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1.

AVALIAÇÃO DA DEMANDA INSTITUCIONAL

O projeto foi criado com intuito de conscientizar os alunos de forma didática


visando esclarecer e orientar as dúvidas em relação ao início da vida sexual
e conhecimento de doenças sexualmente transmissíveis, através de
atividades previamente planejadas que foram aplicadas ao longo dos 8
encontros que tivemos com os adolescentes, juntamente com a supervisora
e psicóloga do projeto Assistência pra Vida Amanda Baldochi. Nos
preocupamos em passar o conteúdo para eles de forma mais pratica e
didática de forma a criar um maior interesse e participação desses jovens.
O comportamento sexual do indivíduo depende não só das etapas de
desenvolvimento mas também do contexto familiar e da sociedade em que
vive, por esse motivo levar essas informações a eles é muito importante
levando em conta que são adolescentes de um bairro de classe media
baixa, o que pode gerar falta de informação adequada.

2. PROPOSTA DE TRABALHO INSTITUCIONAL

JUSTIFICATIVA
O projeto teve por objetivo inicial a informação e orientação sexual, visando
conscientizar os adolescentes na iniciação na vida sexual e prevenindo-los para
as possíveis situações indesejáveis.
No mundo atual, há muitas informações erradas e inadequadas que atingem
facilmente os adolescentes nessa era da internet. A superinformação está cada
vez mais acessível pelos meios de comunicação e há pouca censura neles. Isso
acaba expondo os jovens a situações não tão bem compreendidas por eles. A
gravidez na adolescência tem aumentado bastante nos últimos tempos. O que
acontece é que os adolescentes estão numa fase em que querem se portar como
adultos mas falta a experiência necessária que um adulto tem, isso acarreta
problemas a eles e muitos estão a contrair doenças sexualmente transmissíveis
cada vez mais.
Todas essas situações infelizmente é resultado da informação inadequada e
precária que os jovens estão tendo, e a pouca atenção que os adultos dão em
relação às necessidades dos adolescentes de hoje.
Outra questão importante é a imposição da sociedade em cobrar dos jovens
rapazes a iniciação precoce da vida sexual para provar sua masculinidade, isso
também é um gerador de problemas pois os jovens estão cada vez mais tendo
relações sexuais sem a experiência e informações necessárias, sem falar no caso
dos jovens que ainda estão confusos em relação a sua orientação sexual e acaba
desenvolvendo problemas emocionais. Freud diz que é somente após a
puberdade que o comportamento sexual, assume sua forma definitiva. A
identidade sexual só é consolidada no final da adolescência, com a passagem
para a idade adulta (Aberastury et al., 1988).
Sabemos que o comportamento sexual do indivíduo depende não só das etapas
de desenvolvimento mas também, do contexto familiar e da sociedade em que
vive.
Portanto o plano de estágio foi realizado visando trabalhar a informação e
orientação sobre sexualidade através do planejamento de atividades com o intuito
de conscientizá-los para a diminuição de gravidez indesejada e doenças
sexualmente transmissíveis.

INTRODUÇÃO
O presente relatório de estágio é elaborado no âmbito da disciplina de Estágio
Supervisionado Específico I, como requisito obrigatório do oitavo semestre do
curso de psicologia da Unifran.
Para o Psicólogo obter sucesso na sua atuação é necessário um levantamento de
dados, e conhecimento da demanda, para conhecer a instituição em si, todos os
pontos que precisam ser ajustados e aprimorados.
O papel do psicólogo na escola é mostrar aos professores a importância que eles
têm para a construção da personalidade dos alunos.
A prática do psicólogo na escola é reconhecida como um modo de atuação do
psicólogo enquanto profissional, tendo como fins para o cumprimento de seus
objetivos, um olhar diferenciado para o aluno, a família, a instituição e a
sociedade.
O trabalho do psicólogo escolar deve ser apoiado em suportes psicológicos a
partir de uma articulação com as vertentes educacionais, para que assim, atue no
sentido de promover a disseminação de um processo educativo pautado no
compromsso social.
A amplitude e o fazer do psicólogo escolar justifica-se pela pluralidade de
situações, demandas e sujeitos que compõem o cenario escolar. Assim, compete
a esse profissional desenvolver trabalhos de orientação vocacional e profissional
com alunos; trabalhar no desenvolvimento de ações preventivas; desenvolver
ações com o corpo docente sobre temas pertinentes que merecem atenção na
escola; realizar trabalhos com familiares; participar da construção do projeto
político pedagógico da escola, dentre outros. 
A Psicologia Escolar segundo M. H. Novaes (1978), é uma ciência que se dedica a
comportamentos escolares, atuando nas relações dinâmicas desse ambiente com
a finalidade de ajudar e melhorar tais relações. Trata-se de uma ciência que se
ocupa da descrição e do estudo dos fatos e fenômenos escolares. Segundo C.
Andaló (1984), a Psicologia Escolar vem sendo considerada até agora como uma
área secundária da Psicologia, Vista como relativamente simples, não requerendo
muito preparo, nem experiência profissional. Essa perspectiva talvez provenha do
fato de que, históricamente, a área escolar tenha se caracterizado como um
desmembramento da área clínica, o que gerou a visão de uma Psicologia Escolar
clínica.
Andaló (1984) afirma que os psicólogos escolares têm praticado a clínica dentro
da escola, usando inclusive testes psicológicos, como de QI e personalidade,
dando diagnósticos e orientações detalhadas, oferecendo um serviço de
psicoterapia para alunos com problemas. A autora coloca ainda que com essa
atitude, o psicólogo pode provocar alguns problemas, como o risco de discriminar
e estigmatizar os alunos que se beneficiam desta forma de serviço, além de que o
sigilo pode não ser mantido pelos próprios alunos, uma vez que a privacidade é
restrita no ambiente escolar. Vale ressaltar que o psicólogo não deve ser
considerado como um "solucionador" de problemas, nem como um divulgador de
teorias e conhecimentos psicológicos e nem como alguém onipotente. Trata-se de
um profissional que apresenta, como qualquer outro ser, limites e especificidades,
mas que tem como objetivo auxiliar a escola a remover os obstáculos que se
interpõem entre os sujeitos e o conhecimento, favorecendo o processo de
humanização e de desenvolvimento do pensamento crítico (MEIRA & ANTUNES,
2003).

OBJETIVOS GERAIS
Conscientizar os alunos de forma didática visando esclarecer e orientar as dúvidas em relação ao
início da vida sexual e conhecimento de doenças sexualmente transmissíveis criando um
entendimento para os adolescentes com o trabalho de uma equipe de estagiários incorporando
assuntos sobre sexualidade, gravidez precoce e saúde no sentido de esclarecer e orientar suas
maiores dúvidas em relação ao cotidiano em termos da iniciação sexual, conhecimento e função
do corpo e seus órgãos genitais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Orientar e transmitir informações através de dinâmicas e atividades teóricas para uma
melhor compreensão sobre o assunto abordado;

- Incentivar os adolescentes a praticar no cotidiano as atividades desenvolvidas;

- Planejar e executar dinâmicas de educação sexual e informações sobre sexualidade na


adolescência.

METODOLOGIA
O trabalho foi realizado com os alunos da escola Angelo Gosuen com idade de 14 a 18
anos, do projeto de basquete Assistência pra Vida, realizado pelo Instituto Fausto
Giannecchini, com total de oito encontros semanais e duração de 2 horas. Foram utilizadas
dinâmicas de apresentação, interação e um quis de mito ou verdade para esclarecermos as
duvidas sobre sexualidade. A metodologia para implantação do projeto Assistência pra Vida
foi através de encontros semanais com atividades educativas e informativas para os
adolescentes. Essas atividades foram montadas de forma prática e didática através de
dinâmicas, impressos sobre o tema sexualidade com a participação direta dos estagiários
composto por três alunos do curso de Psicologia do 8º semestre e da psicóloga Amanda
Baldochi. Essas atividades foram implantadas como forma de prevenção e orientação com
intuito de uma conscientização do assunto abordado.

CRONOGRAMA
Ago. Set. Out. M Nov.

VVisita na Instituição X

D Delimitação da Demanda X

E Elaboração do Projeto X

Desenvolvimento das atividades propostas X X X X

Supervisões X X X X

Entrega do Relatório Final X

3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

DIARIO DE CAMPO Nº01

• Estagiário/as: Alessandra Pereira Gonçalves


Daniela Caroline Ferreira
Washington Azevedo

• Data: 28/08/2017Horário:19:00
• Local: Escola Estadual, Professor Ângelo Gosuen

Atividades Planejadas
• Tema: Apresentação
• Objetivos: Iniciar o estabelecimento do vínculo entre estagiários e
participantes do projeto; Aquecer para os trabalhos
• Conteúdos: Dinâmicas A)Quem sou eu;

B) Dinâmica do papel nas costas

• A apresentação foi feita com intuito de conhecer os alunos, nos apresentar


como estagiários e pesquisar mais profundamente dos orientadores se possuía
alguma queixa ou algum aspecto na sala em geral a ser trabalhado. Nosso
objetivo é de promover ao grupo encontros agradáveis com intenção de
compreender as queixas levantadas e discutir em busca de uma melhoria.

• Participantes: Alunos da escola AngeloGosuen, da turma projeto de


basquete, período noturno, sendo adolescentes entre 14 á 18 anos, somente do
sexo masculino.

• Procedimento: A)

A Dinâmica quem sou inicia-se através da formação de um circulo, onde todos os


alunos sentados recebem uma folha em branco e uma caneta, epedimos que liste
no mínimo 10 características própria, foi dado um tempo de 10 min . Após listar as
características, vira a folha, dividindo ao meio, e se classifica essa lista separando
o que facilita e o que dificulta, foi dado 5 min. Após isso cada um fala suas
característicasé feita uma discutição e partilhamento de apresentação

• Recursos utilizados:Papel sulfite e caneta

Atividades Desenvolvidas

Iniciamos com apresentação para conhecermos melhor a turma. Fomos


recebidos pela psicóloga do projeto basquete, na quadra de esportes da escola,
no qual reuniu a turma e nos deslocamos para a sala de aula. De primeiro
momento percebemos certa agitação na sala, pois todos falavam ao mesmo
tempo e mostravam estar curiosos com nossa presença.
Após todos sentarem, nos apresentamos como estagiários, falamos
nossos nomes, e começamos explicar a atividade que passaríamos para eles,
com intuito de conhecê-los melhor e saber um pouco mais de cada um. Após
entregarmos os matérias e explicar como proceder, sentimos a dificuldades de
alguns alunos de falar sobre suas próprias características. Alguns nos chamaram
em suas carteiras para pedir ajuda, e dar uma dica do que seria falar sobre isso, e
todos usaram o tempo limite para relacionar e finalizar a atividade.
Então chegou à hora de sentar na roda junto com o grupo de alunos, e
começar a parte de interação diretamente com eles, onde cada um se
apresentava com o nome, idade e fazia uma previa do que escreveu sobre si
mesmo, e do porque essa característica o agregava ou não em sua vida.
A apresentação foi extensa, pois aconteceu muita conversa paralela, e a
atenção dos alunos se desviava a todo tempo, porém aconteceu a participação de
todos, e não tivemos problemas com alunos que não quisera fazer a dinâmica.
Alguns se sentiram inibidos em falar, e questionaram se tinham mesmo que ler o
que tinha relacionado no papel, e então orientamos que eram para falar se
estivessem à vontade.
Durante a apresentação um dos alunos nos chamou atenção, ele tem 16
anos, e menciona que uma de suas características é a tristeza, que não agregava
em sua vida, e que era uma pessoa triste.
Percebemos também que existem os grupinhos na sala, e acontece muito
bullyng com os amigos, pois a maioria chama o outro por apelido que na maioria
das vezes é devolvido com insultos.
A atividade proposta teve foi concluída da forma que esperamos, porem
nos trouxe uma reflexão do quanto àqueles adolescentes se parecem ao falar de
si próprio, pois quase todos os alunos bebem, fumam, ou já experimentaram
algum tipo de droga. Isso foi notado, pois citavam em suas características, que
eram fumantes, que bebida e usavam também cigarro de maconha. Após todos
falarem, agradecemos ao grupo, recolhemos as folhas e nos despedimos para os
alunos deslocar até a quadra para dar inicio ao jogo de basquete, que é o projeto
da escola.

DIARIO DE CAMPO Nº02

• Estagiário/as: Alessandra Pereira Gonçalves


Daniela Caroline Ferreira
Washington Azevedo

• Data: 04/09/2017Horário: 19:00hs


• Local: Escola Estadual Professor Ângelo Gosuen

Atividades Planejadas

• Tema: Interação
• Objetivos:Promover uma interação mais profunda entre os participantes,
fortalecendo a união e cooperação em uma tarefa ou objetivo proposto.
• Conteúdos:Dinâmica A) Resolvendo os problemas
B) Caneta dentro da garrafa
• Participantes: Alunos da escola AngeloGosuen, turma do Projeto de
basquete Assistência pra Vida, período noturno, sendo adolescentes de 14 á 18
anos, do sexo masculino.

• Procedimento: A)
Resolvendo os problemas: O coordenador distribui um pedaço de papel e
um lápis para cada integrante que deverá escrever algum problema, angústia ou
dificuldade por que está passando e não consegue expressar oralmente. Deve-se
recomendar que os papéis não sejam identificados a não ser que o integrante
assim desejar. Os papéis devem ser dobrados de modo semelhante e colocados
em um recipiente no centro do grupo.O coordenador distribui os papéis
aleatoriamente entre os integrantes. Neste ponto, cada integrante deve analisar o
problema recebido como se fosse seu e procurar definir qual seria a sua solução
para o mesmo. Após certo intervalo de tempo, definido pelo coordenador, cada
integrante deve explicar para o grupo em primeira pessoa o problema recebido
e solução que seria utilizada para o mesmo. Esta etapa deve ser realizada com
bastante seriedade não sendo admitidos quaisquer comentários ou perguntas. Em
seguida é aberto o debate com relação aos problemas colocados e
as soluções apresentadas. 

• Recursos utilizados: Papel sulfite e caneta

• Procedimento: B)

• Os participantes fazem um círculo e no meio será colocada uma


garrafa vazia. Cada participante segura na ponta de um cordão que estará ligado
a uma caneta no centro e aos outros cordões serão distribuídos em outras
direções para os colegas do grupo que irão segurar nas outras pontas opostas.
O objetivo do jogo é colocar a caneta dentro da garrafa apenas segurando
nas pontas dos cordões.

Recursos utilizados: Uma caneta, garrafa pet vazia, barbante.

Atividades Desenvolvidas
Neste encontro foi observada uma certa resistência inicial por parte dos
participantes, muitos disseram que não tinham problemas ou que não iria
escrever, percebemos o grau de dificuldade deles de se abrirem uns com os
outros mesmo não se identificando,. Explicamos novamente como seria feita a
atividade, com a ajuda da psicóloga do projeto Amanda, que eles não deveram
colocar o nome na folha, após isso todos começaram a escrever, alguns com
dificuldade pelo fato de que não queriam expor seus problemas pessoais, mas
mesmo assim, todos escrevem. Recolhemos as folhas e distribuímos
aleatoriamente, explicamos que cada um, refletindo sobre o problema do outro e
se colocando no lugar do outro, deveria dar uma solução ou conselho para
resolver aquele problema. Novamente, alguns participantes, demonstraram uma
resistência em escrever, dizendo que ninguém resolve o problema do outro,
conversamos novamente com eles e todos finalizaram a atividade. Após isso foi
feito um circulo para começarmos a discussão e reflexão da atividade. Pelo fato de
alguns não querer expor seus problemas pessoais, perguntamos se todos
estavam de acordo em lerem em voz alta os problemas e soluções, três
participantes votaram para que não fosse lido, então respeitamos a decisão deles.
Perguntamos sobre a dificuldade de escrever sobre seus próprios problemas e
angustias e também sobre se colocar no lugar do outro, encarando aquele
problema como se fosse seu, alguns disseram que foi bem difícil se abrir e
também escrever uma solução para o outro. Explicamos sobre a importância de
ter empatia e não julgar a situação pela qual o outro está passando e que eles
devem levar as coisas mais a serio, pois qualquer coisa vira motivo de brincadeira
para eles.
Após essa reflexão demos inicio à dinâmica da caneta dentro da garrafa e
dissemos que nessa eles deveriam trabalhar juntos para resolver o “problema”.
Explicamos o que eles deveriam fazer eles começaram a falar uns com os outros
para conseguir colocar a caneta dentro da garrafa, logo conseguiram o objetivo da
dinâmica. Os participantes não tiveram dificuldade em realizar a atividade e se
comunicaram de forma clara e sem conflitos.
Encerramos o encontro e liberamos eles para a aula de basquete do
projeto.

DIARIO DE CAMPO Nº03

• Estagiário/as: Alessandra Pereira Gonçalves


Daniela Caroline Ferreira
Washington Azevedo

• Data: 11/09/2017Horário: 19:00


• Local: Escola Estadual, Professor Ângelo Gosuen

Atividades Planejadas

• Tema: Tirando dúvidas

• Objetivos: Auxiliar os adolescentes a identificarem suas dificuldades


quanto aos temas de maior interesse em sexualidade.
• Conteúdos: Dinâmica – O Semáforo

• Participantes: Alunos da escola Angelo Gosuen, da turma projeto de


basquete, período noturno, sendo adolescentes entre 14 a18 anos, somente do
sexo masculino.

• Procedimento:

Será escrito em um pedaço de papel sulfite uma dúvida por aluno referente
ao tema sexualidade.
O facilitador colocará três círculos distanciados, lado a lado, na lousa.
Cada participante irá colocar suas fichas abaixo dos círculos ou “ sinais de
semáforo”, dependendo do grau de dificuldade que sentir ao debater sobre o
tema.
O sinal vermelho represente muita dificuldade sobre o assunto, o amarelo
representa dificuldade média e o verde significa pouca dificuldade.
O próximo passo será entrar em discussão com os participantes

• Recursos utilizados:Papel sulfite, caneta, três círculos coloridos de giz na


lousa.

Atividades Desenvolvida

No dia 11de setembro, realizamos com os alunos a dinâmica “o semáforo”,


onde distribuímos uma tira de papel sulfite para cada um e pedimos que
escrevessem uma dúvida relacionada ao tema sexualidade.
Em seguida desenhamos na lousa três círculos em cores verde, amarelo e
vermelho e explicamos que representava um semáforo onde a cor verde era fácil,
a amarelo médio e a vermelho difícil, pedimos colocassem suas dúvidas embaixo
dos respectivos círculos de acordo com o grau de dificuldade encontrado ao
abranger o assunto.
Notamos que a maioria dos alunos encontrou uma dificuldade mediana ao
falar sobre o assunto onde a mais da maioria colocou suas dúvidas debaixo do
círculo amarelo.
Abrimos as questões uma por vez e fomos esclarecendo seus
questionamentos. Foram envolvidas perguntas como: gravidez na adolescência,
doenças sexualmente transmissíveis, métodos anticonceptivos, entre outras.
Ao longo das explicações fomos debatendo com eles sobre o assunto e ao
longo do debate surgia colocações muito interessantes apresentadas por eles em
relação ao tema, compartilhavam experiências e até mesmo demostraram estar
por dentro do assunto em questão. Nos pediram fosse passado na aula seguinte
um vídeo sobre o tema, nos comprometemos de levar um vídeo explicativo para
melhor ajudar no entendimento do assunto abordado.
No geral, foi notado uma grande interação entre a classe, desde dúvidas
até a exposição de suas vivências e opiniões sobre.

DIARIO DE CAMPO Nº04

• Estagiário/as: Alessandra Pereira Gonçalves


Daniela Caroline Ferreira
Washington Azevedo

• Data: 18/09/2017Horário: 19:00


• Local: Escola Estadual, Professor Ângelo Gosuen

Atividades Planejadas

• Tema: Filme
• Objetivos: Conscientizar sobre as doenças sexualmente transmissíveis e o
uso de drogas
• Conteúdos: Filme: Cazuza O Tempo Não Para

• O filme foi passado com intuito de conscientizar o grupo de alunos


adolescente sobre a conscientização de prevenção nas relações sexuais, as
conseqüências que pode ocasionar na falta de proteção, e também sobre o uso de
drogas. Nosso objetivo é de fazê-los refletir sobre todas as perdas que certas
atitudes mal pensadas podem trazer para suas vidas.

• Participantes: Alunos da escola AngeloGosuen, da turma projeto de


basquete, período noturno, sendo adolescentes entre 14 á 18 anos, somente do
sexo masculino.

• Procedimento:O filme começou com o encontro dos alunos na sala de


vídeo, onde antes de iniciarmos foi explicado o porquê do tema deste filme. O
silencio e a colaboração de todos foi o que ajudou com que a atividade proposta
tivesse sucesso ao ser realizada

• Recursos utilizados:Sala de vídeo

Atividades Desenvolvidas

Encontramos com os alunos na porta da sala de vídeo, onde todos


entraram e se acomodaram em seus lugares. De primeiro momento passamos por
um problema com a conexão do filme, já que o programa do computador da
escola não rodava em nossa gravação do pen drive. Ficamos bastaste
apreensivos, pois no nosso planejamento o filme era uma espera dos alunos e não
tínhamos como mudar de prontidão.
Para nos auxiliar, veio o inspetor de alunos e sugeriu que rodássemos o
filme através da net, com a senha da netflix, o qual mais que depressa aceitamos
e então foi iniciada a atividade.
O filme tem duração de 01h:38 e explicamos que dividiríamos em dois dias,
já que não podíamos ultrapassar o tempo, e atropelar a hora do projeto. Os alunos
participavam com expressões o tempo todo, a cada cena que eles se
identificavam, onde passavam ele bebendo, fumando com os amigos, ou até
mesmo curtindo uma balada noturna, osmesmos exclamavam que Cazuza era “o
cara”.
Não foi preciso chamar atenção por falta de silencio, já que todo o grupo se
interessava muito em assistir o filme, e quando deu o tempo combinado com eles
de pausar e continuar na próxima aula fomos surpreendidos com o pedido de não
irem para o basquete e finalizar o filme.
Logicamente que não aceitamos o pedido, já que o projeto tem que ser
seguidos pontualmente, e como estagiários não pudera alterar qualquer regra da
escola. Sendo assim, os alunos arrumaram a sala antes de sair, e já ficou
combinando que na próxima aula daríamos continuidade ao restante do filme.

DIARIO DE CAMPO Nº05

• Estagiário/as: Alessandra Pereira Gonçalves


Daniela Caroline Ferreira
Washington Azevedo

• Data: 25/09/2017Horário: 19:00


• Local: Escola Estadual, Professor Ângelo Gosuen

Atividades Planejadas
• Tema: Sessão Pipoca
• Objetivos: Conscientizar sobre as doenças sexualmente
transmissíveis e o uso de drogas
• Conteúdos: Filme: Cazuza O Tempo Não Para

• O filme foi passado com intuito de conscientizar o grupo de alunos


adolescente sobre a importância da prevenção nas relações sexuais, as
conseqüências que pode ocasionar na falta de proteção, e também sobre o uso de
drogas. Nosso objetivo é de fazê-los refletir sobre todas as perdas que certas
atitudes mal pensadas podem trazer para suas vidas.

• Participantes: Alunos da escola AngeloGosuen, da turma projeto de


basquete, período noturno, sendo adolescentes entre 14 á 18 anos, somente do
sexo masculino.

• Procedimento:

• Recursos utilizados: Sala de vídeo, filme.

Atividades Desenvolvidas
Colocamos o filme e os alunos se organizaram em grupos para distribuirmos a
pipoca e refrigerante. De inicio ficaram em silêncio, depois alguns alunos
começaram a conversar e dispersar, jogando pipoca um no outro. Não houve
comentários em relação ao filme como na semana anterior. Quando o filme
acabou, pedimos para que eles pegassem a sujeira do chão. Eles colaboraram e
encerramos o encontro.
DIARIO DE CAMPO Nº06

• Estagiário/as: Alessandra Pereira Gonçalves


Daniela Caroline Ferreira
Washington Azevedo

• Data: 16/10/2017Horário: 19:00


• Local: Escola Estadual, Professor Ângelo Gosuen

Atividades Planejadas
• Tema: Quiz
• Objetivos: Investigar a compreensão dos alunos referente ao tema
sexualidade
• Conteúdos: Plaquinhas de mito ou verdade e questões sobre sexualidade.
• Participantes: Alunos da escola AngeloGosuen, da turma projeto de
basquete, período noturno, sendo adolescentes entre 14 a18 anos, somente do
sexo masculino.

• Procedimento:

Será distribuído uma placa de folha de sulfite por grupo escrito


Verdadeiro/Falso
O facilitador irá separar os alunos em três grupos
Após realizada a pergunta pelo facilitador cada grupo levanta uma placa
com sua resposta
Ao final o grupo que obter mais pontos vence o jogo .

• Recursos utilizados:Papel sulfite, lista de perguntas (vide anexo xxx)

Atividades Desenvolvida

No dia 16 de outubro, a psicóloga que nos acompanha no estagio faltou,


realizamos o trabalho com os alunos sozinhos.
Quando os alunos entraram na sala e informamos que a Amanda não iria,
pois tinha sofrido um acidente, eles ficaram um pouco retraídos, nos questionou se
ela estava bem, o que tinha acontecido com ela.
“Na Psicologia é possível observar as contribuições de estudos de teóricos
como Henri Wallon que busca estruturar o conhecimento do desenvolvimento
humano e da formação do processo de aprendizagem de maneira científica, isto é,
além de observar o crescimento biológico também valoriza a importância
emocional e afetiva deste ser que se desenvolve através da relação com o outro”
(BASTOS, 2010; LEITE, 2012; ALMEIDA, 2014; PINHEIRO et al, 2014).
Explicamos que seria realizada um Quiz com eles, que seriam separados
em três grupos , cada grupo receberia uma placa escrito Verdade/Mito, o tema
abordado seria sexualidade e após cada perguntar o grupo levantava a placa com
a resposta, ao final quem obtivesse mais pontos venceria e ganharia uma
premiação, eles ficaram empolgados pelo jogo após a noticia da premiação.
“O uso da relação entre estímulo e resposta foi sugerido por Watson como
uma forma de controle e predição do comportamento humano. “
Apos serem divididos em três grupos de seis alunos, começamos a fazer as
perguntas direcionadas ao tema. Observamos que em alguns momentos surgiram
duvidas e divergência nos grupos e diversas vezes pediram para que fosse lida a
pergunta novamente.
Durante o jogo notamos a participação efetiva de todos.
Ao final somamos a pontuação e informamos qual foi o grupo vencedor ,
ressaltamos a importância daquele jogo e que todos ganharam conhecimento,
independente do resultado.

DIARIO DE CAMPO Nº7

• Estagiário/as: Alessandra Pereira Gonçalves


Daniela Caroline Ferreira
Washington Azevedo

• Data: 23/10/2017Horário: 19:00


• Local: Escola Estadual, Professor Ângelo Gosuen

Atividades Planejadas
• Tema: Reflexão

• Objetivos: Refletir sobre o equilíbrio de suas ações, e despertar para a


atenção dos acontecimentos.

• Conteúdos: A) Dinamica Roda da Vida


B) Dinâmica da Carruagem

• Participantes: Alunos da escola ÂngeloGosuen, da turma projeto de


basquete, período noturno, sendo adolescentes entre 14 a18 anos, somente do
sexo masculino.

• Procedimento:

Será feita a leitura do texto carruagem, e logo depois entregue a roda da


vida impressa para que pontuem e reflitam sobre como está ou não o equilíbrioem
cada situação.
O facilitador irá entregará aos alunos e explicará como proceder.
Ao final faremos uma reflexão das atividades propostas, onde cada um
individualmente terá uma visão de como se encontra sua vida em cada tema
mencionado, despertando também a atenção na escuta.

• Recursos utilizados:Papel sulfite, impressão roda da vida (vide anexo xxx)

Atividades Desenvolvidas
No dia 23de outubro, chegamos à escola, nos organizamos na sala, até a
chegada dos alunos. Neste encontro a quantidade de alunos estava bem baixa,
pois alguns estavam assistindo um jogo.
Explicamos que seria feita 2 atividades, que cada aluno receberia uma
impressão com uma figura, e que esta se chamava roda da vida. A instrução de
como faríamos esta atividade foi lida por nosso estagiário e então demos um
tempo de 15 minutos para que respondessem todas as questões.
A dinâmica teve a participação de todos, e ao pedirmos para montarem
uma bicicleta e analisar se era possível andar nela, com a roda toda torta, eles
sorriam e diziam que não, que com aquela roda capotariam. E um dos alunos
indagou:
Nossa, minha vida está bem torta, e sorrindo complementou, se for pensar por esse
ponto preciso mudar hoje mesmo muita coisa.
Os questionamentos sobre as formas pelas quais o ser humano constrói
“sentidos” sobre sua existência têm sido feitos reiteradamente pelas diversas
psicologias (Figueiredo, 2000),
Após todos refletirem que para construção de nossas vidas, temos grandes
responsabilidades em equilibrar as etapas, e que para se manter em pé é
necessário que estejamos em harmonia.
Já a dinâmica da carruagem, foi mesmo para desperta los em estar atentos
aos acontecimentos, e que não podemos focar somente em uma direção e
esquecer das demais.
No encerramento de todas as reflexões das atividades aplicadas, nos
despedimos, e ficou combinado de voltarmos somente para o encerramento, pois
na próxima segunda terá jogo e eles foram dispensados para assistir.
DIARIO DE CAMPO Nº8

• Estagiário/as: Alessandra Pereira Gonçalves


Daniela Caroline Ferreira
Washington Azevedo

• Data: 06/11/2017Horário: 19:00


• Local: Escola Estadual, Professor Ângelo Gosuen
Atividades Planejadas

• Tema: Encerramento

• Objetivos: Confraternizar com todos os alunos para encerrarmos o estágio.

• Participantes: Alunos da escola Ângelo Gosuen, da turma projeto de


basquete, período noturno, sendo adolescentes entre 14 a18 anos, somente do
sexo masculino.

• Procedimento:Levamos comes e bebes, neste dia não teve nenhuma


atividade, somente a confraternização com todos.

• Recursos utilizados: Pão de queijo, patê, refrigerante, bombom, pirulito.

Atividades Desenvolvidas

Chegamos na sala e preparamos tudo enquanto os alunos não chegavam.


Após eles entrarem na sala, iniciamos agradecendo-os por ter nos recebido e
participado de forma ativa dos encontros. A psicóloga Amanda também agradeceu
e deu a notícia a eles que só iria voltar no ano que vem. Falamos para eles
ficarem a vontade para comer e beber. Eles ficaram conversando e nós
observando aquele momento descontraído deles, neste dia foram apenas 10
alunos. Chamaram a gente para participar da conversa e falamos sobre diversos
assuntos. No final, distribuímos bombons e pirulitos, cada pirulita tinha uma
mensagem, frases da música Epitáfio – Titãs, para que eles pudessem refletir
sobre a letra da música. Nos despedimos e encerramos o encontro.
4. EVOLUÇÃO E DISCUSSÃO DO TRABALHO

O presente estudo teve como objetivo orientar e conscientizar sobre o


assunto sexualidade na atuação da psicologia escolar trabalhados com os
adolescentes de um bairro de classe média baixa. O trabalho foi aplicado
em várias categorias do tema com reflexões teóricas e práticas. As
atividades evidenciaram diversificação no conhecimento com direção
preventiva junto aos alunos.
A psicologia escolar é uma área da psicologia aplicada que tem suscitado
inúmeros reflexões acerca da identidade dos profissionais que nela atuam,
sobretudo a necessidade de redefinição do papel do psiologo na escola e
de reestruturação de sua formação acadêmica (ALMEIDA, 1999; JOBIM E
SOUZA, 1996; DEL PRETTE, 1999; GOMES,1999).

INFORME INSTITUCIONAL

Ao iniciar nosso trabalho de estágio supervisionado em Psicologia Escolar,


não imaginávamos o quão seria agregador colocar em prática as teorias
aprendidas ao decorrer do curso. Tivemos o privilégio de sermos orientados
pela Professora Rosali Luvisoto, que além de ser competente e dinâmica,
nos passou segurança para que nosso trabalho se tornasse coeso de
maneira tranqüila e agradável. Fomos orientados de forma clara e objetiva
que nos proporcionou uma grande aprendizagem.
Somos gratos também à psicóloga e supervisora do estágio Amanda que
gentilmente nos cedeu a oportunidade da vaga e nos atendeu de forma
dedicada e paciente mas instruções de como conduzir o trabalho aplicado.
A realização do estagio escolar na instituição nos possibilitou não apenas a
vivencia da pratica, mas também a visão da necessidade de profissionais
que desempenham esse trabalho com os adolescentes, pois sentimentos
uma grande carência de informações sobre o assunto tratado.
O estágio nos proporcionou uma maior reflexão do papel do psicólogo
escolar, que tem como função principal a promoção da saúde
biopsicossocial dos que fazem a escola, e para isto este profissional poderá
trabalhar com inúmeros grupos existentes na escola, por exemplo, alunos,
professores, equipes, entre outros.
Diante de tudo que vivenciamos vale relatar a enorme bagagem de
conhecimentos que nos foram ofertados, tanto na parte pratica, quanto na
supervisão e orientação especifica, mas também na incrível experiência
dentro da instituição de ensino. Foram momentos de trocas, tanto o que
deixamos de algo novo para os alunos quanto ao que recebemos das
experiências trocadas. Esse estágio comprova mais uma vez, que
psicologia e escola devem trabalhar em conjunto.
A pratica da psicologia na escola tem um caráter essencialmente social,
articulando a outros fazeres da instituição (dos especialistas, dos
professores, da administração, da família, etc.) e do contexto extra- escolar
(pesquisadores, políticos, profissionais de diferentes áreas) resultando em
um produto educacional coletivo (Del Prette e col., 1996).
A cada encontro, durante as rodas de conversa, os adolescentes e os
estagiários pontuavam a dinâmica do grupo, fazendo observações acerca
de comportamentos e falas apresentadas durante o projeto. Toda a equipe
participou da avaliação, possibilitando uma análise grupal, construída por
todos os envolvidos, de forma ampla e democrática.
Segundo Andaló (1993), “temos concentrado nossos esforços no sentido de
desenvolver projetos, que se concretizem em atividades palpáveis, que dão
forma e visibilidade às propostas feitas” procurando colocar em prática o
que absorvemos da teoria acerca da Psicologia Escolar.
Sendo assim, avaliando todo o projeto, ficou claro para nós que algo foi
mudado, que algumas sementes foram plantadas, que reflexões foram
iniciadas, que debates foram feitos, e que a comunicação e a integração
começaram a ser concretizadas.
Ao longo do projeto, foi possível perceber o envolvimento dos alunos,
sendo a maioria dos encontros satisfatórios em levantar a reflexão com a
sala e, como consequência, levá-los a pensar sozinhos nas questões da
sexualidade, prevenções contra doenças sexualmente transmissíveis.
Surgiram, também, relatos dos problemas vividos fora da escola por parte
dos adolescentes, como uso de álcool, cigarro, histórico de uma vivencia
inadequada frente a isso.
Identificou-se, ainda antes do término do estagio, alguns avanços
significativos, por exemplo: os adolescentes se sentiram mais á vontade em
expor seus problemas perante a turma sem medo de julgamento pois
entenderam que o objetivo de nossa intervenção era esclarecer, orientar e
conscientizar.
A proposta de intervenção realizada foi muito bem recebido pelos
adolescentes sendo capaz de atingir o objetivo proposto, através das
dinâmicas tivemos respostas positivas e uma visível mudança de olhar e
comportamento perante o assunto abordado.

Vale ressaltar que este é um trabalho que deve ter continuidade e ser
estendido a todo o ambiente escolar, uma vez que se percebe o quanto os
alunos da presente escola são vulneráveis a carência de informações e
acolhimento perante suas dúvidas e visão do que é correto (no linguajar
adolescente é conhecido como “Modinha”).

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREUD, S., 1958a. Uma teoria sexual.. In: Obras completas de Sigmund
Freud. Rio de Janeiro: Delta;. p. 5-126.

5. ANEXOS

ANDALÓ, M. Nome do artigo. Ano. Disponível em (site). Acesso em .....

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