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Metodológicos e
Prática do Ensino da Língua
Portuguesa
Conteúdo da Disciplina
CAPÍTULO 01 – Comunicação e Socialização
CAPÍTULO 02 – A Produção de Textos Acadêmicos
CAPÍTULO 03 – Coesão e Coerência
CAPÍTULO 01
Comunicação e
Socialização
CAPÍTULO 01 – Comunicação e Socialização
▪ A comunicação é um fator essencial na construção da cultura e do indivíduo.
▪ Alguém fez, uma vez, uma lista dos atos de comunicação que um homem qualquer
realiza desde que se levanta pela manhã até a hora de deitarse, no fim do dia. A
quantidade de atos de comunicação é simplesmente inacreditável, desde o “bomdia”
à sua mulher, acompanhando ou não por um beijo, passando pela leitura do jornal, a
decodificação de número e cores do ônibus que o leva ao trabalho, o pagamento ao
cobrador, a conversa com o acompanhamento de banco, os cumprimentos aos colegas
no escritório, o trabalho com documentos, recibos, relatórios, as reuniões e
entrevistas, a visita ao banco e as conversas com seu chefe, os inúmeros
telefonemas, o papo durante o almoço, a escolha do prato no menu, a conversa com
os filhos no jantar, o programinha de televisão, o diálogo amoroso com sua mulher
antes de dormir, e o ato final da comunicação num dia cheio dela: “boanoite”.
CAPÍTULO 01 – Comunicação e Socialização
1.1 – Sistemas de comunicação
1.1 – Sistemas de comunicação
Quatro condições necessárias para a eficiência de um ato comunicativo
(SCHRAMM):
1) a mensagem deve chamar a atenção do destinatário;
2) a mensagem deve empregar signos comuns tanto da parte do
comunicador como do receptor;
3) a mensagem deve suscitar o interesse do receptor;
4) a mensagem deve levar em consideração o grupo no qual o
receptor se encontra, no momento em que ele a receber.
CAPÍTULO 01 – Comunicação e Socialização
1.2 – A Língua
1.3 – Linguagem, Língua, Signo e Fala
Ferdinand de Saussure (Curso de Linguística Geral, 1916)
Linguagem:
O conjunto de signos, símbolos, gestos... que utilizamos para construir sentido e
promover a comunicação.
Língua:
O conjunto de signos linguísticos, de natureza convencional (social), elaborado por
uma comunidade linguística.
CAPÍTULO 01 – Comunicação e Socialização
1.3 – Linguagem, Língua, Signo e Fala
Ferdinand de Saussure (Curso de Linguística Geral, 1916)
Signo:
é uma entidade psíquica constituída por duas partes: conceito (significado) e
imagem acústica (significante).
CAPÍTULO 01 – Comunicação e Socialização
1.3 – Linguagem, Língua, Signo e Fala
Ferdinand de Saussure (Curso de Linguística Geral, 1916)
conceito / significado
Signo:
é uma entidade psíquica constituída por duas partes: conceito (significado) e
imagem acústica (significante).
ÁRVORE
imagem acústica /
significante
CAPÍTULO 01 – Comunicação e Socialização
1.3 – Linguagem, Língua, Signo e Fala
Ferdinand de Saussure (Curso de Linguística Geral, 1916)
Signo:
é uma entidade psíquica constituída por duas partes: conceito (significado) e
imagem acústica (significante).
Fala:
É o uso concreto da língua, a manifestação externa da língua e, portanto,
individual.
Língua X Fala
CAPÍTULO 01 – Comunicação e Socialização
1.3 – Linguagem, Língua, Signo e Fala
1.6 – A Língua Portuguesa no Mundo
O português é uma língua neolatina, novilatina ou românica, pois
foi formado a partir das transformações verificadas no latim levado
pelos dominadores romanos à região da Península Ibérica que hoje é
Portugal.
A partir do século XV, as navegações portuguesas iniciaram um longo
processo de expansão linguística. Durante alguns séculos, a língua
portuguesa foi sendo levada a várias regiões do planeta por
conquistadores, colonos e emigrantes. Atualmente, a situação do
português no mundo é aproximadamente a seguinte:
CAPÍTULO 01 – Comunicação e Socialização
1.6 – A Língua Portuguesa no Mundo
Em alguns países, é a língua oficial, o que lhe confere unidade, apesar
da existência de variações regionais e da convivência com idiomas
nativos. Incluemse nesse caso o Brasil, Portugal, Angola,
Moçambique, GuinéBissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe.
Em regiões da Ásia (Macau, Goa, Damão, Dio) e da Oceania (Timor
Leste), é falado por uma pequena parcela da população ou deu origem
a dialetos.
CAPÍTULO 01 – Comunicação e Socialização
1.4 – Língua: Unidade e Variedade
1.5 – Língua Falada e Língua Escrita
A fala A escrita
• profundamente vinculada às • deve ser suficiente em si mesma;
situações de uso;
• utilizamse as letras, que não
• se concretiza por meio da mantêm uma correspondência
emissão dos sons da língua, os exata com os fonemas;
fonemas;
• não há recursos gráficos
• contém entonação e acentuação; suficientes para reproduzir todos
os detalhes da língua oral;
2.1 – A Importância da Pesquisa
2.2 – A Preparação da Monografia
A produção dos relatos científicos ou textos acadêmicos vem atravessando uma
crise bipolar: de um lado buscase a valorização do texto monográfico; de outro,
deixase o relator a mercê de seu despreparo, uma vez que a orientação do
trabalho monográfico é também uma inovação no panorama universitário.
A produção do texto técnicocientífico requer domínio específico do tema e
conhecimento, no mínimo, satisfatório da língua instrumental em que será
produzido. Isto porque a clareza do texto é condição de sua validação.
Há modalidades básicas de tomadas de notas que ,quando bem feitas, agilizam o
trabalho monográfico. Fichamento, resumo e resenha são modos de tomar notas
que se vão constituir em eficazes ferramentas para o desenvolvimento das
pesquisas presentes e futuras.
CAPÍTULO 02 – A produção de textos acadêmicos
2.3 – Etapas para a preparação da monografia
Pesquisa bibliográfica Pesquisa de campo
2.4 – A prática da Leitura
▪ O trabalho escolar em torno da leitura deve ser iniciado nos primeiros
anos de escolarização. Considerandose a leitura em sentido (faculdade de
interpretar tudo que no rodeia) como uma prática humana espontânea,
desenvolver o hábito de ler e sistematizar os procedimentos que permeiam
a atividade de leitura devem ser objetivos perseguidos desde a préescola.
▪ Iniciando as práticas leitoras préescolares com o enfrentamento dos
textos nãoverbais oferecidos pelo entorno dos sujeitos aprendizes, o ato de
ler vai sendo transformado em rotina prazerosa, uma vez resulta sempre
em ampliação de domínios, em aquisição de novos dados e ,em última
análise, em ampliação do vocabulário ativo.
CAPÍTULO 03
Coesão e Coerência
O que é um texto?
Isso é um texto?
Isso é um texto?
Isso é um texto?
CAPÍTULO 03 – Coesão e Coerência
Coesão é um conceito semântico referente às relações de sentido que se
estabelecem entre os enunciados que compõem o texto; assim, a
interpretação de um elemento depende da interpretação de outro.
“Lave e corte seis maçãs. Coloqueas em uma panela.”
Ou seja, a textura seria criada por esses itens linguísticos e pela relação de
coesão que existe entre eles.
CAPÍTULO 03 – Coesão e Coerência
Poder haver textos destituídos de coesão mas cuja textualidade se dá ao nível
da coerência:
Luiz Paulo estuda na Cultura Inglesa. Fernanda vai todas as tardes ao
laboratório de física do colégio. Mariana fez 75 pontos na FUVEST.
Todos os meus filhos são estudiosos.
“...o texto deve ser visto como uma sequência de atos de linguagem (escritos
ou falados) e não uma sequência de frases de algum modo coesas. Com isto,
entram, na análise geral do texto, tanto as condições gerais dos indivíduos
como os contextos institucionais de produção e recepção, uma vez que estes
são responsáveis pelos processos de formação de sentidos comprometidos com
processos sociais e configurações ideológicas”. (MARCUSCHI, 1983, p. 22)
CAPÍTULO 03 – Coesão e Coerência
Beaugrande e Dressier (1981), autores que serviram de ponto de partida para
este trabalho, consideram constituírem a coesão e a coerência níveis
diferentes de análise.
A coesão, manifestada no nível microtextual, referese aos modos como os
componentes do universo textual, isto é, as palavras que ouvimos ou vemos,
estão ligados entre si dentro de uma sequência.
A coerência, por sua vez, manifestada em grande parte macrotextualmente,
referese aos modos como os componentes do universo textual, isto é, os
conceitos e as relações subjacentes ao texto de superfície, se unem numa
configuração, de maneira reciprocamente acessível e relevante. Assim a
coerência é o resultado de processos cognitivos operantes entre os usuários e
não mero traço dos textos.
CAPÍTULO 03 – Coesão e Coerência
A coesão não é condição nem suficiente nem necessária para formar um
texto.
Meu filho não estuda nesta Universidade. Ele não sabe que a
primeira Universidade do mundo românico foi a de Bolonha.
Esta Universidade possui imensos viveiros de plantas. A
Universidade possui um laboratório de línguas.
CAPÍTULO 03 – Coesão e Coerência
3.1 – Como Analisar a Coesão
▪ Coesão referencial
▪ Coesão recorrencial
▪ Coesão sequencial stricto sensu
CAPÍTULO 03 – Coesão e Coerência
3.2 – Coesão referencial
Há certos itens na língua que têm a função de estabelecer referência,
isto é, não são interpretados semanticamente por seu sentido próprio,
mas fazem referência a alguma coisa necessária a sua interpretação.
Um item referencial, por exemplo, ele tomado isoladamente é vazio e
significa apenas: procure a informação em outro lugar.
A coesão referencial pode ser obtida por substituição e reiteração.
CAPÍTULO 03 – Coesão e Coerência
3.3 – Coesão referencial
Substituição
A substituição se dá quando um componente é retomado ou precedido por uma proforma
(elemento gramatical representante de uma categoria como, por exemplo, o nome;
caracterizase por baixa densidade sêmica: traz as marcas do que substitui). No caso de
retomada, temse uma anáfora e, no caso de sucessão, uma catáfora.
Tenho um automóvel. Ele é verde.
Há a hipótese de terem sido os asiáticos os primeiros
habitantes da América. Essa hipótese é bastante plausível.
Lúcia corre todos os dias no parque. Patrícia faz o mesmo.
Paula não irá à Europa em janeiro. Lá faz muito frio.
CAPÍTULO 03 – Coesão e Coerência
3.3 – Coesão referencial
Substituição
Além da substituição por proforma, pode ocorrer também a substituição
por zero (Ø) — elipse — de entidades já introduzidas no texto.
— Aonde você foi ontem?
— À casa de Paulo.
— Ø Sozinha?
— Não, Ø com amigos.
CAPÍTULO 03 – Coesão e Coerência
3.3 – Coesão referencial
Reiteração
1. Repetição do mesmo item lexical
A reiteração (do latim reiterare = repetir) é a repetição de expressões no texto (os
elementos repetidos têm a mesma referência)
O fogo acabou com tudo. A casa estava destruída. Da casa não sobrara
nada.
2. Sinônimos
A criança caiu e chorou. Também o menino não fica quieto!
“não existe identidade semântica absoluta entre cachorro e cão, casa e mansão etc.,
pois variam tanto em suas conotações como em seu nível lingüístico, registro etc.”
(Bernárdez , 1982, p. 104)
CAPÍTULO 03 – Coesão e Coerência
3.3 – Coesão referencial
Reiteração
3. Hiperônimos e hipônimos
Gosto muito de doces. Cocada, então, adoro. (hiperônimo)
Os corvos ficaram à espreita. As aves aguardavam o momento de
se lançarem sobre os animais mortos. (hipônimo)
CAPÍTULO 03 – Coesão e Coerência
3.3 – Coesão Recorrencial
A coesão recorrencial se dá quando, apesar de haver retomada de estruturas,
itens ou sentenças, o fluxo informacional caminha, progride; tem, então, por
função levar adiante o discurso.
Constitui um meio de articular a informação nova (aquela que o escritor/locutor
acredita não ser conhecida) à velha (aquela que acredita conhecida ou porque
está fisicamente no contexto ou porque já foi mencionada no discurso) (Brown e
Yule, 1983, p. 154).
PARALELISMO – PARÁFRASE – RECURSOS FONOLÓGICOS
“Pedro pedreiro, pedreiro esperando o trem
que já vem, que já vem, que já vem, que já vem...”
CAPÍTULO 03 – Coesão e Coerência
3.3 – Coesão Sequencial
“Qualquer sequência textual só é coesa e coerente se a sequencialização
dos enunciados satisfizer as condições conceptuais sobre localização
temporal e ordenação relativa que sabemos serem características dos
estados de coisas no mundo selecionado pela referida sequência textual”
(Mira Mateus et al, 1983, p. 197).
Levantou cedo, tomou banho e saiu.
Primeiro vi a moto, depois o ônibus.
O ensino de língua portuguesa na escola...
O certo X errado
O formal X informal
A gramática prescritiva X gramática descritiva