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Monografia
A ATIVIDADE PORTUÁRIA BRASILEIRA E
A IMPORTÂNCIA DO PORTO
CONCENTRADOR
ITAJAÍ
2009
FAYANA RIZZI ISOTTON
Monografia
A ATIVIDADE PORTUÁRIA BRASILEIRA E
A IMPORTÂNCIA DO PORTO
CONCENTRADOR
ITAJAÍ
2009
2
a) Nome do estagiário
Fayana Rizzi Isotton
b) Área de estágio
Direito Marítimo
c) Orientador de conteúdo
Prof. Bruno Tussi LL.M. (IMLI)
Esse trabalho de conclusão de curso tem por objetivo demonstrar a importância de um porto
concentrador na atividade portuária nacional e internacional e verificar qual porto brasileiro tem
condições de ser considerado o porto concentrador do país. Para tal, dentre todos os portos
organizados existentes no território brasileiro, foram escolhidos como objeto de estudo cinco portos,
sendo: porto de Santos (SP), porto de Itaguaí (RJ), porto de Paranaguá (PR), porto de Suape (PE) e
porto de Rio Grande (RS) devido à sua representatividade no cenário nacional e no transporte
marítimo internacional. Com o intuito de demonstrar as particularidades de cada porto, foi dado
ênfase à sua história, estrutura, localização geográfica e movimentação. Para fins comparativos,
exemplificou-se neste trabalho os maiores portos do mundo para que pudesse ser identificado as
características essenciais de um porto concentrador e verificar quais as características já
apresentadas pelos portos brasileiros e quais devem ser adquiridas. Foi levado em consideração
também o panorama da atividade portuária no Brasil, e as alterações ocorridas com a criação da Lei
nº 8.630/93 – Lei de Modernização dos Portos e seus personagens. Neste sentido pode-se também
acompanhar a evolução desta atividade no Brasil e ter, por conseguinte, um melhor discernimento da
atual situação portuária brasileira.
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................11
1.1 Objetivo geral .................................................................................................12
1.2 Objetivos específicos......................................................................................12
1.3 Justificativa .....................................................................................................12
1.4 Abordagem geral do problema .......................................................................13
1.5 Questões específicas .....................................................................................14
1.6 Pressupostos..................................................................................................14
2 METODOLOGIA ................................................................................................15
2.1 Tipo de pesquisa ............................................................................................15
2.2 Área de abrangência ......................................................................................15
2.3 Coleta e tratamento dos dados.......................................................................16
2.4 Apresentação e análise dos dados.................................................................16
3 ATIVIDADE PORTUÁRIA BRASILEIRA ............................................................17
3.1 Atividade portuária na era industrial ...............................................................17
3.2 Atividade portuária na era pós industrial.........................................................18
3.3 Lei de Modernização dos Portos ....................................................................21
3.4 Personagens da atividade portuária ...............................................................23
3.4.1 Administração do porto ...............................................................................24
3.4.2 Conselho de Autoridade Portuária - CAP....................................................24
3.4.3 Operador Portuário .....................................................................................26
3.4.4 Órgão Gestor de Mão-de-Obra – OGMO....................................................27
3.4.5 Grupo Executivo para Modernização dos Portos – GEMPO.......................28
4 PORTOS BRASILEIROS ...................................................................................30
4.1 Porto de Santos (SP)......................................................................................31
4.1.1 História do porto de Santos (SP) ................................................................32
4.1.2 Estrutura física do porto de Santos (SP).....................................................32
4.1.3 Movimentação do porto de Santos (SP) .....................................................35
4.2 Porto de Itaguaí (RJ) ......................................................................................37
4.2.1 História do porto de Itaguaí (RJ) .................................................................37
4.2.2 Estrutura física do porto de Itaguaí (RJ) .....................................................38
4.2.3 Movimentação do porto de Itaguaí (RJ) ......................................................40
4.3 Porto de Paranaguá (PR) ...............................................................................41
4.3.1 História do porto de Paranaguá (PR) ..........................................................42
4.3.2 Estrutura física do porto de Paranaguá (PR) ..............................................43
4.3.3 Movimentação do porto de Paranaguá (PR)...............................................45
4.4 Porto de Rio Grande (RS) ..............................................................................45
4.4.1 História do porto de Rio Grande (RS) .........................................................46
4.4.2 Estrutura física do porto de Rio Grande (RS) .............................................47
4.4.3 Movimentação do porto de Rio Grande (RS) ..............................................50
4.5 Porto de Suape (PE).......................................................................................51
4.5.1 História do porto de Suape (PE) .................................................................52
4.5.2 Estrutura física do porto de Suape (PE)......................................................54
4.5.3 Movimentação do porto de Suape (PE) ......................................................56
5 PORTO CONCENTRADOR...............................................................................58
5.1 Requisitos para caracterização de porto concentrador...................................61
5.2 Exemplos de portos concentradores de carga ...............................................63
10
1 INTRODUÇÃO
Identificar qual porto brasileiro entre Santos (SP), Itaguaí (RJ), Paranaguá
(PR), Suape (PE) e Rio Grande (RS) está mais apto a se tornar o porto concentrador
de cargas do Brasil.
1.3 Justificativa
1.6 Pressupostos
2 METODOLOGIA
1
Hipólito da Costa: patrono da imprensa e dos estudiosos da realidade brasileira. (Academia
Brasileira de Letras).
2
Fordismo: método de racionalização da produção em massa criado por Henry Ford no século XX,
que “reduzia as atividades humanas a movimentos simples, rotineiros e predeterminados” (Bauman,
2001, p. 33).
18
Em 1934, com a criação do Estado Novo, “o porto começou a ser visto como
um fator de desenvolvimento econômico para o país” (Kappel, 2008), um exemplo foi
a elaboração das tarifas portuárias, pelo Decreto nº 24.508, de 29 de junho, que
organizava ainda mais a atividade portuária.
de julgar decisões advindas da administração do porto que está sob sua jurisdição,
bem como do órgão gestor de mão-de-obra.
O CAP pode interferir nos assuntos que digam respeito ao funcionamento do
porto organizado como, por exemplo, nos investimentos a serem feitos, opinando
sobre obras e melhoramentos na área do porto sob sua jurisdição e funciona “como
um Port Authority que administram os grandes portos mundiais” (NETO;VENTILARI,
2004, p.80).
O Conselho Portuário não tem personalidade jurídica e atua na regulação da
atividade portuária, tendo como competências o disposto no art. 30, § 1º, da Lei nº
8.630/93. Pode-se citar algumas funções como: homologar o horário de
funcionamento e tarifas portuárias; aprovar o plano de desenvolvimento e
zoneamento do porto e com isso promover a racionalização e a otimização do uso
das instalações portuárias; baixar o regulamento de exploração; desenvolver
mecanismos para atração de cargas; estimular a competitividade; e assegurar o
cumprimento das normas de proteção ao meio ambiente.
O Conselho de Autoridade Portuária é formado por quatro blocos
● Bloco do Poder Público, com um representante da União, presidente do
conselho, um do estado e um do município sede do porto;
● Bloco dos operadores portuários, com um representante da administração
do porto, um dos armadores um dos titulares de instalações privativas na
área do porto e um dos demais operadores portuários;
● Bloco dos trabalhadores portuários, com dois representantes dos
trabalhadores avulsos e dois dos demais trabalhadores portuários; e
● Bloco dos usuários dos serviços portuários, com dois representantes dos
exportadores/importadores, dois dos donos ou consignatários das
mercadorias e um dos terminais retroportuários. (TOVAR;FERREIRA, 2006,
p. 214)
De acordo com art. 31, § 1º da Lei nº 6.830, o bloco do Poder Público será
escolhido pelo ministério competente, Governadores de Estado e Prefeitos
Municipais; o bloco dos operadores portuários e dos trabalhadores portuários será
designado pelas entidades de classe das respectivas categorias profissionais e
econômicas; o bloco dos usuários dos serviços portuários será escolhido pela
Associação de Comércio Exterior (AEB) e pelas associações comerciais locais.
Os membros do Conselho serão designados pelo ministério competente para
um mandato de 2 anos, podendo ser reconduzidos por igual ou iguais períodos.
O CAP tem também como função instituir Centros de Treinamento
Profissional que é destinado à formação e aperfeiçoamento de pessoal para o
26
O Grupo Executivo para Modernização dos Portos (GEMPO) foi criado pelo
Decreto nº 1.467, de 27 de abril de 1995 e conforme o art. 1º ele tem como
finalidade coordenar as providências necessárias à modernização do Sistema
Portuário Brasileiro, em especial a efetivação plena das disposições estabelecidas
pela Lei nº 8.630.
Ele subordina-se à Câmara de Políticas de Infra-Estrutura e tem como
integrantes, um representante titular e um suplente dos seguintes Ministérios:
29
4 PORTOS BRASILEIROS
3
TEU - Twenty feet or equivalent unit – unidade de vinte pés ou equivalente.
34
CAIS COMERCIAL
Descrição Quantidade Capacidade
Transtêiner 2 20 u/h
Empilhadeira comum 90 3,0 a 30,0 t
Empilhadeira para contêineres 6 30,5 a 42,0 t
Empilhadeira para bobina 18 1,2 a 2,0 t
Empilhadeira para desova 20 2,0 t
Pá carregadeira 45 1,91 a 3,0 m³
Guindaste automóvel 12 5,0 a 140,0 t
Guindaste elétrico 4 15,0 a 30,0 t
Caminhão 9 -
Carro-trator 58 -
Vagão-fechado 13 26,0 a 30,0 t
Vagão-raso 71 30,0 a 55,5 t
Vagão-plataforma 63 40,0 a 55,0 t
TERMINAIS ESPECIALIZADOS
Descrição Quantidade Capacidade
Transtêiner sobre trilhos 3 20 u/h
Transtêiner sobre pneus 2 20 u/h
Guindaste sobre pneus 2 5,0 t
Stacker 5 40,0 t
Empilhadeira especial 14 30,0 a 37,0 t
Empilhadeira comum 21 3,0 a 10,0 t
Empilhadeira para clip-on 4 -
Empilhadeira para bobina 2 1,2 a 2,0 t
Empilhadeira para desova 11 2,0 t
Carro-trator 33 -
Pá carregadeira 1 2 m³
Pá carregadeira 4 3,5 m³
Fonte: ANTAQ (2008)
CAIS COMERCIAL
Descrição Quantidade Capacidade
Guindaste elétrico 96 1,5 a 40,0 t
Descarregador de trigo 4 150,0 a 700,0 t/h
Embarcadora de cereais 5 600,0 a 1.500,0 t/h
Esteira 10 300,0 a 900,0 t/h
Cábrea 2 150,0 a 250,0 t/h
Portêiner (Terminal 37) 3 20 a 30 u/h
TERMINAIS ESPECIALIZADOS NO PORTO
Descrição Quantidade Capacidade
Portêiner 6 20 a 30 u/h
Guindaste elétrico 10 10,0 t
Guindaste elétrico 1 6,3 t
Esteira 52 300,0 t/h
Esteira 26 1.210,0 t/h
Fonte: ANTAQ (2008)
O acesso ao porto pode ser feito através do modal rodoviário que o conecta a
BR-101, do modal ferroviário através da empresa MRS Logística S/A, do modal
marítimo por estar localizado entre a Ponta dos Castelhanos e a Ponta Grossa da
Restinga da Marambaia.
4
Capesize: Navios que transportam entre 110.000 a 170.000 toneladas.
5
Handy Max: Navios que transportam entre 35.000 a 65.000 toneladas.
6
Panamax: Navios que transportam entre 65.000 e 80.000 toneladas.
39
IMPORTAÇÃO
LONGO CURSO CABOTAGEM
CHEIOS VAZIOS CHEIOS VAZIOS
Quant. Peso Quant. Peso Quant. Peso Quant. Peso
20 21.602 444.707 11.653 26.880 10.230 242.183 6.105 15.570
40 27.413 523.915 4.696 21.358 8.936 224.864 1.146 4.296
TOTAL 49.015 968.622 16.349 48.238 19.166 467.047 7.251 19.866
TEU 76.428 - 21.045 - 28.102 - 8.397 -
EXPORTAÇÃO
LONGO CURSO CABOTAGEM
CHEIOS VAZIOS CHEIOS VAZIOS
Quant. Peso Quant. Peso Quant. Peso Quant. Peso
20 30.031 680.714 470 1.132 13.496 306.518 1.094 2.744
40 15.625 363.311 4.941 20.181 10.855 218.056 8.993 37.875
TOTAL 45.656 1.044.025 5.411 21.313 24.351 524.574 10.087 40.619
TEU 61.281 - 10.352 - 35.206 - 19.080 -
Fonte: Tabela Adaptada – Companhia Docas do Rio de Janeiro (2009).
7
Post Panamax: Navios com dimensões de até 366 metros de comprimento, 48,8 metros de largura
e 15,3 metros de calado que transportam entre 97.500 e 105.00 toneladas.
41
Nota-se com a tabela 6 que em 2006, nas operações com navios de longo
curso, as importações foram em maior quantidade do que as exportações. Porém,
na cabotagem, estes dados se invertem, sendo a exportação em maior quantidade
que a importação.
Houve um aumento considerável na movimentação de cargas do Porto de
Itaguaí, sendo que, desde 2003 apresenta um crescimento contínuo quando
avaliada a movimentação de carga geral de forma isolada.
O acesso ao porto pode ser feito através do modal rodoviário, pela BR-227 e
pelas rodovias PR-408, PR-411 e PR-410 que o conectam a BR-116, pelo modal
ferroviário através da empresa América Latina Logística do Brasil S/A (ALL), por
oleodutos que conectam o porto à Refinaria Getúlio Vargas na cidade de Araucária e
que é controlada pela Petrobrás/Transpetro, pelo modal aeroviário através do
42
8
Dolfim de atracação: Estrutura portuária situada em local de maior profundidade, com dimensões
capazes de receber embarcações. É independente da linha do cais, e pode ou não ser dotada de
plataforma de comprimento variável e, em geral, possui equipamentos (ANTAQ, 2009).
44
EQUIPAMENTOS
Descrição Quantidade Capacidade
Ship loaders 7 1.500t/h
Ship loaders 2 1.000t/h
Ship loaders 1 800t/h
Moegas rodoviárias/ferroviárias 26 -
Guindaste sobre pneus para descarga de granéis sólidos 5 6.000t/h
Portêineres para contêineres de 20" e 40" 3 -
Transtêineres para contêineres de 20" e 40" 10 -
Tratores de pátio 14 -
Guindaste sobre pneus 1 -
Rebocadores 8 -
Fonte: Berger;Berger (2006, p. 216).
O acesso pode ser feito via rodoviária, pela BR 392 que conecta a BR 471 e
BR 116 e interliga-se à BR 293, via ferroviária, com a Ferrovia América Latina
Logística (ALL) e a malha sul, via fluvial, com o rio Guaíba, via lacustre, pela Lagoa
dos Patos, e via aeroviário pelo aeroporto de Rio Grande, que fica a 12 km do porto,
e com o aeroporto internacional de Pelotas, a 50 km do porto. O acesso marítimo se
dá pelo canal da barra e pelos canais de acesso ao Porto Velho, Porto Novo e
Superporto.
A administração do porto dá-se pela Superintendência do Porto de Rio
Grande (SUPRG).
9
Aproximadamente 4,8 metros.
10
Aproximadamente 9,4 metros.
11
Aproximadamente 12,1 metros.
49
PORTO NOVO
Descrição Quantidade Capacidade
Guindastes 3 12t
Guindaste 1 10t
Guindaste 2 6,3t
Guindaste móvel 1 104t
Guindaste Takraft 2 12,5t
Fonte: Tabela adaptada Berger;Berger (2006, p. 272).
SUPERPORTO
Tecon
Descrição Quantidade Capacidade
Reach Stackers 8 41t
Reach Stackers 4 45t
Top Loaders 3 37t
Top Loaders 3 15t
Front Loaders 5 9t
Fork Lifts 10 3t
Fork Lifts 1 5t
Fork Lifts 2 7t
Tratores de Pátio 38 -
Chassis 42 -
Guindaste Impsa Post-Panamax 2 50/60t
Guindaste Gottwald HMK 280E 2 100t
Guindaste Gottwald HMK E300 1 100t
Guindaste Takraft 1 32/40t
Termasa
Descrição Quantidade Capacidade
Torres sugadoras 2 250t/h
Tergrasa
Carregadores de navios 2 1500t/h
Torres mistas GRAB e SUGADOR 4 450t/h
50
Bianchini
Descrição Quantidade Capacidade
Carregadores 3 2.500t/h
Guindastes 4 20t
Fonte: Tabela adaptada Berger;Berger (2006, 272).
Movimentaç ão de C arg as
25000
21500 22400
20000 18000
16500 16300
15000
Toneladas
10000
5000
0
2001 2002 2003 2004 2005
51
12
Aproximadamente 12,1 metros.
52
O acesso ao porto pode ser feito através do modal rodoviário, com a rodovia
estadual PE-060 que o conecta à BR-101 e à BR-232, do modal ferroviário através
da Companhia Ferroviária do Nordeste (CNF), com o modal marítimo através do
canal de acesso ao porto e com o modal aeroviário através do Aeroporto
Internacional Gilberto Freyre.
Sua administração dá-se pelo governo do estado de Pernambuco através da
empresa SUAPE – Complexo Industrial Portuário, autorizado pelo governo federal,
com o convênio de 9 de abril de 1992.
EQUIPAMENTOS
Descrição Quantidade Capacidade
Portêineres 2 40t
Portêineres 2 65t
Transtêineres 4 35t
Empilhadeiras reach stackers 5 45t
Empilhadeiras top loaders 4 35t
Side Lifters 3 4t
Fork lifters 3 até 7,5t
Fonte: Berger;Berger (2006, p. 108).
13
TPB: Tonelagem de Porte Bruto
56
ANO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL VARIAÇÃO
2006 17.231 12.474 17.231 16.016 13.712 13.391 15.004 14.454 19.550 0 0 0 139.063 31,51
2005 12.344 11.818 16.324 14.797 15.290 14.963 17.610 15.498 14.742 16.943 14.653 14.126 179.108 29,75
2004 7.438 10.399 7.438 10.701 10.312 10..558 11576 12.978 14.082 12.786 14.404 12.438 135.110 134,40
2003 5.502 798 5.502 3.922 2.733 2.148 2.917 3.871 7.103 10.762 8.686 9.070 63.014 -45,95
2002 8.034 7.166 8.405 8.133 6.909 7.650 9.133 10.015 10.409 11.239 10.759 11.106 108.958 43,71
2001 6.031 5.319 6.031 6.139 6.098 6.145 4.465 6.190 6.125 6..142 6432 10.049 75.166 20,74
2000 4.174 4.156 4.174 4.817 4.613 4.436 4.373 6.220 5.604 6.180 6.786 6.619 62.152 60,28
1999 3.573 3.252 3.573 2.867 3.524 4.204 2.945 2.624 2.738 2.751 3.239 5.003 40.293 -20,59
1998 2.889 3.323 2.889 3.454 3.418 4.001 4.749 4.820 4.566 4.943 4.795 4.661 48.508 47,54
1997 2562 1649 2330 2901 3092 2279 2609 2923 2941 3355 3421 3376 33.438 69,94
1996 1.654 927 1.654 648 1.006 1.414 1.067 1.269 2.008 2.616 3.409 1.846 19.518 37,9
1995 1.061 1.352 1.061 1.160 1.440 956 1.109 586 1.223 1.292 1.189 1.840 14.269 41,97
1994 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35,74
1993 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14,92
1992 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 26,61
1991 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 %
Fonte: Complexo Industrial Portuário de Suape (2009).
Alguns dados da tabela não foram informados, porém, nota-se que em 2004
houve um crescimento significativo nas operações, continuando em 2005. Já em
2006, a movimentação diminuiu, porém se comparado com 2004 continua em
ascensão.
De acordo com Menezes (2009) até o presente momento, já foram investidos
no Porto de Suape R$ 4 bilhões de reais oriundos da iniciativa privada e R$ 600
milhões do Governo do Estado de Pernambuco. No ano de 2009 os investimentos
57
serão em torno de 2,2 bilhões de dólares e até 2010 espera-se que este montante
chegue a 8 bilhões de dólares.
58
5 PORTO CONCENTRADOR
14
Aproximadamente 10,6 metros.
59
(KEEDI, 2001, p. 75) assim “os conhecimentos de embarque cobrem o trajeto total
da carga, desde o primeiro porto de embarque até o último, não importando os
portos de transbordo envolvidos, os Hub Ports.” (KEEDI;MENDONÇA, 2000, p. 111)
Desta feita, a responsabilidade pelo trajeto marítimo da carga é do armador,
independentemente da utilização ou não de portos concentradores. Para tanto, o
conhecimento de embarque irá cobrir o movimento da carga desde o porto de
embarque até o porto de desembarque.
A utilização dos portos, nos navios utilizados em linhas comerciais, é uma
escolha exclusiva do armador que, ao defini-los, analisa suas características e
capacidade estrutural, optando por aquele que lhe trará maior segurança, agilidade,
eficiência e menor custo.
Contêineres TEU
Ranking Porto País 2006 2007
1. Cingapura Cingapura 24.792,40 27.935,50
2. Shanghai China 21.719,00 26.150,00
3. Hong Kong China 23.234,00 23.881,00
4. Shenzhen China 18.469,00 21.099,00
5. Busan Coréia do Sul 12.038,79 13.260,00
6. Rotterdam Países Baixos 9.690,00 10.790,60
7. Dubai Emirados Árabes 8.923,46 10.635,00
8. Kaohsiung Taiwan 9.774,67 10.257,00
9. Hamburgo Alemanha 8.862,00 9.890,00
10. Qingdao China 7.702,00 9.462,00
11. Ningbo-Zhoushan China 7.140,00 9.360,00
12. Guangzhou China 6.660,00 9.200,00
13. Los Angeles EUA 8.469,85 8.355,00
14. Antuérpia Bélgica 7.018,00 8.176,00
15. Long Beach EUA 7.290,37 7.312,00
16. Port Klang Malásia 6.326,30 7.118,00
17. Tianjin China 5.950,00 7.103,00
18. Tanjung Pelepas Malásia 4.770,00 5.500,00
19. Nova York EUA 5.092,81 5.400,00
20. Bremen Alemanha 4.450,00 4.912,00
21. Laem Chabang Tailândia 3.964,00 4.642,00
22. Xiamen China 4.020,00 4.630,00
23. Tanjung Priok Indonésia 3.350,00 3.900,00
24. Mumbai,Jawaharlal Nehru Índia 3.298,00 3.890,00
25. Tokyo Japão 3.695,85 3.818,00
Fonte: Geohive (2009)
64
15
Aproximadamente 16 metros.
69
16
Aproximadamente 4,5 metros.
17
Aproximadamente 9,1/9,4 metros.
18
Aproximadamente 7,9, 10 e 12,1 metros, respectivamente.
73
Todavia, poderia vir a se tornar o porto concentrador do Mercosul, eis que possui um
Umland satisfatório para receber navios de grande porte e abrange uma vasta área
da América do Sul.
O porto de Suape (PE), por possuir características naturais para receber
navios de grande porte e pela proximidade com os maiores portos do mundo,
entende-se que, apresenta todas as características para ser considerado o porto
concentrador de cargas do Brasil.
Para chegar a esta interpretação, além da análise do Hinterland, Vorland e
Umland, foi considerado também uma pesquisa realizada pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (PORTOS S.A., 2009, p. 18), na qual foi divulgado o ranking dos
melhores portos do Brasil, levando-se em conta o excesso de burocracia, falta de
investimentos, custo de mão-de-obra, ineficiência e carência de linhas.
O resultado da pesquisa foi: Porto de Suape (PE) com a nota de 8,3 e
considerado como excelente; Porto de Rio Grande (RS) com nota de 7,1 e
considerado bom; Porto de Paranaguá (PR) e Itaguaí (RJ) com notas 6,4 e 6,2
respectivamente e considerados regular; e o Porto de Santos (SP) com uma nota de
5,7 e considerado ruim.
Neste contexto, observou-se que mesmo que alguns portos brasileiros se
autodenominem hub ports, portos concentradores, atualmente, no Brasil, apenas o
Porto de Suape (PE) possui condições de ser classificado como tal, visto que é o
único que atende, satisfatoriamente, os três requisitos básicos doutrinários para
tanto.
Política, desejo e autodenominação não são capazes de constituir um porto
concentrador. Para tanto, a análise das características essenciais do Hinterland,
Vorland e Umland são primordiais. Quanto menor a satisfação de alguma destas,
mais distante o porto estará de assumir um posto de concentrador de carga.
A necessidade da caracterização e utilização de um porto concentrador no
Brasil é o próximo passo para o desenvolvimento portuário e marítimo de um país
que quer se mostrar presente no comércio exterior. Todavia, ainda restará vencer as
problemáticas da navegação de cabotagem, muito pouco utilizada e bastante
prejudicada pela política protecionista brasileira.
De nada adiantará um porto concentrador com uma gigantesca capacidade
de operação de carga sem uma navegação de cabotagem apta a distribuí-la nos
portos feeders e fazer com que as mercadorias atinjam seus destinos com o menor
75
custo possível. Deve, o Brasil, olhar não só para o desenvolvimento portuário, pois
portos modernos, seguros e representativos sem a navegação de longo curso e
cabotagem é um desperdício de tecnologia, para não se falar em dinheiro.
Enquanto isso, voltam-se os olhos para o Porto de Suape (PE), até então, o
único porto brasileiro capaz de ser considerado um hub port.
76
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
______. Resumo estatístico dos último cinco anos. Disponível em: <
http://www.portodesantos.com/doc/nav.php?a=historico_carga&d=negocios>.
Acesso em: 21 abr. 2009.
MARQUES, Luiz Reni; BASTOS, Alan. Porto de Rio Grande investe para ser
concentrador de cargas do Mercosul. Multilogística, Porto Alegre, n. , p.5-9, fev.
2009.
80
OLIVEIRA, Carlos Tavares de. Modernização dos Portos. 4. ed. São Paulo:
Aduaneiras, 2007.
STEIN, Alex Sandro. Curso de direito portuário. São Paulo: Ltr, 2002.
81
THE PORT OF LOS ANGELES. About the port. Disponível em: <
http://www.portoflosangeles.org/idx_about.asp>. Acesso em: 05 abr. 2009.
Nome do estagiário
Fayana Rizzi Isotton
Orientador de conteúdo
Prof. Bruno Tussi LL.M. (IMLI)
DECLARAÇÃO
Entregar
Itajaí/SC, 11 de Maio de 2009. separadamente esta
declaração com
firma reconhecida
em cartório.
Assinatura:
___________________________________________________
(firma reconhecida em cartório)
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