Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 CÉLULAS ............................................................................................................................... 3
2 TECIDOS .............................................................................................................................. 19
3 CONCEITOS DE NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO...................................................................... 37
4 MACRONUTRIENTES ........................................................................................................... 48
5 VITAMINAS E MINERAIS ..................................................................................................... 59
6 NUTRIÇÃO E DOENÇAS ....................................................................................................... 83
2
1 CÉLULAS
Neste bloco, você vai saber as estruturas, utilidades e evolução das células. Todo esse
entendimento servirá de base para a pesquisa dos tecidos. De acordo com Junqueira e
Carneiro (2012), a célula é o elemento que constitui os seres vivos, podendo subsistir
isoladamente, nos seres unicelulares, ou gerar arranjos ordenados, os tecidos, que
compõem o corpo dos seres pluricelulares.
Objetivos da aula:
• Conhecer a definição de célula;
• Conhecer os tipos de células;
• Conhecer a definição de células procariontes;
• Conhecer a definição de células eucariontes.
Definição de célula
3
Tipos das células
Para efeito de estudo, há somente dois tipos celulares básicos: as células procariontes
e as eucariontes.
Junqueira e Carneiro (2012) afirmam que nas células procariontes (pro, primeiro, e
cario, núcleo), o citoplasma e os cromossomos não são separados pela membrana
plasmática, ou seja, todo o conteúdo celular encontra-se no mesmo compartimento. Já
nas células eucariontes (eu, verdadeiro, e cario, núcleo), o núcleo apresenta-se bem
individualizado e separado pelo envoltório nuclear.
Célula procarionte
A célula é envolvida por uma parede rígida presa à membrana plasmática (parede
celular). No citoplasma das bactérias, por exemplo, há ribossomos relacionados a
moléculas de RNA mensageiro (mRNA), constituindo polirribossomos. Encontram-se,
em maior parte, dois ou mais cromossomos idênticos, circulares, ocupando regiões
denominadas nucleoides e, várias vezes, presos a pontos distintos da membrana
plasmática. Cada cromossomo, constituído de ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLEICO,
possuem espessura de 2 nm e comprimento de 1,2 mm. As células procariontes não se
dividem por mitose, e seus filamentos de ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLEICO não sofrem o
processamento de condensação que leva à formação de cromossomos visíveis ao
microscópio ótico, ao longo da divisão celular. Sendo assim, na maioria das células
procariontes, o citoplasma não apresenta outra membrana além daquela que o separa
do meio externo (membrana plasmática). Em alguns casos são capazes de fazer
invaginações, na membrana, que penetram no citoplasma, no qual se enrolam. O
formato simples das células procariontes, em maior parte circular ou em bastonete, é
mantida pela taipa extracelular, sintetizada no citoplasma e agregada à superfície
externa da membrana celular. Essa divisão é rígida e representa papel fundamental na
proteção das células bacterianas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012).
4
Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012.
Figura 1.1: Exemplo de célula procarionte
Célula eucarionte
5
Fonte: JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012.
Figura 1.2: Exemplo de célula eucarionte
Objetivos da aula:
6
funções da membrana). Os glicolipídios são moléculas encontradas no folículo externo
da bicamada lipídica da membrana plasmática com as porções glicídicas se projetando
para o exterior da célula. As porções glicídicas dos glicolipídios se juntam a porções
glicídicas das proteínas da própria membrana, mais glicoproteínas e proteoglicanas
secretadas, que são adsorvidas pela superfície celular para fazer um conjunto
conhecido por glicocálice. Dessa maneira, o glicocálice é um relevo da parte mais
externa da membrana, permitindo que somente algumas moléculas sejam adsorvidas
(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012).
7
Transportes por meio da membrana plasmática
Transporte passivo
Transporte ativo
8
Difusão facilitada
Osmose
Solução isotônica
Junqueira e Carneiro (2012) afirmam que a solução isotônica é definida por não
modificar o volume celular.
Solução hipotônica
Solução hipertônica
9
Fagocitose
A fagocitose é definida, de acordo com Junqueira e Carneiro (2012), como ação pela
qual a célula, graças à formação de pseudópodos (prolongamentos) engloba partículas
sólidas no seu citoplasma.
Objetivo da aula:
Núcleo celular
10
• Ribossomos – O envoltório nuclear tem continuidade com o retículo
endoplasmático, e a membrana nuclear externa apresenta ribossomos ligados à
sua face citoplasmática;
• Cromatina condensada – Grumos de cromatina condensada (Cc) estão
associados ao envoltório nuclear;
• Cromatina descondensada – Enquanto porções de cromatina descondensada
(Cd) estão dispersas no núcleo.
Envoltório nuclear
Cromatina
Nucléolo
11
o rRNA é unido a proteínas ribossômicas para formar subunidades quase
completas de ribossomos prontos para serem exportados para o citoplasma
(GLEREAN, 2013).
Matriz nuclear
A matriz nuclear é uma estrutura fibrilar formada por substâncias bioquímicas dos
componentes solúveis dos núcleos isolados. Esta estrutura suporta a cromatina
interfásica, estabelecendo seu lugar dentro do núcleo celular (JUNQUEIRA; CARNEIRO,
2017).
Nucleoplasma
O nucleoplasma é um soluto com muita água, íons, aminoácidos,
metabólitos e precursores diversos, enzimas para a síntese de RNA e DNA
[ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLEICO], receptores para hormônios, moléculas de
RNA de vários tipos e outros componentes. Sua caracterização ao
microscópio eletrônico é impossível, e o nucleoplasma é definido como o
componente granuloso que preenche o espaço entre os elementos
morfologicamente bem caracterizados no núcleo, como a cromatina e o
nucléolo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2017).
Objetivos da aula:
12
Estrutura das organelas celulares
Essa organela tem ribossomos aderidos a seu sistema de membranas, sendo assim
recebe o nome de retículo endoplasmático granuloso (REG) ou rugoso. O REG sintetiza
as proteínas que desempenham funções fora da célula, dentre elas a composição da
membrana plasmática, e trabalham como enzimas lisossômicas na digestão
intracelular (ALMEIDA; PIRES, 2014).
13
Complexo de Golgi
Lisossomos
14
Exocitose
Endocitose
Objetivos da aula:
15
Estrutura e definição das mitocôndrias
Componentes da mitocôndria
16
De acordo com Pimentel (2013), em 1840 foram observadas (coradas pelo método de
Régaud), em células de rim e fígado, as mitocôndrias. As formas encontradas foram de
estruturas alongadas e arredondadas. Então, a origem do nome mitocôndria é a união
do termo grego mitos, que quer dizer alongado, e chondrion, que significa pequeno
grânulo.
Essas organelas apresentam um diâmetro aproximado de 0,5 a 1,0 μm, variando o
comprimento desde 0,5 até 10 μm.
Segundo Junqueira e Carneiro (2012), as células, para efetuarem suas atividades, usam
“a energia contida nas ligações químicas dos nutrientes que, geralmente, é transferida
para adenosina-trifosfato (ATP), o principal combustível celular; a enzima ATPase
rompe a molécula de ATP, liberando energia e originando adenosina-difosfato (ADP) e
fosfato inorgânico (Pi)”. Tal ação é feita no citosol sem participação das mitocôndrias,
através da fermentação (anaeróbia). As células utilizam a energia armazenada do ATP
para realizar muitas atividades, “como movimentação, secreção e divisão mitótica. As
mitocôndrias participam também de outros processos do metabolismo celular (chama-
se metabolismo o conjunto de processos químicos de degradação e síntese de
moléculas), muito variáveis conforme o tipo de célula” (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2012).
17
Conclusão
Neste bloco, conhecemos a definição de célula e seus tipos. Entramos em contato com
as definições das células procariontes e células eucariontes.
Também conhecemos a membrana plasmática e suas propriedades. Você viu que
podemos chamá-la de mosaico fluido, pois ela é constituída por uma bicamada de
fosfolipídios com proteínas imersas. As proteínas podem atravessar a bicamada
fosfolipídica de ponta a ponta ou apenas localizar-se na parte externa ou, ainda, na
parte interna da membrana plasmática. Por esse motivo são ditas lipoproteicas.
Conhecemos também a estrutura e a função do núcleo celular e seus componentes.
Abordamos os aspectos estruturais e funcionais das organelas celulares que participam
da síntese, destinação e degradação dessas macromoléculas.
Por fim, conhecemos a definição de mitocôndrias e sua função na célula.
REFERÊNCIAS
18
2 TECIDOS
De acordo com Glerean e Simões (2013), nosso corpo é feito por diversos tipos de
células, as quais “são constituídas de organelas comuns, o que especifica sua função é
a quantidade, o arranjo e a distribuição das mesmas pelo citoplasma. De tal maneira
que, observando a concentração, distribuição e tipos de organelas, podemos inferir a
função de uma determinada célula”.
2.1 Sangue
Objetivos da aula:
19
formado por compostos orgânicos diversos, tais como aminoácidos, vitaminas,
hormônios e glicose. A composição do plasma é um indicador da composição do
líquido extracelular.
O sangue é um tecido de classe conjuntiva, composto de glóbulos sanguíneos e
plaquetas, suspensos em um meio líquido conhecido por plasma sanguíneo.
Transporta oxigênios e nutrientes para todos os tecidos através de um sistema
vascular fechado. Dentre suas funções estão a preservação da homeostase celular,
transporte de gases dissolvidos no plasma ou aderidos à superfície celular, nutrição,
via de provimento ou de remoção de substâncias, distribuição do calor, defesa do
corpo e coagulação (EGAMI; SIMÕES, 2013).
Eritrócitos
20
Leucócitos
Neutrófilos
Eosinófilos
21
Basófilos
O basófilo tem núcleo volumoso, com forma retorcida e irregular, geralmente com o
aspecto da letra S. O citoplasma é carregado de grânulos maiores do que os dos outros
granulócitos, os quais muitas vezes obscurecem o núcleo. Ao microscópio eletrônico,
os grânulos dos basófilos são muito elétron-densos e frequentemente contêm
filamentos ou partículas alongadas. Os basófilos constituem menos de 2% dos
leucócitos do sangue e, por isso, é difícil encontrá-los nos esfregaços.
Os basófilos são produzidos na medula óssea e representam apenas 0,5 a 1% na
contagem diferencial do sangue total, sendo que rapidamente migram para todos os
tecidos do corpo e têm um núcleo volumoso, retorcido e irregular. Histamina, heparina
e fatores quimiotáticos para neutrófilos e eosinófilos estão contidos nos basófilos. Sua
meia-vida no sangue é estimada em 1 a 2 dias (EGAMI; SIMÕES, 2013).
Linfócitos
22
são responsáveis pela síntese de imunoglobulinas, liberadas no sangue e
constituem os anticorpos circulantes. Os linfócitos T ou timo, dependentes
representam cerca de 70% dos linfócitos do sangue e são originários do
timo. São células responsáveis pelas respostas imunes de base celular, isto
é, podem entrar fisicamente em contato com células estranhas e as
destroem. Os linfócitos T são os responsáveis pela rejeição de transplantes,
de células infectadas por vírus ou de células cancerosas (EGAMI; SIMÕES,
2013).
Monócitos
São células originárias da medula óssea que circulam no sangue por 1-3 dias, migrando
para os tecidos e se transformando em macrófagos, nos quais irão exercer totalmente
sua função (EGAMI; SIMÕES, 2013).
Os monócitos são os maiores leucócitos circulantes, com diâmetro entre 15 e 22 µm.
Têm o núcleo ovoide, em forma de rim ou de ferradura, geralmente excêntrico. Devido
ao arranjo pouco denso de sua cromatina, o núcleo dos monócitos é mais claro do que
o dos linfócitos.
Plaquetas
23
Figura 2.1: Composição do sangue
Objetivos da aula:
24
Funções da pele ou tecido tegumentar
25
Camadas da pele
Epiderme
A epiderme é a camada externa da pele. Ela é uma cobertura fina e protetora com
diversas terminações nervosas. A epiderme é constituída das cinco camadas a seguir,
chamadas de estratos: a camada superior é o estrato córneo, seguido pelo lúcido, o
granuloso e o espinhoso; a camada inferior é o estrato germinativo (camada basal). Os
queratinócitos (células que contêm a proteína queratina) e as células epiteliais
protegem a epiderme. Ao redor das células da epiderme estão os lipídios, que
protegem contra a perda de água e a desidratação. Entender como funcionam as
camadas de células da pele é importante para escolher os ingredientes e tratamentos.
Os esteticistas são licenciados para tratar apenas a epiderme e não a derme, a menos
que trabalhem com um médico ou outro profissional de saúde licenciado (GIANOTTI
FILHO, SIMÕES E GLEREAN, 2013).
26
Derme
Estrias
Segundo Maio (2004 apud AMARAL et al., 2008), “As estrias são definidas como um
processo degenerativo cutâneo, benigno, caracterizada por lesões atróficas ocorrendo
em trajeto linear e variam de coloração de acordo com sua fase evolutiva”.
De acordo com Guirro e Guirro (2002), as fibras elásticas são os alvos iniciais
de formação das estrias, onde se inicia um processo de granulação de
mastócitos e ativação macrófica, que intensificam a elastólise no tecido.
Segundo Maio (2004), as mudanças nas estruturas, que são responsáveis
pela força tênsil e a elasticidade, geram um afinamento do tecido conectivo
que aliado a maiores tensões sobre a pele, produzem estriações cutâneas
denominadas como estrias. (...) Elas podem ser classificadas em: rosadas,
com aspecto inflamatório, atróficas, com aparência cicatricial, porém ainda
possuindo fibras elásticas e as nacaradas, desprovidas de seus anexos com
suas fibras rompidas (AMARAL et al., 2008).
27
2.3 Tecido conjuntivo, epitelial de revestimento e glandular
Objetivos da aula:
Tecido conjuntivo
28
Tecido epitelial – revestimento e glandular
29
2.4 Tecido adiposo e celulite
Objetivos da aula:
Celulite
(...) tem (...) [uma] aparência ondulada e irregular da pele. O termo teve
origem na literatura médica francesa (...) [e] é conhecida como adiposidade
edematosa, lipodistrofia ginoide e dermatopaniculose deformante. Embora
não exista morbidade ou mortalidade associada à celulite, ou seja, não se
30
trata de doença, prevalece como preocupação estética (...). (...) é muito
mais prevalente nas mulheres e tende a ocorrer nas áreas em que a gordura
está sob a influência do estrógeno, como quadris, coxas e nádegas.
(...)
Apesar de a celulite ser encontrada em qualquer área em que o tecido
adiposo em excesso é depositado, a obesidade não é condição necessária
para sua existência.
(...)
A celulite é condição feminina sem morbidade, mas com impacto estético
supervalorizado; é importante entender o que já está comprovado sobre sua
etiopatogenia e considerar tratamentos que possam, ainda que
minimamente, auxiliar sem causar danos e perspectivas frustradas. Cada vez
mais fica evidente que a única forma de corrigir as alterações observadas na
superfície da pele será através de tecnologia capaz de atingir, com
segurança, a derme profunda e o tecido adiposo superficial (AFONSO et al.,
2010).
Objetivo da aula:
Tecido cartilaginoso
Conforme Cerri et al. (2013), “A cartilagem é uma variedade de tecido conjuntivo que
apresenta a matriz firme e flexível, o que confere resistência a tensões mecânicas.
Possui grande concentração de matriz, e células especializadas que nela ficam
aprisionadas”.
Suas funções são de:
Sustentação: está relacionada à arquitetura e sustentação do corpo (...)
permanecendo (...) no arcabouço de algumas estruturas e órgãos, como na
parede do pavilhão auditivo, no nariz, na laringe, na traqueia e nos
brônquios.
Amortecimento: a flexibilidade e a resistência da cartilagem à compressão
permitem que ela atue na absorção de choques.
Movimento: sua superfície lisa permite o movimento com pouco atrito, uma
vez que recobr as superfícies articulares dos ossos (tal como ocorre nas
articulações sinoviais).
Crescimento ósseo: na infância e puberdade, persiste uma camada ou anel
de tecido cartilaginoso nos ossos longos, localizado entre a diáfise e as
epífises, denominado disco epifisário. As células desta região apresentam
grande concentração de receptores para hormônios de crescimento e
sexuais, o que a torna sede do crescimento em extensão dos ossos longos e,
31
consequentemente, ao crescimento do indivíduo em estatura (CERRI et al.,
2013).
Tecido ósseo
Tecido muscular
32
2.6 Tecido nervoso
Objetivos da aula
A substância branca não contém corpos celulares de neurônios, sendo constituída por
prolongamentos de neurônios e por células da glia. Seu nome origina-se da grande
quantidade de um material esbranquiçado denominado mielina, que envolve
determinados prolongamentos dos neurônios (axônios).
33
Segundo Lapa e Glerean (2013),
Conclusão
34
REFERÊNCIAS
35
LAPA, R.C.R. S.; GLEREAN, A. Tecido nervoso. In: GLEREAN, A.; SIMÕES, M.J.
Fundamentos da Histologia para estudantes da área da saúde. São Paulo: Editora
Santos, 2013. cap.9.
TEVES, D.C.; SIMÕES, M. J. Tecido Muscular. In: GLEREAN, A.; SIMÕES, M.J.
Fundamentos da Histologia para estudantes da área da saúde. São Paulo: Editora
Santos, 2013. cap.10.
TEVES, D.C.; SIMÕES, M.J.; GIL, C.D. Tecido conjuntivo. In: GLEREAN, A.; SIMÕES, M.J.
Fundamentos da Histologia para estudantes da área da saúde. São Paulo: Editora
Santos, 2013. cap. 6.
______.; ______.; ______. Tecido epitelial. In: GLEREAN, A.; SIMÕES, M.J.
Fundamentos da Histologia para estudantes da área da saúde. Editora Santos.2013.
cap. 5.
36
3 CONCEITOS DE NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO
Segundo Philippi (2014), o estímulo para melhores “hábitos e práticas alimentares tem
início na infância, com o aleitamento materno, e, no decorrer da vida, consolida-se em
busca de uma qualidade de vida saudável”. Para se ter uma alimentação saudável,
devemos planejar um cardápio diário “com alimentos de todos os grupos alimentares,
de procedência segura e conhecida, consumidos em refeições, respeitando-se as
diferenças individuais, emocionais e sociais, de forma a atingir as recomendações
nutricionais, e o prazer ao comer” (PHILIPPI, 2014, p. 3).
Objetivos da aula:
Histórico e definições
37
A atividade física e a alimentação eram fatores preponderantes para a saúde, pois
preservavam-na e suplementavam a medicina que alterava o corpo, mudando do
estado adoentado para o normal.
Segundo Vasconcelos (2010), a história da Nutrição, para estudiosos, foi dividida em
três épocas. A naturalística (400 a.C. a 1750 d.C.) foi marcada por tabus e poderes
mágicos; a químico-analítica (1750 e 1900 d.C.), notável pelas descobertas do francês
Antoine Lavoisier, considerado o "Pai da Nutrição", que, no século XVIII, estudou a
respiração, a oxidação e a calorimetria; e a biológica (1900 até os dias atuais) que
determina como os nutrientes se relacionam, seus papéis biológicos e as necessidades
dietéticas para os seres humanos.
Até a metade do século XX, as pesquisas com alimentos tinham caráter, sobretudo
curativo.
A partir da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos passou a se preocupar com a
resistência e a rápida recuperação de seus feridos nos campos de batalha,
preocupando-se com o aspecto preventivo.
38
A nutrição adequada é essencial para:
• O desenvolvimento das funções normais do organismo;
• Reprodução;
• Crescimento e conservação da vida;
• Atividade ótima e eficiente no trabalho;
• Resistência às infecções;
• Capacidade de reparar lesões corpóreas.
Considera-se como "caloria vazia" aqueles alimentos que possuem grande quantidade
de calorias, porém são pobres ou não contêm nutrientes.
39
NUTRIENTES CALORIAS
Leis da alimentação
O médico de origem argentina, Pedro Escudero, no século XX, foi o criador das Leis da
Alimentação, sendo até os dias de hoje consideradas a base para uma alimentação
saudável. Essas leis expressam as orientações para uma dieta que garante
crescimento, manutenção e desenvolvimento saudáveis (LANDABURE, 1968).
Quanto à lei da quantidade, dizemos que quando consumimos os alimentos, estes
devem ser suficientes para manter nosso equilíbrio orgânico. Na lei da qualidade, o
cardápio diário deve ser completo em sua composição. Na lei da harmonia, os
nutrientes devem guardar uma relação proporcional entre si. E, para finalizar, na lei da
adequação, os alimentos devem estar adequados para cada ciclo de vida (LANDABURE,
1968).
40
Síntese das leis da alimentação:
Objetivos da aula:
41
Uma alimentação saudável não é cara, pois se baseia em alimentos in natura
e produzidos regionalmente. (...) As práticas de marketing muitas vezes
vinculam a alimentação saudável ao consumo de alimentos industrializados
especiais e não privilegiam os alimentos não processados e menos refinados
(...).
(...) fomentar o consumo de vários tipos de alimentos que forneçam os
diferentes nutrientes necessários para o organismo, evitando a monotonia
alimentar que limita o acesso de todos os nutrientes necessários a uma
alimentação adequada.
(...)
(...) em termos de quantidade e qualidade dos alimentos consumidos para o
alcance de uma nutrição adequada considerando os aspectos culturais,
afetivos e comportamentais.
(...) do ponto de vista de contaminação físico-química e biológica e dos
possíveis riscos à saúde. Destacado a necessidade de garantia do alimento
seguro para consumo populacional.
42
(ALIMENTAÇÃO, 2010).
Objetivos da aula:
43
Cavidade oral
A cavidade oral é constituída pela boca e a faringe (ou garganta) e são a porta de
entrada do sistema digestório (GROPPER; SMITH; GROFF, 2011).
Boca
Ao entrar na boca, o alimento é triturado com auxílio dos dentes e dos músculos dos
maxilares, sendo preparado para ser engolido através da sua mistura com secreções
(saliva) liberadas pelas glândulas salivares (GROPPER; SMITH; GROFF, 2011).
Intestino delgado
Esôfago
Estômago
44
Órgãos anexos
Objetivo da aula:
45
Esse guia alimentar está disponível em: <https://goo.gl/FyOl0P>. Acesso em: 25 jul.
2018.
Conclusão
REFERÊNCIAS
46
GROPPER, S.S.; SMITH, J. L.; GROFF, J. L. Nutrição avançada e metabolismo humano.
São Paulo: Cengage Learning, 2011.
LANDABURE, P. B. Pedro Escudero: his thoughts, his doctrine and his works. Prensa
Med Argent, v. 55, n. 41, 1968, p.1983-1989.
MOURA, J.G.P. Nutrientes e terapêutica: como usá-los, quando usá-los, como avaliar
suas carências radicais livres na saúde. Pelotas: Edição do Autor, 2006.
MENDONÇA. R.T. Nutrição: um guia completo de alimentação, práticas de higiene,
cardápios, doenças, dietas, gestão. São Paulo: Rideel, 2010.
NÓBREGA, F.J. O que você quer saber sobre nutrição: perguntas e respostas
comentadas. São Paulo: Manole, 2014.
PHILIPPI, S.T. (org.) Pirâmide dos alimentos: fundamentos básicos da nutrição. 2. ed.
rev. Barueri, SP: Manole, 2014.
______. Dietética: princípios para o planejamento de uma alimentação saudável.
Barueri, SP: Manole, 2015.
RIBEIRO JUNIOR, W.A. Hipócrates de Cós. In: CAIRUS, H.F.; RIBEIRO JUNIOR, W.A.
Textos hipocráticos: o doente, o médico e a doença. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ,
2005. p. 11-24. Disponível em: <https://goo.gl/LBrg8A>. Acesso em: 25 jul. 2018.
VASCONCELOS, F. de A. G. de. A ciência da nutrição em trânsito: da nutrição e dietética
à nutrigenômica. Rev. Nutr., Campinas, v. 23, n. 6, p. 935-945, dec. 2010. Disponível
em: <https://goo.gl/38rGLb>. Acesso em: 25 jul. 2018.
47
4 MACRONUTRIENTES
Objetivos da aula:
Macronutrientes
Carboidrato
48
doçura, textura e velocidade de absorção.] Os principais exemplos de
carboidratos são os pães, massas e açúcares.
Proteínas
Lipídeos
Objetivos da aula:
Segundo Robertis e Hib (2006, p. 22), “Os carboidratos (...) representam a principal
fonte de energia para célula e são constituintes estruturais importantes das
membranas celulares e da matriz extracelular”. Variam muito no grau de doçura,
textura e velocidade de absorção. Podem ser categorizados como: monossacarídeos,
dissacarídeos, oligossacarídeos, polissacarídeos.
Monossacarídeos
49
átomos de carbono) podem ser absorvidas pelo ser humano – glicose, galactose e
frutose (SARDÁ; GIUNTINI, 2013).
A glicose é o açúcar obtido pela hidrólise dos dissacarídeos. Encontramos no mel, no
milho, na uva e em outras frutas e vegetais.
Já a galactose contribui com o metabolismo energético estrutural da célula. A maior
parte da galactose encontrada na dieta é produzida a partir da lactose (açúcar do leite)
pela hidrólise a partir do processo digestivo. A maior parte de frutose é transformada
em glicose no fígado. Também conhecida como levulose e açúcar da fruta. A maioria
das frutas contém de 1 a 7% de frutose. É o mais doce de todos os monossacarídeos,
apesar de sua doçura variar. Conforme a fruta amadurece – enzimas quebram a
sacarose em glicose e frutose – por isso paladar mais doce (GOMES; SANTOS, 2014).
Dissacarídeos
Sacarose
A sacarose é formada por uma molécula de glicose mais uma molécula de frutose.
Dissacarídeo mais importante, tanto pela quantidade e frequência com que é
encontrado na natureza, como pela sua importância na alimentação humana. Fontes
principais: cana de açúcar e beterraba (SARDÁ; GIUNTINI, 2013).
Lactose
A lactose é o açúcar do leite, formada pela galactose mais glicose. Ela é produzida nas
glândulas mamárias de lactantes. A lactose está presente em 4,5% do leite de vaca e
7,5% do leite materno (SARDÁ; GIUNTINI, 2013).
50
Maltose
Polissacarídeos
Amido
Celulose
51
do trato intestinal. Ela é encontrada na cenoura, aipo, brócolis e outros vegetais
(SARDÁ; GIUNTINI, 2013).
Glicogênio
Objetivo da aula:
Proteínas
52
aminoácidos indispensáveis (histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina,
fenilalanina, treonina, triptofano e valina) são aqueles cujos esqueletos de
carbono não podem ser sintetizados pelo organismo, necessitando ser
obtidos pela alimentação.
(...)
Cinco aminoácidos (alanina, ácido aspártico, asparagina, ácido glutâmico e
serina) são denominados dispensáveis, uma vez que podem ser sintetizados
no organismo a partir de outros aminoácidos ou outros metabolitos de
complexos nitrogenados. Além disso, seis aminoácidos (arginina, cisteína,
glutamina, glicina, prolina e tirosina) são considerados condicionalmente
indispensáveis, uma vez que são sintetizados a partir de outros aminoácidos
e/ou sua síntese é limitada sob condições fisiopatológicas especiais.
Albuminas
• De menor peso molecular;
• Encontradas nos animais e vegetais; e
• Solúveis em água.
Proteínas fibrosas:
53
Globulinas
Proteínas conjugadas: são constituídas por aminoácidos mais outro componente não
proteico, chamado grupo prostético. Dependendo do grupo prostético, têm-se:
Cromoproteínas + pigmento = hemoglobina/Fosfoproteínas + ácido fosfórico = caseína
(leite) /Glicoproteínas + carboidrato = mucina (muco) /lipoproteínas + lipídeo =
membrana celular e vitelo dos ovos /Nucleoproteínas + ácido nucléico =
ribonucleoproteínas e desoxirribonucleoproteínas.
4.4 Lipídios
Objetivos da aula:
• Conhecer a definição de lipídios;
• Conhecer suas categorias;
• Conhecer as fontes alimentares.
54
Definição de lipídios
A palavra lipídio é derivada do grego lipos, que significa gordura. (...) Dentro
desse grupo, encontram-se compostos tais como: mono, di e triacilgliceróis;
fosfolipídios e esfingolipídios; esteróis, ceras, vitaminas lipossolúveis; entre
outros. Os lipídios são, em geral, referidos como óleo (líquido) ou gordura
(sólida), indicando seu estado físico à temperatura ambiente, e são as
principais formas de energia armazenada em muitos organismos. (...) Como
fornecem 9 kcal/g, seres humanos são capazes de obter as calorias
necessárias com um consumo diário adequado de alimentos que contenham
gordura.
Ácidos graxos
Os ácidos graxos são quase sempre ligados a outras moléculas por seu grupo principal
de ácido carboxílico hidrofílico (com afinidade por água). São classificados de acordo
com o tamanho (cadeia curta – 4 a 6 carbonos, média – 8 a 12 carbonos, longa – até 27
carbonos); o número de carbonos; e a localização das ligações duplas (w3, w6 e w9).
O grau de saturação pode ser: saturado, insaturado (1 ou mais ligações),
monoinsaturado (1), poli-insaturado (2 ou mais ligações). As posições do átomo de
hidrogênio podem receber o nome de cis ou trans (MELO; SILVA; MANCINI FILHO,
2013).
Quando os encontramos à temperatura ambiente, eles são sólidos, pois não possuem
duplas ligações. Eles elevam os níveis de colesterol no sangue, fixam-se nas paredes
55
arteriais e aumentam o risco de doenças cardiovasculares. São encontrados na gordura
animal, leite integral, manteiga, creme de leite, chantili, queijos gordurosos, banha,
bacon, sebo, toucinho, gordura das carnes, pele das aves e dos peixes. São
encontrados na origem vegetal como gordura de coco (MELO; SILVA; MANCINI FILHO,
2013).
São líquidos a temperatura ambiente, tem uma ou mais duplas ligações sendo
considerados mono ou poli-insaturados. Encontramos, como exemplo, os óleos de
origem vegetal e óleos de peixe. A gordura monoinsaturada apresenta apenas uma
ligação dupla entre átomos de carbono. Esse tipo de gordura está presente
principalmente no azeite de oliva, na azeitona, no abacate e em oleaginosas, como
amendoim, castanhas, nozes e amêndoas. A gordura poli-insaturada tem mais de uma
ligação dupla entre os átomos de carbono. É encontrada em algas e peixes, como a
sardinha, o salmão e o arenque. Também está presente nas sementes
de linhaça e chia, óleos de soja, milho e girassol (MELO; SILVA; MANCINI FILHO, 2013).
56
hidrogênio. Também é chamado de gordura vegetal hidrogenada (MELO; SILVA;
MANCINI FILHO, 2013).
Triglicérides
Podem se originar de outras fontes, sem que sejam gorduras – ingestão em excesso de
carboidratos – armazenamento em forma de triglicérides. Fontes: óleos vegetais,
laticínios integrais (manteigas, queijos, requeijão), carne bovina e qualquer tipo de
gordura animal (MELO; SILVA; MANCINI FILHO, 2013).
Colesterol
Conclusão
57
REFERÊNCIAS
58
5 VITAMINAS E MINERAIS
Objetivos da aula:
Vitaminas
Vitamina A
59
Ela é responsável pela elasticidade e a hidratação da pele e das mucosas, além do
reforço do sistema imunológico, da formação dos ossos, da pele, cabelos e unhas.
As carências aparecem nos olhos, sendo a mais conhecida a cegueira noturna
(xeroftalmia). Na pele se manifestam como a queratinização e a secura da pele,
principalmente nas extremidades dos membros.
Já os sintomas do excesso da vitamina A são pele seca, áspera e descamante, fissuras
nos lábios, ceratose folicular (“bolinhas” na pele), dores ósseas e articulares, dores de
cabeça, tonturas e náuseas, queda de cabelos, cãibras, lesões hepáticas. Podem surgir
também falta de apetite, edema, cansaço, irritabilidade e sangramentos, além de
aumento do baço e fígado e alterações de provas de função hepática.
A dose diária de consumo recomendada é:
Para homens:
• EAR: 625 microgramas/dia;
• RDA: 900 microgramas/dia; e
• UL: 3.000 microgramas/dia.
Para as mulheres:
• EAR: 500 microgramas/dia;
• RDA: 700 microgramas/dia; e
• UL: 3.000 microgramas/dia.
Para mulheres grávidas, pessoas com distúrbios de digestão das gorduras, diabete,
idosos e alcoólatras são recomendas doses 25 a 50% maiores.
Encontramos alimentos fontes de vitamina A, de origem animal e vegetal, em óleo de
fígado de bacalhau, fígado, rins, leite, manteiga, queijo, nata, gema, e na forma de
carotenoides, como cenoura, pimentão, alface, agrião, abóbora, beterraba, tomate,
espinafre, couve, manga, mamão, banana e vegetais de cores vermelha, laranja
amarela e verde-escuro (GROPPER; SMITH; GROFF, 2011).
60
Vitamina D
61
5.2 Vitaminas lipossolúveis: E e K
Objetivos da aula:
Vitamina E
62
Dose diária recomendada:
• 0 a 12 meses – 4 mg
• 1 a 8 anos – 6 a 7 mg
• Adolescentes – 11 mg
• Adultos, grávidas e idosos – 15 mg
• Lactantes – 19 mg
Vitamina K
63
O excesso de vitamina K no organismo é mais difícil de ocorrer que sua deficiência,
mas a superdosagem através da suplementação excessiva pode provocar alguns
sintomas. No organismo, a hipervitaminose K pode provocar doença hepática e
anemia hemolítica, por destruição de células vermelhas do sangue. Altas doses de
vitamina K em crianças podem provocar danos cerebrais.
Objetivos da aula:
Vitamina C
64
antioxidante. Faz síntese de algumas moléculas que servem como hormônios ou
neurotransmissores. Aumenta a absorção de ferro. Ajuda a resistir às doenças. Previne
gripes, fraqueza muscular e infecções. Ajuda o sistema imunológico e a respiração
celular, estimula as glândulas suprarrenais e protege os vasos sanguíneos. A vitamina C
também é importante para o funcionamento adequado das células brancas do sangue.
É eficaz contra doenças infecciosas e um importante suplemento nos casos de câncer.
O escorbuto é uma doença carencial que tem como primeiros sintomas hemorragias e
tumefação purulenta (inchaço com pus) das gengivas, dores nas articulações, feridas
que não cicatrizam, além de desestabilização dos dentes. Sua carência também pode
causar distúrbios neuróticos como hipocondríase, histeria e depressão, seguido de
déficit psicomotor.
Entretanto, o seu excesso causa perturbações gastrointestinais, litíase renal (pedras no
rim) e excesso de absorção do mineral "ferro".
• 0 a 12 meses – 30 a 35 mg
• 1 a 8 anos – 15 a 25 mg
• Adolescentes – 45 a 75 mg
• Homens – 90 mg
• Mulheres – 75 mg
• Gravidez – 85 mg
• Lactantes – 120 mg
• FUMANTES – aumentar ingestão 2x mais
65
Vitamina B12
• Glossite;
• Distúrbios gastrintestinais;
• Paralisia progressiva (mielina); e
• Prejuízos na síntese de DNA.
66
Dose diária recomendada:
Objetivo da aula:
Vitamina B1 – tiamina
67
Sua carência causa insônia, nervosismo, irritação, fadiga, depressão, perda de apetite e
energia, dores no abdômen e no peito, sensação de agulhadas e queimação nos pés,
perda do tato e da memória, problemas de concentração. A deficiência ocorre
frequentemente em pacientes com dependência de álcool, desnutridos, com vômitos
frequentes (incluindo gestantes com hiperêmese gravídica) e após cirurgia bariátrica
(gastroplastia redutora), causa beribéri, doença relacionada ao Sistema Nervoso
Central pela falta de oxidação do açúcar, gerando fadiga, depressão, instabilidade
emocional, anorexia e retardamento do crescimento.
Vitamina B2 – riboflavina
A vitamina B2:
• É estável a calor, ácidos e oxidação;
• Desintegra-se na presença da luz ultravioleta;
• Perde-se pouco no cozimento;
68
• É uma coenzima que auxilia na respiração da célula e dos tecidos, no
crescimento e na regeneração das células vermelhas do sangue;
• Protege a pele e as córneas.
Funções:
69
As fontes são carnes, aves, peixes, leite, manteiga, queijo, fígado, ovos, levedura, trigo
integral, soja, vagem, leguminosas, ameixa, pera, folhas verde-escuras (GROPPER;
SMITH; GROFF, 2011).
Vitamina B3 – niacina ou PP
• 0 a 12 meses – 2 a 4 mg
• 1 a 8 anos – 6 a 8 mg
• Adolescentes – 12 mg
• Homens – 16 mg
• Mulheres – 14 mg
• Gravidez – 18 mg
• Lactantes – 17 mg
70
tomate, pimentão, vagem, soja, pera, maçã, ameixa, pêssego, limão, leguminosas
(GROPPER; SMITH; GROFF, 2011).
Vitamina B6 – piridoxina
Diferente das outras vitaminas do complexo não é totalmente excretada pelos rins,
ficando retida, principalmente, nos músculos (55%).
Funções:
A deficiência dessa vitamina é rara, mas pessoas com quadro de alcoolismo e mulheres
grávidas que apresentam pré-eclâmpsia ou eclâmpsia, podem apresentar deficiência
dessa vitamina. Podem ocorrer doenças, como dermatite, anemia, gengivite, feridas na
boca e na língua, náusea e nervosismo. Uso de anticoncepcionais orais (20%) e o
alcoolismo interferem no metabolismo da B6.
71
Dose diária recomendada:
É um nome derivado do grego pántothen que significa “por toda parte”. O papel da B5
foi demonstrado em experimentos com aves que apresentavam lesões de pele, fator
antidermatite em aves. Essa vitamina é estável nos alimentos armazenados e cozidos.
O ácido pantotênico é essencial na síntese da coenzima A, sendo por isso uma vitamina
essencial no metabolismo.
Funções:
72
• Auxilia a conversão de lipídios, carboidratos e proteínas em energia;
• É necessária para produzir esteroides vitais e cortisona na glândula suprarrenal;
• É essencial para formação de pele, cabelo e unhas.
As fontes alimentares são carnes, gema, leite, rins, fígado. Levedura, trigo, aveia, arroz
integral, batata, ervilha, couve, couve-flor, tomate, morango, abacate, melancia
(GROPPER; SMITH; GROFF, 2011).
Acido fólico - B9
Funções:
73
• Essencial para formação de hemácias e leucócitos na medula óssea e para sua
maturação;
• Pode manter espermatozoides saudáveis;
• Reduz risco de mal de Alzheimer;
• Pode ajudar a evitar doenças cardiovasculares;
• Ajuda a controlar a hipertensão.
Os alimentos fontes de vitamina B9 são carnes, peixes, ovos, leite, queijo, fígado, rins,
trigo integral, batata, espinafre, ervilha, feijão, cenoura, laranja, levedura, vegetais
folhosos.
No Brasil, há uma lei que determina que a farinha de trigo e milho (e produtos
derivados e industrializados, como o pão) seja enriquecida com ferro e ácido fólico
para diminuir a ocorrência de anemia, principalmente em crianças, e prevenir
deficiência de ácido fólico em mulheres em idade fértil (GROPPER; SMITH; GROFF,
2011).
74
Biotina ou vitamina H
Funções:
75
• Gravidez – 30 mcg
• Lactantes – 35 mcg
As fontes alimentares da vitamina H são leite, queijo, carne, ovos, fígado, rins,
levedura, arroz integral, ervilha, banana, laranja, maçã, nozes (GROPPER; SMITH;
GROFF, 2011).
5.5 Minerais
Objetivo da aula:
Os minerais na alimentação
São substâncias de origem inorgânica que fazem parte dos tecidos duros do
organismo, como ossos e dentes e nos tecidos moles, como músculos, células
sanguíneas e sistema nervoso. Possuem função reguladora, contribuindo para a função
osmótica, equilíbrio acido-básico, estímulos nervosos, ritmo cardíaco e atividade
metabólica. São classificados em: macroelementos, entre eles os elementos maiores,
cálcio, magnésio, sódio, potássio e fósforo; e microelementos ou oligoelementos,
como ferro, cobre, iodo, manganês, zinco, molibdênio, cromo, selênio e flúor.
Representa de 4 a 5% do peso corporal, ou 2,8 a 3,5 kg em mulheres e homens
adultos, respectivamente. Aproximadamente 50% desse peso é cálcio e outros 25%
são fósforo, existindo como fosfatos. Quase 99% do cálcio e 70% dos fosfatos são
encontrados nos ossos e dentes. Os outros cinco macrominerais estabelecidos
(magnésio, sódio, potássio, cloro e enxofre) e os onze microminerais apurados (ferro,
zinco, iodo, selênio, manganês, flúor, molibdênio, cobre, cromo, cobalto e boro)
constituem os 25% restantes. Os elementos ultratraço, tais como arsênico, alumínio,
estanho, níquel, vanádio e silício, fornecem uma quantidade insignificante de peso
(GROPPER; SMITH; GROFF, 2011).
76
Cálcio
Magnésio
Sódio
Os líquidos corporais são equilibrados pelo sódio que, juntamente com o potássio e o
cloreto, age na excitabilidade de músculos e controla a pressão osmótica. Convulsões,
fraqueza e letargia são causadas por sua carência e o excesso causa hipertensão,
77
cefaleia, parada respiratória e eritema da pele. As fontes alimentares são sal de
cozinha, carnes e produtos com base de carne, embutidos, queijos, bacon, sopa,
vegetais enlatados, pão e cereais matinais. Necessidades diárias: 500 mg para homens
e mulheres (GROPPER; SMITH; GROFF, 2011).
Potássio
Fósforo
78
Microelementos ou oligoelementos
Ferro
Cobre
Iodo
79
As necessidades diárias são 150 mcg para homens e mulheres (GROPPER; SMITH;
GROFF, 2011).
Manganês
Zinco
Molibdênio
80
desorientação. O excesso causa uma síndrome semelhante à gota. As fontes
alimentares são gérmen de trigo, feijão, vegetais verdes folhosos, fígado e cereais
integrais. As necessidades diárias são 75 a 250 mcg para homens e mulheres
(GROPPER; SMITH; GROFF, 2011).
Cromo
Sua concentração sérica encontra-se entre 0,1 a 0,2 ng/l. Atua no metabolismo da
glicose e das gorduras. Possui atividade farmacológica notável a nível da tolerância da
glicose nos tecidos humanos. Intolerância à glicose, encefalopatia, neuropatia
periférica e estado de hiperlipidemia são sinais de carência. O excesso causa dermatite
idiopática e predisposição ao câncer. As fontes alimentares são frutos do mar, carne,
cereais integrais, nozes e grãos. As necessidades diárias são 50 a 200 mcg para homens
e mulheres (GROPPER; SMITH; GROFF, 2011).
Selênio
Flúor
81
preparados ou reconstituídos com água fluoretada. As necessidades diárias são de 3 a
4mg para homens e mulheres (GROPPER; SMITH; GROFF, 2011).
Conclusão
REFERÊNCIAS
82
6 NUTRIÇÃO E DOENÇAS
Objetivos da aula:
83
ricos em vitamina C e saneamento básico como controle de infecções parasitárias na
população adscrita (GOMES; SANTOS, 2014).
Objetivos da aula:
84
6.3 Alimentos funcionais
Em uma matéria da Folha de 2004, intitulada “A lei dos funcionais”, ficamos sabendo
que “A ideia de a função do alimento ir além da ação natural de nutrir surgiu em 1920:
para combater o bócio, doença que hipertrofia a glândula tireoide, foi adicionado iodo
ao sal” (FOLHA DE S. PAULO, 2004).
Segundo Moraes e Colla (2006), “O termo ‘alimentos funcionais’ foi primeiramente
introduzido no Japão em meados dos anos 80 e se refere aos alimentos processados,
contendo ingredientes que auxiliam funções específicas do corpo além de serem
nutritivos”.
A portaria n. 398 de 1999, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde
do Brasil, fornece a definição de alimento funcional: “O alimento ou ingrediente que
alegar propriedades funcionais ou de saúde pode, além de funções nutricionais
básicas, quando se tratar de nutriente, produzir efeitos metabólicos e ou fisiológicos e
ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão
médica.”.
Suas características devem ser convencionais e serem consumidos na dieta
normal/usual. Ser compostos por componentes naturais. Ter efeitos positivos na
saúde, além do valor básico nutritivo (diminui riscos de doenças) (MORAES; COLLA,
2006).
A alegação da propriedade funcional deve ter embasamento científico. Não são pílulas
ou cápsulas.
Várias são as possibilidades para que um alimento seja transformado em funcional ou
aumente a sua funcionalidade:
85
• Aumento da concentração de um componente naturalmente presente e que
tem efeitos benéficos na saúde;
• Aumento da biodisponibilidade ou estabilidade de um componente para
produzir efeitos funcionais e benéficos.
Alimentos termogênicos
6.4 Obesidade
86
De acordo com Schraibman (2009),
Quando esse índice está acima de 40, ela é definida como mórbida. Este
número é obtido dividindo-se o peso em quilogramas pela altura em metros
ao quadrado. Sem dúvida, a obesidade pode ser considerada uma doença e,
nos dias atuais, uma epidemia que só vai aumentar. O tratamento
preventivo é a melhor solução. A cirurgia bariátrica tem se apresentado
como a melhor solução para os casos de obesidade mórbida.
(...) Dentre as causas da obesidade, destacam-se fatores genéticos,
ambientais (hábitos pessoais e familiares), hábitos populacionais, religião,
fatores socioeconômicos, compulsão ou depressão, entre outros. As
pesquisas mais recentes publicadas no periódico Obesity Surgery apontam
para a multifatoriedade na gênese desta questão, levando a enorme
dificuldade encontrada pelos pacientes em solucionar a sua situação, uma
vez instalado o problema.
(...)
Os problemas desencadeados pela obesidade são inúmeros e vão desde a
limitação física a trabalhos básicos e à locomoção, até distúrbios mais
graves, como o aumento do colesterol, do triglicérides e da pressão arterial,
diabetes, gota, artrose, coronariopatia, insuficiência renal, apneia noturna
do sono, esteatose hepática, insuficiências glandulares, entre outros.
(...) O tratamento deve ser feito a base de dieta hipocalórica, definida em
parceria com um nutricionista, atividade física e cirurgia de redução de peso,
quando indicado, e prescrição de medicações, quando necessárias.
(...) O tratamento de um indivíduo obeso deve ser multidisciplinar, incluindo
ainda cardiologistas, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais, de
acordo com o quadro clínico.
Leia o artigo “Acne e dieta: verdade ou mito?” para saber se a ocorrência de acne está
relacionada à alimentação.
COSTA, A.; LAGE, D.; MOISES, T. A. Acne e dieta: verdade ou mito? An. Bras.
Dermatol., Rio de Janeiro, v. 85, n. 3, p. 346-353, jun. 2010. Disponível em:
<https://goo.gl/ZtKYxs>. Acesso em: 27 jul. 2018.
87
6.6 Nutrição e tricologia
Conclusão
88
REFERÊNCIAS
89