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Distribuição
Data : 14/04/2021 17:50 Motivo : Distribuição por sorteio
Partes do Processo
Requerente
FREDERICO LUIZ ZAGANELLI
32499/ES - FREDERICO LUIZ ZAGANELLI
Requerido
ESTADO DO ESPIRITO SANTO
NESIO FERNANDES DE MEDEIROS JUNIOR
VITOR DE ANGELO
Decisão
D E C I S Ã O
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De acordo com a legislaçã o, as tutelas provisó rias podem ser de urgê ncia ou
de evidê ncia. Estas se justi icam diante da clareza quanto ao direito pretendido pela parte,
enquanto as tutelas de urgê ncia sã o fundadas no perigo ao direito a ser tutelado.
No presente caso, a tutela provisó ria postulada pelo Autor, diz respeito a
suspensã o dos efeitos de artigo 5º, inciso IV, do Decreto nº 4859-R, de 03 de abril de 2021, que
determinam o fechamento das escolas, da Portaria nº 068-R, de 19 de abril de 2020, que
determina a abertura das escolas apenas no risco moderado, bem como a declaraçã o da
educaçã o com atividade essencial, autorizando, como consequê ncia, o retorno das atividades
presenciais.
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Durante muito tempo, o controle de mé rito do ato administrativo foi vedado.
Os clá ssicos pensadores do Direito eram categó ricos no sentido de a irmar que a apreciaçã o
do mé rito administrativo caberia apenas ao administrador, sob presunçã o de legitimidade da
“melhor escolha”.
Na atualidade, nã o há nenhuma dú vida de que o Poder Judiciá rio tem o poder-
dever de apreciar o juı́zo de conveniê ncia e oportunidade do ato administrativo frente aos
princı́pios constitucionais.
Sã o sob essas as premissas que analiso o pedido formulado pelo Autor, pois o
que se perquiri é o limite garantido ao gestor pú blico para que, discricionariamente,
regulamente questõ es nã o previstas em lei, optando entre vá rias soluçõ es possı́veis e vá lidas
perante o direito.
E inquestioná vel que o Poder Pú blico deve intervir na sociedade com o
objetivo de proteçã o da saú de pú blica, evitando a disseminaçã o do vı́rus. Para tanto,
inicialmente, restringiu a atuaçã o de praticamente todas os serviços e atividades prestadas no
Estado.
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aulas presenciais em todas as escolas, universidades e faculdades, inclusive cursos livres, das
redes de ensino pú blicas e privada”.
E inegá vel, portanto, ser a educaçã o pilar bá sico de uma sociedade que
pretende ser justa, pró spera e socialmente equilibrada como preceitua a Carta Magna.
Tenho que a melhor soluçã o ao caso perpassa pela aná lise do princı́pio da
proporcionalidade.
Do ponto de vista prá tico, deve-se indagar: (i) se a proteçã o ao direito que se
evidencia é adequada e promove um im constitucional legı́timo; (ii) se é necessá ria, ou se
havia medida mais e iciente sob o prisma do direito protegido de icientemente, que
permitisse tutelar o direito a que ele se opõ e na mesma medida; (iii) se os custos da restriçã o
justi icam os benefı́cios gerados.
Diligencie-se.
Este documento foi assinado eletronicamente por SAYONARA COUTO BITTENCOURT em 20/04/2021 às 16:55:40, na forma da Lei
Federal nº. 11.419/2006. A autenticidade deste documento pode ser verificada no site www.tjes.jus.br, na opção "Consultas -
Validar Documento (EJUD)", sob o número 01-4055-4941045.
Dispositivo
De acordo com a legislaçã o, as tutelas provisó rias podem ser de urgê ncia ou de
evidê ncia. Estas se justi icam diante da clareza quanto ao direito pretendido pela parte,
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enquanto as tutelas de urgê ncia sã o fundadas no perigo ao direito a ser tutelado.
No presente caso, a tutela provisó ria postulada pelo Autor, diz respeito a
suspensã o dos efeitos de artigo 5º, inciso IV, do Decreto nº 4859-R, de 03 de abril de 2021, que
determinam o fechamento das escolas, da Portaria nº 068-R, de 19 de abril de 2020, que
determina a abertura das escolas apenas no risco moderado, bem como a declaraçã o da
educaçã o com atividade essencial, autorizando, como consequê ncia, o retorno das atividades
presenciais.
Durante muito tempo, o controle de mé rito do ato administrativo foi vedado.
Os clá ssicos pensadores do Direito eram categó ricos no sentido de a irmar que a apreciaçã o
do mé rito administrativo caberia apenas ao administrador, sob presunçã o de legitimidade da
“melhor escolha”.
Na atualidade, nã o há nenhuma dú vida de que o Poder Judiciá rio tem o poder-
dever de apreciar o juı́zo de conveniê ncia e oportunidade do ato administrativo frente aos
princı́pios constitucionais.
Sã o sob essas as premissas que analiso o pedido formulado pelo Autor, pois o
que se perquiri é o limite garantido ao gestor pú blico para que, discricionariamente,
regulamente questõ es nã o previstas em lei, optando entre vá rias soluçõ es possı́veis e vá lidas
perante o direito.
E inquestioná vel que o Poder Pú blico deve intervir na sociedade com o
objetivo de proteçã o da saú de pú blica, evitando a disseminaçã o do vı́rus. Para tanto,
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E inegá vel, portanto, ser a educaçã o pilar bá sico de uma sociedade que
pretende ser justa, pró spera e socialmente equilibrada como preceitua a Carta Magna.
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Tenho que a melhor soluçã o ao caso perpassa pela aná lise do princı́pio da
proporcionalidade.
Do ponto de vista prá tico, deve-se indagar: (i) se a proteçã o ao direito que se
evidencia e¿ adequada e promove um im constitucional legı́timo; (ii) se e¿ necessá ria, ou se
havia medida mais e iciente sob o prisma do direito protegido de icientemente, que permitisse
tutelar o direito a que ele se opõ e na mesma medida; (iii) se os custos da restriçã o justi icam
os benefı́cios gerados.
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Diligencie-se.
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