Você está na página 1de 66

ESTABILIDADE

DE TALUDES

Tema 3
O QUE É ESTABILIDADE DE
2
TALUDES??????
Consiste na avaliação da condição estática de um talude → EQUILÍBRIO
ESTÁTICO DE UM TALUDE

PONTOS DE VISTA:

Probabilístico: Verifica a probabilidade de ocorrência de um


movimento de massa de solo em um talude. Permitem considerar a
variabilidade dos materiais. Fornecendo um índice de confiabilidade e a
probabilidade de ruptura.

Determinístico: Determina fator de segurança


O QUE É ESTABILIDADE DE
3
TALUDES??????

PRINCIPAIS FATORES QUE DEVEM


SER LEVADOS EM CONTA NA ANÁLISE
DE ESTABILIDADE DE UM TALUDE:

• Água no solo → Poropressão e


regime de fluxo
• Resistência ao cisalhamento →
Tensões
• Geometria
• Fatores externos adicionais
4

ALGUNS FATORES
EXTERNOS
ESTABILIDADE DE TALUDES 5

Análises de estabilidade têm como objetivo, no caso de:

I) Encostas naturais: Estudar a estabilidade de taludes, avaliando a necessidade de


medidas de estabilização.
ESTABILIDADE DE TALUDES 6

Analises de estabilidade têm como objetivo, no caso de:

II) Cortes ou escavações: Estudar a estabilidade, avaliando a necessidade de medidas de


estabilização.
ESTABILIDADE DE TALUDES 7

Analises de estabilidade têm como objetivo, no caso de:

III) Barragens: Definir seção da barragem de forma a escolher a configuração


economicamente mais viável.
Neste caso são necessários estudos considerando diversos momentos da obra: final de
construção, em operação, sujeita a rebaixamento do reservatório, etc.

7
ESTABILIDADE DE TALUDES 8

Analises de estabilidade têm como objetivo, no caso de:

VI) Aterros: Estudar seção de forma a escolher a configuração economicamente mais


viável.
Neste caso são necessários estudos considerando diversos momentos da obra: final de
construção e a longo prazo.

8
ESTABILIDADE DE TALUDES 9

Analises de estabilidade têm como objetivo, no caso de:

V) Rejeitos (industriais, de mineração ou urbano): A exploração de minas (carvão, etc.) e


a produção de elementos químicos (zinco, manganês, etc.) implica na necessidade de se
desfazer ou estocar volumes apreciáveis de detritos ou rejeitos, muitas vezes em curto
espaço de tempo e em áreas em que o solo de de baixa resistência.

9
ESTABILIDADE DE TALUDES 10

Analises de estabilidade têm como objetivo, no caso de:

VI) Retroanalisar taludes rompidos (naturais ou construídos) possibilitando reavaliar


parâmetros de projeto.

10
ESTABILIDADE DE TALUDES
Resumo dos objetivos da 11
análise de estabilidade de um
talude

✓ Determinar as condições de
estabilidade do talude (Margem de
estabilidade)
✓ Investigar os mecanismos
potenciais de ruptura
✓ Determinar a susceptibilidade do
talude a diferentes mecanismos de
ativação
✓ Definir a efetividade das possíveis
soluções
11
✓ Projetar taludes ótimos nos
aspectos de segurança,
confiabilidade e economia.
ESTABILIDADE DE TALUDES 12

Segurança x Economia
Tipos de obras: Escavações, Aterros
rodoviários e ferroviários, Barragens,
Aterros sanitários
Quais as condições de projeto e
carregamentos que o talude estará
sujeito durante a vida útil da obra?

12
MECANISMOS DE RUPTURA 13

A ruptura em si é caracterizada pela formação de uma superfície de cisalhamento


contínua na massa de solo.
• Existe portanto, uma camada de solo em torno da superfície de cisalhamento que perde suas
características durante o processo de ruptura, formando assim a zona cisalhada.

13
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
14
MASSA

Os movimentos de massa que levam a ruptura de talude se diferenciam em função de:

• Velocidade de movimentação: muito lento, lento, rápido, muito rápido etc.


• Forma de ruptura: circular, planar, em blocos etc.

14
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
15
MASSA

Os movimentos de massa que levam a ruptura de talude se diferenciam em função de:

• Velocidade de movimentação: muito lento, lento, rápido, muito rápido etc.


• Forma de ruptura: circular, planar, em blocos etc.

15
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
16
MASSA

A partir da identificação destes fatores, os movimentos de massa podem ser agrupados


em 3 categorias:

• Subsidências
• Escoamentos
• Escorregamentos

16
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
17
MASSA
A partir da identificação destes fatores, os movimentos de massa podem ser agrupados
em 3 categorias:
Sistema de classificação dos de Magalhães Freire

17
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
18
MASSA
SUBSIDÊNCIAS
Subsidências são movimentos de massa que correspondem a um deslocamento
essencialmente vertical, que podem ser contínuos ou instantâneos (colapso da
superfície).

Em geral envolve grandes áreas e as causas mais comuns são:


• Ação erosiva das águas subterrâneas
• Atividades de mineração
• Efeito de vibração em sedimentos não consolidados
18
• Exploração de petróleo
• Bombeamento de águas subterrâneas.
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
19
MASSA

SUBSIDÊNCIAS
Conforme o mecanismo deflagrador, tem-se:

• Recalque: produzido pelo rearranjo das partículas;


• Afundamento, em que ocorre deformação contínua;
• Desabamento ou queda: deslocamento vertical finito geralmente associado a blocos
rochosos.
19
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
20
MASSA
SUBSIDÊNCIAS

20
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
21
MASSA
SUBSIDÊNCIAS

21
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
22
MASSA
SUBSIDÊNCIAS

22
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
23
MASSA
SUBSIDÊNCIAS

23
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
24
MASSA
SUBSIDÊNCIAS

24
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
25
MASSA
SUBSIDÊNCIAS

25
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
26
MASSA
ESCOAMENTOS
Escoamentos são movimentos contínuos, com ou sem superfície de deslocamento definida, não
associados a uma velocidade específica. Neste grupo, destacam-se:

• Rastejos ou fluências, que são movimentos lentos e contínuos, sem superfície de ruptura bem
definida, e que podem abranger grandes áreas, sem que haja uma diferenciação clara entre a
massa em movimento e a região estável.

• Corridas que são movimentos de alta velocidade (≥10km/h) gerados pela perda completa das
características de resistência do solo. A massa de solo passa a se comportar como um fluido e
os deslocamentos atingem extensões significativas. 26
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
27
MASSA
ESCOAMENTOS

Rastejos

27
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
28
MASSA
ESCOAMENTOS

Rastejos

Solifluxão
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
29
MASSA
ESCOAMENTOS

Corridas

29
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
30
MASSA
ESCORREGAMENTOS

Os escorregamentos são movimentos de massa rápidos, com superfície de ruptura bem


definida.

A deflagração do movimento ocorre quando as tensões cisalhantes mobilizadas na massa


de solo se atingem a resistência ao cisalhamento do material.

Classificado de acordo com sua geometria e a natureza do material


30
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
31
MASSA
ESCORREGAMENTOS
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
32
MASSA

ESCORREGAMENTOS
Os escorregamentos são os movimentos de massa mais frequentes e de consequências
catastróficas.

• A forma da superfície de ruptura varia dependendo da resistência dos materiais


presentes na massa.

• Tanto em solos como em rochas a ruptura se da pela superfície de menor resistência.


32
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
33
MASSA
ESCORREGAMENTOS

A- Ruptura rotacional:

Em solos relativamente homogêneos a superfície tende a ser circular.

• Caso ocorra materiais ou descontinuidades que representem com resistências mais


baixas, a superfície passa a ser mais complexa, podendo incluir trechos lineares.

• A anisotropia com relação a resistência pode acarretar em achatamento da superfície


de ruptura. 33
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
34
MASSA
ESCORREGAMENTOS

A- Ruptura rotacional:

34
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
35
MASSA
ESCORREGAMENTOS

A- Ruptura rotacional:

35
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
36
MASSA
ESCORREGAMENTOS

A- Ruptura rotacional:
Os escorregamentos rotacionais podem ser múltiplos e, na realidade, ocorrem sob forma
tridimensional
a) Retrogressiva b) Progressiva c) Sucessiva

36
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
37
MASSA
3.3. ESCORREGAMENTOS

A- Ruptura rotacional:
Os escorregamentos rotacionais podem ser múltiplos e, na realidade, ocorrem sob forma
tridimensional.
a) Colher b) Cilíndrica

37
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
38
MASSA

ESCORREGAMENTOS

B- Ruptura translacional:
Os escorregamentos translacionais se caracterizam pela presença de descontinuidades ou
planos de fraqueza.

38
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
39
MASSA
ESCORREGAMENTOS

B- Ruptura translacional:
Os escorregamentos translacionais podem ocorrer no contato entre coluvião e solo
residual e até mesmo no manto de alteração do solo residual.

39
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
40
MASSA
ESCORREGAMENTOS

B- Ruptura translacional planar:

40
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
41
MASSA
3.3. ESCORREGAMENTOS

B- Ruptura translacional: cunha


TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
42
MASSA
ESCORREGAMENTOS

B- Ruptura translacional: cunha


TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
43
MASSA

ESCORREGAMENTOS

C- Ruptura mista: Rotacional e Translacional:


TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
44
MASSA
ESCORREGAMENTOS

C- Ruptura mista: Rotacional e Translacional:


TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
45
MASSA
ESCORREGAMENTOS

C- Ruptura mista: Rotacional e Translacional:


TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
46
MASSA
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
47
MASSA
EROSÃO
À ação antrópica, tem sido o fator condicionante na deflagração dos processos erosivos,
nas suas várias formas de atuação, como desmatamento e construção de vias de acesso,
sem atenção às condições ambientais naturais.
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
48
MASSA
EROSÃO
Os fatores condicionantes dos processos erosivos são divididos em fatores externos e
fatores internos.
49

TIPOS DE
MOVIMIENTOS DE
MASSA
TIPOS DE MOVIMIENTOS DE
50
MASSA
51

TIPOS DE
MOVIMIENTOS
DE MASSA
CAUSAS GERAIS DOS
52
ESCORREGAMENTOS

A instabilidade do talude será deflagrada quando as tensões cisalhantes


mobilizadas se igualarem à resistência ao cisalhamento; isto é
CAUSAS GERAIS DOS
53
ESCORREGAMENTOS

Esta condição pode ser atingida com o aumento das tensões cisalhantes mobilizadas ou
pela redução da resistência.
CAUSAS GERAIS DOS
54
ESCORREGAMENTOS

Esta condição pode ser atingida com o aumento das tensões cisalhantes mobilizadas ou
pela redução da resistência.

Perda de material
no pé do talude
CAUSAS GERAIS DOS
55
ESCORREGAMENTOS

Esta condição pode ser atingida com o aumento das tensões cisalhantes mobilizadas ou
pela redução da resistência.
CAUSAS GERAIS DOS
56
ESCORREGAMENTOS

Esta condição pode ser atingida com o aumento das tensões cisalhantes mobilizadas ou
pela redução da resistência.
CAUSAS GERAIS DOS
57
ESCORREGAMENTOS
Esta condição pode ser atingida com o aumento das tensões cisalhantes mobilizadas ou
pela redução da resistência.
CAUSAS GERAIS DOS
58
ESCORREGAMENTOS
Esta condição pode ser atingida com o aumento das tensões cisalhantes mobilizadas ou
pela redução da resistência.
CAUSAS GERAIS DOS
59
ESCORREGAMENTOS
Esta condição pode ser atingida com o aumento das tensões cisalhantes mobilizadas ou
pela redução da resistência.
CAUSAS GERAIS DOS
60
ESCORREGAMENTOS

A cobertura vegetal pode produzir efeitos favoráveis ou desfavoráveis na estabilidade


das encostas, por exemplo:

• O sistema raticular pode atuar como reforço e/ou caminho preferencial de infiltração.
• A presença da copa das arvores reduz o volume de água que chega à superfície do
talude.
• Os caules das arvores geram um caminho preferencial de escoamento de água;
• A cobertura vegetal aumenta o peso sobre o talude; etc.
CAUSAS GERAIS DOS
61
ESCORREGAMENTOS
Apesar dos efeitos contrários, a retirada da cobertura vegetal é indiscutivelmente um
poderoso fator de instabilização.
COMO AVALIAR UM TALUDE:
62
GEOLOGIA
COMO AVALIAR UM TALUDE:
63
GEOLOGIA
64

VIDEOS
SOBRE
RUPTURA
DE TALUDES
65

VIDEOS
SOBRE
RUPTURA
DE TALUDES
Obrigado (a)!
Claudia.muneton@uniceplac.edu.br

Você também pode gostar