Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação.................................................................................................................................. 4
Introdução.................................................................................................................................... 7
Unidade I
INTRODUÇÃO........................................................................................................................................ 9
Capítulo 1
Geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.............................................. 9
Capítulo 2
Sistema Integrado Nacional – SIN..................................................................................... 20
Unidade iI
Transmissão de Energia Elétrica.................................................................................................... 22
Capítulo 1
Componentes de um sistema de transmissão.................................................................. 22
Capítulo 2
Transmissão de eletricidade em corrente contínua e corrente alternada.............. 50
Unidade iII
Distribuição de Energia Elétrica.................................................................................................... 78
Capítulo 1
Componentes de sistemas de distribuição....................................................................... 78
Capítulo 2
Distribuição primária e secundária................................................................................... 81
Unidade iV
Subestação........................................................................................................................................ 86
CapÍtulo 1
Subestação de energia....................................................................................................... 86
Capítulo 2
Equipamentos....................................................................................................................... 90
Referências................................................................................................................................. 134
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
Os atuais sistemas de distribuição de energia elétrica brasileiro são classificados em
baixa, média e alta tensão e todos esses sistemas levam em consideração os padrões
estabelecidos pelas concessionárias de energia para distribuição, entradas para os
consumidores e especialmente seus aspectos legais e técnicos.
Esta unidade curricular irá lhe fornecer dados sobre os dispositivos e equipamentos
utilizados desde o momento em que a eletricidade é gerada até seu consumidor final.
Lembramos que a tecnologia se aprimora a cada dia, por este motivo, mantenha-se
atualizado e principalmente, com os novos lançamentos por parte de distribuidores de
energia elétrica, fabricantes e fornecedores de soluções da área elétrica.
Objetivos
»» Introduzir a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
7
8
INTRODUÇÃO Unidade I
Capítulo 1
Geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica
»» Desenvolvimento econômico.
»» Geração de empregos.
9
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
»» Geração.
»» Transmissão.
»» Distribuição.
»» Utilização e comercialização.
O fornecimento da energia elétrica aos seus clientes finais é realizado por meio da
prestação de serviço público, privado ou governamental. As empresas que oferecem
serviço público de energia elétrica a fornece através da concessão ou permissão
concedidos pelo poder público.
Por este motivo, demonstramos aqui a importância da eficácia dos sistemas de geração
elétrica e seus componentes de distribuição para alta, média e baixa tensão no Brasil.
10
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
11
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
de geração e com potência total de 700 kW, para suprir 7.200 lâmpadas
em 110 V. O primeiro projeto com sucesso de central elétrica havia sido
implantado no mesmo ano na cidade de Londres, com capacidade de
geração para 1000 lâmpadas.
A estrutura do sistema elétrico de potência, SEP, tem como objetivo a geração, transmissão
e distribuição de energia elétrica, baseando-se em padrões de confiabilidade, qualidade,
disponibilidade, custos e segurança, levando em conta um menor impacto ao meio
ambiente e maior segurança ao cliente final.
Confiabilidade:
Disponibilidade:
12
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Equação 1
Onde:
A – Availability (disponibilidade).
13
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
14
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Rede de transmissão
Rede de subtransmissão
As usinas de geração fornecem energia às redes de subtransmissão, onde essa energia
possui um nível de tensão menor, pois seu objetivo é ser fornecida a pequenas cidades
15
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
As autorizações para novas instalações de linhas aéreas estão cada vez mais complexa,
devido aos estudos de impacto ambiental, desapropriações e oposição social.
Por este motivo, é cada vez mais restrito e de alto custo de investimentos para as redes
de subtransmissão alcançar áreas de grande densidade populacional.
Redes de distribuição
16
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
17
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
220 / 127
Trifásico
380 / 220
254 / 127
Monofásico
440 / 220
»» Transmissão: 765 kV, 525 kV, 500 kV, 440 kV, 345 kV, 300 kV, 230 kV,
161 kV, 138 kV.
»» Sub-transmissão: 132 kV, 115 kV, 88 kV, 69 kV, 34,5 kV, 23 kV.
18
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
19
Capítulo 2
Sistema Integrado Nacional – SIN
O ONS, estabelecido como uma pessoa jurídica de direito particular, perante a forma
de associação civil sem fins lucrativos, foi criado em 26 de agosto de 1998, pela Lei
no 9648, com as alterações introduzidas pela Lei no 10848/2004. e regulamentado pelo
Decreto no 5.081/2004.
20
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
O ONS é formado por membros associados e membros participantes, que são as empresas
de geração, transmissão, distribuição, importadores, consumidores livres e exportadores
de energia. Participam também os representantes dos Conselhos de Consumidores e o
Ministério de Minas e Energia (MME).
<https://www.youtube.com/watch?time_continue=311&v=zafw717Jhx0>.
<https://www.youtube.com/watch?v=dIwT_lH1hv4>.
21
Transmissão de Unidade iI
Energia Elétrica
Capítulo 1
Componentes de um sistema de
transmissão
Linhas de transmissão
Classe de tensão (Kv) % Total
instaladas (Km)
230 Kv 56 416 41,3%
Fonte: <http://www.mme.gov.br/documents/10584/4475726/Boletim+de+Monitoramento+do+Sistema+Elétrico+-
+Setembro+-+2017.docx>. Acesso em: 18/1/2018.
22
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
23
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
A maior parte da região norte e uma mínima parte da região centro-oeste, além de
algumas poucas localidades do território brasileiro, ainda não pertencem ao sistema
interligado, sendo o suprimento de energia elétrica efetuado, quando existente, através
de pequenos sistemas elétricos isolados.
Para atender às políticas externa e energética, o Brasil está interligado aos países vizinhos
como Venezuela, Argentina, Uruguai e Paraguai.
24
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
O modelo atual de gestão do setor elétrico foi desenvolvido pelo Governo Federal,
conforme a estrutura organizacional da Agência Nacional de Energia Elétrica –
ANEEL.
a. Diagrama Unifilar:
25
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
b. Diagrama Multifilar:
<https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id=67572>.
Quando várias fontes são conectadas entre si e operam de forma conjunta e coordenada
dá origem ao que se denomina de plantas de geração virtual.
O sistema de proteção em sistemas elétricos possui níveis de atuação que são conhecidos
como:
27
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
O exemplo anterior demonstra algumas partes que compõe o sistema elétrico e potência:
»» Geradores.
»» Transformadores.
»» Barramentos.
»» Linhas de transmissão.
»» Equipamentos.
»» Dispositivos de proteção.
As zonas de proteção demarcadas com cores diferentes, para cada dispositivo, devem
assegurar que as interrupções causadas por faltas permanentes sejam restringidas a
menor seção do sistema no menor tempo possível.
28
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
Chaves fusíveis
Os fusíveis são dispositivos que protegem os circuitos elétricos contra danos causados
por sobrecargas de corrente. A chave é utilizada para interromper o fluxo de eletricidade
sobre o circuito elétrico (interrupção).
Este dispositivo atua também como limitadores de corrente, cuja função básica é
interromper o fluxo de corrente toda vez que a quantidade de energia que se movimenta
por um determinado circuito for além do permitido, não deixando causar danos ao
sistema elétrico de potência.
Quando a corrente atingir valor máximo, o condutor que compões o fusível se aquece,
porém não dissipa o calor rapidamente, fazendo com que um componente fusível derreta
e abra o circuito elétrico de potência, impedindo que a corrente passe pelo restante do
circuito elétrico.
29
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
30
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
O elemento fusível é fabricado de modo que suas propriedades não sejam alteradas
durante a passagem da corrente nominal.
31
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Tipos de fusíveis
Fusível de expulsão:
»» <https://sc01.alicdn.com/kf/HTB1yZ_4KXXXXXaSXpXXq6xXFXXXt/K-
T-Expulsion-Fuse-Link-Type-K.jpg>.
»» <https://sc02.alicdn.com/kf/HTB1jh7RKFXXXXXKXpXXq6xXFXXXS/11-
27KV-K-and-T-type-IEC.jpg_350x350.jpg>.
»» <http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAevAgAE-34.jpg>.
32
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
»» <http://www.senner.com.br/imagens/informacoes/fusiveis-
limitadores-corrente-hh-01.jpg>.
Disjuntores
Quando o disjuntor está acionado (circuito elétrico fechado), permitem que a corrente
nominal percorra o circuito sem que ocorra a operação indevida (desarme do sistema
sem haver problema nele).
Caso ocorra falha no sistema elétrico de potência, ele deve ser capaz de interromper as
correntes de curto-circuito.
»» Tensão nominal – valor de tensão (em kV) que o disjuntor foi projetado
para operar normalmente. Deve ser compatível com a tensão do sistema.
33
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Tipos de disjuntores
Figura 14. Disjuntores de Alta Tensão e Alta Potência – Gás SF6 – Fabricante: Siemens.
34
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
Réles de proteção
Eles devem analisar e avaliar uma variedade grande de parâmetros (corrente, tensão,
potência, impedância, ângulo de fase) para estabelecer qual ação corretiva é necessário.
O relé deve perceber quando estiver em uma situação anormal e atuar corretamente de
acordo com a configuração prévia de funcionamento.
35
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Os relés utilizados nos sistemas elétricos de potência são os digitais e, devido à tecnologia
empregada, eles apresentam características adicionais de proteção dos transformadores
e geradores.
Figura 16. Rele de proteção digitais.
Fonte: <https://prodcdn.selinc.com/uploadedImages/Web/Videos/Library/HOW_to_TiDL_Distributed_Bus_WEB_Thumbnail02.
png?n=63646521815000&preset=size-col-6&bp=md>. Acesso em: 19/1/2018.
36
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
»» Registro de falha.
Relé de sobrecorrente
O relé de sobre corrente tem como forma de atuação a corrente elétrica do sistema,
ocorrendo a sobrecarga quando esta atingir um valor igual ou superior a corrente
mínima de atuação.
O relé de sobre corrente avalia as variações de corrente no sistema elétrico tendo por
base uma corrente denominada de pick-up.
Quando o valor da corrente medida no sistema for superior ao valor pré-ajustado, o relé
de sobre corrente será sensibilizado e mandará um sinal de comando de abertura para
o disjuntor, isolando assim a parte defeituosa do sistema.
37
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Ele detecta níveis altos de corrente causados pela falta de tensão entre duas ou mais
fases ou entre uma ou mais fases e a terra.
Os relés possuem uma ampla faixa de ajuste, essa diversidade os torna adaptáveis
a vários tipos de circunstâncias. Os relés digitais têm seus parâmetros de ajustes
introduzidos por meio do painel frontal com display integrado ou via rede, sob
controle do usuário.
Os parâmetros são armazenados em memória não volátil, evitando que sejam deletados
durante a ausência da tensão de alimentação.
A equação a seguir demonstra que o TAP tem que ser maior ou igual a relação entre
corrente nominal do sistema e a relação do TC (RTC) levando em consideração um
fator de segurança.
Equação 2
Onde:
»» K: Fator de Segurança.
38
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
Embora esses ajustes sejam feitos independentemente, sua relação pode ser observada
nas chamadas curvas de tempo-corrente, fornecidas pelo fabricante.
Em geral, no eixo vertical são mostrados os tempos (em segundos) enquanto que no
eixo horizontal aparecem as correntes de acionamento, em múltiplos de 1 a 20 vezes a
derivação (TAP) escolhida.
A derivação passa a ser o valor de atuação do relé, ou seja, o valor para o qual o relé
começa a atuar e realmente operaria seus contatos em um tempo infinito.
I> (pickup)=TAP*RTC
Equação 3
Equação 4
Onde:
»» M: Múltiplo de corrente.
Curvas características
A função de sobre corrente temporizada é baseada nas curvas de tempo inverso (o tempo
de atuação do relé é inversamente proporcional ao valor da corrente), conforme figura
17, ou tempo definida (tempo de atuação igual para todos os valores de corrente igual
ou maior que o mínimo ajustado), conforme figura 18.
39
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
40
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
Fonte: <https://www.tecnolegis.com/media/imagens/provas-fev12/2011/petrobras/petrobras-engenheirodeequipamentos-q.48.
png>. Acesso em: 18/1/2018.
Nas curvas de tempo inverso, o relé irá atuar em tempos decrescentes para valores de
corrente igual ou maior que a corrente mínima de atuação. E esse tipo de curva é classificada
em três grupos:
41
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Essas curvas são definidas, por norma, a partir de equações exponenciais do tipo a equação.
Equação 5
Onde:
»» M: Múltiplo de corrente.
42
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
Proteção no paralelismo
Os geradores devem ser removidos do paralelo por meio de disjuntores acionados por
relés secundários, sempre que ocorrer uma anomalia no sistema elétrico de potência
da concessionária ou na própria instalação, quando for impossível isolar o defeito por
outros meios.
43
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
›› Tempo de atuação.
›› Curva de atuação.
Esta função é utilizada na proteção de geradores e deverá atuar para falta fase-fase no
sistema de distribuição da concessionária, identificada pela contribuição originada
pelo gerador.
Deverá ser polarizada para operar com fluxo de corrente no sentido de gerador para
concessionária.
Será ajustada para que não ocorra uma tensão acima de 10% da tensão de fornecimento.
Esta função será ajustada para evitar atuação por diminuição do nível de tensão no
ponto de conexão.
O valor ajustado permite que haja variação de fluxo entre os sistemas, durante o período
de paralelismo, de forma a garantir o processo de sincronização e evitar o desligamento
indevido a esta ocorrência.
O ajuste é definido para uma variação de até 10% da potência nominal do gerador.
Transformadores de instrumento
Esse tipo de conexão evita que os relés sejam ligados diretamente nos circuitos de
corrente alternada. Devido aos problemas de saturação e fluxo remanescente, esses
equipamentos exigem uma maior atenção no seu dimensionamento e instalação.
45
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Z
(CARGA_TC) = ZFIAÇÃO+ ZRELÉ+ZTC
Equação 6
Onde:
46
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
I
(MAX_ADMISSIVEL_TC) = FT * FS * IN
Equação 7
Onde:
47
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Transformadores de potencial
Existem vários tipos de TPs que são classificados de acordo com a sua construção:
»» Divisores Capacitivos.
»» Divisores Resistivos.
Os TPs capacitivos são mais baratos, porém tem qualidade inferior aos TPs indutivos
no desempenho transitório.
48
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
49
Capítulo 2
Transmissão de eletricidade em
corrente contínua e corrente alternada
Ocorre que, em corrente alternada, as perdas joule não são as únicas presentes na
linha de transmissão. À medida que o comprimento da linha se estende, as reatâncias
capacitivas e indutivas presentes na linha em função da corrente aumentam, impondo
perdas significativas e fazendo necessária a instalação de bancos de capacitores e
indutores para controle de reativos na rede de transmissão.
Este processo é complexo e caro, porém devido à evolução tecnológica, tem-se atualmente
um alto nível de confiabilidade na transmissão de potência em corrente alternada.
50
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
Estações de conversão
pode supera-la nestes aspectos. Dependendo da sua aplicação, pode ser mais vantajoso
ambientalmente, tecnicamente e até mesmo economicamente a utilização da
tecnologia HVDC.
Aspectos técnicos
»» <https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_pelicular>.
»» <www.estgv.ipv.pt/PaginasPessoais/paulomoises/Artigos.../
Efeito%20pelicular/skin.PDF>.
»» <https://linhasdetransmissao.wordpress.com/2013/01/12/efeito-
pelicular/>.
Aspectos econômicos
Aspectos ambientais
»» Ruído audível.
»» Impacto visual.
53
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Para as bitolas em uso atualmente (até cerca de 1.000 MCM), não é prático utilizar
condutores sólidos. O mais comum é o cabo de alumínio com alma de aço (ACSR). Este é
constituído com um núcleo (alma) de aço encordoado que confere ao condutor grande
resistência mecânica, envolvido por coroas de fios de alumínio. Os condutores em fios
são de fácil fabricação, à medida que eles são produzidos simplesmente adicionando
camadas de fios uma sobre as outras. Além de fácil manipulação, são mais flexíveis
quando comparados aos condutores sólidos.
Para saber mais sobre condutor ACSR de uma linha aérea, cordoalha de aço
interno e fios condutores, acesse o link:
<https://image.made-in-china.com/44f3j00sUdtFRwWQNqO/Bare-Stranded-
Overhead-Power-Transmission-Line-AAC-AAAC-ACSR-Conductor.jpg>.
Figura 25. Condutor ACSR de uma linha aérea, construção com cordoalha de aço interno e fios condutores.
Fonte: <https://image.made-in-china.com/44f3j00sUdtFRwWQNqO/Bare-Stranded-Overhead-Power-Transmission-Line-AAC-
AAAC-ACSR-Conductor.jpg>. Acesso em: 22/1/2018.
54
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
Torres de transmissão
Para os isoladores, a diferença básica entre AC e DC, é que os isoladores DC são sujeitos
a maior poluição devido ao efeito do campo elétrico unidirecional, onde a cadeia de
isoladores em DC está mais exposta a contaminação.
55
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Neste tipo de transmissão, a tecnologia HVDC leva grande vantagem sobre a tecnologia
HVAC. Para transmissão HVAC, existe grandes limitações em relação às distâncias em
que se pode transmitir a potência, em razão, principalmente, das correntes de carga,
que impõem grandes perdas ao sistema. Geralmente na transmissão AC por cabos, as
máximas distâncias que se pode alcançar são da ordem de 40 a 100 km (SIEMENS
ENERGY SECTOR, 2009).
Diferentemente das linhas aéreas em que uma falha pode ocorrer através de um raio
sobre a linha de transmissão, em cabos enterrados, a falha pode ocorrer devido à perda
deisolação. Os cabos isolados em papel impregnado em óleo, usados isolação de em
torno de 10 kV/mm enquanto os cabos DC em AC atingem isolação de aproximadamente
de 30 a 40 kV/mm.
Os cabos podem ser projetados para níveis de tensão muito maiores, com grande redução
do número de condutores para dados níveis de potência, o que beneficia futuros gastos
com reparos na linha.
Como tem crescido o número de projetos HVDC usando cabos imersos, projetos mais
econômicos e eficientes estão sendo desenvolvidos, porque o custo total dos cabos em
uma instalação tem uma importância significativa.
Atualmente, existem três tipos de cabos DC isolados com papel, são eles:
»» Preenchido a óleo.
»» Massa impregnada.
O quarto tipo é o XLPE, hoje limitado a tensão de 320 kV DC (ARRILAGA, 2007), e sua
aplicação é majoritária em VSC, com grande vantagem do ponto de vista ambiental.
56
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
A maioria das instalações maiores ou iguais a 450 kV utilizam um tipo de cabo sólido
de massa impregnada. Estes cabos possuem um custo mais acessível além de não
serem restritos em comprimento pela necessidade de estações de alimentação ou
pressurização.
Para saber mais sobre isolação e secção transversal de um cabo isolado, acesse
os links:
<https://br.prysmiangroup.com/sites/default/files/atoms/files/Cabos_Energia_
Construcao_Dimensionamento.pdf>.
<https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&c
d=5&ved=0ahUKEwiU1M3Rtp3YAhVEfpAKHRroDEwQFgg9MAQ&url=htt
p%3A%2F%2Fnupet.daelt.ct.utfpr.edu.br%2Ftcc%2Fengenharia%2Fdoc-
equipe%2F2010_2_19%2F2010_2_19_monografia.docx&usg=AOvVaw0FRdHN
KOcEXh3YZzDpoeuz>.
Estão livres de descargas elétricas, tempestades, árvores caídas os cabos imersos pois
possuem a preferência frente às linhas aéreas. Quando usados, não há necessidade de
disjuntores nas pontas da linha, diminuindo assim o valor da instalação.
Não há limitação de tamanho para a instalação dos cabos, não sendo necessária a
utilização de estações intermediárias. O campo magnético é eliminado utilizando
57
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
No tipo de transmissão VSC, há apenas uma polaridade DC, então, não é necessário
que os cabos sejam projetados para polaridades reversas, o que reduz a complexidade
do projeto, permitindo a utilização de isolação polimérica que é menos agressiva ao
ambiente comparado ao cabo isolado em papel impregnado a óleo.
Figura 28. Cabos submarinos polimericamente isolados à frente da figura e subterrâneos atrás da figura.
58
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
59
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Figura 31. Forma de onda da saída do conversor do polo positivo em relação ao negativo.
Foi apresentada a estrutura da tecnologia LCC a seis pulsos, porém, as redes modernas
são projetadas exclusivamente para operações a doze pulsos, a qual utiliza exatamente
o mesmo princípio básico, além da configuração da proteção dos tiristores contra
sobretensão.
Por meio da tecnologia de transmissão por fonte de tensão, Voltage Sourced Converter
(VSC), os tiristores são substituídos por dispositivos IGBT’s (Integrated Gate Bipolar
Transistor) que possuem o controle tanto na sua abertura e no seu fechamento, sendo
controlados de maneira independente da tensão existente na linha, portanto, são
chamados de conversores autocomutados. O nível de tensão nas linhas permanece
constante por capacitores, e suas polaridades são igualmente fixas, com isso pode-se
dizer que se trata de um conversor à fonte de tensão.
O VSC é controlado para fornecer ou absorver potência do tipo reativa não dependendo
do fluxo de potência do tipo ativa e a máxima potência ativa que pode ser substituida com
o sistema AC é apenas sendo limitada pela reatância nos terminais do VSC. Um outro
tipo de vantagem da tecnologia tipo VSC comparada a LCC é que existe a necessidade
de utilização de algus tipos de filtros para controlar os harmônicos criados no processo,
assim reduzindo a um valor de quase zero, assim sendo necessário somente a absorção
de harmônicos de frequência com alto valor. Isto reduzi significativamente o espaço por
uma planta em uma plataforma tipo offshore.
O conversor do tipo dois níveis é a variante mais considerada a mais básica da VSC,
que retoma os princípios fundamentais da tecnologia precedente LCC. Os SCR são
substituidos pelos IGBT’s, que são onde são colocados diodos em paralelo para proteção.
As bobinas de ligação que são configurados em série com o conversor mantendo assim
um valor constante de corrente, são substituídos por capacitores, mantendo o nível de
tensão inalterado. A tensão do lado AC possui dois valores, este conversor é conhecido
como Conversor a dois níveis. Uma maneira de refazer uma tensão senoidal utilizando
apenas dois níveis de tensão, é por meio da modulação do tipo PWM (modulação por
61
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Figura 32. Conversor a dois níveis monofásico e forma de onda da tensão na saída.
Como uma maneira de reduzir o harmônico de alta ordem, pode-se uitilizar a modulação
do tipo PWM em conversor a dois níveis, ou então pode utilizar uma estrutura mais
sofisticada, conhecida como conversor multi-nível.
No IGBT, a condução é apenas em um único sentido, com isso são conectados a diodos
em paralelo a fim de possibilitar que a tensão da ponte possua apenas uma polaridade,
enquanto a corrente flui direções simultaneamente. A referência para a saída do circuito
AC é o ponto médio entre os capacitores.
62
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
As chaves principais estão prontas para serem comutadas. Sempre que uma chave
estiver conduzindo, obrigatoriamente a outra deve estar bloqueada para evitar que haja
um curto circuito entre os capacitores DC.
Durante o chaveamento dos IGBT’s, ocorre um momento em que as duas chaves estão
abertas, ou seja, em off. Este curto período de tempo (da ordem de alguns microsegundos)
é chamado de blanking period. Neste momento, a corrente é mantida pela reatância
capacitiva e o fluxo de corrente ocorre pelos diodos.
ܫௗ Transformadores de
Reatores de fase
Interface
ܸ
ܫ௩ ܫ
ܸௗ
ܸ௩
Unidades de conversão
Filtros AC Filtros AC
63
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Capacitor DC
»» A capacitância DC escolhida.
Reatância de acoplamento
Um bloco construtivo comum de IGBTs é formado apenas por uma única ferramenta de
chaveamento, um gate drive e componentes de amortização. O equipado conhecido como
gate board é um dispositivo de proteção contra subtensão, sobrecorrente e sobretensão.
64
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
Diodos antiparalelos
Os diodos são ligados de forma paralela aos IGBTs, constituindo assim uma ponte
retificadora, no qual não existe controle direto, ao contrário dos IGBTs. Os diodos
devem ser projetados para aguentarem todo o tipo de falhas caso ocorram. Como
por exemplo, em caso de ocorrência de um curto circuito como mostra a figura 35, os
diodos são submetidos à fluir corrente de curto circuito que possui o seu valor limitado
pelo sistema AC apenas e pelas impedâncias do conversor. Esta corrente de falha deve
ser ter um valor eliminado por meio da utilização de disjuntor alocado do lado AC do
sistema. O diodo deve também ser projetado para suportar a chamada corrente inrush
de energização do sistema, que deve não deve ser ilimitada por componentes externos.
Disjuntor
Para transientes rápidos de rede, o capacitor DC pode ser considerado como uma fonte
de tensão ideal. Então, neste período rápido de tempo em que acontece um chaveamento
do conversor, o nível de tensão DC permanece praticamente constante e o VSC produz
uma onda quadrada AC quase perfeita.
»» Em relação ao ponto médio do capacitor, a tensão nas fases Van, Vbn, Vcn.
essa ligação a frequência possui um valor três vezes maior que a frequência
fundamental e uma magnitude seis vezes menor da tensão DC.
Tensão fase-nível
médio DC
Tensão fase-fase
Tensão do neutro
Tensão fase-neutro
Linha DC do
segundo polo
67
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Em relação a figura 38, observamos os principais dispositivos que compõe a rede tipo
VSC na estação de conversão HVDC, são eles:
h. Conversor VSC.
l. Reator DC.
O HVDC mais básico utilizado pode ser observado na figura 39 que mostra uma
configuração do tipo monopolar com retorno de terra. Esse condutor consiste em um
simples e um ou muitos conversores de doze pulsos interligados em série ou em paralelo,
em cada ponta da linha necessária.
69
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Nas condições normais, a corrente que flui para o terra é desprezível, assim como no
caso do monopolo com retorno metálico, isso diminue as perdas através do terra e
melhora também os efeitos sobre o meio ambiente. Caso ocorra alguma falha em uma
das linhas, outras linhas podem continuar operando com um retorno através do terra
ou até pelo retorno metálico quando existir disjuntores DC presumidos na instalação,
assim o sistema perde apenas metade da sua potência. Cada polo transporta metade da
potência, esses condutores devem possuir dimensões reduzidas em comparação com a
configurações em monopolo. A Figura 40 ilustra esta configuração.
A estação chamada back to back é uma instalação tipo HVDC na qual duas estações
são acrescentadas uma a outra, projetadas no mesmo local, assim tornando o tamanho
da linha despresivel. Estas estações são utilizadas na maioria das vezes para conectar
redes assíncronas, ou seja, que funcionam em frequência diferentes, como Japão por
exemplo, onde metade do país opera na frequência de 60Hz e a outra metade opera com
50Hz. Essas instalações também se fazem presentes na Arábia saudita e na América.
70
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
A instalações back to back possui outra aplicação como conectar sistemas com números
de fases diferentes. Sendo a linha curta, a tensão DC é escolhida muito menor do que
em normais estações, e isto habilita a redução do tamanho dos dispositivos de isolação
dielétrica. A capacidade de potência do tiristor aumenta de acordo com o aumento
da corrente.
No entanto, em sistemas de dois terminais, são limitados pela linha os valores de tensão
e corrente e não pelos tiristores, essas limitações da linha subutilizam a capacidade
máxima dos tiristores.
Nas estações back to back, não há dificuldades externas e, com isso, é possível que
os tiristores possam ser utilizados da melhor maneira, ou seja, baixas tensões e altas
correntes, reduzindo assim a quantidades de tiristores utilizados, e, portanto, o custo.
O HVDC LCC foi a primeira a ser colocada em operação com isso é a mais comumente
utilizada. O HVDC trabalha com Tiristores em uma configuração conhecida como CSC
(Conversor por fonte de corrente). Os tiristores têm a capacidade de trabalhar como turn
on, sua abertura depende do fluxo natural da corrente da rede pelo zero. Assim, a potência
reativa é absorvida pelo link HVDC LCC e filtros do tipo harmônicos são necessários.
A corrente nesta tecnologia conduz apenas em uma direção, e o fluxo de potência é alterado
alternando a polaridade da tensão DC. Porém, para transmissões em longas distâncias,
níveis altos de tensão, altas quantidade de potência esta tecnologia é melhor adaptada.
71
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
LCC VSC
Maximo Nível de Tensão (kV) 1200 300
Área da subestação 600mx360m 150mx100m
Potência Transmitida (MW) >6400 >1200
Alto O mais caro
Custo de instalação Subestação Cabos
Baixo Baixo
Perdas Subestação [%Pn] Cabos 0,8% Baixo 1,6-1,8% Baixo
Controle de potência Ativa Sim Sim
Controle de potência Reativa Não Sim
Controle de Fluxo Lento Rápido
Controle de chaveamento Turn on Turn on e turn off
Para que os engenheiros possam tomar uma decição sobre tecnologia pode ser utilizada,
quando há necessidade de projetar uma linha de transmissão para escoar determinada
quantidade de potência elétrica até uma unidade de consumo, é necessário que eles
levem em conta os três principais aspectos: econômicos, técnicos e ambientais.
Nos dias atuais, com a evolução tecnológica, são disponibilizadas linhas de transmissão
AC flexíveis e confiáveis. A tecnologia HVDC tem se mostrado como uma nova maneira
tanto em desempenho quanto em flexibilidade, levando sua utilização em transmissão em
72
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
Aspectos ambientais
Efeitos corona
Quando a linha de transmissão é regular e limpa, o efeito corona pode ser eliminado.
Contudo, pequenos detritos, gotículas de água, partículas de poeira, ou até mesmo
insetos que depositam dejetos na linha podem fazer com que o campo elétrico seja
realçado e com isso pode ocorrer um aumento na produção de íons de ar. Devido as
linhas de transmissão estarem expostas ao ar livre, elas estão sempre sujeitas a todos
estes fatores, deixando assim o efeito corona constante.
Para as linhas de transmissão AC, o ruído audível é maior quando em condições de chuva
e umidade. Para linhas DC, o ruído audível e rádio interferência normalmente possem seu
nível menor durante as condições de tempo úmido, quando a atividade de íons de ar nas
proximidades do condutor é aumentada. Esta intensa atividade de íons de ar envolve o
condutor com cargas espaciais provocando uma redução do campo elétrico na superfície
do condutor, fazendo com que a intensidade do efeito corona seja diminuída.
Em uma linha DC, o nível de ruído é bem menor, soando como estalos. Em uma linha
AC, ele soa como um assovio.
73
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Ruídos audíveis
Da mesma forma como a interferência por rádio, o ruído audível também é uma
consequência do efeito corona nas linhas de transmissão. Para linhas AC são assumidas
duas maneiras: um som estalante chamado de ruído aleatório ou um tom singular
denomidado zumbido. Já para as linhas DC, apenas o ruído aleatório é presente.
Ao contrário das linhas AC, os níveis mais elevados de ruído em linhas DC acontecem
sob condição de tempo bom. Para uma comparação entre as duas linhas, deve levar em
consideração o número relativo de horas para o ruído em mau tempo (para linhas AC)
e em bom tempo (para linhas DC).
Para saber mais sobre estudos sobre ruído audível produzido por linhas de
alta tensão, acesse o link: <https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/
58456/1/000136071.pdf>.
74
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
Íons de ar
Os íons de ar são moléculas com elétrons a mais (íon negativo) ou elétrons a menos (íons
positivos) e podem ser gerados por tempestades, pela luz do sol e também pelo efeito corona.
Devido a corrente em uma linha HVDC não se alterar no tempo, os íons de ar percorrem
para fora da linha ao invés de ficarem presos nas proximidades dos condutores, como
acontece em linhas AC. Na linha DC, os dois condutores geram campos elétricos, desta
forma, gerando íons de ar.
A maioria dos íons gerados são atraídos pelos condutores de polaridades ao contrário
a sua polaridade. A neutralização acontece quando os íons de ar se arranjam entre eles
com os de polaridade opostas. Em linhas HVDC a maioria dos íons é neutralizada.
Quase 10% dos íons escapam e vão para fora das linhas de transmissão, ocupando os
espaços em torno das linhas. Entre os condutores há uma zona bipolar de íons. A migração
dos íons ocorre devido sua mobilidade e também sob condições atmosféricas.
75
UNIDADE II │ Transmissão de Energia Elétrica
Ruído de rádio
O polo positivo em uma linha de transmissão DC é a maior fonte de ruído nos sinais
de rádio, enquanto que o polo negativo gera metade do ruído. A interferência por rádio
provocada por uma linha DC tem os seus níveis menores devido a influência do tempo
úmido, sob condições de chuva ou neve e outras. O vento também provoca os níveis
da rádio interferência em DC, sendo aumentados pela presença dele e principalmente
quando as rajadas ocorrem na direção do polo negativo para o polo positivo.
O ruído de rádio provocado por ação de uma linha AC é gerado por duas fontes
diferentes, a corona e a centelhas. Como já foi visto, o efeito corona ocorre quando o
campo elétrico na vizinhança do condutor ultrapassa um valor crítico. Isto acontece
devido ao diâmetro do condutor, às condições da superfície do condutor e às condições
atmosféricas. O ruído corona pode ocorrer tanto em linhas de transmissão quanto na
cadeia de isoladores. Normalmente, as fontes de ruído corona mais comuns são as
linhas de transmissão, a menos que os isoladores sejam de vidro, que tendem a possuir
mais ruídos que os isoladores de polímeros ou porcelana. O ruído por centelhas (ou
sparking) ocorre quando existem conexões elétricas malfeitas e com o surgimento de
pontos de corrosão.
Nas duas linhas de transmissão e distribuição, o ruído por centelha pode ocasionar
interferências em rádio e televisão. A redução destes efeitos de ruídos é mais a questão
de manutenção do que do projeto de linhas.
A FCC (Comissão Federal das Comunicações), nos Estados Unidos, determinado o valor
mínimo de 1mv/m de potência de sinal para diferentes áreas de cobertura das estações
de rádio, e as medidas são geralmente realizadas em dB acima de 1mv/m.
Para saber mais sobre estudos sobre ruído de rádio interferência produzido
por linhas de alta tensão, acesse o link: <http://bibliodigital.unijui.edu.
br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/1489/R%C3%A1dio%20
interfer%C3%AAncia%20proviniente%20de%20linhas%20de%20alta%20
tens%C3%A3o.pdf?sequence=1>.
76
Transmissão de Energia Elétrica │ UNIDADE II
Pode-se destacar como outro ponto positivo no meio ambiente a possibilidade de utilizar
uma nova tecnologia de cabos em polietileno reticulado, o que representa vários ganhos
ambientais, pelo fato de não utilizar papel impregnado em óleo.
A transmissão por meio de cabos subterrâneos é mais fácil e ágil. Por não se alterar
a paisagem, os cabos subterrâneos não possuem resistência pública para a sua
instalação, o campo magnético gerado por ele é bem menor e o processo na aquisição
do direito de instalação por parte dos orgãos competentes é muito mais rápido e
barato, comparando-se com as linhas aéreas.
Nos casos onde não existe a viabilidade de instalação de linhas aéreas para o transporte
de energia, a tecnologia HVDC-VSC apresenta-se como uma melhor solução.
<https://azslide.com/transmissao-de-potencia-em-corrente-continua-e-
corrente-alternada-estudo-compara_59d2bb601723dd56bb8b9783.html>.
77
Distribuição de Unidade iII
Energia Elétrica
Capítulo 1
Componentes de sistemas
de distribuição
O sistema de distribuição pode ser dividido em componentes como ilustrado na figura 43.
»» Sistema de Subtransmissão.
»» Subestações de Distribuição.
»» Transformadores de Distribuição.
»» Ramais de ligação.
78
Distribuição de Energia Elétrica │ UNIDADE III
Sistema de subtransmissão
O sistema de substransmissão é parte do Sistema de Distribuição entre os Sistemas de
Transmissão e as Subestações de Distribuição. A maioria desses sistemas utiliza tensões
de 69 a 138 kV. As topologias utilizadas na subtransmissão são:
»» Radial.
»» Anel (loop).
79
UNIDADE III │ Distribuição de Energia Elétrica
Barras do SEP
Circuitos de
Subtransmissão
Subestações de
Distribuição
Subestações de
Distribuição
80
Capítulo 2
Distribuição primária e secundária
Com início no transformador, a energia elétrica é enviada para o barramento que pode
dividir a potência de distribuição em várias seções. O barramento distribui a energia
elétrica às linhas de distribuição, que se direcionam para os clientes.
Distribuição primária
As tensões de distribuição primária variam de 11 a 22kV. Para os grandes consumidores
são conectados e alimentados diretamente a partir de tensões de distribuição.
Os sistemas radiais possuem conexões de emergência cujo sistema pode ser reconfigurado
em caso de emergência, falha ou substituição necessária. É realizado com abertura e
fechamento de interruptores, geralmente fechando uma abertura por um curto espaço
de tempo.
Para sistemas com alimentadores a longa distância, ocorrem queda de tensão (distorção
do fator de potência), exigindo que sejam instalados capacitores de correção.
Serviços rurais
As distribuições em áreas rurais podem ser apenas monofásicas, caso seja econômico,
ao invés de instalar energia trifásica, para uso de poucos e pequenos clientes.
82
Distribuição de Energia Elétrica │ UNIDADE III
Para tensão trifásica, utiliza-se maior infraestrutura e seu custo é mais elevado, permite
maior eficiência de equipamentos e menor custo de energia para grandes instalações na
área rural.
Distribuição secundária
A energia trifásica é mais eficiente em relação a potência fornecida por cabo utilizado e
é mais adequada para a execução de grandes motores elétricos. Alguns equipamentos
de grande potência europeus podem ser alimentados por energia trifásica, como fogões
elétricos e secadores de roupas.
Uma ligação à terra é fornecida para o sistema do cliente, bem como para o equipamento
de propriedade da empresa de utilidade pública. O propósito de conectar o sistema do
cliente ao aterramento é limitar a tensão que pode se desenvolver, se os condutores de
alta tensão caírem sobre condutores de baixa tensão que normalmente são montados
no solo ou se ocorrer uma falha dentro de um transformador de distribuição.
83
UNIDADE III │ Distribuição de Energia Elétrica
A maior parte do mundo usa 50Hz, 220 ou 230 V monofásico, 400V a 3 fases para
serviços residenciais e industriais de baixa potência.
Neste sistema, a rede de distribuição primária fornece algumas subestações por área e
a tensão de 230V de cada subestação é distribuída diretamente.
Um fio terra e neutro são conectados ao edifício para cada fase do serviço trifásico.
A distribuição monofásica é utilizada quando as cargas do motor são de baixa potência.
Os grandes clientes industriais têm seus próprios transformadores com uma entrada
de 11 kV a 220 kV.
A maioria dos países das Américas usa 60Hz CA, o sistema monofásico é de 120/240 V
internamente e três fases para instalações maiores.
As instalações elétricas cresceram até que finalmente todo o país foi ligado. Hoje
a frequência é de 50 Hz no Japão Oriental (incluindo Tóquio, Yokohama, Tohoku e
Hokkaido) e 60 hertz no Japão Ocidental (incluindo Nagoya, Osaka, Kyoto, Hiroshima,
Shikoku e Kyushu).
84
Distribuição de Energia Elétrica │ UNIDADE III
A maioria dos aparelhos domésticos são feitos para trabalhar em qualquer frequência.
O problema da incompatibilidade iniciou e afetou ao público quando o terremoto de
2011 Tōhoku e o tsunami derrubaram cerca de um terço da capacidade do Leste, e a
energia no oeste não pode ser compartilhada inteiramente com o leste, desde que o país
não tem uma frequência comum.
Existem quatro estações de conversão de corrente contínua de alta tensão que distribuem
a energia através da frequência da fronteira do Japão. A instalação de Shin Shinano é de
alta tensão em CC em sequência no Japão, que forma uma das quatro estações de troca
de frequência que ligam as redes de energia ocidental e oriental do Japão. As outras três
instalações estão em Higashi-Shimizu, Minami-Fukumitsu e Sakuma Dam. Juntas, elas
podem fornecer até 1,2 GW de potência para leste ou oeste.
A maioria das residências norte-americanas modernas são conectadas para receber 240 V
do transformador, e por meio do uso de energia elétrica monofásica, pode ter tantos
equipamentos de 120 V ou 240 V.
85
Subestação Unidade iV
CapÍtulo 1
Subestação de energia
Subestações
Conjunto de instalações elétricas em média ou alta tensão que agrupa
os equipamentos, condutores e acessórios, destinados à proteção,
medição, manobra e transformação de grandezas elétricas. (Prodist)
Classificação das SE
a. Quanto à função:
86
Subestação │ UNIDADE IV
87
UNIDADE IV │ Subestação
›› Subestações Semi-Automáticas.
›› Subestações Automatizadas.
Localização de subestações
89
Capítulo 2
Equipamentos
»» Linhas e alimentadores.
»» Barramentos.
Código Equipamento
0 Equipamento não interruptor (trafo, reator, linha, gerador etc.)
1 Disjuntor
2 Religador
3 Chave seccionadora
4 Chave fusível
5 Chave a óleo
6 Chave de aterramento rápido
7 Pára-raio
90
Subestação │ UNIDADE IV
Código Equipamento
8 Transformador de potencial (TP)
9 Transformador de corrente (TC)
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 22/1/2018.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 22/1/2018.
B Barramento B1 a B9
D Equipamento de transferência D1 a D9
E Reator E1 a E9
G Gerador G1 a G9
K Compensador Síncrono K1 a K9
H Banco de Capacitor H1 a H9
R Regulador de tensão R1 a R9
T Transformador de força T1 a T5
X Conjunto de medição X1 a X9
U Transformador de potencial U1 a U9
Z Transformador de corrente Z1 a Z9
W Resistor de aterramento W1 a W9
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 22/1/2018.
91
UNIDADE IV │ Subestação
O quinto valor é o traço de união (-). Quando existirem dois equipamentos semelhantes
utilizando a mesma tensão de operação e conectados a um terceiro equipamento, estes
serão identificados através do sexto caractere.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 22/1/2018.
Código Descrição
01G1 0: Gerador 1: 16kV G1: posição do gerador 1
11G1 1: Disjuntor 1: 16kV G1: disjuntor na posição G1
31G1 3: Chave seccionadora 1: 16kV G1: chave na posição G1
71T1-A 7: Pára-raio 1: 16kV T1: pára-raio na posição T1 A: enrolamento de T1
01T1 0: Transformador 1: 16kV T1: posição do transformador 1
05B2 0: Barramento 5: 500kV B2: barra 2
92
Subestação │ UNIDADE IV
Código Descrição
7: chave de aterramento C: posição
35T1-7C 3: Chave seccionadora 5: 500kV T1: chave do trafo de força
da chave no enrolamento C do trafo
85T1 8: Transformador de corrente 5: 500kV T1: disjuntor na posição do transformador 1
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 22/1/2018.
D Barramento 69 kV D
B2
LEGENDA:
D LT – Linha de Transmissão
Rtr
EL – Vão de entrada de linha
SL – Vão de saída de linha
B1 – Barramento média tensão
Rd B2 – Barramento alta tensão
TR TR – Vão de transformador
BC BC – Vão de regulação
D Transformador 69/13,8kV AL – Vão de alimentação
Rtr
D – Disjuntor
Rb D Rd – Relé diferencial
Barramento 13,8 kV B1
D D D D
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 22/1/2018.
93
UNIDADE IV │ Subestação
Na SE, serviços auxiliares contêm uma grande relevância na operação correta e contínua
da subestação. Os serviços auxiliares podem ser dos tipos listados a seguir:
»» Medição.
»» Religamento automático.
»» Telecomandos.
»» Intertravamentos.
»» Controle de tensão.
»» Alarmes em geral.
»» Fluxo de reativos.
»» Sincronização.
»» Oscilografia.
»» Impressão de relatórios.
»» Autodiagnose.
»» Interface humana.
Barramentos
São condutores na maioria das vezes sólidos, reforçados e com uma baixa impedância,
sendo na maioria das vezes desprezíveis, servem como comuns centros de redistribuição
de corrente e coleta.
O arranjo é designado para utilização sob a forma de conexão entre linhas nos
transformadores e cargas das subestações. Devem ser considerados requisitos como
custo, flexibilidade operacional do sistema, manutenibilidade e disponibilidade no
desenvolvimento do projeto de uma subestação. De acordo com a complexidade
requerida, devem ser escolhidas a correta topologia que deve ser adotada.
A topologia de uma SE ou arranjo deve ser usada para a criação de conexão entre linhas,
transformadores e cargas de uma substação. Logo a seguir, serão apresentados os
arranjos mais utilizados para as SE:
a. Barramento simples.
Características:
95
UNIDADE IV │ Subestação
Vantagens:
›› Redução de custos.
Desvantagens:
›› Confiabilidade baixa.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 22/1/2018.
96
Subestação │ UNIDADE IV
Características:
Vantagens:
›› Recomposição fácil.
Desvantagem:
›› Custo alto.
Chave de aterramento
Fonte de emergência
Intertravamento
Cargas não prioritárias
Cargas prioritárias
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 22/1/2018.
97
UNIDADE IV │ Subestação
Características:
Vantagens:
Desvantagens:
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 22/1/2018.
98
Subestação │ UNIDADE IV
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 22/1/2018.
99
UNIDADE IV │ Subestação
Vantagens:
Desvantagens:
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 22/1/2018.
100
Subestação │ UNIDADE IV
Vantagens:
Desvantagens:
Alimentador
Barramento
Principal
Barramento
Reserva
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 22/1/2018.
Características:
›› Continuidade de fornecimento.
Vantagens:
›› Maior confiabilidade.
Desvantagem:
›› Custo alto.
102
Subestação │ UNIDADE IV
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 22/1/2018.
Como vantagem, esta configuração permite que qualquer uma das duas
barras ou que qualquer disjuntor possa ser colocado fora de operação
sem interrupção do fornecimento.
Características:
Vantagens:
›› Flexibilidade de manobra.
›› Recomposição rápida.
Desvantagens:
h. Barramento em Anel.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 22/1/2018.
Vantagens:
›› Grande confiabilidade.
Desvantagens:
104
Subestação │ UNIDADE IV
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Disjuntor
O disjuntor é um dispositivo que permite a abertura ou fechamento de circuitos de
potência em condições de operação, normal e anormal, manual ou automática, sendo
considerado um dispositivo de manobra e de proteção. Para suportar correntes de carga
e de curto-circuito nominais, os equipamentos de manobra devem ser dimensionados.
Valores de placa:
»» Tensão nominal.
»» Frequência nominal.
»» Corrente nominal.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
105
UNIDADE IV │ Subestação
Tensão nos
Contatos do Disjuntor
VCH1=-VG-(-Vcap)=0
VCH2= 0- (-Vcap) =Vmax
VCH3=VG-(Vcap) =2Vmax
VCH4=0- (-Vcap) = Vmax
VCH5=-VG-(-Vcap)=0
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Tensão de restabelecimento é o nome dado à tensão que cresce por meio dos contatos em
separação. Quando há um crescimento mais rápido no restabelecimento do dielétrico
do que a tensão de restabelecimento do sistema, o arco extinguirá na próxima passagem
por zero da corrente, e o circuito será aberto. Se o crescimento da tensão por meio dos
contatos em separação for mais rápido do que a rigidez dielétrica por meio dos contatos
em separação, a corrente será re-estabelecida por meio de um arco entre os contatos.
Em média, 3 ciclos são levados para que os contatos abram totalmente. A recuperação
dielétrica do meio deve ser mais rápida que o aumento de tensão para que não tenha
um reinício de circulação de corrente durante o processo de abertura.
106
Subestação │ UNIDADE IV
b. Disjuntores a óleo:
c. Disjuntores a vácuo:
d. Disjuntores a ar comprimido:
107
UNIDADE IV │ Subestação
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Religador
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
109
UNIDADE IV │ Subestação
Se for ajustado para quatro operações, com a sequência típica de quatro disparos e três
religamentos, a sequência de operação ocorrerá da seguinte forma:
A função responsável pela ativação dos ciclos de religamento pode ser ajustado no
relé de proteção. É possível definir que o primeiro ciclo será ativado pela unidade de
sobrecorrente instantânea de fase e que os demais serão ativados pela unidade de
sobrecorrente temporizada de fase.
Legenda:
TC – Transformador de corrente
TP – Transformador de potencial
R – Relé de proteção
D – Disjuntor
ST – Sinal de tensão
SC – Sinal de corrente
SD – Sinal de disparo
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
110
Subestação │ UNIDADE IV
Operação instantânea
Operação temporizada
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
O tempo de religamento possui um intervalo típico de ajuste entre 0,1s e 300 s. Este
tempo permite que o meio dielétrico se regenere para extinção do arco elétrico no
decorrer do ciclo de operação do religador.
111
UNIDADE IV │ Subestação
Ramal
Alimentador
Principal
Ramal
Defeituoso
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
112
Subestação │ UNIDADE IV
Tipos de fusíveis
»» Baixa tensão.
»» Alta tensão.
113
UNIDADE IV │ Subestação
»» Fusíveis de expulsão.
A principal diferença entre estas duas tecnologias está na forma em que o arco elétrico
é extinto. O tipo expulsão é encontrado na maioria dos fusíveis usados em sistemas de
distribuição. Eles são compostos pelo elo fusível, uma estrutura de suporte e um tubo
para confinar o arco elétrico. O elo fusível é aquecido quando ocorre a passagem de
corrente e é destruído quando a corrente excede um valor pré-determinado. O interior
do tubo é composto por uma fibra desionizante. No surgimento de uma falta, o elo
fusível se funde produzindo um arco elétrico e gases desionizantes. As partículas que
mantêm o arco são expelidas quando estes gases são expelidos pelos terminais do
tubo. Desta forma, o arco é extinto no momento em que o zero da corrente é alcançado.
Outros exemplos:
<https://static.wixstatic.com/media/fe5b1e_1640ca5a03504e71926a25ced27b
b727~mv2png/v1/fill/w_113,h_615,al_c,usm_0.66_1.00_0.01/fe5b1e_1640ca5
a03504e71926a25ced27bb727~mv2.png>.
114
Subestação │ UNIDADE IV
<https://static.wixstatic.com/media/fe5b1e_fc96985ecdea44b894989326d425
e379~mv2.png/v1/fill/w_460,h_409,al_c,usm_0.66_1.00_0.01/fe5b1e_fc96985
ecdea44b894989326d425e379~mv2.png>.
Figura 70. Chave fusível em circuitos de distribuição e Chave com fusível em SE.
Conexão
da fonte
Fixação
Olhal
Isolador
Fusível
Conexão
da carga
O tempo para o fusível operar para diferentes níveis de corrente de falta é definido pela
curva característica inversa de tempo x corrente de um fusível. Este tempo decresce
quando o nível de corrente aumenta. Esta curva característica é normalmente dada
como uma banda entre duas curvas como ilustrada na figura 71. A curva mais a esquerda
define o tempo de fusão mínimo, enquanto que a curva mais à direita representa o
tempo de eliminação máximo para diferentes níveis de corrente.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
115
UNIDADE IV │ Subestação
O custo é uma das vantagens que os fusíveis apresentam sobre os disjuntores. Outra
vantagem é que os fusíveis podem interromper de forma segura correntes de curto-
circuitos mais elevadas que os disjuntores e em um tempo reduzido. Uma desvantagem
é a necessidade de reposição do componente após isolação da falta.
Chaves seccionalizadoras
Considere o seguinte cenário para o circuito representado na figura 72. Uma falta
permanente F que ocorre no alimentador principal, na zona de proteção do religador
e no seccionalizador. O ajuste no religador está configurado para quatro disparos e o
seccionalizador está ajustado para três contagens.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
O seccionalizador deverá isolar a área defeituosa logo após o religador efetuar o terceiro
desligamento conforme figura 73.
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Subestação │ UNIDADE IV
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Vale ressaltar que na abertura do seccionalizador (que ocorre após a terceira contagem),
o circuito está desenergizado pelo religador dispensando considerar o seccionalizador
de capacidade de interrupção de corrente de curto-circuito. Desta forma, ele se torna
mais barato do que um religador ou disjuntor.
Chaves elétricas
Estas chaves para operação sem carga são denominadas de chaves a seco e podem
interromper correntes de excitação de transformadores e pequenas correntes capacitivas
de linhas sem carga.
Figura 74. Chave Seccionadora Unipolar de SE com Acionamento por Vara de Manobra.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
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UNIDADE IV │ Subestação
Figura 75. Arco elétrico durante abertura sem carga de chave seccionadora na SE Luiz Gonzaga (500 kV).
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Chaves de aterramento
As chaves de aterramento são chaves de segurança que garantem que uma linha seja
aterrada durante a operação de manutenção na linha. Elas são operadas somente
quando a linha está desenergizada e é utilizada para evitar energizações indesejadas do
bay, localizado no extremo oposto, e para eliminar induções em função de sobretensões
de origem da atmosfera ou devido à proximidade de linhas.
Para-raios
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Subestação │ UNIDADE IV
isolação do meio é rompida e a corrente flui através dos gaps estabelecendo uma
condição de falta com tensão próxima a zero por um tempo de no mínimo meio ciclo.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Sistema de proteção
»» Segurança pessoal.
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UNIDADE IV │ Subestação
»» Rapidez ou Velocidade.
»» Sensibilidade.
»» Confiabilidade.
»» Custo.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em> <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Premissas da seletividade:
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Subestação │ UNIDADE IV
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em> <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Equação 9
Onde:
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UNIDADE IV │ Subestação
Confiabilidade:
›› Projeto incorreto:
·· Do sistema de proteção.
·· Do relé.
›› Ajuste incorreto.
›› Testes incorretos.
›› Instalação incorreta.
›› Degradação em serviço.
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Subestação │ UNIDADE IV
Relés
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
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UNIDADE IV │ Subestação
Legenda:
TC – Transformador de corrente
TP – Transformador de potencial
R – Relé de proteção
D – Disjuntor
ST – Sinal de tensão
SC – Sinal de corrente
SD – Sinal de disparo
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Funções de proteção
Os relés possuem suas funções de proteção identificadas por números, de acordo com
a as normas IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), ANSI (American
National Standards Institute) e IEC (International Electrotechnical Commission).
O quadro 11 ilustra alguns dos códigos de funções de proteção padrão praticados pelo
IEEE/ANSI.
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Subestação │ UNIDADE IV
Função Descrição
27 Função de subtensão.
59 Função de sobretensão.
79 Função de religamento.
87 Função de diferencial.
25 Função de sincronismo.
98 Função de oscilografia.
86 Função de bloqueio.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Os relés em uma subestação podem ser utilizados para dividir o sistema elétrico em
zonas separadas, nas quais podem ser protegidas e desconectadas individualmente
na ocorrência de uma falta. A lógica de operação do sistema de proteção particiona o
sistema de potência em várias zonas de proteção, cada uma exigindo seu próprio grupo
de relés.
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UNIDADE IV │ Subestação
SL EL
D2 D1 Zona de Proteção do B2
B2
D3
TR Zona de Proteção do TR
BC Zona de Proteção da B1
D9 D4
B1
D5 D6 D7 D8
Zona de Proteção do AL
TR
Zona de Proteção
R4 de Retaguarda (backup)
D4
R6 Zona de Proteção
R5 R7 R8 Principal do AL
D5 D6 D7 D8
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
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Subestação │ UNIDADE IV
c. Proteção do transformador:
e. Proteção de alimentadores:
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UNIDADE IV │ Subestação
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
»» Normal inversa.
»» Muito inversa.
»» Extremamente inversa.
»» Moderadamente inversa.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Legenda:
»» TD – Tempo definido.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018+
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UNIDADE IV │ Subestação
Deve atuar primeiro no elo fusível protetor e para isso o tempo total de
interrupção dele deve ser menor que o tempo mínimo para a fusão do elo
fusível protegido.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
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Subestação │ UNIDADE IV
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
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UNIDADE IV │ Subestação
Transformador
Redes de distribuição
Fonte: Profa Ruth Leão. Disponível em: <www.dee.ufc.br/~rleao>. Acesso em: 23/1/2018.
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Subestação │ UNIDADE IV
Os SDAs, conforme apresentado na figura 90, são compostos de três níveis funcionais:
O sistema SCADA possui como função receber informações de alterações nos estados
do sistema elétrico e de falhas e atuações de equipamentos, controle da subestação e
dispositivos de proteção.
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Referências
GEDRA, Ricardo Luis; BARROS, Benjamim Ferreira de; BORELLI, Reinaldo. Geração,
Transmissão, Distribuição e Consumo de Energia Elétrica. Série Eixos. Érica,
2014.
KAGAN, Nelson; OLIVEIRA, Carlos César Barioni de; ROBBA, Ernesto João.
Introdução aos sistemas de distribuição de energia elétrica. 2. ed. Edgard
Blücher, 2010.
Sites
SIN <http://apps05.ons.org.br/conheca_sistema/o_que_e_sin.aspx>. Acesso em: 10/12/2017.
<http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/folder_intitucional_ANEEL_2012.pdf>.
Acesso em: 10/12/2017.
134
Referências
<http://www.mme.gov.br/documents/10584/4475726/Boletim+de+Monitorame
nto+do+Sistema+Elétrico+-+Setembro+-+2017.docx/31794ab5-0395-483f-8596-
d412e70be6dc>. Acesso em 10/12/2017.
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgMl4AK/modulo-02-chave-fusivel-
indicadora>. Acesso em: 10/12/2017.
<http://engenha.blogspot.com.br/2011/02/teste-da-funcao-sobrecorrente.html>.
Acesso em: 10/12/2017.
<https://www.aeseletropaulo.com.br/padroes-e-normas-tecnicas/manuais-normas-
tecnicas-e-de-seguranca/Documents/LIG%20AT.pdf>. Acesso em: 10/12/2017.
<https://2.bp.blogspot.com/-ROB1bnzXpVI/VzhLdu454aI/AAAAAAABEpk/hv5XU8
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<https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=
0ahUKEwiJ2pyo0IzYAhUBMSYKHc4hDisQjhwIBQ&url=http%3A%2F%2Feletronica
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<https://pt.wikipedia.org/wiki/Distribui%C3%A7%C3%A3o_de_energia_
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