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Seios Paranasais

Dra. Helena Maria Giordano


Valério
EMBRIOLOGIA
• Os seios paranasais são derivados do
ectoderma como evaginação da
cavidade nasal, são pareados, exceto
pela células etimoidais que são
múltiplas.
• Aparecem entre 4º e 5º mês da vida
intra-uterina, exceto s. frontal, que não
é reconhecível ao nascimento.
SEIOS PARANASAIS
• São recobertos pela mucosa nasal,
epitélio cilíndrico, ciliado, vibrátil, que
descarrega nas fossas nasais os
exsudatos existentes nas cavidades
sinusais.
• Função: desconhecida. Diminuir o peso
do crânio? Caixa de ressonância para a
fonação?
Anatomia
• Seios frontais: número: 2, no osso
frontal, usualmente são assimétricos,
ocasionalmente ausentes. Início do
desenvolvimento a partir dos 5 - 7 anos
de idade e término no adulto jovem.
Anatomia
• Seios maxilares: número: 2, na maxila.
• Limites:
– parede superior: assoalho da órbita
– parede média: parede lateral do nariz
– inferiormente relaciona-se com arcada
dentária superior.
Anatomia
• Seio etmoidal: composto por
numerosas células (anteriores, médias
e posteriores), na parede lateral e
superior do nariz, e parede medial das
órbitas.

• Seios esfenoidais: número: 2. A sela


túrcica projeta-se dentro desse espaço.
Anatomia
• São seios paranasais anteriores:
frontais, maxilares, etmoidal (parte
anterior e média) e drenam para o óstio
do meato médio
• São seios paranasais posteriores:
esfenoidal, etmoidal (células
posteriores) e drenam para óstio do
meato superior.
Anatomia normal dos seios paranasais
Anatomia normal dos seios
paranasais
SINUSITES
• Os seios maxilares são os mais
acometidos, seguidos pelos etmoidais
anteriores e seios frontais. Sinusite em
seio esfenoidal é menos freqüente.
SINUSITES
Etiologia:
• Vírus: rinovírus, influenza, parainfluenza,
adenovírus
• Alergia
• Bactérias: Haemophilus influenza, Strepto-
coccus pneumoniae, anaeróbios, Moraxella
catarralis, Staphilococcus aureus
• Fungos: candidíase, aspergilose,
mucormicose
Sinusites – Sinais e sintomas
• Dor : seu local varia com o seio acometido
• Cefaléia
• Pressão facial
• Obstrução nasal
• Rinorréia purulenta, epistaxe (rara)
• Febre
• Tosse
• Halitose
• Hiposmia, Cacosmia
Sinusites
• A dor pode estar ausente.
• Ocorre pela manhã, melhora com o
passar do dia
• Localiza-se no local do seio acometido,
pelo estímulo das terminações
nervosas da mucosa sinusal
• Piora ao levantar ou abaixar a cabeça
Locais de dor nas sinusites
Locais de dor nas sinusites
Classificação das sinusites
Quanto à duração:

• Agudas: até 4 semanas de duração


• Sub-agudas: até 12 semanas
• Crônica: mais de 12 semanas
• Recorrente: 4 ou mais episódios em 1
ano
DIAGNÓSTICO das SINUSITES
• Clínico: presença de edema peri-
orbitário, rinoscopia(saída de secreção
pelo meato médio), transiluminação,
dígito-pressão de pontos na face.
• Coleta de material para bacterioscopia
e cultura (punção do seio).
• Imagem: Radiografia simples,
Tomografia Computadorizada (é o
melhor exame).
COMPLICAÇÕES
• Cistos de retenção e serosos
• Degeneração polipóide
• Celulites e abscessos de pálpebras e
de órbitas
• Abscesso cerebral, extra-dural,
meningites, encefalites, tromboflebite
de seio cavernoso
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Tumores benignos: osteomas,
papiloma epitelial
• Tumores malignos: ca epidermóide,
adenocarcinomas, melanoma, linfoma
RADIOGRAFIA
• A área de interesse deve estar próxima
ao filme, reduzindo a perda de nitidez
pela magnificação da imagem.
• Em ortostática para demonstrar nível
líquido.
• No mínimo, em 3 incidências.
• Observar transparência dos seios e
comparar lado direito com esquerdo.
RADIOGRAFIA
• Frontonasoplaca ou Caldwell: póstero-
anterior, mostra seios frontais e
etmoidais (células anteriores)
• Mentonasoplaca ou Waters: occipito-
mental, mostra seios maxilares
• Lateral: mostra paredes anterior e
posterior dos seios frontal e maxilar, e
para seio esfenoidal.
RADIOGRAFIA
Outra incidência:
• Axial de Hirtz ou submentovertical
(base): mostra os ossos da base do
crânio, partes dos seios etmoidal
posterior e esfenoidal. E também visão
axial dos seios maxilares.
RADIOGRAFIA
• Não é possível diferenciar sinusite
aguda da crônica pelos exames de
imagem.
• Porém, o achado de nível hidro-aéreo
sugere patologia aguda, e o achado de
osso espessado e esclerótico sugere
patologia crônica.
RADIOGRAFIA
• Observar modificações na mucosa:
espessamento, irregularidade de
contorno, aspecto polipóide.
• Observar modificações ósseas:
condensação, áreas de rarefação,
destruição ósseas.
Waters
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

• É superior à radiografia
• Capacidade de obter imagens
seccionais de cortes finos em alta
resolução
• Contraste intrínseco alto
• Informações tridimensionais
TRATAMENTO
• Facilitar drenagem da secreção
• Aliviar a dor e inflamação
• Desobstrução nasal
• Combater infecção (antibióticos por
pelo menos 10 dias)
Drenagem do seio maxilar
DRENAGEM DOS SEIOS
WATERS
SEIO ESFEINODAL No. 3
Sinusite maxilar
Sinusite maxilar
SINUSITE MAXILAR
TOMOGRAFIA
COMPUTADORIZADA
TC SINUSITE MAXILAR DIREITA
CELULITE PERI-ORBITÁRIA
HIPERTROFIA DE ADENOIDE
FÁCIES ADENOIDEANA
FÁCIES ADENOIDEANA
CA DE SEIO MAXILAR
CA DE SEIO MAXILAR

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