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nos entrenós curtos, pode-se deduzir que houve naquele solo, onde a planta
solo, ao longo desse período, não deverá acusar variações maiores, que
justifiquem o observado.
À medida que a raiz cresce num solo ela absorve os nutrientes que
entre esta região e aquela mais distante da raiz. Para que novo suprimento
1
chegue à superfície de absorção torna-se necessário seu transporte até esse
toxicidade para uma planta, e, quando precipitado pela calagem, já não entra
. Fluxo de Massa e
. Difusão
planta tem acesso ao nutriente. À medida que uma raiz cresce no solo ela
encontra, ao longo da trajetória, nutrientes que podem ser, então, absorvidos. Este
crescimento das raízes apenas, ele também, indiretamente, facilita aqueles dois
crescimento.
2
A quantidade de nutriente interceptado é aquela encontrada em um
satisfazer aquela requerida por uma cultura (Barber, 1974), dada a grande
pequena (Quadro 1)
solo, como cálcio e nitrogênio, por serem retidos com menor energia na fase
que aquele junto à raiz. Esta diferença de potencial que causa um movimento
3
Para elementos como o fósforo que se encontra em concentrações
Interceptação de
Nutriente Solução do solo Fluxo de massa Difusão
raízes
(1)
Este valor indica que, potencialmente, apenas o fluxo de massa seria capaz de suprir, em mais de três
vezes, a quantidade de cálcio absorvida pela planta.
FONTE: Vargas et al. (1983).
Todos aqueles que têm um fogão a gás em casa já devem ter sentido o
4
do tamanho do vazamento, ou seja, da quantidade de gás liberada; vai
for maior, o gás vai demorar mais para chegar até nós. Se houver alguma porta
vamos demorar mais ainda para percebê-lo, ou, até mesmo, poderemos não o
distantes, onde ele ainda não está presente. Quanto maior esse gradiente,
trajetória, mais rapidamente o gás será difundido até nós. Uma colher de NaCl
colocada em um litro de água fará com que, depois de algum tempo, todo o sal
Não haveria transporte do gás nem do sal sem o meio de dispersão, ar e água,
que haja necessidade de vento que neste caso caracterizaria o fluxo de massa,
como o de uma janela aberta, por exemplo, para o gás ou de agitação da água
5
com o sal. Esse movimento, ou turbulência, do meio de transporte, do “veículo”,
como fluxo de massa. Portanto, mesmo que a planta não esteja transpirando,
haverá difusão de íons até as raízes, onde poderão ser absorvidos. Quando
apresentado a seguir:
absorver todo esse fósforo, o sistema radicular precisa, de alguma maneira, criar
que o abastece, à medida que o primeiro vai sendo absorvido, não é suficiente
6
Concentrações críticas(1) do fósforo na solução do solo, para muitas
plantas, como já foi dito, podem ser inferiores a 0,05 mg L-1 de P, para solos
altamente intemperizados e, ou, argilosos (Yost et al., 1979), e tão altas como
0,2 mg L-1, para solos menos intemperizados e, ou, mais arenosos. Se for
solo > raízes > folhas > atmosfera faz com que a solução do solo se movimente
raiz significa o transporte até ela do fósforo na solução do solo, que vai indicar o que
massa, para com o fósforo acumulado pela cultura da soja. Se for considerado
três milhões de litros (Barber, 1974), pode-se verificar que, para um teor crítico
(1)
Concentração crítica pode ser definida como a concentração de um nutriente, por determinado método de
análise, acima da qual a probabilidade de resposta de uma planta à aplicação desse nutriente no solo não é
significativa.
7
médio de fósforo na solução do solo da ordem de 0,1 mg/L, a contribuição do
Verifica-se que o total de fósforo absorvido pela soja não pode ser
cultura da soja. Essa grande diferença [20,0 - (0,3 + 0,751) = 18,949 kg ha-1] é
Pelo que se viu, para que mais fósforo chegue às raízes de uma planta,
por fluxo difusivo, é necessário que o solo seja mais rico em P-disponível, para
que haja gradiente maior entre o que há na solução do solo e junto à raiz. O
fluxo difusivo aumenta com esse gradiente; será maior também com o aumento
do teor de água do solo, uma vez ser este o meio através do qual a difusão
entre o fósforo na solução do solo, mais distante da raiz, e aquele junto à raiz;
(2)
Difusão é utilizado como sinônimo de fluxo difusivo em muitos trabalhos; não deve ser confundido
com coeficiente de difusão (D).
8
transporte, forem maiores ou menores, etc. Numa viagem, preocupamo-nos com
por meio do fluxo difusivo (Wiethölter, 1985), é expresso pela Lei de Fick:
F = - DAδc/δx (Eq.1)
uma constante de proporcionalidade, em cm2 s-1, que faz com que F seja
de δc com o aumento de δx, o que faz com que a variável δc/δx seja negativa.
D = D1 θ ƒ δI/δQ (Eq.2)
(3)
Deve se compreender a unidade de D, em cm2 s -1, como uma constante de proporcionalidade na Eq.1,
para satisfazer as mesmas unidades nos componentes daquela igualdade: Moles s-1 = [(cm2 s -1) cm2
(moles cm-3 cm-1)] = moles s-1.
9
conforme a tortuosidade da trajetória da difusão. A tortuosidade é variável
conforme a textura do solo, uma vez que partículas maiores, como nos solos
como nos solos argilosos; partículas menores permitem trajetória mais retilínea
Por outro lado, a compactação do solo, causando poros muito finos, como
adsorvidos ao solo com maior energia (Figura 1). De acordo com Nye & Tinker
(1977), o valor de ƒ aproxima-se de zero nos solos mais secos, apenas com
(4)
Embora impendância tenha como sinônimos resistência ou o inverso da admitância, os valores de f é o inverso
de qualquer restrição à difusão. Por exemplo, quanto maior a tortuosidade menor é o D e porconseguinte
menor F. Portanto, matematicamente, este componente da impedância é utilizado como o intervalo de
tortuosidade.
10
(δQ/δI). Em termos práticos, o poder tampão de um nutriente apresenta
Seca Seca
Difusão
H 2PO4- Raiz
Adsorção
Filme
de água - - +++ - - Filme de água
- ++- - +++ - -+ ++ mais delgado
+- COLÓIDE
- -
+ +
+ +
que ele não é, por si só, uma medida de F. Todavia, correlações significativas
conseguinte, o valor de D.
11
Os componentes das Eq. 1 e 2 podem ser, também, indiretamente
ao alumínio.
neste nutriente pode ser causada por condições que afetam o transporte deste
hídrico no solo. O fluxo difusivo do ferro (FFe) em solos foi avaliado como
difusão que receberam uma lâmina de resina de troca catiônica como dreno de
ferro. O ferro total adsorvido às lâminas foi extraído após 10 dias de contato
12
A umidade foi um fator preponderante sobre o FFe em ambos os solos,
fósforo (Quadro 2). Isso se deve ao fato de que a precipitação de ferro em seus
maior umidade.
-2
______________________________________________________________________ µmol cm /10 dias ______________________________________________________________________
Valores seguidos pela mesma letra maiúscula na linha (dentro da dose de calagem, efeito de P),
minúscula na coluna (dentro de solo, efeito de umidade) e pela mesma letra grega na mesma linha, para
a comparação do efeito de calagem, dentro dos tratamentos sem e com P, respectivamente, não diferem
entre si pelo teste de Tukey a 5 %.
Fonte: Nunes et al. (2004).
13
Curiosamente, o ânion acompanhante da fonte de zinco aplicada ao solo
al., 1999), como também acontece com o fósforo e será visto mais tarde, no
para uma resina de troca de cátions, durante um período de 15 dias foi avaliado
Quadro 3 - Fluxo difusivo de zinco como variável de solo, pH, dose e íon
acompanhante (fonte) após 15 dias de contato da lâmina de resina e
amostras dos solos
-2
___________________________________________________________________________________ µmol cm /15 dias ___________________________________________________________________________________
ZnCl2
PV 4,87 0,003 0,035 0,088 0,169
6,00 0,002 0,006 0,012 0,029
ZnSO 4
4,87 0,027 0,060 0,126
6,00 0,006 0,011 0,021
ZnCl2
LV 4,64 0,002 0,064 0,251 1,064
ZnSO 4
4,64 0,031 0,072 0,188
14
Efeito semelhante foi observado para o teor de argila do solo: solo com
maior teor de argila com menor FZn. O FZn foi maior quando a fonte utilizada
foi ZnCl 2 . Tal fato parece ser conseqüência da baixa capacidade de adsorção
-
de Cl pelos solos em geral e da alta solubilidade do ZnCl 2 , e sua
do zinco.
casa de vegetação, foi estudado por Costa (1998) (Quadro 4) e por Ruiz (1985).
Ruiz (1985) cultivou soja, utilizando a técnica de raízes subdivididas, sendo que
menos fósforo, e a outra metade em outro vaso com solo, onde se testaram
mostraram que mesmo para uma elevada dose de fósforo, como 240 mg/kg de
vezes quando o conteúdo de água retida a -0,01 MPa (-0,1 bar) caiu para
considerar que este menor conteúdo de água no solo era bastante para manter
a planta com turgidez sem déficit hídrico aparente. E nessa condição, o fluxo de
15
fósforo caiu para valores menores que aquele observado no solo sem a adição
16
Este fato permite levantar algumas hipóteses:
neste tipo de solo, caracterizado por baixo valor de δI/δQ, parece ser a razão.
como meio de transporte de fósforo, por meio de maiores doses deste nutriente, com
de fósforo (Ruiz et al., 1988; Novais & Smyth, 1999). Esta compensação é mais
viável em solos menos intemperizados e, ou, mais arenosos, com maior δI/δQ.
principalmente para aquelas perenes, deve ser evoluído, isto em razão dos
17
compostos orgânicos essenciais ao crescimento e desenvolvimento da planta. Essas
com diferentes valores de poder tampão ou fator capacidade deste elemento (δQ/δI),
como observadas por Muniz et al. (1985). Detalhes adicionais relativos a esse
expressivas perdas por lixiviação, pequeno ou nulo efeito residual ao longo dos
18
Quadro 6 - Valores médios dos coeficientes de difusão (D) de alguns íons no
solo
ÍON D
cm2 s-1
Na+ 1,0 x 10 - 5
NH4+ (0,4 a 3,0) x 10 - 7
K+ 2,3 x 10 - 7
Ca2+ (3,2 a 7,4) x 10 - 8
Zn2+ (3,1 a 266,0) x 10 -10
NO3- (0,5 a 5,0) x 10 - 6
H2PO4- (2,0 a 4,0) x 10 -11
+
Observa-se que o valor de D do NH4 é semelhante ao do potássio
para o amônio.
termos de distância. Outro ponto que merece destaque é o efeito indireto que a
medida que o sistema radicular cresce, explorando novas áreas do solo ainda
difusão ocorra, facilitando-a. Para ânions com maior mobilidade no solo, como o
19
As menores respostas à adubação observadas em nossos solos, com os
superfície dos colóides ao longo de sua trajetória de difusão, fazendo com que o
íon tenha de se difundir cada vez mais próximo de superfícies adsorventes, que
os retêm. Para que o íon continue chegando até às raízes, doses cada vez
Compactação
+++--++--+++--++
+++--++ -+++--+
Difusão
H2PO4- Raiz
Adsorção
+++--++ -+++--+
+++--++--+++--++
Compactação
20
Quadro 7 - Fluxo difusivo de potássio um solo, influenciado pela umidade do
solo. A dose de potássio aplicada foi correspondente a 40 % da CTC
efetiva do solo
LE - 130 g kg -1
kg dm-3 mg dm -3 cm g vaso-1
deve ter como característica principal a queda drástica do fluxo difusivo desse
21
satisfatoriamente às raízes. A análise do solo indica teor alto do disponível,
usadas, particularmente nos solos com maior adsorção de fósforo, por exemplo
22
Nutrientes com menores valores de D são, de modo geral, mais críticos
grandes distâncias por fluxo de massa. Zinco tende a ser problema mais crítico
dado seu pequeno valor de D, este estudo não tem muito sentido. Esse conceito
"imóvel" somente vai existir, em pequena ou mínima intensidade uma vez que
Assim, apenas naqueles locais onde raízes de duas plantas se tocam haverá
−
competição entre elas pelo H 2PO4 . Como o volume de solo explorado pelas
23
a ser utilizada em um plantio de milho com 40.000 plantas/ha será,
24
elevados, por mais tempo, em maiores profundidades, comparativamente à da
superfície do solo, que seca mais rapidamente, seria a razão para esse
longo do dia, estarão em fase com o fluxo de massa e não com a difusão.
25
EXERCÍCIOS
a. Micorrização de plantas;
b. Pequeno déficit hídrico com pequena perda da condutância estomática;
c. Grande déficit hídrico com grande ou total perda da condutância estomática;
d. Transporte de nutrientes à noite;
e. Transporte de nutrientes durante o dia;
f. Suprimento de nutriente à plantas MAC (metabolismo ácido das crassuláceas)
durante o dia;
g. Suprimento de nutriente à plantas MAC (metabolismo ácido das crassuláceas)
durante à noite;
h. CTC (capacidade de troca catiônica do solo);
i. CTA (capacidade de troca aniônica do solo);
j. Intemperismo, alterando o mecanismo de transporte, quando comparados Ca2+ e
SO42-;
k. Lixiviação de nutrientes;
l. Textura do solo;
m. Teor de matéria orgânica do solo
26
3 – Qual a importância (contribuição) da intercepção radicular para o suprimento de nutrientes
(aproximação à raiz), dadas as condições:
4 – Em uma lavoura de milho, o proprietário observou uma faixa com um crescimento das
plantas bem inferior ao restante da lavoura. Esse fazendeiro o convida para estudar o caso. O
que você faria para identificar o problema, assumindo que o menor crescimento foi causado
por deficiência nutricional. A quantidade de fertilizante aplicada em toda a lavoura foi a
mesma.
5 – Com os anos de cultivo, a “terra torna-se cansada” como dizem os fazendeiros. O solo
torna-se menos responsivo às doses de fertilizantes que no passado eram satisfatórias,
requerendo doses cada vez maiores para se manter a produtividade.
Justifique.
6 – Irrigar ou adicionar fertilizantes ao solo tem, às vezes, o mesmo efeito sobre a correção de
deficiências nutricionais em plantas. Como você justifica esta semelhança de efeitos
utilizando técnicas tão distintas? Apresente informações necessárias á plena compreensão
dessa afirmativa.
7 – Por que, de modo geral, os solos de cerrado de textura média têm apresentado maiores
produtividades de soja que os argilosos?
Justifique,
8 – Dissemos que irrigar pode ser mais crítico (“mais essecial”) à produção agrícola em
regiões mais chuvosas do que naquelas semi-áridas, como no nordeste do Brasil (estas em
anos não extremamente secos).
Justifique (ou conteste).
27
10 – Algumas características do solo atuam de maneira interativa sobre a difusão de fósforo
no solo:
a. Compactação x conteúdo volumétrico de água no solo;
b. Compactação x doses de fósforo aplicadas;
c. Compactação x intemperismo.
Justifique.
11 – Você sabe que D = D1θƒ δI/δQ, onde D1 é a difusão do íon1 em água (uma constante), θ
é o conteúdo volumétrico de água no solo, ƒ é um fator impedância e δI/δQ o inverso do fator
capacidade ou poder tampão. Como um mesmo teor de argila em dois solos diferentes, um
muito intemperizado e outro não, atua sobre os componentes dessa equação, alterando a
difusão?
14 – No trabalho de Tanaka et al. (Water stress induces calcium deficiency and petiole
collapse in soybean leaves. Better Crops, 9(2):20-21, 1993), há um comentário sobre a
deficiência de cálcio em soja, cultivada em solo rico neste elemento (7,1 cmolc/dm3),
induzida por falta d’água, causando o que se chama de “colapso do pecíolo” (o pecíolo não
agüenta o peso dos folíolos e se quebra). Este comentário é o seguinte: “O stresse de água
reduz a evapotranspiração e a capacidade de transporte, decrescendo, portanto, a absorção de
cálcio e aumentando a absorção de fósforo e de potássio...”. O que você acha deste
comentário?
28
15 – Justifique a figura:
Produtividade
Densidade do solo
Dose de P (mg/kg)
Solo
0 100 200 400 600
Perguntas:
a. Para a mesma dose de fósforo aplicada, em qual dos dois solos a difusão deste
nutriente deverá ser maior?
b. Em qual dos dois solos, se igualmente compactados, a difusão de fósforo deverá ser
mais limitada? Justifique.
c. Qual dos dois solos deverá apresentar a maior relação Q/I? Justifique.
d. Se ambos os solos tivessem o mesmo teor de argila, qual dos dois deverá ser o mais
intemperizado?
29
17 – Em áreas com agricultura de sequeiro, observam-se problemas de deficiência de
micronutrientes quando da utilização de calcário em doses elevadas (supercalagem). Já, em
áreas irrigadas (com pivô-central, por exemplo), essas deficiências não ocorrem ou não são
tão freqüentes e intensas em resposta à supercalagem. Qual o seu parecer a respeito?
Solo (1)
Dose LVm LE AQ
(1)
LVm: Latossolo Vermelho-Amarelo textura média (17,6% argila); LE: Latossolo Vermelho-Escuro (74,7%
argila) e AQ: Neossolo Quartzarênico (14,1% argila).
Produtividade
Localização de P
Região A Região B
kg/ha
Na mesma coluna, as médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si a 5%. Justifique os resultados.
30
21 – Para a mesma superfície, raízes grossas, como as pivotantes de árvores, absorvem muito
menos fósforo que as finas. Apresente uma hipótese para este fato.
23 – Um pesquisador verificou que numa região costeira (próxima ao mar) o fluxo difusivo de
zinco era maior que numa região distante, no interior do país, para um solo, um Latossolo
Vermelho-Escuro, com o mesmo teor de zinco disponível e de argila, densidade aparente,
umidade etc. Justifique.
25 – O cultivo de uma área onde anteriormente passava uma estrada apresentou plantas de
milho com pior crescimento do que na área ao lado. Justifique o observado, sabendo-se que
naquele ano não houve déficit hídrico.
28 – Deve haver estreita relação entre o fluxo difusivo de um elemento e a atividade de argila
de solos (solos com argila 2:1 comparativamente a solos com argila oxídica), mantendo-se
outras características que definem esse transporte em níveis supostamente constantes.
Comente essa relação para:
a. Fósforo (H2PO4-).
b. Nitrogênio (NO3-)
29 – Como você explica a maior difusão de zinco em um solo de textura média, em relação a
um argiloso, para o mesmo valor de Q (fator quantidade) e ambos com a umidade
correspondente a -0,03MPa?
31
30 – Porque plantas fertilizadas com ZnCl2 obsorveram mais zinco que aquelas fertilizadas
com ZnSO4, no mesmo solo para ambas as fontes deste micronutriente?
- -
31 – Por que o NO3 é em torno de 106 vezes mais móvel no solo do que o H2PO4 ?
32 – A limitação de fósforo em solos de várzea é bem menor, de modo geral, que em solos
bem drenados. Justifique.
35 – “Irrigar pode ser mais crítico (essencial) à produção agrícola em regiões mais chuvosas
do que naquelas semi-áridas, como no Nordeste do Brasil (estas em anos não extremamente
secos)”. Esta frase tem algum fundamento? Justifique.
38 – Por que o conteúdo volumétrico de água do solo é mais crítico, de modo geral, ao fluxo
difusivo de P em solos mais intemperizados (argila 1:1 e óxidos) do que nos menos
intemperizados (argila 2:1, predominante)? Justifique.
40 – Por que falta de água em solos menos intemperizados, como em alguns do Nordeste, não
afeta tanto a difusão de fósforo como em solos mais intemperizados, como os de cerrado, em
geral? Justifique.
32
41 – Por que cálcio é transportado no solo predominantemente por fluxo de massa e fósforo
por difusão? Justifique.
43 – Na tabela abaixo, são apresentados valores dos coeficientes de difusão para dois
nutrientes:
Nutriente D
cm2/s-1
X
Y 2 x 10 -6
3 x 10 -11
-
44 – Estime a extensão de depleção de H2PO4 (D ~ 10-11 cm2s-1), K+ e NH4+ (1~10-10 cm2s-1)
-
e de NO3 (D ~ 10-5 cm2s-1) em torno de raízes (distância linear média percorrida).
Respostas:
-
H2PO4 = 0,013 mm dia-1
K+ = 4,2 mm dia-1
NH4+ = 4,2 mm dia-1
NO3- = 13,1 mm dia-1
Observação: Para esta estimativa veja Novais & Emyth (1999), página 218.
33
LITERATURA CITADA
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