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Livro Eletrônico

Aula 09

Biblioteconomia p/ Senado Federal (Analista Legislativo -


Biblioteconomia) - 2019
Janaina Costa

82185808249 - Nádia Lopes Serrão


Janaina Costa
Aula 09

1 – REQUISITOS FUNCIONAIS PARA REGISTROS BIBLIOGRÁFICOS ...................................... 2


1.1 – MUDANÇA DE PARADIGMA NA DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA. ................................................. 2
1.2. – ENTIDADES DO MODELO RELACIONAL. .................................................................................. 6
1.3. – ATRIBUTOS DO MODELO RELACIONAL. ................................................................................ 15
1.4. – AS RELAÇÕES DO FRBR. ......................................................................................................... 19
1.5. – OS REQUISITOS FUNCIONAIS PARA DADOS DE AUTORIDADE FRAD .................................... 26
2 – RESOURCE DESCRIPTION AND ACCESS RDA ................................................................ 33
2.1. – INTRODUÇÃO AOS RECURSOS DE DESCRIÇÃO E ACESSO RDA. ............................................. 33
2.2. – ESTRUTURA DO CÓDIGO DE CATALOGAÇÃO RDA X AACR2. ................................................ 40
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3 – DISPOSIÇÕES FINAIS ................................................................................................... 45
3.1. TERMINOLOGIA APLICADA ....................................................................................................... 45
3.2. – BIBLIOGRAFIA. ....................................................................................................................... 46
3.3. – HORA DE PRATICAR. .............................................................................................................. 47
3.4. – GABARITO. ............................................................................................................................. 48

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1 – REQUISITOS FUNCIONAIS PARA REGISTROS BIBLIOGRÁFICOS

1.1 – MUDANÇA DE PARADIGMA NA DESCRIÇÃO BIBLIOGRÁFICA.

1. (CRB-RS 10ª Região / Quadrix / 2018) Apesar da mudança de paradigma tecnológico que
representa a biblioteca digital, ela continua utilizando e privilegiando, em seus catálogos,
os mesmos pontos de acesso empregados nas bibliotecas convencionais, quais sejam: au-
tor; título; e cabeçalho de assunto. ERRADO.

As mudanças de paradigmas tecnológicos tem empurrado a descrição para modelos


relacionais de bases de dados e sistemas de gerenciamento de bibliotecas. Segundo Mey
(2009) Os FRBR, desde sua publicação, se tornaram objeto de grupo permanente de estu-
dos, introdução em disciplinas de catalogação, análises diversas, para inclusão de melho-
rias no próprio modelo e em todo o conjunto por eles afetado, como o MARC21 (sucessor
do MARC), a International Standard Bibliographic Description [ISBD] e os novos códigos de
catalogação, além de teses, dissertações e pesquisas. Serviram de base também a outros mo-
delos de requisitos funcionais, para catálogos de nomes de assuntos (Functional Require-
ments for Authority Data FRAD e Functional Requirements for Subject Authority Data
FRSAD (MEY, 2009).

2. (UFPA / CEPS-UFPA / 2018) Uma de suas atribuições é recomendar um nível mínimo de


funcionalidade e requisitos básicos de dados nos registros bibliográficos, que permita às
agências bibliográficas nacionais reduzir custos de catalogação, quando for o caso, sem pre-
judicar as necessidades dos usuários. Essas informações referem-se ao FRBR.

O que vem acontecendo na representação bibliográfica?


 Grandes mudanças ocorreram a partir de 1997, sobretudo, nos princípios de
catalogação, em 2009;
 O marco fundamental ocorreu com a publicação dos Functional Requirements for
Bibliographic Records FRBR, ou requisitos funcionais para registros bibliográficos;
 Funcional, neste caso, tem o sentido de conexão entre as funções (MEY, 2009).

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RELEMBRANDO: TAREFAS OU FUNÇÕES DA CATALOGAÇÃO.

Segundo Mey (2009) modelo FRBR identifica como tarefas (ou funções) de biblio-
grafias nacionais e catálogos de bibliotecas:
 Utilização dos dados para encontrar materiais que correspondam aos critérios de
busca do usuário; isto é, localizar tanto uma única entidade como um conjunto de
entidades como resultado da busca;
 Utilização dos dados recuperados para identificar uma entidade; isto é, confirmar que
a entidade descrita corresponde àquela buscada, ou para distinguir entre duas ou mais
entidades com características semelhantes;
 Utilização dos dados para selecionar uma entidade apropriada às necessidades do
usuário; isto é, escolher uma entidade adequada aos requisitos do usuário quanto ao
conteúdo, formato físico, etc., ou para rejeitar uma entidade inapropriada às
demandas do usuário;
 Utilização dos dados para adquirir ou obter acesso à entidade descrita; isto é, adquirir
uma entidade por meio de compra, empréstimo ou acesso remoto (FRBR).

3. (CRM-MG / FUNDEP / 2017) Partindo do princípio de que nos FRBR as necessidades dos
usuários são definidas em termos de tarefas de usuários e de que os FRBR não fazem diferença
entre usuário final e o profissional da informação que presta assistência a esse usuário, são consi-
deradas tarefas de usuário relativas a dados bibliográficos definidas pelo grupo de estudos das
FRBR, EXCETO: Justificar.
4. (EBSERH / CESPE / 2018) O FRBR (functional requirements for bibliográficas records), um
modelo conceitual do tipo entidade-relacionamento, estabelece as entidades dos registros biblio-
gráficos, os atributos de cada uma dessas entidades e as relações entre elas. CERTO.

O FRBR (functional requirements for bibliográficas records), um modelo conceitual do


tipo entidade-relacionamento, estabelece as entidades dos registros bibliográficos, os
atributos de cada uma dessas entidades e as relações entre elas.

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Essas características visam à maior facilidade para o usuário em suas buscas, razão de
ser das bibliotecas. Perma-neceram as características, identificadas na edição de Mey (1995),
para que se note a concordância, por inteiro, com a Declaração dos Princípios Internacionais
de Catalogação, concluída em fevereiro de 2009, no que tange à elaboração de Códigos:
vários princípios direcionam a construção de códigos de catalogação. O mais importante é a
conveniência do usuário.

Conveniência do •As decisões relativas a descrições e formas controladas de


usuário do nomes para acesso devem ser tomadas tendo o usuário em
catálogo. mente.

•O vocabulário usado nas descrições e nos pontos de acesso


Uso comum.
deve ser adequado à maioria dos usuários.

•Descrições e formas controladas de nomes para acesso devem


Representação. ser baseadas na forma pela qual uma entidade descreve a si
mesma.

Precisão. •A entidade descrita deve ser retratada fielmente.

•Nas descrições e formas controladas de nomes para acesso,


Suficiência e devem ser utilizados apenas os elementos necessários para o
necessidade. usuário e essenciais para indicar individualmente uma
entidade.

Significância. •Os elementos devem ser bibliograficamente significativos.

•Quando existirem meios alternativos para se alcançar um


objetivo, deve ser dada preferência ao meio que promova
Economia.
economia geral, de forma mais adequada (i. e., menor custo ou
abordagem mais simples).

•Os processos de descrição e construção de pontos de acesso


Consistência e devem ser padronizados tanto quanto possível. Isso possibilita
padronização. uma maior consistência, aumentando também a facilidade de
compartilhamento de dados bibliográficos e de autoridade.

•As descrições para todos os tipos de materiais e formas


Integração. controladas de nomes de entidades devem ser baseadas, tanto
quanto possível, em um conjunto comum de regras.

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São operações que ocorrem, comumente, no e pelos catálogos:

•Recursos bibliográficos em uma coleção como o resultado de uma


Encontrar
busca, usando atributos e relações entre recursos;
Localizar •Determinado recursos;
•Conjuntos de recursos representando: - todos os recursos que
pertencem a uma mesma obra; - todos os recursos que
incorporam uma mesma expressão; - todos os recursos que
exemplificam uma mesma manifestação; - todos os recursos
Localizar associados a determinada pessoa, família, ou entidade coletiva; -
todos os recursos de determinado assunto; - todos os recursos
definidos por outros critérios (língua, país de publicação, data de
publicação, tipo de conteúdo, tipo de suporte, etc., geralmente,
como filtro secundário da busca);
•um recurso bibliográfico ou agente (isto é, confirmar que a
Identificar. entidade descrita corresponde à entidade desejada ou distinguir
entre duas ou mais entidades com características similares);
•um recurso bibliográfico apropriado ao usuário (isto é, escolher
um recurso que esteja de acordo com as necessidades do usuário
Selecionar.
no que diz respeito ao meio, conteúdo, suporte, etc. ou rejeitar um
recurso não apropriado às necessidades do usuário;
•acesso a um item descrito (isto é, fornecer informação que
capacite o usuário a adquirir um item por meio de compra,
Adquirir ou obter. empréstimo etc., ou acessar um item eletronicamente por meio de
conexão online a uma fonte remota); ou acessar, adquirir ou obter
um dado de autoridade ou bibliográfico;
•em um catálogo e além dele (isto é, por meio do arranjo lógico dos
dados bibliográficos e de autoridade e de maneiras claras de se
Navegar. fazer esta navegação, incluindo a apresentação de relações entre
obras, expressões, manifestações, itens, pessoas, famílias,
entidades coletivas, conceitos, objetos, eventos e lugares).

5. (Tribunal Regional Eleitoral – RS / FCC / 2010) Avalie as afirmativas abaixo sobre cataloga-
ção: I. Os Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos - FRBR levam em conta a di-
versidade de usuários, de materiais, de suportes físicos e de formatos. VERDADEIRO.
6. (Tribunal Regional Eleitoral – RS / FCC / 2010) II. Os FRBR são um modelo de descrição bi-
bliográfica, da mesma maneira que o AACR, códigos, normas e padrões. Isso significa que
os FRBR propõem uma normalização na entrada de dados. FALSO.

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1.2. – ENTIDADES DO MODELO RELACIONAL.

O MODELO RELACIONAL DE DADOS

O modelo relacional é um modelo de dados representativo (ou de implementação),


adequado a ser o modelo subjacente de um Sistema Gerenciador de Bando de Dados (SGBD),
que se baseia no princípio de que todos os dados estão armazenados em tabelas (ou, mate-
maticamente falando, relações). Para entender o modelo relacional de dados é pré-requisito
compreender:
 O que são entidades (tabelas) e atributos (campos) numa base de dados;
 O que é a chave primária e a sua importância para relacionar os dados; e,
 Como se dá o relacionamento entre entidades (tabelas) da base.

Um banco de dados é composto de diversos objetos, dentre eles, tabelas, formu-lários,


relatórios, módulos, etc. É importante que a modulação das entidades no banco de dados
possa utilizar ao máximo o modelo relacional sem misturar os assuntos numa mes-ma ta-
bela. Um exemplo a ser dado, é que é interessante elaborar duas tabelas distintas, uma para
o item, com a chave primária do tombo, e outra para a obra em si, com a chave primária para
o número de registro. Assim, mesmo que nesta base de dados se tenha 02 itens do mesmo
autor e título, porém com edições, editoras ou diversas outras expressões e/ou participações
distintas, isso não poderá comprometer os princípios da catalogação e do catálogo da biblio-
teca.

7. (UFAL / COPEVE-UFAL / 2011) Os Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos (FRBR)


são um modelo conceitual do universo bibliográfico e estão possibilitando transformações
no campo da Representação Descritiva e de modelagem de bancos de dados. Tendo em
vista as entidades dos Grupos 1 e 2 dos FRBR, observe os enunciados a seguir:
I. A publicação da primeira edição do livro “Ágata noturna”, de Emmanuel Tugny, pela
editora Sulinas.
II. A tradução do livro “The bookman’s pomise” para o português, por Alvaro Hattnher.
As entidades dos Grupos 1 e 2 dos FRBR que representam corretamente os relacionamentos apon-
tados nos enunciados I e II são, respectivamente, Manifestação – Entidade coletiva e Expressão –
Pessoa.

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8. (STJ / CESPE / 2018) O modelo FRBR é composto por dez entidades, divididas em três gru-
pos. O grupo 1, composto pelas identidades conceito, objeto, evento e lugar, é o de maior
destaque nos FRBR e se refere a entidades utilizadas há muito tempo pelos catalogadores.
ERRADO.
9. (FUB / CESPE / 2015) Segundo o FRBR (functional requirement for bibliographic records),
obra é um conteúdo intelectual que pode ser reproduzido em um item virtual, mas, nesse
formato, descaracteriza-se como obra. ERRADO.
10. (TCDF / CESPE / 2014) O modelo FRBR é composto por nove entidades, divididas em três
grupos. O primeiro grupo compreende esforços intelectuais ou artísticos descritos nos re-
gistros bibliográficos; o segundo grupo compreende as entidades responsáveis pelo conte-
údo intelectual ou artístico contidas nas entidades do primeiro grupo; e o terceiro grupo
compreende um conjunto adicional de entidades que servem como assuntos para os esfor-
ços intelectuais ou artísticos. ERRADO.

Ou seja, os FRBR analisaram os dados necessários à realização da busca bibliográfica


pelo usuário, assim como as informações que este esperaria encontrar no registro. O segundo
objetivo consistia em recomendar um nível básico de funcionalidade dos registros criado
pelas agências bibliográficas nacionais (IFLA, 2009 apud MEY, 2009).

• OBRA
• EXPRESSÃO
E GRUPO 1 • MANIFESTAÇÃO
N • ITEM
T
I • PESSOA
• ENTIDADE COLETIVA
D
GRUPO 2
A
D
E
• CONCEITO
S
• OBJETO
GRUPO 3 • EVENTO
• LUGAR

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ENTIDADES DO GRUPO 1

Obra – uma criação intelectual ou artística distinta, ou seja, o conteúdo intelectual


em si, independentemente de seu suporte ou de sua forma.

Expressão – realização intelectual ou artística de uma obra, ou seja, a forma como


se expressa o conteúdo intelectual. A expressão compreende traduções, interpreta-
ções de uma obra musical determinada, entre outras possibilidades.

Manifestação – a materialização de uma expressão de uma obra, ou seja, a repre-


sentação de todos os objetos físicos que possuem as mesmas características, tanto
do conteúdo intelectual como de forma física. A entidade definida como manifesta-
ção abrange um amplo leque de materiais, incluindo manuscritos, livros, periódicos,
mapas, cartazes, registros sonoros, filmes, vídeos, CD-ROMs, etc.

Item – exemplificação única de uma manifestação; ou seja, objeto físico que permite
acessar o conteúdo intelectual da obra.

Podemos considerar o exemplo a seguir:


Obra 1: Sonata para piano nº 8, de Ludwig van Beethoven.
Expressão 1: partitura original, do autor.
Expressão 2: orquestra filarmônica nacional da Eslováquia, regente Libor Pesek.
Manifestação 1: gravação/publicação em co.: Excelsior, Quebec, p 1993.
Item 1: exemplar existente na biblioteca x.
Expressão 3: piano de Rudolf Serkin, Filarmônica de Nova York, regente Leonard Berns-
tein.
Manifestação 1: gravação/publicação em CD: Sony, Rio de Janeiro, p1964.
Item 1: exemplar existente também na biblioteca x.
Manifestação 2: gravação/publicação em disco 33 1/3 rpm: Deutsche Grammophon,
p1980.
Item 1: exemplar existente na biblioteca y.

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ABSTRATO CONCRETO
OBRA ITEM
Fonte: Mey, 2003.

Observe as definições a seguir:

11. (BANCA CESCRANRIO) No contexto da catalogação, aplicam-se, respectivamente, a: item e


obra.
12. (UFSBA / UFMT / 2017) A seguir são apresentadas algumas siglas correntes na Biblio-teco-
nomia, em especial na Catalogação. Marque V para verdadeiro e F para falso.
 FRBR é um novo código de catalogação. FALSO.
 MARC 21 é o formato de registro bibliográfico legível por máquina. VERDADEIRO.
 RDA é um registro bibliográfico mostrado em uma ficha de catálogo. FALSO.
 OPAC são catálogos on-line de acesso público. VERDADEIRO.

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13. (CRM-MG / FUNDEP / 2017) No que tange às normas, aos formatos e aos modelos concei-
tuais para a catalogação descritiva de um item, relacione a COLUNA II de acordo com a CO-
LUNA I considerando as principais características e objetivos das normas, dos formatos e
dos modelos.
( ) Construída com base na AACR2, oferece os princípios e as instruções para registro
de dados sobre recursos hoje conhecidos e os que ainda venham a ser desenvolvi-
dos.

( ) Faz uma abordagem centrada no usuário, analisa quais requisitos de dados o


usuário utiliza para realizar a busca e o que ele espera encontrar de informação no
1. RDA
registro bibliográfico.
2. MARC 21
( ) Foi originalmente elaborada num ambiente de materiais majoritariamente im-
pressos e de catálogos em fichas; seu uso ativo durante décadas se deve ao seu
3. FRBR efetivo processo de revisão.

4. AACR2 ( ) Forma-se por conceitos relevantes presentes neste modelo conceitual: as enti-
dades obra e expressão.

( ) A forma como foi projetada proporciona uma estrutura coerente, flexível e ex-
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tensível tanto para a descrição técnica quanto de conteúdo de todos os tipos de
recursos e conteúdos.

( ) Instrumento indispensável ao catalogador que busca automação, este formato


possibilita às bibliotecas compartilharem recursos bibliográficos com, a garantia de
que seus dados serão compatíveis, mesmo que substituam seus sistemas

ENTIDADES DO GRUPO 2

Pessoa – um indivíduo relacionado à criação ou realização de uma obra ou de uma ex-


pressão, ou assunto da obra. A entidade pessoa também pode ser responsável pela ma-
nifestação.

Entidade coletiva – uma organização ou grupo de indivíduos de caráter permanente ou


temporário, ou um governo territorial, que age unificadamente e se identifica por um
nome.

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ENTIDADES DO GRUPO 3

Conceito – uma noção abstrata, sempre um assunto da obra.


Objeto – coisa material, móvel ou imóvel, assunto da obra.
Evento – ação ou ocorrência e período como assunto da obra.
Lugar – um local, real ou fictício, como assunto da obra.

Conceito é a noção ou ideia abstrata; Objeto é o contexto, coisa ou imóvel; Evento é o


desdobrar histórico relacionado à obra; e Lugar sempre como assunto da obra. Entre as
entidades se desdobram vários tipos de relacionais para as bases de dados: 1) relações
bibliográficas primárias do grupo 1; 2) relações de responsabilidade do grupo 1 e 2 e 3)
relações de assunto entre obra e entidades dos grupos 1, 2 e 3, conforme acima. Quando se
avança no estudo de Mey (2009) percebe-se uma preocupação autoral neste modelo
conceitual para representar as entidades intelectuais em suas obras, expressões,
manifestações e itens bem voltadas às agências de direitos autorais. Veja as relações no nível
de obra: 1) Relações entre obras diferentes que se desdobram em autônomas e referenciais
e é nesse sentido que a AACR2 é complementada, pois notas, pistas e secundárias não
suportam esses vínculos relacionais; 2) Relações todo/parte que se desdobram em
dependentes e independentes, sendo que em Mey (2009) existe uma vasta explicação para
esses recursos contínuos.

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14. (TRT21 / CESPE / 2011) O modelo FRBR traz consigo a ideia de reorganização da informação
presente nos registros bibliográficos, sob o entendimento de que estes devem servir ao
usuário final. Nesse sentido, o modelo proporciona condições para a descoberta do uni-
verso bibliográfico em que se inserem um determinado autor, suas obras e outros recursos
de informação relacionados. CERTO.
15. (TRT21 / CESPE / 2011) Desde o surgimento da Internet, formatos bibliográficos já não
constituem um critério relevante para a seleção de software de automação de bibliotecas,
pois o desenvolvimento tecnológico alcançado desde então tornou desnecessário o inter-
câmbio bibliográfico. ERRADO.
16. (TJRJ/FCC/2012) Avalie as afirmativas abaixo sobre automação de serviços bibliotecários.
I. No processo de seleção de um software para a automação de bibliotecas, é preciso ava-
liar o perfil técnico do sistema por meio de uma série de requisitos funcionais que des-
crevem a base tecnológica usada, como plataforma, sistema operacional, recursos de
rede etc.
II. Os Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos (FRBR) e a norma ANSI Z39.2 são
padrões fundamentais para a descrição de documentos e o intercâmbio de dados em
softwares de automação de serviços em unidades de informação.
É correto afirmar que ambas estão incorretas; os requisitos funcionais descrevem as atividades
da biblioteca e os padrões usados são o formato MARC e o protocolo Z39.50.

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17. (METRO-SP / FCC / 2012) Em relação aos Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos
FRBR, considere:
I. Trata-se de um modelo de dados que reestrutura os registros bibliográficos em relação
às várias atividades que os usuários realizam ao consultar esses registros.
II. Definem as entidades de interesse para os usuários de registros bibliográficos, os atri-
butos de cada entidade e os tipos de relação que operam entre as entidades.
III. As entidades são divididas em quatro grupos: os produtos do trabalho intelectual ou
artístico, os responsáveis pelo conteúdo intelectual ou artístico, a produção e a dissemi-
nação desse trabalho e os assuntos dessas entidades.
IV. As entidades do primeiro grupo compreendem obra, expressão, manifestação e item.

Está correto o que consta APENAS em II e IV.

18. (Prefeitura de Bom Jesus do Amparo – MG / FUNDEP / 2018) O modelo conceitual dos FRBR
(requisitos funcionais para os registros bibliográficos), publicado há 10 anos, vem sendo
aceito internacionalmente por possuir uma capacidade explicativa válida. Com relação aos
FRBR, é incorreto afirmar: Apesar de todo o avanço, ainda não está clara para os profissio-
nais da informação a influência dos modelos FRBR e FRAD na estrutura da RDA, na termi-
nologia, nos conceitos e nas operações técnicas.

COMO SURGIRAM OS FRBR

A Declaração de Princípios da Catalogação, mais comumente conhecida por Princípios


de Paris (1961), apresentou um resumo das regras desenvolvidas na Conferência Internacio-
nal sobre Princípios de Catalogação. Os Princípios marcaram época por se tratarem de um
primeiro esforço de colaboração em nível internacional. Regem a catalogação até hoje e são
usados, sempre que possível como filosofia para códigos nacionais (MORENO; ARELLANO,
2005).

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Depois da primeira fase de automação dos catálogos, com a crescente troca de dados
entre agências nacionais, se pôs em evidência a necessidade de um acordo internacional para
a redação da descrição bibliográfica (BUIZZA, 2002 apud MORENO; ARELLANO, 2005). Pa-
drões, normalizações e troca de dados/informações começam a ser desenvolvidos, como o
formato MARC, desenvolvido nos EUA na década de 1960, e, no Brasil, a iniciativa CALCO,
mais tarde chamada de rede Bibliodata. Em 1968, surgem a AACR – Anglo-American Catalo-
ging Rules (a AACR2 é publicada em 1978), representando o compromisso entre as novas
ideias de catalogação e o que foi constatado como problemas reais em grandes bibliotecas
que dispunham de catálogos externos (BARBOSA, 1978 apud MORENO; ARELLANO, 2005).

O documento ISBD – International Standard Bibliographic Description (Descrição Bibli-


ográfica Internacional Normalizada), publicado pela IFLA – International Federation Library
Associations and Institutions – Federação Internacional de Associações e Instituições Biblio-
tecárias, em 1971, tem seu início na Reunião Internacional de Especialistas em Catalogação,
realizada em Copenhague (1969). Nesse documento estava sistematizada a ordem das infor-
mações bibliográficas, identificando elementos, dando ordem a eles e utilizando uma se-
quencia de pontuações padronizadas. É, até hoje, instrumento de comunicação internacional
de informação bibliográfica. Outros documentos foram surgindo, inclusive para contemplar
diferentes tipos de suportes, como a ISBD(G), para oito áreas de descrição (BARBOSA, 1978
apud MORENO; ARELLANO, 2005).

Segundo Assumpção (2012) as funções do catálogo permaneceram como apresenta-


das nos Princípios de Paris até o final da década de 1990 quando o IFLA Study Group on the
Functional Requirements for Bibliographic Records emitiu o relatório final sobre seu estudo
desenvolvido com a finalidade de definir quais eram os requisitos funcionais para os registros
bibliográficos. Tal relatório, o Functional Requirements for Bibliographic Records (Requisitos
Funcionais para Registros Bibliográficos), conhecido amplamente por FRBR, define um con-
junto de tarefas do usuário (user tasks) que, de certa forma, podem ser consideradas objeti-
vos do catálogo.

A IFLA tem promovido padrões bibliográficos internacionais através da UBCIM Pro-


grame – Universal Bibliographic Control and International MARC.

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1.3. – ATRIBUTOS DO MODELO RELACIONAL.

Entidades (tabelas) e atributos (campos) numa base de dados

Às entidades, são associados atributos, características, similares a elementos de dados,


que podem ser diretamente ligados à entidade ou externos à entidade. Os atributos inerentes
às entidades se referem às características físicas, aspecto formal que caracterizam uma ma-
nifestação, ou outros identificados através do exame do item (por exemplo, informações na
capa, na página de rosto, colofão, etc.). Os atributos externos, ou imputados a uma entidade,
compreendem os identificadores daquela entidade e informações contextuais, como por
exemplo, o número no catálogo temático, ou o contexto em que a obra foi realizada. Geral-
mente, requerem o uso de outras fontes para estabelecê-los (GUERRINI, 2001; BEACOM,
2004 apud MORENO; ARELLANO, 2005).

OBRA
Título da obra Contexto da obra
Forma da obra Meio de execução (obra musical)
Data da obra Designação numérica (obra musical)
Outra característica distintiva Tonalidade (obra musical)
(Adaptado de Mey, 2009).

Atributos ou metadados são como os elementos de descrição bibliográfica propria-


mente ditos. Nos FRBR, são categorizados de acordo com as entidades, incluindo os mais
diferentes tipos de materiais e suas características. Abrange desde registros sonoros tendo
como atributos modalidades de captação, meio físico, extensão do suporte, velocidade de
execução (no caso de uma manifestação), até objetos cartográficos, por exemplo, que pos-
suem na expressão, como atributos: escala, projeção, técnica de apresentação, entre outros
(MORENO; ARELLANO, 2005).

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EXPRESSÃO
Regularidade esperada da publicação (publi-
Título da expressão
cação seriada)
Frequência esperada da publicação (publica-
Forma da expressão
ção seriada)
Data da expressão Tipo de partitura (notação musical)
Meio de execução (notação musical ou gra-
Idioma da expressão
vação sonora)
Outra característica distintiva Escala (imagem/objeto cartográfico)
(Adaptado de Mey, 2009).

MANIFESTAÇÃO
Notação de folhas (livro de impressão ma-
Título da manifestação
nual)
Indicação de responsabilidade Colação (livro de impressão manual)
Designação de edição/impressão Condição da publicação (publicação seriada)
Lugar de publicação/distribuição Numeração (publicação seriada)
Publicador/distribuidor Velocidade de execução (registro sonoro)
(Adaptado de Mey, 2009).

ITEM
Identificação do item Condição do item
Marca do impressor Histórico de tratamentos
Procedência do item Esquema de tratamentos
Marcas/inscrições Restrições de acesso ao item
Histórico de exposições
(Adaptado de Mey, 2009).

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PESSOA
Nome da pessoa Título da pessoa
Data da pessoa Outra designação relacionada à pessoa
(Adaptado de Mey, 2009).

ENTIDADE COLETIVA
Nome da entidade coletiva Data relacionada à entidade coletiva
Outra designação relacionada à entidade co-
Número relacionado à entidade coletiva
letiva
Lugar relacionado à entidade coletiva
(Adaptado de Mey, 2009).

19. (CRM-MG / FUNDEP / 2017) Os Functional Requirements for Bibliographic Records (FRBR)
foram desenvolvidos pela Internacional Federation of Library Association and Institutions
(IFLA) no intuito de apresentar recomendações para reestruturar os registros bibliográficos.
De acordo com Fusco (2010, p. 120), “os FRBR oferecem uma perspectiva da estrutura e dos
relacionamentos dos registros bibliográficos. São considerados uma nova abordagem para
a representação descritiva nos seus moldes convencionais. Isso se deve ao fato de propici-
arem uma recuperação mais efetiva e intuitiva dos itens documentários, relacionando to-
dos os materiais ligados ao termo da busca, possibilitando trazê-los de uma só vez em uma
única interface". Analise as sentenças abaixo e relacione-as com suas respectivas entidades
dos FRBR.

I. O atributo idioma.
II. A tradução de um livro.
III. O atributo data de publicação/distribuição.
IV. O atributo local de publicação/distribuição.

Resposta: I - expressão, II - expressão, III - manifestação, IV - manifestação.

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20. (Câmara Municipal de Mongaguá – SP / 2016) Definimos Atributo:

a) Característica de uma entidade. Um atributo pode ser intrínseco a uma entidade ou ser-lhe
externamente imputado.
b) Qualidade de uma entidade, atributo ou relação que possui significado ou valor especial no
contexto de recursos bibliográficos.
c) Parte da catalogação que fornece termos de assunto controlados e/ou números de classifi-
cação.
d) A parte do processamento bibliográfico que fornece quer os dados descritivos quer os pon-
tos de acesso que não são de assunto.
e) Conjunto real ou virtual de duas ou mais obras combinadas ou publicadas conjuntamente.

Resposta: alternativa A.

21. (Câmara Municipal de Mongaguá – SP / 2016) Definimos Bibliograficamente significativo:


a) Característica de uma entidade. Um atributo pode ser intrínseco a uma entidade ou ser-
lhe externamente imputado.
b) Qualidade de uma entidade, atributo ou relação que possui significado ou valor especial
no contexto de recursos bibliográficos.
c) Parte da catalogação que fornece termos de assunto controlados e/ou números de clas-
sificação.
d) A parte do processamento bibliográfico que fornece quer os dados descritivos quer os
pontos de acesso que não são de assunto.
e) Conjunto real ou virtual de duas ou mais obras combinadas ou publicadas conjunta-
mente.

Resposta: alternativa B.

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1.4. – AS RELAÇÕES DO FRBR.

22. (BANCA CESGRANRIO) A figura a seguir reproduz as relações entre as entidades do registro
bibliográfico, segundo os Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos (Functional Re-
quirements for Bibliographic Records), conforme Mey e Silveira (2009).

Aplique o modelo ao livro “Catalogação no plural”, relacionando as informações abaixo aos


requisitos, de acordo com a numeração apresentada na figura acima.

F – Obra recuperada no catálogo da Biblioteca da CMB


G – Autoria de Eliane Mey e Naira Silveira
H – Exemplar disponível no acervo da Biblioteca Nacional
I – Livro publicado pela editora Briquet de Lemos em 2009
J – Edição revista, ampliada de “introdução à catalogação” (MEY, 1995)

A associação correta, de cima para baixo, é: F-4, G-1, H-4, I-3, J-2.

O modelo de relacionamento entre tabelas (entidades) pode ser:


 Um para Um (p. ex., autores da base de dados para suas obras);
 Um para Vários (p. ex., obras da base de dados para seus exemplares existentes
na biblioteca localmente);
 Vários para Vários (p. ex., exemplares existentes na rede de bibliotecas contro-
ladas pela base de dados).

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Figura – inserção de relacionamento entre tabelas.

Fonte: Microsoft Access 2010.

O produto da etapa anterior será semelhante a isto:

Figura – modelo entidade-relacionamento.

Fonte: BATTISTI, 2015.

Nesta figura acima já está aplicado o conceito de integridade referencial. A integridade


referencial é utilizada para garantir a integridade dos dados entre as diversas tabelas relaci-
onadas de um banco de dados, bem como das repetições necessárias. Por exemplo, se existe
um relacionamento de Um para Vários entre a Obra e seus Exemplares.
Com a integridade referencial, o banco de dados não permite que seja cadastrado um
segundo, terceiro, etc., Exemplar para uma Obra que ainda não tenha sido cadastrada. Isso
permite que se evite a inconsistência dos dados, ou seja, registros órfãos.

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Fonte: modelo de desenho de dados relacionais.

Figura – Relações bibliográficas primárias.

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(MORENO; ARELLANO, 2005)

Figura – Exemplo de relações bibliográficas primárias.

(MEY; SILVEIRA, 2009)

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(MORENO; ARELLANO, 2005)

Figura – Relações entre entidades dos grupos 1 e 2.

(MEY; SILVEIRA, 2009)

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Figura – Exemplo de relações entre entidades dos grupos 1 e 2.

Figura – Relações entre ‘obra’ e as entidades dos grupos 1, 2 e 3.

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Figura – Exemplo de relações entre ‘obra’ e as entidades dos grupos 1, 2 e 3.

Segundo Ribeiro (2018) os modelos conceituais FRBR e FRAD estabelecem a divisão des-
sas regras, elegendo como o mais importante, as entidades nos registros bibliográficos:
-- Registro dos atributos das entidades, Seções 1-4, Capítulos 1-16
-- Registro das relações entre as entidades, Seções 5-10, Capítulos 17-37
-- Apêndices A-M complementando.

Portanto, os primeiros capítulos do código RDA tratam-se do registro dos atributos das
entidades (ou seja, os campos, numa base de dados) e, em seguida, vem o registro das rela-
ções entre as entidades (ou seja, o modelo relacional da base de dados). A segunda parte irá
organizar as tabelas (entidades) da base de dados, integrando os dados de registro e permi-
tindo que a base de dados seja consistente.

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1.5. – OS REQUISITOS FUNCIONAIS PARA DADOS DE AUTORIDADE FRAD

ATENÇÃO! As atividades dos usuários se diferenciam nos dois modelos conceituais:

E E

I I

S Si

O(A) J
FRBR FRAD

FRBR FRAD

- Encontrar - Encontrar
- Identificar - Identificar

- Selecionar - Situar
- Obter ou Adquirir - Justificar

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O FRAD também define um conjunto de “user tasks” (tarefas do usuário), ou seja, ta-
refas que os usuários realizam ao navegar pelos dados de autoridade, são elas:

 Find (Encontrar): Encontrar uma entidade ou conjunto de entidades correspondentes


ao critério estipulado (encontrar uma única entidade ou um conjunto de entidades uti-
lizando um atributo ou combinação de atributos ou um relacionamento da entidade
como o critério de busca); ou explorar o universo das entidades bibliográficas utili-
zando atributos e relacionamentos.
 Identify (Identificar): Identificar uma entidade (confirmar que a entidade representada
corresponde à entidade procurada, distinguir entre duas ou mais entidade com carac-
terísticas similares) ou validar a forma do nome para ser utilizada como um ponto de
acesso controlado.
 Contextualize (Contextualizar): Localizar uma pessoa, entidade coletiva, obra, etc. no
contexto; esclarecer o relacionamento entre duas ou mais pessoas, entidade coletivas,
obras, etc.; ou esclarecer o relacionamento entre uma pessoa, entidade coletiva, etc.
e o nome pelo qual essa pessoa, entidade coletiva, etc. é conhecida.
 Justify (Justificar): Documentar a razão pela qual o criador dos dados de autoridade
escolheu o nome ou a forma do nome na qual o ponto de acesso controlado está ba-
seado (REQUISITOS..., 2009, p.64, apud ASSUMPÇÃO, 2012).

23.(BANCA CESGRANRIO) Os modelos conceituais Functional Requirements for Bibliographic


Records (FRBR) e Functional Requirements for Authority Data (FRRAD) influenciaram na es-
trutura teórica que dá forma à Resource Description and Access (RDA), na terminologia e
nos conceitos, tendo como foco o usuário e as tarefas que precisa executar.
24. (TCDF / CESPE / 2014) A navegação em um catálogo pressupõe a possibilidade de apresen-
tação de relações entre obras, expressões, manifestações, itens, pessoas, famílias, entida-
des coletivas, conceitos, objetos, eventos e lugares. CERTO.

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Em 1990 a International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA) rea-


lizou o Stockholm Seminar on Bibliographic Records (Seminário de Estocolmo sobre registros
bibliográficos), que resultou em nove resoluções, uma das quais era a realização de um es-
tudo para definir os requisitos funcionais para registros bibliográficos. Assim, em 1992 a IFLA
criou um grupo de estudo que teve seu relatório final, o Functional Requirements for Biblio-
graphic Records (FRBR) (Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos), aprovado em
1997 (ASSUMPÇÃO; SANTOS, 2010, p.7004 apud ASSUMPÇÃO, 2012).

O documento Functional Requirements for Bibliographic Records, conhecido como


FRBR, publicado em 1998, apresentava a recomendação de que o modelo conceitual para
registros bibliográficos “poderia ser estendido para cobrir os dados adicionais que normal-
mente são registrados em registros de autoridade” (FUNCTIONAL…, 1998, p.5, tradução
nossa). Desse modo, em 1999, a IFLA iniciou um grupo, o Working Group on Functional Re-
quirements and Numbering of Authority Records (FRANAR) (Grupo de Trabalho sobre Requi-
sitos Funcionais e Numeração de Registros de Autoridade), voltado aos registros de autori-
dade (REQUISITOS…, 2009, p.iii apud ASSUMPÇÃO, 2012).

Em 2009, como resultado do estudo empreendido pelo FRANAR, a IFLA publicou o do-
cumento Functional Requirements for Authority Data: a conceptual model (Requisitos Funci-
onais para Dados de Autoridade: um modelo conceitual) (REQUISITOS…, 2009 apud ASSUMP-
ÇÃO, 2012), conhecido amplamente por FRAD.

O principal objetivo desse modelo conceitual que amplia o FRBR é prover um quadro
analítico para a análise dos requisitos funcionais para o tipo de da do de autoridade que é
requerido para apoiar o controle de autoridade e o compartilhamento internacional de da-
dos de autoridade (REQUISITOS..., 2009, p.8, tradução nossa, apud ASSUMPÇÃO, 2012).

Dados de autoridade podem ser definidos como a soma de informações sobre uma
pessoa, família, entidade coletiva ou obra, cujo nome seja utilizado como base para um ponto
de acesso controlado em citações bibliográficas ou em registros bibliográficos de um catálogo
de biblioteca ou banco de dados bibliográficos (REQUISITOS..., 2009, p.9 apud ASSUMPÇÃO,
2012).

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O paradigma dos pontos de acesso é alterado com os modelos conceituais dos Requi-
sitos Funcionais para Registros Bibliográficos - FRBR, e Requisitos Funcionais para Dados de
Autoridade - FRAD, refletidos na Declaração dos Princípios Internacionais de Catalogação
(2009 apud SALGADO; SILVA, 2013) que define como prioritário a conveniência do usuário. A
Declaração dos Princípios Internacionais define da seguinte forma os pontos de acesso:

 Ponto de acesso – Nome, termo, código, etc., pelo qual se pesquisa e identifica
um registro bibliográfico, de autoridade ou referência.
 Ponto de acesso controlado – Ponto de acesso incluído num registro de autori-
dade. Incluem as formas autorizadas, assim como as formas variantes. Podem
ser baseados em nomes de pessoa, família ou entidade; nomes (isto é, títulos)
de obras, expressões, manifestações e itens; constituídos pela combinação de
dois nomes, como no caso de pontos de acesso nome/título para representar
uma obra pela combinação do nome do criador com o título da obra; termos
para eventos, objetos, conceitos e lugares; identificadores tais como números
normalizados, índices de classificação, etc. (IFLA, 2009 apud SALGADO; SILVA,
2013)

ATENÇÃO ÀS DEFINIÇÕES

“Cabeçalho”, segundo o Código de Catalogação Anglo-Americano (AACR2r) (2004, p.D-


2) é “um nome, palavra ou frase, colocados no alto de uma entrada catalográfica para forne-
cer um ponto de acesso”. De fato, exceto pela expressão “no alto de uma entrada catalográ-
fica”, o conceito de cabeçalho apresentado no AACR2r é semelhante ao de ponto de acesso
da Declaração dos Princípios Internacionais de Catalogação (STATEMENT..., 2009, p.9). “Ca-
beçalho” volta-se mais ao contexto dos catálogos de fichas, enquanto que “ponto de acesso”
se mostra mais atualizado e adequado para acompanhar a catalogação no contexto dos ca-
tálogos digitais e das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) (ASSUMPÇÃO, 2012).

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“Entrada” representa um registro de um item no catálogo (CÓDIGO..., 2004, p. D-5).


Essa denominação advém dos catálogos analógicos, nos quais uma entrada é composta por
um ponto de acesso, uma descrição e dados de localização. Por exemplo, a entrada de um
livro de um único autor em um catálogo em fichas é composta pelo ponto de acesso do autor,
pela descrição bibliográfica e pelo código de localização do livro dentro do acervo. No en-
tanto, “entrada” é geralmente utilizada no contexto dos catálogos digitais com o mesmo sig-
nificado de “ponto de acesso”. Utilizar “entrada” como sinônimo de “ponto de acesso” é in-
correto uma vez que uma entrada compreende, entre outros elementos, um ponto de acesso
(ASSUMPÇÃO, 2012).

Dados de autoridade podem ser definidos como a soma de informações sobre uma
pessoa, família, entidade coletiva ou obra, cujo nome seja utilizado como base para um ponto
de acesso controlado em citações bibliográficas ou em registros bibliográficos de um catálogo
de biblioteca ou banco de dados bibliográficos (REQUISITOS..., 2009, p.9 apud (ASSUMPÇÃO,
2012).

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O modelo conceitual FRAD define entidades (objetos de interesse dos usuários dos da-
dos de autoridade), atributos (características) dessas entidades, relacionamentos que podem
existir entre essas entidades e tarefas realizadas pelos usuários dos dados de autoridade
(PATTON, 2005 apud ASSUMPÇÃO, 2012).

Figura – Modelo conceitual para dados de autoridade.

(MEY; SILVEIRA, 2009)

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Relações entre pessoas, famílias, entidades coletivas e obras:

TIPO DE ENTIDADE EXEMPLOS DE TIPOS DE RELAÇÃO

Relação de pseudônimo
Relação atributiva (obra atribuída a outrem)
Pessoa para pessoa Relação colaborativa
Relação de parentesco
Relação paternal/filial

Pessoa para família Relação de pertencimento

Pessoa para entidade coletiva Relação associativa

Família para família Relação genealógica

Entidade coletiva para Enti- Relação hierárquica


dade coletiva Relação sequencial

Relação de equivalência
Relação derivativa
Relação descritiva
Obra para obra Relação todo/parte
Relação de acompanhamento (parte/parte)
Relação sequencial
Relação de características compartilhadas

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2 – RESOURCE DESCRIPTION AND ACCESS RDA

2.1. – INTRODUÇÃO AOS RECURSOS DE DESCRIÇÃO E ACESSO RDA.

Resource Description and Access é um padrão para a descrição de recursos e acesso


projetado para o ambiente digital, substituto do AACR2, proposta de cobertura de todo o tipo
de conteúdo e mídia e utilização e implantação do RDA. O RDA é um código de catalogação
e utiliza os modelos conceituais FRBR e FRAD.

==1343da==

RDA é a sigla de Resource Description and Access

Tradução livre de Recursos → (obra/item) : Descrição → (registro bibliográfico) e Acesso


→ (registro de autoridades).

O RDA, contudo, é um esquema que prioriza o registro de dados, deixando a forma de


apresentação destes dados para o FRBR, não necessitando de regras para a sua apresentação,
ou seja, é independente do uso de ISBD’s e pontuações gráficas, conforme o AACR2 (OLIVER,
2011).
Segundo o Joint (2007) as vantagens do RDA são: a) enfoca a informação necessária
para descrever um recurso; b) os usuários são capazes de usar o conteúdo do RDA com
esquemas codificados, como: Dublin Core, MARC 21, Metadata Object Descripiton Standart
(MODS), entre outros; c) a estrutura está construída a partir dos modelos conceituais dos
FRBR e FRAD, ajudando os usuários do catálogo a encontrar com mais facilidade a informação
que necessitam; d) provê uma estrutura flexível para a descrição de conteúdo de recursos
digitais, atendendo as necessidades das bibliotecas na organização de recursos tradicionais;
e) provê uma adaptação às tecnologias de bases de dados emergentes, tornando as
instruções mais eficientes no levantamento, armazenagem e recuperação de dados; f)
trabalha sobre os pontos fortes do AACR2, ou seja, os registros criados, usando o RDA, serão
compatíveis com os registros AACR2, sendo assim os catalogadores não precisam catalogar
novamente os registros antigos. As instruções do RDA para escolha e forma de entrada
originam-se das instruções constantes do AACR2. Enquanto a forma de alguns cabeçalhos
mudou com o RDA, a implementação de mudanças é facilitada por sistemas on-line cada vez
mais sofisticados.

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Portanto, percebe-se que o modelo conceitual dos requisitos funcionais para registros
bibliográficos é um elemento vital na estrutura do RDA que, de acordo com Oliver (2011, apud
Silva et al., 2012, p. 114) está pautada no conjunto de instruções práticas, baseada em
conceito teórico que define a “forma, a estrutura e o conteúdo desta nova padronização”.
Considera que os princípios conceituais estão pautados no FRBR e o FRAD, sendo que o “FRAD
é um prolongamento do modelo FRBR para dados de autoridade”. Esse autor ainda
complementa ao afirmar que ambos os modelos “identificam e coletam os dados utilizados
pelo usuário no processo de pesquisa que formarão uma massa de informação essencial para
a otimização dos recursos de todo o processo”. Para atender a demanda da catalogação, o
RDA está estruturado em duas seções principais, divididas entre a parte A: Reccording
Attributes (Registro de Atributos) e parte B: Recording Relationships (Registro de Relações),
somando o total de dez seções, como pode ser observado a seguir:

SEÇÃO. RDA TOOLKIT – CONTEÚDO.

0 Introdução

1 Section 1: Recording Attributes of Mãnifestãtion & Item

2 Section 2: Recording Attributes of Work & Expression

3 Section 3: Recording Attributes of Agents

4 Section 4: Recording Attributes of Concept, Object, Event & Plãce

5 Section 5: Recording Primãry Relãtionships Between Work, Expression, Mãnifestãtion, & Item

6 Section 6: Recording Relãtionships to Agents

7 Section 7: Recording Relãtionships to Concepts, Objects, Events, & Plãces

8 Section 8: Recording Relãtionships between Works, Expressions, Mãnifestãtions, & Items

9 Section 9: Recording Relãtionships between Agents

10 Section 10: Recording Relãtionships between Concepts, Objects, Events, & Plãces
Fonte: https://ãccess.rdãtoolkit.org/

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25. (IPHAN / CESPE / 2018) Por se tratar de uma norma de catalogação, o uso da RDA é restrito
a bibliotecas. ERRADO.
26. (IPHAN / CESPE / 2018) Dados RDA são passíveis de codificação com o MARC21. CERTO.
27. (IPHAN / CESPE / 2018) A RDA inibe o registro de identificadores tais como o ISBN e o ISSN.
ERRADO.
28. (STJ / CESPE / 2018) A equivalência entre os elementos do RDA e os conceitos do FRBR da
catalogação descritiva é importante para facilitar a aplicação do esquema RDA, tanto pelo
catalogador quanto pelos softwares, de forma a minimizar o ruído entre as informações.
CERTO.

29. (Câmara de São Miguel do Oeste / Prefeitura de São Miguel do Oeste / 2015) Analise as
afirmativas relacionadas ao RDA:
I. O RDA é um produto resultante de avanços ocorridos na catalogação. Tem como obje-
tivo substituir a CDD.
II. O RDA foi construído sobre princípios, modelos conceituais e padrões internacional-
mente estabelecidos desenvolvidos pela International Federation of Library Associa-
tions and Institutions (IFLA).
III. O RDA tem em sua base os modelos conceituais FRBR e FRBA que definem entidades,
atributos e relacionamentos.
IV. O modelo conceitual FRBR define dez entidades divididas em três grupos: o de entidades
que são produtos do esforço intelectual ou artístico; o de entidades que são responsá-
veis pelo conteúdo intelectual ou artístico e o de entidade que servem como assunto à
entidade obra.
V. Em 2010 o RDA foi lançado como uma ferramenta on-line acessível por meio de um na-
vegador mediante assinatura, o RDA Toolkit oferece acesso ao RDA e a um conjunto de
ferramentas para os catalogadores.

Assinale a alternativa correta: As afirmativas II, IV e V estão corretas.

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A RDA substitui a AACR2. Apesar de manter uma forte relação entre elas, a RDA adota
uma estrutura teórica expressa nos modelos conceituais FRBR e FRAD. Foi projetada para o
ambiente digital e seu escopo é mais abrangente. Esse arcabouço teórico constitui uma nova
forma de pensar a respeito de dados bibliográficos e de autoridade (OLIVER, 2011). Oliver
(2011, p.41-42) destaca que o termo cabeçalho inexiste na RDA, que emprega o termo ponto
de acesso.

30. (TRT3 / FCC / 2015) Em relação à RDA − Recursos: Descrição e Acesso, considere:
I. É uma norma de catalogação, baseada numa estrutura teórica projetada para o ambiente
virtual.
II. É utilizada para recursos não tradicionais e se destina a catálogos de bibliotecas.
III. Substitui o AACR2, pois a IFLA não dará continuidade a esse código.
IV. Propõe um modelo conceitual que os códigos de catalogação devem seguir para represen-
tar nomes pessoais, famílias e entidades coletivas.
V. Está baseada no tripé: FRBR, FRAD e Declaração de Princípios Internacionais de Catalogação
da IFLA.

Está correto o que consta APENAS em I, III e V.

A RDA é composta por 38 capítulos (primeiro capítulo é o zero e o 37 o último), sendo


que o primeiro capítulo de cada seção é destinado para orientações gerais. A primeira parte
corresponde aos “Atributos”, definidos no FRBR e FRAD, a segunda parte corresponde aos
“Relacionamentos” definidos no FRBR e FRAD. Silva et al. (2012) afirma que nem todos os
seus capítulos estão desenvolvidos. A RDA foi lançada no ano de 2009, e esta versão serve de
referência para o aperfeiçoamento e conclusão dos capítulos em desenvolvimento. Dessa
forma, por meio da estrutura do novo código de catalogação, observa-se que as mudanças
ocorridas acompanham o desenvolvimento dos suportes tecnológicos. A reestruturação dos
conceitos e práticas da descrição bibliográfica otimizam a recuperação de informações no
contexto da era tecnológica.

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A RDA apresenta elementos que não existem no AACR2, dentre eles destacam-se:
características do arquivo, formato de vídeo, informações sobre custódia (recursos
arquivísticos) características de braile, URLs, identificadores de entidades (pessoas, entidades
corporativas, obras) e idioma das pessoas, entre outros.

No AACR2, quando existem obras com mais de três autores, representados no mesmo
nível de responsabilidade, a regra diz que se devem omitir todos os nomes, exceto o do
primeiro autor. Essa regra, conhecida como regra dos três, não é aplicada ao RDA. Se
determinado registro bibliográfico possuir cinco autores, os cinco autores estarão
descriminados na indicação de responsabilidade, ou seja, o RDA transcreve determinada
indicação de responsabilidade de acordo com o que consta na fonte de informação.

O capítulo da RDA intitulado “Identificação de pessoas físicas” traz instruções sobre


como registrar dados acerca de todos os atributos identificados no modelo FRAD, contendo
20 recomendações.

Esta mudança remonta ao processo de revisão da AACR2r, ainda como proposta para a
AACR3, onde a divisão em partes I e II continuava a refletir a estrutura da AACR2, com o
acréscimo de uma terceira parte para o controle de autoridade (OLIVER, 2011). Na RDA as
informações registradas sobre pessoas físicas vão além da diferenciação de duas pessoas
homônimas. Os dados sobre a pessoa constituem um registro de autoridade para pessoas
físicas, algo que inexistia nos objetivos da AACR2, mas encontra guarida no contexto atual de
trabalho cooperativo.

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31. (UNIRIO / UNIRIO / 2012) Analise as sentenças sobre Resource Description and Ac-
cess (RDA):

I. RDA é um modelo conceitual do tipo entidade-relacionamento que atualiza os FRBR.


II. RDA é a nova norma de catalogação que substituirá as Anglo-American Cataloguing Ru-
les, 2nd edition (AACR2).
III. RDA é traduzido como “descrição e acesso ao recurso” ou como “recurso: descrição e
acesso” porque sua estrutura é dividida em duas partes: da primeira parte, consta a
descrição dos recursos, da segunda parte, consta a escolha e a padronização dos pontos
de acesso.
IV. A Library of Congress já implantou o RDA em parte de seu catálogo. A previsão é que até
31 de março de 2013 o catálogo todo seja elaborado com base no RDA.
V. A versão online do RDA pode ser acessada através do endereço eletrônico
http://www.rdatoolkit.org

As sentenças verdadeiras são: II e V, apenas.

32. (DPU / CESPE / 2016) A RDA — uma ferramenta com acesso via web, com recursos e su-
porte ao catalogador exclusivo de bibliotecas — mantém a mesma terminologia utilizada
na AACR2 para cabeçalhos. ERRADO.
33. (DPU / CESPE / 2016) Um diferencial da RDA é a permissão para, em todos os casos, corrigir
imprecisões ou erros encontrados na fonte de informação, por meio do acréscimo de infor-
mações extras em notas. ERRADO.
34. (SECULT / UECE / 2018) Quanto à catalogação descritiva, é correto afirmar que RDA não
abrevia, enquanto AACR2 usa abreviaturas.
35. (MPE / VUNESP / 2013) No que se refere a regras e normas de descrição bibliográfica, pode-
se afirmar que os dados RDA podem utilizar esquemas pré-existentes, como o MARC21 e o
Dublin Core.

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Em março de 2013, a Library Of Congress - LC publicou o documento Changes to


Heading in the LC Catalog to Accommodate RDA. Ele apresenta as decisões tomadas para a
compatibilização e alteração, quando necessária, para o mais de 8,5 milhões de registros de
autoridade existentes no banco de dados da LC. A grande maioria dos registros, cerca de 95%,
estão validos tanto para as regras da AACR2 quanto para as da RDA.

Exemplo de recurso descrito em RDA com MARC21.

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2.2. – ESTRUTURA DO CÓDIGO DE CATALOGAÇÃO RDA X AACR2.

(MIKSA, 2009 apud VETTER, 2016)

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Figura – comparação AACR2 e RDA.

Figura – comparação AACR2 e RDA.

Assim, fica visível que, com a implementação dos modelos conceituais FRBR e FRAD,
houve a inclusão de novas regras e a reconstrução de outras, buscando uma terminologia que
caracterize o novo código. Ou seja, o RDA utiliza muitos elementos reestruturados do AACR2,
porém, de forma mais organizada, melhor fundamentada e adaptadas para serem aplicadas
no ambiente digital. Uma das mais significativas modificações provocadas pelo RDA é a
melhoria da navegação no catálogo e da visualização dos registros bibliográficos pelos seus
usuários.

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Figura – comparação dos pontos de acesso da AACR2 e RDA

A normalização dos pontos de acesso advém da necessidade de aproveitar as vantagens


que o catálogo oferece quanto a rapidez, exaustividade (no tratamento da informação) e da
recuperação e intercâmbio dos dados. O importante é criar catálogos ideais, não do ponto de
vista catalográfico, mas da funcionalidade do mesmo como elemento indispensável para a
recuperação da informação.

Figura – diferenças nas terminologias

Figura – diferenças na pontuação

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Figura – modelo de metadados


MARC AACR2 versus RDA

(SALGADO, 2013).

Figura – abreviaturas AACR2 versus RDA

(SALGADO, 2013).

Figura – DGM AACR2 versus RDA

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(SALGADO, 2013).

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3 – DISPOSIÇÕES FINAIS

3.1. TERMINOLOGIA APLICADA

Atributos são as diversas características que um tipo de entidade possui, ou propriedades


descritivas de cada membro de um conjunto de entidades (MORENO; ARELLANO, 2005).

Entidade é aqui entendida como uma “coisa” ou um “objeto” no mundo real que pode ser
identificada de forma unívoca em relação a todos os outros objetos. Uma entidade pode ser
concreta ou abstrata (MORENO; ARELLANO, 2005).

Expressão de uma obra é a realização intelectual ou artística específica que assume uma obra
ao ser realizada, excluindo-se aí aspectos da alteração da forma física (MORENO; ARELLANO,
2005).

Manifestação é a materialização de uma expressão de uma obra, ou seja, seu suporte físico
que podem ser livros, periódicos, kits multimídia, filmes, etc., que é representada pelo item
(MORENO; ARELLANO, 2005).

Obra é uma entidade abstrata, uma criação intelectual ou artística distinta (MORENO; AREL-
LANO, 2005).

Relacionamento “é uma associação entre uma ou várias entidades” (CHEN, 1990, p. 21-24
apud MORENO; ARELLANO, 2005).

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3.2. – BIBLIOGRAFIA.

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA.

ASSUMPÇÃO, F. S. Controle de autoridade: definições, processos e componentes. Londrina:


ABECIN, 2012. (Coleção Prêmio TCC ABECIN ; 01).
FUSCO, Elvis Aplicação dos FRBR na modelagem de catálogos bibliográficos digitais. São Paulo:
Cultura Acadêmica, 2011.
MORENO, F. P.; ARELLANO, M. A. M. Requisitos Funcionais para Registros Bibliográficos – FRBR:
uma apresentação Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v.3,
n 1, p. 20-38, jul./dez. 2005
MEY, E. S. A. Introdução à catalogação. Brasília: Briquet de Lemos, 1995.
MEY, E. S. A.; SILVEIRA, N. C. Catalogação no plural. Brasília: Briquet de Lemos, 2009.
OLIVER, C. Introdução à RDA: um guia básico tradução de Antônio Agenor Briquet Lemos. Bra-
sília DF: Briquet de Lemos/Livros, 2011. 153 p.
RIBEIRO, A. M. RDA Resource Description e Access versus AACR2 Código de Catalogação Anglo-
Americano 2ª edição: um estudo comparativo. Brasília: Edição da Autora, 2018.
RIBEIRO, A. M. Catalogação AACR2 com MARC21. Brasília: Edição da Autora, 2015.
SALGADO, D. M.; SILVA, J. F. M. da. AACR2 x RDA: breves reflexões acerca dos registros de
autoridade. Anais do Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da In-
formação (25.: Florianópolis, SC, 07 a 10 de julho, 2013). Florianópolis, 2013.
SANTOS, P. L. V. A. da C.; CORRÊA, R. M. R. Catalogação: trajetória para um código internacio-
nal. Niterói: Intertexto, 2009.

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3.3. – HORA DE PRATICAR.

1. (UFVJM / FUNDEP / 2017) A RDA (Resource Description and Access) é uma norma de ca-
talogação que substituiu as AACR2. Apesar das diferenças entre ambas, alguns vínculos
importantes entre as AACR2 e a RDA continuam existindo. De acordo com Oliver (2011),
assinale a alternativa que não descreve adequadamente esses vínculos.

(A) A RDA nasceu de uma tentativa inicial de fazer uma revisão da AACR.
(B) Registros catalográficos criados segundo as diretrizes RDA serão compatíveis com os regis-
tros AACR.
(C) As AACR e a RDA não compartilham a mesma estrutura de governança.
(D) Muitas instruções RDA derivam das AACR2.

2. (IF-MG / IF-MG / 2015) O RDA é nova norma, que internacionalmente, tem se constituído
para substituir o Código de Catalogação Anglo-Americano. O RDA é uma aplicação dos
modelos conceituais:

(A) FRBR e FRAD


(B) FRRB e FRAU
(C) FRBR e FRAC
(D) FRAC e FRRR
(E) FRBB e FRAD

3. (TRT23 / FCC / 2016) Na elaboração da Recursos: Descrição e Acesso − RDA, instruções


derivadas do AACR foram reformuladas para produzir uma norma que será mais fácil de
usar. Por exemplo, no AACR2,

(A) uma obra com mais de três autores tem entrada pelo título; agora na RDA, o ponto de
acesso principal é o primeiro autor.
(B) utiliza-se uma série de elementos essenciais de descrição, enquanto na RDA, existe a opção
por diferentes níveis de descrição.
(C) não se deve corrigir imprecisões ou erros encontrados na fonte, mas na RDA, as incorreções
devem ser transcritas e corrigidas.
(D) o uso de abreviaturas deve ser evitado; no entanto, na RDA, existe a preferência para usá-
las sempre que possível.
(E) as regras foram estipuladas para facilitar as atividades do usuário; já na RDA, as regras são
estipuladas para facilitar o trabalho do bibliotecário.

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4. (UFG / CS-UFG / 2017) O principal objetivo do código de catalogação RDA é:

(A) a organização da informação.


(B) a interoperabilidade entre sistemas.
(C) o atendimento ao usuário.
(D) o atendimento a bases de dados.

5. (UNIFESSPA / CEPS-UFPA / 2014) Leia atentamente as questões sobre RDA e assinale a


correta:

(A) Pode ser utilizada apenas para recursos não tradicionais.


(B) Destina-se somente para catálogos de Bibliotecas.
(C) Oferece uma estrutura sólida, integrada e flexível.
(D) Possui linguagem subjetiva.
(E) Cria formas de representação para recursos informacionais aceitos apenas nacionalmente.

6. (UNIRV / UNIRV / 2017) O código de catalogação RDA determina que:

(A) se houver mais de três obras, mas somente duas ou três pessoas ou entidades responsáveis,
faça entrada secundária sob o cabeçalho estabelecido para cada pessoa ou entidade.
(B) quando uma única indicação de responsabilidade mencionar mais de três pessoas ou enti-
dades exercendo a mesma função, omita todos os nomes exceto o primeiro de cada grupo
dessas pessoas ou entidades.
(C) registre uma indicação de responsabilidade que menciona mais de uma pessoa física, etc.
como uma indicação única independentemente de as pessoas físicas, famílias ou pessoas
jurídicas mencionadas exercerem a mesma função.
(D) obra com mais de três autores, sem responsabilidade principal indicada, terá a entrada prin-
cipal pelo título, com entrada secundária para o primeiro citado na fonte principal de infor-
mação.

3.4. – GABARITO.

1. Alternativa C
2. Alternativa A Mande-nos questões e dúvi-
3. Alternativa A das para comentários.
4. Alternativa C
5. Alternativa C
6. Alternativa C

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