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Augusto Massina

Janet Fulaw

Tema: ensaios ʺ in situʺ (ensaio de deformabilidade)

Licenciatura em Geologia

3º Ano

Universidade pedagógica

Beira

2017
Augusto Massina

Janet Fulaw

Tema: ensaios ʺin situʺ (ensaio de deformabilidade)

5º Grupo

Licenciatura em Geologia

3º Ano

Trabalho de Pesquisa
Bibliográfica a ser entregue no
Departamento de Ciências de
Terra e Ambiente na cadeira de
Mecânica de Rochas para fins
avaliativos.

Docente: MSc. Fernando Massora

Universidade pedagógica

Beira

2017
Índice

1.Introdução...............................................................................................................................4

Capitulo 1...................................................................................................................................5

1- Ensaios ʺin situʺ e Ensaio de Deformabilidade..................................................................5

1.1-Definição..........................................................................................................................5

1.2Objectivos do ensaio ʺin situʺ...........................................................................................5

1.3 Ensaio de deformabilidade...............................................................................................5

1.4 Classificação do ensaio de deformabilidade.....................................................................5

1.5 Ensaios de deformabilidade ʺin situʺ................................................................................6

1.6 Objectivos do ensaio de deformabilidade.........................................................................7

1.6.1.Geral:.........................................................................................................................7

1.6.2.Específicos:................................................................................................................7

1.7 Parâmetros medidos da deformabilidade..........................................................................7

1.8 Alternativa do ensaio........................................................................................................7

Capitulo 2...................................................................................................................................8

Ensaio com Dilatómetro.........................................................................................................8

2.1.O ensaio de Brohole Dilatometer.....................................................................................8

2.1.1 Objectivos do ensaio..................................................................................................8

2.1.2 Material necessario....................................................................................................9

2.1.3 Procedimentos............................................................................................................9

2.1.4 Parâmetros medidos...................................................................................................9

2.2. Dilatómetro de Marchetti..............................................................................................10

2.2.1.objectivos.................................................................................................................10

2.2.2 Material necessario..................................................................................................10

2.2.3 Procedimentos..........................................................................................................11

2.2.4 Parâmetros medidos.................................................................................................11


3.Conclusão..............................................................................................................................12

Bibliografia..............................................................................................................................13

FIGURA 1-DILATÓMETRO BHD E O EQUIPAMENTO DE LEITURA 8


FIGURA 2-DETALHE DA LÂMINA E UNIDADE DE CONTROLO 10
FIGURA 3- DILATÓMETRO DE MARCHETTI (MATERIAL NECESSARIO) 10
FIGURA 4- ENSAIO COM DILATÓMETRO NO TERRENO E FIXAÇÃO DA MEMBRANA NO SOLO 11
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1.Introdução
Os trabalhos de prospecção na Engenharia Civil tem sido frequentemente acompanhados de
ensaios ʺin situʺ para caracterização dos maciços, alguns destes ensaios são efectuados
simultaneamente como é o caso de penetração dinâmica ou estática, associadas em regra a
sondagens realizadas em maciços terrosos, e outros efectuado posteriormente como é o caso
de ensaios de permeabilidade, de deformabilidade ou determinação de estado de tensão, estes
são realizados apenas quando se requer o esclarecimento especifico do trabalho, ou seja,
quando se pretende completar o zoneamento geotécnico do maciço interessado por
determinada obra.

Este trabalho inclina-se aos ensaios ʺ in situʺ com a finalidade de completar o zoneamento
geotécnico de uma determinada obra, mas especificamente a caracterização do ensaio de
deformabilidade.

O trabalho encontra-se organizado e 2 capítulos. Antes de abordar-se sobre os capítulos do


trabalho, trazemos uma síntese do que seria ensaios ``in situ`’ e o objectivo deste tipo de
ensaio. O capítulo 1 descreve as características do ensaio de deformabilidade no que concerne
a sua definição, classificação destes, de uma forma geral abrange os parâmetros medidos
neste ensaio, o objectivo deste ensaio e a alternativa do mesmo. Por este ensaio apresentar
varias técnicas de uso, serão aqui mencionadas todas as técnicas, porém só será descrita uma
ao critério do grupo. O capítulo 2 descreve o ensaio com dilatómetro, o seu objectivo,
material necessário, procedimentos e parâmetros medidos, e a conclusão do trabalho.
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Capitulo 1
1- Ensaios ʺin situʺ e Ensaio de Deformabilidade

1.1-Definição
ʺ In situʺ é uma expressão do latim que significa ʺno localʺ. São estudos realizados através da
perfuração do subsolo, acompanhados de colecta de amostras para determinação das
características do solo como: natureza da camada, composição granulométrica, umidade,
compacidade etc..., para avaliação das suas propriedades de engenharia.

1.2Objectivos do ensaio ʺin situʺ


O principal objectivo do ensaio ʺin situʺ é determinar algumas propriedades relevantes do
solo necessárias para o dimensionamento de estruturas geotécnicas.

1.3 Ensaio de deformabilidade


Segundo [CITATION VAL02 \l 1033 ] a deformabilidade é a propriedade que a rocha tem em
alterar sua forma como resposta a acção das forças. Pode ser definida como a capacidade que
o maciço apresenta para suportar esforços sob cargas aplicadas ou em respostas a descarga.
Dependendo da intensidade das forças e das características mecânicas da rocha, a deformação
será permanente ou elástica.

A deformabilidade é um dos parâmetros mais importantes no comportamento dos maciços


rochosos sendo por isso empregue em estudos de grandes obras de engenharia, como em
construção de barragens de betão, pontes, galerias subterrâneas ou túneis, e em estudos
mecânicos de aterros, isto devido ao comportamento dos deslocamentos ocorridos no maciço
rochoso em que se encontram fundadas ou inseridas.

1.4 Classificação do ensaio de deformabilidade


O ensaio de deformabilidade é comumente classificado em dois metódos sendo;

 Metódos directos;
 Metódos indirectos.

O primeiro metódo inclui ensaios ʺin situʺ, enquanto o segundo incluem metódos geofísicos,
bem como uma serie de correlações empíricas. Torna-se mais adequado o estudo da
deformabilidade usando metódos ʺin situʺ devido a grande importância deste na construção de
grandes obras, sendo assim é necessário o estudo de ensaios ʺin situʺ, envolvendo volumes
representativos de maciço rochoso, permitindo deste modo estimar a sua deformabilidade e
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assim diminuir o nível de incerteza durante a fase de projecto apesar dos diferentes metódos
não estarem suficientemente estudados para reconhecer o grau de representatividade de todos
eles, sendo estes ensaio o objecto desse trabalho.

1.5 Ensaios de deformabilidade ʺin situʺ


Para a caracterização da deformabilidade dos maciços rochosos, é necessario que estes
estejam mais representativos possíveis, tornando-se essencial afectar volumes mais
significativos de maciço na sua realização. De modo a conseguir aceder a estes volumes de
material passa-se por realizar os ensaios dentro do próprio maciço, utilizando poços, galerias,
furos de sondagens. Segundo [CITATION VAL02 \l 1033 ] existem 6 tipos de ensaios ʺin situʺ
para a determinação do módulo de deformabilidade, descritos na tabela 2, sendo o ensaio com
o dilatómetro detalhado neste trabalho.

Tipo Tamanho Lugar Vantagens Inconvenientes

Macaco plano Alguns m3 Em paredes de Permite colher Caro, necessita de obras


galerias, tuneis, grandes amostras, especiais, alguns ensaios
etc. distribuição de
tensões conhecidas,
multicelular
.

Placa de carga Ate 1m3 Em paredes de Permite colher Caro, necessita de obras
dependendo galerias, tuneis, grandes amostras, e especiais, alguns ensaios,
do tamanho poços, etc. pouco perturbadas distribuição de tensões não
da placa. conhecidas, deve-se fazer
suposições para a interpretação.

Dilatómetro Alguns dm3 Em sondagens Pode ser feito em Mostra pequenas distribuições de
profundidades. Bom tensões desconhecidas, exige
metódo para a pressupostos adicionais
distribuição da
deformabilidade do
maciço com juntas
fechadas. Baixo custo
Placa radial Alguns m3 Em galerias Permite colher Muito caro, normalmente só faz-
dependendo especiais grandes amostras, se um ensaio
do tamanho muito adequado para
da placa galerias especiais
Triaxial em Alguns m3 Perto da Permite colher Muto caro, obras especiais,
grande escala superfície, em grandes amostras, poucos ensaios
galerias, tuneis, distribuição de
etc. tensões é bem
conhecida.
Pilar de carga Alguns m3 Em galerias Permite colher Muito caro, obras especiais,
especiais. grandes amostras, poucos ensaios.
distribuição de
tensões ao bem
conhecidas
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Tabela - tipos de ensaio de deformabilidade.

1.6 Objectivos do ensaio de deformabilidade

1.6.1.Geral:
 Determinar o módulo de deformabilidade e o coeficiente de Poisson em todos os
maciços;

1.6.2.Específicos:
 Determinar o módulo de Young no estudo geologico com base no uso de técnica, mas
adequada e viável para estes estudos;

1.7 Parâmetros medidos da deformabilidade


Em linhas gerais a deformabilidade de solos e rochas é definida pelos parâmetros básicos: o
módulo de deformabilidade (E) e o coeficiente de Poisson (v).

O módulo de deformabilidade (E), tambem conhecido como módulo de Young, estabelece a

relação entre a tensão normal e a deformação proveniente dessa tensão em sua direcção, a sua

σ
formula é definida por: E¿
ε

O coeficiente de Poisson (v) mede a relação entre a deformação lateral (εt) é a deformação

εT
longitudinal (εl), sofrida pela rocha é definida por: v¿ .
εL

1.8 Alternativa do ensaio


Este ensaio é usado tanto para maciços terrosos como para maciços rochosos, pois, o seu
maior objectivo é definir o assentamento que uma determinada formação vai sofrer em
função das cargas que vai ser submetida é utilizado em problemas de fundações de edifícios,
estradas e outros. Os estudos da deformabilidade dos maciços depende muito do objectivo do
ensaio, tomando em consideração que pretende-se determinar o módulo da deformabilidade
pode-se usar como alternativo do ensaio de deformabilidade o ensaio de compressão, que
permite determinar qual é a resistência que o maciço tem quando é aplicado nele uma força
externa. Como este trabalho aborda do ensaio com o dilatómetro, na falta deste pode-se usar
o ensaio em placa de carga, os macacos planos, pois estes desenvolvem uma maior área de
aplicação, e outras técnicas dispostas no ponto 1.3 deste trabalho.
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Capitulo 2
Ensaio com Dilatómetro
Este ensaio pode ser executado utilizando dois metódos:

I. O ensaio de Brohole Dilatometer (BHD);


II. O ensaio de Dilatómetro de Marchetti (DMT).

O Brohole Dilatometer foi desenvolvido pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil


(LNEC), com o objectivo de realizar ensaios de deformabilidade em maciços rochosos muito
fracturados e em rochas brandas ou deformáveis, em furos de sondagens, obtendo-se o
módulo dilatométrico, correlacionável com o módulo de deformabilidade obtido por outros
metódos. O ensaio de dilatómetro Marchetti DMT, desenvolvido pelo professor italiano
Silvano Marchetti em 1975, tem por objectivo a obtenção de diversos parâmetros geotécnicos
referentes a resistência, deformabilidade e histórias de tensões em solos. Ambos podem ser
usados para estudos de barragens.

2.1.O ensaio de Brohole Dilatometer

Figura -Dilatometro BHD e o equipamento de leitura.[ CITATION ALM06 \l 1033 ]

2.1.1 Objectivos do ensaio


O objectivo deste dilatómetro é estudar a deformabilidade do maciço rochoso, por aplicação
de pressões radiais em furos de sondagens a diferentes profundidades e assim permitir a
medição das respectivas deformações sofridas pela parede do furo. Este tipo de ensaio afecta
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uma região muito pequena que pode não ser representativa do maciço rochoso, pois o volume
da rocha pressurizado pelo dilatómetro é menor do que 1/3m3 e portanto, muito reduzido para
uma aplicação directa dos seus resultados aos projectos de engenharia, sendo possivel usar
apenas em maciços de resistência baixa, em que o módulo da deformabilidade será elevado,
tornando uma limitação deste ensaio. Este ensaio é uma adaptação do pressiómetro para sua
aplicação em rochas, é no entanto muito rápido e menos dispendioso.

2.1.2 Material necessario


i. Um furo de sondagem com diâmetro constante;
ii. Uma camisa cilíndrica de borracha com espessura de 4mm;
iii. Um sistema electrónico de medição de deformação;
iv. Cilíndrico de aço com 540mm de comprimento;
v. Um líquido (água ou óleo).

2.1.3 Procedimentos
 Para a realização deste ensaio, deve-se deslocar ao campo em que se pretende fazer o
estudo do terreno, de seguida, e haver um furo de sondagem;
 A parede do furo deve estar devidamente limpo e pouco perturbada, o diâmetro deste
deve ser constante e apropriado ao equipamento utilizado, pois, o espaço entre o furo
e o equipamento deve ser pequeno;
 O furo deve ter de diâmetro um intervalo de 75 a 81m

Este ensaio consiste em envolver o cilíndrico de aço na camisa cilíndrica de borracha, no


interior deste cilíndrico situa-se o sistema electrónico de medição, depois coloca-se o
equipamento no furo de sondagens e introduz-se a água sob pressão conhecida no espaço
limitado pelas superfícies exteriores do cilíndrico e interiores da camisa, isso provoca a
deformação do maciço na zona circundante, assim a uma determinada profundidade as
paredes ficam sujeitas a uma pressão radial e efectua-se uma descarga, este ciclo repete-se
uma ou mais vezes obtendo-se em cada um dos ciclos pressões mais elevadas em função das
características resistentes e da deformabilidade.

2.1.4 Parâmetros medidos


O parâmetro medido pelo dilatómetro é o módulo de deformação dilatométrica E P, dada pela
seguinte expressão: Ep ¿ ( 1−v ) × M × r onde:

v- é o coeficiente de Poisson;

M- é a rigidez do terreno;
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r- é o raio de perfuração.

Este ensaio é muito útil em massas de rochas próprias, rochas fracturadas, moles ou
deformáveis e em geral onde a amostragem é difícil ou impossível é necessária para se obter
as propriedades elásticas[CITATION VAL02 \l 1033 ].

2.2. Dilatómetro de Marchetti

2.2.1.objectivos
Objectivo de medir a tensão e a deformabilidade do solo, com a finalidade de reduzir as
deformações devido a penetração no solo.

Figura -detalhe da lâmina e unidade de controlo[CITATION PEN \l 1033 ]

2.2.2 Material necessario


1. Lâmina de aço inoxidável (com 220mm de h, 95mm de L e 15mm de espessura);
2. Uma membrana de aço flexível (com 60mm de diâmetro, dispositivo que acciona o
sinal sonoro);
3. Uma unidade de controlo;
4. Tubos electropneumáticos;
5. Hastes de cravação;
6. Gás pressurizado.
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Figura - Dilatómetro de Marchetti (Material necessario)[CITATION PEN \l 1033 ]

2.2.3 Procedimentos
O ensaio inicia com a membrana encostada no disco sensitivo, pressionado para o solo,
fechando o circuito eléctrico e emitindo um sinal sonoro, com o aumento gradativo da
pressão, o disco vai se deslocando e abrindo o sistema eléctrico interrompendo o sinal sonoro,
esta pressão permitira fazer a leitura na primeira posição, A, com o aumento da pressão, a
membrana desloca-se juntamente com o cilindro de aço e quando o deslocamento for de
1,1mm, o circuito eléctrico é fechado e o sinal sonoro novamente é accionado e efectua-se a
leitura B e a inserção de gás ao sistema é interrompida. A partir do momento em que a
membrana é totalmente despressurizada, o operador pode avançar a penetração no solo para
que o ensaio seja realizado a uma nova profundidade. Todavia a membrana é susceptível a
danos, principalmente quando o ensaio ocorre em solos granulares ou pedregulhos, a lâmina
necessita de um equipamento de cravação robusto para solos densos.

Figura - Ensaio com dilatómetro no terreno e fixação da membrana no solo[CITATION PEN \l 1033 ]

2.2.4 Parâmetros medidos


O ensaio de DMT fornece três medidas de pressão A, B e C, Com base nas pressões P0, P1 e
P2, Marchetti, definiu três parâmetros empíricos adoptados na interpretação do ensaio: índice
de material (ID), índice de tensão horizontal (KD) e módulo dilatométrico (ED). Os índices
ID e KD são considerados os parâmetros chave do ensaio DMT.
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3.Conclusão
Os ensaios de deformabilidade permitem determinar o módulo de deformabilidade tanto de
maciços terrosos como rochosos.

Na avaliação ʺin situʺ da deformabilidade, os ensaios in situ podem envolver pequenos


volumes como no caso na periferia de um furo de sondagens, ou grandes volumes, como é o
caso dos ensaios com macacos planos de grande área (L.F.J).

Os ensaios de deformabilidade dos maciços rochosos adquirem várias tecnicas, o que pode
tornar viável a sua utilização e assim reduzir o número de impactos que a falta deste pode
causar em grandes obras.

Na tentativa de determinar o módulo de Young o ensaio pode ser substituído pelo ensaio de
compressão.

É um ensaio muito útil nos estudos geotécnicos pois, definem uma das principais
propriedades mecânicas das rochas, sendo aplicado em estudos de fundações, construções de
pontes, barragens, estudos subterrâneos e em muitos outros projectos de engenharia civil em
que se requer um estudo do terreno no âmbito da deformação.
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Bibliografia

ALMEIDA, C. (2006). Mecanica das rochas. Universidade Federal do Para.

BESSA, B. R. (2009). Caracterização dos maciços rochosos através de ensaios in situ-


Dissertação apresentada para a obtenção do grau de mestrado na Universidade da
Beira Interior. Covilhã.

PENNA, D. S. A .Investigação geotecnica- técnicas actuais de ensaio de campo.

PINHO, B. (2003). Caracterização de maciços rochosos de baixa resistência- O flysch baixo


alentejo. dissetarção apresentada a Universidade de Évora para obtenção do grau de
Doutor em Geologia.

VALLEJO, G. e. (2002). Ingenieria Geologica. Madrid: Pearson Educacion.

Www.ebah.com.br> ABAAAenklAE> ensaio-de-deformabilidade.

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