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TECNOLOGIA CONSCIENTE:UM DESAFIO PARA SOCIEDADE

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Série/ano: 8º Turma:____ Turno: __________ Professor:
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Data: ___/___/___ Nota:
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ARTE
Arte povera e arte da terra (land art)
Podemos afirmar que os movimentos artísticos são consequências das
transformações sociais e da subsequente reorganização da sociedade. Dessa
forma, a arte é reflexo da sociedade vigente e apresenta em suas criações
traços únicos da expressão humana de determinada época. Os artistas sempre
procuram colocar em suas obras determinadas características que fazem
ligação direta delas com a sociedade. Os movimentos artísticos denominados
arte povera e land art surgiram na Europa, na década de 1960, um período
histórico altamente conturbado, de grande agitação política e estudantil,
coincidindo com a Guerra Fria, a bipolaridade mundial, o questionamento
sobre a Guerra do Vietnã e a luta pelos Direitos Civis nos EUA. Arte povera,
ou arte pobre, surgiu em meados dos anos 1960, na Itália.
O movimento tinha como objetivo apresentar uma arte que criticasse
o capitalismo desenfreado, a valorização excessiva das novas tecnologias e
o consumismo massificado. Para isso, os artistas utilizavam materiais
“pobres”, de baixo ou nenhum custo, como trapos, areia, madeira, sucatas,
cordas, jornais, entre outros, para “empobrecer” a arte, numa tentativa de
aproximar a nova tendência artística do cotidiano. Muitas obras da arte
povera criam um jogo de contrastes em que o efêmero interage com o eterno.
Por exemplo, usam-se materiais que se decompõem em um curto espaço de
tempo, como as plantas (elemento efêmero), para criar uma com- posição
artística (elemento eterno). Apesar de seu curto período, a arte povera
revolucionou a produção artística, mostrando que, para produzir arte, não é
necessário usar materiais convencionais e de alto custo. O movimento
chegou ao fim no final dos anos 70, expandindo-se em diferentes direções.

The iron round, 1995. Escultura (ferro, carvão, sacos, aço). Jannis Kounellis. Hamburger
Kunsthalle, Hamburgo, Alemanha.
Land art
A land art, ou arte da terra, pode ser considerada uma das extensões
das ideias da arte povera. A expressão land art, que já havia aparecido em
exposições de trabalhos artísticos ligados à ecologia, designa toda obra de
arte produzida com elementos da natureza e no espaço natural.
Valorizando o efêmero, a land art lida diretamente com a natureza e o
espaço tridimensional natural, por isso é uma arte que dificilmente poderá
ser exposta em museus e galerias. Com obras produzidas a partir de
elementos naturais, ela defende a existência de uma arte por si mesma,
independentemente de haver ou não um sentido por trás do que apresenta. A
dificuldade de colocar em prática ideias que necessitam do espaço natural
faz com que muitos projetos fiquem apenas no papel. Neste sentido, o con-
ceito torna-se mais importante do que a própria arte, como ocorre com a arte
conceitual.
Como lida com espaços e elementos naturais, a land art adquire
caráter passageiro, sendo necessário o registro com fotografias e vídeos para
a perpetuação das obras. O artista Walter de Maria (1935-2013) criou um
campo com 400 estacas metálicas no deserto de Wastern, no Novo México,
Estados Unidos, entre os anos de 1971 e 1977. As estacas foram posicionadas
de modo calculado para que capturassem uma tempestade de raios. A arte
contemporânea busca uma maneira de aproximar o ser humano da própria
expressão, fazendo uso dos mais variados métodos e das mais variadas for-
mas de produção artística. Tanto a arte povera como a land art são
consequências de atitudes humanas. Correntes artísticas criadas com o
objetivo de nos fazer refletir sobre nós mesmos e sobre as mudanças que
podemos promover por meio da sensibilidade e do olhar artístico.
Escultura de areia. As esculturas de areia, realizadas por todo o mundo, são obras da land
art. Usa-se a natureza para produzir obras que fazem relação com o ambiente.

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