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O QRS varia (para cima e para baixo) porque cada lugar, por exemplo endocárdio,
miocárdio, etc, vai despolarizar em um momento.
Quando acontece uma arritmia que não é ligada ao nó sinoatrial, como por exemplo
a fibrose de alguma região, essa região não vai ter essa atividade rápida de condução que
deveria ter. O QRS alarga porque uma arritmia ventricular que sai de uma célula do
ventrículo é lenta. Habitualmente não se vê P e o QRS se alarga, uma vez que a voltagem
(eixo y) vai permanecer mais ou menos igual, mas o tempo (eixo x) vai prolongar.
As arritmias ventriculares têm geralmente QRS largos e as arritmias
supraventriculares geralmente têm o QRS estreito. Existem exceções, mas a nível de
graduação precisamos ver o que é a maioria. QRS estreito é o QRS normal, ele permanece
estreito nas supraventriculares porque a atividade ventricular é normal.
Supraventricular → acima do feixe de His
Tecido de condução → vias rápidas; músculo cardíaco → vias lentas.
CLASSIFICAÇÃO
BRADIARRITMIAS
• FC < 50 bpm
• Causas degenerativas/ Chagas
TAQUIARRITMIAS
• FC > 100 bpm
BRADICARDIA SINUSAL
BAV I grau
Intervalo PR mais longo. Tempo maior entre a atividade que sai do nó sinoatrial e chega
no ventrículo.
O processo de lentificação da condução na maior parte das vezes está no nó atrioventricular.
O átrio despolariza normalmente, então está normal. O PR prolongou porque a atividade
elétrica lentifica mais do que o normal no nó atrioventricular e acaba lentificando a freq.
cardíaca por isso. Apesar dessa lentificação, ainda existe onda P e depois QRS. Toda
atividade atrial é passada para o ventrículo.
Para ter uma contração ventricular, temos que relaxar o ventrículo. Habitualmente,
portanto, tem-se a onda T, que é a repolarização ventricular.
O que tiver o QRS antes é onda T, de forma geral. A massa do ventrículo é maior e
atividade ventricular é maior, então a chance de ser uma onda T é maior do que uma
onda P.
Quando tem mais P do que QRS você vai pensar em bloqueio atrioventricular. Não
pode ser uma bradicardia sinusal, porque tem atividade atrial que não é seguido de atividade
ventricular. Não pode ser BAV de primeiro grau, pelo mesmo motivo, ou seja, nem toda P
tem depois um QRS.
PR normal; dá alargada no PR; alarga mais; depois não tem QRS. Intervalo PR com
aumento progressivo e em algum momento bloqueia a onda P.
BAV 2º grau Mobitz tipo II
PR não aumenta progressivamente, mas de repente aparece uma P que não tem QRS
depois.
2 P para 1 QRS. Se a cada 2 P, uma é conduzida – por isso 2:1. Não dá para fechar o
diagnostico se é 2º grau de tipo 1 ou 2, mas tem periodicidade. Para ser tipo um ou dois,
tinha que ter pelo menos duas P conduzidas seguidas para sabermos como está
funcionando o PR, se tem alargamento progressivo ou não. Nesse caso tem pelo menos
uma P não conduzindo a cada duas, ou seja, pelo menos metade das P não estão
conduzindo. Se for 3:1, tem três P para um QRS.
Não tem relação de continuidade de P com QRS, para falarmos sobre PR.
Habitualmente o QRS está alargado, mas não é uma regra.
Se o QRS estiver alargado, mostra que é um escape ventricular e não um escape
nodal. Tudo depende do lugar que estiver bloqueado. Se bloquear imediatamente antes do
nó atrioventricular, vai geralmente influenciar no PR, por exemplo.
Se for um bloqueio de ramo, o QRS é alargado, mas a relação entre P e QRS
permanece inalterada.
TRATAMENTO
• Instabilidade x estabilidade
• Investigação etiológica
• Redução de inotrópicos negativos se possível
• Implantação de marcapasso
• Suporte clinico
• Atropina
o 0,5 mg – 1 mg EV a cada 3-5 minutos
o Dose máxima: 0,03-0,04 mg/Kg
o Em bolus
• Dopamina
o 5-20 mcg/Kg/min
o Em bomba de infusão
• Mp transcutâneo provisório
• Mp transvenoso provisório
• Mp transvenoso definitivo
Se estiver instável, o tratamento deve ser urgente. Sempre investigar a etiologia,
porque pode ser que o paciente esteja bradicárdico por algum motivo externo, como os
medicamentos inotrópicos negativos. Existe marcapasso transcutâneo, por pás;
transvenoso, por veia central; e permanente.