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ESCOLA SECUNDARIA DE VILA NOVA

Tema: Historiografia Antiga

Nome: Elcidia Hilario Gabriel Marizane, Turma CCS1A 11ª Classe

Docente:

Cesário Cornélio

Chimoio, Abril de 2021


Índice
I. Introdução..................................................................................................................3

II. A Historiografia Antiga......................................................................................4

2.1. Cosmogonias e Mitografias................................................................................4

2.2. Historiografia Judaica.........................................................................................4

2.3. Características da Historiografia Judaica............................................................5

2.4. A HISTORIOGRAFIA GRECO-ROMANA.....................................................5

2.4.1. A Historiografia Grega – os Primórdios da Cientificação da História............5

2.5. A Historiografia Romana....................................................................................7

2.5.1. Os Principais Historiadores Romanos.............................................................8

2.6. A historiografia cristã antiga...............................................................................8

2.6.1. O Surgimento e Evolução do Cristianismo.....................................................8

2.6.2. A Concepção Cristã de História......................................................................9

2.6.3. Os Historiadores Cristãos................................................................................9

III. Conclusão......................................................................................................11

IV. Referências Bibliográficas............................................................................12


I. Introdução

O presente trabalho pretende abordar acerca da historiografia antiga que pode distinguir-se em:
historiografia judaica, clássica (Greco-romana) e cristã Antiga. Quando surgiu a Escrita, o que
não ocorreu ao mesmo tempo por toda a parte, as corporações sacerdotais procuraram fixar por
escrito o legado religioso que até ai tinham conservado e transmitido através da via oral. Assim,
dói possível fixar as mais antigas cosmogonias. Além do legado religioso, o legado épico, isto é,
a memória de antigos heroísmos guerreiros, de cuja transmissão se tinham encarregado
sobretudo os poetas, foi também objecto de fixação escrita.

As cosmogonias são as primeiras tentativas pré-científicas de explicação da origem e formação


do universo. Nessa explicação não intervém apenas elementos naturais, intervém também
elementos sobrenaturais. As Mitografias são as primeiras tentativas pré-científicas da explicação
do funcionamento do universo.

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II. A Historiografia Antiga
II.1. Cosmogonias e Mitografias

Quando surgiu a Escrita, o que não ocorreu ao mesmo tempo por toda a parte, as corporações
sacerdotais procuraram fixar por escrito o legado religioso que até ai tinham conservado e
transmitido através da via oral. Assim, dói possível fixar as mais antigas cosmogonias. Além do
legado religioso, o legado épico, isto é, a memória de antigos heroísmos guerreiros, de cuja
transmissão se tinham encarregado sobretudo os poetas, foi também objecto de fixação escrita.

As cosmogonias são as primeiras tentativas pré-científicas de explicação da origem e formação


do universo. Nessa explicação não intervém apenas elementos naturais, intervém também
elementos sobrenaturais. As Mitografias são as primeiras tentativas pré-científicas da explicação
do funcionamento do universo.

II.2. Historiografia Judaica

Bíblia Sagrada constitui o alimento base da historiografia Judaica, pós estabelece só por si, toda
uma literatura, tal a variedade de géneros nela apresentada: poesia, história, direito, etc. Pela
natureza e quantidade dos temas nela abordados, a Bíblia constitui uma verdadeira literatura da
nação Judaica e como tal, uma valiosíssima fonte de informação acerca da sua História, assim
como da história dos povos do próximo oriente, com os quais os Judeus estiveram em contacto
com os: Caldeus, Egípcios, Fenícios, Assírios, Persas.

Até ao primeiro quartel do século XIX, por falta de outras fontes, a Bíblia foi a principal fonte
de informação acerca da História do Próximo Oriente Antigo. Este caso aliada ao facto de ser
também o livro sagrado de católicos, protestantes e cristãos ortodoxos, conferiu ao conteúdo da
Bíblia uma credibilidade quase universal.

A Bíblia passa para o segundo plano, com a decifração das antigas escritas egípcias e
cuneiformes, como fonte histórica dos Judeus, não só pela abundância, como também pela
antiguidade e credibilidade das novas fontes.

A Bíblia apresenta um conjunto de seis obras (Hexateuco), assim cognominadas: Génesis,


Êxodo, Levítico, Números; Deuternómio e Josué.

Os livros poéticos: Salmos, Lamentações, Poesia erótica (Salmo XLV e Cântico dos
Cânticos), poesia didáctica (Livro de Jó, Provérbio e Eclesiástes);

Os Livros proféticos: Livros de Isaias, Jeremias, Ezequiel e de outros profetas menores;

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Os Livros apocalípticos: Livro de Daniel.

Estes livros não têm a mesma idade. Em suma, o que fundamentalmente caracteriza a
Historiografia Judaica é a sua incapacidade em aceder a uma concepção universalista do
homem. Tudo se passa para o Judeu, como se a História da nação judaica fosse o
contexto da história universal.

II.3. Características da Historiografia Judaica

O que fundamentalmente caracteriza a Historiografia Judaica é a sua incapacidade em


aceder a uma concepção universalista do homem. Tudo se passa como se a História da
nação Judaica fosse o contexto da História Universal.

II.4. A HISTORIOGRAFIA GRECO-ROMANA


II.4.1. A Historiografia Grega – os Primórdios da Cientificação da História

“A história nasceu na Grécia” é frequente ouvir-se dizer. Bem para nós que falamos na
aula anterior de História sem fazer referência a Grécia pode parecer algo estranho. Mas
existe uma explicação para esta aparente confusão.

Na Grécia também existiu a abordagem mítica e teocrática da evolução da humanidade


como no oriente antigo. Dos vários mitos destacou-se o mito das cinco idades que
considerava que a humanidade tinha passado por cinco etapas de evolução
nomeadamente a idade do ouro da prata, do bronze, dos heróis e do ferro. Entre estas, a
etapa do ouro era a melhor porque nela não havia preocupações, sofrimento, velhice,
etc.

Entretanto, de acordo com o conceito de ciência não podemos ainda falar nesta altura de
uma ciência histórica. A cientificação da história só terá início na Grécia Clássica. É o
que nos leva a falar do surgimento da história na Grécia. Este logro dos gregos tem
explicação no facto de a Grécia desse tempo ter conseguido avançar em muitas áreas de
desenvolvimento social, a partir do século V a.n.e. Nesse século vivia-se na Grécia, uma
sociedade democrática, fruto de cerca de três séculos de reformas, iniciadas por Dracon
e que atingiram o seu pico no reinado de Péricles.

Na democracia ateniense o poder era exercido pela Bule, assembleia, que reunia
quarenta vezes por ano e exprimia directamente, não através de deputados, a vontade
nacional. Decidia sobre a guerra ou a paz, as finanças, votava leis e decretos, julgava
certos crimes, etc. cada pessoa podia tomar a palavra, propor uma decisão ou emenda.
Os magistrados não eram mais do que servidores do povo. A justiça estava igualmente
nas mãos do povo. A origem nobre do indivíduo já não era condição para se ocupar de
questões importantes da vida do país. O importante agora era a competência e a
capacidade individual.

Portanto a Atenas do século V destaca-se dos restantes estados da época pois pode
conceber e aplicar os princípios de igualdade perante a lei, da liberdade individual e da
fraternidade, embora com algumas reservas, principalmente ligadas com o alcance das

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referidas reformas democráticas. Este contexto, de abertura da vida nacional a todos os
cidadãos, levou a Grécia antiga a se destacar em vários domínios da vida incluindo o do
pensamento. É assim que o pensamento grego da época revelava já uma maturidade que
se reflectia no desenvolvimento de várias ciências entre as quais a história.

Na obra “História” Heródoto tentou para além de escrever sobre os gregos, falar dos
bárbaros, reconstituir os factos e apresentar a razão deles. A ele também se deve uma
abordagem universalista dos homens pois, como cidadão oriundo da nobreza, Heródoto
teve facilidades de viajar e escrever sobre varias regiões (Egipto, Mesopotâmia, etc.)
incutindo desse modo uma visão mais global do Homem e do universo. Era a passagem
da historiografia gentílica a historiográfica ecuménica (universal).

Numa das passagens do livro de Heródoto “Historias” pode se ler: “Eis a exposição do
inquérito empreendido por Heródoto de Thouriori para impedir que as acções cometidas
pelos homens se apague da memória com o tempo e que grandes e admiráveis factos,
levados a cabo tanto do lado dos gregos como do lado dos bárbaros, cessem de ser
nomeados, finalmente e sobretudo, o que foi causa de entrarem em guerra uns contra os
outros, Até aqui, falei segundo a minha observação, reflexão e informação; mas a partir
de agoira passarei a referir a tradição egípcia, tal como a ouvi; acresce ainda um pouco
do que vi. O meu dever é referir a tradição mas de modo algum sou obrigado a acreditar
nela”.

A história de Heródoto é feita com base em testemunhos fidedignos, ou seja dignos de


crédito. Assim, ele preferiu servir-se da tradição oral, mas sempre aquela prestada por
protagonistas ou testemunhas dos acontecimentos, bem como o seu testemunho ocular.

No caminho de Heródoto esteve também Tucídides, cujo grande contributo para a


História foi o início do questionamento das fontes, procurando apurar a sua veracidade e
credibilidade. Foi o que ele fez na sua obra “História da Guerra do Peloponeso” que
escreveu servindo-se do seu próprio testemunho de participante. Tucídides revelou-se
superior a Heródoto na inteligência crítica, na arte e na solidez do saber. As ideias de
Tucídides sobre a História estão bem expressas na seguinte afirmação contida no seu
livro História da Guerra do Peloponeso: “ Só falo como testemunha ocular, ou depois
duma crítica das minhas informações, tão completa quanto possível.

Outros historiadores deram corpo à história como foram os casos de Xenofonte,


Plutarco, Eforo, etc.

Observando os trabalhos de Heródoto e Tucidides verificamos que os gregos começam


a caminhar para a cientificação da história. A sua história tem um objecto de estudo,
uma metodologia própria e um objectivo bem definido. Senão vejamos.

● Estuda-se, o passado e o presente dos homens ou simplesmente o homem;

● Alarga-se a noção de fonte histórica que para além da tradição oral passa a
considerar testemunhos oculares;

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● Cria-se uma metodologia que integra a recolha de dados através da observação e
da informação, a reflexão, análise crítica e a comparação das fontes e finalmente a
síntese.

● A sua finalidade é sobretudo a verdade histórica pelo que defende a objectividade


e neutralidade de análise.

Portanto na Grécia clássica temos uma história humanista (seu objecto de estudo é o
homem), científica (inicia-se nesse caminho), auto revelador (procura a projecção do
presente no futuro, ensinar aos homens o seu passado e a relação entre o passado e o
presente, para revelar o sentido da acção humana) e pragmática, porque tenta tirar do
ocorrido uma lição aproveitável para o futuro.

Embora dando notáveis passos a nível da história os gregos revelaram ainda algumas
insuficiências. Os historiadores gregos viram-se confrontados e até encurralados pela
contradição entre o ideal de história universal baseada em fontes fidedignas e a
incapacidade de falar de regiões relativamente afastadas pois o nível de
desenvolvimento dos transportes não os permitia ir para longe e são praticamente
inexistentes informações sobre essas regiões. Deste modo ele vem-se condenado a ter
que fazer a história que negam, a história de alguns povos, de algumas regiões, a
história regional e não a universal que defendem.

Por outro lado as fontes orais e os testemunhos oculares não permitiam abarcar períodos
de tempo relativamente longos mantendo a fidelidade numa história que busca de facto
a verdade, pelo que ficam também a este nível limitados.

II.5. A Historiografia Romana

A constituição do império romano incluiu entre outros processos a conquista de vários


estados na Europa, Ásia e norte de África. Ora, este facto sugere uma miscelânea de
povos, costumes, formas de vida, etc. num só estado que é o império romano. Desta
situação resulta em Roma um desenvolvimento social, do qual se inclui o âmbito do
pensamento, bastante influenciado pelas outras civilizações.

Temos assim que a nível da história os romanos recorrem, a princípio, à língua e aos
moldes de outros povos, em particular os gregos que, como dissemos atrás tinham
avançado bastante neste campo. Os romanos não copiaram mecanicamente dos gregos,
procuraram dar forma própria, moldaram os ensinamentos gregos atribuindo-lhes forma
própria. Deste processo resultou a produção de uma história tipicamente romana,
assente na íntima relação com o passado.

Outro elemento historiográfico exclusivamente romano é o carácter político ou seja a


prática da historiografia feita pelos homens políticos, em estreita relação com a política
prática que conduz a historiografia política, orientada para fins políticos e não encarada
como conhecimento. Portanto a história é em geral, para os romanos, uma exaltação da
cidade e do império, adquirindo um carácter nacional e patriótico. É uma história
apologética e pragmática. O predomínio, entre as produções historiográficas da Roma

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antiga, dos anais (anotações dos principais acontecimentos políticos) demonstra bem o
seu carácter nacional.

II.5.1. Os Principais Historiadores Romanos

Políbio – é um historiador de origem grega que viveu, como prisioneiro, em Roma e lá


produziu quase toda a sua obra histórica e, naturalmente, sobre o império romano. Foi o
responsável pela transmissão das tendências racionalistas da historiografia grega a
Roma, sendo por isso contrário a história “oficial” defendida por muitos historiadores
romanos com destaque para Tito Lívio que por vezes recorria a mitologia para sustentar
as suas ideias.

Polibio aplicou à história o modelo de ciclo, conduzindo à concepção segundo a qual a


história é o conhecimento do geral, daquilo que se repete, que obedece a leis e por isso
susceptível de previsão.

Tito Lívio – diferentemente de Polibio, esteve mais virado para o passado, tido, pelos
romanos, como fonte de virtudes nacionais. Foi um intelectual ao serviço da política
imperial, cuja preocupação maior foi elevar bem alto o rei e o império romanos não
hesitando quando a defesa passasse pela deturpação da verdade, ou impusesse o recurso
à mitologia.

Tácito – Politico e homem das letras, foi autor de uma importante obra histórica com o
senão de ter misturado, por vezes, indevidamente a história com o género literário. O
seu maior defeito terá sido fazer uma comparação unilateral dos romanos com os
bárbaros, os bretões e os germanos revelando-se percursor da teoria do “bom
selvagem”, ao apresentar uns como os de costumes mais puros e outros mais corruptos.

II.6. A historiografia cristã antiga


II.6.1. O Surgimento e Evolução do Cristianismo

O Cristianismo surgiu na Palestina no contexto da conquista daquele território pelos


romanos. Foi de lá que se propagou para as restantes partes do mundo o que em grande
parte foi facilitado pelo facto de transportar uma mensagem social e ecuménica,
assumindo-se anti-escravagista.

Existiam, no seio da igreja, duas facções: uma mística e outra gnóstica que, pretendia
racionalizar o pensamento religioso, ou seja, sujeitar à razão as ideias religiosas. Estas
divisões que constituem uma ameaça à estabilidade do cristianismo levaram à
imposição da unidade doutrinária e ao fim da livre discussão no seio da igreja,
determinada no Concilio de Niceia em 325.

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II.6.2. A Concepção Cristã de História

Desde o princípio o cristianismo assumiu-se como religião universalista e histórica, ou


seja, teve a sua concepção do universo e de evolução da humanidade. Para os cristãos a
historia é um combate permanente entre Lúcifer (o mal) e Deus (o bem) e a sua
trajectória, irreversível e oposta à concepção cíclica defendida pelos gregos e romanos,
começa com o pecado original, passa pela redenção e termina com o juízo final. A ideia
principal é que, devido ao pecado original, o homem espalhou o mal em toda a terra e
Cristo apareceu para restabelecer a ordem e fazer triunfar a igreja, numa luta que,
terminará com o juízo final. Deste modo a terra é apenas um local transitório para a
expiação e redenção do pecado e o homem em vida tem a oportunidade de se preparar
para o juízo final.

Entre as fontes da história cristã existem as doutrinárias e as históricas. Muitos


documentos históricos foram destruídos alegadamente por serem apócrifos, ou seja,
inauténticos. Contudo em história este procedimento é de todo condenável pois as
fraudes também são matéria de estudo. Portanto não se pode entender tal atitude de
outra maneira que não a tentativa de manter uma unidade doutrinária. Isto leva-nos a
afirmar que a história cristã baseou-se, em informações tendenciosas previamente
seleccionadas e por isso construiu uma visão de história humana com um ponto de vista
apologético.

II.6.3. Os Historiadores Cristãos

Eusébio de Cesareia (260-339) Foi o principal obreiro da história cristã. Produziu uma
crónica que consistia de uma cronografia e de cânones cronológicos. A cronografia
resumia a história universal povo por povo, argumentando a favor da prioridade, no
tempo, de Moisés e da Bíblia. Os cânones eram tábuas cronológicas que assinalavam os
sincronismos entre a história sagrada e a profana. A cronologia bíblica começa com a
data da criação seguindo-se a do povo judeu até ao nascimento de Cristo, com a qual
começava a história cristã. A história eclesiástica de Eusébio, bem documentada ia de
Cristo até Constantinopla. Eusébio trouxe para primeiro plano da igreja cristã os judeus.

Cassiodoro (487-583) Reuniu e traduziu do grego três historiadores eclesiásticos,


continuadores da história de Eusébio, nomeadamente Sócrates (380-450), Sozômeno

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(finais do século IV-443) e Teodoreto (393-457). Escreveu também uma história gótica
e uma crónica da época de Adão ao ano 519).

Santo Agostinho (354-430) Foi o autor da primeira e até hoje a mais importante
filosofia cristã da história. O seu livro “De Civitae Dei” ( A Cidade de Deus) foi uma
tentativa de negar a afirmação dos pagãos seguyndo a qual a tomada de Roma por
Alarico e os saques dos vândalos eram motivados pelo desapego à antiga religião
romana.

Orósio (até 418) Procurou mostrar em “Sete livros de história contra os pagãos” que os
tempos anteriores a Cristo tinham sido mais tempestuosos que os posteriores, como
forma de rejeitar a ideia dos pagãos de querer culpar o abandono dos cultos anteriores a
Cristo pelas desgraças que afligiam o império romano, em particular as invasões dos
povos bárbaros.

Com a obra de Eusébio e com as continuações de Sócrates, Sazômero e Teodoreto e


ainda o manual latino que deles tirou Cassiodoro, se formou o corpo da história da
Igreja que alimentou a Idade Média.

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III. Conclusão

Com este trabalho pode se concluir que de acordo com o conceito de ciência não
podemos ainda falar nesta altura de uma ciência histórica. A cientificação da história só
terá início na Grécia Clássica. É o que nos leva a falar do surgimento da história na
Grécia. Este logro dos gregos tem explicação no facto de a Grécia desse tempo ter
conseguido avançar em muitas áreas de desenvolvimento social, a partir do século V
a.n.e. Nesse século vivia-se na Grécia, uma sociedade democrática, fruto de cerca de
três séculos de reformas, iniciadas por Dracon e que atingiram o seu pico no reinado de
Péricles.

Na democracia ateniense o poder era exercido pela Bule, assembleia, que reunia
quarenta vezes por ano e exprimia directamente, não através de deputados, a vontade
nacional. Decidia sobre a guerra ou a paz, as finanças, votava leis e decretos, julgava
certos crimes, etc. cada pessoa podia tomar a palavra, propor uma decisão ou emenda.
Os magistrados não eram mais do que servidores do povo. A justiça estava igualmente
nas mãos do povo. A origem nobre do indivíduo já não era condição para se ocupar de
questões importantes da vida do país. O importante agora era a competência e a
capacidade individual.

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IV. Referências Bibliográficas

ERÓDOTO (1987/1992). História. Obra completa. Madrid: Editorial Gredos.

Volumem I: Livros I-II. Trad. e notas de C. Schrader. Intr. de F. Rodríguez Adrados.


Rev.: M. Jufresa Muñoz, 1992 [1.ª edição, 4.ª impressão].

TUCÍDIDES (1990/1992). História da Guerra do Peloponeso. Madrid: Editorial Gredos.

(1990) Livros I-II. Trad. e notas de J. J. Torres Esbarranch. Intr. Geral de J. Calonge.
Rev.: E. Rodríguez Monescillo.

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