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Aula 8
Campo Magnético
Prof. Luiz Marco Brescansin
20 semestre, 2013
Diferenças campos magnéticos e elétricos
Campo elétrico E
• Devido a cargas elétricas*
• Carga isolada
• Linhas de campo da carga + para a carga -
Campo magnético B
• Devido a correntes* Nunca foram observados
• Pares de polos (norte e sul) monopolos magnéticos!
• Linhas de campo do norte até o
sul (fechadas)
* Obs: campos elétricos (magnéticos)
também podem ser produzidos por Quando se quebra um imã, sempre se
obtêm dois novos polos
campos magnéticos (elétricos)
variáveis no tempo.
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Desenvolvimento histórico
Há mais de 2000 anos (Grécia):
• Existência de um certo tipo de pedra (hoje chamada de magnetita)
que atraía pedaços de ferro (limalhas)
Em seguida:
• Verificações experimentais que todos os ímãs de qualquer formato
possuíam dois polos, chamados de polos norte e sul.
• Polos iguais de dois ímãs se repelem e polos diferentes se atraem
mutuamente
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Desenvolvimento histórico
1600 (William Gilbert):
• Descoberta que a Terra era um ímã natural com polos magnéticos
próximos aos polos norte e sul geográficos.
• Uma vez que o polo norte de uma agulha imantada de uma bússola
aponta na direção do polo sul de um ímã, o que é denominado polo
norte da Terra, é na realidade, um polo sul magnético.
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Campo magnético B
(Na verdade, B se chama vetor indução magnética)
Linhas de campo
• Não são reais
• Direção do campo tangente à linha Como
• Intensidade do campo à densidade de linhas E
• Não podem se cruzar
• Formam ciclos fechados entre os polos:
• No exterior: vão do polo norte ao polo sul
• No material magnético: vão do sul ao norte
Unidades
Ns N
• SI: Tesla (T) T≡ =
Cm A.m
• Outra unidade usual (não SI): Gauss (G) 1 T = 104 G
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Força magnética
Definição do vetor indução magnética B :
A existência de um campo magnético em uma dada região pode
ser demonstrada com uma agulha de bússola. Esta se alinhará na
direção do campo.
Por outro lado, quando uma partícula carregada com carga q e
velocidade v entra em uma região onde existe um campo magnético B,
ela é desviada transversalmente de sua trajetória sob ação de uma
força magnética que é proporcional à carga da partícula, à sua
velocidade, à intensidade do campo magnético e ao seno do ângulo
entre a direção da velocidade da partícula e a direção do campo.
FB = qvBsenθ
Surpreendente ainda é o fato de que esta força é perpendicular
tanto à velocidade quanto ao campo magnético.
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Força magnética
FB
Vetorialmente: FB = qv × B
Módulo de FB: FB =|q |v Bsenθ
B
Módulo do vetor
FB v
indução magnética: B=
q v senθ
Regra da mão direita
FB v FB
B B
v
B
v v
FB
FB
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Movimento de uma partícula carregada
em um campo magnético uniforme (v ⊥B )
B Como FB ⊥ v ⇒ v = constante ⇒ MCU
v
v2 ou r =
mv
FB
FB = m ac ⇒ qvB = m
FB r qB
v O período do movimento circular é o
FB
tempo para se percorrer uma volta:
v
2π r 2π mv 2π m
T= = =
v v qB qB
Frequência de cíclotron:
1 qB qB
f = = ⇒ ω = 2π f =
T 2π m m
elétrons num campo magnético
T e f são independentes de v.
Movimento de uma partícula carregada
em um campo magnético uniforme (
v ⊥B )
B Velocidade: v = v|| + v⊥ (em relação a B )
v⊥ Movimento circular
v|| Constante (força magnética nula)
2π m
Passo: d = v||T = v||
qB
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Movimento de uma partícula carregada
em um campo magnético não uniforme
Garrafa Magnética:
Quando uma partícula carregada
se move em espiral em um campo
magnético não uniforme, que é mais
forte em ambas as extremidades e mais
fraco no meio, ela fica aprisionada e se
desloca para frente e para trás em uma
trajetória espiral em torno das linhas
de campo.
Desta maneira, elétrons e prótons
ficam aprisionados pelo campo magnético
terrestre não-uniforme, formando os
cinturões de radiação de Van Allen. Cinturões de radiação
de Van Allen
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Combinação de campos elétrico e magnético
Que força age sobre uma carga que está numa região onde
existem um campo elétrico e um campo magnético?
• Filtro de velocidades
Aplicações • Espectrômetro de massa
• Efeito Hall
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Combinação de campos elétrico e magnético
Filtro de velocidades
• Região do espaço com B⊥E
• Equilíbrio entre as duas forças (a
• partícula não sofre desvio) se:
qE = qvB
E
Velocidade das partículas saindo v=
B
B2
Espectrômetro de massa
• Filtro de velocidades (E, B1) seguido de apenas
um campo magnético B2
• Separa as partículas carregadas seguindo m/|q|
B1 m B1 B2
= r (separação de isótopos)
|q| E
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Efeito Hall
l
Um condutor achatado conduz uma
corrente na direção x e um campo magnético i
FB
B
é aplicado na direção y. A corrente pode ser vd FB
F3
Temos:
µ
F2 = − F4 (e têm mesma linha de ação) F1
F1 = F3 = ibB µ = NiAAnˆ
B
A força líquida sobre a espira é nula
F3
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Torque em espira com corrente
F1
dW = − τ dθ = − µ B senθ dθ F1 µ
dU = − dW = + µ B senθ dθ
µ = NiAAnˆ
U = − µB cosθ + U 0
B
θ = 90 0 ⇒ U 0 = 0
F3
U = − µB cos θ = − µ ⋅ B
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Exemplo 3
Em um enrolamento quadrado de 12
voltas, de lado igual a 40 cm, passa uma
corrente de 3 A. Ele repousa no plano xy
na presença de um campo magnético
uniforme B = 0,3T iˆ + 0,4T kˆ .
Encontre:
a) O momento dipolo magnético do
enrolamento;
b) O torque exercido sobre o enrolamento;
c) A energia potencial do enrolamento.
a) µ = NiAkˆ = (12 )( 3A)( 0,4 2 m 2 )kˆ = 5,76 A.m 2 kˆ
b) τ = µ × B = (5,76 A.m 2 kˆ ) × (0,3T iˆ + 0,4T kˆ) = 1,73N.m ˆj
c) U = − µ. B = −(5,76 A.m 2 kˆ ).(0,3Tiˆ + 0,4Tkˆ ) = −2,30J
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Efeito Hall quântico
O efeito Hall quântico (Prêmio Nobel de 1985) é observado em
estruturas semicondutoras especiais, geralmente com altos valores
de mobilidade e a baixas temperaturas. No efeito Hall clássico a
variação da tensão Hall (VH) com o campo magnético é linear,
enquanto que no quântico esta variação resulta numa série de
patamares como ilustra a figura abaixo.
Na teoria do efeito Hall
quântico, a resistência RH
é definida como:
VH RK
RH = = ; n=1,2,3,...
i n
Aulas gravadas:
http://lampiao.ic.unicamp.br/weblectures (Prof. Roversi)
ou
UnivespTV e Youtube (Prof. Luiz Marco Brescansin)
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