bíblicos e a transmiti-los a outros através de um estilo de vida transformado.
Quando falamos de Capelania e Assistência de Ação Social, falamos de Educação Cristã, ou seja, Discipulado.
CAPELANIA DE ASSISTÊNCIA EM AÇÃO SOCIAL
Passos Para A Ação Social
1. Antes de construir um sonho devemos renunciar a tudo quanto temos. (Lc. 14.28-33)
2. Ter convicção quanto à importância do poder do evangelho na transformação de vidas e da sociedade - somente
cremos numa transformação quando existir o novo nascimento.
3. Orar - orar - orar.
4. Engajar no trabalho Capelânico.
5. Observar - conhecer a necessidade para não tratarmos apenas dos efeitos. Precisamos atacar as causas; Neemias foi
direto na raiz do problema social de seu país - usura, os magistrados e os nobres a qualquer custo queriam se enriquecer...
"Qualquer semelhança é mera coincidência"
6. Identificar-se, encarar - Jesus se identificou com o homem e daí veio a nossa redenção. Não se faz ação social pela
TV, nem tão pouco nas mesas redondas. É preciso subir os morros, ir onde o indivíduo está, nas praias, nas cidades, nas
igrejas, nos banquetes. Jesus passava pelas searas e sempre encontrava alguém que precisava dele.
Quando nós (igreja) decidimos ouvir o clamor do necessitado de uma maneira efetiva e não de forma esporádica
devemos responder:
a) O QUE FAZER?
b) POR QUE FAZER?
27
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
c) COMO FAZER?
d) QUANDO?
e) COM QUEM?
f) ONDE?
g) COM QUE RECURSOS?

Módulo V

Curso de Capelania Evangélica Militar

Capelania Militar Portaria nº 088, de 26 de Novembro de 1985


Normas para o Funcionamento do Serviço de Assistência Religiosa no Exército O Chefe do
Departamento Geral do Pessoal, no uso das atribuições que lhe confere o item 3) do Art. 2º do
Regulamento do Departamento-Geral do Pessoal (R-156), aprovado pelo Decreto nº 78.724, de 12 de
novembro de 1976, modificado pelo Decreto nº 80.968, de 07 de dezembro de 1977 e o item a) do artigo
10 da Portaria Ministerial nº 1.348, de 21 de dezembro de 1981, RESOLVE:

1. Aprovar as NORMAS PARA O FUNCIONAMENTO DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA RELIGIOSA


NO EXÉRCITO, (SAREX) que com esta baixa.

2. Determinar que esta Portaria entre em vigor, na data de sua publicação.

CAPÍTULO I

Da Finalidade

Art. 1º O Serviço de Assistência Religiosa do Exército (SAREX), subordinado ao Departamento-Geral


do Pessoal (DGP), tem por finalidade prestar assistência religiosa e espiritual aos militares, aos civis
em serviço nas Organizações Militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados
com as atividades de educação moral realizadas no Exército.

CAPÍTULO II

Da Organização

28
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
Art. 2º O SAREX é CONSTITUÍDO DE: a. CHEFIA; b. SUBCHEFIAS; c. CAPELANIAS MILITARES.

Art. 3º A Chefia do SAREX é o órgão de direção do Serviço de Assistência Religiosa do Exército,


diretamente subordinada ao Departamento-Geral do Pessoal.

Art. 4º As Subchefias de Assistência Religiosa são Órgãos de Coordenação das Atividades do SAREX
nos Comandos de Exército e Militar de Área.

Art. 5º As Capelanias Militares são Órgãos de Execução das Atividades de Serviço de: Assistências
Religiosas do Exército, sendo constituídas em Guarnições Militares designadas pelo Departamento-
Geral do Pessoal (DGP), atendendo a propostas dos Comandantes de Exército e Militar de Área.

Parágrafo único. No ato de criação de Capelania Militar, o DGP especificará a OM a


que ficará subordinada a sua área de atuação, enumerando todas as Guarnições que
serão assistidas pela mesma.

Art. 6º Os Capelães Militares, em qualquer cargo ou função, ficarão subordinados aos Comandantes,
Chefes ou Diretores das OM que integrarem, enquadrados pelos Chefes de Estado-Maior dos Grandes
Comandos ou GU.

CAPÍTULO III

Das Atribuições

Art. 7º SÃO ATRIBUIÇÕES DOS COMANDANTES, CHEFES OU DIRETORES DE


OM:

a) Supervisionar as atividades do Capelão junto aos elementos assistidos;

b) Proporcionar aos órgãos do SAREX que atuam em sua OM, os meios


necessários ao cumprimento de suas missões;

c) Assegurar a operação dos demais setores.

Art. 8º COMPETE AO CAPELÃO CHEFE:

a) Exercer a direção geral da Assistência Religiosa do Exército, coordenando o


Serviço e harmonizando a prática das diferentes religiões representadas no SAREX;

b) Praticar atos administrativos, dentro dos limites de sua autoridade e propor ao Chefe
do DGP aqueles que fugirem a sua competência;

c) Assegurar a perfeita harmonia das atividades do SAREX, com os objetivos da Política


de Pessoal em vigor;

d) Ligar-se às autoridades religiosas no que for necessária a execução de suas


atribuições, inclusive ao recrutamento de novos Capelães Militares;

e) Elaborar estudos, planos, normas e instruções técnicas atinentes às atividades do SAREX;

29
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
f) Realizar a coordenação técnica do SAREX, orientando e inspecionando as atividades
das Subchefias e Capelanias Militares, a fim de que haja unidade de procedimentos;

g) Apresentar ao Chefe do DGP a proposta de programa anual de trabalho do SAREX;

h) Manter atualizados os dados estatísticos sobre o número de militares praticantes


das diversas religiões;

i) Redigir o "Boletim Informativo" como órgão oficioso do SAREX;

j) Apresentar anualmente ao Chefe do DGP a proposta de viagens de inspeção as


Subchefias de Assistência Religiosa e Capelanias, estágio de novos Capelães Militares, retiro anual
dos Capelães, de forma que os órgãos de orçamento do Exército disponham em tempo útil dos dados
para poder prever os recursos financeiros para a execução;

l) Apresentar ao Chefe do DGP o relatório anual descritivo e numérico das atividades


do SAREX;

m) Manter um arquivo de documentos expedidos e recebidos, bem como atualizar


fichários e mapas do SAREX;

n) Propor ao Chefe do DGP as transferências de Capelães bem como qualquer


alteração na estrutura do SAREX.

Art. 9º COMPETE AO CAPELÃO SUBCHEFE:

a) Propor ao Comandante de Exército ou Militar de Área, diretrizes para a execução


dos serviços de Assistência Religiosa na sua respectiva área, de acordo com a
orientação técnica da Chefia do SAREX

b) Assessorar o Comandante do Exército ou Militar de Área na solução de


problemas relacionados com a Assistência Religiosa na sua área de
responsabilidade;

c) Coordenar as atividades das Capelanias subordinadas;

d) Propor ao Comandante de Exército ou Militar de Área, para aprovação, o plano anual


de inspeção nas Capelanias subordinadas;

e) Visitar suas Capelanias subordinadas e fazer relatórios descritivos das visitas efetuadas;
f) Propor ao Comandante do Exército ou Militar de Área as Organizações Militares a
serem atendidas pelas Capelanias Militares, atendendo as distâncias e meios de
comunicação;

g) Como as atividades de coordenação e inspeção das Capelanias


subordinadas não esgotam toda a ação do Capelão Subchefe, o mesmo dividirá
com seus Capelães subordinados atribuições específicas do Capelão junto à
Tropa;

30
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192

h) Elaborar para a Chefia do SAREX, relatórios atinentes às suas atividades de


Assistência Religiosa junto a tropa, bem como de suas viagens a serviço.

Art. 10 COMPETE AO CAPELÃO MILITAR:

a) Exercer as atividades de Assistência Religiosa e Espiritual e cooperar na


orientação educacional e moral do pessoal das Unidades que lhe forem
designadas;

b) Colaborar na programação e na realização de atividades festivas;

c) Prestar assistência aos presos e enfermos;

d) Manter seus Chefes Militares e os do SAREX a par de suas atividades, de acordo


com a orientação recebida dos mesmos;

e) Sugerir as medidas que julgar necessárias para o melhor desempenho de suas atividades;

f) ELABORAR RELATÓRIOS DESCRITIVOS DE TODAS AS VIAGENS A SERVIÇO,


OBEDECENDO AOS SEGUINTES ITENS:

1º - Finalidade;

2º - Atividades Desenvolvidas;

3º - Observações;

4º - Sugestões;

5º - Conclusões.

g) Elaborar relatórios descritivos semestrais de todas as atividades desenvolvidas na Guarnição sede


da Capelania. Este relatório deve ser acompanhado do relatório numérico dos atos praticados durante
o semestre;

h) Remeter cópia dos relatórios elaborados, para a subchefia correspondente e para a


Chefia do SAREX;

i) Solicitar isso ao Comandante da Organização a que estiver subordinada, distribuição


de sala própria que proporcione condições para o cumprimento de suas atribuições.
5 - Prescrições Diversas

31
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
Art. 11 O Capelão Militar, em sua condição de não combatente, não será obrigado a
usar arma.

Art. 12 - O Capelão Militar não deverá ser designado para serviços alheios à sua função
específica, particularmente aqueles relacionados com Relações Públicas, Inquérito
Policial Militar e Sindicância.

Art. 13 O Capelão Militar deverá passar o maior espaço de tempo possível com a
Tropa. Art. 14 As presentes Normas entrarão em vigor na data de sua publicação.
6

PORTARIA N° 050 - EME, DE 03 DE JULHO DE 2002

Aprova as Diretrizes para a realização do Estágio de Instrução e adaptação para


Capelães Militares

O CHEFE DO ESTADO MAIOR DO EXÉRCITO, no uso da competência que lhe


confere o art. 38, inciso I, do Decreto nº 3.182, de 23 de setembro de 1999 -
Regulamento da Lei do Ensino no Exército e o que prescreve o inciso IX, do art. 3º da
Portaria Ministerial nº 226, de 27 de abril de 1998 - Regulamento do Estado-Maior do
Exército (R173), ouvidos o DGP e o DEP resolve:

Art. 1º Aprovar as Diretrizes para a realização do Estágio de Instrução e Adaptação


para Capelães Militares.

Art. 2º Revogar a Portaria nº 107/1ª SCh-EME, de 28 de outubro de 1991.

Art. 3º Determinar que a presente Portaria entre em vigor na data de sua publicação.

DIRETRIZES PARA A REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO DE


INSTRUÇÃO E ADAPTAÇÃO PARA CAPELÃES
MILITARES

1. FINALIDADE

Regular a realização do Estágio de Instrução e Adaptação para Capelães Militares,


a ser realizado pelos religiosos selecionados pelo DGP, de acordo com a legislação
vigente.

2. REFERÊNCIAS

a. Lei nº 6.923, de 29 de Junho de 1981 - Serviço de Assistência Religiosa nas


Forças Armadas.

b. Portaria nº 211, de 3 de maio de 2001, do Comandante do Exército - Instruções


Gerais para o Funcionamento do Serviço de Assistência Religiosa no Exército (IG 10-
50).

32
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192

c. Portaria nº 101, de 26 de março de 2002, do Comandante do Exército - Altera o art.


12 das IG 10-50.

3. EXECUÇÃO

a. Desenvolvimento

O Estágio de Instrução e Adaptação constará de 3 (três) períodos:

1º Período (Período de Instrução Militar Geral) - realizado na Academia Militar


das Agulhas Negras (AMAN), com duração de 8 (oito) semanas;

2º Período (Período de Observação) - realizado na Escola de Sargentos das Armas


(ESA), com duração de 4 (quatro) semanas;

3º Período (Período de Adaptação) - realizado na GU onde o Capelão será classificado


após o Estágio, com duração de 20 semanas.

b. Direção
Em cada período, o Diretor do Estágio será um Oficial Superior das Armas,
designado pelos Comandantes das Escolas ou GU onde estiver sendo
desenvolvido o Estágio, assessorado por um Oficial Capelão designado pela Chefia
do SAREX.

c. Estagiários

Sacerdotes e pastores, selecionados de acordo com as normas baixadas pelo


DGP e a legislação vigente.

d. Duração

O Estágio terá a duração total de 32 (trinta e duas ) semanas.

e. Regime de Trabalho

O estagiário cumprirá o regime de trabalho da Organização Militar em que estiver


sendo realizado o Estágio, de acordo com instruções específicas dos respectivos
Comandantes.
f. Objetivos do Estágio

1) 1º Período:

a) habilitar o religioso ao desempenho de funções previstas para capelães militares,


através de um Período de Instrução Militar;

b) integrar o futuro Capelão Militar nas atividades do Corpo de Cadetes, através da


observação das formaturas matinais, da participação em sala de aula de disciplinas
afins à formação humanística dos estagiários e de visitas aos diversos cursos que
estejam realizando exercícios de campanha; e

33
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
c) integrar o futuro Capelão Militar nas atividades desenvolvidas pela Capelania
da AMAN.

2º Período:

a) integrar o futuro Capelão Militar nas atividades do Corpo de Alunos, através da


observação das formaturas e participação nas atividades e instruções ministradas,
tanto em sala de aula como em campanha, na EsSA;

b) integrar o futuro Capelão Militar nas atividades desenvolvidas pela Capelania da EsSA.

3º Período:

Adaptar o religioso no desempenho de atividade pastoral e na colaboração da


educação moral realizada pelos Capelães Militares.

g. Avaliação dos Estagiários

1) Será realizada por meio de Ficha de Avaliação, com menção e grau, elaborada
pelo Comandante da Escola e com menção e aptidão, pelo Comandante da GU,
em cada período, abordando os seguintes aspectos:

disciplina;

iniciativa;

interesse;

discrição;

cultura;

espírito cívico;

integração à vida militar;


espiritualidade;

aptidão para o desempenho de função de Capelão Militar.

2) As Fichas de Avaliação serão remetidas ao Departamento-Geral do Pessoal,


para consolidação e determinação da classificação final do Estágio.

h. Prescrições Diversas

1) O Departamento-Geral do Pessoal deverá baixar normas para o Estágio de


Instrução e Adaptação de Capelães Militares, em ligação com o DEP e determinar

34
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
que a Chefia do Serviço de Assistência Religiosa do Exército reveja e atualize os
conteúdos das provas intelectuais específicas (teologias católicas e protestantes).

2) O Departamento de Ensino e Pesquisa (DEP) expedirá instruções para o


funcionamento do Estágio na AMAN e na ESSA, após o recebimento das normas
elaboradas pelo DGP.

3) O DEP deverá organizar o Programa do Estágio de Instrução e Adaptação.

PORTARIA Nº 078-DGP, DE 12 DE JULHO DE 2002

Aprova as "Normas para o Estágio de Instrução e Adaptação para Candidatos ao


Quadro de Capelães Militares".

O CHEFE DO DEPARTAMENTO GERAL DO PESSOAL (DGP), no uso das atribuições


que lhe foram conferidas pela Port nº 211, de 03 Mai 01, do Cmt Ex, resolve:

Art. 1º Aprovar as "Normas para o Estágio de Instrução e Adaptação para Candidatos


ao Quadro de Capelães Militares", que com esta baixa.

Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
NORMAS PARA O ESTÁGIO DE INSTRUÇÃO E ADAPTAÇÃO PARA
CANDIDATOS AO QUADRO DE CAPELÃES MILITARES

1. FINALIDADE

Regular a realização do Estágio para candidatos ao Quadro de Capelães Militares de


acordo com as Diretrizes para a realização do Estágio de Instrução e Adaptação para
Capelães Militares, expedidas pelo EME.

2. REFERÊNCIAS

- Lei Nº 6.923, de 29 Jun 81, que dispõe sobre o "Serviço de


Assistência Religiosa nas Forças Armadas";
- Port Nº 211, de 03 Mai 01, do Cmt Ex, que aprova as "Instruções Gerais para
o Funcionamento do Serviço de Assistência Religiosa no Exército (IG 10-50)";

- Port Nº 101, de 26 Mar 02, do Cmt Ex, que altera o Art. 12 das IG 10-50;

- Port Nº 050-EME, de 03 Jul 02, que aprova as "Diretrizes para a realização do Estágio
de Instrução e Adaptação para Capelães Militares";

- Port Nº 075-DGP, de 24 Jun 02, que aprova as "Normas para o Recrutamento e


Seleção de Candidatos ao Quadro de Capelães Militares, por meio de Concurso
Público".

3. EXECUÇÃO

a. Desenvolvimento
35
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192

1) O Estágio de Instrução e Adaptação, com a duração total de 32 semanas, conforme


as Diretrizes para a realização do Estágio de Instrução e Adaptação para Capelães
Militares, do EME, constará de três períodos:

1º Período - realizado na AMAN, com duração de 08 (oito)


semanas; 2º Período - realizado na EsSA, com duração de 04
(quatro) semanas;

3º Período - realizado na Organização Militar, onde o capelão será classificado após os


dois primeiros períodos, com duração de 20 (vinte) semanas.

2) O calendário das etapas obedecerá à seqüência abaixo:

a) Meses de junho, julho e agosto do ano A -1:


Lançamento do Edital de Convocação e Processamento das Inscrições.

b) Meses de setembro, outubro e novembro do ano A -1:


Realização da prova do Exame Intelectual, da Inspeção de Saúde e do Exame de
Aptidão Física.

c) Mês de dezembro do ano A -1:


Divulgação dos candidatos habilitados à matrícula no Estágio.

d) Mês de março do ano A: Matrícula na AMAN.

e) Meses de abril e maio do ano A: 1º Período do Estágio na AMAN.

f) 2ª quinzena do mês de junho do ano A: 2º período do Estágio na


ESSA.

g) Final do mês de julho a dezembro do ano A:

3º Período do Estágio na Organização Militar onde, se aprovado, o candidato será classificado. b.


Objetivos do Estágio
1) 1º Período:
a) habilitar o religioso ao desempenho de funções previstas para Capelães Militares, através de um
Período de Instrução Militar;
b) conhecer as atividades do Corpo de Cadetes, através da observação das formaturas matinais, da
participação em sala de aula de disciplinas afins à formação humanística dos estagiários;
c) participar, como observador, integrando-se nas funções específicas de Capelão, de exercícios de
campanha dos diversos Cursos da AMAN;
d) conhecer, de forma ampla, o dia-a-dia do Cadete e dos oficiais e praças envolvidos com as diferentes
atividades da AMAN;
e) analisar as atividades desenvolvidas pela Capelania da AMAN.

36
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192

2) 2º Período:
a) conhecer as atividades do Corpo de Alunos da EsSA, através da observação das formaturas e
participação nas atividades e instruções ministradas em sala de aula;
b) conhecer, de forma ampla, o dia-a-dia do aluno dos oficiais e praças envolvidos com as diferentes atividades
da ESSA;
c) integrar-se nas funções específicas de Capelão, participando de exercícios de campanha dos
diversos Cursos da ESSA;
d) analisar as atividades desenvolvidas pela Capelania da EsSA.
3) 3º Período:
a) interpretar o desempenho da atividade pastoral e colaborar na educação moral realizada pelos
Capelães Militares;
b) analisar as atividades das OM ligadas às diferentes missões da GU em quadrante;
c) integrar-se nas funções específicas de Capelão, participando de, pelo menos, um exercício em
campanha, a ser designado pelo Diretor do Período.
Avaliação dos Estagiários Será realizado conforme determinam as “Diretrizes para a realização do
Estágio de”. Instrução e Adaptação para Capelães Militares", do EME, por meio de grau e menção,
aprovados pelos Comandantes da AMAN e da EsSA, e de conceitos, emitidos pelo Comandante da
Organização Militar onde o candidato for classificado.
Essa avaliação será encaminhada ao DGP, em documento reservado, através dos canais de Comando,
até vinte dias após o término do período.
4. INCLUSÃO NO QUADRO DE CAPELÃES MILITARES
A inclusão no Quadro de Capelães Militares da Ativa, no posto de 2º Tenente, se dará por nomeação.
O ato de nomeação será consubstanciado em Portaria do Comandante do Exército, por proposta do
Departamento-Geral do Pessoal (Port Min Nº 443, de 26 Jun 84, que altera os artigos 8º e 9º das
"Instruções Gerais para a Promoção de Oficiais da Ativa do Serviço de Assistência Religiosa do Exército
[IG 10-53]").
5. PRESCRIÇÕES DIVERSAS
a) A direção, o regime de trabalho, os objetivos gerais e específicos a serem atingidos, e o conceito a
ser atribuído aos estagiários, assim como a expedição das Instruções para o Funcionamento do Estágio
na AMAN e ESSA, constarão da Diretriz do DEP, atendendo às "Diretrizes para realização do Estágio
de Instrução e Adaptação para Capelães Militares", do EME;
b) Ao término do 2º Período, haverá a designação da Organização Militar, onde o candidato será
classificado após o Estágio, para que complete, naquele local, sua adaptação ao cargo a ser ocupado;
c) Nas cerimônias religiosas, os Capelães Militares deverão trajar suas vestes litúrgicas. Nas atividades
sociais, será permitido o uso do traje clerical correspondente;
d) As despesas com transporte dos candidatos para os diversos locais do Estágio correrão por conta
de créditos distribuídos ao DGP;

37
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
e) Entre o término do 1º período e o início do segundo, bem como entre o término deste e o início do
terceiro, deverão transcorrer, no máximo dez dias, para que os estagiários se apresentem na OM de
destino.

Credenciamento de Instituições Religiosas


O credenciamento de Instituições Religiosas, para prestação da Assistência Religiosa
nas Unidades Prisionais/ Hospitalares da SEAP, será realizado de JANEIRO A ABRIL
de cada ano, pela Coordenação de Serviço Social, por meio, exclusivamente, do
agendamento de atendimento junto à Divisão de Planejamento e Intercâmbio
Setorial, sendo permitido somente para as instituições com mais de 05 anos de
existência.
Para realizar o credenciamento da Instituição Religiosa é necessário o
comparecimento do representante legal na Coordenação de Serviço Social no dia e
horário agendado munidos da documentação necessária. O agendamento é realizado
através do telefone 2334-6288.

38
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192

Documentos para o credenciamento de


Instituições Religiosas na SEAP
 Requerimento CLIQUE AQUI PARA VER UM MODELO
 Estatuto com registro no Cartório de Pessoas Jurídicas;
 Ata de Eleição da última Diretoria com registro no Cartório de Pessoas Jurídicas;
 Comprovante de CNPJ;
 Certidão de vida privada da Instituição e do Representante Legal (Justiça Federal) que poderá
ser retirada pela internet (http://www.jfrj.gov.br) - acessar Certidões Eletrônicas, ou no endereço:
Av. Rio Branco, 243 Cinelândia, Rio de Janeiro – RJ Tel.: (21) 3218-8000 (atendimento das 12h
às 17h)
 Certidão do 1º ao 4º Ofício - Central de Certidões (A Certidão é referente ao Representante
Legal). (Rua Almirante Barroso, 90, 2º andar – Centro, Rio de Janeiro – RJ Tel.: 2544 0868);
 Histórico da Instituição contendo: data de fundação, finalidade, área de atuação, programas
desenvolvidos, parcerias;
 Plano de Trabalho da Assistência Religiosa CLIQUE AQUI PARA VER UM MODELO
 Documentação do Representante Legal da Instituição Religiosa: cópia da carteira de Identidade
do IFP e/ou DETRAN e do CPF;
 Documentação do Representante Junto à SEAP: carta de apresentação indicando o
Representante da Instituição Religiosa junto à SEAP, cópia da carteira de Identidade do IFP e/ou
DETRAN, do CPF, Certidão de Nascimento/Casamento e comprovante de residência atual e duas
fotos 3x4.

OBS: Todos os Documentos em cópias deverão ser autenticados folha a folha.

39
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192

Endereço: Praça Cristiano Ottoni S/N 5º Andar sala 510


Edifício Dom Pedro II Central do Brasil - RJ
CEP: 20.221.250

Telefone : 0800-282-4444, denuncie, dê sugestões e ajude-nos a melhorar o Sistema


Penitenciário do Rio de Janeiro.

Email:ouvidoria@admpenitenciaria.rj.gov.br

Horarios de Atendimento: segunda a sexta-feira, das 10h00min às 18h00min,


qualquer cidadão pode denunciar com total garantia de sigilo, atos arbitrários, de
improbidade administrativa e outras ações ilegais cometidas por servidores do
sistema penitenciário.

40
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192

MODELO DE REQUERIMENTO (papel timbrado)

Para: Subsecretaria Adjunta de Tratamento Penitenciário


Da: (nome da Igreja)

Sr. Subsecretário Adjunto de Tratamento Penitenciário

A Igreja ...... , sediada ......., inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ
sob o nº ........, por meio de seu Representante Legal, ..................., portador da RG, expedida
em ........ e do CPF ............., no uso e gozo de suas atribuições de ........................, vem, mui
respeitosamente, requerer o Credenciamento da Instituição Religiosa , acima referida,
para prestar Assistência Religiosa nas Unidades Prisionais e Hospitalares da Secretaria de
Administração Penitenciária – SEAP, em conformidade com a portaria que regulamenta
a matéria.

Outrossim, requer a juntada dos documentos (em anexo) exigidos pela digna
entidade governamental, para a devida apreciação. Termos em que aguarda
Deferimento,

Local, data
Assinatura

41
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192

MODELO DE PLANO DE TRABALHO PARA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA

1. DADOS INSTITUIÇÃO (contendo nome, CNPJ, endereço completo)


2. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA
3. PROJETO A SER DESENVOLVIDO NAS UNIDADES PRISIONAIS DA SEAP

 Atividades (cultos / missas, cerimônias, atividades de ensino, grupos de reflexão,


atividades de profissionalização, etc);

 Objetivos (apresentar o objetivo geral do projeto e seus objetivos específicos-


operacionais);

 Metodologia (descrever como serão desenvolvidas as atividades propostas,


definindo o número de internos / internas a serem atingidos com as ações,
equipamentos a serem utilizados e periodicidade das ações);

 Avaliação (descrever como as atividades desenvolvidas na Unidade Prisional serão


acompanhadas pela Instituição religiosa, referenciando o responsável e a
periodicidade).

42
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192

Capelania Funerária
O ser humano não está preparado para este triste momento da história de todos nós.

Afinal não fomos criados para morrer, não estamos programados para tal. Por isso a morte nos traz tanta dor.

O advento do pecado trouxe ao homem o presente de existir entre os vermes, com natureza da serpente em estado
de morte eterna.

Muitos pregadores da Bíblia não entendem que o Lago de Fogo e Enxofre, chamado de Segunda Morte é uma
terrível e dolorosa existência no estado de Morte Eterna, não é extinção como muitos ensinam, porque se assim,
invalidaria a Palavra que diz:

-também pôs a eternidade no coração do homem, (Ec 3:11.b)

Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem
passou a ser alma vivente.

E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado.

Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore
da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.

E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente,

Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente
morrerás. (Gn 2:7-9; 16,17)

Quando em (Gn 2:7) o senhor Deus soprou o Fôlego da Vida nas narinas do homem e este torna-se alma vivente, a
Bíblia Sagrada nos quer fazer entender que a partir dali o Senhor Deus estava transferindo para o homem a
Eternidade.

Está escrito:

Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs a Eternidade no coração do homem sem que o home possa descobrir
a obra de Deus fez desde o princípio até o fim

Eu sei que tudo quanto Deus faz durará Eternamente; nada se lhe deve acrescentar e nada se lhe deve tirar. E isso
faz Deus para que haja temor diante dele (Ec 3:11,14)

O diabo, o arquiadversário de Deus quis romper com a Eternidade de Deus posta no homem e injetou a sua peçonha
mortal, o seu veneno letal para o interior do homem.

43
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
Não obstante a introdução da morte no homem, ainda assim ele continua um ser Permanente Eternamente.

Está escrito:

Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror
eterno. (Dn 12:2)

A maioria dos expositores da Palavra de Deus não compreendem que a existência do homem é ‘AD INFINITUM’, sem
fim, o que mudou foi a natureza, o estado dessa existência, isto é, de Alma Vivente para defunto, morto em delitos e
pecados (Gn 2:7) (Ef 2:1). O advento do pecado trouxe ao homem o presente de existir entre os gusanos, entre os
vermes, com natureza da serpente em estado de morte eterna.

Muitos pregadores da Bíblia não entendem que o Lago de Fogo e Enxofre, chamado de Segunda Morte é uma
terrível e dolorosa existência no estado de Morte Eterna, não é extinção como muitos ensinam, porque se assim,
invalidaria a Palavra que diz:

Também pôs a eternidade no coração do homem, (Ec 3:11.b)

Disse Jesus Cristo: Eu Sou a Ressurreição e a Vida; aquele que vive e crê em Mim jamais morrerá e aquele que crê em
Mim ainda que esteja morto viverá.(Jo 11:25)

O Desastre da Morte, o inimigo incluso no ser humano. Muitas pessoas que realizam cultos fúnebres e ministram
Capelanias Funerárias fazem apenas teatro, no exercício da arte da dramaturgia para manter vendados os olhos dos
incautos expectadores, porque em sua esmagadora maioria tocam apenas na Morte como uma ocorrência física,
exterior, sem jamais entenderem que a Morte é algo que feriu o homem interiormente.

As pessoas acham que são os baques, os tiros, as facadas, a parada cardíaca, o enfarto, o aneurisma, o câncer, a
AIDS, os venenos, os acidentes, as pestes, as guerras, os atos terroristas, e outros que matam os homens. Isto tem
sido a maior artimanha de satã contra a humanidade, porquanto ele, o diabo, sabe que o homem sem Jesus Cristo é
interiormente um cadáver, morto em delitos e pecados, sentenciado à condenação eterna.

Há poder no Sangue do Cordeiro de Deus.

Em Nome de Jesus Cristo esperamos no Espírito Santo dar uma palavra de ajuda à Igreja no que diz respeito ao
exercício da Capelania Funerária, instituto de misericórdia até que alcancemos a plenitude da redenção do nosso
corpo (Ef 4:30).

Não há como realizar uma Capelania Funerária sem saber o que é a Morte.

Está escrito:

E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente,

Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente
morrerás. (Gn 2:16,17)

44
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento,
tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao seu marido, e ele comeu. (Gn 3:6)

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a
morte passou a todos os homens, porque todos pecaram. (Rm 5:12)

Não tenho tempo aqui de doutrinar sobre a Morte, mas quero afirmar que a Morte é uma relação interior do
homem com satanás através do pecado que imiscuiu ambos, que mesclou a Alma Vivente com a Morte, satã. Jesus
Cristo é a Vida (Jo 14:6); satã e á a morte (Hb 2:14).

Pelo fruto da árvore da ciência, do conhecimento do bem e do mal satã como Morte vai para o interior da
humanidade (Gn 2:17) (Gn 3:6); envenenado o homem tornou-se pó; e, o pó é a comida da serpente, então temos o
homem no interior de satã (Gn 3:14,19).

Morte é satã no interior do homem e o homem no interior de satã (maldita mistura).

A entrada do pecado no gênero humano não produz a extinção do homem, mas sim a Morte, portanto eu advirto a
todos os Capelães Funerários para não pensarem nem acreditarem e muito menos fazerem os outros pensarem e
crerem que a Morte é o que está diante dos olhos. Não! A Morte está de forma invisível dentro do homem,
independente dele pulsar ou não.

O Lago de Fogo e Enxofre é a Segunda Morte (Ap 20:14), o falso profeta e a besta são dois homens (Ap 13:1-8) esses
dois serão lançados vivos para dentro do Lago de Fogo (com consciência da existência).

Está escrito:

Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que
receberam a marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago de
fogo que arde com enxofre. (Ap 19:20)

O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta
como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.

Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.

E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo. (Ap 20:10,14,15)

Estas porções das Escrituras Sagradas revelam que a Morte nada tem haver com esquifes, caixões, sepultura,
enterro, necrotério ou cemitério; estes constituem apenas uma tipologia, uma dura tipologia, portanto trabalhar
nisso é trabalhar para satã, pois para que o homem fique livre da Morte ele precisa da Morte do Cordeiro de Deus.

A morte é destruída pela morte. O pecado é vencido pelo pecado. Quem não entende isso trabalha contra a Vida (Jo
1:29) (Rm 8:3)

A Vida é Cristo no interior do homem e o homem no interior de Cristo (benigna mistura).

45
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
Um dos maiores dramas do homem é a Morte como realidade universal, despreconceituosa, sem fazer acepção de
pessoas segue seu inexorável caminho nivelando pobres e ricos, analfabetos e intelectuais, crianças e adultos, jovens
e velhos, pretos e brancos, vermelhos e amarelos, religiosos e ateus. Na hora da morte todos são iguais. Todos são
pecadores.

Porque o salário do pecado é a morte, (Rm 6:23)

Existem 3 tipos de morte, a saber:

A Morte Espiritual: todo homem nasce Morto em delitos e pecados (Rm 5:12) (Gn 2:17) (Gn 3:6) (Sl 51:5) (Ef 2:1).

Morte Física: ao homem está ordenado morrer uma só vez, isto é, retornar ao pó (Gn 3:19) (Ec 3:2,20) (Hb 9:27).

Morte eterna ou Segunda Morte: é o Lago de Fogo e Enxofre (Ap 20:10-15).

Com o pecado e a queda de Adão toda a humanidade tornou-se pecadora e culpada; e, entrou na sentença de
morte. Como Deus colocou a eternidade no coração do homem (Ec 3:11), o homem passou a existir fisicamente,
porém morto espiritualmente em delitos e pecado (Ef 2:1). O homem tem uma medida de tempo físico, durante o
qual ele tem a oportunidade de ressuscitar espiritualmente recebendo a Vida de Deus, através de Jesus Cristo,
consoante o Evangelho do Reino, proclamado pela Igreja de Cristo, no poder do Espírito Santo.

Na carta de Sardes em Apocalipse Aquele que tem os Sete Espíritos de Deus e as Sete Estralas dirige-Se aos homens
assim:

Pensas que vives mas estás morto. (Ap 3:1) A humanidade está literalmente morta em delitos e pecados.

A Capelania Funerária não é para exaltar, elogiar e engrandecer a memória e os restos mortais do finado como a
maioria dos pregadores tem feito, antes, a ministração da Palavra de Deus deve ser para tirar da morte aqueles que
transportam e sepultam a morte.

Jesus Cristo não fazia velório, nem acompanhava enterro e muito menos realizava atos fúnebres, pelo contrário, ele
interrompia enterros (Lc 7:11-17) e ressuscitava os mortos (Jo 11:1-57) (Jo 8:40-56).

A ordem de Jesus Cristo para a Sua Igreja é:

E, à medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus.

Curai enfermos, RESSUSCITAI mortos, LIMPAI leprosos, EXPULSAI demônios; de graça recebestes, de graça dai. (Mt
10:7,8)

O homem não foi criado para a morte, mas com a entrada do pecado no homem entrou a morte como atroz inimigo.

Para os que estão em Jesus Cristo a morte é um inimigo derrotado.

Está escrito:

Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a VIDA ETERNA,
não entra em juízo, mas passou da MORTE para a VIDA. (Jo 5:24)
46
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
Porque o salário do pecado é a MORTE, mas o dom gratuito de Deus é a VIDA ETERNA em Cristo Jesus, nosso Senhor.
(Rm 6:23)

Eu Sou aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da MORTE
e do inferno. (Ap 1:18)

A vitória que os filhos de Deus tem assegurada sobre a morte é por causa da ressurreição de Jesus Cristo e da nossa
ressurreição com ele.

Está escrito:

Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.

Visto que a MORTE veio por um homem, também por um homem veio a RESSURREIÇÃO dos mortos.

Porque, assim como, em Adão, todos MORREM, assim também todos serão vivificados em Cristo. (1Co 15:20-22)

Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou,

E estando nós MORTOS em nossos delitos, nos RESSUSCITOU juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos,

E, juntamente com ele, nos RESSUSCITOU, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; (Ef 2:4-6)

Aos homens está ordenado: morrer uma só vez

vindo depois o juiso

Temos que ser muito cuidadosos nas Capelanias funerárias para não considerarmos apenas os fatores da morte
física, porquanto Jesus Cristo veio resolver o problema da morte nos três níveis, a saber:

O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e
irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. (1Ts 5:23)

1 - Ressurreição Espiritual: pelo novo nascimento, o nascer da Água e do Espírito (Jo 3:3-6) o vivificar dentre os
mortos espirituais por causa dos delitos e ofensas, ressuscitando os crentes juntamente com Cristo (Ef 2:4-6).

2 - Ressurreição Corporal: é a ressurreição dos que fisicamente crendo em Jesus Cristo ressuscitarão em corpo
espiritual.

Está escrito:
47
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
Pois assim também é a RESSURREIÇÃO dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, RESSUSCITA na incorrupção.
Semeia-se em desonra, RESSUSCITA em glória.

Semeia-se em fraqueza, RESSUSCITA em poder.

Semeia-se corpo natural, RESSUSCITA corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.

Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito ALMA VIVENTE. O último Adão, porém, é ESPÍRITO
VIVIFICANTE.

Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual.

O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu.

Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial,
tais também os celestiais.

E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial.

Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a
incorrupção.

Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos,

Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos
RESSUSCITARÃO INCORRUPTÍVEIS, e NÓS SEREMOS TRANSFORMADOS.

Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da
imortalidade.

E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade,
então, se cumprirá a palavra que está escrita: TRAGADA FOI A MORTE PELA VITÓRIA.

Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó inferno, o teu aguilhão?

O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei.

Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. (1Co 15:42-57)

3 - O terceiro nível de ressurreição é a Ressurreição Eterna: esta é chamada última ressurreição ou ressurreição do
último dia. Nessa ressurreição serão despertados da morte física todos os ímpios, os incrédulos de todas as eras e
todos os crentes que não alcançaram a primeira ressurreição.

Está escrito:

Muitos dos que dormem no pó da terra RESSUSCITARÃO, uns para a VIDA ETERNA, e outros para vergonha e horror
eterno. (Dn 12:2)

Jesus disse para Marta:

- Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir.

- Eu sei, replicou Marta, que ele há de RESSURGIR NA RESSURREIÇÃO, NO ÚLTIMO DIA. (Jo 11:23,24)

48
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
Muitos Capelães Fúnebres ficam maquiando cadáveres e embalsamando defuntos para mandarem suas múmias
para os sarcófagos infernais falando mentira na cabeça dos restos mortais; não é tempo de teatro e de fraudes, pois
o lago de fogo e enxofre está borbulhando e precisamos consoante a exposição da Verdade fazer de tudo com todos
para vermos se conseguimos livrar uns poucos da morte eterna.

Está escrito:

Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou
lugar para eles.

Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda
outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava
escrito nos livros.

Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados,
um por um, segundo as suas obras.

Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo.

E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo. (Ap 20:11-15)

A Capelania Fúnebre propriamente dita:

A assistência religiosa aos enlutados é um ato de misericórdia e todo Ministro de Deus deve ser solícito e procurar
ajudar a família com tato e amor quanto ao sepultamento do seu finado.

O Líder Espiritual deve detalhar com a família o local das exéquias e a hora do sepultamento, deve orientar a família
quanto a simplicidade do funeral, quanto aos gastos e quanto à pompa do cerimonial, para evitar dívidas contraídas
pela emoção.

O culto fúnebre deve ser uma oportunidade de digna e elevada consideração e meditação, momento ideal para
conduzir os presentes a Jesus Cristo. Tudo deve ser feito com a sensibilidade que a ocasião recomenda e não como
uma campanha evangelística.

A mensagem deve ser breve, objetiva, concisa, simples e de fácil assimilação pelo público geralmente muito
heterogêneo.

O Ministro da Palavra de Deus deve buscar do Espírito Santo consolar a família, dispensando a Vida de Cristo
mediante a exposição das Escrituras, procurando tocar o coração dos presentes de maneira que eles sejam
constrangidos a sentir necessidade de ter uma relação pessoal com Jesus Cristo.

A Igreja deve perseverar em cuidar da família enlutada após a celebração fúnebre.

Se o cerimonial fúnebre for na Igreja, na casa da família do falecido, na capela mortuária ou no Cemitério o Ministro
precisa estar no local na hora precisa e nunca realizar o culto sem antes receber autorização dos familiares.

A Bíblia Sagrada possui vários textos que fornecem vários temas que podem servir de base para elaboração de
Sermões Fúnebres, vamos listar alguns à caráter de ilustração:

49
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192

Das trevas para a Luz (Am 5:8)

Coragem para viver e fé para morrer (1Co 15:58)

Tudo posso naquele que me fortalece (Fp 4:13)

Firmado na Rocha (Sl 27:5)

A Terra Prometida (Ap 21:4)

O que é a Vida? (Tg 4:14)

Nele está a Vida (Jo 1:4)

O pó volta ao pó, mas o espírito volta a Deus (Ec 12:7)

O descanso do trabalho (Ap 14:13)

O Corpo de Cristo (2Co 5:1-8)

Vida abundante (Jo 10:10)

O último inimigo a ser vencido (1Co 15:26)

O céu é muito melhor (Fp 1:23) (Ap 21:3-7)

Na casa de meu Pai (Jo 14:2)

Bem-aventurados os mortos em Cristo (Ap 14:13)

A despedida do bom combatente (2Tm 4:7,8)

Quando a morte é estimada (Sl 116:15)

A brevidade da vida (Sl 90) (Jó 14:1,2) (Jó 9:25,26)

A Vida de Ressurreição (Jo 11:1-45) (Jo 6:40) (At 26:8)

Cultos Fúnebres Infantis:

Quem é maior no Reino de Deus (Mt 18:1-6)

Não desprezeis os pequeninos (Mt 18:10-14)

Deixai vir a Mim os pequeninos (Lc 18:15,16)

O Senhor é uma Fortaleza no dia da angústia (Na 1:7)

O Pai se compadece dos filhos (Sl 103: 13,14)

Bem-aventurados os que choram (Mt 5:4)

Não temas, Eu te sustentarei com a Minha justiça (Is 41:10)

A nossa Pátria está no céu (Fp 3:20,21)

A Esperança dos que dormem em Cristo (1Ts 4:13-18)

50
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192

Cultos Fúnebres de Autoridades:

Observar o cerimonial para políticos, militares, religiosos e outros.A cerimônia Fúnebre deve ser breve com uma
música solene.

O Ministro deve fazer uma breve oração, efetuar a leitura Bíblica do texto base para a mensagem, dar oportunidade
para um hino especial, depois uma ou duas breves palavras de testemunho em memória do finado como
homenagem póstuma em seguida empetrar a bênção Pastoral e despedir o corpo para o sepultamento.

A Capelania Funerária constitui delicado instrumento de evangelização e do testemunho da sobriedade cristã.


Aproveite-a bem!

As Escrituras Sagradas recomendam que consolemos com as consolações com que nós somos consolados e a
solidariedade no dia de luto é um gesto de amor para com o nosso próximo que precisamos exercitar.

A Bíblia diz que é bom estar na casa de luto, pois ali todos vêem o fim dos homens.

O povo de Israel pranteava os seus mortos por dias.

Está escrito:

Os filhos de Israel prantearam Moisés por trinta dias, nas campinas de Moabe; então, se cumpriram os dias do
pranto no luto por Moisés. (Dt 34:8)

Marta, Maria, os amigos de Lázaro o prantearam por quatro dias, depois Jesus também chorou (Jo 11).

Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e Salomé prantearam Jesus Cristo com os discípulos por três dias depois foram
comprar aromas para ungirem o corpo de Jesus (Mc 16:1,2).

Os cultos de Capelania Fúnebre só terão fim na Nova Jerusalém, no Novo Céu e na Nova Terra.

Até que aconteça o Arrebatamento da Igreja,

amemos-nos uns aos outros.

Está escrito:

Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.

Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada
para o seu esposo.

Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles.
Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.

E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque
as primeiras coisas passaram. (Ap 21:1-4)

51
UTEL – Universidade de Teologia Livre
COMEM – Conselho de Ministros Evangélicos Mundial www.conselhodeministros.com.br (21) 3182-
9192
Este dia glorioso está chegando para a nossa experiência individual e coletiva, mas até que não, temos que exercer
com amor a sublime tarefa da Capelania Funerária para que através do Espírito Santo possamos ver minimizada a
dor do drama universal na morte. Pratique!

Seja um instrumento Vivo do Espírito Santo na preparação da Igreja de Jesus Cristo para o Arrebatamento. Sede
firmes e constantes, sempre abundantes na Obra do Senhor, porque o vosso trabalho não é vão no Senhor e ele traz
consigo a recompensa (Ap 22:12) (1Co 15:58)

52

Você também pode gostar