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bRIGADA DE
INCÊNDIO

PROXIMA
BOOKS
Índice
Introdução, 3
Equipe de Emergência, 4
Teoria do fogo, 7
Propagação do fogo, 12
Métodos de extinção do fogo, 14
Incêndio, 16
Classes de incêndio, 23
Agentes extintores, 26
Sistema de proteção contra incêndio e pânico, 30
Equipamentos de Proteção Individual, 42
Prevenção, 44
Abandono de área, 51
Introdução
Esse livro é fruto de grande pesquisa e estudos
sobre combate a incêndios. Seu objetivo é
apresentar ao leitor os assuntos relacionados à
brigada de incêndio de forma simples e ilustrada
para facilitar sua leitura e entendimento. Essa
publicação é direcionada ao público geral,
trabalhadores, empregadores e instrutores.
Recomendamos ao leitor, caso queira se
aprofundar no assunto, que faça um curso
específico de brigada de incêndio em instituição
credenciada - os exercícios práticos são de
grande importância para dominar técnicas e
simular situações que exigirão seu controle.
Por se tratar de um assunto de interesse geral,
essa publicação é livre para compartilhamento
e distribuição, inclusive para uso em cursos e
centros de treinamento. Seu formato foi
idealizado para melhor leitura em smartphones.
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Equipe de Emergência
A equipe de emergência é a Brigada de Combate a
Incêndio. É uma equipe formada por pessoas
treinadas com conhecimento sobre prevenção
contra incêndio, abandono de edificação, pronto-
socorro e devidamente dimensionada de acordo
com a população existente na edificação.

Cabe à esta equipe a vistoria semestral nos


equipamentos de prevenção e combate a
incêndios, assim como o treinamento de
abandono de prédio pelos moradores e usuários.
A relação das pessoas com dificuldade de
locomoção, permanente ou temporária, deve ser
atualizada constantemente e os procedimentos
necessários para a retirada dessas pessoas em
situações de emergência devem ser previamente
definidos. A equipe de emergência deve garantir a
saída dos ocupantes do prédio de acordo com o
“Plano de Abandono”, não se esquecendo de
verificar a existência de retardatários em
sanitários, salas e corredores. O sistema de alto-
falantes ajuda a orientar a saída de pessoas; o
locutor recebe treinamento e precisa se
empenhar para impedir o pânico. A relação e
localização dos membros da equipe de
emergência deve ser conhecida por todos os
usuários.

Normativa
NR-23 - Proteção Contra Incêndios - Portaria
3214 de 8/6/1978
NBR 14276:2006 - Programa de Brigada de
Incêndio

Ações de Emergência
• Identificação da situação;
• Dar alarme e inicar o abandono de área;
• Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou
ajuda externa;
• Cortar a energia elétrica;
• Prestar os primeiros socorros;
• Combater os princípios de incêndio;
• Recepção e orientação ao Corpo de
Bombeiros;
• Investigar.
Informações importantes para o Corpo de
Bombeiros
• Se existe alguém confinado ou preso em algum
compartimento do local;
• Onde se desliga a energia parcial ou total da
edificação;
• Qual a capacidade da Reserva Técnica de
Incêndio – RTI, e onde se localiza;
• Onde se localiza o hidrante urbano mais
próximo;
• Se a edificação possui instalação de Gás
Liquefeito de Petróleo – GLP, Gás Natural – GN
ou produtos químicos armazenados.

Obrigações do brigadista
Ÿ Conhecer os locais onde estão instalados os
equipamentos de proteção ao fogo;
Ÿ Manter desobstruídos os acessos aos
extintores ou hidrantes;
Ÿ Realizar revisões periódicas nos
equipamentos;
Ÿ Solicitar manutenções e reposição de peças
caso necessário.
Teoria do fogo
Definição: Fogo é uma reação química que libera
luz e calor, resultante da combustão de materiais
combustíveis.
Tetraedro do Fogo
Co
l
íve

Reação
mb
ust

em cadeia
ure
mb

Co
mb nte
nte

us ure
Co

tív b
el Com

Calor Calor

Para que o fogo ocorra são necessários três


elementos: calor, combustível e comburente.
Eles devem estar em concentrações ideais para
manter a reação em cadeia.
Combustível: material consumido pelo fogo.
Comburente (oxigênio): elemento que combina
com combustível para que o fogo ocorra.
Calor: energia necessária para iniciar o fogo.
Reação em cadeia: é o processo químico que
permite a continuidade da combustão.
Combustível
Combustível é toda substância capaz de queimar
e alimentar a combustão. Os combustíveis
dividem-se em três grupos, de acordo com o
estado físico em que se apresentam:

Sólidos

Possuem forma definida. A maioria dos


combustíveis sólidos transforma-se em vapores
e, então, reagem com o oxigênio. Queimam em
superfície e profundidade. Ex.: madeira, papel,
tecido, carvão, pólvora, etc.
Líquidos

Assumem a forma do recipiente em que estão


contidos. Classificados em inflamáveis (PF <
60°C) e combustíveis (PF > 60°C e <93°C).
Queimam em superfície. Ex.: gasolina, álcool,
querosene, óleos, tintas, etc.

Gasosos

Não possuem forma nenhuma e tem a


propriedade de se expandir indefinidamente. A
queima pode ocorrer na forma de explosão em
concentrações ideais. Ex.:metano, etileno, gás
liquefeito de petróleo, gás natural, etc.
Comburente
É o elemento químico que se combina com o
combustível, possibilitando o surgimento do
fogo. O comburente mais comum é o oxigênio,
encontrado no ar atmosférico em uma
concentração de aproximadamente 21% (não
haverá combustão abaixo de 8%).

Calor
É o elemento responsável pelo início da
combustão, que representa a energia mínima
necessária para o início do fogo. Esta energia
pode ser produzida por choque, fricção, pressão,
faísca, por um ponto quente ou por chama viva.

Reação em cadeia
A reação em cadeia torna a queima
autossustentável. O calor irradiado das chamas
atinge o combustível e este é decomposto em
partículas menores, que se combina com o
oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor
para o combustível, formando um ciclo
constante.
Pontos de temperatura

PONTO DE FULGOR
é a temperatura mínima na qual o
combustível desprende vapores
que se inflamam em contato com
uma chama, porém sem
continuidade.

PONTO DE COMBUSTÃO
é a temperatura mínima na qual o
combustível desprende vapores
que se inflamam em contato com
uma chama, mantendo-se a
combustão.

PONTO DE IGNIÇÃO
é a temperatura mínima para o
combustível inflamar-se sem
chama direta, bastando o calor e
a presença de oxigênio.
Propagação do fogo
O calor de objetos com maior temperatura é
transferido para aqueles com temperatura mais
baixa, levando ao equilíbrio térmico e podendo
causar o surgimento do fogo nos materiais que
estão recebendo a quantidade suficiente de calor
para entrar em combustão. O calor pode se
transmitir de três formas diferentes: condução,
convecção e irradiação.

Condução

É a transmissão de calor que ocorre de molécula


para molécula, através do aumento do seu
movimento vibratório, acarretando, também, em
um aumento de temperatura em todo o corpo.
Irradiação

É a transmissão de calor por meio de ondas e


raios que se processa através do espaço vazio,
não necessitando de continuidade molecular
entre a fonte e o corpo que recebe o calor.

Convecção

Essa transmissão ocorre através do movimento


de massas de ar aquecidas para cima, podendo
iniciar o fogo em corpos combustíveis com os
quais essas massas entrem em contato.
Métodos de extinção do fogo
A condição imprescindível para ocorrer o
surgimento do fogo é a união dos elementos:
combustível, comburente, fonte de calor e reação
em cadeia. A extinção se dá quando eliminamos
um dos lados do tetraedro do fogo.

Resfriamento
Remoção do calor da
reação, sendo a forma mais
comum através da absorção
do calor pela água.

Abafamento
Consiste em diminuir ou
impedir o contato do
comburente (oxigênio) com
o material combustível.
Retirada do combustível
Simples remoção de material
combustível, quase sempre da
parte que não está queimando
ainda.

Quebra da reação
Realizada com o auxílio de um
agente químico capaz de reagir
em nível molecular, quebrando a
reação em cadeia do fogo.
Incêndio
Incêndio é o fogo fora de controle.

Fases do fogo em um incêndio


Se o fogo ocorrer em área ocupada por pessoas,
há grandes chances de que o fogo seja
descoberto no início e a situação resolvida. Mas
se ocorrer quando a edificação estiver deserta e
fechada, o fogo continuará crescendo até ganhar
grandes proporções. Essa situação pode ser
controlada com a aplicação dos procedimentos
básicos de ventilação. O incêndio pode ser
melhor entendido se estudarmos seus três
estágios de desenvolvimento.
Fase Inicial
Nesta primeira fase, o oxigênio contido no ar não
está significativamente reduzido e o fogo está
produzindo vapor d’água (H20), dióxido de
carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e
outros gases. Grande parte do calor está sendo
consumido no aquecimento dos combustíveis, e
a temperatura do ambiente, neste estágio, está
ainda pouco acima do normal. O calor está sendo
gerado e evoluirá com o aumento do fogo.
Queima Livre
Durante esta fase, o ar, rico em oxigênio, é
arrastado para dentro do ambiente pelo efeito da
convecção, isto é, o ar quente “sobe” e sai do
ambiente. Isto força a entrada de ar fresco pelas
aberturas nos pontos mais baixos do ambiente.
Os gases aquecidos espalham-se preenchendo o
ambiente e, de cima para baixo, forçam o ar frio a
permanecer junto ao solo; eventualmente,
causam a ignição dos combustíveis nos níveis
mais altos do ambiente. Este ar aquecido é uma
das razões pelas quais os bombeiros devem se
manter abaixados e usar o equipamento de
proteção respiratória. Uma inspiração desse ar
superaquecido pode queimar os pulmões. Na
fase da queima livre, o fogo aquece gradualmente
todos os combustíveis do ambiente. Quando
determinados combustíveis atingem seu ponto
de ignição, simultaneamente, haverá uma queima
instantânea e concomitante desses produtos, o
que poderá provocar uma explosão ambiental,
ficando toda a área envolvida pelas chamas. Esse
fenômeno é conhecido como “Flashover”.
Queima Lenta
Como nas fases anteriores, o fogo continua a
consumir oxigênio, até atingir um ponto onde o
comburente é insuficiente para sustentar a
combustão. Nesta fase, as chamas podem deixar
de existir se não houver ar suficiente para mantê-
las (na faixa de 8% a 0% de oxigênio). O fogo é
normalmente reduzido a brasas, o ambiente
torna-se completamente ocupado por fumaça
densa e os gases se expandem. Devido a pressão
interna ser maior que a externa, os gases saem
por todas as fendas em forma de lufadas, que
podem ser observadas em todos os pontos do
ambiente. E esse calor intenso reduz os
combustíveis a seus componentes básicos,
liberando, assim, vapores combustíveis.
“Backdraft”
A combustão é definida como oxidação, que é
uma reação química na qual o oxigênio combina-
se com outros elementos. O carbono é um
elemento naturalmente abundante, presente,
entre outros materiais, na madeira. Quando a
madeira queima, o carbono combina com o
oxigênio para formar dióxido de carbono (CO2),
ou monóxido de carbono (CO). Quando o
oxigênio é encontrado em quantidades menores,
o carbono livre (C) é liberado, o que pode ser
notado na cor preta da fumaça. Na fase de queima
lenta em um incêndio, a combustão é incompleta
porque não há oxigênio suficiente para sustentar
o fogo. Contudo, o calor da queima livre
permanece, e as partículas de carbono não
queimadas (bem como outros gases inflamáveis,
produtos da combustão) estão prontas para
incendiar-se rapidamente assim que o oxigênio
for suficiente. Na presença de oxigênio, esse
ambiente explodirá. A essa explosão
chamamos“Backdraft”.
Classes de incêndio
Quase todos os materiais são combustíveis, no
entanto, devido à diferença de composição,
queimam de formas diferentes e exigem maneiras
diversas de extinção. Por este motivo,
convencionou-se dividir os incêndios em quatro
classes: A, B, C e D.

A
Classe A
É o incêndio que ocorre em materiais sólidos ou
fibrosos comuns que, ao se queimarem, deixam
resíduos. Esses materiais queimam tanto em
superfície, quanto em profundidade. Exemplos:
madeira, papel, tecido, espuma etc.
B
Classe B
É o incêndio que ocorre em materiais líquidos
inflamáveis. Esses materiais queimam somente
em sua superfície e não deixam resíduos.
Exemplos: gasolina, querosene, álcool, tinta etc.

C
Classe C
É o incêndio que ocorre em equipamentos
elétricos energizados (equipamentos que se
encontram conectados à corrente elétrica).
Exemplos: máquinas e motores em geral, painéis
elétricos etc.
D
Classe D
É o fogo que ocorre em metais pirofóricos,
também chamado de ligas metálicas. Exemplos:
magnésio, potássio, alumínio em pó, zinco,
antimônio, etc.
Agentes extintores
São substâncias que empregadas contra o fogo,
atuarão cancelando a ação de um dos elementos
do tetraedro do fogo. Trataremos apenas dos
agentes extintores mais comuns, que são
utilizados em aparelhos extintores.

Água
É agente extintor mais abundante na natureza.
Age principalmente por resfriamento, devido a
sua propriedade de absorver grande quantidade
de calor. Atua também por abafamento
(dependendo da forma como é utilizada, podendo
ser aplicada em diversos tipos de jato, como:
neblinado, neblina e compacto). Em razão da
existência de sais minerais em sua composição
química, a água conduz eletricidade e seu
usuário, em presença de materiais energizados,
pode sofrer choque elétrico. Quando a água é
utilizada no combate ao fogo em líquidos
inflamáveis, há o risco de ocorrer
transbordamento do líquido que está queimando,
aumentando, assim, a área do incêndio.
Gás Carbônico
Também conhecido como dióxido de carbono ou
CO2, é um gás mais denso (mais pesado) que o
ar, sem cor, sem cheiro. É um agente extintor
limpo, não condutor de eletricidade, não tóxico,
mas asfixiante. Age principalmente por
abafamento, tendo secundariamente ação de
resfriamento. Por não deixar resíduos, nem ser
corrosivo, é um agente extintor apropriado para
combater incêndios em equipamentos elétricos e
eletrônicos sensíveis

Pó Químico Seco
Os Pós Químicos Secos são substâncias
constituídas de bicarbonato de sódio,
bicarbonato de potássio ou cloreto de potássio,
que, pulverizadas, formam uma nuvem de pó
sobre o fogo, extinguindo-o por quebra da reação
em cadeia e por abafamento.
Espuma
A espuma pode ser química ou mecânica
conforme o seu processo de formação. A
espuma química resulta da reação entre as
soluções aquosas de sulfato de alumínio e
bicarbonato de sódio, e a mecânica é produzida
pelo batimento da água, LGE (líquido gerador de
espuma) e ar. Mais leve que todos os líquidos
inflamáveis, é utilizada para extinguir incêndios
por abafamento e, por conter água, possui uma
ação secundária de resfriamento.
Ventilação
É a remoção e dispersão sistemática de fumaça,
gases e vapores quentes de locais confinados,
proporcionando a troca dos produtos da
combustão por ar fresco, facilitando, assim, a
ação dos brigadistas e bombeiros no ambiente
sinistrado. Vantagens da ventilação: visualização
do foco, retirada do calor e retirada dos produtos
tóxicos da combustão.
Sistemas de proteção contra
incêndio e pânico
Os sistemas de proteção contra incêndio e pânico
são dispositivos instalados e/ou construídos em
uma edificação para evitar o surgimento do fogo
descontrolado ou pelo menos retardar a sua
propagação, como também facilitar a evacuação
de pessoas destas edificações em caso de algum
sinistro. Os sistemas que serão objetos de estudo
no curso são:
- Sistema de proteção por extintores
- Sistema hidráulico preventivo (SHP)
- Saídas de emergência
- Iluminação de emergência
- Sistema de proteção contra descargas
atmosféricas (SPDA)
- Sistema de detecção e alarme
- Sistema de sprinklers
Extintores
Extintores são recipientes que contêm em seu
interior agente extintor para o combate imediato e
rápido a PRINCÍPIOS DE INCÊNDIO, isto é,
incêndio em sua FASE INICIAL. Classificam-se
conforme a classe de incêndio a que se destinam.
Para cada classe de incêndio há um ou mais
extintores adequados.

Água Gás Carbônico Pó Químico


Indicado: (CO2) Seco (PQS)
classe A Indicado: Indicado:
Não utilizar em classes B e C classes B e C
BeC Não indicado Não indicado
para A para A
Pó ABC Espuma Mecânica
Indicado: Indicado:
classes A, B e C classes A e B
Não utilizar em C.
Utilização dos Extintores Portáteis

Verifique se o extintor é Retire o pino de


compatível com a classe segurança.
incendiada.

Teste o extintor. Aponte Acione o gatilho.


para a base do fogo.

Direcione o jato para


a base do fogo.
Sistema hidráulico preventivo
Sistema composto de dispositivos hidráulicos
que possibilitam a captação de água da Reserva
Técnica de Incêndio - RTI, para o emprego no
combate a incêndio.

Hidrantes
São dispositivos existentes em redes hidráulicas
que possibilitam a captação de água para
emprego nos ser viços de bombeiros,
principalmente no combate a incêndio. Esse tipo
de material hidráulico depende da presença do
homem para a utilização da água no combate ao
fogo.

Hidrante de parede Hidrante de


coluna urbano
Hidrante Hidrante de
industrial recalque

Utilização do Hidrante

1
Desligue a energia
elétrica. Verifique se não
há incompatibilidade do
que está queimando com
a água.
Desenrole a mangueira.
2 Engate as conexões da
mangueira no hidrante e
no esguicho.

Ataque a base do fogo. Ventile


3 o local para maior visibilidade.
Se o fogo estiver fora de
controle abandone o local e
proteja edificações vizinhas.
Sistema de detecção e alarme
São equipamentos que tem por objetivo detectar
e avisar a todos os ocupantes da edificação da
ocorrência de um incêndio ou de uma situação
que possa ocasionar pânico. O alarme deve ser
audível em todos os setores da edificação,
abrangidos pelo sistema de segurança.

Detector de Alarme de
fumaça acionamento
manual
Sistema de Iluminação de Emergência
O Sistema de Iluminação de Emergência é o
conjunto de componentes que, em
funcionamento, proporciona a iluminação
suficiente e adequada para permitir a saída fácil e
segura do público para o exterior, no caso de
interrupção da alimentação normal, como
também proporciona a execução das manobras
de interesse da segurança e intervenção de
socorro.

Iluminar os
acessos e corpos
das escadas.
Saídas de Emergência
São caminhos contínuos, devidamente
protegidos, a serem percorridos pelo usuário em
caso de sinistro, de qualquer ponto da edificação
até atingir a via pública ou espaço aberto
protegido do incêndio, permitindo ainda fácil
acesso de auxílio externo para o combate ao fogo
e a retirada da população.

Escadas
Ÿ Mínimo 1,10m de largura
Ÿ Sem obstáculos
Ÿ Piso incombustível e antiderrapante
Ÿ Corrimão contínuo com ambos os lados
Sinalização
Ÿ Indicam o caminho para a saída
Ÿ Acima das portas de saída
Ÿ Nos corredores de acesso

Portas
Ÿ Abertura no sentido de fuga em locais com capacidade
para mais de 50 pessoas
Ÿ Barra antipânico em locais com locais com capacidade
para mais de 200 pessoas
Ÿ Portas corta-fogo em escadas enclausuradas e aprova
de fumaça
Equipamentos de corte e arrombamento
Equipamentos que permitem realizar entradas
forçadas a fim de acessar locais para salvar vidas
ou extinguir chamas. São exemplos desses
equipamentos: machado, alavanca pé-de-cabra,
croque, corta-a-frio, picareta, entre outros.
Equipamentos de Proteção
Individual
Considera-se Equipamento de Proteção
Individual (EPI), todo material de uso individual,
com o objetivo de proteger a integridade física do
brigadista, sendo obrigação da empresa fornecer
o EPI, de acordo com a NR-6 do Ministério do
Trabalho.
Proteção dos olhos
Capacete
Proteção
respiratória

Roupa de
aproximação
Luvas

Botas
Proteção Respiratória

Máscara
filtrante

Máscara autônoma
(SCBA)

Proteção Respiratória com


vedação facial autônoma:
Proteção em atmosferas
com concentração
imediatamente perigosas à
vida e à saúde e em
ambientes confinados;
possui suprimento próprio
de ar respirável, através de
cilindros cobrindo o nariz, a
boca e os olhos
Prevenção

Faça a revisão de painéis Não sobrecarregue o


elétricos periodicamente sistema elétrico

Permaneça na cozinha Realize a manutenção


enquanto houver chamas periódica do aquecedor
no fogão a gás
Instale o botijão de Não permita que crianças
gás do lado externo brinquem com fogo

Cuidados básicos
Ÿ Não brinque com fogo!
Ÿ Um cigarro mal apagado jogado descuida-
damente numa lixeira pode causar uma
catástrofe. Apague o cigarro antes de deixá-lo em
um cinzeiro ou de jogá-lo em uma caixa de areia.
Ÿ Cuidado com fósforos. Habitue-se a apagar os
palitos de fósforos antes de jogá-los fora.
Ÿ Obedeça às placas de sinalização e não fume
em locais proibidos, mal ventilados ou ambientes
sujeitos à alta concentração de vapores
inflamáveis tais como vapores de colas e de
materiais de limpeza.
Ÿ Nunca apoie velas sobre caixas de fósforos nem
sobre materiais combustíveis.
Ÿ Não utilize a casa de força, casa de máquinas
dos elevadores e a casa de bombas do prédio
como depósito de materiais e objetos. São locais
importantes e perigosos, que devem estar
sempre desimpedidos.

Instalação elétrica
A sobrecarga na instalação é uma das principais
causas de incêndios. Se a corrente elétrica está
acima do que a fiação supor ta, ocorre
superaquecimento dos fios, podendo dar início a
um incêndio. Por isso:
Ÿ Não ligue mais de um aparelho por tomada. Esta
é uma das causas de sobrecarga na instalação
elétrica;
ŸNão faça ligações provisórias. Tome sempre
cuidado com as instalações elétricas. Fios
descascados quando encostam um no outro,
provocam curto-circuito e faíscas. Chame um
técnico qualificado para executar ou reparar as
instalações elétricas ou quando encontrar um dos
seguintes problemas:
¢ Constante abertura dos dispositivos de
proteção (disjuntores)
¢ Queimas freqüentes de fusíveis;
¢ Aquecimento da fiação e/ou disjuntores;
¢ Fiações expostas (a fiação deve estar sempre
embutida em eletrodutos)
¢ Inexistência de aterramento adequado para as
instalações e equipamentos elétricos, tais
como: torneiras e chuveiros elétricos, ar
condicionado, etc.

Instalações de gás
Somente pessoas habilitadas devem realizar
consertos ou modificações nas instalações de
gás. Sempre verifique possíveis vazamentos no
botijão, trocando-o imediatamente caso constate
a mínima irregularidade. O botijão que estiver
visualmente em péssimo estado deve ser
imediatamente recusado.
Para verificar vazamento, nunca use fósforos ou
chama, apenas água e sabão. Nunca tente
improvisar maneiras de eliminar vazamentos,
como cera, por exemplo. Coloque os botijões
sempre em locais ventilados. Sempre rosqueie o
registro do botijão apenas com mas mãos, para
evitar rompimento da válvula interna. Aparelhos
que usam gás devem ser revisados pelo menos a
cada dois anos.

Vazamento de Gás sem Chama:


Ao sentir cheiro de gás, não ligue ou desligue a luz
nem aparelhos elétricos.
Afaste as pessoas do local e procure ventilá-lo.
Feche o registro de gás para restringir o
combustível e o risco de propagação mais rápida
do incêndio.
Não há perigo de explosão do botijão ao fechar o
registro. Se possível, leve o botijão para local
aberto e ventilado.

Vazamento de Gás com Chama:


Feche o registro e gás. Retire todo o material
combustível que esteja próximo do fogo.
Incêndio com Botijão no Local:
Se possível, retire o botijão do local antes que o
fogo possa atingí-lo.

Em todas essas situações, chame os


BOMBEIROS – telefone 193.

Circulação
ŸMantenha sempre desobstruídos corredores,
escadas e saídas de emergência, sem vasos,
tambores ou sacos de lixo.
ŸJamais utilize corredores, escadas e saídas de
emergência como depósito, mesmo que seja
provisoriamente.
ŸNunca guarde produtos inflamáveis nesses
locais.
ŸAs coletas de lixo devem ser bem planejadas
para não comprometer o abandono do edifício
em caso de emergência.
ŸAs portas corta-fogo não devem Ter trincos ou
cadeados. Conheça bem o edifício em que você
circula, mora ou trabalha, principalmente os
meios de escape e as rotas de fuga.
Lavagem de áreas comuns
ŸEvite sempre que águas de lavagem atinjam os
circuitos elétricos e/ou enferrujem as bases
das portas corta-fogo
ŸNão permita jamais que a água se infiltre pelas
portas dos elevadores, pois isso pode provocar
sérios acidentes
Abandono de área
Observe se a edificação possui todos os recursos
destinados a prevenção e combate a incêndio e
pânico, de acordo com a legislação vigente. A
seguir, veremos uma série de orientações que, se
seguidas, darão condições aos ocupantes da
edificação para que possam sair em segurança.
• Tenha um plano de abandono da edificação;
• Acione o alarme e chame o Corpo de
Bombeiros;
• Pratique a fuga da edificação, pelo menos a
cada seis meses;
• Procure conhecer a localização da escada de
emergência, dos extintores e do SHP;
• Tenha cautela ao colocar trancas nas portas e
janelas, pois pode prejudicar crianças e os
idosos;
• Estabeleça um ponto de reunião, para saber
se todos conseguiram deixar a edificação;
• Caminhe rapidamente e não corra, evitando
o pânico;
• Ao encontrar uma porta, toque a mesma
com o dorso da mão, estando quente, não
abra;
• Não use o elevador, e sim as escadas de
emergência;
• Se estiver em um local enfumaçado, procure
respirar o mais próximo do solo, colocando
um pano úmido nas narinas e na boca;
• Se estiver preso em uma sala enfumaçada,
procure abrir a janela, para que afumaça
possa sair na parte de cima e você possa
respirar na parte de baixo;
• Não tente passar por um local com fogo,
procure uma alternativa segura de saída;
• Caso encontre situação de pânico em
alguma via de fuga, tenha calma e tente
acalmar outros;
• Não pule da edificação, tenha calma, o
socorro pode chegar em minutos; e
• Conseguindo sair da edificação, procure um
local seguro e não tente adentrar.
Conheça as rotas Verifique se há mais
de fuga. alguém. Feche as portas
que ficaram para trás.

Evite inalar fumaça. Cubra o rosto com um


Permaneça abaixado. pano umedecido.

Não utilize o
elevador.
Acionando o
Corpo de Bombeiros
Em caso de incêndios ou
vazamento de produtos químicos

ligue para
193
Ÿ Mantenha a calma.
Ÿ Informe seu nome e telefone.
Ÿ Informe o que está acontecendo.
Ÿ Informe o endereço e como chegar
mais rápido.
Ÿ Passe o máximo de informações
para que o socorro mais adequado
seja prontamente encaminhado.
Ÿ Sinalize o local na chegada do
socorro
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR-
23: Proteção Contra Incêndios. Brasília, DF.
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978,
atualizada pela Portaria SIT n.º 221, de 06 de
maio de 2011.
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR-ES. CURSO DE
FORMAÇÃO DE BRIGADA DE INCÊNDIO. Vitória,
ES, 2014.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
S E C R E TA R I A D A H A B I TA Ç Ã O E
DESENVOLVIMENTO URBANO MANUAL DE
PREVENÇÃO DE COMBATE À INCÊNDIO -
CARTILHA ORIENTATIVA. São Paulo, SP, 2015.
CADENAS. Apostila Prevenção e Combate a
Incêndio. Curitiba, PR, 2014.
Créditos
Pesquisa, edição e ilustrações:
Rafael M.Gussella
www.proximabooks.com.br
facebook.com/proximabooks
proximabooks@gmail.com
1ª Edição - Janeiro 2020

Essa publicação é livre para compartilhamento e


distribuição desde que não seja alterada nenhuma
característica original.

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"Buscai ao Senhor enquanto se pode achar"


- Is 55:6
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