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Sumário
1 – Apresentação....................................................................................05
5- Casos concretos................................................................................17
8- Conclusão........................................................................................27
9- Anexo..............................................................................................28
10- Bibliografia......................................................................................36
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Lista de Tabelas
2004/2005/2006.................................................................................14
1- Apresentação
Uma das grandes dificuldades da administração municipal tem sido alocar recursos
para os investimentos necessários. A cada ano as necessidades se ampliam e os recursos se
escasseiam. Além disso, determinados investimentos têm rebatimento direto no custeio futuro,
o que dificulta, e às vezes inviabiliza, a realização de novas ações, seja por falta de
orçamentário/financeiro, ou ainda pela impossibilidade de garantir a manutenção do novo
serviço.
Assim, embora as despesas com o custeio da administração tenham peso de até 90%
no orçamento total, boa parte destas despesas são absolutamente desconhecidas do
administrador em relação ao comportamento, evolução e, principalmente, detalhes.
Este trabalho tem por base a realidade constatada na cidade de Suzano, que conta
com 287 mil habitantes e um orçamento anual inferior a R$ 1,00 por habitante/ano, o que
torna a realização governamental uma tarefa que depende cada vez mais de boas ferramentas
administrativas para alavancagem de investimentos que venham resultar em melhor qualidade
de vida aos habitantes.
A proposta deste texto será fazer uma análise do comportamento deste custeio na
Prefeitura Municipal de Suzano, partindo da realidade atual e indicadores existentes, a fim de
responder à questão proposta: É possível e viável implementar um gerenciamento centralizado
do custeio da Prefeitura Municipal?
Em sua parte conclusiva, a meta será estabelecer uma proposta concreta que se
apresente como conseqüência dos estudos realizados e seja capaz de auxiliar o gestor público
em sua tarefa de otimizar custos e, desta forma, elevar o nível de investimentos, para que a
população possa contar com novos serviços e com o aperfeiçoamento dos já existentes.
Suzano é uma cidade com 284km2 situada a leste de São Paulo, a 45 Km da capital. É
um dos 39 municípios da Região Metropolitana. Obteve a sua emancipação política em 1.948
e tem uma população de 287.000 habitantes.
O orçamento municipal de 2.006 foi de 243 milhões e a previsão para 2.007 é de 270
milhões. A cidade abriga 563 indústrias, 5.274 empresas e figura entre os 20 municípios com
melhor arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no
Estado.
Numa primeira abordagem, tratar do tema custeio pode parecer redescobrir o óbvio, no
entanto, é exatamente a falta de cuidado com este óbvio que nos leva a enfrentar grandes
dificuldades.
Ao pensar a gestão pública, o desejo de todo agente político é realizar obras e serviços
que tornem a vida da população melhor e mais agradável. Assim, o sentimento comum é que
a manutenção do que já existe não é tão importante, uma vez que já está dado e a população
precisa de coisas novas: novas escolas, creches, unidades de saúde, transporte, mais
pavimentação, iluminação etc. O problema é que as despesas de custeio passam ao largo de
toda esta discussão, como se não fossem importantes. É comum, infelizmente, ouvirmos de
funcionários, que determinada atividade/ serviço será realizado em determinado bairro, e que
não haverá nenhum custo para a prefeitura, já que tudo será feito com equipamentos e mão de
obra própria. É como se o combustível, a hora extra, a interrupção de outros serviços, a
energia elétrica, o desgaste de equipamento e maquinários utilizados etc, fossem como frutas
que estão no pomar e que usando ou não lá estarão.
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Uma rápida análise do balancete da despesa empenhada nos últimos 3 anos (tabelas 1
e 2), nos mostra que, em média, 86% do total da despesa foram consumidas com o custeio.
Desta forma, podemos depreender que ter uma fatia correspondente a 15% apenas de seu
orçamento para ser aplicado em novos investimentos, os quais invariavelmente aumentam em
maior ou menor grau o custeio do exercício seguinte, é um problema que precisa ser mais bem
processado, principalmente em municípios com grande déficit de infra-estrutura, como é o
caso de Suzano.
Sobre este assunto, foram elaboradas 3 perguntas a dois secretários municipais: o Sr.
Orlando Fernandes Filho, Secretário Municipal de Planejamento e Gestão orçamentária, e a
Sra. Rosemeire Nascimento, Secretária Municipal de Gestão Administrativa e também
especializada em orçamento público. O Objetivo é saber a opinião de quem lida no dia a dia
com o tema deste trabalho.
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Agora podemos identificar que sobram apenas 16% de custeio para cobrir outras
despesas, ou seja, a compra de material de consumo, sem os quais nenhuma prefeitura
consegue sobreviver porque fazem parte deste consumo materiais para a manutenção da
cidade e insumos administrativos. A média municipal é de 10% para estes gastos. Sendo
assim, sobram apenas 6% para o restante das despesas, ou seja, o pagamento de juros de
dividas contratuais, sentenças judiciais e etc.
governo, como, por exemplo, a Saúde, que para realizar os atendimentos necessários dentro
da gestão pactuada a contra-partida dos municípios gira em torno de 70%.”
Pergunta 2- Na sua opinião, que medidas são fundamentais para garantir a realização
de novos serviços/ações, levando em conta que o valor de investimento é pequeno e a
cada novo serviço implementado invariavelmente surge um novo custeio que impactará
no percentual de 85% já bastante elevado?
Podemos gerenc iar algumas medidas para absorver novas despesas, sem ferir a Lei
de Responsabilidade Fiscal:
Pergunta 3- Quais são os principais itens do custeio, que merecem atenção e cuidado
especial?
Orlando: “Deveremos sempre verificar algumas despesas de custeio que têm maior
impacto em qualquer orçamento Municipal, onde a atenção e o gerenciamento destes custos
devem ser permanentes durante a execução. Citamos alguns itens que merecem atenção:
DESPESAS CORRENTES
? Subvenções Sociais;
? Material de Consumo;
? Serviços de Consultoria;
? Serviços de Terceiros;
? Indenizações e Restituições.
A reprodução textual das respostas de cada um dos secretários teve por objetivo tentar
entender melhor a visão de cada um deles sobre o problema.
a) Existe um sentimento por parte do Secretário de Fina nças de que as coisas não são
tão trágicas e que existem mecanismos na legislação, como análise de impacto, PPA, etc que
nos “ajudam” a evitar erros. Além disso, o monitoramento de determinados itens do custeio
colocariam-nos sempre dentro dos limites permitidos pela Lei de responsabilidade Fiscal.
c) Estas visões podem ser classificadas como complementares, ou seja, uma postura
mais preocupada com os padrões, regras e limitações das legislações e suas eventuais
qualidades e vantagens e, de outro lado, uma visão que aponte a necessidade de ações que
ampliem a receita e mais do que monitorá- las, mexam nos itens de custeio, a fim de gastar
com mais qualidade. Exemplo disso é a folha de pagamento, por um lado a maior despesa de
qualquer prefeitura e, no entanto, alvo de reclamação de todas as áreas que apontam a falta de
pessoal como motivo um dos principais motivos pela não realização satisfatória dos serviços
propostos e/ou necessários.
A impressão que fica, após estas entrevistas, é que existe uma lacuna entre a
necessidade e a realidade. Tanto um quanto outro secretário apontam a importância do
controle do custeio, dando inclusive exemplos dos itens que devam ser objeto de maior
cuidado do administrador. Entretanto, nem um nem outro aborda a questão que, ao nosso ver,
é a primordial: como fazer este controle e mais, porque ele não é feito.
Isto reforça a nossa tese de que o óbvio não é tão óbvio assim, já que embora exista
um diagnóstico que aponte para a necessidade de tratar este tema com maior profundidade,
isto não se torna realidade talvez pela complexidade da ação, ou pela suposição de que só
teríamos resultados no médio e longo prazo.
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TABELA 1
Uma primeira conclusão a que chegamos é que não existem grandes diferenças
estruturais nestes três anos em análise. Há que se ressaltar que o percentual de investimento,
em relação ao total da despesa, cresceu de 11,9% em 2.004, para 13,6% em 2.006. Isto
aconteceu graças a uma redução no total de despesas correntes que estava no patamar de
86,2% nos 2 anos anteriores e em 2.006 caiu para 84,8%.
Assim, ainda que óbvio, e de fato é, temos que otimizar os recursos que compõe as
despesas correntes para que sejam de fato empregados em benefício da população, sem
desperdício e sem economia “burra”, aquela em que o barato sai caro.
Neste contexto, a fim de que possamos fazer uma análise racional do custeio, uma
primeira tarefa será buscar os dados para que possamos extrair deles as informações
necessárias à orientação de nossa ação. Entretanto, onde estão estes dados? Eles estão em
todos os lugares e quase sempre sem qualquer sistematização, ou seja: não estão prontos,
precisam ser organizados.
É possível uma lista contendo as despesas de telefonia de cada uma das unidades
administrativas, escolares ou de saúde? Sim, mas precisamos organizá- la porque nada está
pronto. A mesma resposta vale para a iluminação dos próprios públicos, ou para o consumo
de xerox, tonner, cartuchos de impressora, etc.
Podemos saber quanto cada carro abastece no mês e no ano e avaliar se este gasto está
factível com a frota e os trabalhos desenvolvidos? A resposta é positiva em potencial, no
entanto esta informação não está disponível. A cada abastecimento, é preenchida uma
papeleta com a placa do carro e a quantidade de combustível, mas esta papeleta é armazenada
em um armário, sem qualquer processamento e assim, se este carro lá voltar mais 3 vezes
neste mesmo dia, salvo a memória do responsável pelo abastecimento, ninguém irá fazer
qualquer questionamento, já que não se tem controle nem do processo e muito menos do
resultado.
Assim, há que se fazer uma peregrinação pela prefeitura para descobrir onde estes
dados estão e o que fazer para tentar organizá- los, a fim de que possamos estabelecer algum
processo de gestão a partir deles e de seus eventuais subprodutos.
Uma primeira medida que tomamos, foi consultar a empresa fornecedora do sistema
de software da prefeitura para saber que ferramentas estariam disponíveis para nos auxiliar
neste trabalho.
porque, já que sempre se manteve à disposição para prestar as informações necessárias, bem
como realizar os treinamentos pertinentes.
A conclusão a que chegamos é que bastaria alguém que atuasse como facilitador para
que passássemos a ter o sistema de informática da prefeitura trabalhando a nosso favor.
A fim de conhecer um pouco mais a visão das secretarias sobre este tema, solicitamos
à Secretaria de Obras um levantamento de seus principais itens de custeio e se teriam
propostas para melhor controlá-los. A secretaria recebeu muito bem a nossa solicitação, tanto
que a solicitação ocorreu em 10 de novembro e em 15 de janeiro os responsáveis nos
entregaram um relatório que nos mostrou que é um equívoco pensar que não existe
preocupação com este tema nos setores, nem conhecimento acumulado a respeito. Falta, é
claro, aprofundamento técnico e, talvez, oportunidade e canais para que o debate aconteça de
forma organizada.
5- Casos Concretos
Como pudemos verificar, existem ferramentas disponíveis e conhecimentos
acumulados subutilizados e que podem fazer toda a diferença quando o assunto é gastar
menos e melhor. A seguir, apresentaremos duas experiências concretas de redução de
despesas de custeio, mantendo a qualidade dos serviços prestados.
A tabela 2 abaixo nos mostra que em janeiro de 2.005, o total gasto com horas extras
foi de R$ 5.107,73 e em dezembro, este valor subiu para R$ 700.485,70, ou seja, um aumento
de aproximadamente 13.600%. Existem justificativas para este crescimento? À primeira vista
sim, mas elas não estão claras. É certo que o aumento de serviços ofertados demandou o
aumento de horas extras, no entanto até que ponto elas teriam que sofrer esta evolução?
Assim, do total da folha naquele ano (R$104 milhões) as horas extras contribuíram
com 5% para este montante (R$5,5milhões). A economia teria sido possível? Não temos
elementos, ainda, responder a esta questão. Entretanto, podemos ilustrar que a pavimentação
asfáltica de três bairros (Jardim Gardênia, Alterópolis e Jardim Margareth) e uma avenida que
serve como corredor de ônibus de um outro bairro (Jardim Varan) a ser concluída em
março/07 terá o custo total de R$ 4,5 milhões.
Em 2.006, a situação ficou ainda mais dramática e a média mensal de R$ 454,6 mil
passou a ser de R$ 642,9 mil, projetando um montante ao final do ano de R$ 7,7 milhões, ou
seja, a mesma quantia que a administração está gastando com 117 mil metros quadrados de
asfalto no maior bairro do município- Cidade Miguel Badra.
Em agosto de 2.006, após detectar o problema e decidir enfrentá- lo, o prefeito editou
uma portaria restringindo a realização das horas extras aos serviços essenciais e aos demais
somente com solicitação prévia de 5 dias e após expressa autorização do Gabinete.
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TABELA 2
Mês 2.005 (em R$) 2.006 |(em R$)
Janeiro 5.108 586.848
Fevereiro 141.042 534.319
Março 231.170 731.527
Abril 476.484 757.524
Maio 483.618 850.501
Junho 555.509 843.446
Julho 407.306 702.294
Agosto 601.032 565.735
Setembro 573.062 214.060
Outubro 564.621 351.221
Novembro 716.397 344.739
Dezembro 700.486 404.185
Total 5.455.834 6.886.399
Fonte: SMGA – Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão Orçamentária
CONCLUSÕES RELEVANTES:
Tabela 3
Média mensal em 2.005 454.653
Média mensal em 2.006 (Jan a Set) 642.915
Média mensal em 2.006 (Out a Dez) 366.715
Média mensal de jan a dez de 2.006 573.867
Total gasto em 2.006 6.886.399
Projeção para o ano de 2.006 sem a intervenção 7.715.005
Economia real com a intervenção 828.606
Expectativa mínima para 2.007 4.400.582
Economia mínima esperada em 2.007 (sobre o real de 2.006) 2.485.817
O resultado saltou aos olhos, com uma redução significativa, conforme podemos
observar a partir de setembro de 2.006, data em que a medida passou efetivamente a vigorar.
Nos dois exemplos de ação concreta, citados anteriormente, e que possibilitaram uma
economia de R$ 1.188.606,00 aos cofres municipais, o envolvimento, ainda que parcial, de
atores no processo, foi fundamental para o resultado bem sucedido da ação.
No caso das horas extras, não bastou “baixar um decreto”, foi necessário o
envolvimento de muitos departamentos para que a redução se efetivasse, sem esquecermos de
que caso este envolvimento fosse ainda maior, o resultado poderia ser ainda mais positivo.
O mesmo raciocínio vale para o exemplo da CNDA, uma vez que não fosse o
envolvimento coletivo no processo por parte do secretário e diretores da área, bem como a
colaboração de outras secretarias cedendo funcionários, sobrecarregando eventualmente o
trabalho nestes setores, nada teria se efetivado.
Parece-nos razoável ainda, que tenhamos por objetivo a não redução do custeio, mas
sim o seu efetivo controle. É a partir disso que teremos condições de saber se estamos
gastando bem ou mal nossos recursos.
Nossa proposta é criar um novo departamento que tenha como tarefa garantir o
controle efetivo do custeio da administração.
Este departamento seria composto por uma equipe de quatro pessoas, a saber:
6.1.1- Um gerente com “status” de diretor, responsável por coordenar os trabalhos da equipe,
reportar-se ao correspondente secretário(a) e fazer a interlocução com as diversas secretarias,
bem como com o meio externo (outras prefeituras, ins titutos, ONGs etc). Deve ter
conhecimentos sobre a administração pública, fácil relacionamento e estar em sintonia com o
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O envolvimento das áreas, condição fundamental para o sucesso de nossa ação teria
como base a nomeação de responsáveis por cada secretaria para integrar uma equipe de
trabalho que teria como uma de suas principais tarefas o acompanhamento do custeio da
prefeitura.
Em 2.006, por ocasião da elaboração da Lei Orçamentária Anual de 2.007 (LOA) cada
secretário (a) indicou uma pessoa de sua absoluta confiança para auxiliar na elaboração da
peça orçamentária. Esta pessoa foi denominada de “Agente de Planejamento”.
Esta foi uma experiência positiva, mas que por conta de seu ineditismo local, falta de
experiência e qualificação dos envolvidos, não teve resultados excepcionais. Alguns fatores
mereceram destaque positivo neste processo, como o elevado grau de envolvimento dos
participantes, a visão de que o orçamento precisa considerar todas as áreas e que a prioridade
do governo deve ser a de todos, etc. Entretanto, o trabalho não teve continuidade e corremos o
sério risco de perder o que foi acumulado.
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Para que isto não aconteça, e entendendo que a interação das áreas é vital para o
sucesso do trabalho, é que propomos que à equipe que irá se dedicar ao controle do custeio se
junte os agentes de planejamento.
6.3.4- Auxiliar no trabalho de educação junto aos funcionários das secretarias a fim de
implementar uma nova mentalidade em relação à importância do orçamento na realização de
nosso plano de ação de governo;
6.3.5- Ter sempre presente que o acompanhamento de informações não deve criar nos
trabalhadores um ambiente de cerceamento de ações ou de perseguição. Também não
interessa um cenário de disputa entre áreas que venham a ter resultados diferentes.
É de se esperar que haja um processo inicial de rejeição das diversas áreas em relação
a este trabalho, uma vez que ninguém quer ser “controlado” e, à primeira vista, reduzir custo
significa, para muitos, reduzir serviços. Isto sem falar na dificuldade de mudarmos hábitos,
procedimentos e eliminação de certas “vantagens” que a estrutura não organizada
proporciona a alguns.
Fora isso, temos a disputa política que é um dos elementos componentes de qualquer
administração. A secretaria que ficar responsável pela tarefa proposta neste trabalho deterá
uma grande quantidade de informações necessárias à elaboração de proposições o que,
potencialmente, proporcionaria aos seus membros mais prestígio, caso os resultados sejam
satisfatórios.
Esta tarefa também poderia ser dada à Secretaria de Governo, dada a sua natureza de
ação transversal no interior da administração. Poderíamos ainda legar ao Gabinete do Prefeito
esta tarefa tendo por objetivo o fortalecimento desta ação. Entretanto, teríamos os agentes de
planejamento atuando em duas secretarias e isto iria dispersar a nossa atuação e os resultados
poderiam estar comprometidos.
Assim, tomando por definição que a secretaria responsável por este departamento é
aquela que responde pelo controle orçamentário, fica como sendo a mais indicada a Secretaria
de Planejamento e Gestão Orçamentária.
Por fim, importante ressaltar que esta equipe deverá ter uma verba garantida para
capacitação, o que além de melhorar o nível técnico dos envolvidos, irá ampliar o grau de
interação da equipe. A sugestão é que esta verba seja de R$ 10.000,00 mensais, com
atividades que poderão ser específicas da equipe ou, em conjunto com outros setores,
otimizando assim a utilização do recurso.
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Logo a seguir, na tabela 7, apresentamos uma proposta de origem dos recursos para
custear este trabalho. O objetivo é garantir uma redução de 0,3% em 6 itens do custeio, o que
resultará ao final de 12 meses na quantia de R$ 402.670,43, ou seja, mais que suficiente para
arcar com todas as despesas propostas, que somam R$ 361.500,00 anuais.
Tabela 5
*Caracterização Custo Anual
Área Responsável Secretaria de Planejamento e Gestão
Orçamentária
? Gerente (R$ 6.000/mês)
Profissionais necessários ? Auxiliar administrativo (R$ 1.500/mês)
? Apoio Técnico (R$ 4.500/mês) R$ 214.500,00
? Analista de informática (R$ 4.500/mês)
Capacitação 01 Atividade por mês R$ 120.000,00
Equipamentos Computadores, móveis,impressora R$ 15.000,00
Outras despesas Material de consumo R$ 12.000,00
Agentes de planejamento 15 secretarias + Fundo Social+ Gabinete
(total 17 pessoas) do Prefeito
Custo Total R$ 361.500,00
*Os salários estão previstos com os encargos sociais
O propósito deste capítulo não é elaborar um plano de trabalho detalhado para o novo
departamento, isto não teria o menor sentido, já que a equipe a ser constituída terá total
capacidade e melhores condições para isso. A idéia é apenas apontar algumas sugestões para
organização deste novo departamento.
Assim, apontamos aqui alguns eixos básicos que poderão nortear o nosso futuro plano
de ação:
Tabela 7
AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEL
Reunião de Secretariado específica para 07 dias Gabinete do Prefeito
apresentação da proposta, debate do tema e
coleta sugestões
Seleção e contratação de pessoal 30 dias Secretaria de Planejamento
e Gestão orçamentária com
apoio da Diretoria de
Recursos Humanos
Levantamento dos valores do maior número 30 dias SMPGO
possível de itens do custeio. Se possível com
séries histórica
Solicitação de relatório preliminar as 30 dias SMPGO
secretarias a) Quantos e quais são os setores b)
As tarefas executadas c) O pessoal envolvido
Aquisição de material permanente e 30 dias SMPGO
organização do espaço de trabalho
Contratação de consultoria para realização, 30 dias SMPGO
dentro do prazo de 90 dias, de pelo menos três
atividades iniciais de capacitação: a) Propósito
do depto e planejamento b) Orçamento público
c) Métodos de Análise, levantamento de fluxos
e processos de trabalho
8 - Conclusão
Outra questão que merece destaque é que a avaliação do custeio nos remete à
avaliação do processo de trabalho. Uma busca racional e participativa, como pretendemos,
pela redução de custeio e otimização dos recursos, invariavelmente nos revelará possíveis
inconsistências e potencialidades que por certo nos farão entender melhor o nosso próprio
trabalho e provavelmente haveremos de desmistificar atitudes que se cristalizaram ao longo
dos anos como verdadeiros dogmas, tidas como corretas e perfeitas, mas na verdade sem
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qualquer conteúdo. Ninguém questionou e elas foram sendo repetidas por todos, criando uma
cultura negativa no serviço público que pode e deve ser modificada através do aprimoramento
e qualificação do serviço realizado.
Implementar o serviço proposto neste texto não é fácil, entretanto há que se pensar
para além do prazo do mandato. Embora importantíssimos, os resultados desta ação no curto
prazo, serão pequenos, perto dos ganhos que poderemos obter a médio e longo prazo. Investir
na capacitação de pessoas, pensar em processos e procedimentos, sistematizar o conhecimento
acumulado dos trabalhadores, exige dispêndio de dois recursos preciosismos que são tempo e
dinheiro. No entanto, ter o mapeamento de todas as secretarias, conhecer de verdade as ações
executadas, saber o custo de cada serviço e estar convicto de que o “desperdício” no processo
é mínimo e objeto de permanente acompanhamento, é com certeza uma contrapartida que vale
o investimento realizado.
Por fim, e como sugestão adicional, este departamento poderia ser o embrião de um
centro de monitoramento não apenas do custeio do governo, mas de todas as suas ações, já
que a base do trabalho de pesquisa e organização de dados já estará estruturada. Inserindo no
processo mais três ou quatro pessoas - um jornalista, um sociólogo e mais um apoio técnico,
por exemplo - poderemos ter um departamento capaz de ter sob controle o custeio e sob
monitoramento todas as ações do governo, produzindo e organizando as informações
necessárias à construção histórica da gestão sob o aspecto de realizações, ter a plena
convicção de que as peças de planejamento e programa de governo estão sendo cumpridas,
subsidiar o prefeito em sua intervenção cotidiana etc.
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Mas isto é apenas uma sugestão, primeiro temos que dar o primeiro passo, ao nosso
ver, implementando o centro de gerenciamento de custeio. Depois, com toda a certeza novas
possibilidades irão surgir.
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ANEXO
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PROJETO DE MELHORIA
DIRETORIA DE SERVIÇOS URBANOS
1 – APRESENTAÇÃO
2- CAIXA DE SUGESTÃO
A Diretoria de Serviços solicitou a todos funcionários sugestões, podendo ser
colocadas na caixa de sugestão , segue abaixo o relatório:
3- HORAS EXTRAS
DEMONSTRATIVO DO 1 O E 2 O SEMESTRE DE HORAS EXTRAS DE 2006
MESES HORAS EXTRAS MESES HORAS EXTRAS
19.156,00 (HE) 8.063,50 (HE)
JANEIRO / 2006 JULHO / 2006
R$ 173.105,81 R$ 70.525,05
19.286,50 (HE) 7.101,50 (HE)
FEVEREIRO / 2006 AGOSTO / 2006
R$ 172.904,74 R$ 61.511,30
21.594,00 (HE) 132,00 (HE)
MARÇO / 2006 SETEMBRO / 2006
R$ 191.102,31 R$ 995,72
19.238,00 (HE) 421,00 (HE)
ABRIL / 2006 OUTUBRO / 2006
R$ 180.730,91 R$ 3.522,85
26.079,00 (HE) 123,00 (HE)
MAIO / 2006 NOVEMBRO / 2006
R$ 252.172,90 R$ 846,26
20.830,50 (HE) 444,50 (HE)
JUNHO / 2006 DEZEMBRO / 2006
R$ 193.929,70 R$ 4.445,13
3.1COMENTÁRIO
No início da nova administração da Diretoria foram cortadas as horas extras, causando
insatisfação por parte de todos funcionários devido ao costume de terem mensalmente
disponíveis várias horas extras e terem incorporado tal numerário ao salário. A ação realizada
foi conscientizar e driblar os problemas conseqüentes à decisão. Apesar dos esforços em
eliminar as horas extras, foi consenso que alguns serviços ainda exigiam exceções, mas que
uma redução significante fora alcançada com as medidas de controle e monitoramento na
liberação de solicitação de horas extras, quando comparado anteriormente a atual
administração.
5- VEÍCULOS-
5.1- ABASTECIMENTO
A Diretoria de Serviços Urbanos na procura de melhorar o sistema de abastecimento levantou
informações e conhecimentos para implementar soluções reais e eficazes no controle efetivo
do abastecimento, na busca da redução de custo e o uso correto para suprir as necessidades
diárias.
Ao assumir a Diretoria foi visto que apesar das anotações em formulários, não há um controle
do uso da gasolina e do diesel, o único controle constatado foi a tabela comparativa com os
anos de 2004, 2005 e 2006 no uso de combustível.
5.2 PROPOSTA
Para o ano de 2007 a Diretoria de Serviços Urbanos irá adotar o sistema de controle de
abastecimento, através de requisições devidamente assinadas, e do estudo com base na média
de cada veículo.
Para as Secretaria e outros serão estipulados cotas para abastecimento, onde cada veículo
disponibilizara de uma quantidade exata de gasolina ou diesel mensal, existirão exceções
como Corpo de Bombeiro, Guarda Municipal, Policia Civil, saúde e outros que fizerem parte
do programa emergencial, também discutidos e analisados veículos que ultrapassem a cota e
realmente precise abastecer novamente dentro do prazo estipulado, mas somente serão aberto
exceção com justificativa e assinatura do responsável direto.
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TIPO DO VEÍCULO Valor / hora Valor 8/hs diárias Valor Mensal Valor anual
6- ORDENS DE SERVIÇO
Demonstrativo de abertura
Ordem de Serviço de julho a dezembro de 2.006
7- EMPRESA TERCEIRIZADA
Gastos com pessoal terceirizado para manutenção da cidade
Bibliografia
LIMA, Carlos Alberto Nogueira de. Administração Pública para concursos, Rio de Janeiro,
Elsevier, 2005