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FORÇAS ARMADAS ANGOLANAS

ESTADO MAIOR GENERAL


INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO MILITAR

DISCIPLINA: SISTEMAS DE ESGOTO E DRENAGEM


4º ANO
EDSON SAMPAIO
Licenciado pela Universidade Jean Piaget,
no Curso de Engenharia Civil e
Ordenamento de Território.
Mestrando na Universidade Agostinho
Neto, no Curso de Engenharia Estrutural
Email: eng.esampaio@gmail.com
Tel.: +244 912612411
OBJECTIVOS GERAIS
1. Introduzir as bases teóricas e practicas visando a formação de Engenheiros
com perfil profissional capaz de resolver questões de sistemas de esgoto
sanitário e drenagem, relativas ao desempenho das actividades do
engenheiro civil, como projectos, dimensionamentos e implatação.
OBJETIVO ESPECIFICO
1. Identificar as condições de drenagem urbana em relação ao escoamento de
água superficial e aos impactos ambientais;
2. Desenvolver projetos e ações que minimizem os impactos ambientais
provocados pelo escoamento superficial; propor alternativas de
gerenciamento de drenagem urbana;
3. Dimensionar racionalmente as diversas partes constitutivas dos sistemas
de esgotos sanitários;
4. Desenvolver habilidades e técnicas que poderão ser utilizadas no projeto,
operação e manutenção dos sistemas de esgotos sanitários.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

CAPITULO I – SISTEMA DE ESGOTO


SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Critérios de avaliação
Assiduidade, apresentação, criatividade e conteúdo e avaliação pontual.

Conteúdo e avaliação pontual


A avaliação de conhecimento será realiza em dois momentos durante o
semestre de forma sistemática através de perguntas orais e escritas ou
trabalhos de controlo correspondendo a 40 % e avaliação mediante uma prova
de frequência correspondendo a 60% atribuindo aos cadetes qualificação na
escala de 0 a 20 valores.
OBJECTIVOS GERAIS
1. Introduzir as bases teóricas e practicas visando a formação de Engenheiros
com perfil profissional capaz de resolver questões de sistemas de esgoto
sanitário e drenagem, relativas ao desempenho das actividades do
engenheiro civil, como projectos, dimensionamentos e implatação.
OBJETIVO ESPECIFICO
1. Identificar as condições de drenagem urbana em relação ao escoamento de
água superficial e aos impactos ambientais;
2. Desenvolver projetos e ações que minimizem os impactos ambientais
provocados pelo escoamento superficial; propor alternativas de
gerenciamento de drenagem urbana;
3. Dimensionar racionalmente as diversas partes constitutivas dos sistemas
de esgotos sanitários;
4. Desenvolver habilidades e técnicas que poderão ser utilizadas no projeto,
operação e manutenção dos sistemas de esgotos sanitários.
CAPITULO I - LIQUIDOS A SEREM ESGOTADOS

Esgoto é a água proveniente do banho, limpeza de roupas, louças ou descarga do vaso


sanitário. Dependendo do uso, há distintas denominações. Os resíduos provenientes das
residências formam os esgotos domésticos, os formados no processo de fábricas recebem o
nome de esgotos industriais e as água das chuvas são denominados pluviais e não podem
ser lançados na rede de esgoto.
Classificação das Águas de Esgotamento

• Esgoto sanitário ou doméstico ou comum


• Esgoto pluvial
• Esgoto industrial

Composição e características

Água como esta composta?

Densidade 997kg/m3
Água pura

Incolor
Inodora
insípida
Águas Residuais industriais
CAMINHO DE ÁGUA

SE A GORDURA PASSAR PARA A TUBULAÇÃO, ELA COLA NO CANO E DIMINUI


A PASSAGEM DO ESGOTO. LOGO A LIMPEZA DESTA CAIXA TEM QUE SER
SEMANAL.
CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO

É o conjunto de estudos e conclusões relativo ao estabelecimento de todas as


directrizes, parâmetros e definições necessárias e suficientes para a
caracterização completa do sistema a projectar; bem como o conjunto de
instalações destinadas a facultar a captação, transporte, tratamentos e
descarga em condições sanitárias satisfatórias.

Como é feito o escoamento de esgoto?


Objectivos básico para a concepção de projecto:

• Identificação de todos os factores intervenientes com o sistema


de esgotos;
• Diagnóstico do sistema existente, considerando a situação actual
e futura,
• Estabelecimento de todos os parâmetros básicos de projecto;
• Pré dimensionamento das unidades dos sistemas, para as
alternativas seleccionadas;
• Escolha da alternativa mais adequada mediante a comparação
técnica, económica e ambiental, entre as alternativas;
As finalidades que os sistemas de esgoto doméstico são:

• Conectar os esgotos individualmente ou colectivamente;


• Afastamento rápido e seguro dos esgotos (fossas sépticas ou rede
colectora);
• Tratamento e disposição sanitária dos efluentes;
• Eliminação da poluição do solo;
• Conservação dos recursos hídricos;
• Eliminação dos focos de poluição e contaminação;
• Redução de incidência das doenças relacionadas com a água contaminada.
Sistemas de Colecta e Transporte de Esgoto

Conjunto de condutos e obras destinadas a coletar, transportar e


dar destino final, adequado as vazões de esgoto sanitário.
Objetivos
Objetivos Sanitários

• Coleta e remoção rápida e segura das águas residuárias;


• Eliminação da poluição;
• Disposição sanitária dos efluentes;
• Redução ou eliminação de doenças de transmissão hídrica;
Sistemas de Colecta e Transporte de Esgoto
Objetivos Sociais

• Controle da estética do ambiente;


• Melhoria das condições de conforte e bem estar da popula.
Tipos de Esgotos

Esgotos Doméstico: inclui as águas contendo matéria fecal e as águas servidas,


resultantes de banho e de lavagem de utensílios e roupas (NUVOLARI 2011);
Esgotos Industriais: compreendem os resíduos orgânicos, de indústrias de
alimentos,
matadouros, etc, as águas residuárias agressivas, procedentes de industriais de
cerâmica, água de refrigeração, etc;
Águas Pluviais: são as águas procedentes das chuvas;
Águas Infiltração: são as águas do subsolo que se introduzem na rede. Aqui se
inclui
também a contribuição pluvial parasitária que é a parcela do deflúvio
superficial
inevitavelmente absorvida pela rede de esgoto sanitário.
Clasificação de esgoto doméstico

Esgoto fisiológico (águas imundas ou negras): parcela utilizada na


eliminação do material fecal, apresentando alto teor de matéria orgânica e
grande quantidade de microorganismos, inclusive patogénicos;
Esgoto de cocção: resultante do processo de preparo e limpeza dos alimentos
e utensílios (geram gorduras);
Esgoto profilático (águas servidas): provenientes da limpeza do corpo,
roupas e ambientes.
Tipos de Sistemas de Esgotos

Sistema de Esgotamento Unitário (Sistema Combinado)

• Grandes vazões - prejudica o tratamento


• Investimento inicial elevado
• Funcionamento precário ruas sem pavimentação
• Construções mais difíceis e demoradas
Vantagens
• É menos oneroso e de mais fácil construção.
Desvantagens do Sistema Unitário

• Dificulta o controlo da poluição jusante onerando o tratamento, em virtude dos


grandes volumes de esgotos colectados e transportados em épocas de cheias e,
consequentemente, o alto grau de diluição em contraste com as pequenas vazões
escoadas nos períodos de estiagem, acarretando problemas hidráulicos nos
condutos;
• Exige investimentos inicias na construção de grandes galerias necessárias ao
transporte das vazões máximas do projecto;
• Tem funcionamento precário em ruas sem pavimentação, principalmente de
pequenas declividades longitudinais, em função da sedimentação interna de
materiais oriundos dos leitos das vias públicas, Implicam em construção mais
difíceis e demoradas em consequências as suas dimensões, criando maiores
dificuldades físicas e no quotidiano da população da área atendida.
Sistema de Esgotamento Separador Parcial

em que uma parcela das águas de chuva, provenientes de telhados e


pátios das economias são encaminhadas juntamente com as águas
residuárias e águas de infiltração do subsolo para um único sistema
de colecta e transporte dos esgotos.

Sistema Separador Absoluto


• Construção em etapas (pluvial e sanitário);
• Instalação em ruas sem pavimentação;
• Peças pré moldadas;
• Águas pluviais lançadas em corpos d’água;
• Redução nas dimensões da ETE
Desvantagens do Sistema Separador Absoluto

• Carregamento de sólido, área, para o interior dos colectores;


• O transbordando em poços de visita;
• O retorno do esgoto em ligações prediais com cotas menores;
• O extravasamento em poços húmidos de estações elevatórias;
• Modificação na eficiência de estações de tratamento de esgoto;
• O aumento dos custos operacionais do sistema de esgotamento
sanitário.
Sistema misto: a rede é projectada para receber o esgoto sanitário e
mais uma parcela das águas pluviais. A colecta dessa parcela varia de
um país para o outro. Em alguns países colectam-se apenas as águas
dos telhados; em outros, um dispositivo colocado nas bocas de lobo
colecta as águas das chuvas mínimas e limita a contribuição das
chuvas de grande intensidade.
Componentes dos Sistemas de Esgotos Sanitários
Componentes dos Sistemas de Esgotos Sanitários
Componentes dos Sistemas de Esgotos Sanitários

• Poços de Visita (PV): são câmara cuja finalidade é permitir a inspecção de


limpeza da rede. Os locais mais indicados para sua instalação são (1) início
da rede; nas mudanças de direcção, declividade, diâmetro ou tipo de
material, nas junções e em trechos longos. Nos trechos longos a distância
entre PV deve ser limitado pelo alcance dos equipamentos de desobstrução
(NUVOLARI, 2011). Geralmente, quanto maior o diâmetro do colector é o
espaçamento entre poços de visita (e.g. colector visitável viabilizar maior
espaçamento entre PV);
• Corpo de Água Receptor: corpo de água onde são lançados os esgotos;
Componentes dos Sistemas de Esgotos Sanitários

Estação Elevatória: conjunto de instalações destinadas a transferir


os esgotos de uma cota mais baixa para outra mais alta; quando as
profundidades das tubulações tornando demasiadamente elevadas,
quer devido a baixa declividade do terreno, quer devido á
necessidade de se transpor uma elevação, torna-se necessário
bombear os esgotos para um nível mais elevado. A partir desses
pontos, os esgotos podem voltar a fluir por gravidade.
Componentes dos Sistemas de Esgotos Sanitários

Estação de Tratamento: conjunto de instalações destinadas à depuração dos


esgotos, antes de seu lançamento. A finalidade da ETE é a de remover
parcialmente a carga poluente dos esgotos a um nível de concentração
compatível com a capacidade de assimilação do meio receptor (e.g. curso de
água, solo) para evitar deterioração da qualidade ambiental. Um sistema de
esgotamento sanitário só pode ser considerado completo se incluir a etapa de
tratamento. A ETE pode dispor de alguns dos seguintes componentes (ou todos
eles, dependendo da natureza do esgoto e exigência de tratamento): grade;
descarnador, sedimentação primária; estabilização aeróbias, filtro biológico ou
de percolação lodos activados; sedimentação secundária; digestor de lodo;
secagem de lodo; e desinfecção do efluente.

.
Componentes dos Sistemas de Esgotos Sanitários

Corpo d’água receptor

.
Estudo de Concepção de Sistema de Esgoto Sanitário

• Dados e características da comunidade;


• Análise do sistema de esgoto sanitário existente;
• Estudos demográficos e de uso e ocupação do solo;
• Critérios e parâmetros de projeto;
• Cálculo das contribuições;
• Formulação criteriosa das alternativas de concepção;
• Estudos dos corpos receptores.
Estudo de Concepção de Sistema de Esgoto Sanitário

• Pré dimensionamento das unidades dos sistemas desenvolvidos


para a escolha da alternativa:
Rede coletora;
Coletor tronco, interceptor e emissário;
Estação elevatória e linha de recalque;
Estação de tratamento de esgoto.
• Estimativa de custo das alternativas estudadas ;
• Comparação técnico econômica e ambiental das alternativas;
• Alternativa escolhida.
Regime Hidráulico do Escoamento em Sistemas de Esgoto

As canalizações dos colectores e interceptores devem ser projectadas


Para funcionarem sempre como condutos livres. Os sifões e linhas de
recalque das estações elevatórias funcionam como condutos
forçados. Os emissários podem funcionar como condutos livres ou
forçados, não recebendo contribuições em marcha; são condutos
forçados no caso de linhas de recalque.
Coeficiente de Retorno

É natural que parcela da água fornecida pelo sistema público de abastecimento de


água não seja transformada em vazão de esgoto como por exemplo, a água utilizada
na rega de jardins, lavagens de pisos externos e de automóveis, etc. Em compensação
na rede colectora poderão chegar vazões procedentes de outras fontes de
abastecimento como consumo de água da chuva acumulada em cisternas e de poços
particulares.

Também podemos dizer que a relação média entre os volumes de esgotos produzidos
e a água efectivamente consumida. Segundo a recomendação da NBR 9649/86 por
não houver dados medidos da área que caracterizam outro valor, adopta-se em
coeficiente de retorno de C= 0,80, portanto esse coeficiente representa parcela de
água distribuída que, efectivamente será transformada em esgoto. De facto certa
parcela de água poderá ser, como destino final.
Contribuição Per Capta Média

Um dos parâmetros mais importante nos projectos de abastecimento de água é


a quantidade de água consumida diariamente por cada usuário do sistema,
denominado de consumo per capta médio e representado pela letra “q”. Esse
parâmetro, na maioria das vezes, é um valor estimada pelos projectistas em
função dos aspectos geoeconómico regional, desenvolvimento social da
população e dos hábitos da população a ser beneficiada. Esses procedimentos
são frequentes em virtude do carácter eminentemente prioritário dos projectos
de sistemas de abastecimentos de água na infra-estrutura pública sanitária da
comunidade.
Coeficientes de Vazões Máximas

São dois os coeficientes de máxima vazão um exprime a relação ente a vazão


observada no dia de maior contribuição e a média anual observada, que e o de
máxima vazão diária (K1) e outro que exprime a relação entre a vazão
observada na hora de maior contribuição e a vazão observada no dia de maior
contribuição, que e de máxima horária (K2).

Vazão Mínima
As redes de esgotos sanitários estão sujeitas a variações de vazão, ao longo do
dia de sua vida útil. Entretanto, recomenda-se que, no caso de inexistência de
dados pesquisados e
comprovados, com validade estatística seja utilizado em qualquer trecho, o
menor valor da
vazão 1,5 l/s.
Sistema condominial
O sistema condominial de esgoto é uma solução eficiente e económica para o
esgotamento sanitário, introduzida no Brasil na década de 1980
(FUNASA,2007).
Partes constitutivas do sistema do sistema condominial

Ramal Condominial: trata-se da rede colectora que reúne os efluentes das


casas que compõem um condomínio e pode ser:
Passeio: quando o ramal condominial passa fora do lote, no passeio (calçada)
em frente a este aproximadamente 0,70m de distância do muro;
Fundo do Lote: quando o ramal condominial passa por dentro do lote, no
fundo deste. Esta é a alternativa de menor custos, pois desta maneira é possível
esgotar as faces de um conjunto com o mesmo ramal;
Jardim: quando o ramal condominial passar dentro do lote, porém, na frente
do mesmo.
Rede Básica: rede colectora que reúne os efluentes da última caixa de
inspecção de cada condomínio, passando pelo passeio ou pela rua;
Unidade de Tratamento: a cada microssistema corresponde uma estação para
tratamento dos esgotos, que pode ser o tanque séptico com filtro anaeróbio.
NORMAS PARA PROJETOS DE
SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO

NBR 9649-1986

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