Você está na página 1de 19

1

AROMATERAPIA, CROMOTERAPIA E MUSICOTERAPIA ASSOCIADAS AOS


TRATAMENTOS ESTÉTICOS

Jamine Bücker1 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade


do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina.

Juliana Cunha2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade


do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina.

Marli Machado3 – Orientadora, Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da


Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina.

Contatos
1
ja.cosmeto@yahoo.com.br
2
julianac.l@terra.com.br
3
marlimachado@univali.br

Resumo: Este trabalho pretende expor a atuação das terapias alternativas como
complemento para a área de tratamentos estéticos faciais e corporais, transmitindo
saúde e bem-estar na vida dos clientes que buscam usufruir destes tratamentos,
bem como promover mais informações sobre o assunto aos profissionais da estética.
A pesquisa caracterizou-se como bibliográfica de nível exploratório, pois buscou-se
na literatura disponível conceitos de autores para o embasamento teórico deste
trabalho. A terapia alternativa é uma técnica trabalhada pelos terapeutas holísticos,
que visa a harmonia e o equilíbrio do corpo, mente e espírito. Existem vários tipos de
técnicas, entretanto, a pesquisa em questão abordou a cromoterapia, aromaterapia
e musicoterapia, pois existe carência de material publicado sobre tais terapias
associadas a estética. Observou-se que existe uma grande procura por tratamentos
alternativos e qualidade de vida, em função da vida agitada, da ansiedade e do
estresse que as pessoas acumulam no seu dia a dia e que tais terapias associadas
aos tratamentos estéticos contribuem para a melhora do humor, do emocional, do
mental e do espiritual do cliente.

Palavras chaves: Terapias alternativas. Tratamentos estéticos. Cromoterapia.


Aromaterapia. Musicoterapia.
2

1 INTRODUÇÃO

No mundo capitalista, onde os valores são ditados por aquilo que se tem e não por
aquilo que se é, para sentir-se valorizado ou aceito, o indivíduo procura ser igual ao
outro, buscando a imagem imposta pela sociedade. Nesse sentido, centros de
estética, SPA’s, academias e clinicas de cirurgias plásticas, trabalham na aparência,
aquilo que está fora, em função do paradigma atual, satisfazendo as necessidades
do cliente, oferecendo para isso diversos produtos cosméticos e tratamentos
estéticos.

Diante dos altos índices de estresse, depressão e outras doenças de cunho


psicológico que acometem a população, as pessoas estão cada vez mais à procura
de tratamentos diferenciados, que lhes favorecem equilíbrio, saúde, bem-estar e
qualidade de vida. Tratamentos estes, que se associados a terapias alternativas
como: aromaterapia, cromoterapia e musicoterapia, poderão proporcionar melhores
resultados e maior satisfação ao cliente.

As terapias alternativas são tratamentos que, na sua maioria, enfocam o indivíduo


de forma global, ou seja, mente, corpo, comportamento e meio-ambiente. Portanto,
este artigo tem como objetivo buscar na literatura terapias alternativas, como
aromaterapia, cromoterapia e musicoterapia e associar a tratamentos estéticos,
visando melhores resultados, tanto físico, como mental e espiritual, uma vez que
não há muita divulgação de tais tratamentos nessa área, nem publicações
relacionadas ao tema, dessa forma servirá também como fonte bibliográfica para
consultas futuras.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
3

Para um melhor entendimento do tema a ser tratado, buscou-se na literatura


conceitos de diversos autores, e estruturou-se o artigo, primeiramente falando das
terapias alternativas, aromaterapia, cromoterapia e musicoterapia, suas definições e
de que forma elas agem em benefício do corpo humano. Posteriormente foram
abordados os tratamentos estéticos e como essas terapias alternativas podem ser
associadas aos mesmos, auxiliando no tratamento e melhorando os resultados.

2.1 Tratamentos Estéticos

Em função do avanço tecnológico os tratamentos estéticos estão evoluindo


constantemente, e as pessoas, devido ao corre-corre diário, cansaço, estresse,
ansiedade e outros problemas, estão cada vez mais em busca de saúde, qualidade
de vida, bem estar físico e mental. Afirmação essa, corroborada por Diniz e Oliveira
(2006, p. 33) quando dizem que:

Os recursos para se obter a saúde do corpo crescem a cada dia.


Clínicas de estética, academias e cirurgias plásticas, buscam
trabalhar a aparência, aquilo que está fora, em função do paradigma
atual, o mecanicismo, o homem desfragmentado, a separação entre
o pensar e o sentir, a razão e a emoção, o corpo e a alma. Os altos
índices de estresse, depressão e outras doenças de cunho
psicológico que acontecem dentre estas mesmas massas
populacionais, deixam clara, a “fome” do homem por si mesmo,
daquilo que o identifique, que o potencialize, daquilo que é a sua
essência. Em nosso mundo capitalista, onde os valores são ditados
por aquilo que se tem e não por aquilo que se é, para sentir-se
valorizado ou aceito, o homem procura ser igual ao outro.

Diante dessa necessidade desenfreada dos indivíduos, alguns dos tratamentos


oferecidos são com fins terapêuticos, como os citados neste trabalho, aromaterapia,
cromoterapia e musicoterapia, podendo ser associados aos tratamentos estéticos,
resultando assim, em maiores benefícios para o cliente.
4

Tais tratamentos, ao serem trabalhados com o apoio de alguns aparelhos e


massagens, auxiliam na melhora do corpo, na redução de medidas, no aspecto da
pele e na circulação sanguínea e linfática.

2.2 Terapias Alternativas

Trata-se de uma técnica trabalhada pelos terapeutas holísticos, caracterizada como


terapia holística, onde a palavra terapia significa harmonizar e equilibrar, a palavra
holística do grego holus, significa totalidade, visando mais qualidade e bem-estar em
sua vida, onde se utilizam técnicas milenares e modernas, suaves e naturais. Tendo
como objetivo avaliar os desequilíbrios energéticos, buscando a otimização da
qualidade de vida, harmonia e autoconhecimento. (SINTE, 2007)

Segundo Pedrol (2009) qualquer forma de tratamento diferente dos tradicionais


utilizados na medicina convencional, como os remédios, cirurgias ou procedimentos
invasivos é designado como terapias alternativas.

Almeida; Werkamn; Canettieri (2006, p.9341) observam em seu estudo que:

Nos últimos anos, o interesse da população mundial e dos profissionais da


área da saúde por tratamentos alternativos – como acupuntura, homeopatia,
florais, cromoterapia – vem aumentando cada vez mais. Nos Estados
Unidos e Europa a procura por estas práticas é muito comum. Na
Faculdade de Medicina da USP, uma tese de doutorado defendida
recentemente revelou que 50% dos médicos residentes no Município de
São Paulo são favoráveis à utilização de terapias alternativas e 2/3
gostariam que as escolas médicas incluíssem esse tipo de disciplina nos
currículos da graduação.

Percebe-se também, além da área da saúde, na área da estética grande procura por
tratamentos alternativos, pois um dos principais objetivos das terapias alternativas
é: potencializar o tratamento convencional através do fortalecimento do organismo,
do controle do estresse e equilíbrio das emoções.
5

As terapias alternativas mais utilizadas são: acupuntura, aromaterapia,


cromoterapia, musicoterapia, auriculoacupuntura, fitoterapia, reiki, shiatsu e florais
de Bach.

Dentre as terapias elencadas acima, pretende-se estudar de forma mais


aprofundada a aromaterapia, cromoterapia e musicoterapia e de que forma as
mesmas podem ser associadas aos tratamentos estéticos.

2.2.1 Aromaterapia

Arte milenar, praticada desde a antiguidade pelos babilônios, gregos, romanos,


árabes, chineses, hindus e egípcios, com fim medicinal e religioso, onde queimavam
a mirra ou do uso de perfumes (ANDRADE; NAVARRO; SERRANO, 2005).

Descendente diretamente da fitoterapia, existe há tempo suficiente para que seja


possível considerar seu valor terapêutico e os benefícios fisiológicos que ela traz,
considerada uma terapia natural não traumatizante. (MEDICINA NATURAL, c1983).

O químico francês Gattefossé realizava experiências com óleos aromáticos, numa


de suas experiências, quando queimou a mão e, rapidamente colocou a mão no
recipiente mais próximo a ele, que continha óleo essencial de lavanda. Observou
que a sua ferida cicatrizou rapidamente, sem ocorrência de infecção na área
queimada, tampouco surgiram bolhas. O acontecido foi o ponto de partida para
novas pesquisas. Em 1928, Gattefossé publicou o primeiro livro sobre o assunto de
aromaterapia (KELLER, 2003).

Segundo os praticantes desta arte, de acordo com os autores Andrade; Navarro;


Serrano (2005), a utilização de fragrâncias ajuda a relaxar e equilibrar as emoções,
atuando no subconsciente do ser humano, visando proporcionar o equilíbrio entre
6

corpo e mente, preservando a saúde por meio do bem estar físico, mental e
emocional.

A aromaterapia é uma técnica que utiliza óleos essenciais para melhorar a saúde e
reequilibrar as emoções. Os óleos essenciais são extraídos de frutas, sementes,
folhas, flores, madeiras e ervas, existindo cerca de 150 tipos (SITE MÉDICO, 2010).
Possuem uma consistência oleosa, resinosa, mais ou menos fluida, muito
perfumado, volátil, alguns coloridos e mais leves que a água (MEDICINA NATURAL,
c1983). Dão origem aos aromas encontrados em incensos, velas, banhos e
perfumes.

Sabe-se que estes óleos agem sobre os sistemas do organismo, como, sistema
linfático, imunológico, os quais são de suma importância para o bem-estar físico.

Keller (2003) cita alguns óleos que podem ser utilizados na área estética:

• Óleos essenciais utilizados para tratamento contra acne: bergamota, cânfora,


lavanda, camomila-romana, pau-de-sândalo, tea-tree, cedro, limão, gerânio,
cipreste.

• Óleos que auxiliam na diminuição de edemas, podendo ser usados na


drenagem linfática: gerânio, alho, alecrim, cebola.

• Óleo essencial para combate às estrias: pau-de-rosas.

• Óleos anti-age: mirra, patchuli, vetiver.

• Óleos utilizados na limpeza de pele: menta, fortela, zimbro, lavanda, gerânio,


cânfora.

• Óleos essenciais para hidratação facial: cenoura, jasmim, pau-de-sândalo.


7

O uso dos óleos essenciais na fase de gestação é um recurso adicional ao bem


estar da mãe e do feto, através de massagens e banhos, desde que a aplicação seja
feita com orientação de um especialista, pois existe restrição à adoção de alguns
óleos durante os primeiros meses de gravidez em função da composição dos
mesmos. Em cada gota existe uma grande quantidade de substâncias, que em
contato com a pele ou por meio do sistema olfativo, acabam caindo na corrente
sanguínea e por mais gostoso que possa parecer o aroma, a sua utilização
prejudicará a mãe e o bebê (PHYTOTERÁPICA, 2010).

Nesse sentido, Keller (2003) ressalta que é contra indicado para mulheres grávidas
a utilização dos seguintes óleos essenciais: basilicão, cânfora, cenoura, manjerona,
noz-moscada, Salvia sclarea, mirra, orégano, poejo, Salvia officinalis, açafrão,
tomilho, zimbro, incenso, hissopo, cedro, canela.

É importante ressaltar que a aromaterapia para crianças, gestantes, epiléticos,


idosos e bebês deve ser sempre acompanhada por um profissional habilitado
(PROFALA, 2010).

2.2.1.1 Na estética

Os recursos da utilização da aromaterapia são inúmeros, e muitos deles podem ser


associados à tratamentos estéticos como uso tópico na maioria dos casos.

Os óleos essenciais agem no corpo em diferentes níveis de acordo com Triska


(2010)

• Orgânico: possibilita as trocas gasosas pulmonares, as secreções biliares,


pancreáticas e filtração dos rins; promove a estimulação glandular, a
regeneração celular e a cicatrização.
8

• Físico-estrutural: Tonificação (muscular, circulação do sangue, e sistema


nervoso); Facilitação (neurotransmissores, enzimas, vitaminas,
oligoelementos); Proteção (radicais livres); Capacitação de defesa (sistema
imunológico)
• Psicoemocional: Depura os estados negativos (raiva, tristeza, medo, etc.);
Ajuda na expressão dos sentimentos; Estabiliza comportamentos; Trabalha
auto-estima; Estimula a descontração e melhora o humor.

• Mental: Promove o relaxamento e a tranquilidade; Estimula a performance e


a clareza mental; Diminui apatia, ansiedade, tensão, depressão e alivia o
estresse.

• Energético-vital: interação entre fontes de energia vital e os óleos


essenciais.

• Espiritual: Conexão com nossa a voz interior; Aprofundamento do estado


meditativo; Proteção e Auto-reflexão.

Silva (1998) lista abaixo os principais óleos essenciais e suas características de


aplicação na área de estética:

a) Acne: Alecrim, Bergamota, Camomila Romana, Patchouli, Pau Rosa,


Sândalo, Tea Tree, Verbena, Vetivert.

b) Ativa Circulação: Alecrim, Benjoin, Canela, Gengibre, Hortelã Pimenta,


Hortelã Brasil, Lemongrass, Palmarosa, Pimenta Negra, Rosa, Vetivert.

c) Celulite: Alecrim, Bergamota, Erva Doce, Grapefruit, Junípero, Laranja,


Lemongrass, Pimenta Negra.
9

d) Drenagem linfática: Canela, Cipreste, Eucalípto Globulos, Hortelã Pimenta,


Hortelã Brasil, Limão Tahiti, Limão Siciliano, Gengibre, Laranja, Lemongrass.

e) Flacidez: Cistus, Copaíba, Erva Doce, Hortelã Pimenta, Hortelã Brasil.

f) Gordura localizada: Erva Doce, Patchouli, Hortelã Pimenta, Hortelã Brasil,


Pimenta Negra, Grapefruit.

g) Hidratante: Palmarosa, Vetivert, Rosa, Sândalo, Patchouli.

h) Massagem relaxante: Alecrim, Camomila Romana, Cedro, Hortelã Pimenta e


Brasil, Laranja, Lavanda, Lemongrass, Palmarosa, Patchouli, Pau Rosa,
Sândalo, Vetivert, Ylang Ylang.

Percebem-se então, que são vários os óleos essenciais disponíveis no mercado e


diversos os seus benefícios, sendo que cada um deles deve ser utilizado para
determinada disfunção ou região do corpo. A sua utilização associada a um
tratamento estético com certeza auxiliará em muito na melhora da pele, trazendo
dessa forma, mais benefício ao cliente e satisfação no resultado.

2.2.2 Cromoterapia

A cromoterapia é a ciência que utiliza o poder das cores na busca do equilíbrio do


corpo, curando assim, inúmeras disfunções orgânicas e emocionais. Vem sendo
utilizada pelo homem desde as antigas civilizações, como no Egito antigo, nos
templos de luz e cor de Heliópolis, como também na Índia, na Grécia, na China,
onde suas aplicações terapêuticas foram comprovadas através da experimentação
constante e verificação de resultados (LINEA PLAS, 2010).
10

O conhecimento esotérico explica que a cromoterapia é um sistema para curar


doenças e desordens dos corpos, mental, emocional e físico, proporcionando a cada
um a vibração que lhe falta através da energia da luz manifestada pelas cores
(MEDICINA NATURAL, c1983).

Para Sui (1992 apud SILVA; MONTEIRO, 2006, p.660.1) “Cromoterapia é uma
ciência que usa a cor para estabelecer o equilíbrio e a harmonia do corpo, da mente
e das emoções”.

De acordo com a frequência de vibração da luz captados pelos olhos, o cérebro cria
a sensação da cor. As frequências mais altas dão sensação do violeta e as
frequências mais baixas a sensação do vermelho. As frequências intermediárias
revelam todas as cores do arco-íris (MEDICINA NATURAL, c1983).

Esta terapia alternativa é baseada nas sete cores do espectro solar para alterar ou
manter as vibrações do corpo na freqüência que provem em saúde, bem-estar e
equilíbrio, atuando desde o nível físico até os mais sutis (AMBER, 2006).

As teorias de Ghadiali podem ser assim resumidas: as cores representam


potencial químico em altas oitavas vibratórias e cada uma delas está
associada a um órgão ou sistema orgânico físico e extrafísico, seja para
estimulá-lo ou inibi-lo em seu funcionamento. (VENDITI, 2007, p.4).

A terapia prioriza, de acordo com Andrade; Navarro; Serrano (2005, p.65), “a cor e
seu significado, sendo recomendada para alterações e doença especifica,
preocupando-se com as necessidades de cada individuo em particular”.

O cromo-terapeuta deve ter visão holística e sensibilidade desenvolvida, para aplicar


as cores da forma adequada, ativando as energias que estão deficitárias, ajudando
na recuperação de células doentes e contribuindo na indução a melhores hábitos
mentais, levando à harmonização e à saúde integral (LINEA PLAS, 2010).
11

O tratamento terapêutico é baseado em cores que podem ajudar a curar doenças


que se apresentam no corpo físico. O ser humano e a natureza necessitam da luz do
sol para sobreviverem. Sem luz não há vida e dessa maneira, o homem e a natureza
recebem a luz solar e esta se decompõe em sete raios principais que são
distribuídos pelo corpo físico e energético. Se houver desequilíbrio dessas cores, as
doenças refletem-se no corpo físico e os indivíduos adoecem (LINEA PLAS, 2010).

Para um resultado eficiente do tratamento, recomenda-se que o individuo esvazie a


mente do estresse diário, tendo contado com a natureza, que é uma fonte benéfica
para a tranqüilização da mente e harmonização do corpo, pois o corpo físico está
estritamente ligado ao campo mental.

2.2.1 Na estética

A cromoterapia como tratamento alternativo tem muito a colaborar na área da


estética, por meio da interação entre as cores e os cosméticos desenvolvidos para
tratar disfunções da pele e principalmente combater o envelhecimento cutâneo. As
máscaras faciais podem ser associadas à aplicação da cor indicada para cada caso.
Assim como podem ser utilizados também em tratamentos corporais.

Em relação às cores e seus benefícios, Santos; Oliveira e Panizza (2007) ressaltam


suas ações:

• Cor Laranja - Desintegrador de toxinas e cálculos existentes no organismo.


• Rosa - Purificador de impurezas.
• Vermelho - Auxilia na restauração das células e aumenta o fluxo sanguíneo.
• Amarelo - Regenera os ossos e o sistema nervoso, além de acelerar o
processo de cura.
12

• Azul - Calmante para o sistema nervoso, analgésico para as dores e equilíbrio


para o espírito.
• Verde - Dilatador dos vasos sanguíneos.

Na estética facial, a luz azul pode ser utilizada na limpeza de pele, sendo aplicada
após a extração, auxiliando na cicatrização, enquanto que a luz amarela atua no
processo de limpeza.
A luz verde aplicada na estética corporal é relaxante e ajuda na eliminação de
toxinas da pele, assim como a luz amarela. O vermelho é utilizado em tratamentos
para combate de gordura localizada e celulite e o azul reconhecido como
fortalecedor da musculatura.

2.2.3 Musicoterapia

A musicoterapia consiste da união da arte com a ciência. Surgindo casualmente de


uma interação interdisciplinar. Como ocorreu nos Estados Unidos, quando
profissionais da música foram chamados para distrair e entreter soldados que
regressavam da guerra, feridos e psicologicamente conturbados. A experiência
musical mudou o quadro clínico dos mesmos, sendo observadas mudanças
positivas (CHAGAS; ROSA, 2008).

De acordo com a Associação de Musicoterapia Americana (AMTA), citado por


Andrade, Navarro e Serrano (2005) a definição para musicoterapia é o uso
controlado de música com o objetivo de restaurar, manter e incrementar a saúde
mental e física . Tem sido muito utilizada em diferentes situações com o objetivo de
estimular a autoconfiança, aliviar tensões, produzir a concentração e também como
terapêutica e preventiva.
13

A música estimula o sistema imunológico, evitando doenças. Em relação a sua


participação na regulagem do número de anticorpos, Straliotto (2001, p. 46) explica
que:

O sistema imunológico é influenciado em sua produção pelo estado


psicológico e sendo a música uma linguagem que se comunica com as
emoções pode através dela modificar a produção destes anticorpos para
mais ou menos.

A musicoterapia é hoje uma técnica terapêutica muito difundida, aplicada pela


medicina no mundo inteiro. A música e os sons dos instrumentos sempre
influenciaram o homem, sobre a mente e o corpo, Platão mostrava uma especial
admiração pelos efeitos terapêuticos, afirmando que “a musica é o remédio da
alma”. É inegável falar que os efeitos dos sons nos seres humanos provocam efeitos
inexplicáveis, como tranquilidade, equilíbrio, bem-estar, diminuição de estresse e no
tratamento de varias doenças, psicossomáticas (BONTEMPO, 2001, p. 69).

Segundo Bruscia (2000), é possível observar que a música “nos estimula e nos
acalma, nos acompanha na alegria e na tristeza, ela brinca conosco e nos ajuda a
brincar, ela nos leva para dentro e para fora de cada emoção humana”. Sendo
assim, a musicoterapia, é a linguagem das emoções.

A princípio trata-se de unir campos muito diferentes. Onde a música contribui para
vários enfoques terapêuticos: a medicina, a psicologia, a neurologia, a estética, etc.
Bréscia (2009, p. 9) concluiu em seu estudo que:

A musicoterapia é baseada na humanidade da música e envolve o corpo, a


mente e o espírito, sendo, portando, sua utilização controlada e permite
esperança no tratamento reabilitação, educação e treinamento de crianças,
adultos e idosos que padecem de distúrbios físicos, mentais ou emocionais.

De uma maneira geral, sabe-se que a musica por si só, produz diferentes efeitos,
pela imensa quantidade de tipo de sons existentes, que podem estimular a calma, a
ansiedade, medo, alegria, tensão, prazer, etc. Deste modo pode-se ver que a
14

música interfere no comportamento humano, sendo também prejudicial à saúde,


quando usada de forma exagerada.

2.2.3.1 Na estética

De acordo com Bréscia (2009, p. 6) a musicoterapia “ajuda a explorar sentimentos,


aprende a lidar com a ansiedade e stress, aprende a resolver problemas e conflitos
e melhorar a sociabilidade”. Além disso, o efeito relaxante da música auxilia também
em problemas físicos como doenças degenerativas (Alzheimer) danos cerebrais
devido a traumatismos, hipertensão ou dores crônicas.

Padilha (2008, p. 84) observa que:

A musicoterapia procura desenvolver potenciais e/ou restaurar funções do


indivíduo para que ele alcance uma melhor qualidade de vida, através da
prevenção, reabilitação ou tratamento. [...] pode influir direta ou
indiretamente sobre o bem estar emocional, relações interpessoais,
desenvolvimento pessoal, autodeterminação, inclusão social e direito.

Bréscia (2009) ressalta ainda que a musicoterapia promove melhorias no estado


anímico do paciente, estimula funções cognitivas, ativa a memória para fatos e
eventos e favorece o desenvolvimento da comunicação (verbal e corporal).

Além de relaxar, alegrar e trazer à tona lembranças e saudades, a música pode agir
no organismo curando doenças. De acordo com Vale (2010) uma pesquisa realizada
pela Escola de Medicina da Universidade de Maryland, em Baltimore, nos Estados
Unidos, analisou 10 mil voluntários fumantes e sem problemas de saúde. Entre
outras atividades, os cientistas pediram aos pacientes voluntários que elegessem
uma canção que os fizesse se sentir bem e outra que aumentasse a ansiedade.

Após a pesquisa, os cientistas perceberam que os vasos sanguíneos dos braços dos
voluntários se dilataram em 26% após ouvirem uma música alegre, enquanto as
15

canções que lembravam tristeza e causavam ansiedade provocaram uma redução


de 6% no fluxo sanguíneo. Isso acontece porque ao escutar uma música o ouvido
transforma os sons em estímulos elétricos que chegam ao cérebro provocando o
aumento da produção de endorfina. O que causa sensação de bem-estar e relaxa o
corpo, diminuindo os batimentos cardíacos e a pressão arterial.

A sensação de prazer ao se escutar uma música é tão grande, que ela se tornou
instrumento de terapias médicas auxiliando na recuperação de pacientes com
diversos males e tem dado grandes resultados. Auxilia os hipertensos, doentes
crônicos, crianças com problemas cognitivos e até portadores de necessidades
especiais. Conforme Brunhara (apud VALE, 2010) a musicoterapia tem o poder de
curar ou ao menos amenizar os problemas de saúde dos pacientes sem o uso de
medicamentos. Não que ela substitua o tratamento convencional, mas muitas vezes
agiliza o processo de recuperação diminuindo o sofrimento do doente.

O profissional precisa perceber as reações do paciente a cada som que ele escuta
para então identificar o que mais mexe com suas emoções. Depois disso, poderá
aliar atividades que tenham a ver com o seu problema a músicas que o trazem ao
equilíbrio.

A musicoterapia por meio de seus elementos como harmonia, sons, ritmo e


melodias, promove mudanças positivas nos campos físico, emocional,
comportamental e cognitivo, aliviando dores e tensões nervosas, proporcionando
assim conforto e bem-estar.

3 METODOLOGIA

Esta pesquisa caracterizou-se como bibliográfica que de acordo com Marconi e


Lakatos (2006) trata-se de levantamento de toda bibliografia já publicada, em forma
16

de livros, revistas, publicações avulsas e impressa. Tem como objetivo colocar o


pesquisador em contato com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto.

A pesquisa é do tipo exploratória, pois a partir da busca e localização das fontes


documentais ou bibliográficas foi possível citar as principais conclusões que os
autores chegaram, salientando a contribuição dos mesmos na pesquisa realizada,
demonstrando as contradições ou reafirmando comportamentos e atitudes. Gil
(1991) ressalta que a pesquisa exploratória proporciona maior familiaridade com o
problema com vistas a torná-lo explícito ou a construir hipóteses.
Após a realização das leituras, explorou-se os conceitos dos autores para a
elaboração da fundamentação teórica deste trabalho. Também foi possível por meio
do conhecimento obtido com o estudo sugerir tratamentos alternativos associados
aos estéticos, os quais poderão auxiliar no tratamento, resultando em melhores
benefícios para a pele.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do levantamento bibliográfico realizado, percebeu-se poucas publicações


relacionadas ao tema. Umas exploravam somente as terapias alternativas, outras
associavam as terapias a diferentes segmentos, como: enfermagem, odontologia,
psicologia e fisioterapia. Desta forma, este trabalho tem muito a contribuir para a
literatura da área.

Observou-se que existe uma grande procura por tratamentos alternativos em busca
de qualidade de vida, em função da vida agitada, da ansiedade e do estresse que as
pessoas acumulam no seu dia a dia.

As terapias alternativas associadas aos tratamentos estéticos, além de melhorar a


17

aparência, contribuem também no humor, no emocional, no mental e no espiritual do


cliente.

Sugerem-se outros estudos que possam aprofundar a musicoterapia e elaborar


menus de músicas para auxiliar nos tratamentos estéticos, bem como estudos de
casos que possam comprovar o benefício da associação das terapias estudadas
com os tratamentos estéticos, tendo em vista que este foi apenas um trabalho de
revisão bibliográfica.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, A.D.; WERKMAN, C.; CANETTIERI, A.C.V. Uso de terapias alternativas


no consultório odontológico: uma revisão da literatura. In: ENCONTRO LATINO
AMERICANO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 10 e ENCONTRO LATINO
AMERICANO DE PÓS-GRADUAÇÃO, 6, 2006, Paraíba. Anais... Paraíba: UNIVAP,
2006. Disponível em: <
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2006/inic/inic/03/INIC0000948.pdf>. Acesso
em 14 mar. 2010.

AMBER, Rueben. Cromoterapia. São Paulo: Pensamento, 2006. Disponível


em:<http://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=mXpum2PmWSoC&oi=fnd&pg=PA9&dq=cromoterapia+est%C3%A9tica
&ots=iNRSWUVMk1&sig=qX1HOIrQUGkhVKsANl3JEitvsCI#v=onepage&q=&f=false
>. Acesso em 11 mar. 2010.

ANDRADE, Estela Machado; NAVARRO, Valéria Pontelli; SERRANO, Kranya


Victoria Díaz. Terapias complementares para o controle de ansiedade frente ao
tratamento odontológico. Revista Odontológica de Araçatuba, v. 26, n.2, p.63-66,
jul./dez. 2005.

BOMTEMPO, Márcio. Iniciação à medicina holística. 3. ed. Rio de Janeiro: Nova


Era, 2001.

BRÉSCIA, Vera Pessagno. A música como recurso terapêutico. In: ENCONTRO


PARANAENSE, CONGRESSO BRASILEIRO DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS,
14, 9, 2009. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 2009. Disponível em:
<www.centroreichiano.com.br/artigos>. Acesso em: 20 mar. 2010.

BRUSCIA, Kenneth E. Definindo musicoterapia. 2. Ed. Rio de Janeiro: Enelivros,


2000.
18

CHAGAS, Marly; ROSA, Pedro. Musicoterapia. Rio de Janeiro: Mauad, 2008.


Disponível em:
<http://books.google.com.br/books?id=1uPgtCccmwoC&printsec=frontcover&dq=mu
sicoterapia&cd=2#>. Acesso em: 03 mar. 2010.

DINIZ, Elcio Levi Brandão; OLIVEIRA, Joanessa Nunes. Música e saúde: o olhar da
musicoterapia. In: FÓRUM DE PESQUISA CIENTÍFICA EM ARTE, 4. Curitiba, 2006.
Anais. Curitiba: Escola de Música e Belas Artes do Paraná, 2006. Disponível em: <
http://www.embap.pr.gov.br/arquivos/File/anais4/elcio_diniz_joanessa_oliveira.pdf>.
Acesso em 05 mar. 2010.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.

KELLER, Erich. Guia completo de aromaterapia. São Paulo: Pensamento, 2003


Disponível em:
<http://books.google.com.br/books?id=CLj8jvOOCG0C&pg=PA18&dq=Gattefoss%C
3%A9+aromaterapia&hl=pt-BR&ei=8jygS8a7L8OC8gaNl-
z_DA&sa=X&oi=book_result&ct=book-
thumbnail&resnum=1&ved=0CDYQ6wEwAA#v=onepage&q=Gattefoss%C3%A9%20
aromaterapia&f=false>. Acesso em: 10 mar. 2010.

LINEA PLAS. Cromoterapia. Disponível em:


<http://lineaplas.com.br/html/portifolio.html>. Acesso em: 05 abr. 2010.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho


científico. São Paulo: Atlas, 2006

MEDICINA natural: a cura de todas as doenças esta na natureza. São Paulo: Três,
c1983.

PADILHA, Marisa do Carmo Prim. A musicoterapia no tratamento de crianças


com perturbação do espectro do autismo. 2008. 113 f. Dissertação (Mestrado em
Medicina)-Faculdade de Ciências da Saúde. Universidade da Beira Interior. Covilhã,
PT, 2008. Disponível em: <
http://www.fcsaude.ubi.pt/thesis/upload/118/763/marisapadilhadissert.pdf>. Acesso
em: 25 abr. 2010.

PEDROL, Sandro. Terapia alternativa, 2009. Disponível em:<


http://www.scribd.com/doc/14944401/Terapia-Alternativa>. Acesso em 20 mar.
2010.

PHYTOTERAPICA. Gravidez e aromaterapia. Disponível em:


<http://www.phytoterapica.com.br/noticias_gravidez_leia.html>. Acesso em: 20 mar.
2010.

PROFALA. Aromaterapia. Disponível em:


<http://www.profala.com/artdiver3.htm> Acesso em: 23 mar. 2010.
19

SANTOS, Carlos Henrique dos; OLIVEIRA, Gisele Ferner; PANIZZA, Thais. O poder
das cores: a cura dos problemas orgânicos e emocionais pelo uso das cores. Em
Tempo: Jornal do laboratório dos alunos da UNIFIEO, v.5, n.19, p.12, jun.2007.

SILVA, Adão Roberto da. Tudo sobre aromaterapia: como usá-la para melhorar
sua saúde física, emocional e financeira. São Paulo: Roca, 1998.

SILVA, Raquel Cavalcanti; MONTEIRO, Claudia Franco. Cromoterapia: um


importante recurso terapêutico para a terapia ocupacional. In: ENCONTRO LATINO
AMERICANO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 10 e ENCONTRO LATINO
AMERICANO DE PÓS-GRADUAÇÃO, 6, 2006, Paraíba. Anais... Paraíba: UNIVAP,
2006. Disponível em: <
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2006/inic/inic/03/Sa%FAde%20inic%20X008.p
df>. Acesso em: 20 mar. 2010.

SINTE. Sindicato dos Terapeutas. Glossário: terapia holística. 2007. Disponível


em: <http://www.holopedia.com.br/pdf.php?cat=50&id=88&lang=pt-br>. Acesso em
03 mar. 2010.

SITE MÉDICO. Aromaterapia. Disponível em:


<http://www.sitemedico.com.br/sm/materias/index.php?mat=1488>. Acesso em: 20
mar. 2010.

STRALIOTTO, João. Cérebro e música, segredos desta relação. Blumenau:


Odorizzi, 2001.

TRISKA, Leila Nery Souza. Óleos essenciais em terapias complementares:


aromaterapia. Disponível em: <www.ivsboe.padetec.ufc.br/palestras/leila.pdf>.
Acesso em: 15 mar. 2010.

VALE, Natália do. Música faz bem a saúde do coração e proporciona alegria e
bem-estar: a escolha do acorde certo é fundamental para o sucesso do tratamento.
Disponível em: < http://www.minhavida.com.br/conteudo/11512-Musica-faz-bem-a-
saude-do-coracao-e-proporciona-alegria-e-bemestar.htm>. Acesso em: 07 jul. 2010.

VENDITI, Maria. Medicina alternativa: a origem da cromoterapia. Luz e Ser, v.6, n.9,
jun. 2007. Disponível em: <http://www.eis.org.br/administrador/Jornal%20Junho-
07.pdf>. Acesso em: 22 mar. 2010.

Você também pode gostar