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Fichamento
“Porque não é do lado teórico ou teológico, nem do lado prático ou pedagógico, que a
teoria me parece principalmente interessante e autêntica, mas pelo combate feroz e
vivificante que empreende contra as idéias preconcebidas dos estudos literários, e pela
resistência igualmente determinada que as idéias preconcebidas lhe opõem.” (p.16)
“A teoria se opõe ao senso comum. Mais recentemente, depois de uma volta da espiral,
a teoria da literatura levantou-se ao mesmo tempo contra o positivismo na historia
literária (representado por Lanson) e contra a simpatia da critica literária (que havia sido
representada por Faguet), assim como se levantou contra a associação frequente dos
dois (primeiro o positivismo na historia do textos, depois o humanismo na
interpretação) [...]” (p.21)
p.21
“Por crítica literária compreendo um discurso sobre as obras literárias que acentua a
experiência da leitura, que descreve, interpreta, avalia o sentido e o efeito que as obras
exercem sobre os (bons) leitores, mas sobre os leitores não necessariamente cultos nem
profissionais. A critica aprecia, julga; procede por simpatia (ou antipatia), por
identificação ou projeção: seu lugar ideal é o salão, do qual a imprensa é uma
metamorfose, não a universidade; sua primeira forma é a conversação.” (p.21-22)
“o eterno combate entre a teoria e o senso comum que dá à teoria seu sentido.” (p.26)
p.33
p.33
“Todo julgamento de valor repousa no atestado de exclusão. Dizer que um texto é literário
subentende sempre que um outro não é. O estreitamento institucional da literatura no século
XIX ignora que, para aquele que lê, o que ele lê é sempre literatura, seja Proust ou uma foto
novela, e negligência a complexidade dos níveis de literatura (como há níveis de língua)
numa sociedade. A literatura, no sentido restrito, seria somente a literatura culta, não a
literatura popular (a fiction das livrarias britânicas). ” (p.33)
35
“A literatura serve para produzir um consenso social; ela acompanha, depois substitui a
religião como ópio do povo.” (p.36) – essa ideia de que a literatura substitui a religião
também está presente na obra de Bataille, no entanto, Compagnon se diferencia de Bataille
ao afirmar que a literatura serve para produzir um consenso social, uma vez que Bataille
acredita que a literatura não deve se vincular aos discursos sociais.
“Os literatos, principalmente Matthew Arnold, na Inglaterra vitoriana, por sua obra
fundadora, Culture and Anarchy [Cultura e Anarquia] (1869), mas também Ferdinand
Brunetière e Lanson, na França, adotaram esse ponto de vista no final do século XIX,
julgando que seu tempo chegara: depois da decadência da religião, e antes da apoteose da
ciência, no interregno, à literatura seria atribuída, ainda que provisoriamente, e graças ao
estudo literário, a tarefa de fornecer uma moral social. Num mundo cada vez mais
materialista ou anarquista, a literatura aparecia como a ultima fortaleza contra a barbárie, o
ponto fixo do final do século: chega-se assim, a partir da perspectiva da função, à definição
canônica de literatura.” (p.36-37)
“Mas, se a literatura pode ser vista como contribuição à ideologia dominante, “aparelho
ideológico do Estado”, ou mesmo propaganda, pode-se, ao contrário, acentuar sua função
subversiva, sobretudo depois da metade do século XIX e da voga da figura do artista
maldito.” (p.37)
“a literatura pode estar de acordo com a sociedade, mas também em desacordo.” (p.37)
P.38
P. 39
P.41
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P.42
p. 46
p.49
p. 49
p.50
p.50
Sobre o autor um trecho do livro de Wilde deixa claro que ele não concorda com a nova
critica, pois no momento que Basil finaliza seu retrato ele afirma que não exibira o quadro,
pois há muito dele na obra, ao falar isso Wilde por meio de seu personagem deixa claro sua
ideia contraria a nova critica e afirma que o significado da obra de arte está sim vinculado ao
seu autor. Nesse mesmo trecho do livro temos a primeira referencia a questão do gênero
sexual de Basil.
p.50
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p.51
p.51
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p.52
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As cinco esferas sobre as quais de alguma forma toda teoria e toda critica reflete quando se
debruçando sobre uma obra literária.
Nessas citações a literatura sempre
aparece relacionada com a sociedade em
que se encontra. Seja no seu status, seja
no seu descompasso dentro de um dado
contexto histórico social.
Cabe agora deixar claro uma estrutura básica da obra de Antoane Compagnon nesses
capítulos iniciais do seu livro que consiste sempre no seguinte: ele sugere um determinado
estado de coisas, num momento especifico da historia. Ele fala quais foram as abordagens
mais vigentes no período que precede a década de 1960. Em seguida descreve quais são as
contraposições que surgiram na década de 60 pelos teóricos pós-estruturalistas. Mostra a
necessidade de um embate entre estas duas teorias e desse embate busca extrair lições do
senso comum. São lições que buscam um meio termo entre o legado radical do século 19 e
do que são essas abordagens mais recentes pós-estruturalistas muitas vezes retornando
propostas mais antigas.
As propostas do século 19 são de acordo com Compagnon tentativas de explicação das obra
literárias, ou seja, são tentativas de encontrar os motivos pelos quais um determinado autor
vivendo uma determinada vida num determinado contexto histórico num determinado país e
numa determinada raça tentavam explicar aquela obra tinha sido composta.
Uma abordagem formalista, pois partiam do texto para tentar interpretar as estruturas,
determinados paralelismos, as formas empregadas no texto. Uma abordagem marxista
tentando ver a base sociológica por trás da obra o que aquela obra dava a ver dos meios de
produção, denunciava em termos da exploração de trabalho. E em chave psicológica, ou
seja, tentando compreender por meio da obra de que forma aquelas palavras aquela obra se
ligava a psique de um sujeito. As tentativas de explicação se contrapuseram tentativas de
interpretação.
Intention = intenção – action= ação. Ou seja o significado próprio de uma expressão de uma
obra, e o sentido mudado, o sentido alegórico o sentido outro na ideia de que se diz algo
querendo dizer outra coisa.
Consiste em se voltar pra um texto e ver naquelas
palavras naquele texto referencias a um outro, ou
seja, fala-se de X mas faz uma alegoria pra Y.
O MUNDO CAPITULO 3
As concepções antimimeticas da
linguagem e de expressão,
Compagnon vai dizer que em
larga medida a literatura
moderna ela trabalha nessa
chave, na ant mimese, na ideia
de que a representação em
literatura e nas artes modernas
elas não buscam trabalhar com
uma noção de referenciassão ao
real, mas sim de uma critica a
essa representação por meio do
pressuposto de base segundo
qual o sistema representacional
seria arbitrário.
O verossímil – ou seja, ele não é isso que convêm da perspectiva da logica dos acontecimentos, do
nosso conhecimento do mundo, mas sim daquilo que convêm em sociedade, que convêm a partir de
determinadas expectativas sociais.
A partir da ideia de que não há fora do texto, o fora do texto são outros textos que o
circundam que existem em uma teia de remições, de referencias, mas mesmo um autor
que se pretenda o mais fiel pintor da realidade na verdade trabalharia com convenções
da sua época, mas convenções do meio por meio do qual ele se exprimi, no caso, a
literatura.
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