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MECÂNICA BÁSICA

AULA 2: CONCEITOS BÁSICOS DE


MECÂNICA DOS CORPOS RÍGIDOS

Professora Mariana Leite


AGENDA
 Contextualização

 Conceitos necessários

 Esforço externo e interno –


Vetores de força

 Equilíbrio de uma partícula


CONTEXTUALIZAÇÃO

O QUE
BUSCAMOS
EM ESTRUTURAS?
CONTEXTUALIZAÇÃO

O QUE PODE LEVAR UMA


ESTRUTURA AO COLAPSO?
O ENTENDIMENTO DE SEGURANÇA
ESTRUTURAL É INTRÍNSECO DE CADA
UM DE VOCÊS!

NOS RESTA SOMENTE TRANSFORMAR


ESSE “SENTIMENTO” EM UM
CONHECIMENTO TÉCNICO
CONCEITOS NECESSÁRIOS

Os conceitos básicos usados em mecânica são:


ESPAÇO
TEMPO
MASSA
FORÇA
Esses conceitos não podem ser verdadeiramente definidos... Eles
devem ser aceitos com base em nossa intuição e experiência e
usados como um conjunto de referências mentais para o nosso
estudo de mecânica
CONCEITOS NECESSÁRIOS - ESPAÇO

Espaço é o conjunto de todas as posições que um ponto


pode ocupar no nosso universo. O local de um ponto é
normalmente descrito com um sistema de coordenadas,
onde as medições são feitas a partir de alguma posição
de referência usando as direções de referência do
sistema de coordenadas.

Devido ao espaço ser tridimensional, três variáveis,


chamadas coordenadas, são necessárias para localizar um
ponto no espaço. Geralmente usamos um sistema de
coordenadas cartesianas retangulares no qual as
distâncias até um ponto são medidas em três direções
ortogonais a partir de um local de referência.

É importante destacar que todos os problemas de


engenharia são tridimensionais, mas podemos idealizar
um problema como bidimensional ou unidimensional,
simplificando a resolução sem prejudicar o resultado.
CONCEITOS NECESSÁRIOS - TEMPO

O tempo fornece uma medida de quando um evento,


ou uma sequência de eventos, ocorre
CONCEITOS NECESSÁRIOS - MASSA

• Massa é a quantidade de matéria, ou material, em um objeto;


• É uma grandeza física e por isso, utilizada pela ciência em todo o mundo;
• A massa mede-se através de uma balança e a massa de um corpo não varia.
CONCEITOS NECESSÁRIOS - FORÇA
Força é uma ação capaz de produzir movimento em um objeto. Forças podem
surgir do contato ou interação entre objetos, através de atração gravitacional
ou magné ca, entre outras. A interpretação e a quan ficação da massa e da
força devem ser vistas como estando relacionadas à segunda lei de Newton.
• Peso é a força com que o corpo é atraído para a superfície de um planeta;
Meu Deus, me • É uma grandeza vetorial;
dê forças!
• O peso mede-se a partir de um dinamômetro, e o peso de um corpo varia.
LEIS DE NEWTON

1. “Todo corpo continua em seu estado


de repouso ou de movimento uniforme
em uma linha reta, a menos que seja
forçado a mudar aquele estado por
forças aplicadas sobre ele.”

2. “A mudança de movimento é
proporcional à força motora imprimida
e é produzida na direção de linha reta
na qual aquela força é aplicada.”

3. “A toda ação há sempre uma reação


oposta e de igual intensidade: as ações
mútuas de dois corpos um sobre o
outro são sempre iguais e dirigidas em
sentidos opostos.”

https://www.youtube.com/watch?v=5AEZCsEAopY
CONCEITOS NECESSÁRIOS - IDEALIZAÇÕES

• Idealizações (ou modelos) são formas simplificadas de representar fenômenos e entes


físicos.
• Idealizações comumente empregadas:
• Partícula ou ponto material: Possui massa, mas tem dimensões desprezíveis
• Corpo rígido: Combinação de um grande número de partículas, que permanecem a
mesma distância entre si antes e depois de aplicado um carregamento
• Força concentrada: Efeito de uma carga atuando em um único ponto do corpo.
• Uma carga pode ser considerada concentrada desde que a área de contato com o
corpo seja pequena.
• Exemplo: contato de uma roda com o terreno.
CONCEITOS NECESSÁRIOS - ESCALARES E VETORES

Escalar – é uma grandeza caracterizada completamente por um único numero,


ou seja, possui magnitude: massa (kg), volume (m³), comprimento (m), etc.
Regra da adição de escalares: aritmética simples

Vetor – é uma entidade que possui intensidade, direção e sentido: força (kN),
momento (kN.m), etc.
Regra da adição de vetores: lei do paralelogramo.
Vetores serão bastante
utilizados no decorrer de nossa
disciplina, representando os
esforços (ou forças) atuantes e
internas resultantes, sendo
apresentado como uma seta
na direção e sentido
especificados.
ESFORÇO EXTERNO E INTERNO - VETORES DE FORÇA
ESFORÇO EXTERNO E INTERNO - VETORES DE FORÇA

• Graficamente, um vetor é
representado por uma flecha:
• a intensidade é o comprimento
da flecha;
• a direção é definida pelo ângulo
entre o eixo de referência e a
linha de ação da flecha;
• o sentido é representado pela
ponta da flecha
ESFORÇO EXTERNO E INTERNO - VETORES DE FORÇA

• Matematicamente, escrevemos um vetor usando a notação cartesiana

• Por simplicidade, usaremos a notação

• A intensidade do vetor é o escalar

• São válidas as operações usuais com vetores


• 1 Decomposição de cada vetor nas direções x e y
• 2 Soma de todas as componentes em cada direção;

• 3 Cálculo da magnitude e da direção do vetor resultante


ESFORÇO EXTERNO E INTERNO - VETORES DE FORÇA

• Exemplos
ESFORÇO EXTERNO E INTERNO - VETORES DE FORÇA

• Exemplos
Mas o que isso tem a ver com as estruturas na engenharia?
EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA - CONCEITO
AS ESTRUTURAS, QUANDO SUBMETIDAS ÀS MAIS DIFERENTES FORÇAS, DEVEM MANTER-SE
EM EQUILÍBRIO DURANTE TODA A SUA VIDA ÚTIL

EQUILÍBRIO DINÂMICO EQUILÍBRIO ESTÁTICO


EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA - EQUILÍBRIO ESTÁTICO

• Equilíbrio Estático
• Um ponto material se encontra em equilíbrio (estático) se a resultante
de forças que agem sobre ele for nula.
• Da Segunda Lei de Newton (para um ponto em repouso ou em
velocidade constante)

• Condição necessária e suficiente:


EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA - DCL

• Diagrama do Corpo Livre (DCL)


• Para aplicar a equação de equilíbrio, devemos considerar todas as forças
conhecidas e desconhecidas que atuam sobre a partícula. A melhor
maneira de fazer isso é pensar na partícula de forma isolada e “livre” de
seu entorno.
EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA - DCL

• 1ª - Identificar o elemento (transformando em partícula ou ponto) a se analisar


• 2ª - Isolar o ponto
• 3ª - Representar as forças que agem sobre o ponto (ativas e reativas)
• 4ª - Identificar todas as forças conhecidas e as incógnitas do problema.
EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA - DCL

• 1ª - Identificar o elemento (transformando em partícula ou ponto) a se analisar


• 2ª - Isolar o ponto
• 3ª - Representar as forças que agem sobre o ponto (ativas e reativas)
• 4ª - Identificar todas as forças conhecidas e as incógnitas do problema.
EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA - DCL

• 1ª - Identificar o elemento (transformando em partícula ou ponto) a se analisar


• 2ª - Isolar o ponto
• 3ª - Representar as forças que agem sobre o ponto (ativas e reativas)
• 4ª - Identificar todas as forças conhecidas e as incógnitas do problema.
EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA - DCL

• 1ª - Identificar o elemento (transformando em partícula ou ponto) a se analisar


• 2ª - Isolar o ponto
• 3ª - Representar as forças que agem sobre o ponto (ativas e reativas)
• 4ª - Identificar todas as forças conhecidas e as incógnitas do problema.

FEC

NA NB

Peso
Ok, mas depois que eu represento a estrutura graficamente,
como eu sei se ela está ou não em equilíbrio?
EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA - SISTEMAS DE FORÇAS COPLANARES
• Equações de Equilíbrio
• Se um partícula estiver submetida a um
sistema de forças coplanares localizada
no plano x-y, como mostra a figura ao
lado, então cada força poderá ser
decomposta em suas componentes i e j.
• Para haver equilíbrio, essas forças
precisam ser somadas para produzir uma
força resultante zero.
• Para que a equação vetorial seja
satisfeita, as componentes x e y da força
resultante devem ser iguais a zero.
EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA - EXEMPLOS
Exemplo 01 - Determine a magnitude das forças C e T na junção metálica abaixo
EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA - EXEMPLOS
Exemplo 01 - Determine a magnitude das forças C e T na junção metálica abaixo
EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA - EXEMPLOS
Exemplo 02 - Determinar as trações nos cabos BA e BC para suportar o peso do cilindro

60 kg
EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA - EXEMPLOS
Exemplo 02 - Determinar as trações nos cabos BA e BC para suportar o peso do cilindro

60 kg
EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA - EXEMPLOS
QUESTÃO DESAFIO 1 – Sabendo que a tração no cabo BC é igual a 725 N, determine a resultante
das três forças exercidas no ponto B da viga AB.
EQUILÍBRIO DE UMA PARTÍCULA - EXEMPLOS
QUESTÃO DESAFIO 2 – Um marinheiro foi resgatado usando uma cadeira de contramestre
suspensa por uma roldana que pode se movimentar livremente suportada pelo cabo ACB e é
puxada com velocidade constante pelo cabo CD. Sabendo que e e que a
cadeira de contramestre e o marinheiro juntos têm 900 N, determine a tensão (a) suportada
pelo cabo ACB, (b) pelo cabo de tração CD.
Até a próxima aula!

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