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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................................2
2. OBJECTIVOS.....................................................................................................................................3
2.1. Objective Geral............................................................................................................................3
2.2. Objectives Específicos.................................................................................................................3
3. METODOLOGIA................................................................................................................................4
4. NORMAS E PROCEDIMENTOS PARA RECONHECIMENTO E REGISTO DOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE DESEJAM EXERCER A SUA ACTIVIDADE NO SECTOR
PRIVADO DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE.....................................................................5
4.1. Considerações Iniciais.................................................................................................................5
4.1.1. Normas................................................................................................................................5
4.1.2. Procedimentos......................................................................................................................5
4.1.3. Reconhecimento de profissionais.........................................................................................5
4.1.4. Registo de profissionais.......................................................................................................5
4.1.5. Sector privado de prestação de cuidados de saúde ou Medicina Privada.............................6
4.2. Lei 26/91, de 31 de Dezembro, artigos 5 e 14 (reconhecimento e registo)...................................6
4.3. Decreto 9/92, de 26 de Maio (reconhecimento e registo).............................................................6
4.3.1. Artigo 12..............................................................................................................................6
4.3.2. Artigo 13..............................................................................................................................7
4.3.3. Artigo 14..............................................................................................................................7
4.3.4. Artigos 15 a 19.....................................................................................................................8
4.3.5. Artigos 20 a 22.....................................................................................................................9
4.4. Lei 24/2009 de 28 de Setembro, Artigo 5 (reconhecimento e registo).......................................10
5. CONCLUSÃO...................................................................................................................................11
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................12

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1. INTRODUÇÃO
O ministério da saúde é o órgão central do aparelho do estado que, de acordo com os
princípios, objectivos e tarefas definidas pelo governo é responsável pela aplicação da política de
saúde nos domínios público, privado e comunitário. O Sistema Nacional de Saúde em
Moçambique compreende o sector de saúde público, sector de saúde privado com fins lucrativos,
o sector de saúde privado com fins não lucrativos e comunitário. A exercer da actividade no
sector privado de prestação de cuidados de saúde é regulada por normas e procedimentos.
Pretende se com o presente trabalho, apresentar as normas e procedimentos para reconhecimento
e registo dos profissionais de saúde que desejam exercer a sua actividade no sector privado de
prestação de cuidados de saúde.

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2. OBJECTIVOS

2.1. Objective Geral


 Avaliar as Normas e Procedimentos para Reconhecimento e Registo dos Profissionais de
Saúde que Desejam Exercer a Sua Actividade no Sector Privado de Prestação de
Cuidados de Saúde.

2.2. Objectives Específicos


 Conceituar Reconhecimento e Registo de Profissionais;
 Identificar as Modalidades previstas por normas Para Reconhecimento e Registo de
Profissionais de Saúde que Desejam Exercer a Sua Actividade no Sector Privado de
Prestação de Cuidados de Saúde;
 Descrever os Procedimentos e as normas para Reconhecimento e Registo dos
Profissionais de Saúde que Desejam Exercer a Sua Actividade no Sector Privado de
Prestação de Cuidados de Saúde.

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3. METODOLOGIA
Para a concretização dos objectivos deste trabalho utilizamos como metodologia a pesquisa
documental, pois o presente trabalho de pesquisa foi de revisão de legislação. O tipo de pesquisa
utilizado neste presente trabalho foi o descritivo, pois o que se pretende é apresentar as Normas e
Procedimentos para Reconhecimento e Registo dos Profissionais de Saúde que Desejam Exercer
a Sua Actividade no Sector Privado de Prestação de Cuidados de Saúde. A técnica de pesquisa
adoptada neste trabalho foi a seguinte: efectuou-se uma pesquisa documental recorrendo à
legislação vigente, com maior atenção para a Lei nº 26/91, de 31 de Dezembro (que autoriza a
prestação de cuidados de saúde, por pessoas singulares ou colectivas de direito privado com
carácter lucrativo ou não), o Decreto nº 9/92, de 26 de Maio (que aprova o regulamento de
prestação de cuidados de saúde por entidades privadas) e a Lei 24/2009 de 28 de Setembro (que
actualizou o quadro legal do exercício da medicina privada ao contexto e a actual realidade do
país) em Moçambique.

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4. NORMAS E PROCEDIMENTOS PARA RECONHECIMENTO E REGISTO DOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE QUE DESEJAM EXERCER A SUA ACTIVIDADE NO
SECTOR PRIVADO DE PRESTAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE

4.1. Considerações Iniciais

4.1.1. Normas
Norma, no âmbito jurídico é a célula do ordenamento jurídico (sistema de regras de
conduta, caracterizadas pela coercibilidade e imperatividade). É um imperativo de conduta, que
coage os sujeitos a se comportarem da forma por ela esperada e desejada. Também denota: lei e
regras de procedimento.

4.1.2. Procedimentos
Procedimento, é o modo como algo é executado, ou seja, como é feito o processo de
determinada coisa. Este termo também pode ser usado para se referir a maneira como alguém
deve agir numa situação específica. Também denota comportamento, processo, etc.

4.1.3. Reconhecimento de profissionais


Reconhecimento de profissionais refere-se a um conjunto de normas (legislação)
procedimentos e/ou mecanismos necessários ao recrutar pessoas que obtiveram as suas
qualificações nacionalmente ou noutro país para exercerem uma profissão regulamentada,
asseguram que as respectivas experiencias e qualificações profissionais são reconhecidas no país
onde vão ou pretendem trabalhar. Também pode significar o processo reconhecimento de
competências. Isso significa que embora a formação académica e a formação profissional
possam apresentar algumas diferenças de país para país e entre as diversas instituições de ensino
num mesmo país, isso não é um obstáculo ao exercício de uma dada profissão. Desde que seja
reconhecida pelo órgão que tutela e superintende a área. Ex: para que os estrangeiros exerçam as
actividades em Moçambique, é necessário que previamente o Ministério da Educação e da área a
que pretende exercer a actividade, reconheça o certificado e/ou o diploma do candidato.

4.1.4. Registo de profissionais


Registo de profissionais é um conjunto de habilitações necessárias realizadas no cadastro
para o exercício de algumas categorias de profissões reguladas. Que permitem que os

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funcionários dessas categorias possam realizar as suas actividades. Ex: pede-se que os candidatos
apresentem o registo criminal.

O reconhecimento de profissionais e o registo de profissionais são duas faces da mesma


moeda que andam sempre juntas.

4.1.5. Sector privado de prestação de cuidados de saúde ou Medicina Privada


Sector privado de prestação de cuidados de saúde ou Medicina Privada é prestação de
cuidados de saúde, em estabelecimento próprio ou domicílio do doente e ao transporte de
doentes grávidas e parturientes, por pessoas singulares ou colectivas de direito privado com
carácter lucrativo ou não

4.2. Lei 26/91, de 31 de Dezembro, artigos 5 e 14 (reconhecimento e registo)


Lei 26/91, de 31 de Dezembro, artigo 5 (reconhecimento e registo) O registo dos
profissionais no sector privado e o reconhecimento das suas qualificações competem a um órgão
apropriado a ser criado por lei.

Artigo 14 (pessoal e responsabilidade) as instituições privadas de prestação de cuidados


sanitários, apenas empregarão para fins técnico-sanitários, pessoal com formação oficialmente
reconhecida pelo Ministério da Saúde. Em caso de comprovada incompetência profissional,
prática de graves actos de atentado a integridade física e moral dos utentes das instituições,
poderá ser cancelada a autorização exercício de actividade ao autor ou autores, e ou
eventualmente, determinado encerramento da instituição, sem prejuízo do procedimento civil ou
criminal a que houver. Os dirigentes funcionários destas instituições, estão abrangidos pela
legislação em vigor, referente ao sigilo profissional.

4.3. Decreto 9/92, de 26 de Maio (reconhecimento e registo)

4.3.1. Artigo 12
Artigo 12: a entidade privada que pretende ser titular ou gestora de estabelecimento sanitário
deverá, nos termos do preceituado nas alíneas a)1 e b)2 no n.º 1 do artigo 4 da Lei n.º 26/91
apresentar, no processo de abertura, os seguintes documentos:

1
Alíneas a) no n.º 1 do artigo 4 da Lei n.º 26/1991: serem pessoas singulares ou colectivas de direito privado.
2
Alíneas b) no n.º 1 do artigo 4 da Lei n.º 26/1991: apresentar prova de idoneidade civil.

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a) O respectivo certificado de registo criminal, sendo individuo agindo pessoalmente ou por
interposta pessoa;
b) Os certificado de registo criminal de representante legal e gerentes, tratando-se de pessoa
colectiva ou individuo que actua através de mandatário.

Nas situações mencionada anteriormente, os interessados poderão também apresentar


documentos abonatórios civil, comercial e profissionalmente, que não estejam determinados na
presente legislação.

Tratando-se de cidadão estrangeiro, o certificado de registo criminal devera abranger todo o


período de exercício de actividade fora do País.

4.3.2. Artigo 13
Artigo 13: o reconhecimento das qualificações de profissionais não graduados em
instituições de ensino em Moçambique para fins de exercício de actividade em estabelecimento
sanitário privado far-se-á mediante a apresentação dos seguintes documentos:

a) Certificado de equivalência passado pelo Ministério da Educação;


b) Prova de exercício de actividade profissional por um período ininterrupto nos últimos
cinco anos na ocupação que pretende exercer se cidadão estrangeiro;
c) Curriculum Vitae.

Os profissionais graduados em instituições de ensino de Moçambique que pretende exercer


actividade profissional com os fins mencionados anteriormente, deverão apresentar certificado
comprovativo da sua qualificação, bem como o curriculum vitae.

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4.3.3. Artigo 14
Artigo 14: sempre que se julgar necessário as entidades referidas no artigo 8 3 da Lei n.º
26/1991, poderão determinar a realização de uma avaliação como condição para o
reconhecimento das qualificações dos profissionais referidos no artigo anterior.

4.3.4. Artigos 15 a 19
Artigo 15: o reconhecimento das qualificações profissionais de estrangeiros contratados para
trabalhar em regime de exclusividade em estabelecimentos sanitários privados de fins não
lucrativos será feito pelo Ministério de Saúde mediante a apresentação de certificado ou diploma
de curso e «curriculum vitae».

Artigo 16: as entidades referidas no artigo 8 da Lei n.º 26/1991 darão preferência ao
reconhecimento e registo de profissionais de categoria e especialidades carentes no País.

Artigo 17: os profissionais de saúde só poderão prestar assistência sanitária com carácter
privado quando registados.

Artigo 18: para efeito de registo, o interessado deverá fazer prova das seguintes situações:

a) Documento comprovativo de que a sua qualificação profissional está reconhecida;


b) Comprometimento de apresentação no prazo de 90 dias de contrato de prestação de
serviço no sector publico ou documento que indique ter sido dispensado dessa prestação;
c) Aptidão física e mental para o exercício da profissão;
d) Inexistência de interditação ou qualquer impedimento para o exercício da profissão,
comprovada por documento emitido pelo órgão referido no artigo 54 da Lei n.º 26/1991;
e) Ter domicilio permanente na localidade onde vai prestar assistência, excepto em casos
devidamente autorizados pelo Ministério da Saúde.

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Artigo 8 da Lei n.º 26/1991: Hospitais gerais, rurais, para em ensino e especializados; Centros de saúde de
local de residência e de trabalho; Postos de saúde de local de residência e de trabalho; Clínicas médicas;
Consultórios médicos; Centros de reabilitação física e psíquica; Postos de enfermagem; Centros de
diagnósticos; Centros de formação de saúde; Centros de transporte de doentes; Assistência médica ao
domicílio; Centros de enfermagem; e Outros estabelecimentos que venham a ser autorizados pelo Ministério
que superintende a área de saúde (MISAU).

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Artigo 5 da Lei n.º 26/1991 (reconhecimento e registo) O registo dos profissionais no sector privado e o
reconhecimento das suas qualificações competem a um órgão apropriado a ser criado por lei.

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Artigo 19: os profissionais de saúde de sector público que pretendam exercer actividade
privada terão de apresentar os documentos referidos no artigo 18, bem como:

a) Prova da sua qualidade de funcionário do sector público;


b) Prova de cumprimento das obrigações referidas no n.º 4, nas alíneas a) 5 e b)6 do artigo 4 da
Lei n.º 26/1991.

4.3.5. Artigos 20 a 22
Artigo 20: os profissionais de saúde exercendo actividade privada devem prestar no mínimo
20 horas semanais de serviço numa instituição do SNS a indicar pelo Ministério de Saúde,
mediante contrato, nos termos do n.º 47 do artigo 6 da Lei 26/1991. Estes profissionais deverão,
quando for caso disso, prestar serviços de urgência. Ficam isentos da prestação dos serviços
indicados anteriormente:

a) Os profissionais de saúde moçambicanos, de nível básico;


b) Os profissionais de saúde moçambicanos aposentados;
c) Os profissionais de saúde que o sector público entenda dispensar.

Os profissionais de saúde demitidos ou expulsos do SNS carecem de autorização especial do


Ministério da Saúde para o exercício de Medicina privada, na qual deverão ser fixadas as
respectivas condições de exercício.

Artigo 21: os profissionais de saúde quando estrangeiros contratados pelo Ministério da


Saúde para prestar serviço em instituições de saúde do sector público poderão exercer actividade
privada se reunirem cumulativamente, para além das condições estabelecidas no artigo n.º 4 8 do
artigo 4 da Lei n.º 26/91, os seguintes requisitos complementares:

5
n.º 4, nas alíneas a) do artigo 4 da Lei n.º 26/1991: apresentar a autorização do director do estabelecimento a
que estão afectados, com indicação do período permitido para o exercício da actividade privada, que será
sempre fora do seu horário normal de trabalho;
6
n.º 4, nas alíneas b) do artigo 4 da Lei n.º 26/1991: apresentar prova de cumprimento das condições
contratuais do funcionário.
7
n.º 4 do artigo 6 da Lei 26/1991: os profissionais do sector privado obrigam-se a prestar serviços ao sector
público, nas condições e modalidades a definir pelo Governo.
8
n.º 4 do artigo 4 da Lei n.º 26/91: a) apresentar a autorização do director do estabelecimento a que estão
afectados, com indicação do período permitido para o exercício da actividade privada, que será sempre fora do
seu horário normal de trabalho; b) apresentar prova de cumprimento das condições contratuais do funcionário.

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a) Ter celebrado contrato de prestação de serviço que não implique remuneração em moeda
externa;
b) Ter prestado serviço em instituições do sector publico de saúde ou em estabelecimento
sanitário privado de carácter não lucrativo 9, em Moçambique, pelo menos durante dois
anos.

Artigo 22: por despacho do Ministério da Saúde serão fixadas as funções de direcção, chefia
e técnicas no sector público de saúde que pela sua natureza são incompatíveis com o exercício da
medicina privada.

4.4. Lei 24/2009 de 28 de Setembro, Artigo 5 (reconhecimento e registo)


Lei 24/2009 de 28 de Setembro, Artigo 5 (reconhecimento e registo) O exercício da medicina
por médicos e o reconhecimento das suas qualificações profissionais depende da inscrição prévia
na Ordem dos Médicos de Moçambique.

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Tem-se por entidade privada de fins não lucrativos, a que exerce actividade de prestação de cuidados de
saúde em estabelecimento sanitário que não tenha por fim recuperar ou ampliar o capital investido, ou repartir
eventuais dividendos, mantendo consequentemente uma estrutura de preços pelos serviços de saúde prestados
concordantes com o princípio da acessibilidade pela maioria da população.

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5. CONCLUSÃO
Reconhecimento de profissionais refere-se a um conjunto de normas (legislação)
procedimentos e/ou mecanismos necessários ao recrutar pessoas que obtiveram as suas
qualificações nacionalmente ou noutro país para exercerem uma profissão regulamentada,
asseguram que as respectivas experiencias e qualificações profissionais são reconhecidas no país
onde vão ou pretendem trabalhar, também designa o processo reconhecimento de competências.
Registo de profissionais é um conjunto de habilitações necessárias realizadas no cadastro para o
exercício de algumas categorias de profissões reguladas. Que permitem que os funcionários
dessas categorias possam realizar as suas actividades. O reconhecimento de profissionais e o
registo de profissionais são duas faces da mesma moeda que andam sempre juntas. As
modalidades previstas por normas para e/ou de reconhecimento e registo de profissionais para o
exercício de actividades em estabelecimentos sanitários privados são: candidato que ainda não
exerça as suas funções em nenhum lugar mas que desejam exercer as funções em
estabelecimentos sanitários privados, funcionários que já exercem as suas funções em
estabelecimentos de prestação de cuidados públicos mas que também desejam as funções em
estabelecimentos sanitários privados, funcionários demitidos e expulsos dos estabelecimentos
públicos mas que desejam exercer as funções em estabelecimentos privados de cuidados de
saúde, estrangeiros contratados pelo ministério de saúde mas que desejam também exercer as
suas funções em estabelecimentos privados e aos estrangeiros que ainda não exerça as suas
funções em nenhum lugar mas que desejam exercer as funções em estabelecimentos sanitários
privados.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Decreto nº 9/92, de 26 de Maio (que aprova o regulamento de prestação de cuidados de
saúde por entidades privadas) em Moçambique.
2. Lei nº 24/2009, de 28 de Setembro (que actualizou o quadro legal do exercício da
medicina privada ao contexto e a actual realidade do pais) em Moçambique.
3. Lei nº 26/1991, de 31 de Dezembro (que autoriza a prestação de cuidados de saúde, por
pessoas singulares ou colectivas de direito privado com carácter lucrativo ou não) em
Moçambique.
4. SERRA, Carlos e COSSA, Damásia. Colectânea de Legislação de Saúde. Moçambique.

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