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MÉTODO DAS TENSÕES ADMISSÍVEIS

O dimensionamento utilizando tensões admissíveis se originou dos


desenvolvimentos da R.M. em regime elástico.

A tensão resistente é calculada considerando-se que a estrutura pode atingir


uma das condições limites citadas anteriormente.

No caso de elemento estrutural submetido à flexão simples sem flambagem


lateral, a tensão resistente é tomada, neste método, igual à tensão de
escoamento fyk, o que corresponde ao início de plastificação da seção.

f yk
 max   

  tensão admissível
MÉTODO DAS TENSÕES ADMISSÍVEIS

O Método das tensões admissíveis possui as seguintes limitações:

a) Utiliza-se um único coeficiente de segurança para expressar todas


as suas incertezas.

b) Em sua origem o método previa a análise estrutural em regime


elástico com o limite de resistência associado ao início de
plastificação da seção mais solicitada. Não se consideravam
reservas de resistência existentes após o início da plastificação,
nem a redistribuição de momentos fletores causada pela
plastificação de uma ou mais seções de estrutura hiperestática.
MÉTODO DAS TENSÕES ADMISSÍVEIS
Teoria Plástica de Dimensionamento das Seções:

a) Vide Figura abaixo;

b) Momento My é o momento correspondente ao início de plastificação total


da seção. Em sua origem o método previa a análise estrutural em regime
elástico com o limite de resistência associado ao início de plastificação da
seção mais solicitada. Não se consideravam reservas de resistência
existentes após o início da plastificação, nem a redistribuição de momentos
fletores causada pela plastificação de uma ou mais seções de estrutura
hiperestática.
MÉTODO DAS TENSÕES ADMISSÍVEIS

Cálculo das solicitações atuantes: os esforços solicitantes oriundos de ações estáticas


ou quase-estáticas e que atuam nas diversas seções de uma estrutura podem ser
calculados por diversos processos em função da consideração dos efeitos não lineares.
Em relação as tensões desenvolvidas no material:

a) Estática clássica ou elástica;

b) Estática inelástica, considerando-se o efeito das deformações plásticas.

Na prática profissional, o cálculo elástico dos esforços solicitantes é o mais utilizado,


tendo em vista sua maior simplicidade, e o fato de ser a favor da segurança.
MÉTODO DAS TENSÕES ADMISSÍVEIS

Combinação de solicitações segundo a NBR 8800:

As solicitações de projeto (Sd) podem ser representadas como combinações de


solicitações S devidas às ações Fik pela expressão:

 
S d    f 3 S  f 1   f 2  Fik  
 f 1 : Coeficiente ligado à dispersão das ações; transforma os valores característicos das
ações (Fk) correspondentes à probabilidade de 5% de ultrapassagem em valores
extremos de menor probabilidade de ocorrência; tem um valor de 1,15 para cargas
permanentes e 1,30 para cargas variáveis.

 f2 : Coeficiente de combinação das ações..

 f3 : Coeficiente relacionado com tolerância de execução, aproximação de projetos, diferenças


entre esquemas de cálculo e o sistema real etc.; da ordem de 1,15..
MÉTODO DAS TENSÕES ADMISSÍVEIS

Definem-se os seguintes tipos de combinações de ações:

•Combinação normal: inclui todas as ações decorrentes do uso previsto da estrutura;

•Combinação de construção: considerações que podem promover algum estado limite


último na fase de construção da estrutura;

•Combinação especial: combinação que inclui ações variáveis especiais, cujos efeitos
tem magnitude maior que os efeitos das ações de uma combinação normal;

•Combinação excepcional: combinação que inclui ações excepcionais, as quais podem


produzir efeitos catastrófico, tais como explosões, choques de veículos, incêndios e
sismos.

Para as combinações de ações, a equação pode ser simplificada, fazendo-se:

 f1  f 3    f

Cada ação variável secundária pode ser substituída por 0


Equivalente ao  f2
MÉTODO DAS TENSÕES ADMISSÍVEIS

•As combinações normais de ações para estados limites últimos são escritas em função
dos valores característicos das ações permanentes G e variáveis Q:

Fd    giGi  q1Q1    qj 0 j Q j

Onde Q1 é a ação variável de base (ou principal) para a combinação estudada;

Qj representa as ações variáveis que atuam simultaneamente a Q1 e que tem efeito


desfavorável.

 q1 e  qj São coeficientes de segurança parciais aplicados às cargas;

0 É o fator de combinação que reduz as ações variáveis para considerar a baixa


probabilidade de ocorrência simultânea
Os valores dos coeficientes de segurança parciais podem ser obtidos na tabela 1.5 e os
valores do fator de combinação em 1.6.
Psi 2 deve ser utilizado para durações muito pequenas.
MÉTODO DAS TENSÕES ADMISSÍVEIS

Esforços resistentes:

•Esforços resistentes: as resultantes das tensões internas, na seção considerada.

•Os esforços internos (esforço normal, momento flketor etc) resistentes denominam-se
resistência última Ru e são calculados, em geral, a partir das expresões derivadas de
modelos semianalíticos em função de uma tensão resistente característica (por exemplo,
fyk) Define-se a tensão resistente característica como o valor abaixo do qual situam-se
apenas 5% dos resultados experimentais de tensão resistente.

Resistência de projeto Rd é igual a resistência última


dividida pelo coeficiente parcial de segurança gama m:

Ru ( f k )
Rd 
m
Onde:

 m   m1   m 2   m3
MÉTODO DAS TENSÕES ADMISSÍVEIS

 m   m1   m 2   m3

 m1 •Coeficiente que considera a variabilidade da tensão resistente, transformando o seu


valor característico em um valor extremo com menor probabilidade de ocorrência.
Esforços resistentes: as resultantes das tensões internas, na seção considerada.

•O coeficiente que considera as diferenças entre a tensão resistente obtida em ensaios


 m2 padronizados de laboratório e a tensão resistente do material na estrutura.

 m3 •O coeficiente que leva em conta as incertezas no cálculo de Ru em função de desvios


construtivos ou de aproximações teóricas.

•São dados na tabela a seguir.


EXEMPLO DE TENSÃO NORMAL

•Um pilar com módulo de elasticidade longitudinal de 45x109 N/m² suporta 72.000kg,
conforme figura abaixo. Determine a deformação e, a variação de comprimento d, o
comprimento final L’ e a tensão normal última desse pilar em MPa.
EXEMPLO DE TENSÃO NORMAL
•Um pilar com módulo de elasticidade longitudinal de 45x109 N/m² suporta 72.000kg,
conforme figura abaixo. Determine a deformação e, a variação de comprimento d, o
comprimento final L’ e a tensão normal última desse pilar em MPa.
P = 72000Kg  P = 72000Kg x 10m/s²  P = 720kN
E = 45GPa  E = 45kN/mm²
Li = 2000mm
A = 300 x 200  60000mm²
  ? d  ?; L’ = Lf = ? ; =?

d  P x Li  d  720 x 2000  d  0,533mm


EA 45 x 6000

 d    0,533    2,67 x10-4


Li 2000

Lf = Li - d  Lf = 2000 - 0,533  Lf = 1999,4667mm

 P   720kN___   0,012kN/mm²    12MPa


A 60000mm²
EXEMPLOS DE TENSÃO POR FLEXÃO

6m
RESOLUÇÃO Q1
RESOLUÇÃO Q1
RESOLUÇÃO Q1
RESOLUÇÃO Q2
RESOLUÇÃO Q2
Exercícios propostos (PARA ESTUDO)

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