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MARGEM DE PRIMAVERA, LDA.

ESTABELECIMENTO DE COMÉRCIO A RETALHO

"Quinta de Lamas" - Pinheiro de Além - Rua Drº Joaquim


Manuel da Costa - Valbom | Gondomar

INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS MECÂNICOS DE AVAC

Memória Descritiva e Justificativa

Projeto de Execução

Março 2020
ESTABELECIMENTO DE COMÉRCIO A RETALHO

ÍNDICE
| PROJETO DE INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS MECÂNICOS|

1. Introdução ...................................................................................................................................... 3

2. Objetivo .......................................................................................................................................... 3

3. Condições de Referência e Bases de Dimensionamento ......................................................... 3

3.1. Legislação................................................................................................................................ 3
3.2. Dados Climáticos ..................................................................................................................... 3
3.3. Parâmetros de Caracterização Térmica Do Edifício ............................................................... 4
3.4. Cargas Térmicas ..................................................................................................................... 7
3.5. Níveis de Ruído ....................................................................................................................... 7

4. Soluções Adotadas ....................................................................................................................... 7

4.1. Sistemas de Tratamento Ambiente ......................................................................................... 7


4.2. Sistema de Ventilação normal ................................................................................................. 9
4.3. Comando e controlo dos sistemas .......................................................................................... 9
4.4. Instalações Elétricas .............................................................................................................. 10

5. Dimensionamento Dos Sistemas e Redes Associadas ........................................................... 10

5.1. Sistemas Centralizados de Climatização .............................................................................. 10


5.2. Equipamentos Locais de Tratamento Ambiente ................................................................... 10
5.3. Redes de ar ........................................................................................................................... 10

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MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA
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1. Introdução

Refere-se a presente memória descritiva e justificativa ao Projeto de Execução das Instalações


Mecânicas de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado, a levar a efeito na construção de um
estabelecimento comercial, loja Aldi, localizada em "Quinta de Lamas" - Pinheiro de Além - Rua Drº
Joaquim Manuel da Costa – Valbom, Gondomar.

2. Objetivo

O objetivo do presente projeto é dotar o edifício com os sistemas adequados à manutenção, em cada
um dos espaços, de condições de conforto e salubridade ambiental, de acordo com as exigências
programadas e definidas pelo dono de obra, nomeadamente:

• os níveis de conforto térmico em aquecimento e arrefecimento ambiente da generalidade dos


espaços;
• assegurar a qualidade do ar interior e os níveis de ventilação específicos em função da sua
vocação, bem como, a relação de pressões necessária entre espaços;
• a ventilação mecânica dos espaços interiores, ou seja, que não contactam diretamente com o
exterior;
• a ventilação mecânica dos espaços dedicados a serviços, espaços técnicos, arrumos, etc,
balneários e instalações sanitárias;

3. Condições de Referência e Bases de Dimensionamento

3.1. Legislação

Os sistemas técnicos do edifício estão de acordo com a legislação em vigor, nomeadamente:

• Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços (RECS,


decreto-lei n.º118/2013, de 20 de agosto, alterado pelo decreto-lei n.º28/2016, de 23 de junho);
• Recomendações da "American Society of Heating and Air Conditioning Engineers, Inc.
ASHRAE".
• Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndio em Edifícios, Decreto-Lei n.º 220/2008 de 12
de novembro, alterado pelo decreto-lei n.º 224/2015 de 9 de outubro;
• Portaria n.º 1532/2008 de 29 de Dezembro – Regulamento Técnico da Segurança Contra
Incêndio em Edifícios;
• Norma EN 13779 – Ventilation for non-residential buildings;
• Regulamento Geral do Ruído Decreto-Lei n.º 9/2007 nas suas sucessivas alterações.

3.2. Dados Climáticos

3.2.1. Condições Exteriores

Tomando como referência o decreto-Lei nº251/2015, de 25 de novembro, nomeadamente o despacho


nº15793-F/2013 referente à publicação dos parâmetros para o zonamento, e a publicação do
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INMG/LNEC "Temperaturas Exteriores de Projeto e Números de Graus-Dias", os elementos de


caracterização climática de Gondomar, são os apresentados no quadro seguinte.

Quadro 1: Dados Climáticos

LOCAL: Gondomar Inverno Verão


Zona de referência NUTS 3: Grande Porto
Altitude (m) 90
Zonas de Verão e Inverno I1 V2
Temperatura média (ºC) 9.9 20.9
Período da Estação de Aquecimento (meses) 6.2 -
Graus-dia (ºC) 1244
*Inverno – para uma probabilidade acumulada de ocorrência de 2.5%
Verão – para uma probabilidade acumulada de ocorrência de 97.5%

Foram também analisados os dados climáticos de acordo com os elementos disponibilizados pela
ASHRAE – American Society of Heating and Air Conditioning Engineers, Inc., para a estação
climatológica do Porto, apresentam-se os seguintes valores de temperatura para os seguintes critérios
de dimensionamento:

condições de Inverno:

• temperatura bolbo seco: 3,4 ºC

condições de Verão:

• temperatura de bolbo seco: 30,5 ºC


• temperatura de bolbo húmido coincidente: 19,4 ºC

3.2.2. Condições Ambiente Interiores

Para o cálculo das necessidades energéticas tomam-se como base valores convencionais de
temperatura do ar interior capazes de satisfazer as exigências de conforto térmico ambiente requeridas.

Assim, as temperaturas do ar interior consideradas são as seguintes:

• aquecimento 22 ºC;
• arrefecimento 24 ºC.

Para a generalidade dos espaços, não se prevê um controlo efetivo da humidade do ar interior, mas
apenas o resultante do tratamento térmico a que o ar é sujeito.

3.3. Parâmetros de Caracterização Térmica Do Edifício

3.3.1. Parâmetros de Caracterização Térmica

Os parâmetros de qualidade térmica da envolvente dos edifícios a caracterizar são:

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• Coeficientes de transmissão térmica através da envolvente opaca (U [W/m2/ºC]);


o UI [W/m²ºC], condições de Inverno;
o UV [W/m²ºC], condições de Verão;
• Fatores solares dos envidraçados (g) e das respetivas proteções solares (Fs);

3.3.2. Coeficientes de transmissão térmica de elementos de envolvente

Os coeficientes de transmissão térmica dos elementos de envolvente do edifício, exteriores e interiores,


são calculados com base nos materiais construtivos que os constituem (de acordo com o projeto de
arquitetura, o qual, integra também os respetivos elementos estruturais) e nos respetivos valores de
condutibilidade térmica, tendo sido, para o efeito, considerados os valores estabelecidos na publicação
do LNEC: Coeficientes de Transmissão Térmica de Elementos da Envolvente dos Edifícios – versão
atualizada 2006 (ITE 50).

As soluções indicadas de caracterização construtiva dos diferentes elementos da envolvente exterior


do edifício são, para fins exclusivamente de caracterização térmica.

3.3.3. Taxas de Ventilação

Os valores de referência para a renovação de ar para cada tipo de espaço são, consoante as situações,
definidos com base na legislação em vigor, nomeadamente:

• Área vendas, escritório, sala descanso: 24 m3/h.ocupante;


• Instalações sanitárias: 90 m3/h.unidade ou 10m3/h.m2;
• Arrumos e áreas técnicas: 2 a 3 renovações por hora (rph);

A eficiência de ventilação considerada, relativamente à introdução de ar novo no espaço é de 80% para


a generalidade dos espaços.

Os valores de ar novo considerados têm como princípio a não permissão de fumar no interior dos
edifícios, de acordo com a atual legislação, e considera-se que o edifício se encontra classificado, de
acordo com a Nota 1 à Tabela I.05 da Portaria 353-A/2013, como um edifício sem atividades que
envolve a emissão de poluentes específicos.

Além dos pontos atrás descritos, foi igualmente considerado que os materiais previstos pelo projeto de
Arquitetura são ecologicamente limpos.

Paralelamente à definição dos caudais de ar novo, e de acordo a Predominância dos ventos, de modo
a contribuir para uma adequada qualidade do ar interior e indo ao encontro do estabelecido na Tabela
I.07 da Portaria nº353-A/2013, o projeto teve em devida atenção os seguintes parâmetros:

• uma cuidada localização das tomadas de ar novo, tomando em consideração predominância


dos ventos, bem como, a localização de rejeições de ar ou outras fontes poluentes;
• a localização das captações de ar novo, suficientemente longe das exaustões do edifício ou de
edifícios vizinhos, fora da zona de influência de tráfego automóvel ou outras fontes de poluição
e tomando em atenção a influência em condições de ventos predominantes, nomeadamente:

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o Captação longe das exaustões do edifício ou de edificações vizinhas, e fora da influência


destas nas condições de ventos predominantes;
o Captação colocada a uma altura suficiente que garante que está fora da zona de influência
de tráfego urbano ou outras fontes de poluição locais (garagens, cozinhas, locais onde é
permitido fumar, torres de arrefecimento, etc.), tendo em conta os ventos dominantes;
o Distância da admissão/entrada de ar a/de: 0.3m do pavimento (superfície abaixo da
admissão do ar, telhado inclinado, etc.); 2m do solo; 5m de grelhas de extração e exaustão
de ar interior; 5m de entradas de garagens; 5m de respiradouros de colunas de esgotos,
chaminés e exaustões de equipamentos de combustão; 7.5m de exaustões de torres de
arrefecimento e 10m de exaustões tóxicas ou perigosas.
• uma adequada hierarquização de pressões entre espaços;
• a adequada definição dos níveis de filtragem do ar, quando em situação de ventilação mecânica
pura, de acordo com o especificado na Norma EN 13779.

Em relação às saídas da extração de ar, as mesmas deverão estar a uma altura superior aos edifícios
vizinhos de: 1m para ar “corrente” e 2m para ar mais poluído ou com cheiro forte. As saídas de chaminés
e de exaustões deverão estar fora de zonas de recirculação de ar nas coberturas (evitar situações por
onde possam ser readmitidas no edifício) e as admissões de ar situadas, relativamente às exaustões,
na direção dos ventos predominantes.

De forma a dar cumprimento ao exposto na norma EN12097 deverão ser cumpridos e assegurados os
pontos de acesso aos circuitos aeraúlicos de forma que permitam uma intervenção eficiente, para
manutenção, e limpeza nos mesmos.

As soluções interiores de ventilação e difusão de ar (tratado ou ar novo) adotadas em projeto permitem


salvaguardar uma boa distribuição e renovação de ar nos vários espaços, bem como garantir baixas
velocidades do ar na zona ocupada e consequentemente ausência de correntes de ar, sendo
expectável, segundo estudos efetuados durante a fase de projeto, de que a velocidade do ar na zona
ocupada não ultrapasse uma velocidade de 0,20 m/s.

3.3.4. Ganhos internos

Para efeito de contabilização dos ganhos internos admitiram-se valores de ocupação consentâneos
com a utilização de cada espaço e de potência instalada em iluminação e equipamentos de acordo com
as recomendações da "American Society of Heating and Air Conditioning Engineers, Inc. ASHRAE".

Ocupação

A determinação do nível de ocupação dos diferentes espaços, para efeitos de contabilização dos
ganhos internos e dos valores de calor libertado, função do tipo de atividade desenvolvida, foi baseado
no layout previsto pela Arquitetura, e também de acordo com as recomendações da "American Society
of Heating and Air Conditioning Engineers, Inc. ASHRAE".

Iluminação

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Para efeitos de contabilização dos ganhos internos, foram utilizados os valores de potência prevista no
projeto de instalações elétricas.

Equipamento

Para efeitos de contabilização dos ganhos internos correntes, admitiu-se de potência instalada em
equipamentos de acordo com as recomendações da "American Society of Heating and Air Conditioning
Engineers, Inc. ASHRAE".

3.3.5. Horário

Para efeitos de contabilização dos ganhos internos, e de modo a calcular a carga térmica de
aquecimento nos espaços, admitiram-se os horários de funcionamento normais para o tipo de atividade
definida.

3.4. Cargas Térmicas

De acordo com as características físicas da envolvente, condições nominais de temperatura e


humidade exteriores, condições de conforto interiores, taxas de renovação de ar consideradas, ganhos
internos e tipo de atividade considerados para cada um dos espaços, foram calculadas as cargas
térmicas de aquecimento e arrefecimento ambiente dos diferentes locais mediante simulação dinâmica
multizona através do software HAP 5.11, acreditado pela norma ASHRAE 140-2004, de acordo com o
ponto 3.2 da Portaria 349-D/2013 alterada pela Portaria 17-A/2016.

3.5. Níveis de Ruído

Os níveis sonoros de ruído produzido pelos equipamentos não excederão:

• Área de vendas: 40 dB(A)


• nos sanitários, circulações e espaços afins: 40 dB(A)

De acordo com o Regulamento Geral sobre o Ruído, o nível sonoro contínuo equivalente emitido para
o exterior do edifício por equipamentos incluídos no presente projeto não deve exceder em mais de 5
dB(A) no período diurno (7.00h – 22.00h) e 3 dB(A) no período noturno (22.00h – 7.00h), o nível de
ruído de fundo da zona (ruído branco), medido nos edifícios adjacentes.

4. Soluções Adotadas

4.1. Sistemas de Tratamento Ambiente

A conceção do sistema de tratamento ambiente é realizada numa perspetiva de racionalidade e de


sustentabilidade energética no sentido de responder, quer ao alcance da melhor classe de eficiência
energética possível, quer à integração harmoniosa com a arquitetura, em detrimento dos objetivos
estabelecidos para o edifício e já acima descritos.

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As soluções preconizadas para os sistemas de tratamento ambiente das diversas áreas são função do
tipo de utilização para que são dotadas e das condições interiores de conforto térmico requeridas.

Assim, os diversos tipos de tratamento ambiente adotados para o empreendimento são sucintamente
os descritos de seguida:

4.1.1. Área de Vendas

A climatização da área de vendas é assegurada por uma unidade de expansão direta de condensação
a ar do tipo rooftop.

Esta unidade ficará instalada na área técnica da cobertura prevista para o efeito. E interligará com o
interior do espaço a tratar por intermedio de rede de condutas, isoladas termicamente e revestidas a
chapa de alumínio no percurso exterior. No interior do espaço estão previstos difusores de insuflação
e grelhas de retorno que permitem garantir o tratamento ambiente. Esta unidade é constituída por filtros
de classe F7 e pré-filtros G4, com ventiladores de insuflação e retorno do tipo EC. A unidade deverá
permitir o free-cooling entalpico.

O ar novo será tratado pela unidade de climatização, cuja quantidade será controlada por uma sonda
de QAI a instalar na conduta de retorno (a unidade terá uma variação do registo de ar novo 20-100%).

Quanto à distribuição de ar na área de vendas, será assegurada por uma rede de condutas de
insuflação ligadas a difusores devidamente posicionados, orientados de forma a evitar correntes de ar
desconfortáveis, e com velocidade inferior a 0.2 m/s a 1.8m do pavimento. O retorno será realizado por
grelhas ligadas a uma rede de condutas.

Deverá ser confirmado em obra a localização de sondas de temperatura e sondas de CO2 para garantir
o correto funcionamento da unidade.

É necessário a instalação de um contador de energia na alimentação elétrica da unidade conforme


legislação em vigor.

4.1.2. Escritório e Sala de Descanso

A climatização da zona administrativa será assegurada por um sistema de expansão directa, do tipo
multisplit com funcionamento a 2 tubos. As unidades interiores serão do tipo mural na sala de descanso
e do tipo cassete para o escritório.

Para o controlo de temperatura ambiente será previsto um controlador local por cabo para cada unidade
interior.

4.1.3. Câmara de Frio Negativo

Para a manutenção da temperatura da antecâmara de separação do compartimento dos fornos está


previsto a instalação de um split só frio.

4.1.4. Instalações sanitárias e vestiários

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No que diz respeito as instalações sanitárias e vestiários, em termos de tratamento e renovação de ar,
foi considerado ventilação.

Desta forma, está previsto a ventilação mediante ventiladores de extração específicos, devidamente
interligados às bocas de extração por intermedio de uma rede de condutas. O ar de compensação será
assegurado por intermedio das grelhas de admissão exteriores a instalar na fachada.

4.1.5. Armazém e zona técnica

A ventilação do armazém será garantida por intermedio de um ventilador de extração, de instalação em


parede com a compensação por intermedio de uma grelha de admissão de ar.

4.2. Sistema de Ventilação normal

Genericamente, prevê-se a ventilação mecânica para insuflação e extração de ar dos diversos espaços.
Para isso, está prevista a instalação de unidades de tratamento ar novo (UTAN) e unidades de
recuperação de calor, que, por intermédio de redes de condutas, estabelece a insuflação de ar novo.
Por seu lado, e em complemento às unidades de ventilação estão previstos ventiladores de extração,
que garantirão, por intermédio de redes de condutas, a rejeição do ar viciado dos diversos espaços.

Às unidades ventiladoras estão sempre interligadas redes de condutas equipadas com os respetivos
registos de caudal de ar, difusores, grelhas de insuflação e extração, bocas de extração, registos de
compartimentação corta-fogo, barreiras intumescentes, etc., consoante o necessário.

A localização dos respetivos equipamentos responsáveis pela ventilação do edifício é função da


localização e tipo de espaços a tratar, e da localização das áreas técnicas disponibilizadas.

As redes de condutas, associadas ao tratamento e ventilação de ar (rooftop e ventiladores de extração


(Ve´s) e insuflação (Vi’s)), têm o seu início nas diversas áreas técnicas onde estão localizadas. A partir
daí, as condutas imergem para o interior do edifício, onde se prolongam verticalmente e/ou
horizontalmente, e derivam ao nível do teto dos diferentes pisos e espaços, até atingirem os respetivos
espaços a tratar.

As unidades ventiladoras terão funcionamento automático regulado em função do controlo horário da


zona em que se insere.

4.3. Comando e controlo dos sistemas

O comando e controlo automático de todos os sistemas e equipamentos previstos no presente projeto


serão assegurados pelo sistema de controlo integrado no próprio equipamento.

Haverá ainda dispositivos de sinalização e comando manual (comutadores e/ou botões de pressão)
para todos os equipamentos, instalados nos quadros elétricos de onde provem a sua alimentação.

A seguir indicam-se de forma resumida as funções principais de controlo e comando a implementar na


instalação, para além das já enunciadas a quando da descrição de cada um dos sistemas.

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4.3.1. Sistema de Climatização e Ventilação

O acionamento dos equipamentos de climatização e ventilação será de modo garantir uma das
seguintes funções (automático; on/off):

• controlo automático – horário;


• controlo manual – on/off;

4.4. Instalações Elétricas

A alimentação elétrica da totalidade dos equipamentos previstos no presente projeto será assegurada
pelos quadros elétricos locais das instalações elétricas.

5. Dimensionamento Dos Sistemas e Redes Associadas

5.1. Sistemas Centralizados de Climatização

As potências térmicas a instalar são de modo a cobrir as cargas térmicas associadas ao tratamento
ambiente.

Assim, de acordo com as necessidades perspetivadas em aquecimento ambiente, com a


simultaneidade da sua utilização e das perdas associadas à distribuição da energia, a potência útil total
a assegurar pelo sistema energético de aquecimento associado é de:

Quadro 2: Cargas Térmicas

Área Arrefecimento Aquecimento


Espaço
[m2] Sensível [kW] Total [kW] [kW]
Área de Vendas 1062.6 66.2 77.4 39.7
Escritório 17.6 1.3 1.5 0.9
Sala de Descanso 11.5 1.3 1.7 1.0

5.2. Equipamentos Locais de Tratamento Ambiente

5.2.1. Rooftop

A rooftop são dimensionadas para assegurar a insuflação do caudal de ar necessário para remover a
carga térmica total do espaço a que estão afetas e assegurar o caudal de ar novo requerido por razões
higiénicas, considerando um gradiente máximo de temperatura entre o ar a insuflar e a temperatura de
conforto de + 8 ºC.

Dada a localização do edifício, fortemente condicionado por ventos provenientes de ambientes


marítimos pela sua proximidade ao mar, todos os materiais construtivos referentes a componentes das
respetivas unidades, como também da sua própria estrutura, devem estar devidamente protegidas e
preparadas contra a corrosão provocada pela acumulação de cloretos que se acumulam na superfície
dos materiais.

5.3. Redes de ar

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5.3.1. Condutas distribuição

O dimensionamento das condutas é realizado tomando em consideração o caudal que nelas circula e,
consoante os locais que atravessa e por razões de ruído, uma perda de carga admissível de 0,7 Pa/m
a 1,0 Pa/m.

5.3.2. Difusores, grelhas e bocas de extração

Na insuflação os difusores e grelhas são dimensionados tendo em conta os caudais previstos, o correto
alcance do seu fluxo, a velocidade máxima admissível de 0,20 m/s na zona ocupada e o nível de ruído
máximo do espaço que servem.

Na extração as grelhas, bocas de extração e folgas são dimensionados tendo em conta os caudais de
ar previstos, a velocidade máxima de passagem admissível de 2 a 3 m/s e o nível de ruído máximo do
espaço que servem.

Excetuam-se as grelhas associadas às ventilações de emergência que estão limitadas a uma


velocidade máxima de 5 m/s.

As grelhas previstas e instaladas deverão ser pintadas na cor da respetiva superfície em RAL a definir
pela arquitetura.

5.3.3. Ventiladores

O dimensionamento e seleção dos ventiladores são realizados tomando em consideração os caudais


de ar em jogo, as perdas de carga associadas às respetivas redes aeraulicas e a sua função.

Porto, março de 2020

O Técnico Responsável

Helder Ferreira
(Inscrito na OE n.º 62864)

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