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HAITI

História do Haiti

O HAITI QUER RENASCER

A primeira nação das Américas a abolir a escravidão clama por ajuda. Mais de 80% do povo vive abaixo
da linha da pobreza. A convite da ONU, nossos soldados estão lá para ajudar a população a encontrar
algo há muito perdido: a paz

A miséria corrói o Haiti de ponta a ponta. A foto desta página mostra um flagrante das ruas de Porto
Príncipe, a capital. Se essa é uma cena comum na cidade que, teoricamente, deveria ser o centro
financeiro do país, como é a situação nas outras localidades mais distantes? Os dois milhões de
habitantes de Porto Príncipe vivem cercados por lixo. O órgão que deveria removê-lo faliu faz tempo.
Água potável é artigo de luxomiséria corrói o Haiti de ponta a ponta. A foto desta página mostra um
flagrante das ruas de Porto Príncipe, a capital. Se essa é uma cena comum na cidade que, teoricamente,
deveria ser o centro financeiro do país, como é a situação nas outras localidades mais distantes? Os dois
milhões de habitantes de Porto Príncipe vivem cercados por lixo. O órgão que deveria removê-lo faliu faz
tempo. Água potável é artigo de luxo por ali. Quem não pode pagar para têla, lava a comida, o corpo, a
roupa... no esgoto que corre a céu aberto. E os especialistas da política internacional observam que a
situação deve piorar muito mais por lá. E pensar que tudo poderia ser diferente...

Ao avistar as caravelas de Cristóvão Colombo invadindo o golfo da ilha de Quisqueya, naquela manhã de
dezembro de 1492, os índios aruaques e caraíbas não imaginavam que ali surgiria a primeira nação
americana a conquistar a independência e a pôr fim à escravidão. Menos ainda que, depois disso, teriam
uma História trágica marcada por miséria, guerras civis, furacões e doenças (entre elas a aids).

História do Haiti - Nação de desempregados


Desde o ano passado, uma tropa de 1.400 soldados brasileiros atua
no país em nome da paz e da ordem

Para homenagear os reis da Espanha, que financiaram a viagem que o levou a descobrir a América,
Colombo chamou de Ilha Hispaniola aquela região do planeta. Depois foi rebatizada de São Domingos.
Hoje, considerada a segunda maior ilha das Grandes Antilhas (com 96% da população de negros), abriga
dois países: a República Dominicana, em dois terços de suas terras, e o Haiti, no terço restante.

Visto no mapa, o Haiti tem a forma da cabeça de um caimão - um pequeno crocodilo comum na região -,
com a boca aberta.

O norte do país é banhado pelo Oceano Atlântico (ver mapa); o sul, pelo Mar do Caribe, e o oeste, pela
Passagem de Sotavento. A leste, faz fronteira com a República Dominicana. As principais cidades são
Carrefour, Delmas e Cap-Haïtien.

Mapa - História do Haiti

Embora seja o francês a língua oficial, só é falado por 20% da população. A maioria se expressa com o
creole, mistura de francês antigo, espanhol, inglês e dialetos africanos. Quase 70% dos haitianos estão
desempregados. A renda per capita do país é de 400 codólares, algo em torno de 1.100 reais. Adultos
alfabetizados não passam de 45%. Quanto à religião, 80% se declaram católicos e 16%, protestantes - no
entanto, mais da metade dos haitianos também pratica o vodu, crença inspirada em rituais africanos.

História do Haiti - A rebelião dos escravos


Bonifácio Alexandre, o atual presidente. Jean-Bertrand Aristide
(abaixo), o último presidente deposto

Por que o francês é o idioma oficial do Haiti? A explicação é simples: em 1697, a Espanha entregou aos
vizinhos europeus a parte oeste da ilha de São Domingos, onde está o país. Não demorou muito tempo
para a França tornar as recém-adquiridas terras na mais próspera colônia da América. Ali produzia e
exportava café, cacau, algodão e açúcar.

Na passagem dos séculos 18 para 19, mais de meio milhão de escravos negros labutam nas plantações e
engenhos de São Domingo sob o domínio de apenas 30 mil brancos e mestiços.

Até que, em 1789, na França, os miseráveis uniram-se e fizeram a Revolução Francesa. A revolta na
França influenciou a História do Haiti. Logo, o país foi palco da maior rebelião negra da História e os
escravos tornam-se os primeiros a conquistar a liberdade, nas Américas. Dois anos depois, Toussaint
Bréda, um ex-escravo que depois passou a se chamar Toussaint L'Ouverture,torna-se governador geral.
Mas os franceses logo interrompem os sonhos revolucionários haitianos. Derrubam o governador e o
deportam para Paris, onde foi morto nos calabouços de Napoleão. E prendem os outros líderes.

Assim que reconquistaram a liberdade, os revolucionários voltaram à ativa. E tornaram-se cruéis como
seus feitores: invadiram casas, massacraram famílias inteiras de fazendeiros e envenenaram a água para
exterminar pessoas e animais. Como resposta, as tropas formadas por franceses e espanhóis queimaram
vivos muitos rebelados. Para vingá-los, os revolucionários enforcaram centenas de soldados e civis. O
sangue jorrou durante anos nos confrontos dos negros contra franceses e espanhóis. Até que, em 31 de
dezembro de 1803, os haitianos comemoram grande vitória. Sob a proteção da Inglaterra, Jacques
Dessalines declara a independência do país, o rebatiza com o nome indígena de Haiti (que significa "terra
da montanha") e se proclama imperador.

A primeira nação das Américas a abolir a escravidão clama por ajuda. Mais de 80% do povo vive abaixo
da linha da pobreza. A convite da ONU, nossos soldados estão lá para ajudar a população a encontrar
algo há muito perdido: a paz

História do Haiti - Repressão sangrenta


Da segunda metade do século 19 ao início do século passado, 20 presidentes se sucederam no poder do
Haiti. Desses, 16 foram assassinados ou depostos. Em 1915, os Estados Unidos invadiram o país, sob
pretexto de defender interesses próprios na ilha. E só foram embora em 1934.

No fim dos anos 50, o médico François Duvalier, conhecido como Papa Doc, é eleito presidente do Haiti e
não demora a revelar-se um feroz ditador. Esquadrões da morte instauram no país um regime de terror.
Assassinaram opositores e perseguiram a Igreja Católica. Em 1964 acontece o golpe fatal: com a ajuda
da sangrenta guarda pessoal, conhecida como tontons macoutes (bichos-papões), Papa Doc passa a se
autodenominar presidente vitalício. Ele ficou no poder até sua morte, em 1971. Mas nem assim os
haitianos livraram-se da tirania dos Doc. O poder foi para as mãos de Jean- Claude Duvalier, o Baby Doc,
filho de Papa, cujo "reinado" durou 15 anos. E só terminou quando ele decretou estado de sítio para
conter os protestos contra o governo que chefiava. Irada, a população expulsou a família Duvalier do país.

Boicotado pelos países ricos, o Haiti conhece o extremo empobrecimento. Em 1990, o padre Jean-
Bertrand Aristide foi eleito presidente. Cinco meses depois, é derrubado por um golpe militar. Após três
anos, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU) impõem
novas sanções econômicas ao país. Os militares são forçados a permitir a volta de Aristide ao poder para
estancar o êxodo de refugiados, realizar os ajustes econômicos exigidos pelo FMI e a promover eleições.

História do Haiti - Apoio dos brasileiros

Fanáticos por futebol, os haitianos foram à loucura na visita da Seleção Brasileira ao Paí

Nesse meio tempo, parte do Haiti é devastado por um furacão e o Congresso dos Estados Unidos veta o
envio de dinheiro para minimizar a tragédia. Aristide cobra da França uma indenização de 20 bilhões de
dólares pelos 107 anos de escravidão sofrida pelo povo. Mas não recebe um tostão.

Acusado pela oposição de manipular as eleições de 2000, Aristide enfrenta três anos de protestos e a
crise se torna incontrolável. Em 2004, conflitos armados eclodiram pelo país. Sem forças para controlar a
situação, Aristide foge para a África do Sul. Assim, o poder vai para as mãos de Bonifácio Alexandre,
presidente da Suprema Corte. Por considerar a situação uma "ameaça à paz e à segurança da região", a
ONU estabelece a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti. Com o objetivo de garantir a
ordem, 6.700 soldados de diversas nações - entre elas Brasil, Canadá, Chile e França - estão até hoje
nas ruas daquele país.

Ao aceitar o convite para capitanear as forças de paz, o Brasil tenta provar que está apto a ocupar uma
vaga no Conselho de Segurança, grupo de elite da ONU. E, de certa forma, tem o apoio do Haiti. Lá
também o futebol é a paixão. Para os haitianos, Ronaldos e Roberto Carlos são deuses e,
conseqüentemente, os 1.400 militares brasileiros, bem tratados por eles. Mas muitos criticam a missão
brasileira. O deputado federal Fernando Gabeira, do PV, integra a lista. "Se o Brasil quiser ajudar o Haiti é
melhor mandar sementes em vez de tanques", diz.

Ajuda verde-e-amarela Já Antônio da Silva Pinto, subsecretário de Planejamento da Secretaria Especial


de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), que esteve no Haiti, em dezembro, durante a
visita do ministro Celso Amorim, das Relações Exteriores, garante: "O Brasil não está lá como uma tropa
de Exército, mas para realizar trabalhos de solidariedade". A Seppir promoverá este ano um show com
grandes nomes da música brasileira que terá como ingresso materiais escolares - tudo será encaminhado
ao Haiti. "A educação é decisiva no processo em que se encontra o país", completa Antônio.

A música de Caetano e Gil sugere que a gente reze pelo Haiti. Quem sabe nossas orações ajudem para
que a paz seja semeada por lá e tragam nossos meninos de volta pra casa.

Fonte: racabrasil.uol.com.br

HAITI
O Haiti é um país das Caraíbas que ocupa o terço ocidental da ilha Hispaniola, possuindo uma das duas
fronteiras terrestres das Caraíbas, a fronteira que faz com a República Dominicana, a leste. Além desta
fronteira, os territórios mais próximos são as Bahamas e Cuba a noroeste, Turks e Caicos a norte, e
Navassa a sudoeste. Capital: Port-au-Prince.

Bandeira do Haiti

História do Haiti

Os primeiros humanos no Haiti, também conhecidos como Hispaniola, chegaram à ilha há mais de 1.000
anos aC, possivelmente 7.000 aC. Em 5 de dezembro de 1492, Cristóvão Colombo chegou a uma grande
ilha, à qual deu o nome de Hispaniola. Mais tarde passou a ser chamada de São Domingos; dividida entre
dois países - a República Dominicana e o Haiti - , é a segunda maior das Grandes Antilhas, com a
superfície de 27.750 km² e cerca de 9 milhões de habitantes. Com 641 quilômetros de extensão entre
seus pontos extremos, a ilha tem formato semelhante à cabeça de um caiman (ou caimão) (pequeno
crocodilo abundante na região), cuja "boca" aberta parece pronta a devorar a pequena ilha de Gonaive. O
litoral norte abre-se para o oceano Atlântico, e o sul para o mar do Caribe (ou das Antilhas).

A Ilha Hispaniola foi descoberta por Cristóvão Colombo em 1492. Já no fim do século XVI, quase toda a
população nativa havia desaparecido, escravizada ou morta pelos conquistadores.

A parte ocidental da ilha, onde hoje fica o Haiti, foi cedida à França pela Espanha em 1697. No século
XVIII, a região foi a mais próspera colônia francesa na América, graças à exportação de açúcar, cacau e
café.

Após uma revolta de escravos, a servidão foi abolida em 1794. Nesse mesmo ano, a França passou a
dominar toda a ilha. Em 1801, o ex-escravo Toussaint l'Ouverture tornou-se governador geral, mas, logo
depois, foi deposto e morto pelos franceses. O líder Jacques Dessalines organizou o exército e derrotou
os franceses em 1803. No ano seguinte, foi declarada a independência e Dessalines proclamou-se
imperador.

Após período de instabilidade, o país é dividido em dois e a parte oriental - atual República Dominicana -
foi reocupada pela Espanha. Em 1822, o presidente Jean-Pierre Boyer reunificou o país e conquistou toda
a ilha. Em 1844, porém, nova revolta derrubou Boyer e a República Dominicana conquistou a
independência.

Da segunda metade do século XIX ao começo do século XX, 20 governantes sucederam-se no poder.
Desses, 16 foram depostos ou assassinados. Tropas dos Estados Unidos da América ocuparam o Haiti
entre 1915 e 1934, sob o pretexto de proteger os interesses norte-americanos no país. Em 1946, foi eleito
um presidente negro, Dusmarsais Estimé. Após a derrubada de mais duas administrações
governamentais, o médico François Duvalier foi eleito presidente em 1957.

François Duvalier, conhecido como Papa Doc, instaurou feroz ditadura, baseada no terror policial dos
tontons macoutes (bichos-papões) - sua guarda pessoal -, e na exploração do vodu. Presidente vitalício, a
partir de 1964, Duvalier exterminou a oposição e perseguiu a Igreja Católica. Papa Doc morreu em 1971 e
foi substituído por seu filho, Jean-Claude Duvalier - o Baby Doc. Em 1986, Baby Doc decretou estado de
sítio. Os protestos populares se intensificaram e ele fugiu com a família para a França, deixando em seu
lugar o General Henri Namphy. Eleições foram convocadas e Leslie Manigat foi eleito, em pleito
caracterizado por grande abstenção. Manigat governou de fevereiro a junho de 1988, quando foi deposto
por Namphy. Três meses depois, outro golpe pôs no poder o chefe da guarda presidencial, General
Prosper Avril.

Depois de mais um período de grande conturbação política, foram realizadas eleições presidenciais livres
em dezembro de 1990, vencida pelo padre esquerdista Jean-Bertrand Aristide. Em setembro de 1991,
Aristide foi deposto num golpe de Estado liderado pelo General Raul Cedras e se exilou nos EUA. A
Organização dos Estados Americanos (OEA), a Organização das Nações Unidas (ONU) e os EUA
impuseram sanções econômicas ao país para forçar os militares a permitirem a volta de Aristide ao poder.

Em julho de 1993, Cedras e Aristide assinaram pacto em Nova York, acordando o retorno do governo
constitucional e a reforma das Forças Armadas. Em outubro de 1993, porém, grupos paramilitares
impediram o desembarque de soldados norte-americanos, integrantes de uma Força de Paz da ONU. O
elevado número de refugiados Haitianos que tentavam ingressar nos EUA fez aumentar a pressão
americana pela volta de Aristide. Em maio de 1994, o Conselho de Segurança da ONU decretou bloqueio
total ao país. A junta militar empossou um civil, Émile Jonassaint, para exercer a presidência até as
eleições marcadas para fevereiro de 1995. Os EUA denunciaram o ato como ilegal. Em julho, a ONU
autorizou uma intervenção militar, liderada pelos EUA. Jonaissant decretou estado de sítio em 1º de
agosto.

Em setembro de 1994, força multinacional, liderada pelos EUA, entrou no Haiti para reempossar Aristide.
Os chefes militares Haitianos renunciaram a seus postos e foram anistiados. Jonaissant deixou a
presidência em outubro e Aristide reassumiu o País com a economia destroçada pelas convulsões
internas.
No período de 1994-2000, apesar de avanços como a eleição democrática de dois presidentes, o Haiti
viveu mergulhado em crises. Devido à instabilidade, reformas políticas profundas não puderam ser
implementadas.

A eleição parlamentar e presidencial de 2000 foi marcada pela suspeita de manipulação por Aristide e seu
partido. O diálogo entre oposição e governo ficou prejudicado. Em 2003, a oposição passou a clamar pela
renúncia de Aristide. A Comunidade do Caribe, Canadá, União Européia, França, Organização dos
Estados Americanos e EUA, apresentaram-se como mediadores. Entretanto, a oposição refutou as
propostas de mediação, aprofundando a crise.

Em fevereiro de 2004, conflitos armados eclodiram em Gonaives, espalhando-se por outras cidades nos
dias subseqüentes. Gradualmente, os insurgentes assumiram o controle do norte do Haiti. Apesar dos
esforços diplomáticos, a oposição armada ameaçou marchar sobre Porto Príncipe. Aristide deixou o país
em 29 de fevereiro e asilou-se na África do Sul. De acordo com as regras de sucessão constitucional, o
presidente da Suprema Corte, Bonifácio Alexandre, assumiu a presidência, interinamente. Bonifácio
requisitou, de imediato, assistência das Nações Unidas para apoiar uma transição política pacífica e
constitucional e manter a segurança interna. Nesse sentido, o Conselho de Segurança (CS) aprovou o
envio da Força Multinacional Interina (MIF) que, prontamente, iniciou seu desdobramento, liderada pelos
EUA.

Considerando que a situação no Haiti ainda constitui ameaça para a paz internacional e a segurança na
região, o CS decidiu estabelecer a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH),
que assumiu a autoridade exercida pela MIF em 1º de junho de 2004.

Para o comando do componente militar da MINUSTAH (Force Commander) foi designado o General
Augusto Heleno Ribeiro Pereira, do Exército Brasileiro. O efetivo autorizado para o contingente militar é
de 6.700 homens, oriundos dos seguintes países contribuintes: Argentina, Benin, Bolívia, Brasil, Canadá,
Chade, Chile, Croácia, França, Jordânia, Nepal, Paraguai, Peru, Portugal, Turquia e Uruguai.

Política do Haiti

O Haiti é uma república presidencialista com um Presidente eleito e uma Assembléia Nacional. A
constituição foi introduzida em 1987 e teve como modelo as constituições dos Estados Unidos da América
e da França. Foi parcial ou completamente suspensa durante alguns anos, mas voltou à plena validade
em 1994.

Geografia do Haiti

O terreno do Haiti consiste principalmente de montanhas escarpadas com pequenas planícies costeiras e
vales fluviais. O leste e a zona central é um grande planalto elevado.
A maior cidade é a capital Port-au-Prince, com 2 milhões de habitantes, seguindo-se-lhe Cap-Haïtien com
600 000.

Economia do Haiti

No século XVIII, o Haiti, então chamado de Saint-Domingue, e governado pelos franceses, era a mais
próspera colônia no Novo Mundo. Seu solo enormemente fértil produzia uma grande abundância de
colheitas e atraiu milhares de colonizadores franceses.

Desde o período de colonização o Haiti possui uma economia primária. Produzia açúcar de excelente
qualidade, que concorreu com o açúcar brasileiro no século XVII e junto com toda produção das Antilhas
serviu para a desvalorização do açúcar brasileiro na Europa. Após vários regimes ditatoriais, hoje em dia
seu principal produto de exportação ainda continua sendo o açúcar, além de outros produtos como
banana, manga, milho, batata-doce, legumes, tubérculos e muito mais.

Atualmente sua economia encontra-se destroçada e em ruínas. O país permanece extremamente pobre,
sendo o mais pobre da América e de todo Hemisfério Ocidental, tão miserável como Timor-Leste,
Afeganistão, entre outros. 50,2% da população é analfabeta, a expectativa de vida é de apenas 51 anos.
Sua renda per capita é um-terço da renda da favela da Rocinha, no Rio de Janeiro.

Demografia do Haiti

Embora a densidade populacional do Haiti suba em média a 270 habitantes por quilómetro quadrado, a
sua população está concentrada nas zonas urbanas, planícies costeiras e vales. Cerca de 95% dos
Haitianos são de ascendência africana. O resto da população é principalmente mulata, de ascendência
mista caucasiana-africana. Uma minúscula minoria tem sangue europeu ou levantino. Cerca de dois
terços da população vivem em áreas rurais.

O francês é uma das duas línguas oficiais, mas é falado só por cerca de 10% da população. Quase todos
os Haitianos falam Krèyol (Crioulo), a outra língua oficial do país. O inglês é cada vez mais falado entre os
jovens e no sector empresarial.

Religião no Haiti

O catolicismo romano é a religião de estado, professada pela maioria da população.

Houve algumas conversões ao protestantismo. Muitos Haitianos também praticam tradições vodu, sem
ver nelas nenhum conflito com a sua fé cristã.

A padroeira do Haiti, na Igreja Católica, é Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Católicos 64%
Protestantes 23,6%
Sem filiação 5%
Vodu ou espírita 5%
Sem ou outras 2,4%.

Fonte: pt.wikipedia.org

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HAITI

Nome oficial: República do Haiti

Organização do Estado: República presidencialista

Capital: Porto Príncipe

Área: 27,750 Km2

Maiores cidades: Porto Príncipe, Jacmel, Gonaïves e Cap Haïtien

População (2005): 8,121 milhões

Unidade monetária: Gourde

Geografia e População
O Haiti ocupa o oeste da ilha de Hispaniola (a República Dominicana situa-se na porção oriental da ilha),
no mar do Caribe. Seu relevo é montanhoso e a agricultura é a base da economia. É a nação mais pobre
do continente americano e apresenta uma das mais elevadas densidades populacionais do mundo. O
Haiti apresenta duas planícies montanhosas, que fecham o Golfo de Gonaives e são separadas por vales
e outras planícies. A região sul é montanhosa, e lá está localizado o ponto mais alto do país, o Pico La
Selle. O rio mais importante de todo o território haitiano é o Artibonite, que se origina na península do
norte. Seu clima é tropical, caracterizado pela pouca variação de temperatura nas estações do ano. A
temperatura média anual gira em torno de 27ºC e chuvas caem em maior quantidade nas zonas
montanhosas.

Os idiomas adotados no Haiti são o francês e o créole. Noventa e cinco porcento da população é negra,
sendo os 5% restantes mulatos e brancos. Ainda que haja uma força de trabalho estimada em 3,6
milhões, há escassez de mão-de-obra qualificada, e o índice de analfabetismo é de 47,1%. O Haiti sofre
com uma altíssima taxa de desemprego e subemprego; mais de dois terços da população em empregos
informais.

Sistema Político
Em fins de 2003, um movimento unindo partidos políticos oposicionistas, organizações civis e o setor
privado começou a clamar pela renúncia do Presidente Aristide. A despeito de várias iniciativas
diplomáticas da CARICOM e da Organização dos Estados Americanos, uma rebelião armada eclodiu em
fevereiro de 2004. Na iminência de um banho de sangue, Aristide partiu para o exílio.

Em 31 de janeiro de 2004, a Comunidade Caribenha (CARICOM) ofereceu-se como mediadora e


apresentou um Plano de Ação Preliminar. Tal Plano, que contava com a concordância de Aristide, previa
reformas amplas, incluindo um novo gabinete. A oposição, no entanto, recusou-se a tomar parte nos
planos.

O então Primeiro-Ministro Yvon Neptune tomou a iniciativa de implementar uma variante do plano
proposto pela CARICOM para a instalação de um Governo Transitório. Na noite de 29/2, o Representante
Permanente do Haiti junto às Nações Unidas submeteu ao Conselho de Segurança cópia da carta de
renúncia de Aristide e um pedido de assistência. Na mesma noite, foi aprovada, pelo CSNU, a Resolução
1529 (2004), que autorizou tropas estrangeiras a entrarem em território haitiano.

Em 4 de março, foi nomeado o "Conselho Tripartite", que foi incumbido de selecionar sete pessoas
eminentes que formariam o "Conselho de Sábios", o qual, por sua vez, selecionaria um novo Primeiro-
Ministro.

Em 5 de março, o "Conselho de Sábios" foi escolhido e, em 9 de março indicou Gérard Latortue como
Primeiro-Ministro.

Nos dias subseqüentes, o Primeiro-Ministro Interino do Haiti, juntamente com o Conselho de Sábios,
nomeou o restante do governo entre técnicos reconhecidos por sua competência e não pela filiação
partidária. Os 13 membros do Ministério foram empossados em 17 de março.

Poder Executivo

Chefe de Estado
Presidente Interino Boniface Alexandre (desde 29 de fevereiro de 2004) que, como Chefe da Suprema
Corte, sucedeu constitucionalmente Aristide.

Chefe de Governo
Primeiro Ministro Interino Gerald Latortue (desde 12 de março de 2004), escolhido pelo Conselho
extraconstitucional de Pessoas Iminentes.
Eleições
Presidente eleito por voto popular para um mandato de 5 anos. As próximas eleições serão realizadas em
novembro de 2005. O primeiro ministro é apontado pelo presidente e ratificado pela Assembléia Nacional.

Poder Legislativo
A Assembléia Nacional do Haiti (Assemblee Nationale) é bicameral, composta pelo Senado (27 membros
com mandato de 6 anos, e 1/3 eleito a cada dois anos) e pela Câmara dos Deputados (83 membros
eleitos pelo voto popular para mandato de quatro anos). A Assembléia Nacional parou de funcionar em
janeiro de 2004, quando o mandato de todos os Deputados e de dois terços dos Senadores se expiraram.
Substitutos não foram eleitos e o Presidente está atualmente governando por decreto.

Eleições
Eleições para o Senado e para a Câmara do Deputados serão realizadas em 2005.

Poder Judiciário
A instância máxima do judiciário haitiano é a Suprema Corte (Cour de Cassation).

Economia

Composição setorial do Produto Interno Bruto: Agricultura (30%), indústria (20%), serviços (50%).

Pauta de exportação (2003)


Vestuário e seus acessórios, de malha (71,4%), vestuário e seus acessórios, exceto de malha (10,5%),
frutas, cascas de frutas e de melões (2,3%), demais produtos (15,8%).

Pauta de importação (2003)


Vestuários e seus acessórios, de malha (13,9%), cereais (11,8%), veículos automóveis, tratores e ciclos
(6,9%), gorduras, óleos e ceras animais e vegetais (4,6%), combustíveis, óleos e ceras minerais (4,4%),
demais produtos (58,4%) .

Principais parceiros comerciais (2003)


EUA (77,9 %), República Dominicana (8,9%), Canadá (5.3%).

Indicadores econômicos
Estima-se que o PIB haitiano totalize US$ 4,3 bilhões em 2004. As exportações estimadas para o mesmo
ano totalizam US$ 338,1 milhões e as importações, US$ 1,085 bilhões. A taxa anual de inflação estimada
para 2004 é de 22%.

Relações bilaterais
O Brasil enviou duas missões diplomáticas de alto nível para contatos com dirigentes de países da
Caricom e com as forças políticas haitianas. Nos encontros mantidos, verificou-se a grande preocupação
no Caribe com a situação no Haiti, e também grande disposição para ajudar a reintegrar o país à região.
A recepção da notícia de que o Brasil estava disposto a participar da Força de Estabilização das Nações
Unidas foi excelente. Todos os interlocutores vêem a participação brasileira como muito positiva e mesmo
essencial para assegurar que a reconstrução e a redemocratização do Haiti se dêem de forma respeitosa
da soberania haitiana e coordenada com os países da Caricom.

O Brasil já está presente no Haiti com contingente de 1200 homens e o General Augusto Heleno Pereira
Ribeiro comanda a força militar da MINUSTAH. Diversos países da América do Sul mostraram interesse
em coordenar-se com o Brasil e contribuir com tropas para a Missão da ONU (Argentina, Uruguai,
Paraguai, Uruguai, Chile, e Peru). O Paraguai e a Guatemala desejam integrar seus efetivos ao
contingente brasileiro e ficariam, em tal caso, sob o comando do General de Brigada Américo Salvador de
Oliveira, Comandante da Brigada Brasil na MINUSTAH.

Na semana de 23 a 28 de agosto de 2004, ampla missão multidisciplinar brasileira, encabeçada pela


Agência Brasileira de Cooperação e englobando inúmeros representantes do Executivo e do Judiciário,
visitará o Haiti, onde se reunirá com autoridades do Governo de transição para identificar áreas nas quais
poderá ser estreitada a cooperação entre os dois países. Busca-se , por meio dessa cooperação, apoiar o
Governo de Latortue na recuperação de estradas vicinais, no desenvolvimento de tecnologias agrícolas,
nas áreas de saúde pública (treinamento de multiplicadores e vacinação em massa), treinamento de
magistrados e criação de cartórios, aperfeiçoamento da educação, entre outras atividades. No dia 25 de
agosto, no âmbito dessa missão, chegará ao Haiti uma usina modelo de beneficiamento de castanhas de
caju, que será doada pela EMBRAPA ao povo haitiano.

Do ponto de vista bilateral, o Brasil pode contribuir significativamente na busca de uma solução para a
crise, especialmente participando de missão que eventualmente venha a ser enviada ao país para apoiar
a preparação de eleições, que são ponto crucial das providências para reconduzir a situação política à
normalidade.

A missão das Nações Unidas para a estabilização do Haiti - MINUSTAH

Em relatório divulgado em 19 de abril de 2004, o Secretário-Geral das Nações Unidas recomendou uma
missão multidimensional para, com enfoques tanto no curto quando no médio e longo prazos, auxiliar na
solução dos problemas do país e atacar suas causas.

As principais áreas de assistência identificadas foram:

• Diálogo nacional e reconciliação


• Processos eleitorais
• Construção de instituições
• Combate ao tráfico de drogas
• Programas de desarmamento, desmobilização e reintegração de ex-combatentes
• Respostas à violência contra as mulheres
• Garantia do abastecimento de alimentos
• Restauração da saúde pública
• Combate ao HIV/AIDS
• Apoio à educação
• Apoio à preservação do meio ambiente
• Programas de geração de emprego

A MINUSTAH foi criada pela Resolução 1542 (2004) do Conselho de Segurança, aprovada em 30 de
abril.

O mandato da MINUSTAH divide-se, de acordo com o parágrafo 7 da, em três partes:

1. Estabelecer um ambiente seguro e estável (é a parte colocada sob o escopo do Capítulo VII)

2. Apoiar o processo político, inclusive a realização de eleições na data mais próxima possível

3. Apoiar, monitorar e informar a respeito da situação de Direitos Humanos.


Além disso, a MINUSTAH deve coordenar-se com outros parceiros (OEA, por exemplo) para auxiliar o
Governo transitório na investigação de violações de Direitos Humanos e do Direito Humanitário, e
desenvolver uma estratégia para a reforma e fortalecimento do Judiciário haitiano (parágrafo 9). Deve,
também, auxiliar a prover e coordenar a assistência humanitária e o acesso de agentes humanitários à
população necessitada (parágrafo 10).

Por fim, o sistema das Nações Unidas como um todo, outros órgãos (OEA, CARICOM) e outros Estados
devem contribuir para a promoção do desenvolvimento econômico e social do Haiti, em particular no
longo prazo, de forma a alcançar a estabilidade e combater a pobreza (parágrafo 13) e auxiliar o Governo
Transitório do Haiti no desenvolvimento de uma estratégia de longo prazo de desenvolvimento.

Principais Acordos Bilaterais em vigor


Convenção de Arbitramento: 21/11/1912

Acordo Administrativo para a Troca de Correspondência Oficial em Malas Diplomáticas, por Via
Comum: 19/03/1951

Acordo Administrativo para a Troca de Correspondência Oficial em Malas Diplomáticas Especiais


por Via Aérea: 23/5/1951

Convênio de Intercâmbio Cultural: 5/5/1973

Protocolo de Intenções para o Desenvolvimento de Programas de Cooperação nas Áreas de


Energia e Mineração: 26/9/83

Acordo sobre a Criação da Comissão Mista Brasil-Haiti: 14/9/84

Fonte: www2.mre.gov.br

HAITI
Haiti — Haïti — Republic of Haiti

Nome oficial do Haiti

République d'Haïti - Repiblik Dayti.

Capital do Haiti

Porto Príncipe (Port-au-Prince).

Nacionalidade do Haiti

Haitiana.

Idioma do Haiti

Francês e crioulo (oficiais). Francês é a língua oficial, embora 90% da população fala crioulo - um dialeto
que combina o francês com vários dialetos africanos.

Religião do Haiti
Cristianismo 96,1% (católicos 80,3%, protestantes 15,8%), sem filiação 1,2%, outras 2,7% (1982). A
religião oficial é a católica, mas a influência africana é arcante em práticas religiosas como o vodu.

Localização do Haiti

Leste da América Central.

Características do Haiti

Ocupa a parte oeste da ilha Hispaniola - costa recortada pelo golfo de Gonaïves e com várias ilhas
(Gonaïves e de la Tortue, principais); relevo montanhoso com maciços (N e S); planalto central e planície
(SE).

População do Haiti

7,4 milhões (1997); composição: afro-americanos e eurafricanos 96%, europeus meridionais 3%, outros
1% (1996).

Principais Cidades do Haiti

Carrefour, Delmas, Cap Haïtien.

Patrimônios da humanidade

Parque Histórico Nacional com o Palácio de Sans Souci; o Sítio Ramiers; e La Citadelle.

Divisão administrativa do Haiti

9 departamentos subdivididos em distritos e comunas.

Moeda (numismática) do Haiti

Gourde. Código internacional ISO 4217: HTG. O gourde é a unidade monetária do Haiti e está dividida em
100 cêntimos. A palavra "Gourde" significa uma americana tropical evergreen that produces large round
gourds...

Localizado no Caribe, Haiti é banhado ao norte pelo Oceâno Atlântico e ao sul pelo Mar do caribe, a oeste
da República Dominicana.

O Haiti é a primeira colônia de maioria negra a conquistar a libertação dos escravos, em 1794, e a
independência, em 1804.

Ocupa o lado oeste da ilha Hispaniola (a República Dominicana tem os outros dois terços da ilha), no mar
do Caribe. Seu relevo é montanhoso e a agricultura, a base de sua economia.

É o primeiro território americano a ser descoberto por Cristóvão Colombo!

É o país mais pobre da América Central. Nos últimos anos apresenta ligeiro avanço na qualidade de vida
de sua população. A taxa de analfabetismo, por exemplo, que em 1985 era de 62%, diminui para 55% em
1995.

História do Haiti
A ilha Hispaniola é descoberta por Cristóvão Colombo em 1492. Os espanhóis ocupam, de início, apenas
o lado oriental. No final do século XVI, quase toda a população de índios arauaques havia sido dizimada.

A parte ocidental da ilha, onde hoje fica o Haiti, é cedida à França pela Espanha em 1697 e renomeada
Saint Domingue.

No século XVIII é a mais próspera das colônias francesas: graças aos escravos africanos, exporta açúcar,
cacau e café. Foi entre 1795 a 1804, uma colônia francesa. Em 1844, a parte oriental da ilha tornou-se
República Dominicana.

Ex-escravos no poder

Influenciados pela Revolução Francesa, os escravos - cujo número superava em dez vezes o de
franceses e mestiços - se rebelam em 1791 e três anos depois conquistam a abolição da escravatura.

O ex-escravo Toussaint L'Ouverture comanda em 1794 um exército local que defende a colônia contra
forças inglesas e espanholas, ganhando para a França o domínio de toda a ilha.

Em 1801, Toussaint convoca uma Assembléia que o nomeia governador vitalício e promulga uma
Constituição, mas logo depois é preso e enviado à França, onde morre.

Os generais Jacques Dessalines e Alexandre Pétion expulsam definitivamente os franceses em 1803, e a


independência é declarada em 1804.

Dessalines proclama-se imperador, mas, após seu assassinato, em 1806, o país se divide em dois, e a
parte oriental (atual República Dominicana) é retomada pela Espanha.

Em 1822, o presidente Jean-Pierre Boyer consegue reunificar a nação, mas a união não sobrevive a sua
derrubada em 1844.

Para proteger seus privilégios comerciais no país, os EUA ocupam o Haiti entre 1915 e 1934, favorecendo
a elite mulata Haitiana, que vive em conflito com a população negra.

Duvalierismo

Após novo período de instabilidade, o médico negro François "Papa Doc" Duvalier é eleito presidente em
1957 e instaura uma ditadura baseada no terror dos tontons macoutes (bichos-papões), sua guarda
pessoal, e no vodu - culto originário do Benin (África), semelhante ao candomblé.

Presidente vitalício a partir de 1964, Papa Doc, como Duvalier fica conhecido, extermina a oposição e
persegue a Igreja Católica. Sua morte, em 1971, conduz ao poder seu filho Jean-Claude Duvalier, o Baby
Doc.

Ao final de 15 anos de desequilíbrio econômico e social, repressão política e corrupção, os protestos


populares se intensificam e, em 1986, Baby Doc foge para a França, deixando em seu lugar uma junta
chefiada pelo general Henri Namphy.

Aristide deposto

Sob nova Constituição realizam-se eleições presidenciais livres em dezembro de 1990, vencidas pelo
padre de esquerda Jean-Bertrand Aristide.

Empossado em fevereiro de 1991, Aristide é deposto em setembro em um golpe de Estado liderado pelo
general Raoul Cédras.
A ONU e os EUA impõem sanções econômicas ao país para forçar a volta de Aristide, que, em julho de
1993, assina um pacto com Cédras, em Nova York, prevendo seu retorno ao cargo.

Em outubro, grupos paramilitares impedem o desembarque de soldados norte-americanos de uma Força


de Paz da ONU no Haiti.

O crescimento do êxodo de refugiados Haitianos para os EUA aumenta as pressões de Washington pela
volta de Aristide. Em maio de 1994, o Conselho de Segurança da ONU decreta o bloqueio total ao país.

Os EUA denunciam como ilegal a manobra da junta Haitiana que colocara o civil Émile Jonassaint na
Presidência e em julho obtêm autorização da ONU para uma intervenção militar no Haiti.

Intervenção norte-americana

O ex-presidente e mediador dos EUA Jimmy Carter obtém um acordo com Cédras: em troca de anistia, os
militares deixam o poder, e tropas norte-americanas entram no país em setembro de 1994 para assegurar
o retorno à legalidade.

Aristide volta e reassume como presidente em outubro, escolhendo Smarck Michel seu primeiro-ministro.
Em março de 1995, as forças dos EUA começam a ser substituídas por soldados da ONU. O Exército é
dissolvido em abril.

O Movimento Lavalas - uma aliança de três partidos ligados a Aristide - ganha a maioria das cadeiras nas
eleições legislativas de junho de 1995 e, em dezembro, seu candidato René Préval é eleito presidente
com 87,9% dos votos.

Novo governo

A posse de Préval, em 7 de fevereiro de 1996, é a primeira no Haiti em que um presidente eleito entrega
o poder a um sucessor também escolhido em eleições.

No final do mês, o economista Rony Smarth é aprovado primeiro-ministro pelo Congresso.

Em março, Préval anuncia plano de privatizar as estatais, desencadeando uma onda de protestos. Em
agosto, o Lavalas é responsabilizado pelo assassinato de dois líderes direitistas.

Aristide, que anuncia sua intenção de concorrer à Presidência no ano 2000, afasta-se do Lavalas e funda
em novembro o movimento Família Lavalas.

Em janeiro de 1997, a República Dominicana decide expulsar os imigrantes ilegais Haitianos, mas
interrompe o envio diante dos protestos do Haiti à chegada dos primeiros 16 mil deportados.

No país crescem os protestos contra a adoção de um programa de ajuste e corte de gastos públicos
acertado pelo primeiro-ministro Smarth com o FMI.

Smarth sobrevive a um voto de desconfiança do Congresso, em março, mas a crise política se acentua, e
menos de 10% dos eleitores votam nas eleições legislativas e municipais de abril.

Uma greve dos professores fecha as escolas do país, no qual o desemprego atinge 70% da população
ativa. A fome se alastra no interior.

Smarth renuncia em junho, porém continua no cargo até outubro. Em julho, o contingente da ONU deixa o
Haiti.

Em novembro, o presidente Préval indica Hervé Denis para o cargo de primeiro-ministro, decisão que
ainda precisa ser ratificada pelo Congresso...
Contribuição brasileira: Em 2004, o governo do Brasil envia tropas do exército ao país para promover a
paz e ajudar o povo Haitiano...

Fonte: www.girafamania.com.br

Haiti

Nome oficial: República do Haiti

Capital: Porto Príncipe

Nacionalidade: haitiana

Idioma oficial: francês e crioulo

Religião: católica 68.5% (1995)

Território: 27.797 Km2

Moeda: gourde

População: 6.964.549 (2001)

População urbana: 34% (1998)

Taxa de crescimento demográfico: 1,77% ao ano (1995-2000)

PIB (em milhões de US$): 3.800 (2000)

Renda per capita: US$ 1.000

Crescimento do PIB: 1,2% (2000)

Força de trabalho: 2,3 milhões

Exportações (em milhões de US$): 186 (2000)

Importações (em milhões de US$): 1.200 (2000)

Principais cidades: Porto Príncipe (884.472 hab), Carrefour (290.204 hab), Cap-Haïtien (102.233 hab) –
Dados 1996

Produção agrícola – Principais produtos: café, manga, cana-de-açúcar, arroz, banana, milho, batata-
doce e arroz.

Pecuária: eqüinos, bovinos, caprinos, aves.

Produção industrial

Principais indústrias: alimentícia, siderurgia (ferro e aço), têxtil, petroquímica (plástico e borracha).
Riquezas da terra: mármore, argila e calcário.
Principais parceiros comerciais: EUA, Japão, França, Canadá, Itália e Bélgica.

HISTÓRIA

O Haiti ocupa um terço da ilha Hispaniola (outros dois terços pertencem à República Dominicana). O país
declarou-se independente, em 1804. Em 1822, anexou ao seu território a República Dominicana, mas em
1844 foi obrigado a devolver a soberania, pressionado pelas revoltas da população dominada. Em 1850,
Faustin Soulouque proclamou-se imperador com o nome de Faustino I, mas foi deposto em 1859 por um
movimento militar, seguindo-se um longo período de instabilidade política.

Em 1915, após o assassinato do presidente Vibrun Guillaue, os Estados Unidos ocuparam militarmente o
país, onde ficaram até 1934, temendo que seus investimentos fossem prejudicados. A paz política voltou
a ser perturbada em1946, com a derrubada do então presidente Lescot. Seguiram-se os mandatos de
Dumarsais Estimé e de Pablo Eugenio Magloire. Este último renunciou, criando uma situação caótica que
se estendeu até 22 de outubro de 1957, quando subiu ao poder Francisco Duvalier. Em 1964, Duvalier
(que morreu em 1971) se nomeou presidente vitalício do país.

GEOGRAFIA

O Haiti ocupa o lado Oeste da ilha de Santo Domingo (a República Dominicana está na porção Leste),
uma das que formam as Grandes Antilhas, no mar do Caribe. Na região Sul está o ponto mais alto do
país, o Pico La Selle (2.680m).

O clima é tropical, caracterizado pela pouca variação dos termômetros nas estações do ano. A
temperatura média anual é de 27ºC, e chuvas caem em maior quantidade nas zonas montanhosas.

É a nação mais pobre do continente americano e apresenta uma das mais elevadas densidades
populacionais do mundo (299,27 habitantes por km2).

Mapa do Haiti

POLÍTICA

O país é uma República que adota a forma mista de governo e é dividido administrativamente em nove
Departamentos. O presidente é eleito pelo voto direto, para mandato de 5 anos. O primeiro-ministro é
indicado pelo presidente, mas seu nome deve ser ratificado pelo Congresso.
A Assembléia Nacional do Haiti (Poder Legislativo) é bicameral. O Senado é composto por 27 membros,
com mandato de 6 anos, sendo 1/3 renovado a cada dois anos. A Câmara dos Deputados é integrado por
83 membros, com mandato de quatro anos.

A Constituição em vigor data de 1987.

ECONOMIA

Cerca de 75% da população haitiana vive da agricultura, que emprega dois terços da mão-de-obra do
país. O setor representa 31,2% do PIB nacional, contra apenas 7,3% das indústrias.

O fracasso dos acordos com credores internacionais, no final de 1995, resultou em aumento dos gastos
públicos e alta da inflação. Essa situação fez com que os potenciais investidores nacionais e
internacionais ficassem à espera do que ocorreria com o novo governo e com a saída das forças de paz
da ONU.

Há necessidade de o governo impor medidas econômicas impopulares para obter a ajuda do exterior e
melhorar a capacidade de o Haiti atrair o capital estrangeiro. De qualquer forma, ainda continuará
dependendo, a médio prazo, da ajuda internacional.

O país exporta basicamente produtos agrícolas (9%) e manufaturados leves (81,6%). Em contrapartida,
importa principalmente produtos alimentícios (28,3%), bens manufaturados (21,8%), combustível e
lubrificantes (10,6%) e matérias-primas (2,4%).

As relações Brasil-Haiti têm sido bastante modestas. Há muitas áreas de cooperação possível entre o
Brasil e aquele país, entre as quais atividades agropecuárias, formação de sindicatos, mineração,
educação à distância, metalurgia, processamento de frutas tropicais, embalagem de alimentos, criação de
micro-empresas, indústria de bens de consumo, produção de artigos artesanais, irrigação, hotelaria,
turismo e sistemas de transporte coletivo.

Fonte: www.portaljapao.org.br

Haiti

Nome Oficial: Republique d'Haïti (República do Haiti)


Capital do Haiti: Porto Príncipe
Área: 27.750 km² (143º maior)
População: 8,528 milhões (2005)
Idiomas Oficiais: Francês, Creole
Moeda: Gourde
Nacionalidade: Haitiana
Principal Cidade: Porto Príncipe, Carrefour, Cap-Haïtien
Fonte: www.webbusca.com.br

Haiti
Nome oficial: República do Haiti (République d'Haïti/Repiblik Dayti).
Nacionalidade: haitiana.
Data nacional: 1º de janeiro (Independência).
Capital: Porto Príncipe.
Cidades principais: Porto Príncipe (884.472), Carrefour (290.204), Cap-Haïtien (102.233) (1996).
Idioma: francês e crioulo (oficiais).
Religião: cristianismo 92,6% (católicos 68,5%, protestantes 24,1%), outras 7,4% (1995).

Geograifia do Haiti
Localização: América Central, mar do Caribe.
Hora local: -2h.
Área: 27.400 km2.
Clima: tropical.

População do Haiti
Total: 8,2 milhões (2000), sendo afro-americanos e eurafricanos 96%, europeus meridionais 3%, outros
1% (1996).
Densidade: 299,27 hab./km2.
População urbana: 34% (1998).
População rural: 66% (1998).
Crescimento demográfico: 1,7% ao ano (1995-2000).
Fecundidade: 4,38 filhos por mulher (1995-2000).
Expectativa de vida M/F: 51/56 anos (1995-2000).
Mortalidade infantil: 68 por mil nascimentos(1995-2000).
Analfabetismo: 51,4% (2000).
DH (0-1): 0,440 (1998).

Política do Haiti
Forma de governo: República com forma mista de governo.
Divisão administrativa: 9 departamentos subdivididos em distritos e comunas.
Principais partidos: Organização do Povo em Luta (OPL), Movimento da Organização do País (MOP),
Família Lavalas (FL).
Legislativo: bicameral - Senado, com 27 membros (1/3 renovável a cada 2 anos); Câmara dos
Deputados, com 83 membros. Ambos eleitos por voto direto para mandatos de 6 e 4 anos,
respectivamente.
Constituição em vigor: 1987.

Economia do Haiti
Moeda: gourde.
PIB: US$ 3,9 bilhões (1998).
PIB agropecuária: 30% (1998).
PIB indústria: 20% (1998).
PIB serviços: 50% (1998).
Crescimento do PIB: -1,7% ao ano (1990-1998).
Renda per capita: US$ 410 (1998).
Força de trabalho: 3 milhões (1998).
Agricultura: Os principais são o café, cana-de-açúcar, banana, milho, batata-doce e arroz.
Pecuária: eqüinos, bovinos, caprinos, aves.
Pesca: 5,6 mil t (1997).
Mineração: mármore, argila, calcário.
Indústria: alimentícia, siderúrgica (ferro e aço), têxtil, petroquímica (plástico e borracha).
Exportações: US$ 175 milhões (1998).
Importações: US$ 797 milhões (1998).
Principais parceiros comerciais: EUA, Japão, França, Canadá, Itália e Bélgica.

Defesa do Haiti
Gastos: US$ 47 milhões (1998).

Fonte: www.portalbrasil.net

HAITI
"Além do sol, as praias e os hotéis de luxo tem uma mistura misteriosa e assustadora de arte, história,
cultura e magia. "

Haiti é um país do Caribe que ocupa o terço ocidental da ilha Hispaniola, possuindo uma das duas
fronteiras terrestres das Caraíbas, a fronteira que faz com a República Dominicana, a leste. Além desta
fronteira, os territórios mais próximos são as Bahamas e Cuba a noroeste, Turks e Caicos a norte, e
Navassa a sudoeste. Capital: Port-au-Prince.

Diversão no Haiti
Em vários balnearios de praia podem alugar-se botes para navegar a vela e esquiar Em alguns deles
organizam-se programas de mergulho em profundidade completos, com instrutor e tramitação dos
certificados respectivos. Nas águas de Haiti os mergulhadores esperientes poderão gozar das melhores
condições do Caribe para praticar o seu esporte, pois a costa ainda não está invadida pelos turistas.

Transportes no Haiti

Haití tem quase 5.000 quilómetros de estradas, e nem todas são transitáveis durante a época de chuvas.
Além do taxi, também podem-se percorrer de carro, mini-ônibus e kombis. Mas o mais barato e típico são
os tap-tap, (chamados assim pelo barulho que faz o motor), pequenos caminhões abertos atrás, com
assentos para os pasajeiros. Param em qualquer lugar, e a tarifa mais cara é aquela que permite-lhe ir ao
lado do condutor.

Aluguel de Carros

As principais companhías de aluguel de carros têm escritórios em Porto Príncipe ou Pétionville, mas
também é posível alugá-los no aeroporto. Faça conta que muitas companhías estão dispostas a oferecer
tarifas especiais se pensar em alugar o veículos por una semana ou mais. Convém pois ligar com
antecedência e pedir sempre um tratamento preferencials. Não é preciso uma carta de condução
especial, a internacional dá perfeitamente. Lembre-se de dirigir pela direita.

Dinheiro

O Gourde é a unidade monetária das Honduras e está dividida em 100 centavos.

Por questões de segurança, a troca de moeda deve ser feita de preferência nas raras casas de câmbio.

É aconselhável o respeito dos conselhos habituais de segurança:

• não passear durante a noite ou em locais isolados


• evitar as praias desertas
• transporte consigo uma cópia do passaporte

Compras

Com um pouco de paciência e diálogo poderá conseguir magníficas obras a preços muito acessíveis em
algumas das galerías e mercados de Porto Príncipe e Cabo Haitiano, principalmente.Artigos interessantes
são as esculturas e talhas de madeira, artigos de mimbre, joalharía de cobre e de carey, roupa bordada a
mão, objetos de ferro forjado e um rico e variado artesanato relacionado com os ritos do vudu. O principal
mercado é o Mercado do Ferro em Porto Príncipe, e o mais tradicional é o de Kenscoff, perto da capital.

Capital do Haiti
Porto Príncipe (em francês Port-au-Prince e em crioulo haitiano Pòroprens) é a capital e a maior cidade
do Haiti. Localiza-se no sudoeste do país e é um porto no golfo de Gonaives. A população da cidade
soma 2,5 a três milhões de habitantes. Foi fundada em 1749 pelos franceses.

Clima do Haiti
O clima é tropical, com temperaturas quentes variando entre os 25 e 32 graus centigrados nas zonas
costeiras. A época de chuvas extende-se de abril até novembro, normalmente são breves mas intensas.

Idioma do Haiti
O idioma oficial é o francês, embora esteja muito extendido o créole (crioulo), mistura de francês e
línguas indígenas africanas. Também está muito extendido o inglês e, pela vizinhança com a República
Dominicana, o espanhol.

Fonte: www.souturista.com.br

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HAITI

INFORMAÇÃO PRÁTICA

CLIMA

O clima é tropical, com temperaturas quentes variando entre os 25 e 32 graus centigrados nas zonas
costeiras. A época de chuvas extende-se de abril até novembro, normalmente são breves mas intensas.
EQUIPAMENTOS DE VIAGEM

Aconselhamos roupas de algodão, calçado confortável, capa de chuva, óculos de sol, chapéu ou boné,
protetor solar e repelente contra insetos.

DIFERENÇA HORÁRIA

Em Haiti os relógios vão cinco horas por trás com respeito ao horário GMT.

EQUIPAMENTOS DE VIAGEM

Aconselhamos roupas de algodão, calçado confortável, capa de chuva, óculos de sol, chapéu ou boné,
protetor solar e repelente contra insetos.

DIFERENÇA HORÁRIA

Em Haiti os relógios vão cinco horas por trás com respeito ao horário GMT.

IDIOMA

O idioma oficial é o francês, embora esteja muito extendido o créole (crioulo), mistura de francês e línguas
indígenas africanas. Também está muito extendido o inglês e, pela vizinhança com a República
Dominicana, o espanhol.

RELIGIÃO

A religião principal é a católica, praticada oficialmente pelo 80% da população. O 10% são protestantes
(batista, principalmente), e o outro 10% pratica o vudu. Há que lembrar, porém, que um grande número de
haitianos combinam os cultos católico e vudu.

ELETRICIDADE

A rede elétrica é de 10 volts a 60 Hz.

EMERGÊNCIA-SAÚDE-POLICIAMENTO

As autoridades haitianas não exigem nenhuma vacina obrigatória. É muito recomendada, no obstante, a
profilaxis anti-malaria, não beber água da torneira, não comer alimentos sem cozinhar e evitar as frutas
sem pelar e os cubitos de gelo. Para emergências médicas ou policiais o melhor é solicitar ajuda nas
recepções dos hotéis.

Embora os níveis de criminalidade contra turistas não são alarmantes, têm-se observado alguns assaltos
a estrangeiros, pelo que é bom manter certas precauções para evitar problemas. É bom assim mesmo
não levar objetos valiosos à vista, e fazer atenção a mostrar dinheiro em público. Salvo se viajar com um
grupo, escolha o transporte privativo melhor do que o público, e evite sempre passear só a noite fora das
zonas propriamente turísticas.

CORREIOS E TELEFONIA
O serviço de correios ainda é deficiente, pelo que será melhor reservar as necessidades postais para a
vizinha República Dominicana, no caso de ir lá depois. O escritorio principal dos correios está em Porto
Príncipe.

Para ligar Haiti tem que marcar 00-509 e a seguir o número de assinante (não existem prefixos para as
diferentes cidades).

FOTOGRAFIA

É melhor levar consigo todo o material fotográfico que vai utilizar, pois o material que pode comprar em
Haiti nem sempre é da melhor qualidade, e os preços podem ser elevados. O mesmo pode-se dizer da
revelação de filme, sendo aconselhável levá-los à República Dominicana se vai fazer alguma passagem
por lá.

HORÁRIO COMERCIAL

As lojas e mercados têm um horário muito comprido, desde muito cedo de manhã até a noite. Os bancos
só abrem de manhã, das 9 às 13, de segunda a sexta-feira.

GORJETAS

Em restaurantes e hotéis geralmente inclui-se na conta um 10% em conceito de gorjeta. Quando não seja
assim, aconselhamos deixar entre um l0 e um 15% da conta, segundo o serviço recebido. Os taxistas não
esperam gorjeta.

TAXAS E IMPOSTOS

Existe uma taxa de saída do aeroporto.

FOTOGRAFIA

É melhor levar consigo todo o material fotográfico que vai utilizar, pois o material que pode comprar em
Haiti nem sempre é da melhor qualidade, e os preços podem ser elevados. O mesmo pode-se dizer da
revelação de filme, sendo aconselhável levá-los à República Dominicana se vai fazer alguma passagem
por lá.

HORÁRIO COMERCIAL

As lojas e mercados têm um horário muito comprido, desde muito cedo de manhã até a noite. Os bancos
só abrem de manhã, das 9 às 13, de segunda a sexta-feira.

GORJETAS

Em restaurantes e hotéis geralmente inclui-se na conta um 10% em conceito de gorjeta. Quando não seja
assim, aconselhamos deixar entre um l0 e um 15% da conta, segundo o serviço recebido. Os taxistas não
esperam gorjeta.

TAXAS E IMPOSTOS
Existe uma taxa de saída do aeroporto
GORJETAS

Em restaurantes e hotéis geralmente inclui-se na conta um 10% em conceito de gorjeta. Quando não seja
assim, aconselhamos deixar entre um l0 e um 15% da conta, segundo o serviço recebido. Os taxistas não
esperam gorjeta.

Situação e Geografia do Haiti

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA

Extendendo-se por 27.400 quilômetros quadrados, Haiti ocupa a terceira parte da ilha La Espanhola,
conhecida também como ilha de São Domingo. É a segunda maior ilha das Antilhas e está situada no
centro do arquipélago, muito perto do Trópico de Câncer.

Haiti equidista de Miami, Estados Unidos e Caracas, Venezuela. Limita-se ao norte, sul e oeste com o
Mar Caribe, e a leste com a República Dominicana. As duas nações não estão claramente separadas por
nenhuma fronteira natural, pelo que partilham muitos rios, vales e montanhas, fazendo do território uma
só região física. A máxima altitude é La Selle, no sul do Haiti com 2.680 metros e o principal rio é o
Artibonite, que nasce na República Dominicana e desemboca no Golfo de Gonave. Os outros rios do
território são muito curtos e de rápidas correntes.

A sua orografia vem caracterizada por um terreno predominantemente montanhoso, formado por duas
cordilheiras maiores e uma menor situada entre elas. As costas do Haiti são, sobretudo rochosas, e
distingue-se nela duas peninsulas, a peninsula de Saint Nicholas ao norte, e a do Tiburão ao sul,
formando o Golfo de Gonave, onde situa-se uma pequena ilha do mesme nome.

A capital do país é Porto Príncipe (Port au Prince). Outras cidades importantes são Cap Haitien,
Gonaives, Les Cayes, Pétionville, Port-de-paix, Saint Marc e Jacmel.

FLORA E FAUNA

A natureza de Haiti é rica e variada, com predomínio de regiões úmidas e pouco elevadas nas quais
cresce a floresta tropical, rica em madeiras valiosas como o ébano ou a caoba. O território haitiano possui
mais de 4.000 espécies de plantas, das quais o 36% são endêmicas (nativas). Estas apresentam uma
grande semelhança com as plantas do resto do continente, pois são originárias das eras geológicas,
quando a ilha estava ligada à massa continental. Das espécies endêmicas salientam as orquídeas,
supondo 67 gêneros e mais de 300 variedades classificadas, como por exemplo a Oncidium hanekeníi
(tem forma de uma pequeníssima "cacata"), a Polyradicion lindenii (com forma de rãzinha), a Oncidium
variegatum (com forma de anjo) ou a Leochilus laniatus (parece com uma freira).

São espécies originárias a palma real, o guayacán, a chirimoia, a mandioca, o maní, o tabaco, o milho, a
batata, a goiaba, entre outras espécies. Plantas como o cacao, o abacate, os cítricos, o café, a cana de
açúcar ou as bananas foram introduzidas pelos indígenas nas suas migrações, assim como pelos
espanhóis durante os tempos da colonização.

Da fauna haitiana deve-se salientar ser tipicamente antilhana, quer dizer com um grande número de
espécies inferiores, muitas aves e poucos mamíferos. Dentre as espécies nativas de maior interesse,
salientam as iguanas da rocha, o cocodilo americano e a jutía dos gêneros Solenodon e Plagidontia.

Na ornitofauna podemos achar o zumbador, o guaraguao, o flautero, o barrancolí e a cigua palmera.

Dos poucos mamíferos presentes na ilha salientam os manaties e as baleias corcundas.

Os manaties são mamíferos aquáticos que habitam manglares, estuarios, desembocaduras de rios e
lagoas a beira mar. As baleias corcundas emigram todos os anos desde as regiões árticas para
reproduzirem-se. Estima-se que 85% das mais de 6.000 baleias corcundas da metade norte do Atlântico
visitam estas águas. A melhor temporada para observá-las decorre entre novembro e abril. Graças às
baleias procurarem águas pouco fundas perto das ilhas pode-se contemplá-las de perto.

História do Haiti

DADOS HISTÓRICOS

Até meados do século XVII a história do Haiti mistura-se com a história da antiga colônia espanhola.
Nesses tempos o que hoje é Haiti era ocupado por piratas e corsários franceses.

Os Tempos Pré-colombianos

Antes da chegada de Colombo a Hispaniola ou "Quisqueya", como chamavam-na os indígenas taínos


(habitantes pré-colombianos) estava ligada culturalmente ao resto das Antilhas. Os indianos da
Espanhola eram principalmente taínos (o que significa "Os bons") e arawaks, mas não faltavam também
alguns representantes dos macories e dos ciboney, povos em um estado de civilização paleolítica e que
habitavam também Cuba.

Os taínos nunca foram uma civilização comparável, no que diz respeito ao desenvolvimento, a outras
culturas como a maia, asteca ou inca, no entanto possuiam um nível cultural muito maior ao dos outros
aborígens antilhanos. Grandes artistas na pintura corporal praticavam a poesia e as danças rituais, além
do jogo da bola. Não era um povo guerreiro viviam calmamente em pequenos grupos habitando choças
cônicas feitas em madeira e fibra trançada. Na época da chegada dos espanhóis o reino estava
organizado em diferentes cacicazgos e o seu mais famoso líder era mulher, Anacaona ("flor de ouro"); o
seu trágico fim nas mãos dos espanhóis fez dela uma peça fulcral da história épica da ilha.

A Descoberta e os Primeiros Espanhóis

Colombo chegou à ilha em 5 de dezembro de 1492, e foi precisamente nessa costa atlântica onde
afundou a nau Santa Maria, na véspera de Natal do mesmo ano. A nova terra foi nomeada como A
Espanhola, e com os restos da embarcação naufragada foi construido um forte que chamaram O Natal.
Deve-se salientar que na ilha A Espanhola aconteceram muitos dos feitos que governaram o
desenvolvimento do continente na época colonial: aqui foi construida a primeira cidade do Novo Mundo (A
Isabela, no território atualmente chamada República Dominicana); também aqui funcionou o primeiro
tribunal de justiça, fez-se a primeira missa e a primeira câmara, sem esquecer o primeiro acordo de paz
do continente americano, assinado nos arredores do Lago Enriquillo, em território dominicano.

Cristóvão Colombo deixou 48 homens no forte, sob mando de Diego de Arana e partiu rumo à Espanha
na Pinta. Quando voltou um ano depois acompanhado por 1.300 homens achou a pequena colônia
destruida pelos taínos. Em pouco tempo construiram vários estabelecimentos militares e formaram-se as
primeiras cidades.

A primeira metade do século XVI foi uma época muito próspera para A Espanhola. São Domingo
converteu-se na capital das Antilhas, na sede do arcebispado e economicamente, no porto mais
importante do Caribe extendendo a sua jurisdição por todo o arquipélago. Pela zona setentrional da
América do Sul e inclusive até Honduras. Na segunda metade do século traz a conquista do México e a
crescente importância da Havana, A Espanhola passou a jogar um rol de menor importância.

No período do seu máximo esplendor, A Espanhola teve também uma vida artística muito ativa, graças às
contribuições de artistas castelhanos. Porém, na segunda metade do século XVI e todo o século XVII
foram tempos muito confusos, com os piratas a percorrer a zona e a progressiva perda de autoridade da
Coroa Espanhola perante a crescente influência francesa.
A Ocupação Francesa e a Independência

Passados duzentos anos, os espanhóis tinham eliminado os taínos e arawaks nativos, no tempo que
começavam os tempos dos bucaneros, onde a ilha de A Tartaruga, na frente do que atualmente é Cabo
Haitiano (Cap Haitien), converteu-se na capital corsária do mundo. A primeria divisão da ilha fez-se em
1697, mediante o Tratado de Ryswick, na qual a Espanha era compelida a ceder metade da ilha à França.
Após o traspasso, as duas colônias fizeram poucos contatos, embora em 1795, mediante o Tratado de
Basilea, França ganhou todo o território da ilha até 1844, ano em que foram estabelecidas as fornteiras
com a atual República Dominicana.

Os franceses repovoaram totalmente a ilha com escravos trazidos da África e foi assim que a ilha entrou
em uma nova época de esplendor, chegando a ter pela colônia mais rica do mundo: nessa época, Cap
Français (hoje Cap Haitien) era conhecida como "A Paris do Novo Mundo". A cana de açúcar, o café e o
índigo fizeram dos colonos pessoas ricas até finais do século XVIII os escravos iniciaram um movimento
de resistência visando pôr fim à exploração. O poderoso sacerdote vudu Boukman deu o sinal para o
alçamento na ceremônia de Bois Cayman, em 20 de agosto de 1791. As centenas de plantações de cana
de açúcar e moinhos foram destruídas pelo fogo, assinalando o começo da revolta.

A personalidade mais notável deste período foi Toussaint Louverture, um escravo negro que deteve os
massacres e atingiu um compromisso mediante negociações pacificas entre negros e brancos,
declarando mais tarde a independência da colônia. Napoleão respondeu enviando ao Haiti seu genro
Leclerc com tropas. Toussaint foi apressado e deportado à Europa, onde morreu em Fort de Jeux, perto
de Besançon, em 7 de abril de 1803. Infelizmente, não viveu para poder vêr o seu sucessor, Jean
Jacques Dessalines, junto com os generais Henri Christophe, que construiram a Citadelle de la Ferrière, e
Alexandre Pétion, vencer os franceses e declarar a primeira república negra do Novo Mundo, em 1 de
Janeiro de 1804 em Gonaives.

A nova república chamou-se Haiti, uma palavra arawak que significa "terra montanhosa". Apesar deste
trascendente acontecimento, as potencias européias rejeitaram reconhecer o Estado negro durante
muitos anos, e Haiti ficou isolada. Os conflitos políticos internos levaram às rápidas mudanças no
governo, mais de 60 até 1994. De 1915 a 1934 os Estado Unidos ocuparam Haiti e logo até começos dos
anos cinquenta continuaram sendo um poder por trás da cena.

O Século XX

A época mais trágica da história do Haiti começou em 1957 com a eleição de François Duvalier como
presidente. Duvalier, que havia sido doutor, tornou-se um dos distadores mais cruéis da sua época, com o
apoio dos Estados Unidos, pois este país não queria ver o Haiti sob a influência comunista, como tinha
acontecido em Cuba. Duvalier, conhecido pelos haitianos como "Papa Doc" reprimiu brutalmente a elite
mulata e acredita-se que o número das suas vítimas atinge 200.000 pessoas. Após a sua morte, em
1971, o seu filho, Jean Claude Duvalier, tomou conta do poder e levou o país para uma decadência ainda
maior. Em 6 de fevereiro de 1986, após 29 anos de domínio criminoso, "Baby Doc" Duvalier foi obrigado a
exilar-se, passando a viver na França onde viveu uma vida de milionário.

Apesar do exílio de "Baby Doc" a paz não veio logo ao Haiti. Em 1987 chegou a nova constituição, ao
mesmo tempo que grandes revoltas aconteciam na cidade de Jean Rabel, ao noroeste do país. No ano
seguinte fazem-se as primeiras eleições após a queda dos Duvalier e são ganhas por Leslie Manigat, que
foi não obstante tirado do poder pela ação militar do general Henry Namphy. Só dois meses depois o
general Proper Avril derrota a Namphy e auto proclama-se presidente.

Em 1989 fracassa um novo golpe de estado contra o governo. Como consequência disto, o general Avril
proclama o estado de sítio e o mantém durante 9 dias. Após dez dias de fortes protestos populares, Avril
desiste em 10 de março de 1990, tomando conta da presidência Ertha Pascal-Trouillot, magistrada da
corte suprema. Em dezembro desse mesmo ano, nas primerias eleições realmente democráticas no país
foi eleito presidente Jean Bertrand Aristide, um padre católico.

Apenas um mês depois, Roger Lafontan, ex-chefe dos Tontons Macoutes (a temível polícia pessoal dos
Duvalier) toma o Palácio Presidencial e obriga a desistir ao cargo de presidente, mas as forças leais ao
regime constitucional conseguem deter a tentativa de golpe de estado. Aristide toma conta do cargo em
fevereiro mas é derrotado pelo general Raoul Cedras em setembro. A OEA envia aos altos mandos
militares uma mensagem na qual diz não reconhecer os membros da junta militar e que está a considerar
o envio de uma força multinacional. Pouco depois, a Assembléia da OEA vota por unanimidade uma
resolução de bloqueio do país para obrigar o governo a trazer de volta o presidente Aristide. Enquanto
que a câmara dos deputados e o senado haitianos, sob vigilância de soldados armados, ratificaram como
primeiro ministro a Jean Jacques Honoret, os Estados Unidos começam a mandar de volta os refugiados
haitianos interceptados no mar quando pretendem chegar a território norte-americano.

Em janeiro de 1992, Aristide exilado nos Estados Unidos aceita a nomeação de René Theodore, líder do
Partido Comunista Unificado, como primeiro ministro o que foi considerado um passo para a normalização
democrática. Uns anos depois o mesmo Aristide assina um acordo com a ONU para anistiar os oficiais do
exército implicados nos fatos acontecidos. Em julho Aristide e Cedras, que mantém-se como homem forte
de Haiti concordam em cumprir a resolução da ONU e dar o poder ao presidente legítimo em outubro de
1993. Ao mesmo tempo, segundo observadores da ONU e a OEA continuam as violações dos direitos
humanos dos partidários do exilado Aristide.

Já em outubro, forças paramilitares ao serviço dos generais golpistas impedem o desembarque das
tropas de paz norte-americanas e canadenses que visavam supervisionar a reinstalação do poder a
Aristide. Como consequência, o Conselho de Segurança da ONU acorda reimpôr o embargo do petróleo e
armas ao país e congelar as contas dos golpistas no exterior.

Em fevereiro de 1994, a comissão de direitos humanos da ONU estima 3.000 mortos no país desde o
golpe militar. Em outubro desse mesmo ano, dois dias antes dos chefes militares golpistas marcharem
para o exílio ao Panamá, Aristide nomeia primeiro ministro a Smarck Michel. Em janeiro de 1995 o Banco
Mundial anuncia que os donativos internacionais têm acordado uma ajuda de 660 milhões de dólares para
o Haiti e o presidente Aristide, já instalado no poder anuncia a retirada forçosa de 43 oficiais do exército.
Em 31 de março o presidente de Estados Unidos, Bill Clinton, de visita a Porto Príncipe reune-se com o
secretário general da ONU, Boutros Boutros-Ghali e transfere a responsabilidade da ordem no país aos
soldados de paz da ONU. Em junho com a situação normalizada a OEA celebra a sua Assembléia Geral
no Haiti.

Em novembro teve eleições presidenciais nas quais ganhou René Preval, atual presidente da nação,
nomeado em fevereiro de 1996 para um mandato de cinco anos. O país, embora continua sendo um dos
mais pobres do continente americano tem recuperado a normalidade e estão a potenciar-se ao máximo
as possibilidades turísticas do país como fonte de ingressos.

Arte e Cultura do Haiti

A pintura
Haiti pode ser uma grande descoberta para o amante da pintura. Os seus folhetos turísticos afirmam que
muitas vocações de colecionadores de arte começaram neste país. Certamente, a pintura no Haiti
converte-se quase em uma arte de viver, invadindo calçadas, paredes e casas. Por todas partes oferecer-
lhe-ão pinturas. Serão mais ou menos boas, mas se souber escolher, (há grande variedade de preços),
pode descobrir verdadeiros tesouros.

Para ter a certeza, o melhor é visitar alguma das galerias bem instaladas. Em Porto Príncipe, Cabo
Haitiano ou Jacmel, há vendedores de arte que já têm selecionado o melhor. Se for curioso, as ruas
oferecem todas as oportunidades. Muitos amadores têm encontrado obras mestras nas galerias assim
como nas ruas e mercados. É uma questão de ter bom olfato… e sorte.

O primeiro lugar a visitar é o Centro de Arte em Porto Príncipe, onde tudo começou. Dir-se-ia um
"Quatrocento" do Caribe. Nos princípios dos anos quarenta, um jovem professor norte-americano, Dewitt
Peters, ficou encantado com a arte do Haiti. Maravilhado pela vitalidade da pintura naif, decideu criar um
lugar onde os pintores pudessem mostrar as suas obras. Foi o Centro de Arte, que cedo atrairia
colecionadores do mundo inteiro. Uma maré de criadores invadiu Porto Príncipe, fazendo da pintura naif a
sua entrada na cena cultural internacional. Este estilo pictórico surgiu no século XIX como uma
manifestação sincrética das propostas francesas e os estilos populares, especialmente os trazidos pela
cultura de raça negra. Já durante o século XX este estilo começa a perfilar-se como propriamente
haitiano, salientando nas pinturas os motivos indígenas e nacionais, com vivas cores e cenas
costumeiras.

Também pode descobrir no país uma pintura erudita de grande qualidade. Os jovens pintores modernos
surgem sucedidos no mundo da arte contemporânea, e a pintura haitiana está representada atualmente
nos melhores museus dos Estados Unidos e da Europa, e em algumas prestigiosas coleções privadas.

Existem muitas galerias de arte, dentre as quais salientam a Nader Art Gallery e a Galerie Marassa. Em
Pétionville, a Nader Art Gallery está desde 1958, promocionando a arte pictórica haitiana no mundo
inteiro, e as suas peças têm sido exibidas em museus do mundo todo, incluindo a Galeria Nationale du
Grand Palais em Paris, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a Galeria Bunkamura em Tóquio, a
Galeria Oas em Washington e o Centro de Arte de Maracaibo na Venezuela, entre outros. A galeria
oferece uma grande seleção de arte haitiana naif, primitiva e contemporânea em uma nova sala de 450
metros quadrados. Há exposições cada mês, e o colecionador pode gozar nela da maior coligação de arte
haitiana do mundo. Também em Pétionville, Galerie Massara tem exibido as suas obras em mais de 50
museus ao redor do mundo. Esta galeria está especializada na promoção de jovens talentosos da arte
haitiana. Entre as grandes figuras da galeria, conta-se com Philippe Dodard, Gesner Armand, Tiga,
Edouard Duval, Sacha Tébo, Levoy Exil e muitos outros. As coleções incluem pintura, escultura,
artesanato e acessórios.

Música
Além da pintura, a música é a segunda manifestação cultural da ilha (como na República Dominicana), e
também a que maior influência tem tido fora de suas fronteiras.

Existem várias teorias sobre a origem do merengue. Supõe-se ser um um rítmo mestiço, tendo a sua
origem na fusão das músicas africanas e o pasodoble espanhol. Nasceu entre 1844 e 1850, e os seus
começos foram difíceis, pois considerava-se um rítmo vulgar com letras pouco musicais. O merengue é
um rítmo vibrante e rápido que faz dançar de forma livre e ao qual é quase impossível não render-se.

Os instrumentos mais típicos do merengue são o acordeon, a güira e o bumbo. A güira é uma espécie de
ralho de lata com forma de cilindro oco, quando tocado emite um som "zumbador" compassado. Tem as
suas origens no areito, uma série de melodias e canções dos antigos aborígens das Antilhas. Por outro
lado, o bumbo deve o seu particular som à pele de chivo com a qual é fabricado. O merengue compõe-se
de três partes: um breve passeio e dois movimentos de oito figuras; a primeira delas realiza-se através de
uma melodia pausada e vagarosa, enquanto que na segunda e terceira partes a música cresce em rítmo,
velocidade e intensidade.

Mas o merengue não é a única dança da ilha, mas apenas a mais popular. Também existem muitos
outros rítmos, a salsa é um exemplo.

Gastronomia
É certamente paradoxal falar de gastronomía num dos países mais pobres do mundo. A pesar de todo,
como consequência da rica mistura de culturas taína, europeia e africana, Haiti possui uma rica
gastronomía cujos ingredientes principais são a carne de porco, o arroz, os peixes e o marisco. Entre os
pratos mais típicos encontram-se o chamado griot, preparado com carne de porco; o e labí, feito com
lagosta, arroz e yon yon; acras, uma raíz (malanga) frita e temperada com muitas espeçarias; o griot,
carne de porco; e o tassot, sendo este perú, vitela ou bode preparados com um marinado picante.

Compras no Haiti
Entre as compras mais solicitadas pelos visitantes estão as pinturas haitianas de estilo naif,
caracterizadas pelas suas vivas cores e assuntos da vida cotidiana do país. Com um pouco de paciência
e diálogo poderá conseguir magníficas obras a preços muito acessíveis em algumas das galerías e
mercados de Porto Príncipe e Cabo Haitiano, principalmente. Outros artigos interessantes são as
esculturas e talhas de madeira, artigos de mimbre, joalharía de cobre e de carey, roupa bordada a mão,
objetos de ferro forjado e um rico e variado artesanato relacionado com os ritos do vudu. O principal
mercado é o Mercado do Ferro em Porto Príncipe, e o mais tradicional é o de Kenscoff, perto da capital.

População e Costumes do Haiti


A população de Haiti é de 6.731.500 habitantes (censo de 1995). A maior parte (95%) são de raça negra,
sendo a língua oficial o francês. Mantêm-se algumas condutas e costumes de origem francesa, assim
como de alguns grupos africanos, herança dos tempos da escravidão.

O carácter dos haitianos é amável e aprazível, um pouco fatalista e indiferente às vezes, o que pode ser
causa e efeito ao mesmo tempo da sua história de dominações (Espanha, França, as ditaduras dos
Duvalier) e a mistura de catolicismo e budismo.

Entretenimento e Festividades no Haiti

ENTRETENIMENTO

Por causa das extremas circumstâncias políticas, económicas e sociais vividas por Haiti nos últimos anos,
a sua infra-estrutura turística não está plenamente desenvolvida, pelo que é dificil encontrar atividades a
realizar fora dos hotéis. Aos poucos, as cidades vão recuperando a normalidade e com ela os lugares que
tempo atrás albergaram certa atividade social começam a recuperá-la. Esse é o caso da zona de
Pétionville, na qual já é posível gozar uma vida noturna com aceitáveis ofertas para praticar a salsa ou o
merengue.

Respeito às atividades de ar livre, salientam sobretudo os esportes aquáticos, especialmente o mergulho.


Qualquer pessoa, sem importarem sua idade ou experiência esportiva, pode realizar fácilmente o
percurso até São Cay (Cayo Areioso). Éste realiza-se em lanchas com fundo de vidro para poder
observar tudo o que tem para oferecer "o arrecife mais precioso do Caribe". Alí os visitantes podem usar
um equipamento de mergulho para deleitar-se vindo as caprichosas formações coralinas, a multitude de
peixes de diferentes cores e outras maravilhas submarinas. Em vários balnearios de praia podem alugar-
se botes para navegar a vela e esquiar Em alguns deles organizam-se programas de mergulho em
profundidade completos, com instrutor e tramitação dos certificados respectivos. Nas águas de Haiti os
mergulhadores esperientes poderão gozar das melhores condições do Caribe para praticar o seu esporte,
pois a costa ainda não está invadida pelos turistas.

Os esportes nacionais são o futebol e as lutas de galos, embora estas estão sujeitas a uma forte
perseguição pelas autoridades.

Outro espectáculo submarino digno de experimentar-se é a exploração dos restos navais que estão nos
fondos do Golfo de Gonaives. Dúzias de embarcações inglesas, holandesas, francesas e espanholas
jazem no fundo do litoral haitiano, como testemunhas das lutas que tiveram lugar pelo seu dominio. Faça
para ser acompanhado por guias mergulhadores experientes e goze do mais apaixonante e original
museu submarino imaginável.

FESTIVIDADES

As festas oficiais de Haiti são: 1 de janeiro Dia da Independência, 2 de janeiro Dia dos Pais da Patria, 1
de maio Dia do Trabalho e a Agricultura, 18 de maio Dia da Bandeira e a Universidade, 17 de outubro
Aniversário da morte de Dessalines, 18 de novembro Aniversario da Batalha de Vertieres e 5 de
dezembro Dia do Descobrimento.

Além destas, a iconografia católica e as tradiciones indígenas e africanas geram grande número de
celebrações, algumas de caráter nacional, como o Carnaval, e outras no nível local. Entre outros, celebra-
se SantoTomás de Aquino, São Jose, São Marcos, São Felipe, São Isidro, São João Batista e São Pedro.
Transportes no Haiti

Avião
Desde Europa, a melhor escolha para chegar diretamente a Porto Príncipe são os vôos de Air France que
saem de Paris no mínimo dois dias por semana. Desde Espanha, a proliferação de vôos charter para a
República Dominicana tem diminuido muito o custo da viagem ao Haiti. Desde São Domingo, Air
Dominicana tem vôos diarios entre as capitais dos dois países. Dentro de Haiti existem vôos entre
algumas das principais cidades, mas não é aconselhável utilizá-los pois não atingem os padrões mínimos
de segurança exigidos pelas autoridades aeronáuticas internacionais.

Sem sair da zona das Caraibas, Air France tem vários vôos semanais a Cayenne, Fort de France, Point-
á-Pitre e São João. Air Jamaica a Kingston, ALM (Aerolíneas Antillanas) a Curação e um vôo semanal a
Barranquilla, Panamá e Paramaribo. American Airlines voa desde Miami duas vezes por dia a Porto
Príncipe, igual que Nova Iorque. American Eagle cobre a rota São João-Porto Príncipe-Mirabel seis dias
na semana. Air Canada voa vários dias por semana desde Mirabel a Porto Príncipe, a mesma rota que
faz Canada 3000. A companhía Halissa Air voa a diário desde Miami à capital de Haiti, Aserca faz-o
desde Caracas, e Copa desde Panamá City.

São Domingo fica a 40 minutos de avião desde Puerto Príncipe, Miami uma hora e São João de Puerto
Rico uma hora e dez minutos.

Barco
Há navios cargueiros privados pela costa, onde é posível arranjar transporte de uma vila a outra. Existem
serviços regulares entre Porto Príncipe e Jeremie e Porto Príncipe e Sãod Cay. Desde Cabo Haitiano
saem cargueiros que ligam Haiti com a República Dominicana.

Alternativas de Transporte
Para chegar do aeropuerto ao hotel de escolha, há taxis disponíveis no aeroporto. Os taxis da ACGH são
geralmente os que oferecem um melhor tratamento ao cliente e os mais seguros. Estão acreditados pela
ACGH (Associação des Chauffeur-Guides d'Haiti), e é fácil reconhecer aos condutores graças a sua
guaiabera branca e ao pin da associação que sempre levam consigo. Levam pessoas a todos os vôos.
Asset, uma das principais agências de viagens de Haiti, conta com diferentes micro-ônibus com ar
condicionado que por 10 dólares incluiem um serviço de boas vinda ao viajante. É melhor ligar antes de
viajar (ou telefone: 45-10-15). Asset também dispõe de serviços charter de ônibus e um tour multi-lingüe
em Puerto Príncipe e em Cabo Haitiano.

Para deslocar-se pela cidade, pode-se combinar com o condutor ACGH ir pegar-lo para sair onde
precisar, ou pode-se ligar diretamente a ACGH e solicitar o serviço. O telefone da agência é o 45-10-15.
Há que reparar que as garagens estão situadas no centro de Porto Príncipe, pelo que se quiser ser
apanhando em Pétionville deve avisar com antecedência.

Pode encontrar fácilmente taxis particulares na zona de estacionamento do Hotel Montana, e naquela
situada entre os hotéis O Rancho e Vila Creole, em Pétionville. Provavelmente o hotel será a melhor fonte
de informacões sobre taxis. Geralmente os hotéis têm feitos alguns acordos com taxistas que oferecem
total garantia. Os taxis de ruaa podem diferenciar-se fácilmente pela grande dupla letra "o" pintada nas
portas. As normativas sobre o serviço de taxi têm melhorado muito nos dois últimos anos, mas é bom
acordar o preço da viajem antes de iniciar o mesmo.

Haití tem quase 5.000 quilómetros de estradas, e nem todas são transitáveis durante a época de chuvas.
Além do taxi, também podem-se percorrer de carro, mini-ônibus e kombis. Mas o mais barato e típico são
os tap-tap, (chamados assim pelo barulho que faz o motor), pequenos caminhões abertos atrás, com
assentos para os pasajeiros. Param em qualquer lugar, e a tarifa mais cara é aquela que permite-lhe ir ao
lado do condutor.
Aluguel de Viaturas
Outra possibilidade para viajar por Haiti é alugar um carro. As principais companhías de aluguel de carros
têm escritórios em Porto Príncipe ou Pétionville, mas também é posível alugá-los no aeroporto. Faça
conta que muitas companhías estão dispostas a oferecer tarifas especiais se pensar em alugar o veículos
por una semana ou mais. Convém pois ligar com antecedência e pedir sempre um tratamento
preferencials. Não é preciso uma carta de condução especial, a internacional dá perfeitamente. Lembre-
se de dirigir pela direita. Faça muita atenção quando estiver a dirigir: ao mau estado de muitas das
estradas junta-se o perigo das costumes do haitiano ao volante, bastante anárquicos na sua interpretação
do código de circulação.

Movendo-se dentro do País


Desde Porto Príncipe chega-se a Cabo Haitiano por uma estrada relativamente nova mas montanhosa. A
noite, no mínimo são quatro horas de viagem. Os tap-tap e as camionhonetes partem do mercado
Mahogany, no porto. De caminho passa-se também por Gonaives, a terceira cidade do país. Em Les
Cayes, desde Porto Príncipe, a estrada é aceitávelmente boa. Desde Les Cayes pode-se percorrer o
suloeste do país, em tap-taps ou em barcos costeiros.

Para viajar por estrada entre Haiti e a República Dominicana faz falta uma autorização especial. Pelo
norte, desde Cabo Haitiano, há uma estrada em mau estado com pouco tráfego, mas não há serviços de
ônibus que transitem por ela. Desde Porto Príncipe há serviços de ônibus pouco frequentes, nos quais é
dificil arranjar vaga. É possível encontrar no porto caminhões dispostos a levar passageiros à República
Dominicana.

LOCAIS TURÍSTICOS

Para descobrir Haiti temos dividido o país em quatro zonas. Começaremos o nosso percurso por Porto
Príncipe, a capital, para depois continuar para Jacmel. Daqui viajaremos a Cabo Haitiano e terminaremos
com um belo percurso pelas Praias do Haiti. Em cada zona assinalamos os principais hotéis e lugares
onde ficar. No fim descrevemos algumas das Excursões mais interessantes que pode-se fazer no país.

PORTO PRINCIPE

Porto Príncipe é uma cidade agitada: a vida não pára nunca. Durante o dia, vibra sob um sol fortíssimo; a
noite, ilumina-se com as luzinhas dos vendedores ambulantes. O vertiginoso espetáculo das suas ruas
fará lembrar os turistas lugares como Estambul, Bangkok ou Nova Delhi, não obstante com um sabor
único, encontrado só no Caribe. É impossível descrever Porto Príncipe, o turista descobre-a com amor e
gozo, sendo muito dificil não reparar no seu encanto especial. A capital de Haiti seduz pela intensidade da
sua vida cotidiana, pela sua vitalidade e pelo sorriso dos seus habitantes. O calor humano e a amizade
são os melhores passaportes para adentrar-se nesta "cidade de senhores farrapentos", como alguém
definiu-a em uma ocasião.

Primeiro descobrirá as peculiares viaturas para transporte público, os famosos tap-taps. Não verá mais
que tap-taps. Estranhos, barulhentos, ao ritmo dos últimos merengues de moda, cobertos de luzes,
decorados com legendas cheias de graça ou enigmáticas: "A vida louca", "Minha doce Simone, no fim
voltas-te!", "O fruto do meu trabalho", "Os funerais do reis de França", "Do eterno, ao fim!".

O local de concetração dos tap-taps de Porto Príncipe é o Mercado de Ferro ou Mercado "Vallières", um
edificio tão peculiar como o resto da cidade. Imagine-se em um pavilhão "Baltard" com minaretes: um
edificio morisco no meio do Caribe. Dizem que o presidente Hippolyte o comprou, há um século, de uma
empresa francesa que queria envia-lo à Turquia.

Hoje, o Mercado de Ferro está cheio de gente ocupada e barulhenta. Franquear a avalanche de
propostas que invadir-lhe-ão, e safar-se das montanhas de objetos espalhados por todas partes não é
uma tarefa fácil. Lâmpadas, gaiolas, louça ou brinquedos desenhados com latas de conservas, sandálias
de borracha feitas com pneus velhos, tudo interessará, mas o Mercado de Ferro esconde verdadeiros
tesouros. Entre as abundantes pinturas naif pode-se encontrar maravilhas; é surpreendente a grande
variedade de louças de caoba, cestos e chapéus de palha, esculturas de madeira ou feitas com vasilhas
de lata e todo tipo de artigos feitos a mão, alguns excelentes. Tudo isto valerá o esforço feito. Deve
negociar por puro prazer e deixar-se levar pelo capricho, porque os preços são incrivelmente baixos.

Deixando o centro de Porto Príncipe, podemos dirigir-nos ao bairro administrativo, dominado pelo Palácio
Nacional, cópia do Petit Palais de Versalles, um enorme edificio de luminosa brancura, já exorcisado dos
macabros fantasmas da família Duvalier. Os habitantes da cidade passeiam agora sem medo pelos
arredores do Palácio, símbolo da democracia reconquistada.

A Esplanada dos Heróis da Independência exibe as estátuas dos fundadores do Haiti. O imperador
Dessalines, o guerreiro Pétion, o primeiro presidente de Haiti, o rei Christophe, Toussaint Louverture, e o
mais amado de todos pelo povo: o Marron Inconnu, o escravo rebelde quebrando as correntes, soprando
no seu lambi, símbolo da revolta contra todas as opressões.

A praça de Champ de Mars, a qual rodeia o Palácio Nacional e está cheia de edificios construidos nos
anos trinta. Nela encontra-se o Museu de Arte do Pantéon Nacional e a Casa Defly, adorável construção
do princípio deste século, transformada em museu da vida crioula e em armazém de antiguidades.

Na Catedral da Santa Trindade, o visitante pode observar murais bíblicos descrevendo a explosão da arte
naif nos anos quarenta.

A cidade de Porto Príncipe ultrapassa hoje um milhão de habitantes e extende-se gradualmente para as
alturas. Os bairros comerciais ocupam a beira do mar, com as ruas invadidas pelos vendedores
ambulantes, enquanto que ao remontar-mos para as colinas o ar aligeira-se e a massa perde intensidade.

Atrás de Champ de Mars extende-se Bois Verna, o bairro aristocrático da cidade até os anos cinquenta.
Passeando pelas suas labirínticas ruas e subindo para Pacot, entramos no paraíso das Casas
Gingerbread, um pouco velhas mas encantadoras. Estas elegantes residências, muito apreciadas pelos
habitantes da cidade e ternas pela sua decadência suntuosa, é a manifestação certa de uma arte do viver
crioulo, hoje desaparecido. A maior parte são do princípio do século, e vale a pena visitar no bairro de
Pacot as mais ousadas "gingerbread" da capital: a Casa Cordasco, a Casa Peabody, e o resto das suas
irmãs.

Subindo ainda mais encontra-se Pétionville, bairro residencial que com a sua natureza e as suas flores
absorve as casas luxuosas dos privilegiados do país, as discotecas, os elegantes restaurantes e os hotéis
mais caros da ilha.

Um pouco mais acima, encontra-se a Destilaria de Ron Barbancourt. Esta destileria produz rum
enriquecido com manga, coco, laranja e café, entre outros sabores. Durante décadas, Haiti foi famoso
pelos seus ricos runs feitos com sumo de cana fermentado e destilado, em lugar de melaço. Ainda mais
interessante é a lenda do Castelo de Barbancourt, morada de uma história de amor clássica entre um
homem de negócios e uma beleza haitiana. Nos anos trinta, o fabricante de perfumes alemão Rudolph
Linge conheceu e apaixonou-se da então Miss Haiti, Jane Babancourt. Casaram-se e voltaram ao seu
país natal. Graças às grandes plantações de cana de açúcar da familia da sua esposa e a sua privilegiada
narina para os aromas, Linge começou a misturar licores de rum com o sucesso que já temos referido.
Um dia quis ver um filme. Como não havia nenhum cinema em Haiti, apanhou um vôo para Nova Iorque e
viu "A Cenicienta" de Walt Disney e ficou encantado com o castelo do filme. Comprou uma fotografia do
filme ao proprietário do cinema, voltou à casa, deixou a fotografia acima da mesa de um arquiteto e pediu-
lhe: "Construia-me este castelo". O edificio é agora um monumento a Linge, que morreu em 1991.

Nos arredores extende-se a vila de Kenscoff, situada numa área montanhosa que poupa o calor. As
colinas vizinhas estão cobertas de solo de cultivo e bosques de pinheiros. Aqui estão as ruínas de Fort
Alexandre e Fort Jacques, e desde este último podem-se disfrutar de magníficas vistas da cidade e do
seu porto.
E mais para acima ainda, na montanha de Boutilliers, pode-se contemplar, no pôr-do-sol, a cidade de
Porto Príncipe descendo desde as colinas até o mar, extendendo-se como um espelho abraçando
tenramente as águas da sua baía, uma das mais formosas do mundo.

OS ARREDORES DE PORTO PRINCIPE

A cinquenta quilometros, em direção à fronteira dominicana, depois passar Croix des Bouquets e
Mirebalis, encontra-se Ville Bonheur, o centro mágico da ilha e destino de milhares de peregrinos entre o
12 e 16 de julho de cada ano. Aqui, na metade do século passado, numa palmeira ao pé de uma cascata
enorme, em Saut d'Eau, dizem que a Virgem Maria apareceu-se a um homem da zona chamado Fortuné.
Quando relatou a sua visão aos freires, estes não acreditaram no princípio e foram para esse lugar, que
desde então é sagrado para os haitianos. E não só para os cristãos mas também para os que acreditam
no vudu, os quais vêem na Virgem Maria a sua deusa Maîtresse Erzuli.

HOTÉIS EM PORTO PRINCIPE

Os hotéis no Haiti não são grandes blocos de cimento. Normalmente são estabelecimentos construidos
sobre edificios históricos. Os que recomendamos são de cinco estrelas, com todos os serviços que
podem oferecer os hotéis desta categoria: televisão, mini-bar, piscina, esportes, restaurantes, etc.
Costumam ter poucas quartos, pelo que não sentirá a pressão das grandes massas de turistas.

Para uma estadia comoda num ambiente tropical, o Hotel Olofsson oferece três tipos de quartos: Os
Standart estão situados no edificio "La Maternidad", construido pelos marines durante a ocupação norte-
americana, quando o hotel serviu como hospital. As cabanas são cada uma delas únicas, espalhadas em
redor dos jardins. Todas têm móveis antigos e banheiros modernos, e a maior parte possuem ar
condicionado. Todas os quartos têm telefone, e as suítes incluem televisão. O restaurante situa-se no
portão que está sobre os jardins e oferecem uma cozinha criolla. A famosa piscina, descrita na obra de
Graham Greene "Os cómicos" é o lugar perfeito para afastar-se de tudo. Mergulhe, arranje uma cortiça e
beba avidamente um ponche de fruta. A noite, o Oloffson também é um lugar para alentar-se e se renovar
com os espetáculos cheios de ritmos de vudu cativadores, roupas exóticas e coreografias interessantes.
No lobby barroco do hotel pode-se disfrutar também de outros aspectos da cultura haitiana: a exibição de
arte naif, conferências e festas. Há que assinalar que o hotel é um dos mais conhecidos, pelo que
lamentavelmente encontra-se muito deteriorado. Por outro lado o serviço deixa muito a desejar.

Um "Caribean clasico", o Hotel Villa Créole continua meio século de boas vindas aos viajantes distintos de
Haiti, com um renome internacional para o serviço discreto, alojamentos impecáveis e um pessoal
amistoso. Os 68 quartos estão situados num jardim, e todos possuem ar condicionado, televisão por
satélite e um sistema de telefonia moderno. O hotel dispõe de duas quadras de tênis, um ginásio e uma
grande piscina. O Villa Créole é muito conhecido pela sua espetacular coleção de arte haitiana. O
visitante não deve esqueçer provar o desejum debaixo das árvores de amendoas, com uma seleção
completa de frutas tropicais e sucos. O almoço e o jantar podem ser servidos no recentemente
inaugurado restaurante Villa Bele ou nas barbacoas e buffets ao redor da piscina. Situado em Pétionville,
nas colinas sobre Porto Príncipe, o Villa Créoloe fica perto do aeroporto e a só uns minutos das galerías
de arte, cassinos e restaurantes de Haiti.

Situado nas colinas de Pétionville, o Rancho Hotel é mais parecido a um Palácio privado do que a um
estabelecimento hoteleiro. As 95 quartos dispõem de ar condicionado e televisão a cabo, e estão
decoradas com móveis e objetos haitianos, trabalhados a mão. Tem dois restaurantes: O Continental Bar
Restaurant, com uma atmosfera de patio de jardim, e o Gourmet Restaurant, com um belo pub feito de
madeira inglesa e decorado com uma delicada mistura de antigüidades e móveis modernos, embelezados
com deliciosas pinturas haitianas. Há também um Lobby Bar e um Pool Bar. O Rancho Hotel também
possui um equipadíssimo ginásio e várias quadras de tênis. Após o jogo, o hospede pode gozar também
de uma sauna ou uma massagem por profissionais. Três salas de conferências ou banquetes que podem
acolher entre 30 y 150 pessoas. O Hotel também dispõe de casino, no qual pode-se jogar roleta, black
jack e outros jogos. No caso o visitante quiser uma privacidade especial, existem várias quartos VIP com
esse propósito.
Também sobre a montanha da velha cidade de Pétionville eleva-se o Kinam Hotel, originariamente uma
mansão gingerbread do século XIX, recém restaurada e ampliada para oferecer maiores confortos.
Encontra-se situado entre as ruas Lamarre e Moise, frente à praça de Saint Pierre, e a pouca distância de
lojas, galerias, restaurantes, o casino e a vida noturna de Pétionville. Possui 38 quartos e três suítes
atrativas, limpas, com banheiros modernos, telefone e televisão. No seu restaurante serve-se uma
excelente comida criolla e francesa, e fica aberto desde as seis da manhã até meia noite, igual ao bar da
piscina, onde pode beber excelentes cocktails tropicais. Telefone: 57-65-25.

O Christopher Hotel domina a colina sobre a qual está situado, e oferece aos seus residentes uma
magnifica vista panorámica de Porto Príncipe e sua baía. As 74 quartos são confortáveis e amplas, e
possuem terraças, ar condicionado, telefone e televisão. Dispõe também de piscina, restaurante, bar e
uma sala de conferencias para 550 pessoas.

O Hotel Montana possui 85 quartos com ar condicionado, piscina, restaurante, bar e, sobretudo, uma
espetacular vista de Porto Príncipe e a baía. Este hotel era um dos favoritos de jornalistas e técnicos no
periodo do embargo e da intervenção internacional. A arquitetura não é espetacular mas tem umas
agradáveis áreas exteriores para passeiar ou tomar uns drinkes. Actualmente muito frequentado por
homnes de negocios e turistas.

O Visa Lodhe Hotel salienta pelo prático das suas instalações, pois está especialmente desenhado para
as viagens de negocios. Está situado na estrada que leva ao aeroporto, e conta com 26 quartos com ar
condicionado.

O Villa de St-Louis Hotel está situado perto de Pétionville, a 10 minutos do aeroporto e a 15 do parque
público de Champs de Mars, e o transporte público leva-lhe até a porte do hotel. Conta com 25
confortáveis e espaçosos quartos com ar condicionado e terraças com vistas da cidade e ao campo em
volta. No restaurante oferece-se uma deliciosa comida de estilo continental e crioulo, com um agradável
serviço. Os hóspedes podem escolher para a sua estadia entre os planos europeu, continental ou
americano. O hotel tem dois bares, e fica a pouca distância dos principais lugares de lazer da capital.
Dispõe também de piscina e quadras de tênis e saídas para praticar mergulho ou visitar os principais
locais turisticos de Porto Príncipe.

O Prince Hotel está numa antiga mansão restaurada, no alto de uma das colinas dominando Porto
Príncipe. Conta com 20 quartos, decorados com uma mistura de estilo europeu e elegancia tropical e com
ar condicionado, televisão a cabo, telefone e algumas delas com belas vistas à baía. Entre as suas
instalações também há piscina, bar, e restaurante.

O Coconut Villa Hotel encontra-se numa zona aprazível rodeada de árvores tropicais a 3 quilometros do
areoporto e do centro de Porto Príncipe. Tem 50 quartos com ar condicionado e alguns apartamentos
mobilados de aluguel. Dispõe também de piscina, barbacoa e um restaurante especializado em comida
italiana e criolla. Muito perto do hotel há um centro comercial, dois bancos e um cinema.

HOTÉIS DE PRAIA PERTO DE PORTO PRÍNCIPE

As seguintes praias estão situadas ao norte de Porto Príncipe. Indo de carro para o norte pela Rota
Nacional 1 observam-se as montanhas Chaine des Matheux à direita, e as aguas da baía de Porto Prícipe
à esquerda. Embora os hotéis de que vamos falar estão perto de Porto Príncipe, o pesado tráfego nas
estradas de aceso durante certas horas do dia faz com que seja muito dificil dormir neles para ir todos os
dias à cidade.

Moulin Sur Mer é um local restaurado de uma plantação colonial de 1750, atualmente mobilada com
antiguidades. Está em Montrouis, a 50 minutos de Porto Príncipe. Nas suas instalações, um museu
chamado Musée Ogier-Fombrun é uma obra arquitetonica mestra que faz referencia à luta contra os
colonos franceses pela independência de Haiti. Les Boucaniers é o nome do restaurante do hotel, situado
na praia e especializado em marisco e comida criolla. Cada um ds espaçosos e elegantes quartos está
decorado artísticamente e tem o seu banheiro privado, terraça ou solarium. A piscina é semi-olímpica e
está rodeada por um pórtico e um bar. Mas se quiser uma outra escolha, o hotel tem uma praia privativa
de duzentos metros de branca areia. "Salle 1804" é uma ampla zona de 600 metros quadrados, perfeita
para conferências, seminarios ou acontecimentos sociais como casamentos, banquetes, etc. Entre as
possibilidades de praticar esportes oferecidas por Moulin Sur Mer estão o tênis, racket ball, criquet,
basketball, ping pong, voleibol, badmington, esquí aquático, mergulho, mini-golf e outros. Para deslocar-
se pelas instalações, o hotel põe a disposição dos hospedes uns simpáticos automoveis elétricos.
Telefone: 27-57-00.

O hotel Kyona Beach está situado perto de Luly, a maior vila de pescadores, a 45 minutos (se não houver
muito tráfego) de Porto Príncipe. Kyona é uma praia arenosa, e tem um bar e um restaurante. Dispõe de
22 quartos com ventiladores no teto. Há muitos espaços para crianças e saídas frequentes ao arquipélago
de Les Arcadins. Telefone: 22-67-88.

O Club Med está a uma hora e meia de distância de Porto Príncipe, após a cidade de Montrouis, numa
preciosa praia. Dispõe de 350 quartos com todos os confortos, assim como vários restaurantes e umas
completíssimas instalações desportivas. Telefone: 23-03-75.

A 50 quilómetros de Porto Príncipe, o hotel Kalico apresenta-se sobre uma preciosa ilha, metade areia e
metade rocha. Dispõe de 40 quartos com ar condicionado, tênis, piscina, bar e restaurante. Está no
coração da costa de Les Arcadins, numa esplendida praia de areia branca desde a qual obtém-se uma
bela vista da costa e da ilha de La Gonave. Conta com modernas e amplas quartos, suítes, apartamentos
e bungalows, todos equipamentados com ar condicionado. Tem um centro de conferências e facilidades
para a prática do windsurf, tênis, saídas a cavalo, navegação, mergulho, pesca sub-aquática, voleivol e
futébol de praia. O seu restaurante, ao pé da praia, está especializado em peixe, marisco e comida
francesa. Sem dúvida, este hotel é o melhor da zona na modalidade "all include". Nestes momentos
encontra-se fechado por obras de recondicionamento e melhora. A direção está a cargo de pessoas de
origem libanesa. Telefone: 22-80-40.

JACMEL

Saindo de Porto Príncipe pela porta sul, começa o caminho a Jacmel. Após um passeio de duas horas
atraves de uma belíssima paisagem montahosa, chegará à baia que dá o nome à cidade e que,
majestosa, extende a sua opulência azul ao pé das montanhas. A cidade, pequena pérola, dorme no
fundo da baia como um capricho esqueçido pelo tempo, quase intacto nos vestígios do seu esplendor.

As suas casas com balcões de ferro forjado, são de principios deste século, a idade dourada do café.
Nessa época a cidade fervilhava de animação, e ao seu porto chegavam cargueiros vindos do mundo
inteiro. Atualmente, languidece com uma pequena comunidade de artistas haitianos, europeus e
americanos, refugiados nela, animando o sonho das suas fantasias e transformando-o numa espécie de
Ibiza do Caribe. Se tiver a sorte de visitar Jacmel na época de Carnaval, há que perder-se sem pensar
mais nada no mais belo e confidencial cortejo das ilhas. No seu ambente de festa, as máscaras de "papier
maché", de estranhas cores, dançam saidas diretamente dos seus sonhos e pesadelos.

Jacmel é a cidade de Préfète Duffaut, o seu pintor. Pintou incansavelmente a cidade e a baia, adornando-
as com o caudal da sua imaginação. Jacmel é também a cidade de René Dépestre, prémio Renaudot
1987. Hadriana, a sua famosa heroína, igual do que outras personagens dos seus romances, passeia
pelas ruas, as praças, as velhas casas da Jacmel, cidade de todos os sonhos.

Nos arredores de Jacmel nao deixe de visitar o Bassin Bleu, uma série de três maravilhosas cataratas.

HOTÉIS EM JACMEL

O principal hotel da primeria categoria é La Jacmelienne, com 40 quartos com ar condicionado. Está
situado numa pitoresca praia e é também ótima para passear pelos arredores. O hotel encontra-se a
poucos minutos a pé do centro de Jacmel.

CABO HAITIANO
A viagem de Porto Príncipe a Cabo Haitiano (Cap Haitien) é uma beleza inimaginável. Após passar a
porta norte de Porto Príncipe econtrará os melhores hotéis costeiros.

Através das hortas, graneiros de Porto Príncipe, atravessam-se os campos de arroz que enchem a
planicie até perder-se da vista. De seguida chegará a Monte Puilboreau, desde onde contempla-se a rica
planicie do norte. Aí pode jogar com a sua imaginação e tentar visionar as imensas plantações coloniais
com as suas fábricas de açúcar, povoadas por milhares de escravos, riscadas por carros de bois
carregados de cana.

Descobrirá o Cabo Haitiano, antiga capital da colônia. A porta da cidade, a "Barreira Bouteille", viu passar
sob o seu arco a carruagem do rei Christophe.

O Cabo é agora uma pequena cidade portuaria, cheia de gente e muito vital. As suas ruas estreitas
seguem o traçado da cidade colonial. As casas antigas, cheias de encanto e de tenras cores, são do
século XIX, a época do reis Christophe. Entre os monumentos salienta a Sé, sita na Praça de Armas. A
Sé, do século XVIII, está coroada por uma espetacular cúpula prateada.

O rei Christophe parece reinar ainda sobre toda a região do Cabo. Mas a sua presença sente-se
principalmente nas ruinas do seu Palácio, "Sans Souci". A monumental escada está intacta e a sua
elegante silhueta destaca sobre a cor verde escuro da montanha, produzindo um efeito alucinante. O
Palácio foi construido a imagem do Palácio do Federico II da Prusia e, embora um tremor de terra destruiu
em 1842 a maior parte do edificio, pode-se ainda contemplar a monumentalidade que teve na sua época
de esplendor. Um dos muitos guias que acompanham o visitante pelas ruínas assinala para acima e
explica: "Aí é exatamente onde o Reis Christophe disparou-se uma bala de ouro como o seu revolver em
1820". Na verdade, é certo: o rei tinha reprimido demais os seus súditos, os quais revoltaram-se
propiciando o suicidio. Os suditos não tinham esquecido a morte de 20.000 pessoas pelos esforços
realizados durante a construção da Cidadela. Cada pedra do imenso forte era trasportada a mão durante
quilometros e depois carregada até 980 metros de altitude da montanha.

O encanto da cidade mostra-se mais claramente quando sube à Montanha do Bonete do Bispo e surge a
Cidadela La Ferrière, construida por comando do Rei Christophe para proteger o país dos franceses. Os
franceses nunca voltaram, mas a Cidadela ficou alí como testemunha da luta do povo haitiano pela
independência, dominando a baia de Acul. É a maior fortaleza das Caraibas, com muralhas de 15 metros
de largura, e capaz de abrigar mais de 10.000 pessoas. A construção durou 14 anos. Atualmente, ainda
há mais de 250.000 balas de canhão diante da fortaleza. O passeio de duas horas sobre mansas mulas
desde Sans Souci até a Cidadela é, sem dúvida, um dos percursos mais interesantes nas Caraíbas.

Outra das possibilidades de Cabo Haitiano é contemplar o ponto exato onde Colombo ancorou os seus
barcos na primeira viagem ao Novo Mundo, o 21 de dezembro de 1492, assim como o lugar em que
afundou a Santa Maria, no que hoje é a baía de Cabo Haitiano.

Esta baía está ainda virgem, sem contato com ocidente, e é facil levar uma lembrança valiosa da visita a
Cabo Haitiano. Passeando pelas suas ruas ou visitando uma das três boas galerias de arte pode-se
comprar uma pintura naif da famosa "Escola do Cabo Haitiano". Talvez não possam oferecer-lhe a obra
do famoso Philomé Obin, mas há muitos pintores jovens no Cabo a encher de graça e cores delicadas as
pitorescas ruas e o ambiente da cidade.

Fonte: www.rumbo.com.br

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