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GABRIEL ALVES DE SÁ
Pombal – PB
2019
GABRIEL ALVES DE SÁ
Pombal – PB
2019
1. DADOS GERAIS
De modo geral, o projeto foi orientado segundo o que consta no “Manual de Drenagem
Urbana”, desenvolvido pelo Governo do Estado do Paraná, através da Secretaria de Estado de
Meio Ambiente e Recursos Hídricos na SUDERHSA, onde dimensionamento de uma rede de
pluviais pode ser baseado nas seguintes etapas:
subdivisão da área e traçado;
identificação de áreas controladas e não-controladas;
determinação das vazões que afluem à rede de condutos;
dimensionamento da rede de condutos;
dimensionamento das medidas de controle.
Foram utilizados alguns softwares para o auxílio na base de imagem e dados, tais como:
AutoCad, QGis, Google Earth, dentre outros.
A microdrenagem é definida pelo sistema de condutos pluviais ou canais nos
loteamentos ou na rede primária urbana. Este tipo de sistema de drenagem é projetado para
atender a drenagem de precipitações com risco moderado.
O escoamento num curso d’água depende de vários fatores que podem ser agregados
em dois conjuntos:
controles de jusante: definem a declividade da linha de água. Os controles de jusante
podem ser estrangulamentos do curso d’água devido a pontes, aterros, mudança de
seção, reservatórios, oceano. Esses controles reduzem a vazão de um rio
independentemente da capacidade local de escoamento.
controles locais: definem a capacidade de cada seção do curso d’água de transportar
uma quantidade de água. A capacidade local de escoamento depende da área da
seção, da largura, do perímetro e da rugosidade das paredes. Quanto maior a
capacidade de escoamento, menor o nível de água.
Sarjetas
Sarjetas são elementos em forma de calha que captam água pluvial, são localizadas nas
vias públicas paralelas ao meio fio. Em geral, devem ser construídas em concreto devido às
deformações significantes advindas do pavimento asfáltico, aumentando assim sua vida útil. A
capacidade de condução da rua ou da sarjeta pode ser com a água escoando por toda a calha da
rua (declividade da rua de 3% e a altura de água na sarjeta de 15 centímetros) e a água escoando
somente pelas sarjetas (declividade da rua de 3% e a altura de água na sarjeta de 10 centímetros).
Qmáx = (Am*I^(1/2)*〖Rh〗^(2/3))/n
Onde:
Q: vazão (m3/s);
A: área de seção transversal (m2);
Rh: raio hidráulico (m);
I: declividade do fundo (m/m);
n: o coeficiente de rugosidade de Manning. (Geralmente adotado 0,017).
Bocas-de-Lobo
São dispositivos de capitação, localizados junto aos bordos dos acostamentos ou meios-
fios da malha viária urbana que, através de ramais, transferem os deflúvios para as galerias ou
outros coletores. Por se situarem, na zona urbana, por segurança são protegidos com grades
metálicas ou de concreto (DNIT, 2004). Algumas recomendações devem ser atendidas como:
Deverá haver bocas-de-lobo nos pontos mais baixos de cada quadra
Se não se dispuser de dados sobre a capacidade de escoamento das sarjetas, recomenda-
se um máximo espaçamento de 60 m entre as bocas-de-lobo. Não se recomenda colocar bocas-
de-lobo nas esquinas, pois os pedestres teriam de saltar a torrente em um trecho de descarga
superficial máxima para atravessar a rua, além de ser um ponto onde duas torrentes
convergentes se encontram
A melhor localização das bocas de lobo é em pontos um pouco à montante das esquinas.
As bocas-de-lobo podem ser classificadas em três grupos principais: bocas ou ralos de
guias; ralos de sarjetas (grelhas); ralos combinados. Cada tipo inclui variações quanto às
depressões (rebaixamento) em relação ao nível da superfície normal do perímetro e ao seu
número (simples ou múltipla). Utilizou-se boca de lobo de guia.
Galerias
Canalização de geometria circular ou retangular cuja função é conduzir os deflúvios
provenientes das bocas-de-lobo. Para efeitos de projeto, todas as galerias são dimensionadas
utilizando-se a fórmula de Manning, com velocidades máxima e mínima de 5,0m/s e 0,8m/s
respectivamente. Para a obtenção do coeficiente de Manning, utiliza-se a figura abaixo.
Dimensionamento de reservatórios
Obras de detenção e retenção são reservatórios que armazenam o escoamento
superficial, como medidas de controle de inundações, fazendo parte do sistema de
macrodrenagem. Os dois tipos principais são reservatórios de detenção e retenção, classificados
como:
Reservatório de detenção, que são projetados para se manter secos fora de
períodos chuvosos, tem finalidade de deter o escoamento temporariamente.
Reservatório de retenção, são maiores e exigem maiores cuidados do que os
reservatórios de detenção, são projetados para manter uma lâmina d’água constante, que pode
ser utilizada para fins recreativos, paisagísticos e para usos não potáveis, como, por exemplo,
irrigação de jardins públicos. E como o fundo do reservatório, geralmente é permeável auxilia
na infiltração, contribuindo para recarga do lençol freático.
O dimensionamento dos reservatórios envolve determinação do volume, características
das dimensões do reservatório e dimensionamento hidráulico do dispositivo de saída. As
vantagens da implantação de um reservatório são controle das cheias, para evitar inundações,
diminuição dos custos com sistema de drenagem a jusante, promove maior infiltração
garantindo reabastecimento dos aquíferos, propicia a possibilidade de atividades recreativas
para a população. As desvantagens são o custo de implantação e manutenção desses
dispositivos.
Uma expressão aproximada do volume máximo de acumulação necessário em uma
bacia de detenção pode ser dada por:
Onde:
V = volume de acumulação, em m3/ha
C = coeficiente de escoamento (entre 0 e 1)
T = período de retorno em anos
qs = vazão de saída em l/s/ha.
4. REFERÊNCIAS