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César Messias
Vice-Governador do Estado do Acre
Rio Branco - AC
2010
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS
DO ESTADO DO ACRE
2ª edição: 2009.
1ª edição: 2008.
Revisão Geral:
Nayana Pereira Feltrini
Conselho Editorial:
Caterine Vasconcelos de Castro
Cristovam Pontes de Moura
David Laerte Vieira
Francisco Armando de Figueiredo Melo
Janete Melo d’Albuquerque Lima
Marco Antônio Santiago Motta
Marize Anna Monteiro de Oliveira Singui
Maria Lídia Soares de Assis
Mauro Ulisses Cardoso Modesto
Rodrigo Fernandes das Neves
Lei nº 243, de 04 de dezembro de 1968. “Institui Lei nº 1.290, de 20 de junho de 1999. “Dispõe
o Dia da Amazônia e dá outras providências.“ sobre a criação do programa de aproveitamento
..............................................................19 agrícola das praias dos rios e demais cursos
d’água do Estado do Acre.“.......................50
Lei nº 689, de 29 de novembro de 1979.
“Proíbe a saída, do Estado do Acre, de toros de Lei nº 1.294, de 08 de setembro de 1999.
madeira de lei.“.......................................19 “Institui o Conselho e cria o Fundo de Pesquisa e
Preservação do Patrimônio Histórico Cultural do
Lei nº 851, de 23 de outubro de 1986. “Cria Estado do Acre e dá outras providências.“.......
no âmbito da Secretaria de Planejamento e .............................................................51
Coordenação do Governo do Estado do Acre o
Instituto de Meio Ambiente do Acre - IMAC e dá Lei nº 1.308, de 24 de dezembro de 1999.
outras providências.“...............................19 “Dispõe sobre a inspeção e fiscalização sanitária
e industrial dos produtos de origem vegetal no
Lei nº 1.019, de 21 de janeiro de 1992. Estado do Acre e dá outras providências.“.......
“Institui o Fundo de Industrialização do Acre – .............................................................55
FIAC, e dá outras providências.“................20
Lei nº 1.373, de 02 de março de 2001. “Cria
Lei nº 1.020, de 21 de janeiro de 1992. o Instituto de Terras do Acre – ITERACRE e dá
“Estabelece a Política Agrícola do Estado do Acre outras providências.“...............................56
e dá outras providências.“........................23
Lei n° 1.382, de 05 de março de 2001.
Lei nº 1.022, de 21 de janeiro de 1992. “Dispõe sobre as terras públicas do Estado do
“Institui o Sistema Estadual de Meio Ambiente, Acre e dá outras providências.” .................58
Ciência e Tecnologia e o Conselho Estadual de
Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia e dá outras Lei nº 1.426, de 27 de dezembro de 2001.
providências.“.........................................26 “Dispõe sobre a preservação e conservação das
florestas do Estado, institui o Sistema Estadual
Lei nº 1.116, de 13 de janeiro de 1994. de Áreas Naturais Protegidas, cria o Conselho
“Dispõe sobre produção, armazenamento, Florestal Estadual e o Fundo Estadual de
comercialização, transporte, consumo, uso, Florestas e dá outras providências.“...............60
controle, inspeção, fiscalização e destino final de
agrotóxicos, seus componentes e afins no Estado Lei nº 1.460, de 03 de maio de 2002. “Institui
do Acre, e dá outras providências.“............28 o Programa de Apoio às Populações Tradicionais
e Pequenos Produtores–PRÓ-FLORESTANIA,
e dá outras providências.“.................67
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Leis
LEIS COMPLEMENTARES § 1º Nos casos em que a taxa seja exigida anualmente,
será calculada proporcionalmente aos meses restantes
quando a ocorrência do fato gerador não coincidir com
o ano civil, incluindo-se o mês em que começar a ser
LEI COMPLEMENTAR Nº 65, DE
exigido;
19 DE JANEIRO DE 1999
§ 2º A classificação das casas e estabelecimentos
previstos na tabela anexa, será feita pela autoridade
“Altera dispositivos da Lei Complementar n.
encarregada de fornecer ou prestar o serviço solicitado,
07, de 30 de dezembro de 1982 e dá outras
devendo o critério dessa classificação ter por base as
providências.”
características locais e regionais.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE
FAÇO SABER que a Assembléia Legislativa do
SEÇÃO IV
Estado do Acre decreta e eu sanciono a seguinte Lei
DOS CONTRIBUINTES
Complementar:
Art. 1º Fica instituída a Taxa de Fiscalização e
Prevenção contra Incêndio no Estado do Acre.
Art. 144-E. Contribuinte da Taxa de Fiscalização
e Prevenção contra Incêndio é toda pessoa física ou
Art. 2º O art. 4º da Lei Complementar n. 7/82, passa jurídica que promova ou se beneficie de qualquer
a vigorar com a seguinte redação: atividade ou serviços previstos na Tabela Única,
“Art. 4º ... anexa.
I - ...
II - ... SEÇÃO V
III - ... LOCAL E FORMA DE PAGAMENTO
IV - ...
V – TAXA DE FISCALIZAÇÃO E PREVENÇÃO CONTRA
INCÊNDIO.”
Art. 144-F. A Taxa de Fiscalização e Prevenção de
Incêndio será recolhida em estabelecimento bancário
Art. 3º Adite-se ao Título IV – DAS TAXAS, o seguinte autorizado, a critério da Secretaria de Estado da Fazenda
capítulo: ou em repartição arrecadadora, na forma que dispuser
o Regulamento.
TÍTULO IV
SEÇÃO VI
CAPÍTULO VI DOS PRAZOS DE PAGAMENTO
DA TAXA DE FISCALIZAÇÃO E PREVENÇÃO
CONTRA INCÊNDIO
Art. 144-G. A Taxa de Fiscalização e Prevenção contra
Incêndio será exigida:
SEÇÃO I
I – de ordinário, antes da prestação do serviço
DA INCIDÊNCIA
solicitado; e,
II – quando a Taxa for anual, o pagamento poderá ser
Art. 144-A. A Taxa de Fiscalização e Prevenção contra de uma só vez, até 31 de março do exercício ou em até
Incêndio, é devida em razão do exercício do poder de três parcelas mensais consecutivas.
polícia ou da utilização efetiva ou potencial de serviços Parágrafo único. As firmas individuais e as pessoas
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou jurídicas sujeitas à taxa anual são obrigadas a
postos a sua disposição pelo Corpo de Bombeiros Militar comprovar sua quitação, no ato da inscrição ou na
do Estado do Acre. renovação do Cadastro de Contribuintes do Estado.
Art. 144-B. Os recursos arrecadados pelo uso e
aplicação da Taxa de Fiscalização e Prevenção contra SEÇÃO VII
Incêndio serão destinados exclusivamente à compra e DA FISCALIZAÇÃO
reforma de materiais, equipamentos e viaturas do Corpo
de Bombeiros e, Treinamento na área específica. Art. 144-H. A fiscalização e a exigência competem
aos funcionários da Fazenda Estadual, às autoridades
SEÇÃO II policiais e às autoridades administrativas, na forma do
DAS ISENÇÕES regulamento.
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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Complementares
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Leis
financiadores; § 1º Os cargos comissionados de Gerência serão
IX – acompanhar a elaboração e a consolidação dos escalonados em três níveis, nas seguintes quantidades:
planos, projetos, programas e relatórios das atividades G –1: cinco, G – 2: oito, G –3: seis, e a eles
finalísticas do IMAC e submetê-los a decisão superior; e corresponderá a remuneração de R$ 1.500,00 (um mil
X – realizar outras atribuições pertinentes. e quinhentos reais), R$ 2.000,00 (dois mil reais) e R$
Art. 4º A Procuradoria Jurídica tem como atribuição: 3.000,00 (três mil reais).
I - prestar assistência jurídica direta e imediata ao § 2º A remuneração do cargo de Diretor de Gestão
Presidente, nas atribuições que lhe incumbe o cargo; Técnica será de noventa por cento dos subsídios do
II – fixar a interpretação da Constituição, das leis, Secretário de Estado, nos termos do § 5º do art. 41 da
dos pactos e dos demais atos normativos a ser Lei Complementar n. 63, de 13 de janeiro de 1999, que
uniformemente seguidos em sua área de atuação e dispõe sobre a Reorganização da Administração Pública,
coordenação, quando não houver orientação normativa com nova redação dada pela Lei Complementar n. 115,
da Procuradoria Geral do Estado; de 31 de dezembro de 2002.
III – emitir pareceres jurídicos sobre as questões, Art. 9º Ficam transformadas em Função de Confiança
dúvidas ou conflitos submetidos ao Presidente, em – FC as Funções Gratificadas – FG, que serão
matérias relativas à sua competência; exercidas, exclusivamente, por servidores ocupantes
IV – lavrar Autos de Infração, Termos de Embargo, de de cargo efetivo do respectivo órgão ou entidade da
Interdição, de Apreensão, de Inutilização, de Suspensão Administração Direta e Indireta.
e de Demolição; Parágrafo único. As Funções de Confiança de que trata
V - opinar sobre atos a serem submetidos ao Presidente, o caput deste artigo serão em quantidade de quatorze,
com vistas à vinculação administrativa; escalonadas em seis níveis: FC –1, FC–2, FC–3, FC-4,
VI – estudar e redigir contratos e/ou instrumentos FC–5 e FC–6, e a elas corresponderão, respectivamente,
congêneres; os valores de R$ 100,00 (cem reais), R$ 200,00
VII – elaborar minutas de projetos de leis, decretos (duzentos reais), R$ 300,00 (trezentos reais), R$ 400,00
e, sempre que necessário, outros atos normativos (quatrocentos reais), R$ 500,00 (quinhentos reais) e
expedidos pelo Presidente; R$ 1.000,00 (um mil reais).
VIII – promover a execução fiscal dos autuados por Art. 10. Os ocupantes de cargos efetivos deste Instituto
infração ambiental; e que exercerem qualquer dos cargos comissionados
IX – representar o IMAC em ações judiciais. perceberão a remuneração do cargo em comissão,
Art. 5º A Gerência de Gestão Interna, dentre outras podendo optar pela remuneração do cargo efetivo.
atribuições legais, compete: Art. 11. A remuneração das Gerências-G e Funções de
I – coordenar, através das Gerências integrantes, Confiança - FC passarão a ser reajustadas nas mesmas
as atividades relacionadas com recursos humanos, datas e índices concedidos aos servidores efetivos do
serviços administrativos, orçamento e sua execução, Poder Executivo Estadual.
contabilidade financeira e patrimonial; Art. 12. A Procuradoria Jurídica do IMAC será
II – coordenar a elaboração do orçamento e a supervisionada pela Procuradoria Geral do Estado.
programação financeira da Gerência;
Art. 13. Esta Lei Complementar entra em vigor
III - promover a cobrança, controle e a execução de
na data de sua publicação, ficando revogada a Lei
prestação de contas, bem como acompanhar a aplicação
Complementar n. 70, de 5 de julho de 1999.
das verbas oriundas de contratos e convênios, de acordo
com a legislação vigente;
Rio Branco, 7 de julho de 2003, 115º da República, 101º
IV – assinar, em conjunto com o ordenador de despesas,
do Tratado de Petrópolis e 42º do Estado do Acre.
os documentos de execução orçamentária e financeira;
V – supervisionar o procedimento da análise de viabilidade
JORGE VIANA
de uso dos bens móveis e imóveis, bem como de sua
Governador do Estado do Acre
serventia; e
VI – desempenhar outras atividades relacionadas com sua
posição e as determinadas pelo Presidente.
LEI COMPLEMENTAR Nº 124, DE 29
Art. 6º À Diretoria de Gestão Técnica, dentre outras DE DEZEMBRO DE 2003
atribuições legais, compete:
I – coordenar as ações executadas pelas Gerências “Estabelece a nova estrutura organizacional da
Temáticas afins; Fundação de Tecnologia do Estado do Acre -
II – manifestar-se nos processos de licenciamento FUNTAC e dá outras providências.”
ambiental, motivando a sua decisão; O GOVERNADOR DO ESTADO ACRE
III – promover o monitoramento e a fiscalização das FAÇO SABER que a Assembléia Legislativa do
atividades licenciadas e da qualidade ambiental; Estado do Acre decreta e eu sanciono a seguinte Lei
IV - promover a articulação entre os diferentes atores Complementar:
sociais, utilizadores de recursos naturais;
V – promover a participação da sociedade organizada CAPÍTULO I
na elaboração e execução das ações de controle DA NATUREZA, OBJETIVOS E COMPETÊNCIA
ambiental;
VI – promover ações de educação ambiental e a
Art. 1º A Fundação de Tecnologia do Estado do Acre –
difusão dos resultados dos produtos gerados, junto à
FUNTAC, criada através da Lei n. 871, de 24 de setembro
sociedade; e
de 1987, é pessoa jurídica de direito público dotada de
VII – zelar pelo cumprimento da legislação ambiental.
autonomia financeira, funcional e administrativa, incum
Art. 7º As atribuições relativas aos setores de apoio bida da missão de produzir soluções tecnológicas, priori
administrativo e financeiro, bem como as das Gerências zando o uso sustentável dos recursos naturais locais,
Executivas de atividades técnicas, serão definidas em para melhoria da qualidade de vida da população.
regimento interno, a ser elaborado no prazo de noventa Parágrafo único. A FUNTAC fica vinculada à Secretaria de
dias da publicação desta lei complementar Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico
Art. 8º Os Cargos em Comissão (CC) serão Sustentável, para efeito de controle e supervisão.
denominados de Gerências-G, na quantidade, Art. 2º Compete à FUNTAC:
simbologia, escalonamento e remuneração, conforme I - elaborar, coordenar, supervisionar e executar a
previsto nesta lei complementar.
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Política e o Plano Estadual de Ciência e Tecnologia, de composto por sete órgãos ou entidades:
acordo com a legislação vigente do Conselho Estadual I - Secretaria de Estado de Planejamento e
de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia – CEMACT Desenvolvimento Econômico Sustentável;
e das diretrizes do Sistema Nacional de Ciência e II - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –
Tecnologia; EMBRAPA;
II - promover a articulação e integração entre o setor III - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial –
público e a comunidade científica e tecnológica, nacional SENAI/AC;
e internacional; IV - Universidade Federal do Acre – UFAC;
III - promover e apoiar a capacitação técnica nas áreas V-Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais;
do conhecimento científico e tecnológico; e VI-Centro dos Trabalhadores da Amazônia – CTA; e
IV - executar e gerenciar a política estabelecida para VII - Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e
o Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Microempresa – SEBRAE/AC.
– FDCT. § 1º A participação no Conselho Consultivo não será
Art. 3º Constituem objetivos da FUNTAC: remunerada, sendo considerada prestação de serviço
I - contribuir para o desenvolvimento na área florestal público relevante.
e de infra-estrutura, promovendo o desenvolvimento § 2º A forma de funcionamento do Conselho Consultivo
sócio-econômico; será definida através do estatuto da FUNTAC.
II - proporcionar apoio às diversas atividades dos Art. 6º O Diretor-Presidente será nomeado pelo
setores econômicos do Estado, através de um modelo Governador do Estado e o Diretor Técnico será indicado
tecnológico apropriado à realidade regional; pelo Diretor-Presidente e nomeado pelo Governador.
III - operacionalizar em conjunto com outras instituições § 1º O Diretor-Presidente será substituído, em suas
o Plano Estadual de Ciência e Tecnologia; ausências ou impedimentos, pelo Diretor Técnico, e, na
IV - ampliar parcerias nacionais e internacionais em ausência deste, deverá ser nomeado outro substituto.
sua área de atuação; § 2º A remuneração do cargo de Diretor-Presidente será
V - estabelecer política de estudo e pesquisa, com de a estabelecida no § 7º do art. 41 da Lei Complementar
senvolvimento e geração de tecnologia, baseando-se na n. 63, de 13 de janeiro de 1999.
utilização sustentável dos recursos naturais das florestas § 3º A remuneração do cargo de Diretor Técnico
do Estado do Acre; será noventa por cento da remuneração do Diretor-
VI - realizar atividades de avaliação de estratégias e de Presidente.
impactos econômicos e sociais das políticas, programas Art. 7º Ficam criados na estrutura básica da FUNTAC
e projetos científicos, tecnológicos e de inovação; Cargos em Comissão de oito gerentes, um procurador
VII - difundir informações, experiências e projetos à jurídico, um chefe de gabinete, um assessor de
sociedade; informática e um assessor de recursos humanos, que
VIII - prestar serviços relacionados com a sua área serão remunerados na forma do que dispõe o art. 90 da
de atuação, tanto aos órgãos e entidades públicas de Lei Complementar n. 63, de 13 de janeiro de 1999:
qualquer esfera, quanto à iniciativa privada; I - um gerente operacional – G4;
IX - desenvolver estudos e pesquisas nas florestas, bem II - um gerente de desenvolvimento institucional – G4;
como em áreas de conservação de recursos naturais, ou, III - um gerente de serviços tecnológicos – G4;
ainda, em outras unidades correlatas criadas por lei; IV - quatro gerentes de projetos – G4;
X - buscar a certificação de processos e produtos V - um gerente de projeto – G5;
tecnológicos; VI - um procurador jurídico – G-4;
XI - comercializar produtos e serviços oriundos das VII - um chefe de gabinete – G-3;
atividades desenvolvidas; VIII - um assessor de informática – G-3; e
XII- criar, adaptar e transferir tecnologia de interesse IX - um assessor de recursos humanos – G-3.
regional para o desenvolvimento econômico do Estado; e Art. 8º Os cargos em comissão de gerentes de projetos
XIII - formar e aperfeiçoar recursos humanos somente terão nomeações quando forem observados os
necessários aos planos, programas, projetos e critérios estabelecidos no estatuto da FUNTAC, que será
atividades de natureza científica e tecnológica. aprovado por Decreto Governamental.
Art. 9º Ficam criadas as Funções de Confiança - FC
CAPÍTULO II
na estrutura organizacional da FUNTAC, escalonadas
DA ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA
em quatro níveis FC–1, FC–2, FC–3 e FC–4, e a elas
corresponderão, respectivamente, os seguintes valores:
Art. 4º A FUNTAC terá a seguinte Estrutura R$ 100,00 (cem reais), R$ 200,00 (duzentos reais), R$
Organizacional Básica: 300,00 (trezentos reais) e R$ 400,00 (quatrocentos
I - Conselho Consultivo; reais) e terão seus provimentos disciplinados pelo
II - Diretor-Presidente; estatuto da FUNTAC.
III - Diretor Técnico;
Art. 10. Ficam criadas na estrutura organizacional
IV - Procuradoria Jurídica;
da FUNTAC as coordenadorias, que serão remuneradas
V - Chefia de Gabinete;
como Funções de Confiança, escalonadas em cinco
VI - Gerências:
níveis: FC–1, FC–2, FC–3, FC–4 e FC–5, e a elas
a) Gerência Operacional;
corresponderão, respectivamente, os seguintes valores:
b) Gerência de Desenvolvimento Institucional;
R$ 100,00 (cem reais), R$ 200,00 (duzentos reais),
c) Gerência de Serviços Tecnológicos; e
R$ 300,00 (trezentos reais), R$ 400,00 (quatrocentos
d) Gerências de Projetos.
reais) e R$ 500,00 (quinhentos reais), e terão seus
VII - Assessoria de Informática;
provimentos disciplinados pelo estatuto da FUNTAC.
VIII - Assessoria de Recursos Humanos; e
IX - Coordenadorias. Art. 11. Os valores referentes aos Cargos em
Parágrafo único. A estrutura organizacional de que trata Comissão e Funções de Confiança - FC serão reajustados
este artigo está distribuída em organograma constante na mesma data e índices dos Cargos em Comissão e as
do Anexo Único, parte integrante desta lei. Funções de Confiança da administração direta.
Art. 5º O Conselho Consultivo da FUNTAC, a quem Art. 12. As atribuições dos Cargos em Comissão e das
compete fomentar a interação permanente entre a Funções de Confiança, previstas nesta lei complementar,
FUNTAC e a comunidade, as organizações empresariais, a organização administrativa e as normas gerais serão
profissionais, sociais, culturais e científicas, será disciplinadas no estatuto da FUNTAC, a ser elaborado por
equipe designada pelo seu Diretor-Presidente, no prazo
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
bens já incorporados pela Secretaria de Indústria e O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE
Leis
Comércio ao Departamento de Pesquisas Tecnológicas FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu
dos Recursos Naturais do Estado do Acre e aqueles que sanciono a seguinte Lei:
forem ou vierem a ser doados por terceiros e ainda Art. 1º Fica instituído em todo o território estadual
adquiridos através de projetos, contratos e convênios. o dia 5 de setembro como data comemorativa ao DIA
DA AMAZÔNIA.
Art. 14. Constituirão receita da FUNTAC: Art. 2º É considerado feriado estadual o dia 5 de
I-as dotações orçamentárias consignadas anualmente setembro em homenagem ao DIA DA AMAZÔNIA.
no orçamento do Estado e em créditos adicionais e Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua
suplementares; publicação, revogadas as disposições em contrário.
II – as receitas operacionais;
III - as rendas auferidas pela cessão do uso das Rio Branco, 4 de dezembro de 1968, 80º da República,
patentes; 66º do Tratado de Petrópolis e 7º do Estado do Acre.
IV - os proventos dos acordos existentes ou que vierem
a ser destinados; JORGE KALUME
V - os recursos oriundos de convênios, contratos, Governador do Estado do Acre
prestação de serviços, projetos, consultorias,
comercialização de objetos, materiais, know how
e patentes destinados à sua manutenção e outros LEI Nº 689, DE 29 DE NOVEMBRO DE 1979
instrumentos legais de compromissos com entidades
públicas ou privadas nacionais ou internacionais; Proíbe a saída, do Estado do Acre, de toros de
madeira de lei.
VI - as doações e legados que lhe forem feitos;
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE:
VII - a renda de bens patrimoniais;
FAÇO SABER que a Assembléia Legislativa decreta e eu
VIII - o produto de alienação de bens; sanciono a seguinte Lei:
IX – os recursos oriundos de fundos especiais; e Art. 1º - Fica vedada a saída, do Estado do Acre,
X - outras receitas. sob qualquer forma de transporte, toros de madeira-
Art. 15. No caso de extinção da FUNTAC, seus bens de-lei.
reverterão ao Estado do Acre. Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação, revogada as disposições em contrário.
CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Rio Branco-AC, 29 de novembro de 1979, 91º da
República, 77º do Tratado de Petrópolis e 18º do
Estado do Acre.
Art. 16. Serão declarados beneméritos da FUNTAC as
pessoas físicas ou jurídicas que lhe concedam doações,
JOAQUIM FALCÃO MACEDO
subvenções ou que, direta ou indiretamente, contribuam Governador do Estado do Acre
de maneira significativa para o desenvolvimento da
instituição.
Art. 17. As despesas decorrentes da aplicação da
presente lei correrão a conta de dotação orçamentária LEI Nº 851, DE 23 DE OUTUBRO DE 1986
própria.
Art. 18. A FUNTAC está sujeita às normas orçamentárias “Cria no âmbito da Secretaria de Planejamento
aplicadas às fundações públicas, devendo sua prestação e Coordenação do Governo do Estado do Acre o
de contas ser encaminhada ao Tribunal de Contas do Instituto de Meio Ambiente do Acre - IMAC e dá
Estado, no prazo fixado pela legislação em vigor. outras providências.”
Art. 19. Na gestão orçamentária, financeira, econômica O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE
e patrimonial serão observadas, no que couber, as normas FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu
de controle contábil do Estado. sanciono a seguinte Lei:
Art. 20. Ficam revogadas as disposições contidas na
Lei n. 871, de 24 de setembro de 1987, e os incisos I, III I - DO ÓRGÃO E SEUS FINS
e IV do art. 60-A da Lei Complementar n. 63, de 13 de
janeiro de 1999, com as alterações da Lei Complementar Art. 1º Fica criado, na Secretaria de Planejamento e
n. 115, de 31 de dezembro de 2002. Coordenação do Governo do Estado do Acre, o Instituto
Art. 21. Esta Lei Complementar entra em vigor na do Meio Ambiente do Acre - IMAC, órgão autônomo
data de sua publicação. de administração indireta nos termos do art. 3º do
Decreto n. 97, de 15 de março de 1975, orientado
Rio Branco, 29 de dezembro de 2003, 115º da para a conservação do meio ambiente e uso racional dos
República, 101º do Tratado de Petrópolis e 42º do recursos naturais.
Estado do Acre. § 1º A atividade do IMAC se exercerá sem prejuízos
das atribuições específicas legalmente afetas a outras
JORGE VIANA Secretarias.
Governador do Estado do Acre § 2º O IMAC atuará em articulação com as Secretarias
de Estado para examinar, principalmente, ações
que impliquem na conservação do meio ambiente,
com estratégias de desenvolvimento e do progresso
tecnológico.
II - DA DIREÇÃO E ASSESSORAMENTO
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
20
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
desenvolvimento industrial, econômico e social do preencha pelo menos uma das seguintes condições:
Estado do Acre; I - se enquadre dentre as atividades declaradas
d)financiar a implantação desses planos, programas prioritárias;
e projetos; II - a absorção intensiva de mão-de-obra local;
e) incentivar a implantação de micro e pequenas III - o aproveitamento de matérias-primas, de material
empresas industriais. secundário e de insumos produzidos no Estado do
Art.3º Os estímulos financeiros do FIAC serão Acre;
Ordinárias
concedidos às empresas industriais, cujos IV - a substituição de importações de outras regiões do
Leis
empreendimentos sejam de relevante interesse ao país ou do exterior;
Estado e se enquadrem em uma das seguintes condições: V - a modernização tecnológica de processos e
I - Novos: são aqueles que venham a ser implantados equipamentos industriais;
a partir da vigência desta Lei; VI - a produção de bens de elevada margem de valor
II - Relocalizados: aqueles situados fora dos Distritos agregado;
ou Núcleos Industriais e que para eles venham a se Art. 5º Os estímulos financeiros serão destinados
transferir; exclusivamente às empresas industriais com sede, foro
III - Revitalizados: os desativados há mais de seis meses e domicílio fiscal no Estado do Acre, através da operação
e que voltem a funcionar com o incentivo do FIAC; de concessão de empréstimo por meio da devolução
IV - Ampliados: aqueles que, estando em atividade, mensal de parte do ICMS pago.
ampliem em, pelo menos, trinta por cento a sua Art. 6º Não serão tratados como empreendimentos
capacidade nominal instalada. novos às empresas que forem vendidas ou transferidas
§ 1º Entende-se por estímulo financeiro, o financiamento com a simples alteração da razão social, bem como a
à empresa industrial, de até setenta e cinco por cento transformação, incorporação ou fusão de empresas
da parcela do ICMS recolhido por ela. existentes.
§ 2º É vedado o gozo cumulativo, em relação ao mesmo Art. 7º Os incentivos constantes desta Lei serão
empreendimento, de mais de uma das modalidades de concedidos aos empreendimentos que se localizem nos
estímulo financeiro previsto neste artigo. Distritos ou Núcleos Industriais, ressalvados os casos
§ 3º É vedada a concessão de estímulos financeiros de relevante interesse social e técnico.
aos empreendimentos ampliados, que não tenham sido
Art. 8º O financiamento a que se refere o item “d” do
previamente analisados e aprovados pelo Conselho
art. 2º abrangerá a execução dos planos, programas e
Deliberativo do FIAC.
projetos, bem como a compra de bens e a contratação
§ 4º Distritos ou Núcleos Industriais são os espaços
de serviços necessários à execução das diretrizes de
destinados a empreendimentos industriais a serem
desenvolvimento econômico e social do Estado do Acre,
implantados no Estado do Acre.
formuladas pela Secretaria de Indústria e Comércio e
Art. 4º Para análise da proposta de concessão de aprovadas pelo Conselho Deliberativo do FIAC.
estímulo financeiro será considerado de relevante
Art. 9º C o ns t i t ui rão rec urs o s d o Fund o d e
interesse para o Estado, o empreendimento que
ANEXO ÚNICO
21
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
22
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
nos contratos. de preços mínimos;
Leis
Art. 32. A transferência do estabelecimento industrial V - estabelecer políticas de fomento à produção,
da empresa beneficiada para outra unidade da calcadas nos resultados de pesquisas desenvolvidas no
Federação implicará na rescisão automática do contrato, Estado e na Região; e
devendo-se promover as medidas legais cabíveis para VI - promover o desenvolvimento global do meio rural,
restituição dos créditos concedidos. diminuindo as desigualdades econômicas e sociais,
cumprindo a função social da terra.
Art. 33. No caso de extinção do Fundo de Industrialização
do Acre – FIAC, o seu patrimônio, direitos e obrigações
CAPÍTULO II
serão incorporados pela Companhia de Desenvolvimento
DO OBJETIVO
I n d u s t r i a l d o E s t a d o d o A c r e - C O D I SA C R E .
Art. 34. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no
Art. 3º A política agrícola compatibilizada com a
prazo de sessenta dias.
política agrária far-se-á com fundamento nesta Lei,
Art. 35. Esta Lei entra em vigor na data de sua objetivando o desenvolvimento agrícola do Estado, em
publicação. favor do suprimento alimentar e de matérias-primas,
Art. 36. Revogam-se as disposições em contrário. com a racionalização de uso e conservação dos recursos
naturais e ambientais e a promoção sócio-econômica
Rio Branco, 21 de janeiro de 1992, 104º da República, do agricultor e de sua família.
90º do Tratado de Petrópolis e 31º do Estado do Acre. Parágrafo único. A política agrícola abrange os processos
de produção, comercialização e transformação de
EDMUNDO PINTO DE ALMEIDA NETO produtos agropecuários, pesqueiros e florestais, bem
Governador do Estado do Acre como a organização da produção, do produtor e da infra-
estrutura da área rural, a auto-suficiência energética e
o controle dos insumos.
LEI Nº 1.020, DE 21 DE JANEIRO DE 1992 Art. 4º O desenvolvimento agrícola será caracterizado por:
I - modernização tecnológica de atividade produtiva,
“Estabelece a Política Agrícola do Estado do Acre visando maior produtividade e a melhoria da qualidade
e dá outras providências.” dos produtos;
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE II - organização associativa, proporcionando vantagens
FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu na obtenção dos fatores de produção e melhor
sanciono a seguinte Lei: desempenho no mercado;
III - apoio à produção e à comercialização agrícola,
CAPÍTULO I pela disponibilidade de serviços públicos e privados,
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES permitindo a melhoria da renda do produtor rural e
de sua família;
Art. 1º A política agrícola, definida como um conjunto IV - acesso aos serviços essenciais de saúde,
de medidas, diretrizes e ações governamentais e da educação, segurança pública, transporte, eletrificação,
sociedade, operacionalizadas através dos instrumentos comunicação, habitação, saneamento, lazer e outros
próprios, atuantes sobre a produção, comercialização, benefícios sociais;
agro industrialização e abastecimento, obedecerá aos V - participação dos produtores através de sua
critérios estabelecidos na presente Lei. organização nos processos de formulação e execução
Art. 2º Dentre as diretrizes fixadas para a política das políticas, que definirão os rumos da agricultura
agrícola visando o desenvolvimento rural harmônico acreana;
e integrado serão contemplados como beneficiários VI - melhoria das condições de trabalho e de vida dos
diretos os produtores rurais e indiretos toda a sociedade assalariados rurais;
acreana, sendo que a categorização daqueles terá sua VII - estímulo à implementação da agricultura
base nas relações de trabalho, classificada de acordo alternativa no Estado, discutida pelas organizações
com a legislação pertinente observada as peculiaridades dos trabalhadores rurais para o desenvolvimento
regionais. econômico e social;
§ 1º Para efeito desta Lei considera-se produtores rurais VIII - verticalização da produção agrícola com
aqueles que se dedicam à atividade agrícola; entende-se incremento da renda, pela agro industrialização nas
por atividade agrícola, a produção, o processamento e a regiões produtoras;
comercialização dos produtos, subprodutos e derivados, IX - eficiência econômica das unidades produtivas, pela
serviços e insumos agrícolas, pecuários, pesqueiros e capacitação do produtor;
florestais. X - regularidade do abastecimento de alimentos; e
§ 2º Dentre os pressupostos de relevância em que XI - redução das diferenças de condições sócio-
se fundamenta a política de desenvolvimento rural, econômicas das regiões e produtores do Estado,
buscando o aperfeiçoamento do modelo agrícola promovidas por ações governamentais específicas.
existente no Estado do Acre, a erradicação da pobreza
e da marginalização do rurícola, assim como a criação CAPÍTULO III
de instrumentos que combatam a violência no campo DA ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL E
e o fluxo migratório para a cidade, destacam-se os DO PLANEJAMENTO
seguintes:
I - criar mecanismos que viabilizem a efetiva participação Art. 5º Será instituído o Conselho Estadual de Política
na distribuição de renda e de riqueza; Agrícola – CONCEPA, com os seguintes objetivos:
II - facilitar o acesso à terra, à tecnologia, aos I - propor medidas, apoiar o planejamento e acompanhar
instrumentos e recursos de política agrícola, ao crédito a execução da política agrícola do Estado;
23
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
24
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
V - comunicação;
Leis
CAPÍTULO VII VI - postos de saúde e acesso à rede hospitalar;
DA ORGANIZAÇÃO RURAL VII - creches e escolas primárias de tempo integral para
os filhos de trabalhadores e produtores rurais; e
Art. 20. O poder público apoiará a organização dos VIII - delegacias de polícia distrital.
produtores e trabalhadores rurais, em especial dos Art. 30. O Estado criará um programa de Habitação
pequenos, em formas associativas que permitam a Rural, destinando recursos para sua implementação.
sua maior participação na formulação de políticas § 1º O Programa de Habitação Rural contemplará
para o setor. a construção ou reforma da moradia dos pequenos
Art. 21. As cooperativas e associações de produtores produtores e a construção de núcleos habitacionais para
agrícolas serão consideradas extensão dos associados, atendimento aos trabalhadores rurais.
cabendo-lhes os direitos a estímulos creditícios § 2 º O p a g a m e n t o d o f i n a n c i a m e n t o d e ve r á
semelhantes e isenção de tributação nas operações preferencialmente ser realizado pela sistemática de
entre estas e seus associados. equivalência-produto, com prazos compatíveis com a
atividade desenvolvida pelo beneficiário/mutuário.
CAPÍTULO VIII
DOS RECURSOS NATURAIS E MEIO AMBIENTE CAPÍTULO X
DOS INSTRUMENTOS DE AÇÃO
Art. 22. O poder público normatizará, orientará e
fiscalizará o uso racional do solo e da água, disciplinará Art. 31. O Governo do Estado manterá estreita relação
a utilização e conservação da fauna, flora e meio com a pesquisa agrícola federal com a missão de propor
ambiente, atendendo ao disposto nos arts. 23 e 24 da a geração e adaptação de tecnologias que favoreçam
Constituição Federal e arts. 206 e 207 da Constituição o aumento da produtividade e da rentabilidade,
Estadual. principalmente das que atendam às demandas dos
§ 1º A fiscalização e o uso racional dos recursos naturais, pequenos produtores.
a conservação do meio ambiente são consideradas, Parágrafo único. A Instituição de Pesquisa Oficial Federal
também, de responsabilidade dos proprietários e atuará de forma conjunta com outras organizações de
usuários. pesquisa, visando expandir o conhecimento científico
§ 2º Cabe ao poder público envidar esforços e aplicar articulada com os organismos de assistência técnica e
recursos para preservação e conservação das áreas de extensão rural objetivando a difusão e a transferência
de proteção permanente e o apoio às comunidades de tecnologia aos produtores rurais.
extrativistas. Art. 32. O Governo do Estado manterá Serviço de
Art. 23. O Estado utilizará recursos próprios e buscará Extensão Rural e Assistência Técnica Oficial, com
fontes de financiamentos alternativos para desenvolver a missão de orientar e assistir aos produtores e
programas de manejo do solo e água, recuperação das trabalhadores rurais, prioritariamente aos pequenos,
áreas em degradação e obras de proteção do meio objetivando a melhoria da produtividade e da
ambiente, em conjunto com a iniciativa privada e rentabilidade da exploração agrícola, a viabilidade
comunidades envolvidas. econômica do empreendimento rural, a organização
associativa do produtor e do trabalhador rural e a
Art. 24. O poder público determinará as áreas de
racionalização do uso e conservação dos recursos
preservação permanente e regulamentará o uso
naturais e ambientais.
das reservas biológicas e áreas de uso restrito, com
§ 1º O Serviço de Extensão Rural desenvolverá
a finalidade de proteger os recursos naturais e as
seus programas conjugando as políticas e planos de
comunidades extrativistas locais.
desenvolvimento rural às condições físicas, econômicas
Art. 25. O Estado fomentará a exploração racional de e sociais da área assistida, tanto no planejamento
animais domésticos e silvestres, incluindo peixes e outros quanto na execução das atividades.
animais de vida aquática, visando a oferta de alimentos § 2º O Serviço de Extensão Rural e Assistência
para subsistência do produtor e complementação da Técnica Oficial articular-se-á com a pesquisa, visando
renda da propriedade. a transferência de tecnologia e com as organizações
Art. 26. O poder público atualizará e fiscalizará o privadas de assistência técnica, para expansão da
cumprimento dos códigos de caça, pesca e florestal rede de atendimento aos produtores nos programas de
e recursos hídricos em todo território acreano, desenvolvimento rural.
consignando meios e recursos para sua execução. § 3º O Serviço de Extensão Rural e Assistência Técnica
Art. 27. As microbacias hidrográficas constituem- Oficial intensificará seu programa de atendimento
se em unidades básicas de planejamento do uso, da nos assentamentos rurais, considerando as condições
conservação e da recuperação dos recursos naturais. peculiares do público beneficiário das áreas a serem
Art. 28. O Estado organizará programas de produção exploradas, de forma a assegurar a viabilidade
de mudas e orientará o florestamento e o reflorestamento econômica e social aos novos produtores.
conservacionistas, ambiental e econômico, integrado à Art. 33. O Estado apoiará estudos, implantação
iniciativa privada. ou expansão de atividades agrícolas de importância
destacada para o desenvolvimento econômico
CAPÍTULO IX regional.
DA INFRA-ESTRUTURA SOCIAL RURAL Parágrafo único. O apoio referido no caput deste artigo,
dar-se-á pela prestação de serviços, fornecimento
Art. 29. O Estado implementará programas de obras de insumos e financiamento a programas prioritários
de infra-estrutura na área rural, que assegurem aos definidos na Política Agrícola Estadual.
produtores e trabalhadores e suas famílias o acesso
25
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Art. 34. O Estado prestará serviços de armazenagem IV- recursos orçamentários, específicos destinados ao
de caráter supletivo, com atividade coletora, financiamento de atividades produtivas;
prioritariamente no atendimento aos pequenos V - recursos oficiais federais destinados ao setor
produtores nas áreas carentes. agrícola;
Parágrafo único. O Estado estimulará a armazenagem VI - retornos dos financiamentos dos Fundos e outros,
a nível de propriedade e comunitário pela orientação derivados da gerência financeira dos recursos;
técnica e programas de crédito rural. VII - recursos bancários vinculados a programas de
Art. 35. O poder público apoiará a comercialização e desenvolvimento e ao crédito rural;
o abastecimento de produtos agrícolas principalmente VIII - recursos provenientes de royaltes ou similares;
dos hortigranjeiros, atuando na orientação da oferta dos IX - outros recursos consignados ao setor agrícola.
produtos e na instalação de unidades e equipamentos Parágrafo único. Serão destinados a programas agrícolas,
de organização de mercado. recursos do FDE nunca inferiores à participação relativa
à agricultura na formação do PIB estadual, sendo sua
Art. 36. O poder público manterá um serviço de
aplicação determinado pela Secretaria de Estado de
vigilância sanitária e de defesa agropecuária, que,
Desenvolvimento Agrário, ouvido o CONSEPA.
juntamente com os produtores rurais, buscará prevenir,
controlar e erradicar doenças, pragas e infestações
CAPÍTULO XI
parasitárias que acometam os animais e vegetais,
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
visando o aperfeiçoamento e a eficiência da atividade
agrícola e proteção do consumidor.
Art. 37. O poder público manterá serviços de Art. 43. O Conselho aprovará o seu Regimento Interno
em até sessenta dias após a promulgação desta Lei.
inspeção e fiscalização dos produtos, subprodutos e
derivados de origem vegetal e animal, bem como dos Art. 44. O Poder Executivo Estadual baixará as normas
estabelecimentos produtores. regulamentadoras da presente Lei, no prazo de cento
e oitenta dias.
Art. 38. A Secretaria de Desenvolvimento Agrário
inspecionará e fiscalizará a produção, comercialização Art. 45. Esta Lei entrará em vigor na data de sua
e utilização de insumos agropecuários, em especial dos publicação, revogadas as disposições em contrário.
que ofereçam riscos ao meio ambiente.
Rio Branco, 21 de janeiro de 1992, 104º da República,
Art. 39. O Estado destinará recursos orçamentários
90º do Tratado de Petrópolis e 31º do Estado do Acre.
para aplicação nos assentamentos rurais, através de
seus organismos, atendendo ao disposto nos arts. 156
EDMUNDO PINTO DE ALMEIDA NETO
e 158 da Constituição Estadual, mediante programação
Governador do Estado do Acre
anual.
Art. 40. O Estado desenvolverá programas de apoio
financeiro ao setor rural, mediante financiamento às LEI Nº 1.022, DE 21 DE JANEIRO DE 1992
atividades de maior relevância na consecução dos
objetivos da melhoria da produtividade, da montagem Institui o Sistema Estadual de Meio Ambiente,
de infra-estrutura de produção, comercialização e Ciência e Tecnologia e o Conselho Estadual de
industrialização, da conservação e recuperação da Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia e dá outras
capacidade produtiva dos solos e da conservação dos providências.
demais recursos naturais e ambientais. O Governador do Estado do Acre:
§ 1º A origem dos recursos será orçamentária, de Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono
captação externa, bancária, fundos de desenvolvimento a seguinte lei;
e outros.
§ 2º Os programas de crédito que envolvam recuperação Título I
dos valores aplicados adotarão preferencialmente Das Disposições Preliminares
a metodologia de equivalência-produto, em prazo
adequado à atividade financiada, e a taxas de juros
iguais às do crédito rural adotado pelo Sistema Nacional
Art. 1º Fica instituído o Sistema Estadual de
Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia - SISMACT -,
de Crédito Rural.
constituindo-se dos seguintes órgãos:
§ 3º A aplicação dos recursos financeiros pelo produtor
I - Órgão Superior
será orientada pela assistência técnica oficial e privada
II - Órgão Central
credenciada.
III - Órgãos Executivos e
Art. 41. O crédito fundiário, concedido através de IV - Órgãos Setoriais
programa específico será destinado à aquisição de terra
para formação, correção ou ampliação da propriedade
Art. 2º O Sistema Estadual de Meio Ambiente, Ciência
e Tecnologia - SISMACT - tem por objetivo racionalizar,
rural, beneficiando trabalhadores rurais, proprietários
no espaço estadual, as ações de Ciência, Tecnologia e
ou não, limitando-se a complementar a propriedade
Meio Ambiente, de forma mais participativa possível,
em até dois módulos rurais que permitam a absorção
adequada às realidades locais e propiciadoras de
da força de trabalho do adquirente e de sua família,
desenvolvimento econômico e social auto-sustentado.
garantindo-lhes a sobrevivência e o progresso sócio-
econômico.
Título II
Parágrafo único. Os beneficiários do crédito fundiário
Da Estrutura do Sistema
serão obrigatoriamente assistidos por órgãos de
assistência técnica a quem competirá a elaboração de
Capítulo I
projeto técnico que justifique e evidencie a viabilidade
Do Órgão Superior
econômica do empreendimento.
Art. 42. Serão fontes de recursos financeiros para o
desenvolvimento agrícola estadual:
Art. 3º Fica instituído o COnselho Estadual de Meio
Ambiente, Ciência e Tecnologia - CEMACT -, órgão
I - Fundo de Desenvolvimento Estadual - FDE, em níveis
colegiado, deliberativo e normativo, que integrará o
proporcionais à importância do setor;
SISMACT, na condição de Órgão Superior.
II - Fundo Agropecuário Estadual - FUNAGRO;
III - recursos de origem externa, decorrentes de Art. 4º Ao Conselho Estadual de Ciência, Tecnologia e
empréstimos, acordos, convênios e outros; Meio Ambiente - CEMACT, compete (Redação dada pela
Lei nº 1.643 de 28.4.2005):
26
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
I - Formular, aprovar, supervisionar e avaliar políticas § 1º As Câmaras Técnicas, órgãos constituídos por
nas áreas de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, membros do Plenário, deverão examinar e relatar
estabelecendo as diretrizes, normas e medidas assuntos de suas respectivas competências;
necessárias ao desenvolvimento sustentável do § 2º As Câmaras Técnicas poderão ser divididas em
Estado; comissões que atuarão por prazo determinado ou não,
II - Aprovar, mediante proposta do IMAC, critérios para conforme decisão do Plenário, quando dos atos de
o licenciamento de atividades, real ou potencialmente criação das mesmas.
Ordinárias
causadoras de impacto ambiental, já instaladas, em § 3º As Câmara Técnicas, caso necessário, assessorar-
Leis
operação ou que venham a ser instaladas, assim como se-ão de especialistas cedidos por Instituições
as penalidades administrativas; participantes ou não do Sistema.
III - Fixar os limites máximos permitidos para cada Art. 8º A Secretaria Administrativa auxiliará o Plenário
parâmetro dos efluentes domésticos e de indústrias, já e as Câmaras Técnicas, desempenhando atividades de
instaladas ou que venham a ser instaladas no Estado, apoio técnico, jurídico e administrativo.
bem como, a capacidade suportável pelo receptor no Parágrafo único - Caberá à Secretaria de Estado de
seu nível mínimo de vazão; Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, sem prejuízo das
IV - Estabelecer normas gerais relativas à criação de demais competências que olhe são legalmente conferidas,
unidades de conservação e preservação ambiental, bem prover os serviços de Secretaria Administrativa.
como, as atividades que venham a ser desenvolvidas Art. 9º Integram o Plenário do CEMACT:
em suas áreas circundantes; I - O secretário de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente,
V - Estabelecer critérios para a declaração de áreas que o presidirá;
críticas, degradadas ou em vias de degradação, bem II – um representante da Secretaria de Estado
como, para o seu uso, proteção e recuperação, conforme de Planejamento e Desenvolvimento Econômico-
o caso; Sustentável – SEPLANDS (Redação dada pela Lei nº
VI - Determinar, quando julgar necessário, a realização 1.643 de 28.4.2005);
de estudos sobre problemas específicos relacionados III – um representante da Secretaria de Agricultura e
com o desenvolvimento científico e tecnológico do Pecuária – SEAP (Redação dada pela Lei nº 1.643 de
Estado, solicitando aos órgãos federais, estaduais 28.4.2005); e
e municipais, bem como às entidades privadas, IV – um representante da Secretaria de Turismo –
as informações indisponíveis à apreciação desses SETUR (Redação dada pela Lei nº 1.643 de 28.4.2005);
estudos; V - 1 (um) representante do Instituto de Meio Ambiente
VII - Determinar, mediante representação do IMAC, do Acre - IMAC;
quando se tratar especificamente de matérias relativas VI - 1 (um) representante da Fundação de Tecnologia
ao meio ambiente, a perda ou restrição de benefícios do Acre - FUNTAC;
concedidos pelo poder público estadual, em caráter geral VII - 1 (um) representante da Secretaria de Estado da
ou condicional, e a perda ou suspensão de participação Educação e Cultura;
em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais VIII - 1 (um) representante do Ministério Público
de crédito; Estadual;
VIII - Analisar e opinar sobre a concessão de recursos IX - 1 (um) representante dos municípios do Estado,
públicos ou subvenções, para programas de pesquisa e indicado em comum acordo entre os Prefeitos;
formação de recursos humanos para o Meio Ambiente, X - 1 (um) representante da Universidade Federal do
Ciência e Tecnologia, a entidades públicas e privadas; Acre - UFAC;
IX - Avaliar e aprovar o plano plurianual para Ciência, XI - 1 (um) representante do Instituto Brasileiro de Meio
Tecnologia e Meio Ambiente, e os respectivos planos Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;
operativos anuais, através de instâncias técnicas dos XII - 1 (um) representante da empresa Brasileira de
órgãos integrantes, sob a coordenação da Secretaria de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA;
Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente; XIII - 1(um) representante da Fundação Nacional do
X - Decidir, em grau de recurso, matérias que lhe sejam Índio - FUNAI;
submetidas à apreciação; XIV - 1 (um) representante da Federação das Indústrias
XI - Elaborar, aprovar e alterar seu Regimento Interno; do Estado do Acre - FIEAC;
XII – propor ao Chefe do Poder Executivo, mediante XV - 1 (um) representante da Federação da Agricultura
deliberação do Plenário, a inclusão, dispensa ou do Estado do Acre - FAEAC;
exclusão de órgãos ou entidades para compor o CEMACT, XVI - 1 (um) representante da Federação do Comércio
observada a paridade entre Poder Público e Sociedade do Estado do Acre - FECEA;
civil. (Redação dada pela Lei nº 1.643 de 28.4.2005) XVII - 03 (três) representantes de entidades civis,
Parágrafo único. A proposta de inclusão de novo órgão legalmente constituídas que, de uma forma ou de outra,
ou entidade na composição do Conselho será efetivada tenham envolvimento com a questão ambiental e com
mediante a aprovação da maioria absoluta e a de o desenvolvimento científico e tecnológico do Estado,
exclusão ou dispensa mediante a aprovação de dois indicados de comum acordo entre os seus dirigentes.
terços dos membros presentes à sessão respectiva.
Art. 10 Cada membro, referido nos incisos II a XVII,
(Redação dada pela Lei nº 1.643 de 28.4.2005)
do art. 9º, será nomeado pelo Governo do Estado do
Art. 5º O CEMACT tem a seguinte estrutura básica: Acre e terá um suplente que o substituirá em caso de
I - Plenário impedimento.
II - Câmaras Técnicas e § 1º O mandato desses membros será de 02 (dois)
III - Secretaria Administrativa. anos, permitida a recondução.
Art. 6º O Plenário é o órgão superior de deliberação § 2º Nos seus impedimentos o Secretário de Estado
do CEMACT, constituindo-se na forma do Artigo 9º de Meio Ambiente e Recursos Naturais será substituído
desta Lei. na Presidência do CEMACT, pelo Diretor-Presidente da
Parágrafo Único - O Plenário reunir-se-á em sessão Fundação de Tecnologia do Acre – FUNTAC.” (Redação
pública, com a presença de pelo menos a metade dos dada pela Lei nº 1.643 de 28.4.2005).
seus membros, deliberando por maioria simples. Art. 11. A atuação dos Conselheiros será considerada
Art. 7º O CEMACT contará com duas Câmaras de relevante interesse público, bem como daqueles que,
Técnicas: a convite do Presidente, prestarem assessoramento
I - Meio Ambiente; e específico.
II - Ciência e Tecnologia.
27
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Art. 12. Os órgãos do CEMACT terão seu funcionamento seus componentes e afins, ou que os produzam,
disciplinado em Regimento Interno, a ser elaborado e importem, comercializem, utilizem, armazenem ou
aprovado pelo Plenário no prazo de 180 (cento e oitenta) transportem, no território do Estado, são obrigadas
dias a contar da publicação desta Lei. a promover os seus registros, bem como a requerer
Art. 13. As decisões do Plenário do CEMACT serão autorização de funcionamento nos órgãos competentes
formalizadas através de Resolução e/ou Moções. de saúde, meio ambiente e agricultura.
§ 1º É proibida a instalação de estabelecimentos que
Capítulo II produzam, comercializem, armazenem e/ou manipulem
Do Órgão Central agrotóxicos, seus componentes e afins, em setores
residenciais.
§ 2º As autorizações e/ou registros previstos no caput
Art. 14. A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia
deste artigo, respeitado o disposto no § 1º, dependem
e Meio Ambiente integrará o SISMACT na condição de
de prévio aval do órgão de desenvolvimento urbano do
Órgão Central, com a finalidade de planejar, coordenar e
município quanto à localização.
apoiar a Política Estadual e as diretrizes governamentais
fixadas para o Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia. Art. 4º O armazenamento, a comercialização,
o transporte, a utilização, a prestação de serviços
Capítulo III e a disposição final de resíduos e embalagens de
Dos Órgãos Executores agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como
de sementes tratadas, serão objeto de fiscalização e
controle.
Art. 15. O Instituto de Meio Ambiente do Acre -
IMAC - e a Fundação de Tecnologia do Estado do Acre - Art. 5º É criada, no âmbito do Conselho Estadual
FUNTAC - integrarão o SISMACT, na condição de Órgãos do Meio -Ambiente, Ciência e Tecnologia - CEMACT, a
Executores das Políticas Estaduais de Meio Ambiente e Câmara Técnica de Agrotóxicos do Acre, em articulação
de Ciência e Tecnologia, respectivamente. com o Conselho Estadual de Política Agrícola -
CONSEPA.
Capítulo IV § 1º A Câmara Técnica de que trata este artigo
Dos Órgãos Setoriais será composta por técnicos dos órgãos do setor
agrícola, saúde e meio ambiente do Estado do Acre,
com assessoramento jurídico especializado em meio
Art.16. São Órgãos Setoriais do SISMACT todos
ambiente e tutela de interesses difusos do Instituto
os órgãos e entidades governamentais de âmbito
do Meio Ambiente do Estado do Acre - IMAC, do
estadual e municipal cujas atividades estejam, ainda
Conselho Estadual de Política Agrícola - CONSEPA e
que parcialmente, afetas a preservação, conservação,
da Procuradoria Geral do Estado, no âmbito de suas
defesa e melhoria do meio ambiente, bem como,
respectivas competências.
aquelas responsáveis pela pesquisa e desenvolvimento
§ 2º Sempre que se considerar necessário, a Câmara
científico e tecnológico do Estado.
Técnica Estadual de Agrotóxicos poderá solicitar
parecer técnico ou ecotoxicológico de profissional de
Título III
notório saber.
Das Disposições Finais
Art. 6º É criado o cadastro de agrotóxicos, seus
componentes e afins do Estado do Acre.
Art. 17. Ficam revogadas todas as disposições em
§ 1º Para os efeitos do disposto no art. 10 da Lei
contrário.
7.802, de 11 de junho de 1989, somente poderão ser
Art. 18. Esta Lei entrará em vigor na data de sua produzidos, distribuídos, transportados, armazenados,
publicação. comercializados, utilizados e aplicados no Estado, os
agrotóxicos, seus componentes e afins previamente
Rio Branco - AC - 21 de janeiro de 1992, 104º da registrados nos órgãos federais competentes e constantes
República, 90º do Tratado de Petrópolis e 31º do do cadastro previsto nesta Lei.
Estado do Acre. § 2º O Cadastro de Agrotóxicos do Estado do Acre, será
elaborado pela Câmara Técnica Estadual de Agrotóxicos,
EDMUNDO PINTO DE ALMEIDA NETO que organizará e compilará os dados fornecidos pelas
Governador do Estado do Acre empresas postulantes do cadastro.
Art. 7º Realizar-se-á uma vez em cada semestre,
reunião preliminar à apreciação do Cadastro de
LEI Nº 1.116, DE 13 DE JANEIRO DE 1994
Agrotóxicos do Estado do Acre, pelo Conselho Estadual de
Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia - CEMACT e Conselho
“Dispõe sobre produção, armazenamento,
Nacional de Política Agrícola - CONSEPA.
comercialização, transporte, consumo, uso,
controle, inspeção, fiscalização e destino final de Art. 8º Possuem legitimidade para requerer o
agrotóxicos, seus componentes e afins no Estado cancelamento de cadastro ou impugnação de requerimento
do Acre, e dá outras providências.” de inclusão, argüindo prejuízos à saúde humana, ao meio
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE ambiente, à fauna ou à flora, todo e qualquer cidadão,
FAÇO SABER que o Poder Legislativo decreta e eu as entidades de classes representativas ligadas ao setor,
sanciono a seguinte Lei: os partidos políticos, com representação no Congresso
Nacional ou Assembléia Legislativa, bem como as
Art. 1º A produção, o transporte, o armazenamento, a
entidades legalmente constituídas há pelo menos um
comercialização, o consumo interno, o uso e respectivo
ano para defesa de interesses difusos ou coletivos
controle, inspeção e fiscalização de agrotóxicos, seus
relacionados à matéria, desde que o pedido esteja
componentes e afins, serão regidos pelo Poder Público
devidamente fundamentado.
Estadual, observadas as normas e prescrições desta Lei,
§ 1º O cancelamento do cadastro ou impugnação do
de acordo com a legislação local e federal de Saúde e
requerimento de inclusão será formalizado através de
Meio Ambiente.
petição dirigida à Câmara Técnica Estadual de Agrotóxico
Art. 2º Adotam-se, para os efeitos desta Lei, as definições do Estado do Acre, em qualquer tempo, devidamente
e conceitos estabelecidos na legislação federal própria. instruída quanto aos efeitos tóxicos do produto em seres
Art. 3º As pessoas físicas e/ou jurídicas que sejam vivos, ou de contaminação ambiental ou, ainda, outros
prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, argumentos técnicos fundamentados.
28
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
§ 2º Apresentada a petição, dela será notificada a empresa estiver saturado, deverão ser tomadas as medidas
responsável pelo produto, que poderá contra-argumentar, necessárias à sua substituição e disposição final dos
no prazo de quinze dias, quando o respectivo expediente rejeitos acumulados, sob a supervisão do Instituto de
será submetido à decisão da Câmara Técnica Estadual de Meio Ambiente do Acre - IMAC.
Agrotóxicos, cabendo recurso final ao Conselho de Meio Art. 15. É vedada a mistura de duas ou mais
Ambiente, Ciência e Tecnologia - CEMACT. formulações em todos os casos de aplicação de
Art. 9º As empresas produtoras de agrotóxicos, seus agrotóxicos, seus componentes e afins, exceto nos
Ordinárias
componentes e afins para efeito de cadastramento de seus casos de compatibilidade devidamente comprovada e
Leis
produtos, apresentarão os seguintes documentos: definidos em Lei.
I - requerimento à Câmara Técnica Estadual de Agrotóxico Art. 16. As áreas de experimentação ou pesquisa
do Estado do Acre; com agrotóxicos, seus componentes e afins deverão
II - prova de registro do produto nos órgãos federais ser cadastradas e autorizadas mediante aprovação
competentes; do projeto técnico respectivo apresentado à Câmara
III - cópia dos relatórios técnicos aprovados pelos órgãos Técnica Estadual de Agrotóxicos.
federais competentes, inclusive dados sobre toxidade Art. 17. A destinação final de embalagens e resíduos
para os elementos da flora e fauna, sobre métodos de de agrotóxicos, seus componentes e afins será feita
neutralização do produto no meio ambiente e sobre em local e condições previamente aprovadas pela
acumulação na cadeia alimentar, biodegradabilidade, autoridade ambiental, obedecidas as disposições
mobilidade, absorção e dessorção; constantes desta Lei, especificações constante de seu
IV - cópia do relatório da instituição oficial de pesquisa regulamento e demais normas legais vigentes.
que desenvolveu os ensaios de campo para as indicações § 1º A destinação final dos agrotóxicos, seus
de uso e dose recomendadas, por cultura, do produto componentes e afins proibidos, vencidos, em desuso,
registrado no órgão federal competente, bem como ou aqueles apreendidos ou interditados por ação
cópia do boletim de análise de resíduo do produto para fiscalizadora, será feita sob a responsabilidade das
as culturas indicadas, emitido por laboratório oficial do indústrias produtoras, formuladoras, manipuladoras,
Brasil; ou, quando for o caso, do estabelecimento comercial,
V - método de análise de resíduo, por cultura, aprovado ou prestador de serviço, obedecendo aos critérios de
por laboratório oficial do Brasil; proteção ambiental fixados pela autoridade sanitário-
VI - dados referentes à toxicologia humana. ambiental competente.
Art. 10. Os estabelecimentos que produzam, § 2º O empregador rural e/ou seus prepostos serão
comercializem, transportem, armazenem, apliquem responsáveis pelo armazenamento e destinação final de
e/ou utilizem agrotóxicos seus componentes e afins resíduos de agrotóxicos, seus componentes e afins, bem
deverão cumprir as normas de segurança e de higiene como pelas conseqüências decorrentes de estocagem
do trabalho respectivo, bem como as regulamentares e inadequada.
técnicas pertinentes, inclusive as fixadas pela Associação Art. 18. Aquele que transportar, armazenar,
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. comercializar ou prestar serviços na aplicação de
Art. 11. O empregador que em sua atividade aplique ou agrotóxicos, seus componentes e afins é obrigado a
utilize agrotóxicos, seus componentes e afins é obrigado manter responsável técnico legalmente habilitado e
a fornecer gratuitamente treinamentos e equipamentos rigoroso controle de estoque.
de proteção adequados aos riscos de acidente de trabalho Art. 19. As ações de inspeção e fiscalização de
e/ou doenças profissionais decorrentes da manipulação, agrotóxicos, seus componentes e afins terão caráter
preparo e aplicação de agrotóxicos, seus componentes permanente e constituirão atividades de rotina dos
e afins bem como para manipulação de sementes órgãos responsáveis pela agricultura, saúde e meio
tratadas. ambiente do Estado.
Parágrafo único. Os empregadores e/ou os contratantes Parágrafo único. Quando solicitadas pelos órgãos
de trabalhadores rurais serão co-responsáveis pela competentes, as pessoas físicas ou jurídicas deverão
ocorrência de intoxicação humana e animal, prejuízo prestar as informações ou proceder à entrega de
em lavoura e contaminação inaceitável de coleção de documentos, nos prazos estabelecidos, a fim de não
água, do meio ambiente, ou conseqüente contaminação obstaculizar as ações de inspeção e fiscalização ou
de produtos destinados à consumo, provocados por outras medidas que se fizerem necessárias para evitar
manipuladores ou aplicadores de agrotóxicos, seus dano efetivo ou potencial à saúde e/ou ao ambiente.
componentes e afins, fertilizante ou corretivos, sob sua
Art. 20. A inspeção e fiscalização serão executadas
responsabilidade.
por agentes públicos, devidamente credenciados, que
Art. 12. O transporte de agrotóxicos, seus componentes exercerão, no Estado do Acre, o poder de polícia previsto
e afins dentro do território do Estado do Acre, deverá nas normas locais e federais pertinentes.
obedecer às regras e procedimentos estabelecidos
Art. 21. Ao órgão competente de saúde do Estado
para transporte de produtos perigosos, constantes nas
do Acre, sem prejuízo de outras atribuições legais
normas legais específicas federais e locais.
regulamentares e técnicas, compete desenvolver ações
Art. 13. Os equipamentos específicos para irrigação de vigilância sanitária, epidemiológica e assistenciais,
não poderão ser utilizados para aplicação de agrotóxico, tais como:
seus componentes e afins. I - fiscalizar e controlar, no Estado, a comercialização e
Art. 14. É vedada a utilização de água retirada propaganda dos agrotóxicos, seus componentes e afins;
diretamente de mananciais, para abastecimento de II - fiscalizar e controlar, no Estado, o uso domiciliar e
equipamentos utilizados na aplicação de agrotóxicos, sanitário dos agrotóxicos seus componentes e afins;
seus componentes e afins, bem como o desejo de seus III - fiscalizar o funcionamento de empresas de
excedentes, ou lavagem dos materiais de aplicação e/ produção, comercialização de agrotóxicos, seus
ou embalagens nos cursos hídricos. componentes e afins, bem como daquelas de prestação
§ 1º O estabelecimento prestador de serviços, aplicador de serviços na aplicação dos referidos produtos, com
e utilizador de agrotóxicos, seus componentes e finalidade de higienização, desinfecção ou desinfestação
afins deverá dispor de tomada de água para o de ambientes domiciliares ou coletivos;
estabelecimento e lavagem do equipamento utilizado na IV - realizar amostragem para análise toxicológica em
operação, bem como depósito adequado para o despejo indivíduos que, de qualquer forma, desenvolvam atividades
de resíduos tóxicos. relacionadas à agrotóxicos, seus componentes e afins;
§ 2º Quando o depósito previsto no § 1º deste artigo V - fiscalizar e controlar as condições de segurança,
29
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
higiene de trabalho e saúde das pessoas que, de nesta Lei e nas demais normas regulamentares e
qualquer forma, entrem em contato no ambiente de técnicas pertinentes, respeitadas as respectivas
trabalho, com agrotóxicos, seus componentes e afins; esferas de atuação, deverão articular-se para evitar
VI - realizar estudos epidemiológicos, inclusive relativos a superposição de ações e a frustração das medidas
à morbi-mortalidade, malformações congênitas, de fiscalizatórias.
origem ocupacional ou não, para a identificação de Art. 25. É vedada a comercialização e a utilização de
problemas de saúde relacionadas com agrotóxicos, seus agrotóxicos organomercuriais e organoclorados em todo
componentes e afins; o território do Estado do Acre, exceto organoclorados,
VII - manter serviço especializado em atendimento quando sua utilização em campanhas de saúde pública
de intoxicações por agrotóxicos, seus componentes for absoluta e comprovadamente imprescindível para
e afins, bem como respectivo centro de informações evitar surtos epidêmicos iminentes, após aprovação
toxicológicas. do programa emergencial de uso pelo órgão de meio
Art. 22. Ao órgão competente de agricultura do Estado ambiental do Estado.
do Acre, sem prejuízo de outras atribuições legais, Art. 26. Quando organizações responsáveis pela
regulamentares e técnicas, compete: saúde, alimentação ou meio ambiente, nacionais
I - registrar os prestadores de serviços de aplicação de ou internacionais, das quais o Brasil seja membro
agrotóxicos, seus componentes e afins com finalidade integrante, ou signatário de acordos e convênios,
agrossilvopastoril; alertarem para riscos ou desaconselharem o uso de
II - desenvolver ações de fiscalização e controle do uso determinado agrotóxico, ou componente, ou afim,
agrossilvopastoril dos agrotóxicos, seus componentes caberá à autoridade competente adotar as medidas
e afins; necessárias de proteção à saúde e ao meio ambiente,
III - fiscalizar a utilização agronômica e a destinação sob pena de co-responsabilidade.
de embalagens e resíduos de agrotóxicos, seus Art. 27. Todo indivíduo, relacionado ou não às
componentes e afins, bem como armazenamento na atividades de que trata esta Lei, bem como quaisquer
propriedade rural; profissionais de saúde que tenham conhecimento,
IV - orientar o usuário quanto aos procedimentos em sua atividade clínica, de caso de intoxicação
adequados de aquisição, transporte, armazenamento e por agrotóxico, seus componentes e afins, deverão,
uso de agrotóxicos, seus componentes e afins; obrigatoriamente, notificar o caso ao setor competente
V - orientar o usuário quanto à substituição gradativa, da Secretaria de Estado de Saúde.
seletiva e priorizada de agrotóxicos, seus componentes § 1º A notificação de que trata este artigo será feita em
e afins por outros insumos baseados em tecnologia e formulário próprio, conforme fixado em norma técnica.
modelos de gestão e manejo mais compatíveis com a § 2º O setor competente da Secretaria de Saúde
saúde ambiental em articulação com os órgãos de meio mencionado no caput deste artigo repassará,
ambiente e saúde; imediatamente, as informações relativas às notificações
VI - incentivar a pesquisa referente a manejo sustentado aos órgãos de fiscalização, para o desenvolvimento das
do solo agrícola e controle biológico de pragas; ações fiscais pertinentes.
VII - sistematizar os dados decorrentes das atividades
Art. 28. O Estado do Acre, observada a legislação
de fiscalização e orientação relativas ao uso de
vigente nos limites constitucionais e no interesse
agrotóxicos, seus componentes e afins, mantendo-os
da saúde e do meio ambiente, devidamente
disponíveis e atualizados;
fundamentado, poderá proibir a produção, transporte,
VIII - realizar amostragem de alimentos em nível de
o armazenamento, o comércio, o consumo e o uso
produção, distribuição e comércio para a determinação
de agrotóxicos, seus componentes e afins, em áreas
analítica de resíduos de agrotóxicos, seus componentes
ou atividades consideradas de relevante interesse
e afins, através do seu laboratório oficial.
sanitário-ambiental.
Art. 23. Ao Instituto do Meio Ambiente do Acre
Art. 29. O Poder Público desenvolverá, através
- IMAC, sem prejuízo de outras atribuições legais,
de seus órgãos competentes, ações educativas de
regulamentares e técnicas, compete desenvolver ações
divulgação e esclarecimento com objetivo de reduzir
de vigilância ambiental, tais como:
os efeitos prejudiciais, em qualquer nível, e prevenir
I - fiscalizar a contaminação ambiental por agrotóxicos,
acidentes advindos de quaisquer atividades relacionadas
seus componentes e afins;
a agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como
II - analisar e fiscalizar o uso dos recursos ambientais
a capacitação gradativa, seletiva e priorizada para
referentes a agrotóxicos, seus componentes e afins,
substituição desses produtos por outros métodos e
respeitadas as vedações legais;
mecanismos compatíveis com a saúde ambiental e
III - fiscalizar a destinação final de resíduos e embalagens
desenvolvimento sustentado.
de agrotóxicos, seus componentes e afins;
IV - fiscalizar a destinação final de agrotóxicos, seus Art. 30. Ao órgão de Fazenda do Estado do Acre
componentes e afins apreendidos ou interditados pela compete fornecer aos órgãos de Agricultura, Saúde
ação fiscalizadora do Estado do Acre; e Meio Ambiente, os dados de entrada e saída de
V - levantar informações e monitorar a ação dos quantidades de agrotóxicos, seus componentes e afins,
agrotóxicos, seus componentes e afins no meio por produto do território estadual, sem prejuízo de
ambiente; suas atribuições.
VI - definir, a fim de prevenir dano potencial, as Art. 31. A apuração das infrações às disposições desta
vias locais permitidas e vedadas para transporte de Lei obedecerá ao procedimento previsto na legislação
agrotóxicos, seus componentes e afins; ambiental e sanitária vigente, nas esferas federal,
VII - incentivar, em conjunto com os demais órgãos estadual e municipal.
envolvidos, a pesquisa e desenvolvimento de produtos Art. 32. As pessoas físicas e/ou jurídicas, que exercem
e processos que visem à substituição de agrotóxicos, atividades relacionadas a agrotóxicos, seus componentes
seus componentes e afins, efetiva ou potencialmente e afins, inclusive renovando seus registros e autorizações.
perigosos à saúde ambiental por mecanismos de controle Art. 33. A instalação de indústrias químicas de
sadios, bem como estabelecer normas de controle e agrotóxicos, seus componentes e afins no Estado do
fiscalização de propaganda desses produtos; Acre, está condicionada à prévia análise do órgão
VIII - repassar aos órgãos de agricultura e saúde os competente, à apresentação do Relatório de Impacto
dados pertinentes à sua área. Ambiental, submetido à audiência pública e sua
Art. 24. Os órgãos fiscalizadores, conforme especificado aprovação pelos órgãos competentes.
30
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Art. 34. O uso ou aplicação de agrotóxicos, seus recursos naturais, de forma a assegurar a sua
componentes e afins, por via aérea, somente poderá ser renovabilidade e seu manejo sustentado para as
feito com parecer técnico da Câmara Técnica Estadual presentes e futuras gerações;
de Agrotóxicos. II - compatibilizar o desenvolvimento econômico com
Art. 35. O Poder Executivo regulamentará esta Lei a necessidade de conservação e preservação dos
no prazo de cento e oitenta dias a contar da data de ecossistemas, como condição para garantia da saúde
e sobrevivência da população;
Ordinárias
sua publicação.
III - estimular a adoção de hábitos, costumes e práticas
Art. 36. Esta Lei entra em vigor na data de sua
Leis
sócio-econômicas que minimizem os impactos do meio
publicação, revogadas as disposições em contrário.
ambiente;
IV - garantir a utilização adequada do solo e dos recursos
Rio Branco-Ac, 13 de janeiro de 1994, 106º da
hídricos destinados a fins urbanos e rurais, monitorando
República, 91º do Tratado de Petrópolis e 32º do
a ocupação e uso dos espaços territoriais de acordo
Estado do Acre.
com suas limitações e condicionantes ecológicas e
ambientais, estabelecidos na legislação vigente ou com
ROMILDO MAGALHÃES
base em estudos técnico-científicos reconhecidos;
Governador do Estado do Acre
V - garantir crescentes níveis de saúde pública e
ambiental, inclusive através do provimento de infra-
estrutura sanitária;
LEI Nº 1.117, DE 26 DE JANEIRO DE 1994
VI - estimular a substituição gradativa, seletiva e
priorizada de processos, insumos agrícolas, extrativistas
Dispõe sobre a política ambiental do Estado do
ou industriais potencialmente perigosos, por outros
Acre e dá outras providências.
compatíveis com a saúde ambiental;
Governador do Estado do Acre:
VII - incentivar o desenvolvimento, a produção de
Faço saber, que o poder legislativo decreta e eu sanciono
implantação de equipamentos e a criação, absorção e
a seguinte lei:
difusão de tecnologias compatíveis com a melhoria de
qualidade ambiental;
Título I
VIII - garantir a participação dos segmentos organizados
Dos Fundamentos da Política Ambiental
da sociedade no planejamento execução e vigilância
do Estado
de atividade que visem a proteção, recuperação ou
melhoria da qualidade ambiental;
Capítulo I
IX - proteger a fauna e a flora nativas bem como seus
Das Disposições Preliminares
habitats naturais;
X - preservar o patrimônio natural, hídrico, paisagístico,
Art.1º Esta lei, com fundamento nos artigos 206 e arquitetônico, urbanístico, histórico, cultural,
207 da Constituição do Estado do Acre, dispõe sobre a arqueológico e artístico.
Política Estadual de Meio Ambiente, sua implementação
e acompanhamento, fixando objetivos, diretrizes
Art. 4º São mecanismos básicos da política estadual
de meio ambiente:
e normas básicas para a proteção, conservação e
I - avaliação dos níveis de saúde, conservação e
preservação do meio ambiente e recursos ambientais,
preservação ambiental, promovendo pesquisas,
como premissa de melhoria da qualidade de vida da
inventários, levantamentos;
população.
II - estabelecimento de critérios e padrões de
Art.2º Serão observados os seguintes princípios qualidade ambiental e de normas técnicas relativas
fundamentais para implementação e acompanhamento ao uso de manejo de recursos ambientais, com base
crítico da Política Ambiental do Estado do Acre; em estudos técnico-científicos reconhecidos e aceitos
I - a vida do ser humano como base das questões pelos segmentos organizados e representativos da
ambientais; sociedade;
II - a busca da garantia da qualidade de vida da III - educação ambiental formal e não formal;
população de hoje sem comprometer o padrão de vida IV - zoneamento e planejamento ambiental;
das gerações futuras; V - controle, fiscalização e vigilância ambiental;
III - minimizar os impactos ambientais diretos e VI - licenciamento e monitoramento ambiental;
indiretos das atividades ambientais produtivas; VII - avaliação de impacto ambiental;
IV - a conservação e/ou preservação dos sistemas VIII - sistema de informações ambientais;
de sustentação da vida e biodiversidade, em áreas IX - criação de unidade de conservação;
consideradas críticas para sua existência, tendo por X - geração, adaptação e difusão tecnológicas, bem
base estudos técnico-científicos; como instalação de equipamentos direcionados à
V - a pesquisa científica e tecnológica direcionada ao melhoria da qualidade ambiental;
manejo sustentado dos recursos naturais; XI - planos, programas e projetos de uso dos recursos
VI - a multidisciplinaridade na abordagem das questões ambientais nos níveis Estaduais e Municipais;
ambientais; XII - criação de conselho e comissões que assegurem
VII - a unidade e continuidade da política e gestão a participação dos diversos segmentos organizados
ambiental no tempo e no espaço, sem prejuízo da e representativos da sociedade na tutela do meio
descentralização de ações; ambiente;
VIII - a participação dos segmentos organizados XIII - outras medidas consideradas essenciais à
representativos da sociedade; conquista e manutenção de melhores níveis de saúde
IX - a informação e divulgação permanente de dados e ambiental.
questões ambientais.
Parágrafo único. Para fins desta lei entende-se como
Art. 5º Os princípios, objetivos e mecanismos
referidos nesta Lei deverão ser aplicados, dentre outras,
manejo sustentado: o conjunto das ações destinadas
às seguintes áreas;
ao uso dos recursos naturais, com base em processo
I - saúde pública e saneamento ambiental;
técnico-científicos comprovados, que garantam a sua
II - desenvolvimento urbano;
renovabilidade e/ou à sua perenização;
III - extrativismo e mineração;
Art. 3º São objetivos fundamentais da política IV - energia e transporte rodoviário e de massa;
ambiental do Estado do Acre: V - desenvolvimento industrial e comercial;
I - promover a utilização adequada e racional dos
31
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
VI - agricultura, pecuária e silvicultura; serão realizados fóruns Municipais com representantes dos
VII - recursos hídricos; diferentes segmentos organizados da sociedade, a fim de
VIII - outras atividades que utilizem recursos naturais ou que contemple a problemática local.
que sejam efetivas ou potencialmente poluidoras. Art. 10. Para cumprir o disposto nesta lei, o Instituto
Art. 6º Ao Estado do Acre, no exercício e nos limites de de Meio Ambiente do Acre - IMAC, sem prejuízo de suas
suas competências constitucionais e legais relacionadas demais atribuições previstas nas normas legais vigentes,
ao meio ambiente, incumbe mobilizar a coordenar suas deverá: (Redação dada pela Lei n° 2.156 de 1º de
ações, recurso humanos, financeiros, materiais, técnicos dezembro de 2009)
e científicos, bem como a participação dos segmentos I - exercer a vigilância ambiental, utilizando-se do poder
organizados representativos da sociedade, para a de polícia nos estritos limites de sua competência.
consecução dos objetivos desta Lei. II - realizar o controle ambiental das atividades e
Art. 7º A política ambiental do Estado do Acre, visando empreendimentos no Estado. (Redação dada pela Lei n°
ao desenvolvimento sustentado e proteção ambiental, 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
será consubstanciada na forma de um Plano Estado de Parágrafo único. O ordenamento territorial e os planos
Meio Ambiente, integrando programas e respectivos diretores municipais são instrumentos de polícia ambiental,
projetos e atividades. devendo fundamentar-se no diagnóstico ambiental do
§ 1º O Plano Estadual de Meio Ambiente mencionado Estado e respectivo zoneamento.
neste artigo será o instrumento básico de sistematização
da política estadual de meio ambiente. Capítulo II
§ 2º Os programas de que trata a caput deste artigo, Do Zoneamento Ambiental
de caráter permanente, temporário ou emergencial,
refletirão as prerrogativas da política ambiental do Art. 11. O Estado procederá ao zoneamento ambiental
Estado e serão operacionalizados através de projetos do território, estabelecendo, para cada região, ou bacia
específicos, com metas ou meio pré-definidos. hidrográfica:
§ 3º Os projetos só poderão ser efetivamente I - o diagnóstico ambiental, considerando os aspectos
integrados a um dado programa, quando definidas as geo-biofísicos, a organização espacial do território,
responsabilidades pelas despesas de capital e custeio, incluindo o uso e ocupação do solo, as características
objetivos e metas, coordenação técnica, operacional, do desenvolvimento sócio-econômico e o grau de
sistemática de acompanhamento, avaliação, controle degradação dos recursos naturais;
e documentação. II - a capacidade de suporte dos ecossistemas, indicando
§ 4º Estende-se como desenvolvimento sustentado os limites de absorção de impactos provocados pela
o conjunto das ações direcionadas ao manejo dos instalação de atividades produtivas e de obras infra-
recursos naturais de forma sustentável, com o objetivo estruturais, bem como a capacidade de saturação
de garantir os padrões de qualidade de vida das resultante de todos os demais fatores naturais e
populações, sem comprometer a possibilidade de acesso antrópicos;
a estes recursos, pelas gerações futuras. III - os planos de controle, fiscalização, recuperação e
Art. 8º Na elaboração e implementação do Plano manejo dos recursos naturais; e
Estadual de Meio Ambiente deverão ser observadas as IV - as demandas por produtos, bens e serviços
seguintes etapas: necessários e suficientes para garantir a qualidade de
I - realização, com base no zoneamento, do diagnóstico vida das populações.
ambiental do Estado; Art. 12. O CEMACT apreciará e aprovará o Relatório
II - elaboração do Plano Estadual de Meio Ambiente, Final do Zoneamento Ambiental, dando-lhe ampla
expressando as intenções de políticas, justificativas e publicidade.
programas previstos, tendo em vista a conservação Art. 13. Aprovado o Relatório Final, pelo órgão
ambiental, o desenvolvimento sustentado e os princípios Colegiado, será o plano de zoneamento ambiental do
estabelecidos nesta Lei. Estado, por iniciativa do Poder Executivo, convertido
§ 1º É prioritária a destinação de verbas aos programas em Projeto de Lei, e encaminhado ao Poder Legislativo
considerados emergenciais de acordo com as conclusões para apreciação.
do diagnóstico ambiental do Estado. Parágrafo único. O projeto de lei, regulamentando
§ 2º A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio o zoneamento ambiental, dentro dos limites da
Ambiente - SECTMA - e Secretaria de Planejamento e competência do Estado, estabelecerá incentivos
Coordenação - SEPLAN - poderão firmar acordos, contratos e vedações à utilização dos recursos naturais, de
e convênios, através do IMAC, nos termos e limites da conformidade com a vocação e potencialidade de cada
legislação vigente, para a operacionalização do Plano região, previamente estabelecido através dos estudos
Estadual do Meio Ambiente. técnico-científico.
Art. 9º O Plano Estadual de Meio Ambiente será
elaborado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Capítulo III
Ambiente - SECTMA - e Secretaria de Planejamento Do Apoio Técnico e Científicos
- SEPLAN - garantida a participação dos segmentos Política Estadual de Meio Ambiente
organizados da sociedade e submetido à apreciação do
Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia Art. 14. O Estado do Acre estimulará e desenvolverá,
- CEMACT -, no início de cada exercício administrativo. direta ou indiretamente, pesquisas científicas
§ 1º O Plano Estadual de Meio Ambiente será apreciados fundamentais e aplicadas com o objetivo de identificar
pelo CEMACT em reunião pública, precedida de divulgação e estudar os problemas ambientais e procurar pesquisar
da respectiva pauta. o desenvolvimento de produtos, processos, modelos e
§ 2º Cópia do Plano Estadual de Meio Ambiente será sistemas de significativo interesse ecológico, econômico
colocada à disposição dos interessados pelo menos e social.
30 (trinta) dias antes da reunião do CEMACT que o Parágrafo único. Para viabilizar as ações mencionadas
apreciará. no caput deste artigo serão criados e implantados pelo
§ 3º O Plano Estadual de Meio Ambiente, após sua Poder Público instrumentos institucionais, econômico-
aprovação pelo CEMACT, através de resolução, será financeiros, creditícios, fiscais, de apoio técnico-
encaminhado ao Governo do Estado do Acre para científico e material, dentre outros, como forma de
homologação, publicação e divulgação. estímulo a terceiros, pessoas físicas ou jurídicas, de
§ 4º Para a elaboração do Plano Estadual de Meio Ambiente, direito público ou privado, sem fins lucrativos.
32
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
I - manejo de ecossistemas naturais; educação ambiental nos programas dos cursos da rede
Leis
II - monitoramento ambiental; oficial e particular de ensino em todos os graus;
III - saneamento básico; II - incentivar o envolvimento da comunidade na
IV - saúde, especialmente dos estratos sociais mais conservação ambiental, através de programas de
carentes; educação informal e debate das questões ambientais;
V - recuperação da saúde, especialmente dos estratos III - promover e estimular o estudo e debate jurídico-
sociais mais carentes; ambiental, possibilitando à comunidade familiarizar-se
VI - atividades agrossilvopastoris; com as garantias legais de que dispõe;
VII - extrativismo e mineração;
IV - promover a difusão de princípios de educação
VIII - atividades industriais e agroindustriais;
ambiental, através dos meios de comunicação de massa,
IX - produção e economia de energia elétrica e de
especialmente o rádio e a televisão;
combustível em geral;
X - desassoreamento de corpos d’água, prevenção e V - incentivar o uso das unidades de conservação,
controle da erosão e recuperação de sítios erodidos; bem como de instituições de ensino e pesquisa de
XI - recuperação de áreas degradadas; propriedade do Estado para a educação ambiental;
XII - biotecnologia; VI - organizar atividades que permitam o acesso da
XIII - tratamento e reciclagem de efluentes e resíduos população a áreas onde existam monumentos naturais
de qualquer natureza; e arqueológicos, visando a implementação de atividades
XIV - projeto, implantação, transferência, fixação de educação ambiental;
ou melhoria de assentamentos populacionais e de VII - incentivar a instalação de áreas, espaços e
interesse social; laboratórios comunitários destinados a programas de
XV - defesa civil e do consumidor. educação sanitária e ambiental, bem como de centros
de estudos ambientais voltados às várias áreas do
Capítulo IV conhecimento.
Da Educação Ambiental e Participação § 1º Para implementar o processo de educação
Comunitária ambiental previsto neste artigo, a SECTMA, através
do IMAC e FUNTAC, articular-se-á com as demais
Art. 16. Entende-se por educação ambiental, enquanto Secretarias, órgãos do Governo Federal, Estadual,
mecanismo a ser utilizado na instrumentalização Municipal e os diferentes segmentos organizados da
da política estadual de meio ambiente, o conjunto sociedade civil.
de iniciativa de entidades governamentais e não- § 2º Para os projetos integrantes do programa
governamentais repre-sentativas da sociedade que permanente de educação ambiental exigir-se-á
eleve o grau de informação, capacidade de organização,
fundamentação técnica, didático-pedagógica, de
mobilização e exercícios de todas as prerrogativas de
comunicação em geral e valorização especial das
cidadania da comunidade, para conquista crescente de
características culturais locais.
melhores níveis de qualidade de vida.
Art. 17. O processo de educação ambiental no Estado Art. 19. O poder público apoiará a criação e
obedecerá, em princípio, aos seguintes conceitos, implantação de Conselho Popular de Defesa do Meio
adotados pela Organização das Nações Unidas para a Ambiente - CONDEMAS -, bem como de entidades civis
Educação, Ciência e Cultura - UNESCO - e Programa voltadas à pesquisa científica e tecnológica de interesse
das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA -, sanitário e ambiental.
dentre outros: Parágrafo único. O apoio a que se refere o caput deste
I - considerar o meio ambiente em sua totalidade, artigo não implica em ônus financeiro para o Poder
de acordo com suas características naturais e as Público.
resultantes da ação antrópica, englobando aspectos
econômicos, sociais, políticos, históricos, culturais, Título II
legais e demográficos; Da Proteção ao Meio Ambiente
II - inter-relacionar, em todas as faixas etárias da
população, os processos e sensibilização, internalização Capítulo I
de conhecimentos e habilidades para resolver problemas Do Bem Público de Uso Comum do Povo
da sociedade;
III - capacitar o educando a reconhecer sintomas e
causas efetivas dos problemas ambientais, através Art. 20. O meio ambiente é patrimônio público de
do raciocínio crítico e correspondente procura de uso comum da coletividade, e sua proteção é dever
soluções; do Estado e de todas as pessoas e entidades que,
IV - utilizar os diferentes meios técnicos existentes para no manejo dos meios de produção e no exercício de
identificar, avaliar e transmitir conhecimentos sobre o atividades, deverão respeitar as limitações, com vistas
meio ambiente, enfatizando a prática e experiências a assegurar um ambiente sadio, para as presentes e
pessoais, especialmente das populações autóctones; futuras gerações.
V - despertar a necessidade de que cada indivíduo adote
e assuma, em relação ao meio ambiente, conduta ética Capítulo II
conservacionista, racional, responsável e solidária, Do Controle da População
priorizando a busca do desenvolvimento sustentado;
VI - conscientizar, permanentemente, os vários Seção I
segmentos da comunidade, através dos meios de Normas Gerais
educação formal e não-formal;
VII - abordar, interdisciplinarmente a educação Art. 21. É vedado o lançamento no meio ambiente
ambiental no ensino formal, através dos conteúdos de qualquer forma de matéria, energia, substância
programáticos de todas as atividades, área de estudo ou mistura de substâncias, em qualquer Estado
e disciplinas, em todos os níveis de ensino, desde a físico, acima dos níveis cientificamente estabelecidos
33
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
34
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Art. 34. A implantação de distritos industriais e de de estoque e prova da procedência dos produtos,
grandes projetos de irrigação, colonização e outros apresentando-os á autoridade competente sempre que
que dependem de utilização de águas subterrâneas, lhes for exigido.
deverão ser precedidas de estudos hidro-geológicos, § 2º O descumprimento de dispositivo neste artigo
para a avaliação das reservas e do potencial dos acarretará a perda da respectiva autorização ambiental,
recursos hídricos e para o correto dimensionamento independentemente de outras penalidades previstas
do abastecimento, sujeitos a aprovação dos órgãos em lei.
Ordinárias
competentes. Art. 43. O proprietário do criatório deverá solicitar
Leis
Art. 35. Se, no interesse da preservação, conservação autorização para apanha de ovos, larvas e filhotes
e manutenção no equilíbrio natural das águas existentes na natureza, ou poderá receber animais
subterrâneas, dos serviços públicos de abastecimento adultos e semi-adultos provenientes do Centro de
de águas, ou por motivos geotécnicos, ou ecológicos se Recepção, Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres
fizer necessários restringir a captação e o uso dessas do Estado.
águas, o IMAC poderá propor ao CEMACT a delimitação § 1º Os ovos, larvas e filhotes referidos no “CAPUT”
de áreas destinadas ao seu controle, conforme dispuser deste artigo, destinam-se exclusivamente à criação; não
o regulamento desta lei. podendo ser vendidos ou transferidos a qualquer título.
§ 2º Os órgãos ambientais e sanitários competentes
Seção IV estabelecerão critérios para a adequação do recinto
Dos Aspectos Ambientais de Proteção à de criação, condições de higiene e estabelecimento de
Fauna Silvestre dietas apropriadas.
§ 3º O requerimento não poderá doar, transferir a
Art. 36. Os animais silvestres de quaisquer espécies, qualquer título, vender, mutilar ou destruir os ovos,
em quaisquer fases de seu desenvolvimento e que larvas e somente podendo comercialização os ovos,
naturalmente fora do cativeiro, constituído a fauna larvas e filhotes já produzidos no próprio criatório.
silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros Art. 44. Para comercialização ou transferência de
naturais, são propriedades do Estado, sendo proibida espécimes da fauna silvestre, a qualquer título será
a sua utilização, caça ou apanha. expedido o certificado correspondente pelo criatório,
Art. 37. São vedadas a caça profissional e a caça declarado nome e transportador, data e número das
amadorista no Estado, ressalvadas as hipóteses de autorizações para funcionamento expedidas pelos
caça científica e de sobrevivência ou subsistência, nos órgãos ambientais e sanitários competentes.
termos da legislação vigente. Parágrafo único. A guarda, transporte e comércio de
Parágrafo único. Entende-se por caça de subsistência espécimes sem o certificado referido no “CAPUT” deste
ou de sobrevivência aquela usualmente praticada pelas artigo implicará sua apreensão imediata e autuação
populações indígenas nas reservas, áreas ou territórios administrativa do infrator, independen-temente de sua
a elas reconhecidos, como também a de seringueiros responsabilidade civil e criminal.
em trabalho na mata ou interioranos e populações Art. 45. Para instalação e funcionamento de Jardins
autóctones, assim como, o pequeno produtor que Zoológicos, de propriedade pública ou privada, será
não tenham acesso aos produtos oriundos da fauna necessária a autorização ambiental do IMAC, sem
domesticada e precisem da caça para sobreviver. prejuízo de outras licenças cabíveis.
Art. 38. E vedado qualquer tipo de divulgação e § 1º As dimensões dos Jardins Zoológicos e as
propaganda que estimule ou surgira a prática do ato respectivas instalações deverão atender aos requisitos
de caça ou apanha. mínimos de habilidade, sanidade e segu-rança de
cada espécies, de manejo, assegurando-se proteção e
Art. 39. E proibida a apreensão e comercialização de
condições de higiene ao público visitante.
animais silvestres do Estado, bem como de produtos ou
§ 2º O órgão ambiental ou sanitário competente
objetos oriundos de sua caça, perseguição ou apanha
estabelecerá a proporção entre o número de espécimes
exceto se, comprova-damente, provenientes de animais
e número de profissionais habilitados para a assistência
criados em criatórios autorizados.
médico-veterinária e para a observância do equilíbrio
§ 1º Consideram-se criatórios autorizados, para os
ecológico.
efeitos desta lei, aqueles que possuam aplicações de
técnicas de manejo no sentido de facilitar a reprodução Art. 46. A posse dos animais domésticos da fauna
de determinadas espécies em regime de cativeiro e silvestre nacional deve ser devidamente comprovada
semi-cativeiro e estejam devidamente cadastrados e quanto a sua origem, não podendo o possuidor Ter mais
licenciados pelo IMAC, sem prejuízo de outras licenças de dois exemplares.
cabíveis. § 1º Os possuidores de mais de dois exemplares
§ 2º O proprietário do criatório, pessoa física ou jurídica, da fauna silvestre deverão ser depositários fiéis do
deverá identificar e manter o registro dos animais por restante, não podendo repô-los após a sua morte,
ele criados. sendo terminantemente proibida a sua utilização,
comercialização e transporte, sendo as eventuais
Art. 40. O Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC
execuções estabelecidas pelo órgão ambiental
manterá uma lista atualizada de animais cuja criação
competente.
será permitida nos criatórios.
§ 2º Ao depositário fiel será concedido o prazo
Art. 41. Os recursos oriundos do licenciamento dos necessário para a adequação da situação de cativeiro
criatórios deverão ser revertidos, obrigatoriamente a dos animais sob sua custódia, inclusive providenciando
programas e projetos referentes à proteção da fauna anilhamento e tatuagem.
silvestre. § 3º Não sendo atendidas as condições exigidas no prazo
Art. 42. As pessoas físicas ou jurídicas que, na forma previsto, os animais serão apreendidos, providenciando-
desta lei e mediante autorização ambiental prévia, se sua reintrodução no “habitat” original ou destinação
negociarem produtos da fauna silvestre proveniente adequada conforme determinado nas normas legais
de criatórios ou seus respectivos subprodutos, deverão vigentes e no regulamento desta lei.
cadastrar-se no IMAC, sem prejuízo de outras licenças § 4º Os animais considerados em perigo de extinção
exigíveis. serão apreendidos pela autoridade competente e
§ 1º As pessoas físicas ou jurídicas que negociarem encaminhamos às entidades que possam mantê-los
animais provenientes de criatórios ou seus respectivos adequadamente, visando à reprodução da espécie no
produtos são obrigadas a manter rigoroso controle seu “habitat” original.
35
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Art. 47. As pessoas físicas ou jurídicas que mantêm comprovadamente em vias de extinção, estabelecendo
animais das espécies da flora e fauna silvestre do estado para tanto, limitações administrativas.
em perigo de extinção com base em estudos técnico- Art. 55. Na distribuição de lotes destinados à atividade
científicos reconhecidos . agrossilvopastoris, em planos de colonização e de
Art. 48. O IMAC manterá lista atualizada, contendo a reforma agrária, serão incluídas as áreas de reservas
relação das espécies da flora e fauna silvestre do estado necessárias ao abastecimento local ou nacional de
em perigo extinção com base em estudos técnico- outros produtos florestais, inclusive madeira e à
científicos reconhecidos. manutenção da biodiversidade.
Art. 49. O perecimento de animais silvestres pelo uso Art. 56.Os projetos de reforma agrária e regula-
indireto de agrotóxicos ou qualquer outra substância mentação fundiária deverão ser submetidos à apreciação
química, obrigará seu responsável a promover as do IMAC para efeito de definição da localização das áreas
medidas técnicas recomendadas para eliminação dos de reserva legal.
efeitos nocivos correspondentes. Art. 57. A exploração da vegetação nativa primitiva,
dentro das áreas de preservação permanente, será
Seção V permitida com base em critérios cientificamente
Dos Aspectos Ambientais de comprovados e reconhecidos, amplamente discutidos
Proteção à Flora com os segmentos organizados representativos da
sociedade e aprovados pelo CEMACT.
Art. 50. A flora nativa e as demais formas de Art. 58. O comércio de vegetais superiores e inferiores
vegetação reconhecidas como de utilidade ambiental vivos, oriundos de florestas, dependerão de licença
são bens de interesse comum a todos os habitantes do IMAC.
do Estado, exercendo-se o direito de propriedade com Art. 59. E instituído o Cadastro Estadual de Imóveis
as limitações estabelecidas por lei e demais normas Rurais – CEIR, a ser organização nos termos do
legais vigentes. regulamento desta lei, com objetivo de facilitar a
Art. 51. Considerando-se de preservação permanente manutenção e implantação das áreas de reserva legal,
as florestas e demais formas de vegetação situadas: bem como seu respectivo controle e fiscalização.
I – Ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água desde Art. 60. E proibido o debate e a comercialização da
que o seu nível mais alto, em faixa marginal, tenha castanheira (Bertholettia excelsa) e da seringueira
largura mínima de: (Hevea spp) vivas, bem os desmatamentos em
a) 30 (trinta) metros para os cursos d’água de até 10 áreas de ocorrência natural de maciços das espécies
(dez) metros de largura; mencionadas.
b) de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d’água § 1º São considerados maciços de espécies, para efeito
que tenham entre 10 (dez) e 50 (cinqüenta) metros deste artigo, as áreas com densidades igual ou superior
de largura; a 15 (quinze) espécimes por hectare.
c) de 100 (cem) metros para os cursos d’água que § 2º Por ocasião dos desmatamentos, em áreas com
tenham entre 50 (cinqüenta) e 200 (duzentos) metros densidade inferior ao estabelecido no parágrafo anterior,
de largura; ao redor das castanheiras (Bertholettia excelsa) será
d) de 500 (quinhentos) metros para os cursos d’água mantida a vegetação nativa, proporcional à proteção de
que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros. sua copa, como forma de assegurar a sua polinização e
II – 30 (trinta) metros ao redor das lagoas, reservatórios conseqüente reprodução.
d’água naturais desde o seu nível mais alto medido
horizontalmente em faixa marginal tenha a largura Seção VI
mínima de 100 (cem) metros; Dos Aspectos Ambientais da
III – Nas nascentes, nos chamados “olhos d’água” Proteção a Fauna e Flora Aquáticas
qualquer que seja sua situação topográfica, num raio
de 30 (trinta) metros; Art. 61. Para efeito desta lei, consideram-se fauna e
IV – Nas encostas ou partes de encostas com declividade flora aquáticas os animais e vegetais que tem na água
superior a 45º (quarenta e cinco graus). o seu meio de vida normal ou mais freqüente, sejam
Parágrafo único. As áreas de reserva legal serão eles de ocorrência natural, cultivados ou provenientes
averbadas no cartório de registro de imóveis da situação de criatórios.
do imóvel, à margem da matrícula e registro.
Art. 62. A utilização da fauna e flora aquáticas
Art. 52. A intervenção e a supressão de vegetação em pode ser efetuada através da pesca ou coleta com
área de preservação permanente somente poderão ser fins comerciais, desportivos e científicos, conforme o
autorizadas em caso de utilidade pública ou de interesse disposto nas normas legais vigentes.
social, mediante licença específica concedida pelo IMAC, Parágrafo único. Aos pesquisadores de instituições, que
na forma da legislação vigente. (Redação dada pela Lei tenham por atribuição coletar material biológico para
n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009) fins científicos, serão concedidas licenças especiais para
Parágrafo único. É permitido o acesso de pessoas fins de levantamento de ictiofauna e outros animais
e animais às áreas de preservação permanente, de vida aquática de acordo com a legislação vigente,
para obtenção de água, desde que não implique em permitindo-lhes a utilização de metodologia científica
supressão, nem comprometa a regeneração ou a reconhecida, obrigando-se as instituições licenciadas
manutenção da vegetação nativa. (Redação dada pela a fornecer gratuitamente ao IMAC o resultado das
Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009) pesquisas efetuadas.
Art. 53. Exemplares ou pequenos conjuntos de flora Art. 63. Para efeito de regulamentação da atividade
poderão ser declarados imunes ao corte e supressão, ser consideradas as peculiaridades das comunidades
em virtude de sua importância histórica, cultural e indígenas, pesqueiras tradicionais, seringueiros e
ambiental, devidamente comprovada e reconhecida pequenos produtores que exerçam a pesca de forma
através do CEMACT. artesanal.
Art. 54. Além de preceitos gerais a que está sujeita a Art. 64. E proibido pescar:
utilização das florestas, o Poder Público Estadual poderá, I - Em corpos d’água, nos períodos em que ocorrem
dentro da legislação vigente e sujeita a aprovação do fenômenos migratórios para a reprodução;
CEMACT. II - Espécies que devam ser preservadas ou espécimes
I - Propor outras que atenda às peculiaridades locais; com tamanhos inferiores aos permitidos;
II - Proibir ou limitar corte das espécies vegetais
36
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
V – Em época, e, nos locais interditados pelo órgão federal pertinente, ficando seu responsável obrigado a
Leis
ambiental competente, com base na legislação vigente recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com
e em dados técnico-científico; solução técnica aprovada previamente pelo IMAC.
VI – Sem a competente autorização; Art. 72. A extração e beneficiamento de minérios em
VII – Pelo sistema de arrasto; lagos, rios e quaisquer corpos d’água só poderão ser
VIII – Com apetrechos cujo comprimento ultrapasse realizados após licenciamento ambiental e de acordo
um terço do ambiente aquático; com critérios estabelecidos na legislação vigente.
IX – À jusante e à montante, nas proximidades de
Art. 73. O titular de autorização de pesquisa, de
barragens, cachoeiras, corredeiras e escadas de peixes,
permissão de lavra garimpeira, de concessão de lavra,
nas condições e termos das normas legais e técnicas
de licenciamento, de manifesto de mina ou de qualquer
vigentes.
outro título minerário responde pelos danos causados
§ 1º Excluem-se das proibições previstas nos incisivos
ao meio ambiente, sem prejuízo das demais cominações
I e VI deste artigo os pescadores que utilizem linha de
legais cabíveis.
mão, vara, caniço e molinete para o exercício de pesca.
Parágrafo único. O IMAC fará o monitoramento das
§ 2º Elevado o transporte, a comercialização, o
atividades de pesquisa e lavra de recursos minerais, nos
beneficiamento e a industrialização de espécimes
termos da programação aprovada, que terá auditoria
provenientes da pesca proibida.
periódica.
Art. 65. O Conselho Estadual de Meio Ambiente –
Art. 74. A lavra garimpeira deverá obter licença
CEMACT fixará, mediante propostas do órgão ambiental
ambiental do IMAC, como medida preventiva de controle
competente, os períodos de proibição de pesca,
de produção.
incluindo a relação dos espécimes e seus tamanhos
mínimos e quantidades, os aparelhos e implementos Art. 75. A pesquisa e lavra de recursos minerais
proibidos de qualquer natureza, bem como as medidas em espaços territoriais, especialmente protegidos,
necessárias ao ordenamento pesqueiro, atendendo dependerá do regime jurídico dos mencionados espaços,
às peculiaridades regionais para a proteção da flora e podendo o Estado estabelecer normas específicas para
fauna aquáticas. permiti-las ou impedi-las, conforme o caso, afim de
evitar degradação ambiental.
Art.66. A fiscalização da atividade pesqueira
abrangerá as fases de captura, extração, coleta,
Capítulo III
transporte, conservação, transformação, beneficia-
Do Patrimônio Genético
mento, industrialização e comercialização das espécies
animais e vegetais que tenham na água seu meio de
Seção I
vida natural ou mais freqüente.
Dos Fundamentos
Art.67. O proprietário de áreas com de áreas com
cursos d’água ou concessionário de represas tem o dever
Art. 76. Compete ao Estado em conjunto com
de medidas de proteção à fauna e à flora aquática.
os municípios, a proteção do patrimônio genético,
§ 1º O IMAC determinará medidas de proteção à fauna
objetivando a manutenção da biodiversidade pela
e à flora aquática em quaisquer obras que importem a
garantia dos processos naturais que permitam a
alteração do regime dos cursos d’água, querem privadas
reprodução deste mesmo patrimônio, mediante:
ou públicas, nas condições e termos das normas legais
I – Com base em estudos técnico-científicos, a criação
e técnicas vigentes;
e a manutenção de um sistema integrado de áreas
§ 2º No caso de construção de barragens, o proprietário
protegidas dos diversos ecossistemas ocorrentes no
ou concessionário deverá adotar as medidas de proteção
seu território;
à fauna e à flora aquática preconizadas pela legislação
II – A garantia da preservação de amostras significativas
vigente, quer no período de instalação, fechamento de
dos diversos componentes genéticos e de seus
comportas, ou operações de rotina.
“habitats”, em áreas cientificamente reconhecidas para
§ 3º Nas águas onde houver peixamento ou fechamento
sua existência;
de comportas, será proibida a pesca pelo o período
III – A criação e a manutenção de bancos de
determinado pela legislação vigente.
germoplasma que reservem amostras significativas de
Art. 68. A captura, o comércio e a criação de espécies seu patrimônio genético, em especial das espécies rara
ornamentais serão regulamentados pelo Conselho e ameaçadas de extinção;
Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia – IV – A garantia de pesquisa e do desenvolvimento de
CEMACT. tecnologia de manejo de bancos genéticos e gestão dos
Art. 69. E vedada a introdução, dos corpos d’água de “habitats” das espécies rara, endêmicas, vulneráveis ou
domínio público existentes no Estado, bem como em em perigo de extinção, bem como de seus ecossistemas
quaisquer corpos d’água que mantenham conexão com associados
estes, de espécies exóticas de fauna e flora aquáticas,
sem prévia autorização do IMAC. Seção II
Art. 70. O Estado, através do Conselho Estadual Da Coleta de Material Científico
de Meio Ambiente, ciências e Tecnologia – CEMACT,
mediante proposta do Instituto de Meio Ambiente Art. 77. As expedições ou visitas científicas nacionais
do Acre – IMAC, estabelecerá, com base em estudos ou estrangeiras que pretendem coletar, apanhar ou
técnico-científico reconhecidos, em caráter suple-tivo capturar espécimes de fauna silvestre em qualquer fase
ou complementar, medidas, parâmetros e padrões do seu desenvolvimento, inclusive ovos e larvas, e da
destinados a proteção do ambiente aquático, tendo em flora acreana deverão ser autori-zadas pelo Instituto de
vista as características regionais dos cursos hídricos e Meio Ambiente do Acre – IMAC.
águas interiores. § 1º As atividades referidas no “caput” deste artigo,
somente serão autorizadas desde que haja a co-
37
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
38
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
tragam maléficos ou inconvenientes à saúde, ao bem- ou jurídica interessada deverá, prévia e preliminarmente
estar público ou ao meio ambiente. à execução do estudo de impacto ambiental, requerer
§ 1º - É expressamente proibido: ao IMAC Termo de Referência, onde serão fixação as
I – Deposição de lixo em locais inapropriadas, em áreas diretrizes básicas para sua realização.
urbanas ou rurais; § 3º A equipe multidisciplinar incumbida de realizar
II – A incineração e a disposição final de lixo a céu aberto; estudo prévio de impacto ambiental, bem como cada um
III – A utilização de lixo “in natura”; de seus membros, deverão ser cadastrados no IMAC.
Ordinárias
IV – O lançamento de lixo em água de superfície, Art. 101. O Estudo Prévio de Impacto Ambiental –
sistemas de drenagem de águas pluviais, poços,
Leis
EPIA e o respectivo Relatório – RIMA serão acessíveis
cacimbas e áreas erodidas. a consulta pública na sede do IMAC e na prefeitura do
§2º - É obrigatória a incineração do lixo hospitalar, município que sediará o projeto ou atividade.
bem como sua adequada coleta transporte, sempre Parágrafo único. Os prazos para consulta pública não
obedecendo as normas técnicas pertinentes. poderão ser superiores a 15 (quinze) dias, contados
§ 3º - O Conselho Estadual de Meio Ambiente Ciência e a partir da data da publicação da convocação dos
Tecnologia – CEMACT poderá estabelecer zonas urbanas interessados.
onde a seleção de lixo deverá ser necessariamente
efetuada em nível domiciliar, propondo para esse fim a
Art. 102. Serão realizadas audiências públicas nos
licenciamentos ambientais, a critério do IMAC, quando o
criação de mecanismo de estímulos.
§4º - O CEMACT, mediante proposta do IMAC, poderá mesmo julgar conveniente para a proteção do interesse
estabelecer normas técnicas disciplinando a reciclagem social e do patrimônio natural, histórico, artístico,
e o destino final do lixo. cultural, arquitetônico, urbanístico e paisagístico ou
sempre que for solicitado por: (Redação dada pela Lei
Seção IV n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
Das Condições Ambientais das Edificações I - entidade civil constituída há mais de um ano e
que tenha entre seus objetivos a proteção de meio
Art. 95. As edificações públicas e privadas deverão ambiente ou de interesses coletivos ou difusos
aos requisitos sanitários de higiene e segurança, direta ou indiretamente atingidos pela atividade em
indispensáveis à proteção da saúde e ao bem-estar licenciamento; (Redação dada pela Lei n° 2.156 de 1º
dos usuários e da comunidade em geral, conforme de dezembro de 2009)
estabelecidas no Regulamento desta Lei e em normas II – Ministério Público Estadual ou Federal, ou
técnicas apropriadas pelo CEMACT e com base na Procuradoria Geral do Estado na forma definida nas
legislação vigente. respectivas leis orgânicas; e
Art. 96. A Secretaria de Ciência, Tecnologia e III - cinqüenta ou mais cidadãos. (Incluído pela Lei n°
Meio Ambiente, através do IMAC, juntamente com 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
a Secretaria de Transporte e Obras Públicas, fixarão § 1º O proponente de licenciamento do projeto
normas para aprovação de projetos de edificações deverá providenciar a publicação da notícia, bem
públicas e privadas como objeto de economizar como da convocação para as respectivas audiências
energia elétrica para climatização, iluminação interna públicas que venha a ser realizadas, no diário oficial
e aquecimento de água, compatíveis com a legislação do Estado, em periódico local de grande circulação,
vigente a níveis Federal, Estadual e Municipal. afim que a comunidade local tenha a oportunidade de
Art. 97. Os proprietários e possuidores de edificações se manifestar.
são obrigados a executar as obras determinadas § 2º As audiências públicas serão realizadas no prazo de
pelas autoridades ambientais e sanitárias, visando ao 30 (trinta) dias a contar da publicação da convocação
cumprimento das normas vigentes. dos interessados, em locais e horários compatíveis
com as possibilidades de acesso das comunidades
Art. 98. Os necrotérios, locais de velórios, cemitérios
interessadas.
e crematórios obedecerão às normas ambientais e
sanitárias aprovadas pelos órgãos de saúde e meio Art. 103. A construção, instalação, ampliação
ambiente, no que se refere à localização, construção, e funcionamento de estabelecimento e atividades
instalação e funcionamento. utilizadores de recursos ambientais, consideradas
efetivas ou potencialmente poluidoras, bem com os
Capítulo V empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de
Do Processo de Licenciamento causar degradação ambiental, dependerão de prévio
licenciamento do IMAC, sem prejuízo de outras licenças
legalmente exigíveis.
Art. 99. O sistema de licenciamento é instrumento
§ 1º Os pedidos de licenciamento, sua renovação e
de política ambiental, tendo o objetivo de disciplinar à
respectiva concessão serão publicados no diário oficial
implantação ou funcionamento de atividades efetiva ou
do Estado, bem como em periódico local de grande
potencialmente causadores de impacto ambiental.
circulação, cabendo as despesas ao requerente do
Art. 100. O licenciamento para instalação de obra licenciamento.
ou atividade efetiva ou potencialmente poluidora § 2º A decisão quanto ao pedido de renovação de
que possa causar significativa degradação ambiental, licenciamento ocorrerá dentro de 30 (trinta) dias da
dependerá de Estudo Prévio de Impacto Ambiental, a publicação mencionada no parágrafo anterior.
ser efetuado por equipe multidisciplinar, independente
do requerente do licenciamento e do órgão público
Art. 103-A. Caberá aos municípios o licenciamento
ambiental dos empreendimentos e atividades
licenciador, sendo obrigatória a informação adequada à
considerados como de impacto local, bem como
comunidade em relação ao empreendimento requerente
daqueles que lhes forem delegados pelo IMAC por meio
do licenciamento.
do instrumento legal competente. (Incluído pela Lei n°
§ 1º Complementarmente ao disposto neste artigo, o
2.156 de 1º de dezembro de 2009)
Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIA) e respectivo
Parágrafo único. O IMAC expedirá uma lista de tipologias
Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA)
de empreendimentos e atividades considerados como
deverão obedecer às diretrizes e procedimentos gerais
de impacto local, levando em consideração suas
e específicos emanados dos órgãos federais e estaduais
características e complexidade, a qual deverá ser
competentes.
submetida à aprovação do CEMACT. (Incluído pela Lei
§ 2º Quando houver necessidade de Estudo Prévio de
n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
Impacto Ambiental – EPIA e respectivo Relatório de
Impacto sobre Meio Ambiente – RIMA, a pessoa física Art. 104. Os estabelecimentos e todos os respon-
39
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
sáveis pelas atividades previstas no artigo anterior agrária, consoante apresentação de documentos que
são obrigados a implantar sistema de tratamento comprovem sua viabilidade ambiental. (Incluído pela
de efluentes, controle de emissão de poluentes e de Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
ruído, bem como promover todas as demais medidas VI - Autorização Ambiental de Desmate e Queima
necessárias para prevenir ou corrigir os inconvenientes Controlada - AADQ: autoriza a atividade de conversão de
e danos decorrentes da publicação. áreas com cobertura florestal para uso alternativo do solo
Art. 105. O Conselho Estadual de Meio Ambiente, e origina, caso seja solicitada, a Autorização de Desmate
Ciência e Tecnologia – CEMACT mediante proposta e da Utilização da Matéria Prima Florestal - AUMPF.
do IMAC estabelecerá normas técnicas com base em (Incluído pela Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
estudos técnico-científicos reconhecidos, específicos § 1º O prazo de validade da Licença Prévia-LP deverá
para elaboração e avaliação agro-industriais, bem como ser, no mínimo, aquele estabelecido pelo cronograma de
de adaptação das licenças de instalação e operação elaboração dos planos, programas e projetos relativos
desses empreendimentos. ao empreendimento ou atividade, não podendo ser
§ 1º De acordo com o relatório técnico de vistoria e superior a cinco anos. (Redação dada pela Lei n° 2.156
segundo os critérios técnicos previsto na legislação de 1º de dezembro de 2009)
vigente o IMAC poderá propor ao CEMACT a exigência § 2º O prazo de validade da Licença de Instalação-LI
de EIA/RIMA para implantação de projetos extrativistas, deverá ser, no mínimo, o estabelecido pelo cronograma
agrossilvopastoris, industriais e agro-industriais de de instalação do empreendimento ou atividade, não
áreas superiores a 1000 (um mil) hectares. podendo ser superior a seis anos. (Redação dada pela
§ 2º Quando for concedida a licença para a obra ou Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
atividade envolvendo ou utilizando mata primária, § 3º O prazo de validade da Licença de Operação-LO e
o IMAC poderá designar um ou mais técnicos para da Licença de Instalação e Operação-LIO será de, no
acompanhar a implantação do projeto até sua mínimo, quatro anos e, no máximo, dez anos. (Redação
conclusão, sem ônus para o licenciado. dada pela Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
Art.106. As licenças ambientais têm natureza § 4º O prazo de validade da Licença Ambiental Única-
jurídica de autorização e poderão ser suspensas ou LAU será de, no máximo, cinco anos. (Redação dada
anuladas a qualquer tempo durante sua vigência, pela Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
quando ocorrer: § 5º O IMAC, durante a vigência de quaisquer das licenças
I – Violação de quaisquer das condições mediante as de que trata este artigo, poderá determinar a realização
quais tenha sido concedida; de auditoria técnica no empreendimento. (Redação
II – Descrição falsa, erro de comprovada má fé ou dada pela Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
omissão em relato dos fatos solicitados para expedição § 6º O IMAC definirá os procedimentos específicos para
de licença; as licenças e autorizações ambientais, observadas a
III – Mudanças significativas das características dos natureza, características e peculiaridades da atividade
recursos naturais envolvidos ou superveniência de ou empreendimento e, ainda, a compatibilização
conhecimento técnico e, científico reconhecido que torne do processo de licenciamento com as etapas de
inadequada atividade desenvolvida ou potencialmente planejamento, implantação e operação, podendo os
causadora de dano significativo à saúde e ao bem-estar mesmos ser submetidos à apreciação do Conselho
da população; Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia -
IV – Superveniência de normas técnicas circunstan- CEMACT. (Redação dada pela Lei n° 2.156 de 1º de
ciadas na legislação vigente que restrinjam a dezembro de 2009)
possibilidade de desenvolvimento da atividade; § 7º O IMAC estabelecerá procedimentos simplificados
V – Modificação da finalidade do empreendimento para para as atividades e empreendimentos de pequeno
qual foi solicitado o licenciamento. potencial de impacto ambiental. (Redação dada pela
Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
Art. 107. O IMAC, sem prejuízo de suas demais
§ 8º Poderá ser admitido, a critério do IMAC, um único
competências ou de outras medidas legais cabíveis,
processo de licenciamento ambiental para um conjunto
expedirá as seguintes licenças ambientais:
de pequenos empreendimentos de atividades similares e
I – Licença Prévia (LP), na fase preliminar de
vizinhas ou para aqueles empreendimentos integrantes
planejamento do empreendimento, contendo requisitos
de projetos ou programas governamentais, desde que,
básicos a serem atendidos nas etapas de localização,
em qualquer caso, sejam definidas as responsabilidades
instalação e operação;
legais de cada empreendedor. (Redação dada pela Lei
II – Licença de instalação (LI), autorizando o início
n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
da implantação, de acordo com as especificações
§ 9º O IMAC, para cada modalidade de licença prevista
constantes do projeto aprovado;
neste artigo, poderá estabelecer prazos de análise
III – Licença de operação (LO), autorizando, após as
diferenciados em função das peculiaridades da atividade
verificações necessárias, o inicio da atividade licenciada
ou do empreendimento, bem como para a formulação
e o funcionamento de seus equipamentos de controle
de exigências complementares, observando-se os
de poluição, de acordo com previsto nas Licenças Prévia
seguintes prazos máximos para análise: (Redação dada
e de Instalação;
pela Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
IV - Licença Ambiental Única-LAU: autoriza a localização, a
I - de sessenta dias nos casos de LAU; (Incluído pela
instalação e a operação de atividades e empreendimentos
Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
de baixo impacto ou de atividades temporárias, devendo
II - quatro meses nas demais modalidades de licença;
atender as medidas de controle ambiental e demais
(Incluído pela Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
condicionantes determinadas pelo IMAC; (Incluído
III - seis meses, nos casos em que houver a necessidade
pela Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
de realização de EIA/RIMA e/ou de audiência pública.
V - Licença de Instalação e Operação-LIO: autoriza a
(Incluído pela Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
instalação e a operação de atividades de: (Incluído pela
§ 10. Os prazos mencionados no § 9º deste artigo serão
Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
contados da data de protocolização do requerimento
a) extração mineral da Classe II de uso imediato na
da licença até o seu deferimento ou indeferimento,
construção civil, devendo atender às medidas de
suspendendo-se a contagem durante a elaboração
controle ambiental estabelecidas no Plano de Controle
dos estudos ambientais complementares e durante a
Ambiental previamente aprovado; e (Incluído pela Lei
preparação de esclarecimentos pelo empreendedor.
n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
(Redação dada pela Lei n° 2.156 de 1º de dezembro
b) assentamentos humanos para fins de reforma
de 2009)
40
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
§ 11. A renovação da licença ambiental de uma pública ou violenta degradação ambiental e estágio
atividade ou empreendimento deverá ser requerida com crítico de poluição, poderá o Poder Executivo utilizar-se
antecedência mínima de cento e vinte dias da expiração da prerrogativa prevista no Artigo XXI da Constituição
de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, Estadual.
ficando a mesma automaticamente prorrogada até a Parágrafo Único – Para a execução das medidas
manifestação definitiva do IMAC. (Incluído pela Lei n° emergenciais durante o período crítico.
2.156 de 1º de dezembro de 2009)
Ordinárias
Art. 108. A atividade sujeita o processo de licencia- Capítulo II
Das Infrações e Penalidades
Leis
mento ambientais já instaladas no território do Estado e
ainda não licenciadas deverão ser registra-das no IMAC
para fins de obtenção da licença de operação no prazo Art. 112. Consideram-se infrações administrativas
de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias a contar da ambientais aquelas elencadas na Lei Federal nº 9.605,
data de publicação desta lei. de 12 de fevereiro de 1998, aplicando- se em âmbito
Parágrafo único. As atividades e o empreendimento estadual as sanções administrativas previstas no decreto
do setor primário, já instalados, estão isentos das regulamentador da referida norma federal. (Redação
obrigações de que trata o “caput” deste artigo. dada pela Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
Art. 113. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
Título III dezembro de 2009)
Da Apuração das Infrações Ambientais Art. 114. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
dezembro de 2009)
Capítulo I
Art. 115. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
Da Vigilância Ambiental
dezembro de 2009)
Art. 116. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
Art. 109. Os agentes públicos a serviço da vigilância dezembro de 2009)
ambiental são competentes para:
I – Colher as amostras necessárias para análises Art. 117. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
técnicas e de controle; dezembro de 2009)
II – Proceder a inspeções e visitas de rotina, bem como Art. 118. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
para a apuração de irregularidades e infrações; dezembro de 2009)
III – Verificar a observância das formas, padrões Art. 119. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
e parâmetros ambientais previstos na legislação dezembro de 2009)
vigente; Art. 120. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
IV – Lavrar autos de infração e aplicar as penalidades dezembro de 2009)
cabíveis, observadas as formalidades legais;
V – Ordenar pessoas físicas ou jurídicas a não remoção Capítulo III
ou depósito de quaisquer produtos ou substâncias de Do Processo Administrativo para
origem desconhecida até que sejam analisadas as Apuração de Infrações ambientais
amostras desse material;
VI – Retirar, cautelar e justificadamente, quaisquer Art. 121. As infrações administrativas ambientais
máquinas, peças e equipamentos que não de uso serão apuradas por meio de processo administrativo
comum e que não interrompem a atividade legal do próprio, iniciando-se com a lavratura do auto de
usuário, para serem analisados por peritos designados infração, observados o rito procedimental e prazos
pelo IMAC; estabelecidos na Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro
VII – Determinar inspeção em quaisquer veículos para de 1998, e no decreto que a regulamenta. (Redação
análise de material transportado, podendo exigir a dada pela Lei n° 2.156 de 1º de dezembro de 2009)
Parágrafo único. O CEMACT poderá expedir resolução
apresentação de documentos ou, seja necessário à
que complemente os procedimentos de apuração das
fiscalização ambiental, apreender transportado;
infrações administrativas previstos na norma federal,
VIII – Praticar todos os atos legais e pertinentes,
de forma a considerar as especificidades do Estado e do
necessários ao bom desempenho da vigilância
órgão ambiental estadual. (Incluído pela Lei n° 2.156
ambiental. de 1º de dezembro de 2009)
§ 1º Os técnicos e fiscais do IMAC são competentes Art. 122. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
para exercer a vigilância ambiental estadual na sua dezembro de 2009)
esfera de atuação, sem prejuízo da competência de Art. 123. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
outros órgãos ou instituições da administração pública dezembro de 2009)
Federal, Estadual e Municipal. Art. 124. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
§ 2º Os técnicos de quaisquer órgãos da administração dezembro de 2009)
pública estadual, comprovadamente capacitado, Art. 125. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
quando necessário, poderão ser convocados ou dezembro de 2009)
credenciados para a execução de atividades de vigilância Art. 126. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
ambiental. dezembro de 2009)
§ 3º Não poderão Ter exercício em órgão de vigilância Art. 127. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
ambiental ou em laboratório de controle ambiental dezembro de 2009)
servidores que sejam sócios, acionistas majoritários, Art. 128. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
empregados a qualquer título ou interessados, por dezembro de 2009)
qualquer forma, em empresa sujeitas as regime desta Art. 129. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
lei. dezembro de 2009)
Art. 110. Os agentes públicos a serviço da vigilância Art. 130. (Revogado pela Lei nº 2.156 de 1º de
ambiental poderão solicitar, mediante autorização do dezembro de 2009)
titular da Instituição de que faz parte, a intervenção
policial em caso de comprovado embaraço à atividade Título IV
fiscalizadora ou necessidade de garantia de sua Do Fundo Especial de Meio Ambiente
integridade física.
Art. 111. Em casos de riscos graves e iminentes para Art. 131. É criado o Fundo Especial de Meio
Ambiente do Estado do Acre, doravante denominação
a vida humana ou bens materiais economi-camente
FEMAC, cujos recursos serão gerenciados pelo IMAC,
relevantes, bem como nas hipóteses de calamidade
destinando-se especificamente à execução da política
41
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
42
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
LEI N° 1.235, DE 09 DE JULHO DE 1997 da diversidade biológica são conservadas fora do seus
habitats naturais.
“Dispõe sobre os instrumentos de controle do CONDIÇÕES IN SITU: condições em que os recursos
acesso aos recursos genéticos do Estado do Acre biológicos existem em ecossistemas e habitats naturais
e dá outras providências.” e, no caso de espécies domesticadas ou cultivadas, nos
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE meios onde tenham desenvolvido suas propriedades
FAÇO SABER que a Assembléia Legislativa do Estado do características.
Ordinárias
Acre decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CONTRATO DE ACESSO: acordo entre o Instituto de
Leis
Art. 1º Esta lei regula direitos e obrigações relativas Meio Ambiente do Acre - IMAC e as pessoas, físicas
ao acesso de recursos genéticos, material genético e ou jurídicas, o qual estabelece os termos e condições
produtos derivados, em condições ex situ e in situ, para o acesso aos recursos genéticos, incluindo
existentes no Estado do Acre, aos conhecimentos obrigatoriamente a repartição de benefícios e o acesso
tradicionais das populações indígenas e comunidades e transferência de tecnologia, de acordo com o previsto
locais, associadas aos recursos genéticos ou produtos nesta lei. (Redação dada pela Lei n° 1.238, de 22 de
derivados e aos cultivos agrícolas domesticados no agosto de 1997).
Estado. DIVERSIDADE BIOLÓGICA: variabilidade de organismos
Art. 2º Os contratos de acesso a esses bens se vivos de todas as origens, compreendendo os
farão na forma desta lei, sem prejuízo dos direitos de ecossistemas terrestres, ecossistemas aquáticos e os
propriedade material e imaterial relativos: complexos ecológicos de que fazem parte, bem como
a) aos recursos naturais que contêm o recurso genético a diversidade genética, a diversidade de espécies e de
ou produto derivado; ecossistemas.
b) à coleção privada de recursos genéticos ou produtos DIVERSIDADE GENÉTICA: variabilidade de genes e
derivados; genótipos entre as espécies e dentro delas, a parte ou
c) aos conhecimentos tradicionais das populações o todo da informação genética contida nos recursos
indígenas e comunidades locais, associadas aos recursos biológicos.
genéticos ou produtos derivados. ECOSSISTEMA: um complexo dinâmico de comunidades
Parágrafo único. Aos proprietários e detentores vegetais, animais e de microorganismos e o seu meio
previstos neste artigo será garantida a repartição que integram como uma unidade funcional.
justa e eqüitativa dos benefícios derivados do acesso EROSÃO GENÉTICA: perda ou diminuição da diversidade
aos recursos genéticos e produtos derivados, aos genética, por ação antrópica ou por causa natural.
conhecimentos tradicionais das populações indígenas ESPÉCIE DOMESTICADA OU CULTIVADA: espécie cuja
e comunidades locais, associados aos recursos evolução foi influenciada pela atividade humana.
genéticos ou produtos derivados e aos cultivos agrícolas MATERIAL GENÉTICO: todo material biológico de origem
domesticados no Estado, na forma desta lei. vegetal, animal, microbiana ou que contenha unidades
funcionais de hereditariedade.
Art. 3º A classificação jurídica do artigo anterior não se
PRODUTO DERIVADO: produto natural isolado de origem
aplica aos recursos genéticos e quaisquer componentes
biológica, ou que nele esteja estruturalmente baseado,
ou substâncias dos seres humanos, observado o
ou ainda que tenha sido de alguma forma criado a
disposto no art. 8º desta lei.
partir da utilização de um conhecimento tradicional a
ele associado.
TÍTULO I
PRODUTO SINTETIZADO: substância obtida por meio de
DAS DEFINIÇÕES DE TERMOS E DAS
um processo artificial a partir da informação genética
DISPOSIÇÕES GERAIS
ou de outras moléculas biológicas. Inclui os extratos
semi processados e as substâncias obtidas através de
CAPÍTULO I
transformação de um produto derivado por meio de
DAS DEFINIÇÕES E TERMOS
um processo artificial (hemisístese).
PROVEDOR DO CONHECIMENTO TRADICIONAL:
Art. 4º Para os efeitos desta lei aplicam-se as comunidade ou grupo que está capacitado, de acordo
seguintes definições: com esta lei e por meio do contrato de acesso,
ACESSO AOS RECURSOS GENÉTICOS: obtenção e para participar do processo decisório a respeito do
utilização dos recursos genéticos, material genético provimento do conhecimento tradicional que detém.
e produtos derivados, em condições ex situ e in situ, PROVEDOR DO RECURSO GENÉTICO: entidade que
existentes no Estado do Acre, dos conheci-mentos das está capacitada, de acordo com esta Lei e por meio do
populações indígenas e comunidades locais, associadas contrato de acesso, para participar do processo decisório
aos recursos genéticos ou produtos derivados e dos a respeito do provimento do recurso genético, material
cultivos agrícolas domesticados no Estado, com fins genético ou de seus produtos derivados.
de pesquisa, bioprospecção, conservação, aplicação RECURSOS BIOLÓGICOS: organismos ou parte destes,
industrial ou aproveitamento comercial, entre outros. populações ou qualquer outro componente biótico de
BIOTECNOLOGIA: qualquer aplicação tecnológica que ecossistemas, compreendendo os recursos genéticos.
utilize sistemas biológicos ou organismos vivos, parte RECURSOS GENÉTICOS: a variabilidade genética
deles ou seus derivados, para fabricar ou modificar de espécies de plantas, animais e microorganismos
produtos ou processos para utilização específica. integrantes da biodiversidade, de interesse sócio-
CENTRO DE CONSERVAÇÃO EX SITU: entidade econômico atual ou potencial, para utilização imediata
reconhecida pela Secretaria de Estado de Ciência, ou no melhoramento genético, na biotecnologia, em
Tecnologia e Meio Ambiente – SECTMA, que coleciona e outras ciências e/ou em empreendimentos afins.
conserva os componentes de diversidade biológica fora REPARTIÇÃO DE BENEFÍCIOS: compreende as medidas
de seus habitats naturais. para promover e antecipar o acesso prioritário
COMUNIDADE LOCAL E POPULAÇÃO INDÍGENA: grupo aos resultados de pesquisa e desenvolvimento, de
humano distinto por suas condições sociais, culturais comercialização ou de licenciamento derivados do uso
e econômicas, que se organiza total ou parcialmente de recursos genéticos providos; o acesso e transferência
por seus próprios costumes ou tradições ou por uma de tecnologia relacionada a recursos genéticos, incluindo
legislação especial e que, qualquer que seja sua situação biotecnologia e a participação em atividades de pesquisa
jurídica, conserve suas próprias instituições sociais, e desenvolvimento relacionados a recursos biológicos.
econômicas, culturais ou parte delas. USO SUSTENTÁVEL: utilização de componentes da
CONDIÇÕES EX SITU: condições em que os componentes diversidade biológica de modo e em ritmo tais que não
43
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
levem, no longo prazo, à diminuição da diversidade às espécies migratórias que, por causas naturais, se
biológica, mantendo assim seu potencial para atender encontrem no território estadual.
às necessidades e aspirações das gerações presentes Art. 8º Esta lei não se aplica:
e futuras. I – aos recursos genéticos e quaisquer componentes
Art. 5º Incumbe a todas as pessoas físicas e ou substâncias dos seres humanos, ficando proibida
jurídicas e ao Poder Público, em particular, preservar o qualquer atividade de acesso com fins comerciais a
patrimônio genético e a diversidade biológica do Estado esses recursos, componentes ou substâncias, até que
do Acre, promover seu estudo e uso sustentável e entre em vigor lei específica sobre esta matéria;
controlar as atividades de acesso a recursos genéticos, II – ao intercâmbio de recursos genéticos, produtos
assim como fiscalizar as entidades dedicadas derivados, cultivos agrícolas tradicionais e/ou
à pesquisa, coleta, conservação, manipulação, conhecimentos tradicionais associados, realizado pelas
comercialização, dentre outras atividades relativas comunidades locais e pelas populações indígenas, entre
a esses recursos, na forma desta lei, atendidos os si, para seus próprios fins e baseado em sua prática
seguintes princípios: costumeira.
I – soberania sobre os recursos genéticos existentes e
seus produtos derivados na circunscrição do Estado; TÍTULO II
I I – n ec es s i d ad e d e c o n s en t i men t o p rév i o e DAS ATRIBUIÇÕES INSTITUCIONAIS
fundamentado das comunidades locais e dos povos
indígenas, para as atividades de acesso aos recursos Art. 9º Para assegurar o cumprimento do disposto
genéticos situados nas áreas que ocupam, aos seus nesta lei, o Poder Executivo Estadual designará
cultivos agrícolas domesticados e aos conhecimentos à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e
tradicionais que detém; Meio Ambiente - SECTMA, a função de autoridade
III – integridade intelectual do conhecimento tradicional competente, com o objetivo de planejar, coordenar
detido pela comunidade local ou população indígena, e supervisionar, e ao Instituto do Meio Ambiente
garantindo-se-lhe o reconhecimento, a proteção, do Acre - IMAC, a função de controlar, monitorar,
a compensação justa e eqüitativa pelo seu uso e fiscalizar e avaliar o desenvolvimento das atividades
a liberdade de intercâmbio entre seus membros e de acesso aos recursos genéticos, tudo de acordo
com outras comunidades ou populações análogas; com o previsto nesta lei e com os demais instrumentos
IV - inalienabilidade, impenhorabilidade e de legislação ambiental do Estado e do País, devendo
imprescritibilidade dos direitos relativos ao conhecimento para tanto: (Redação dada pela Lei n° 1.238, de 22 de
tradicional detido pela comunidade local ou população agosto de 1997)
indígena e aos seus cultivos agrícolas domesticados, I - produzir, no prazo de um ano a partir da publicação
possibilitando-se, entretanto, o seu uso, após o desta lei, e atualizar, a cada ano, relatório dos
consentimento prévio e fundamentado da respectiva níveis de ameaça à biodiversidade estadual e dos
comunidade local ou população indígena e mediante impactos potenciais de sua deterioração, sobre o
justa e eqüitativa compensação, na forma desta Lei; desenvolvimento susten-tável. (Redação dada pela Lei
V - participação estadual nos benefícios econômicos n° 1.238, de 22 de agosto de 1997)
e sociais decorrentes das atividades de acesso, II – elaborar as diretrizes técnicas e científicas para o
especialmente em provento do desenvolvimento estabelecimento de prioridades para a conservação de
sustentável das áreas onde se realiza o acesso aos ecossistemas, espécies e gens, baseadas em fatores
recursos genéticos e/ou das comunidades locais e como o endemismo, a riqueza e o interrelacionamento
populações indígenas provedoras do conhecimento de espécies e seu valor ecológico e, ainda, nas
tradicional; possibilidades de gestão sustentável;
VI – prioridade, no acesso aos recursos genéticos, III – estabelecer, em conjunto com organismos de
para os empreendimentos que se realizem no território pesquisa federais, estaduais e municipais, e com as
estadual; comunidades locais, listas dos recursos genéticos
VII – promoção e apoio às distintas formas de geração ameaçados de extinção ou de deterioração e dos locais
de conhecimentos e tecnologias dentro do Estado, ameaçados por graves perdas da diversidade biológica;
dando prioridade ao fortalecimento da capacidade IV – estabelecer mecanismos que possibilitem o controle
estadual respectiva; e a divulgação das informações referentes às ameaças
VIII – proteção e incentivo à diversidade cultural, à diversidade biológica estadual;
valorizando-se os conhecimentos, inovações e práticas V – desenvolver planos, estratégias e políticas para
das comunidades locais sobre a conser-vação, uso, manejo conservar a diversidade biológica e assegurar que o
e aproveitamento da diversi-dade biológica e genética; uso dos seus elementos seja sustentável;
IX – compatibilização com as políticas, princípios e normas VI – acompanhar as pesquisas e inventários da
relativos à biossegurança; diversidade biológica estadual e desenvolver um sistema
X-compatibilização com as políticas, princípios e normas para organizar e manter esta informação;
relativas à segurança alimentar do Estado; VII – apoiar a criação e o fortalecimento de unidades
XI - integridade do patrimônio genético e da diversidade de preservação afim de conservar espécies, habitats,
biológica estadual. ecossistemas representativos e a variabilidade genética
Art. 6º O controle e a fiscalização do acesso aos dentro das espécies;
recursos genéticos visam à proteção, à conservação VIII – controlar e prevenir a introdução de espécies
e a utilização sustentável do patrimônio natural do exóticas no território estadual;
Estado, aplicando-se as disposições desta lei e no que for IX – criar facilidades para o desenvolvimento e para o
aplicável, o disposto na Lei n. 1.117, de 26 de janeiro de fortalecimento das atividades de conservação ex situ
1994, a todas as pessoas físicas ou jurídicas, nacionais da diversidade biológica do Estado;
ou estrangeiras, que extraiam, usem, aproveitem, X – realizar estudos que visem à modificação dos
armazenem, comercializem, liberem ou introduzam cálculos das contas estaduais a fim de que estes reflitam
recursos genéticos em território estadual. (Redação as perdas econômicas resultantes da degradação dos
dada pela Lei n° 1.238, de 22 de agosto de 1997). recursos biológicos e da perda da biodiversidade; e
Art. 7º Esta lei se aplica aos recursos genéticos e seus XI – identificar as prioridades para a formação de
produtos derivados ocorrentes no território estadual, pessoal capacitado para proteger, estudar e usar a
assim como aos conhecimentos tradicionais associados biodiversidade.
das comunidades locais e populações indígenas, e Art. 10. As decisões do Instituto de Meio Ambiente
do Acre - IMAC, relativas à autorização de acesso
44
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
serão referendadas pelo Conselho Estadual do Meio previsto no artigo anterior, a pessoa física ou jurídica
Ambiente, Ciência e Tecnologia - CEMACT e por uma interessada deverá apresentar solicitação, acompanhada
comissão nomeada pelo CEMACT, até trinta dias da de projeto de acesso, onde constem, pelo menos os
publicação desta lei, e integrada por representantes seguintes itens:
do Governo Estadual, dos Governos Municipais, a) identificação completa do solicitante, que deve ter
de entidades estatais de pesquisa, da comunidade capacidade jurídica para contratar e capacidade técnica
científica, do Ministério Público Estadual, de entidades comprovada, das pessoas ou entidades associadas ou de
Ordinárias
representativas das comunidades locais e populações apoio e do provedor dos recursos genéticos, produtos
Leis
indígenas. (Redação dada pela Lei n° 1.238, de 22 de derivados ou de conhecimento tradicional;
agosto de 1997). b) informação completa sobre o cronograma de trabalho
Art. 11. A qualquer tempo, quando exista perigo previsto, orçamento e as fontes de financiamento;
de dano grave e irreversível decorrente de atividade c) informação detalhada e especificada dos recursos
praticada na forma desta lei, e da Lei n. 1.117, de 1994, genéticos, produtos derivados ou conhecimento
o Poder Público deverá adotar medidas, com critérios tradicional a que se pretende ter acesso, incluindo seus
de proporcionalidade, destinadas a impedir o dano, usos atuais e potenciais, sua sustentabilidade ambiental
podendo inclusive sustar a atividade, especialmente e os riscos que possam decorrer do acesso;
em casos de: (Redação dada pela Lei n° 1.238, de 22 d) descrição circunstanciada dos métodos, técnicas,
de agosto de 1997) sistemas de coleta e instrumentos a serem utilizados;
I - perigo de extinção de espécies, subespécies, estirpes e) localização precisa das áreas onde serão realizados
ou variedades; os procedimentos de acesso;
II - razões de endemismo ou raridade; f) indicação do destino do material coletado e seu
III - condições de vulnerabilidade na estrutura ou provável uso posterior.
funcionamento dos ecossistemas; § 1º No caso de acesso a conhecimento tradicional, o
IV - efeitos adversos sobre a saúde humana ou projeto previsto neste artigo deverá vir acompanhado de
sobre a qualidade de vida ou identidade cultural das um protocolo de visitas à comunidade local ou população
comunidades locais e populações indígenas; indígena e das informações recolhidas, de fonte oral ou
V - impactos ambientais indesejáveis ou dificilmente escrita, relacionadas ao conhecimento tradicional.
controláveis sobre os ecossistemas urbanos e rurais; § 2º O Instituto de Meio Ambiente do Acre - IMAC,
VI - perigo de erosão genética ou perda de ecossistema, poderá, adicionalmente, caso julgue necessário,
de seus recursos ou de seus componentes, por coleta exigir a apresentação de estudo e relatório de
indevida ou incontrolada de germoplasma; impacto ambiental relativos aos trabalhos a serem
VII - descumprimento de normas e princípios de desenvolvidos. (Redação dada pela Lei n° 1.238, de 22
biossegurança ou de segurança alimentar; e de agosto de 1997)
VIII - utilização dos recursos com fins contrários aos Art. 14. Se a solicitação e a proposta de acesso
interesses municipais, estaduais e nacionais. estiverem completas, o Instituto de Meio Ambiente
§ 1º A falta de certeza científica absoluta sobre o do Acre - IMAC, lhe outorgará uma data e número de
nexo causal entre a atividade de acesso aos recursos inscrição e o requerente publicará extrato dos mesmos
genéticos e o dano não poderá ser alegada para no Diário Oficial e no órgão de comunicação da imprensa
postergar a adoção das medidas eficazes requeridas. local de maior circulação, no prazo de dez dias da
§ 2º As medidas previstas neste artigo não poderão data de inscrição, para os efeitos de fornecimento de
se constituir obstáculo técnico ou restrição comercial informações por qualquer pessoa. (Redação dada pela
encobertos. Lei n° 1.238, de 22 de agosto de 1997)
TÍTULO III Parágrafo único. Se a solicitação e a proposta de acesso
DO ACESSO AOS RECURSOS GENÉTICOS estiverem incompletos, o Instituto de Meio Ambiente do
Acre - IMAC, os devolverão para fins de correção, no
CAPÍTULO I prazo de dez dias da data da entrega. (Redação dada
DO ACESSO AOS RECURSOS EM pela Lei n° 1.238, de 22 de agosto de 1997)
CONDIÇÕES IN SITU Art. 15. Dentro de sessenta dias seguintes à
publicação da solicitação e proposta de acesso, o
Art. 12. Pessoas físicas ou jurídicas, nacionais, Instituto de Meio Ambiente do Acre - IMAC procederá
estrangeiras ou internacionais poderão apenas solicitar ao seu exame, analisando as informações fornecidas
a autorização para acesso de espécies em condições in segundo o art.13, realizando as inspeções necessárias
situ, devendo obrigatoriamente o contrato ser assinado e emitindo parecer técnico e legal sobre a procedência
e as atividades de acesso desempenhadas por ou improcedência da solicitação. (Redação dada pela
instituição de pesquisa pública ou privada nacional, de Lei n° 1.238, de 22 de agosto de 1997)
livre escolha da entidade estrangeira ou internacional, Parágrafo único. O prazo previsto no caput poderá ser
porém autorizada pelo Instituto de Meio Ambiente prorrogado, a juízo do Instituto de Meio Ambiente do
do Acre - IMAC, e que responderá solidariamente pelo Acre - IMAC. (Redação dada pela Lei n° 1.238, de 22
contrato. (Redação dada pela Lei n° 1.238, de 22 de de agosto de 1997)
agosto de 1997). Art. 16. Até a data final do prazo para exame, o
Parágrafo único. Pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras Instituto de Meio Ambiente do Acre - IMAC, com
ou internacionais, poderão apenas solicitar autorização base no parecer previsto no artigo anterior, deverá
para acesso, devendo obrigatoriamente o contrato ser deferir ou indeferir a solicitação, sempre em decisão
assinado e as atividades de acesso desempenhadas por motivada. (Redação dada pela Lei n° 1.238, de 22 de
instituição de pesquisa pública ou privada nacional, de agosto de 1997)
livre escolha da entidade estrangeira ou internacional, § 1º A decisão de indeferimento será comunicada ao
porém autorizada pelo Instituto de Meio Ambiente do interessado e encerrará a tramitação sem prejuízo de
Acre - IMAC, e que responderá solidariamente pelo recursos administrativos ou judiciais cabíveis.
contrato. (Redação dada pela Lei n° 1.238, de 22 de § 2º Em caso de deferimento, a decisão será comunicada
agosto de 1997) ao interessado no prazo de dez dias, e este publicará no
SEÇÃO I Diário Oficial e no órgão de comunicação da imprensa
Da Solicitação e do Projeto de Acesso local de maior circulação, seguindo-se a negociação e
elaboração do contrato de acesso. (Redação dada pela
Art. 13. Para obter a autorização e firmar o contrato Lei n° 1.238, de 22 de agosto de 1997)
45
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
46
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
confidencial até o prazo de um ano do término do responsabilidade, na forma e periodicidade que a
Leis
contrato; (Redação dada pela Lei n° 1.238, de 22 de autoridade determine, que serão adequadas à natureza
agosto de 1997) dos trabalhos contratados.
III - não serão autorizadas utilizações comerciais de Art. 30. A nulidade do contrato de acesso acarreta a
produtos ou processos obtidos a partir de procedimentos nulidade do contrato conexo.
de acesso executados no âmbito dos contratos § 1º O Instituto de Meio Ambiente do Acre - IMAC,
provisórios; poderá rescindir o contrato de acesso quando se
IV - o acesso aos recursos genéticos encontrados na declara a nulidade do contrato conexo, se este último
área dependerá de autorização e contratos realizados for indispensável para a realização do acesso. (Redação
na forma dos artigos anteriores; dada pela Lei n° 1.238, de 22 de agosto de 1997)
V - o contratante do contrato previsto neste artigo terá § 2º A modificação, suspensão, rescisão ou resolução
prioridade para receber autorização e firmar contrato do contrato conexo poderá implicar a modificação,
de acesso aos recursos genéticos prospectados na área, suspensão, rescisão ou resolução do contrato de acesso
podendo exercer essa prioridade até o prazo de um ano pela autoridade competente, se afete de maneira
da data de término do contrato. substancial as condições deste último.
Art. 23. Poderão ser objeto de tratamento confidencial
os dados e informações contidos na solicitação, na SEÇÃO IV
proposta, na autorização e no contrato de acesso, que Da Execução e Acompanhamento dos
possam ter uso comercial desleal por parte de terceiros, Contratos de Acesso
salvo quando seu conhecimento público seja necessário
para proteger o interesse público ou meio ambiente. Art. 31. Os procedimentos de acesso deverão,
§ 1º Para os efeitos do previsto no caput, o solicitante obrigatoriamente, contar com o acompanhamento de
d e ve r á a p r e s e n t a r u m a p e t i ç ã o j u s t i f i c a n d o, instituição técnico-científica brasileira de reconhecido
acompanhada de um resumo não-confidencial, que conceito na área objeto do procedimento, especialmente
fará parte do expediente publicado. designada para tal pelo Instituto de Meio Ambiente do
§ 2º Os aspectos confidenciais ficarão em poder Acre - IMAC. (Redação dada pela Lei n° 1.238, de 22
da autoridade competente e não poderão ser de agosto de 1997)
divulgados a terceiros, salvo com ordem judicial. Parágrafo único. A instituição designada responde
§ 3º A confidencialidade não poderá incidir sobre as solidariamente pelo cumprimento das obrigações
informações previstas nas alíneas “a”, “d” e “e” do art. 13. assumidas pela pessoa física ou jurídica autorizada ao
Art. 24. O Instituto de Meio Ambiente do Acre - IMAC, desenvolvimento dos trabalhos.
poderá propor e celebrar com a Universidade Federal Art. 32. Caberá ao Instituto de Meio Ambiente do
do Acre e/ou centros de pesquisas nacionais, convênios Acre - IMAC, em conjunto com a instituição designada
que amparem a execução de um ou mais contratos para o acompanhamento dos trabalhos autorizados,
de acesso, de conformidade com os procedimentos acompanhar o cumprimento dos termos da
previstos nesta lei. (Redação dada pela Lei n° 1.238, autorização e do contrato de acesso, e especialmente
de 22 de agosto de 1997) assegurar que: (Redação dada pela Lei n° 1.238, de 22
Art. 25. Serão nulos os contratos que se firmem com de agosto de 1997)
violação a esta lei, podendo ser decretada a nulidade de I - o acesso seja feito exclusivamente aos recursos
ofício pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre - IMAC, genéticos e produtos derivados autorizados, quando não
ou a requerimento de qualquer pessoa. (Redação dada for o caso do contrato provisório, e na área estabelecida;
pela Lei n° 1.238, de 22 de agosto de 1997) II - sejam conservadas as condições ambientais da
região onde se desenvolvem os trabalhos;
SEÇÃO III III - haja permanentemente a participação direta de
Dos Contratos Conexos de Acesso um especialista da instituição supervisora;
IV - seja feito um informe detalhado das atividades
Art. 26. São contratos conexos de acesso aqueles realizadas e do destino das amostras coletadas; V -
necessários à implantação e desenvolvimento de tenha sido entregue amostras das espécies coletadas
atividades relacionadas ao acesso aos recursos para serem conservadas ex situ, em instituição
genéticos, e que sejam celebrados entre o solicitante e: designada pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre
a) o proprietário ou possuidor de sítio onde se localize - IMAC. (Redação dada pela Lei n° 1.238, de 22 de
o recurso genético; e agosto de 1997)
b) a instituição pública ou privada que sirva de apoio
nacional para as atividades de acesso, envolvendo SEÇÃO V
obrigações que não devam fazer parte do contrato Da Retribuição
de acesso.
Parágrafo único. Os contratos conexos estipularão uma Art. 33. O Instituto de Meio Ambiente do Acre -
participação justa e eqüitativa às partes previstas neste IMAC, poderá exigir, das pessoas físicas ou jurídicas
artigo nos benefícios resultantes do acesso ao recurso autorizadas a realizar trabalhos de levantamento
genético, indicando-se expressamente a forma de tal e de coleta de recursos da diversidade biológica,
participação. compensação financeira ao Estado por este uso.
Art. 27. A celebração de um contrato conexo não (Redação dada pela Lei n° 1.238, de 22 de agosto
autoriza o acesso ao recurso genético e seu conteúdo de 1997).
se subordina ao disposto no contrato de acesso e com Parágrafo único. Os recursos arrecadados através dessa
o estabelecido nesta lei. cobrança serão destinados ao Fundo Especial de Meio
Art. 28. Os contratos conexos incluirão uma cláusula Ambiente do Estado do Acre, instituído pelo art. 131 da
suspensiva, condicionando o seu cumprimento à Lei 1.117, de 26 de janeiro de 1994.
47
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
CAPÍTULO II TÍTULO V
DO ACESSO AOS RECURSOS EM DO DESENVOLVIMENTO E TRANSFERÊNCIA
CONDIÇÕES EX SITU DE TECNOLOGIA
Art. 39. O Instituto de Meio Ambiente do Acre Art. 46. O Poder Executivo Estadual promoverá e
- IMAC, poderá firmar com terceiros, contratos de apoiará o desenvolvimento de tecnologias estaduais
acesso a recursos genéticos que estejam depositados sustentáveis para o uso e melhoramento de espécies,
em centros de conservação ex situ, localizados no estirpes e variedades autóctones e dará prioridade aos
território estadual. (Redação dada pela Lei n° 1.238, usos e práticas tradicionais dentro dos territórios das
de 22 de agosto de 1997) comunidades locais, de acordo com suas aspirações.
Parágrafo único. Aplicar-se-ão, no que couber, ao Parágrafo único. Para os fins deste artigo, o Poder
regime de acesso aos recursos em condições ex situ Executivo Estadual promoverá o levantamento e a
as disposições relativas ao acesso em condições in situ. avaliação das biotecnologias tradicionais e locais.
Art. 40. Os acordos de transferência de material Art. 47. Será permitida a utilização de biotecnologias
ou análogos entre centros de conservação ex situ ou estrangeiras, sempre e quando estas submetam a esta
estes centros e terceiros, internamente ou mediante lei e demais normas sobre biossegurança, e a empresa
importação ou exportação, constituem modalidades de pretendente assuma integralmente a responsabilidade
contrato de acesso. por qualquer dano que possam acarretar à saúde, ao
Parágrafo único. Os acordos previstos no caput serão meio ambiente ou às culturas locais, no presente e
válidos desde que sejam compatíveis com as condições no futuro.
pactuadas no primeiro contrato de acesso ao recurso Art. 48. Serão criados mecanismos para assegurar
intercambiado. e facilitar aos pesquisadores nacionais o acesso
e transferência de tecnologias pertinentes para
TÍTULO IV conservação e utilização sustentável da diversidade
DA PROTEÇÃO DO CONHECIMENTO biológica ou que utilizem recursos genéticos e que não
TRADICIONAL ASSOCIADO AOS causem danos ao meio natural e cultural do Estado.
RECURSOS GENÉTICOS Art. 49. Em caso de tecnologias sujeitas a patentes ou
outros direitos de propriedade intelectual, será garantido
Art. 41. O Poder Executivo Estadual reconhece e protege que os procedimentos de acesso e de transferência
os direitos das comunidades locais de se beneficiar de tecnologia se façam em condições que garantam a
coletivamente por suas tradições e conhecimentos e proteção adequada a esses direitos.
de serem compensadas pela conservação dos recursos
biológicos e genéticos, seja mediante direitos de
propriedade intelectual ou de outros mecanismos.
48
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
I – advertência por escrito;
Leis
II – apreensão preventiva do recurso coletado, assim LEI Nº 1.289, DE 07 DE JULHO DE 1999
como de materiais e equipamentos utilizados na ação
irregular; “Dispõe sobre a inspeção e fiscalização sanitária
III – multa diária cumulativa; e industrial dos produtos de origem animal no
IV – suspensão do registro, permissão, licença Estado do Acre e dá outras providências.”
ou autorização de acesso ao recurso legalmente O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE:
concedido; Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu
V – revogação da permissão ou licença para acesso sanciono a seguinte lei:
ao recurso; Art. 1º - Esta lei regula a obrigatoriedade da prévia
VI – apreensão definitiva do recurso coletado, dos inspeção e fiscalização dos produtos de origem animal,
materiais e equipamentos utilizados na ação irregular; produzidos no Estado do Acre e destinados ao consumo,
VII - embargo da atividade; nos limites de sua área geográfica, em consonância
VIII - destruição ou inutilização do produto; com o disposto nas Leis Federais nº 1.283, de 18 de
IX - cancelamento do registro, licença ou autorização dezembro de 1950, e 7.889, de 23 de novembro de
legalmente concedidos; e 1989.
X - intervenção no estabelecimento. Art. 2° - Serão objeto de inspeção e fiscalização
Parágrafo único. As sanções estabelecidas neste artigo previstas nesta lei, entre outros:
serão aplicadas sem prejuízo de ações civis ou penais I – os animais destinados ao abate, seus produtos,
cabíveis. subprodutos e matérias-primas;
II – o pescado e seus derivados;
CAPÍTULO VII III – o leite e seus derivados;
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS IV – os ovos e seus derivados; e
V – o mel de abelha, a cera e seus derivados.
Art. 51. O Poder Executivo regulamentará esta lei por Art. 3º - A inspeção e fiscalização de que trata esta
proposta encaminhada pelo Conselho Estadual de Meio lei proceder-se-á:
Ambiente, Ciência e Tecnologia, pela Comissão prevista I-nos estabelecimentos industriais especializados,
no art. 10 da lei em tela, no prazo de 60 (sessenta) dias situados em áreas urbanas ou rurais e nas propriedades
a contar da data de sua publicação. rurais com instalações adequadas para o abate de
Art. 52. Esta lei entra em vigor na data de sua animais e seu preparo ou industrialização, sob qualquer
publicação. forma, destinados ao consumo;
Art. 53. Revogam-se as disposições em contrário. II-nos entrepostos de recebimento, de distribuição do
pescado e nas fábricas que o industrializarem;
Rio Branco-Ac, 9 de julho de 1997, 109º da República, III – nas usinas de beneficiamento de leite, nas fábricas
94º de Tratado de Petrópolis e 35º do Estado do Acre. de laticínios, nos postos de recebimento, refrigeração
e manipulação dos seus derivados e nas propriedades
ORLEIR MESSIAS CAMELI rurais com instalações adequadas para manipulação,
Governador do Estado do Acre industrialização ou preparo do leite e seus derivados,
sob qualquer forma, para o consumo;
IV – nos entrepostos de ovos e nas fábricas de produtos
LEI Nº 1.277, DE 13 DE JANEIRO DE 1999 e derivados;
V – nos entrepostos que, de modo geral, recebam,
“Dispõe sobre concessão de subvenção econômica manipulem, armazenem, conservem ou acondicionem
aos produtores de borracha natural bruta do produtos de origem animal; e
Estado do Acre e dá outras providências.” VI – nos apiários.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE Art. 4º - Compete à Secretaria Executiva de
FAÇO SABER que a Assembléia Legislativa do Estado do Agricultura e Pecuária - SEAP a inspeção e fiscalização
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: previstas nesta lei, nos estabelecimentos industriais ou
Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a conceder entrepostos de produtos de origem animal.
subvenção econômica aos produtores estaduais Parágrafo único – É expressamente proibida a
de borracha natural bruta, no valor de até R$ 0,40 duplicidade de inspeção sanitária e fiscalização em
(quarenta centavos de real) por quilo, podendo ser qualquer dos estabelecimentos previstos no caput, por
corrigido e atualizado através de decreto do Poder outros órgãos do Estado do Acre.
Executivo. Art. 5º - A inspeção e fiscalização de que trata
Parágrafo único. A subvenção econômica será a presente lei abrangem os aspectos industrial e
regulamentada por decreto do Poder Executivo. sanitário dos produtos de origem animal, comestíveis
Art. 2º As despesas decorrentes com a subvenção e não comestíveis sejam ou não adicionados produtos
econômica, criada no artigo anterior, correrão por conta vegetais, preparados, transformados, depositados ou
de dotação orçamentária própria do Tesouro Estadual, em trânsito.
Órgão 1600, Unidade Orçamentária 1620, Programa/ Art. 6º - Os estabelecimentos industriais e entrepostos
Projeto 04401831.035, Elemento de Despesa 3212. de produtos de origem animal, somente poderão
Art. 3º Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar funcionar na forma da legislação Federal, Estadual
convênios com entidades nacionais e internacionais, e Municipal vigente e mediante prévio registro da
objetivando fomentar a produção da borracha. Secretaria Executiva de Agricultura e Pecuária,
Art. 4º Esta Lei entrará em vigor na data de sua observando o disposto no Art. 18.
publicação, revogadas as disposições em contrário. Art. 7º - A fiscalização e a inspeção de que trata a
presente lei serão exercidas em caráter periódico ou
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
50
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Rio Branco, 20 de Julho de 1999, 111º da República se refere os arts. 1º e 2º desta Lei, a saber:
97º do Tratado de Petrópolis e 38º do Estado do Acre. I - Livro do Tombo Histórico, destinado ao registro de
bens móveis e imóveis que se encontram investidos de
JORGE VIANA valor e significado histórico ou que estejam associadas
Governador do Estado do Acre aos diversos fatos e processos que configuram a história
regional, nacional e internacional. Presta-se também ao
registro das obras de arte tidas e consideradas como
Ordinárias
LEI Nº 1.294, DE 08 DE SETEMBRO DE 1999 históricas;
Leis
II - Livro do Tombo Etnográfico e das Manifestações
“Institui o Conselho e cria o Fundo de Pesquisa e Artísticas e Culturais Populares, a ser utilizado para
Preservação do Patrimônio Histórico Cultural do registro dos bens relacionados à cultura material e
estado do acre e dá outras providências” imaterial das diferentes raças e etnias que habitam
O GOVERNO DO ESTADO DO ACRE: o Estado do Acre, das comunidades de seringueiros e
Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu de outros segmentos sociais da região que possuam
sanciono a seguinte Lei: produção cultural específica; também deve registrar
as diferentes línguas indígenas remanescentes no
CAPÍTULO I Estado e os diferentes dialetos da língua portuguesa
DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL que se formaram historicamente na região, bem como
registrar expressões folclóricas, lendas, danças, festas,
Art. 1º Constitui e integra o Patrimônio Histórico e manifestações de religiosidade popular, medicina
Cultural do Estado do Acre todo o conjunto de bens popular e demais atividades artísticas e culturais
móveis e imóveis, materiais e imateriais, existentes correlatas;
no âmbito de seu território, cujo conteúdo e significado III - Livro do Tombo Arqueológico, Paleontológico e dos
se encontram vinculados à formação da consciência Monumentos Naturais destinado ao registro das jazidas
histórica, social e cultural da população acreana. e sítios pré-históricos de qualquer natureza, origem
Art. 2º Fazem parte do Patrimônio Histórico e ou finalidade; coleções e peças arqueológicas ou pré-
Cultural do Acre os bens tidos e caracterizados como históricas referentes à cultura paleoameríndia brasileira;
históricos, arqueológicos, paleontológicos, etnográficos, também deve registrar sítios arqueológicos históricos;
lingüísticos, folclóricos, urbanísticos, arquitetônicos, sítios paleontológicos e das espécies de fauna e flora
artísticos, bibliográficos, cinematográficos, videográficos fóssil de períodos geológicos antigos, cujos exemplares
e audiofônicos que foram e são relevantes para o se encontram na região; serão registrados neste livro
desenvolvimento sócio-cultural e para a continuidade também as paisagens, áreas e locais agenciados ou
da identidade regional acreana. não, pela ação do homem, bem como dos “espécimes”
§ 1º Também são considerados como parte integrante de fauna e flora que as integram, cuja preservação seja
do Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do Acre relevante para a pesquisa científica, história natural e
os monumentos naturais, sítios e paisagens que foram até mesmo para atividades turísticas; e
agenciados pela ação humana ou não, que se destaquem IV - Livro do Tombo das Belas Artes e Artes Aplicadas,
por sua singularidade ou que apresentem interesse a ser utilizado para o registro dos bens e obras que
paisagístico ou ambiental relevantes. podem ser considerados na categoria geral de arte, quer
§ 2º O Patrimônio Histórico e Cultural do Estado do porque constituem bens de arte erudita, quer porque
Acre, inclui, ainda, aqueles bens culturais que foram constituem bens de arte popular; bem como aqueles
transferidos da região para o exterior e/ou para outros bens classificados como pertencentes às artes aplicadas,
Estados dentro do País por seus proprietários. nacionais e/ou estrangeiras.
Parágrafo único. Cada um dos livros do tombo
Art. 3º A presente lei incide sobre os bens das pessoas
mencionados acima poderá ter diversos volumes, em
físicas e jurídicas de direito privado, bem como, sobre
número necessário e suficiente para contemplar a
os bens de órgãos públicos municipais, estaduais ou
totalidade dos bens específicos referidos e classificados
federais.
sob cada título.
Art. 4º Os bens mencionados no artigo acima, somente
Art. 7º O tombamento será deliberado pelo Conselho
constituirão parte do Patrimônio Histórico e Cultural
do Patrimônio Histórico e Cultural e promovido pela
do Estado do Acre, após proceder-se a sua inscrição e
Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour,
documentação, individual ou em conjunto, em qualquer
através do Departamento de Patrimônio Histórico e
dos Livros de Tombo de que trata o art. 6º desta lei.
Cultural, homologado pelo Governador do Estado.
Art. 5º São excluídas do Patrimônio Histórico e Cultural
Art. 8º É competência da Fundação de Cultura
do Acre as obras de origem estrangeira:
e Comunicação Elias Mansour, por intermédio do
I – de propriedade de representações diplomáticas ou
Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural,
consulares no País;
coordenar a política de proteção e conservação dos bens
II – que estejam incluídas entre os bens contemplados
móveis e imóveis, de propriedade pública ou privada,
no art. 10 da Lei de Introdução ao Código Civil, e que
tombados na forma desta lei, bem como planejar,
continuem sujeitas à lei pessoal do proprietário;
promover e executar ações que venham a implementar
III – que pertençam às empresas comerciais de objetos
a valorização e o resgate do Patrimônio Histórico e
e artigos históricos, artísticos e de antigüidade;
Cultural do Estado do Acre.
IV – que tenham sido adquiridos por empresas importadoras,
Parágrafo único. À Fundação de Cultura e Comunicação
ou por pessoa física, no sentido de adornarem seus
Elias Mansour, através do Departamento de Patrimônio
estabelecimentos ou residências; e
Histórico e Cultural, cumpre exercer as funções de órgão
V – que tenham sido trazidas para fins educativos,
de apoio técnico e executivo das deliberações emanadas
comemorativos, comerciais e de exportação.
pelo Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural, cuja
constituição e atribuições estão previstas nos artigos
CAPÍTULO II
28 e 29 da presente Lei.
DO TOMBAMENTO
Art. 9º A Fundação de Cultura e Comunicação Elias
Mansour, enquanto órgão executor da Política de
Art. 6º A Fundação de Cultura e Comunicação Elias
Patrimônio Histórico e Cultural do Estado, possui as
Mansour, através do Departamento de Patrimônio
seguintes atribuições:
Histórico e Cultural, manterá atualizado quatro Livros
I - fornecer pareceres técnicos sobre as propostas
de Tombo, nos quais serão documentados os bens a que
51
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
de tombamento de bens móveis e imóveis, quer no formalmente e por escrito a sua impugnação;
sentido de sua efetivação, quer no sentido de seu II - se não ocorrer durante o prazo estabelecido
cancelamento; nenhuma manifestação por parte do proprietário, será
II - promover, coordenar e executar programas e procedido por decurso de prazo o tombamento, através
projetos de ensino, pesquisa e divulgação relacionados de simples despacho; e
à preservação e dinamização do Patrimônio Histórico e III - caberá ao Departamento de Patrimônio Histórico
Cultural do Estado; e Cultural da Fundação de Cultura e Comunicação Elias
III - realizar o inventário geral dos bens culturais Mansour implantar ou não o tombamento, após análise
relevantes para a constituição do acervo do Patrimônio e deliberação do Conselho do Patrimônio Histórico
Histórico e Cultural da região, cuja preservação e e Cultural do Estado do Acre acerca da impugnação
conservação sejam de interesse público e de relevância oferecida pelo proprietário do bem.
para o conjunto da sociedade acreana; Art. 12. A iniciativa do tombamento compete:
IV - organizar museus, casas de cultura, centros I - a todo e qualquer cidadão residente no Estado do
de documentação, centros de pesquisa e demais Acre, através de ofício ou qualquer proposta escrita,
entidades relacionadas com a preservação histórico- assinada, com firma reconhecida em cartório, onde
cultural do nosso Estado, mantendo-os diretamente ou constem sumariamente a identificação do bem e as
indiretamente através de convênios, contratos e acordos razões que o levaram a propor o seu tombamento; e
com instituições e organismos públicos ou privados, II - ao Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural,
nacionais e/ou estrangeiras; que poderá propor realização do tombamento mediante
V - manter e exercer a vigilância permanente dos portaria administrativa, onde constem a identificação
bens tombados, solicitando, se necessário, para o do bem, suas características e justificativa para o seu
bom desempenho da função fiscalizadora, o auxílio tombamento.
e cooperação dos organismos policiais do Estado e Art. 13. Todos os bens imóveis inscritos nos livros do
da União; tombo pertinente, quer sejam públicos ou particulares,
VI - desenvolver e realizar convênios com instituições deverão, a requerimento da Fundação de Cultura e
públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, Comunicação Elias Mansour, ter seu registro averbado
para obtenção dos recursos necessários à execução pelo respectivo cartório, conforme determina o art. 13
da política de preservação do Patrimônio Histórico e do Decreto-Lei n. 25, de 30 de novembro de 1937.
Cultural;
Art. 14. Os sítios e jazidas arqueológicas,
VII - promover a cooperação técnica entre os diversos
paleontológicas, ambientais ou paisagísticas existentes
segmentos institucionais nacionais e/ou estrangeiros,
no Estado poderão também ser tombadas pelo órgão
no sentido de atingir os objetivos preconizados nesta
competente na esfera estadual, após juízo e deliberação
Lei;
do Conselho do Patrimônio Histórico e Cultural do Estado
VIII - realizar periodicamente visitas de fiscalização e
do Acre, desde que em concordância com a Lei Federal
verificação da situação e estado de conservação dos
n. 3.924, de 26 de julho de 1961, e com o art. 23 da
bens tombados, bem como regulamentar, acompanhar
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
e supervisionar o uso deles, seja para fins comerciais
e/ou turísticos;
CAPÍTULO III
IX - emitir pareceres técnicos sobre licenças de
DOS EFEITOS DO TOMBAMENTO
funcionamento para atividades diversas daquelas
previstas originalmente para os bens tombados e sobre
outras situações; Art. 15. Ao iniciar-se o processo de tombamento,
X - manter em caráter permanente um serviço de imediatamente incidirão e recairão sobre o bem os
consultoria técnica, no âmbito de suas funções, efeitos legais contidos nesta Lei.
com competência para subsidiar e assessorar os Art. 16. Os bens tombados de propriedade da União,
órgãos públicos e entidades ou empresas de direito do Estado e dos Municípios localizados no âmbito
privado, na formulação e implantação de projetos de do território do Acre, são inalienáveis por natureza,
tombamento; podendo, no entanto, ser objeto de transferência entre
XI - constituir um serviço técnico de análise de projetos as entidades oficiais acima mencionadas, mediante a
de edificação que alterem o entorno de bens tombados; observação das seguintes condições:
bem como de projetos de reparação e restauração de I - os bens imóveis tombados, de propriedade do
bens móveis e imóveis que possuam características Estado do Acre, poderão ser transferidos à União ou
arquitetônicas ou históricas originais; e, ao Município onde se encontram localizados, desde
XII – cumprir as determinações emitidas pelo Conselho que sejam estabelecidos contratos em que os novos
do Patrimônio Histórico e Cultural, opinar sobre assuntos responsáveis assumam compromissos de conservação
por ele encaminhados e informar ao Conselho as suas nos termos técnicos fixados pelo Departamento de
atividades, através de relatório anual. Patrimônio Histórico e Cultural da Fundação de Cultura
Art. 10. O tombamento será efetivado das seguintes e Comunicação Elias Mansour;
maneiras: II - os bens móveis de propriedade e domínio do Estado
I - de ofício, com simples notificação à entidade quando do Acre podem ser transferidos à União, desde que
o bem a ser tombado pertencer ao poder público ou sejam conservados no âmbito do Estado ou de seus
estiver sob a guarda do mesmo; Municípios; e,
II - voluntário, quando o proprietário solicita o III - os bens móveis pertencentes aos Municípios podem
tombamento ou quando, depois de notificado pelo órgão ser transferidos à União, desde que esta se comprometa
competente, este anuir, por escrito, a inscrição do bem a conservá-los no âmbito dos próprios Municípios do
no livro do tombo a que se refere; e Estado do Acre.
III - compulsório, na hipótese do proprietário recusar-se § 1º Uma vez realizada a transferência, o Departamento
a inscrever o bem no livro do tombo pertinente, após a de Patrimônio Histórico e Cultural deverá ser comunicado
instauração do processo regular. imediatamente.
§ 2º Nenhum bem imóvel público tombado, isto é inscrito
Art. 11. Quando se tratar de tombamento compulsório, o
no livro do tombo correspondente, poderá ser entregue
órgão competente procederá da seguinte maneira:
a empresa ou entidade privada para uso, sem parecer
I - notificará o proprietário do bem, objeto do tombo,
prévio favorável da Fundação de Cultura e Comunicação
para, no prazo de trinta dias, manifestar, formalmente
Elias Mansour e sem que seja estabelecido termo de
e por escrito, sua anuência ou, se for o caso, manifestar
compromisso de conservação, renovado anualmente e
52
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
de conformidade com as exigências estabelecidas pelo Cultural da Fundação de Cultura e Comunicação Elias
Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural. A Mansour deverá tomar a iniciativa de propô-las, projetá-
infração das cláusulas estabelecidas implicará em multa las e executá-las às expensas do Estado, mesmo sem
de até 400 UFIRs e a suspensão imediata do direito ou haver sido cientificado pelo proprietário.
concessão de uso. Art. 23. No entorno do bem imóvel tombado não é
Art. 17. Os bens móveis e imóveis tombados, permitida qualquer edificação que venha impedir ou
de propriedade particular, podem ser alienados ou reduzir a visibilidade, colocação de cartazes ou anúncios,
Ordinárias
transferidos desde que observadas as seguintes bem como, qualquer tipo de placas ou letreiros que
Leis
condições: venham comprometer a imagem ou a estrutura do bem
I - no caso de bens tombados de natureza móvel, o tombado, sob pena de demolição da obra ou retirada
transmitente deve cientificar o adquirente através de dos materiais afixados, salvo quando houver autorização
cláusula de não remoção do bem para fora do território expressa prévia do órgão responsável pelo Patrimônio
estadual; e Cultural do Estado.
II - imediatamente à transferência de domínio do bem Art. 24. Os bens tombados estão sujeitos à vigilância
tombado, o adquirente terá trinta dias para notificar ao e fiscalização permanente do Departamento de
órgão competente, caso contrário, incorrerá em multa Patrimônio Histórico e Cultural da Fundação de Cultura
de trinta por cento sobre o valor do bem. e Comunicação Elias Mansour, que poderá inspecioná-los
Art. 18. A saída de bem móvel tombado nos limites e verificá-los toda vez que achar conveniente, mediante
geográficos do Estado do Acre será feita somente para simples comunicação ao proprietário do mesmo, não
fins de promoção e intercâmbio cultural, ou restauração, podendo este ou seus responsáveis criar empecilhos
mediante autorização formal da Fundação de Cultura e à inspeção, sob pena da multa de 200 UFIRs, aplicada
Comunicação Elias Mansour. em dobro em caso de reincidência.
§ 1º Tentada, excetuando-se o caso previsto no caput Art. 25. Todo e qualquer ato lesivo e abusivo cometido
deste artigo, a exportação para fora do Estado, da coisa contra bens tombados será equiparado aos atos contra o
tombada, será pedido o seu seqüestro pelo Estado do Patrimônio Público, ficando sujeitos às sanções e penas
Acre, através da Fundação de Cultura e Comunicação cominadas na Lei.
Elias Mansour junto ao Estado ou País em que se
encontrar. CAPÍTULO IV
§ 2º Apurada a responsabilidade do proprietário, ser- DO DIREITO DE PREFERÊNCIA
lhe-á imposta a multa de cinqüenta por cento do valor
da coisa, que permanecerá seqüestrada em garantia do Art. 26. Nos casos de alienação onerosa dos bens
pagamento, e até que este se faça. tombados pertencentes às pessoas físicas ou jurídicas de
§ 3º No caso de reincidência, a multa será elevada direito privado, fica garantido ao Poder Público o direito
ao dobro. de preferência na seguinte ordem: União, Estados e
Art. 19. No caso de mudança definitiva do proprietário Municípios onde se encontram localizados.
do bem móvel tombado, ficam excluídas as condições e § 1º Será nula qualquer alienação ou transferência de
proibições contidas nos arts. 17 e 18 desta lei, desde que domínio se, previamente, o bem não foi oferecido aos
tenha sido oferecido por escrito à instituição competente titulares do direito de preferência na ordem estabelecida
o direito de preferência de aquisição e desde que a no caput deste artigo. Cabe ao proprietário ou a seu
mesma manifeste expressamente que não tem interesse responsável legal dar ciência, por escrito, aos detentores
em desapropriá-lo. do direito de preferência para que se manifestem
Art. 20. Os bens móveis e imóveis tombados não dentro do prazo de trinta dias, sob pena de decair
poderão, em hipótese alguma, ser destruídos, demolidos desse direito.
ou mutilados, nem deverão, sem a prévia autorização do § 2º É considerada nula a transação de um bem
organismo competente, ser restaurados, consertados, tombado feita com a violação do disposto no parágrafo
reparados, ampliados, pintados ou modificados, sob anterior, caso em que qualquer dos titulares do direito
pena de multa de cinqüenta por cento do valor do bem de preferência ficará habilitado a seqüestrar o bem
danificado. e a impor multa de vinte por cento do valor do bem
Art. 21. Na hipótese de ocorrência de furto ou extravio ao transmitente e ao adquirente, que serão por ela
do bem móvel tombado, o proprietário do mesmo deverá solidariamente responsáveis. O juiz pronunciará, na
dar conhecimento do fato ao órgão competente no prazo forma da lei, o ato de nulidade e autorizará o seqüestro
máximo de dez dias, sob pena de multa de até 200 do bem, que só será levantado depois de paga a multa
UFIRs, ou outro índice que vier substituí-lo. e se qualquer dos titulares do direito de preferência não
Art. 22. Quando o proprietário do bem tombado não tiver adquirido a coisa no prazo de trinta dias.
dispuser de recursos para proceder a restauração ou § 3º O proprietário do bem tombado poderá livremente
conservação do mesmo, deverá dar conhecimento de gravá-lo de penhor, anticrese ou hipoteca, independente
sua situação à repartição competente, sob pena de do direito de preferência.
multa correspondente a dez por cento da importância § 4º Na hipótese de venda ou transferência judicial
estipulada como avaliação do bem. da propriedade tombada, os titulares do direito de
§ 1º Após receber a comunicação, o Diretor Presidente transferência deverão ser notificados judicialmente, cuja
da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour inobservância implicará na nulidade do ato.
determinará a elaboração de parecer técnico pelo § 5º Se até a assinatura do auto de arrematação ou de
Departamento de Patrimônio Histórico e Cultural e adjudicação, as pessoas que, na forma da lei, possuem
o encaminhará ao Conselho de Patrimônio Cultural, a faculdade de remissão da mesma não lançarem mão,
que decidirá pela conservação e restauração da coisa caberá aos detentores do direito de preferência o direito
tombada, ou poderá encaminhar resolução no sentido de de remissão.
que seja feita desapropriação do referido bem. § 6º O direito de remissão deverá ser exercido em
§ 2º Se o órgão competente não se pronunciar ou não dez dias, a contar da data de assinatura do auto de
tomar nenhuma das medidas previstas no parágrafo arrematação ou da sentença de adjudicação. A carta não
anterior, no prazo de seis meses, o proprietário terá o poderá ser extraída sem que o prazo tenha se esgotado,
direito de requerer a anulação do tombamento. salvo se o arrematante ou adjudicante for qualquer dos
§ 3º Se for constatada relevante urgência de obras titulares do direito de preferência.
de reparação e/ou restauração em qualquer dos bens
tombados, o Departamento de Patrimônio Histórico e
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
54
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
instaladas, em primeira chamada, com dois terços dos IV - para a formação de recursos humanos e
Leis
membros e, em segunda chamada, trinta minutos após especialização dos profissionais que deverão atuar na
a primeira, com qualquer número de conselheiros. área do Patrimônio Histórico e Cultural;
Art. 34. As deliberações do Conselho do Patrimônio V - em programas de pesquisas sobre as diversas
Histórico e Cultural serão aprovadas por maioria tipologias de patrimônio cultural, tais como inventários
simples, ou seja, por metade mais um dos votos dos culturais e outros;
conselheiros presentes à reunião. VI - em programas e ações destinados à divulgação dos
Art. 35. A Fundação de Cultura e Comunicação Elias bens que integram o Patrimônio Cultural do Estado; e
Mansour, através do Departamento de Patrimônio VII - na manutenção de museus e casas de cultura
Histórico e Cultural, fornecerá ao Conselho do estaduais e municipais, através de convênios para
Patrimônio Histórico e Cultural as condições necessárias este fim realizados entre a Fundação de Cultura e
ao seu funcionamento, provendo-o com sede, recursos Comunicação Elias Mansour e os municípios.
humanos para as atividades de apoio, transporte
dos membros, equipamentos e outros recursos CAPÍTULO VII
materiais necessários para o bom desempenho de DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
suas funções.
Art. 39. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir
CAPÍTULO VI Crédito Especial ao Orçamento em vigor no valor
FUNDO DE PESQUISA E PRESERVAÇÃO de R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais), conforme
DO PATRIMÔNIO CULTURAL DO classificação abaixo:
ESTADO DO ACRE 6600 - FUNDAÇÃO DE CULTURA E COMUNICAÇÃO
ELIAS MANSOUR
Art. 36. Fica constituído o Fundo de Pesquisa e 6602 - Diretoria Técnica
Preservação do Patrimônio Cultural do Estado do 660208 - Educação e Cultura
Acre, de contabilidade específica e de uso exclusivo 66020848 - Cultura
no desenvolvimento dos objetivos preconizados na 66020848246 - Patrimônio Histórico, Artístico e
presente Lei. Arqueológico
Parágrafo único. A movimentação dos recursos obtidos 660208482464.028 - FUNDO DE PESQUISA E
através deste Fundo, será efetuada em estabelecimento PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL DO ESTADO
financeiro oficial, em conta especial, vinculado o seu uso DO ACRE
aos objetivos estabelecidos no art. 38 desta Lei, pela 3.2.1.4 - 03 (RP) ..........................400.000,00
Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour, de 4.3.1.3 - 03 (RP) ..........................400.000,00
acordo com o seu estatuto. Art. 40. Os recursos necessários à execução desta
Art. 37. O Fundo de Pesquisa e Preservação do Lei, no montante de R$ 800.000,00 (oitocentos mil
Patrimônio Cultural do Estado do Acre será constituído de: reais), provirão à conta de reestimativas da Receita do
I - dotações e créditos específicos consignados no Tesouro Estadual.
orçamento do Estado ou em outras leis; Art. 41. Compete ao Conselho do Patrimônio Histórico
II - do montante incorporado anualmente ao Fundo e Cultural elaborar o seu Regimento Interno que será,
de Desenvolvimento Estadual - FDE, destinar-se-á um posteriormente, aprovado pelo Governador do Estado,
mínimo de dois por cento para compor os recursos do através de decreto.
Fundo de Pesquisa e Preservação Cultural do Acre; Art. 42. Os critérios estabelecidos nesta Lei poderão
III - incentivos oriundos de renúncia fiscal, em índices ser alterados em função de modificação na legislação
propostos e aprovados anualmente, através de Decreto tributária brasileira e a cada três anos poderão ser
Governamental; revistos os percentuais previstos no inciso II do art. 37
IV - recursos orçamentários e extra-orçamentários deste Diploma Legal.
destinados pela União ao Estado para atender Art. 43. Esta Lei entrará em vigor na data de sua
programas e projetos específicos de preservação e publicação, revogadas as disposições em contrário.
conservação do Patrimônio Cultural; e
V - doações oriundas de convênios entre a Fundação Rio Branco-Ac, 8 de setembro de 1999, 111º da
de Cultura e Comunicação Elias Mansour e pessoas República, 97º do Tratado de Petrópolis e 38º do
jurídicas ou físicas de direito privado nacionais e/ ou Estado do Acre.
estrangeiras.
Art. 38. A aplicação e liberação dos recursos do Fundo JORGE VIANA
de Pesquisa e Preservação do Patrimônio Cultural do Governador do Estado do Acre
Estado do Acre far-se-ão de acordo com o regulamento
a ser expedido no prazo de noventa dias, a contar
desta lei, levando-se em conta ainda as seguintes LEI Nº 1.308, DE 24 DE DEZEMBRO DE 1999.
prioridades:
I - projetos e programas que tenham por fim a “Dispõe sobre a inspeção e fiscalização sanitária
preservação dos bens públicos tombados que constituem e industrial dos produtos de origem vegetal no
o acervo do Patrimônio Histórico e Cultural do Acre e Estado do Acre e dá outras providências.”
que estão sob a responsabilidade do Departamento de O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE:
Patrimônio Histórico e Cultural da Fundação de Cultura FAÇO SABER que a Assembléia Legislativa decreta e eu
e Comunicação Elias Mansour; sanciono a seguinte lei:
II - no apoio a projetos da iniciativa privada que Art. 1º - Esta lei regula a obrigatoriedade da prévia
tratem de preservação e dinamização do Patrimônio inspeção e fiscalização dos produtos de origem vegetal,
Cultural e que tiverem recebido pareceres favoráveis produzidos no Estado do Acre e destinados ao consumo,
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
nos limites de sua área geográfica, nos termos do art. sanitárias adequadas.
23, VIII, combinado com o art. 24, V e XII e § 3º do § 1º A multa prevista no inciso III poderá ser elevada
mesmo artigo da Constituição Federal. em até cinqüenta vezes, quando o volume do negócio do
Art. 2º - Cabe à Secretaria Executiva de Agricultura e infrator faça prever que a punição será ineficaz.
Pecuária – SEAP, dar cumprimento às normas estabelecidas § 2º Constituem agravantes o uso de artifícios, ardil,
nesta Lei e aplicar as penalidades nela previstas. ou simulação, o embaraço ou resistência à ação fiscal
Art. 3º - A atuação da Secretaria Executiva de e o desacato à autoridade fiscalizadora.
Agricultura e Pecuária – SEAP, por intermédio do § 3º A interdição de que trata o inciso V poderá ser
Departamento de Defesa e Inspeção Sanitária – DDIS levantada após o atendimento das exigências que
é exclusiva nesse setor, proibida a duplicidade de motivaram a sanção.
inspeção e fiscalização sanitária nos estabelecimentos § 4º Se a interdição não for levantada no decurso de
de processamento de produtos de origem vegetal doze meses do respectivo ato, será cancelado o registro
a outros órgãos do Governo do Estado do acre. do estabelecimento.
Art. 4º - Os estabelecimentos de processamento de Art. 12 - As sanções previstas no artigo anterior serão
produtos de origem vegetal, somente poderão funcionar aplicadas pelo Diretor do Departamento de Defesa e
na forma da legislação vigente e mediante prévio registro Inspeção Sanitária – DDIS, admitido recurso para:
na Secretaria Executiva de Agricultura e Pecuária – SEAP. I – o Secretário Executivo de Agricultura e Pecuária,
nos casos dos incisos I, II, IV e V;
Art. 5º - A inspeção e fiscalização de que trata esta
II – O Conselho de Contribuintes do Estado do Acre,
Lei, abrange os aspectos industrial e sanitário dos
nos casos do inciso III e do § 1º.
produtos de origem vegetal, preparados, transformados,
Parágrafo único Nas decisões contrárias ao Estado do
depositados ou em trânsito no Estado do Acre,
Acre, a autoridade julgadora deverá recorrer de ofício
comestíveis ou não comestíveis quer sejam ou não
ao órgão superior.
adicionados de produtos de origem animal.
Art. 13 - O produto de arrecadação da taxa de
Art. 6º - Constitui incumbência primordial da Secretaria
expediente, bem como das multas eventualmente
Executiva de Agricultura e Pecuária – SEAP:
impostas, ficará vinculado à Secretaria Executiva de
I – coibir o processamento clandestino de produtos de
Agricultura e Pecuária – SEAP e será aplicado conforme
origem vegetal;
dispuser o regulamento desta Lei.
II – registrar os estabelecimentos agroindustriais;
III – inspecionar o fabrico, a manipulação, o Art. 14 - As despesas decorrentes da aplicação desta
beneficiamento, a armazenagem, o acondicionamento Lei, correrão à conta de dotação orçamentária da
e a conservação de produtos de origem vegetal; Secretaria Executiva de Agricultura e Pecuária – SEAP.
IV – fiscalizar o transporte do produto final da unidade Art. 15 - O Poder Executivo regulamentará esta Lei
de processamento até o ponto de comercialização. no prazo de 90 (noventa) dias, após a sua publicação.
Art. 7º - A inspeção e fiscalização de que trata Art. 16 – Esta lei entrará em vigor na data de publicação.
esta Lei, serão realizadas nos estabelecimentos que
fabriquem, manipulem, beneficiem, armazenem, Rio Branco - AC, 24 de dezembro de 1999, 111º da República,
acondicionem, conservem ou transportem produtos de 97º do Tratado de Petrópolis e 38º do Estado do Acre.
origem vegetal.
Parágrafo único: A inspeção e a fiscalização serão JORGE VIANA
exercidas em caráter periódico ou permanente, Governador do Estado do Acre
conforme indicarem as necessidades.
Art. 8º - Os laboratórios da rede oficial, quando
solicitados, darão apoio técnico para a feitura de análises LEI Nº 1.373, DE 02 DE MARÇO DE 2001
dos produtos de origem vegetal.
“Cria o Instituto de Terras do Acre – ITERACRE e
Art. 9º - As autoridades da vigilância sanitária, em
dá outras providências.”
trabalhos de inspeção de alimentos nos estabelecimentos
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE
varejistas, comunicarão à Secretaria Executiva de
FAÇO SABER que a Assembléia Legislativa do Estado do
Agricultura e Pecuária – SEAP, os resultados das análises
Acre decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
sanitárias que realizarem.
Art. 10 - Fica instituída taxa de expediente pela CAPÍTULO I
lavratura de laudo de vistoria, quando da inspeção dos DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
estabelecimentos referidos no art. 7º, nos termos da
legislação tributária e do regulamento desta Lei. Seção I
Art. 11 - As infrações às normas estabelecidas nesta Da Natureza, Finalidade e Competência
Lei, sem prejuízo das responsabilidades de natureza civil
e criminal cabíveis, serão passíveis de punição, isolada Art. 1º Fica criado o Instituto de Terras do Acre –
ou cumulativamente, com as seguintes sanções: ITERACRE, órgão autárquico dotado de personalidade
I – advertência, mediante notificação específica, jurídica própria, com autonomia administrativa e
quando o infrator for primário ou não tiver agido com financeira, vinculado à Secretaria de Estado de
dolo ou má-fé; Produção, com sede e foro na capital do Estado e
II – apreensão ou inutilização de matérias-primas, jurisdição em todo o seu Território.
produtos, subprodutos e derivados de origem vegetal,
Art. 2º O ITERACRE é o órgão responsável pela política
quando não apresentarem condições higiênico-
agrária do Estado, competindo-lhe executar e promover
sanitárias adequadas ao fim a que se destinam ou
a regularização, ordenação e reordenação fundiária
forem adulterados;
rural, a utilização das terras públicas e devolutas,
III – multa de até 250 (duzentos e cinqüenta) UPF-AC,
cadastramento rural e a mediação de conflitos pela
nos casos de reincidência, dolo ou má-fé;
posse da terra.
IV – suspensão das atividades do estabelecimento,
nos casos de risco ou ameaça à saúde pública ou de Art. 3º Compete ao ITERACRE:
embaraço à ação fiscalizadora; I - elaborar e executar a Política Fundiária do Estado;
V – interdição total ou parcial do estabelecimento, II - executar os projetos de regularização fundiária e de
quando a infração consistir na falsificação ou adulteração assentamento, promovendo as medidas administrativas
de produtos, ou na inexistência de condições higiênico- cabíveis e intermediar os conflitos;
56
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
V - promover processos administrativos de demarcação da Procuradoria-Geral do Estado.
Leis
e discriminação das terras do Estado; Art. 10. Caberá ao ITERACRE, com a colaboração
VI - fornecer subsídios para as políticas públicas técnica da Procuradoria-Geral do Estado, a elaboração
de desenvolvimento agrícola, reforma agrária, de cartilhas, cursos e tudo mais que importe na difusão
desenvolvimento regional e de preservação ambiental; da legislação agrária do Estado.
VII - promover a formalização e a tramitação de
Art. 11. Fica instituída a Comissão de Transferência
processos administrativos, visando a expedição de
e Avaliação de Terras da União ao Estado, para fins de
licenças de ocupação, títulos provisórios e títulos
regularização fundiária, composta por cinco membros,
definitivos, os quais serão expedidos com a assinatura
dentre os quais um representante da Procuradoria-
do Chefe do Poder Executivo, Secretário de Estado de
Geral do Estado.
Produção e do Presidente do ITERACRE;
Parágrafo único. A composição da Comissão referida
VIII - organizar a documentação cartográfica,
neste artigo será disposta na regulamentação desta lei.
topográfica e cadastral, bem como de estatísticas
imobiliárias, necessárias para atingir os objetivos da Art. 12. O ITERACRE poderá instituir em cada uma
política agrária, fundiária e ambiental; das Regiões do Estado, definidas por suas bacias
IX – expedir instruções normativas necessárias à hidrográficas, escritórios administrativos subordinados
regulamentação e ao fiel cumprimento da legislação diretamente à presidência.
estadual de terras. Art. 13. Ficam criados na estrutura básica do Instituto
de Terras do Acre – ITERACRE os cargos em comissão
CAPÍTULO II identificados pelas siglas e respectivas quantidades:
DA ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA I - um Diretor-Presidente – DP;
II - um Chefe do Departamento Técnico – CC4;
Art. 4º Compõe a estrutura organizacional básica III - um Chefe do Departamento Administrativo e
do ITERACRE: Financeiro – CC4;
I - Diretor-Presidente; IV - um Procurador Jurídico – CC4;
II - Departamento Técnico; V - um Assessor Técnico – CC3;
III - Departamento Administrativo e Financeiro; VI – um Coordenador do Departamento Técnico – CC2;
IV - Procuradoria Jurídica. VII - um Coordenador do Departamento Administrativo
§ 1º Os cargos de Presidente e Chefes de Departamento e Financeiro – CC2;
serão de livre nomeação e exoneração pelo Governador VIII - um Assistente Jurídico – CC-2; e
do Estado. IX - um Assessor Chefe de Gabinete da Presidência.
§ 2º A Procuradoria Jurídica do ITERACRE vincula- § 1º O cargo em comissão de Diretor-Presidente
se tecnicamente à Procuradoria-Geral do Estado. será remunerado na forma do § 5º, do art. 41 da Lei
§ 3º Ficam criados na estrutura do ITERACRE oito cargos Complementar n. 63, de 13 de janeiro de 1999.
em comissão e cinco funções gratificadas, de acordo § 2º Os Cargos em Comissão identificados pelas
com o capítulo V, das Disposições Gerais. siglas CC2, CC3 e CC4 corresponderão aos cargos de
DAS-2, DAS-3 e DAS-4 e respectivas remunerações,
CAPÍTULO III disciplinadas no art. 90 da Lei Complementar n. 63, de
DO PATRIMÔNIO E DA RECEITA 13 de janeiro de 1999.
Art. 14. As funções gratificadas de que trata o § 3º
Art. 5º Constituem o patrimônio do ITERACRE: do art. 4º da presente lei, identificadas e escalonadas
I - bens que lhe forem doados por qualquer pessoa de pela simbologia F3, F4 e F5, nas quantidades: 2, 2 e
direito público ou privado; 1, respectivamente, corresponderão às remunerações
II - bens que lhe forem transferidos pelo Estado. das FG-3, FG-4 e FG-5, disciplinadas no parágrafo
único do art. 92 da Lei Complementar n. 63, de 13 de
Art. 6º Constituem receitas do ITERACRE: janeiro de 1999.
I - transferências realizadas pelo Estado através de
dotação específica consignada no orçamento; Art. 15. O ocupante de cargo efetivo desta autarquia,
II - remuneração pelos serviços técnicos prestados; investido em cargo comissionado, fará jus à remuneração
III - recursos provenientes de acordos, doações sem do respectivo cargo comissionado, podendo optar pela
encargos ou convênios celebrados com pessoas de remuneração do cargo efetivo.
direito público ou privado, nacional ou internacional; Art. 16. O Estatuto do ITERACRE será elaborado
IV - valores recebidos pela alienação de terras de dentro do prazo de noventa dias após a publicação desta
domínio do Estado, nos projetos que desenvolver. lei e aprovado através de Decreto Governamental.
Art. 17. O Poder Executivo regulamentará a
CAPÍTULO IV presente lei no prazo de cento e vinte dias após sua
DA GESTÃO E DAS CONTAS publicação.
Art. 18. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir
Art. 7º O ITERACRE está sujeito às normas orçamen crédito especial no valor de R$ 100.000,00 (cem mil
tárias aplicáveis às autarquias, devendo sua prestação reais), conforme classificação abaixo:
de contas ser encaminhada ao Tribunal de Contas do 116 – SECRETARIA DE ESTADO DE PRODUÇÃO – SEPRO
Estado, nos prazos fixados pela legislação em vigor. 11699 – Instituto de Terras do Acre – ITERACRE
Art. 8º Na gestão orçamentária, financeira, econômica 11699.21 – Organização Agrária
e patrimonial serão observadas, no que couber, as 11699.21631 – Reforma Agrária
normas de controle contábil do Estado. 11699.216310191 - Gestão da Política Fundiária
11699.2163101912.235 – Atividades a Cargo do
Instituto de Terras do Acre – ITERACRE
11699.2163101912.2350000.99 – Atividades a Cargo
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
58
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
oficiais do Estado e na imprensa local, onde houver, Art. 16. As transferências dos imóveis rurais de
Leis
com intervalo mínimo de oito e máximo de quinze dias domínio estadual serão efetuadas por:
entre a primeira e a segunda. I - legitimação;
§ 3º O prazo de apresentação dos interessados será contado II - concessão de direito real de uso;
a partir da Segunda publicação no Diário Oficial do Estado. III - doação;
Art. 6º A Comissão especial autuará e processará IV - permuta;
a documentação recebida de cada interessado, em V - alienação.
separado, de modo a ficar bem caracterizado o domínio Art. 17. A legitimação de posse será outorgada
ou a ocupação com suas respectivas confrontações. àquele que, não sendo proprietário de imóvel rural,
Art. 7º O Instituto de Terras do Acre – ITERACRE, no ocupe terras devolutas estaduais, nelas residindo e
prazo de trinta dias após a vigência desta lei, baixará tornando-as produtivas com o seu trabalho e o de
instruções normativas, dispondo, inclusive, sobre o sua família, observados os limites estabelecidos na
apoio administrativo às Comissões Especiais. legislação federal.
Art. 8° O Estado recorrerá ao processo discriminatório Art. 18. Os beneficiários de assentamentos de
judicial, sempre que verificar ser o procedimento terras públicas e devolutas estaduais receberão título
administrativo ineficaz, pela ausência, incapacidade de concessão de direito real de uso, inegociável pelo
ou oposição das pessoas encontradas no perímetro prazo de trinta anos e prorrogável por igual período, a
discriminatório. interesse da administração, até o limite máximo de cem
Parágrafo único. Intentado o procedimento administrativo hectares por família. (Redação dada pela Lei nº 1.786
da discriminatória, poderá o Estado, no curso dos de 3 de julho de 2006)
trabalhos, recorrer ao processo judicial, caso se Art. 19. Ao ocupante de terras públicas e devolutas
verifique alguma das situações previstas neste artigo. que não preencher um dos requisitos da legitimação
Art. 9° O processo discriminatório judicial será será outorgado título de concessão de direito real de
promovido através da Procuradoria Jurídica do órgão uso, inegociável pelo prazo de trinta anos e prorrogável
executor da política agrária, regendo-se sob lei específica. por igual período, a interesse da administração, até o
Art. 10. O titular do órgão executor da política limite máximo de cem hectares por família. (Redação
agrária proporá ao Chefe do Poder Executivo, sempre dada pela Lei nº 1.786 de 3 de julho de 2006)
que julgar necessário, a celebração de convênios § 1° A concessão de direito real de uso de que trata
com entidades públicas ou privadas, nacionais ou o caput deste artigo somente se efetivará em terras
internacionais, objetivando a suplementação de devolutas destinadas a produtores que nelas residirem
recursos ou intercâmbios técnicos para os discrimes e as cultivarem empregando apenas a força de trabalho
administrativos das terras devolutas estaduais. familiar.
Art. 11. Sempre que se apurar a inexistência de domínio § 2° A concessão de direito real de uso ou alienação
privado sobre áreas rurais, o Estado as arrecadará, de terras públicas e devolutas, de área superior a dois
mediante ato do titular do órgão executor da política mil hectares, depende de prévia anuência legislativa,
agrária, do qual constarão a situação do imóvel, suas conforme preceitua a Constituição Federal.
características, confrontações e eventual denominação. § 3° Não poderão ser beneficiários da concessão de
Parágrafo único. O processo de arrecadação sumária direito real de uso de terras públicas:
previsto neste artigo será instruído, no que couber, de I - os que tenham vínculo empregatício permanente fora
conformidade com a legislação federal pertinente. da atividade agropecuária ou que exerçam atividades
Art. 12. As terras públicas e devolutas se destinarão, profissionais liberais;
de acordo com suas condições naturais e econômicas, II - os que exerçam função pública, autárquica,
à preservação ambiental ou a assentamentos de fundacional ou paraestatal federal, estadual e municipal;
trabalhadores rurais sem terra, até o limite máximo de III - os militares;
cem hectares por família. IV - os aposentados;
V - os que estejam exercendo mandato político;
CAPÍTULO III VI - os que estejam investidos em funções parafiscais;
VII - os que já tenham sido beneficiários de projetos
SEÇÃO IV oficiais de reforma agrária, de colonização ou de
Do Cadastro Técnico Rural irrigação pública, salvo nos casos de justificativa
comprovada;
VIII - os que possuam imóveis ou imóvel cujas áreas
Art. 13. O órgão executor da política agrária
isoladas ou cumulativas somem cem hectares.
implantará, em todo o território estadual, o sistema
de cadastro técnico rural, visando o planejamento e Art. 20. O Estado somente poderá doar terras do
desenvolvimento das políticas agrícola, agrária, de seu domínio:
regularização fundiária, de utilização e preservação I - à União, Município ou entidades da administração
dos recursos naturais e de apoio às políticas para federal, estadual ou municipal, para utilização em seus
desenvolvimento rural. serviços;
II - a entidades educacionais, assistenciais, sindicais
CAPÍTULO IV e hospitalares, de acordo com a regulamentação
desta lei.
SEÇÃO V Parágrafo único. Os imóveis e suas acessões, doados pelo
Da Utilização das Terras Públicas Estaduais Estado, reverterão ao seu patrimônio, independentemente
de notificação ou indenização, caso não sejam utilizados
na finalidade e prazos prescritos no ato de doação.
Art. 14. As concessões de terras rurais de domínio
estadual serão condicionadas, dentre outras exigências, Art. 21. O Estado poderá permutar terras rurais
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
Estado. a ser explorada pela iniciativa privada;
Art. 2º As florestas nativas ou cultivadas e demais
Leis
IV - Conservação: manutenção, utilização sustentável,
formas de vegetação nativa, úteis à manutenção restauração e recuperação do ambiente natural,
e conservação das terras que as revestem, são
para que possa produzir o maior benefício em bases
considerados bens de interesse comum a todos os
sustentáveis às atuais gerações, mantendo seu potencial
cidadãos, exercendo-se o seu uso com as limitações
que a legislação em geral e especialmente esta lei de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações
estabelecem. futuras, garantindo a sobrevivência dos seres vivos
em geral;
SEÇÃO II V - Exploração Florestal: conjunto de atividades que
PRINCÍPIOS permitem a extração de madeira e outros produtos
da floresta;
Art. 3º A Lei Florestal do Estado reger-se-á pelos VI - Extrativismo: sistema de exploração baseado em
seguintes princípios: coleta e extração de recursos naturais;
I - proteção do patrimônio natural do Estado e da VII - Manejo Florestal Sustentável: conjunto de
biodiversidade; atividades que permite obter bens e serviços da
II - utilização racional do recurso florestal; floresta, sem reduzir sua capacidade futura de gerá-los
III - participação da sociedade civil organizada nos e conservando a diversidade biológica;
processos que envolvam o uso do recurso florestal VIII - Multas: valores cobrados pelas infrações
público; referentes ao não cumprimento desta lei;
IV - eqüidade no trato aos usuários da floresta e na IX - Plano de Gestão: documento técnico mediante
distribuição de seus benefícios;
o qual, com fundamento nos objetivos gerais de
V - respeito às orientações do Zoneamento Ecológico-
uma unidade de conservação, se estabelece o seu
Econômico do Estado do Acre – ZEE;
VI - integração entre os órgãos executores da política zoneamento e as normas que devem presidir o uso
florestal. da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a
implantação das estruturas físicas necessárias à gestão
SEÇÃO III da unidade;
DOS OBJETIVOS X - Plano de Manejo Florestal: documento técnico que
contêm informações e normas de manejo florestal
sustentável específicas a serem aplicadas em uma
Art. 4º São objetivos da Lei Florestal:
floresta que se pretende explorar;
I - ordenar o uso do recurso florestal;
XI - Preservação: conjunto de métodos, procedimentos
II - contribuir para o desenvolvimento social e o
e políticas que visem a proteção, em longo prazo, das
crescimento econômico do Estado do Acre;
espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção
III - garantir a manutenção da cobertura florestal
dos processos ecológicos, prevenindo a simplificação
do Estado, conforme a legislação vigente e preceitos
dos sistemas naturais;
científicos, assegurando a geração de bens e serviços
XII - Produto Florestal Não-Madeireiro: todo material
ambientais;
de origem vegetal oriundo das florestas; produtos
IV - aumentar a produção do setor florestal e do setor
brutos e subprodutos para fins alimentares, medicinais,
extrativista, através do manejo florestal;
ornamentais, aromáticos, artesanais e residenciais;
V - contribuir para a preservação da biodiversidade;
XIII - Proteção Integral: manutenção dos ecossistemas
VI - incentivar o uso racional da floresta e fomentar
livres de alterações causadas por interferência humana,
o ecoturismo, a recreação, a pesquisa e a educação
admitindo apenas o uso indireto dos seus atributos
florestal.
naturais;
XIV - Recuperação: restituição de um ecossistema ou
SEÇÃO IV
de uma população silvestre degradada a uma condição
INSTRUMENTOS
não degradada, que pode ser diferente de sua condição
original;
Art. 5º São instrumentos da política florestal: XV - Reflorestamento: plantio e cultivo de espécies
I - os órgãos do setor público florestal e ambiental arbóreas, com fins de produção de madeiras, frutos,
do Estado; sementes, exsudatos, cascas, raízes, folhas, flores e
II - o Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do de serviços ambientais como proteção de solos em
Acre - ZEE; encostas, conservação dos recursos hídricos, seqüestro
III - as unidades de conservação de proteção integral de carbono atmosférico, paisagismo e lazer;
e de uso sustentável estaduais; XVI - Tarifa Florestal: preço público referente aos
IV - o Sistema Estadual de Meio Ambiente, Ciência e diversos tipos de concessão florestal e aos serviços
Tecnologia do Estado do Acre - SISMACT; necessários à sua viabilização;
V - as instituições federais atuantes no setor florestal XVII - Taxas Florestais: valores cobrados referentes à
e ambiental; prestação de serviços públicos relacionados ao setor
VI - os incentivos tributários destinados à conservação florestal;
e preservação florestal. XVIII - Unidade de Produção Florestal: área da floresta
à qual, conforme o plano de manejo, corresponde a
SEÇÃO V exploração anual. Embora o tamanho possa variar
DEFINIÇÕES a cada ano, o número de unidades de produção
normalmente é igual ao número de anos do ciclo de
Art. 6º Para os fins previstos nesta lei, entende-se por: corte florestal;
I - Categoria de Produto Florestal Não-Madeireiro: XIX - Uso Indireto: aquele que não envolve consumo,
conjunto de produtos brutos com características físicas coleta, dano ou exaustão dos recursos naturais;
em comum, mas não necessariamente utilizados com XX - Uso Sustentável: utilização dos recursos naturais de
61
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
62
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
CAPÍTULO III anos, renováveis por igual período uma única vez, com
DA CONSERVAÇÃO DAS FLORESTAS NO ACRE o fim de que sejam realizados estudos científicos com o
intuito de embasar a definição pelo Estado sobre o uso
SEÇÃO I final ou a categoria definitiva a que corresponda.
CLASSIFICAÇÃO DAS FLORESTAS Art. 18. As Estradas-Parque - EPAR e os Rios Parque
- RPAR, estaduais e municipais, podem ser classificados
Art. 13. (Revogado pela Lei Nº 2.095 de 17 de como unidades de conservação de proteção integral
Ordinárias
dezembro de 2008) ou unidades de conservação de uso sustentável,
Leis
dependendo das características apresentadas.
SEÇÃO II Parágrafo único. Para os fins desta lei considera-se:
DO SISTEMA ESTADUAL DE ÁREAS I - Estradas-Parque são áreas naturais ou seminaturais,
NATURAIS PROTEGIDAS de alto valor para conservação, contíguas a rodovias;
II - Rios-Parque são áreas naturais ou seminaturais, de
Art. 14. Fica criado o Sistema Estadual de Áreas alto valor para conservação, contíguas a rios ou porções
Naturais Protegidas - SEANP, que será composto: de rios, preservadas na sua condição de mata.
(Redação dada pela Lei Nº 2.095 de 17 de dezembro
de 2008) SEÇÃO III
I - pelo conjunto de unidades de conservação federais, DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE
estaduais e municipais, já existentes e a serem criadas PROTEÇÃO INTEGRAL
no Estado do Acre;
II - pelas reservas legais das propriedades; Art. 19. As unidades de conservação de proteção
III - pelas áreas de proteção permanente - APPs; integral definidas como Reservas Biológicas – REBIO,
IV - pelas áreas destinadas ao manejo florestal; Parques – PAR, Estações Ecológicas – EE e Monumentos
V - pelas reservas indígenas, quando reconhecidas no Naturais, criados no âmbito do Estado e dos municípios,
SEANP na forma do art. 15 desta lei. reger-se-ão pelas normas estabelecidas na Lei 9.985, de
Art. 15. As unidades de conservação federais no 18 de julho de 2001.
Estado do Acre e as terras indígenas serão reconhecidas
no SEANP e o apoio que receberão do Estado dependerá SEÇÃO IV
de acordos com o Governo Federal. DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE
Art. 16. O SEANP tem os seguintes objetivos: USO SUSTENTÁVEL
I - manter amostras ecologicamente representativas
e viáveis dos ecossistemas naturais do Estado e da Art. 20. As Florestas Públicas de Produção Estaduais
biodiversidade que contêm; ou Municipais- FLOP são áreas destinadas à produção
II - proteger as paisagens naturais e pouco alteradas florestal, principalmente de madeira e outros produtos
de notável beleza cênica; vegetais, mediante a aplicação de planos de manejo que
III - preservar o funcionamento dos processos garantam a sustentabilidade dos recursos manejados,
ecológicos naturais, garantindo a manutenção dos a preservação da natureza, da biodiversidade e a
serviços ambientais referentes ao ciclo hidrológico, manutenção dos serviços ambientais.
fixação de carbono, conservação do solo, preservação § 1º As Florestas Públicas de Produção se estabelecem
de habitats da fauna silvestre e outros; sobre terras públicas de propriedade do Estado ou dos
IV - promover o aproveitamento dos recursos naturais municípios, que as administram e têm responsabilidade
renováveis e o ecoturismo nas unidades de conservação sobre as mesmas, através da sua Secretaria de
de uso sustentável; Estado de Floresta ou órgão municipal ambiental ou
V - contribuir para a pesquisa científica, assim como para equivalente. (Redação dada pela Lei Nº 2.095 de 17
a educação, cultura, esporte e recreação do cidadão; de dezembro de 2008)
VI - coordenar o funcionamento das unidades § 2º O uso dos recursos das Florestas Públicas de
de conservação e estabelecer diretrizes para o Produção poderá ser concedido sob o regime de
monitoramento da utilização do recurso natural nestas concessão florestal, mas, sob qualquer circunstância,
áreas. a exploração deve resultar da aplicação de um plano de
Art. 17. São consideradas como unidades de manejo aprovado e supervisado pelos órgãos ambientais
conservação estadual: unidades de conservação de e florestais nos seus respectivos níveis de Governo.
proteção integral, unidades de conservação de uso Art. 21. As Reservas Extrativistas Estaduais e
sustentável e unidades de conservação provisória. Municipais - RESEX são áreas utilizadas por populações
§ 1º Unidades de conservação de proteção integral extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no
são aquelas que têm por objetivo básico preservar a extrativismo e, complementarmente, na agricultura de
natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos subsistência e na criação de animais de pequeno porte
seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos e têm como objetivos básicos proteger os meios de
nesta lei. Elas podem ser: Reservas Biológicas, Parques, vida e a cultura dessas populações e assegurar o uso
Estações Ecológicas e Monumentos Naturais, estaduais sustentável dos recursos naturais da unidade.
e municipais. § 1º As Reservas Extrativistas se estabelecem em
§ 2º Nas unidades de conservação de proteção integral terras públicas do Estado ou dos municípios que as
admite-se apenas o uso indireto de seus atributos administram e têm responsabilidade sobre as mesmas,
naturais. através da sua Secretaria de Estado de Floresta ou
§ 3º Unidades de conservação de uso sustentável são órgão municipal ambiental ou equivalente, sendo o
aquelas que têm por objetivo básico compatibilizar a uso concedido às populações extrativistas tradicionais,
conservação da natureza com o uso sustentável dos seus conforme regulamentação específica. (Redação dada
recursos naturais. Elas podem ser: Florestas Públicas de pela Lei Nº 2.095 de 17 de dezembro de 2008)
Produção, Reservas Extrativistas, Reservas Particulares § 2º A visitação pública é permitida, desde que
de Patrimônio Natural e Áreas de Proteção Ambiental, compatível com os interesses locais e de acordo com
estaduais e municipais. o disposto no Plano de Manejo da área, sujeitando-se
§ 4º Nas unidades de conservação de uso sustentável à prévia autorização por parte do órgão responsável.
admite-se o uso direto dos recursos naturais. § 3º A pesquisa científica é permitida e incentivada,
§ 5º Unidades de conservação provisória são as áreas sujeitando-se à prévia autorização do órgão responsável
reservadas e protegidas, de forma integral, por até cinco pela administração da unidade, às condições e restrições
63
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
64
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
artigo dá-se sem o prejuízo do ressarcimento que o florestal prioritariamente a:
Leis
Estado venha a fazer jus para corrigir ações ante o I - população extrativista residente em unidades de
descumprimento do contrato ou do plano de manejo. conservação de uso sustentável;
§ 3º A retenção do valor relativo à fiança não exime o II - população indígena que deseje explorar
concessionário das responsabilidades administrativas, sustentavelmente seus recursos florestais;
cíveis e penais. III - produtores rurais com propriedades abrangendo
Art. 36. A exploração ou aproveitamento dos recursos florestas nativas de tamanho pequeno e médio;
florestais madeireiros contidos nas reservas extrativistas IV - proprietários de RPPN;
poderão ser feitos pelos beneficiários radicados nessas V - agricultores que desenvolvam ações de reabilitação
unidades de conservação, através dos seguintes de terras degradadas mediante atividades agro-
mecanismos: florestais, manejo de florestas naturais, secundárias e
I - exploração direta pelos beneficiários organizados em reflorestamentos;
cooperativas ou outras formas associativas; VI - empresários.
II - exploração pelos beneficiários, com participação
na extração, de outras pessoas jurídicas, mediante SEÇÃO II
autorização documentada da SEF. (Redação dada pela DA EDUCAÇÃO FLORESTAL
Lei Nº 2.095 de 17 de dezembro de 2008)
Art. 42. O Estado e municípios obrigatoriamente
SEÇÃO II assinalarão em seus mapas e cartas oficiais as unidades
DO APROVEITAMENTO DE RECURSOS de conservação previstas nesta lei.
FLORESTAIS NÃO-MADEIREIROS Art. 43. Durante todo o ano letivo, a SEF promoverá,
nas instituições de ensino, a difusão dos conceitos de
Art. 37. A exploração dos recursos florestais diferentes preservação e uso sustentável dos recursos florestais,
da madeira, em florestas públicas de produção ou fornecendo para isso apoio técnico. (Redação dada pela
privadas, deve ser feita com base em plano de manejo Lei Nº 2.095 de 17 de dezembro de 2008)
florestal não-madeireiro, devidamente aprovado pelo
Instituto de Meio Ambiente do Acre - IMAC. SEÇÃO III
Parágrafo único. Para garantir o caráter sustentável do DO APOIO E INCENTIVO AO SETOR FLORESTAL
manejo, os planos devem considerar:
I - levantamento criterioso do recurso natural, Art. 44. O Estado poderá criar incentivos para os
considerando as características ecológicas da espécie empreendimentos florestais que trabalharem com
a ser manejada, indicadores de sustentabilidade e florestas manejadas ou adquirirem produtos de áreas
quantidades a serem extraídas; manejadas, bem como para aqueles que obtiverem
II - garantia de sobrevivência da espécie em seu certificação florestal de suas áreas ou adquirirem
ecossistema, obedecendo a critérios técnicos e científicos produtos de áreas certificadas.
que garantam a variabilidade genética;
III - intensidade de exploração compatível com CAPÍTULO VI
sua capacidade local, assegurando o estoque e a DO FINANCIAMENTO DO SETOR
sustentabilidade do produto extraído. PÚBLICO FLORESTAL
Art. 38. A aprovação do plano de manejo de
produtos florestais não-madeireiros seguirá processo SEÇÃO I
administrativo simplificado, cujos procedimentos serão DO FUNDO ESTADUAL DE
estabelecidos em regulamentação específica. FLORESTAS DO ACRE
Parágrafo único. O Termo de Referência, definido
pela SEF e IMAC para cada categoria de produto não- Art. 45. Fica criado o Fundo Estadual de Florestas
madeireiro, será o documento que estabelecerá um do Acre, doravante denominado Fundo Florestal, cujos
roteiro mínimo a ser seguido para elaboração de planos recursos serão administrados pela SEF, à qual ficará
de manejo de produtos florestais não-madeireiros. vinculado, destinando-se especificamente à execução
(Redação dada pela Lei Nº 2.095 de 17 de dezembro da política florestal e extrativista e a execução de
de 2008) programas de produção sustentável. (Redação dada pela
Lei Nº 2.095 de 17 de dezembro de 2008)
CAPÍTULO V § 1º Constituem recursos do Fundo Florestal:
DA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO I - dotações constantes do orçamento do Estado;
FLORESTAL SUSTENTÁVEL II - contribuições, subvenções, auxílios ou quaisquer
transferências de receitas da união, do Estado, dos
SEÇÃO I municípios e de suas respectivas autarquias, empresas
DA PESQUISA, ASSISTÊNCIA TÉCNICA E públicas, sociedades de economia mistas e fundações;
DIVULGAÇÃO FLORESTAL III - os resultantes de convênios, contratos, empréstimos,
financiamentos e doações de organismos públicos e
Art. 39. O Estado, através de suas instituições privados, nacionais e internacionais;
especializadas, fomentará a pesquisa científica, IV - os recursos provenientes de taxas, tarifas, multas,
aplicada e tecnológica florestal, podendo para isso leilões e indenizações decorrentes da aplicação desta lei;
celebrar acordos, convênios ou consórcios com V - valores arrecadados com a venda de produtos e
órgãos e instituições públicas e privadas, nacionais e subprodutos florestais apreendidos;
internacionais. VI - outros recursos, inclusive legados que, por sua
Art. 40. O Estado, através de suas instituições natureza, possam ser destinados ao Fundo Florestal.
especializadas, estabelecerá um Programa Estadual § 2º Os recursos provenientes de multas e infrações
65
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
ambientais serão compartilhados entre o Fundo Estadual e leiloados ou doados pela autoridade competente às
de Meio Ambiente e o Fundo Florestal. instituições científicas, hospitalares, penais, militares,
§ 3º Incumbe ao Conselho Florestal a fiscalização da públicas e outras com fins beneficentes, bem como
aplicação dos recursos do Fundo Florestal, sem prejuízo da às comunidades carentes, lavrando-se os respectivos
competência específica do Tribunal de Contas do Estado. termos, sendo que, no caso de subprodutos da fauna,
Art. 46. Fica assegurado um percentual de cinco por os mesmos serão destruídos ou doados a instituições
cento dos recursos do Fundo Florestal para aplicação científicas, culturais ou educacionais.
em pesquisa florestal no Estado, através de projetos Parágrafo único. Os recursos resultantes de leilões serão
específicos apresentados pela comunidade científica e recolhidos ao Tesouro Estadual e compartilhados pelo
tecnológica ligada ao setor, independente dos programas Fundo Estadual de Meio Ambiente e o Fundo Florestal.
governamentais com outras fontes de recursos. Art. 51. Os produtos e subprodutos de que trata o
Parágrafo único. As áreas ou linhas de pesquisa aptas artigo anterior, não retirados pelo beneficiário no prazo
a acessar estes recursos deverão ser definidas em estabelecido em documento de doação sem justificativa,
regulamento e aprovadas pelo Conselho Florestal Estadual. serão objeto de nova doação ou leilão.
Art. 47. As origens e aplicações dos recursos do Fundo Art. 52. Os equipamentos, materiais, objetos e
Florestal deverão ser publicadas semestralmente no demais instrumentos utilizados na prática da infração,
Diário Oficial do Estado. que tenham utilidade para uso nas atividades dos
órgãos ambientais e de entidades científicas, culturais,
CAPÍTULO VII educacionais, hospitalares, penais, militares, públicas
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES e outras entidades com fins beneficentes e ambientais,
serão doados a estas, após prévia avaliação do órgão
SEÇÃO I responsável pela apreensão.
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
CAPÍTULO VIII
Art. 48. Constitui infração administrativa, para efeito DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
desta lei, qualquer ação ou omissão que importe
inobservância dos seus preceitos, bem como das demais Art. 53. Fica autorizada a cobrança de tarifa florestal,
normas dela decorrentes, sujeitando os infratores, cuja tabela será elaborada pela SEFE e instituída por
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções, além da ato do chefe do Poder Executivo.
obrigação de reparar os danos causados. Art. 54. Os atos previstos nesta lei, praticados pela
§ 1º Compete aos agentes ambientais do IMAC a SEF ou pela SEMA, no exercício das atividades de sua
lavratura do auto de infração e o preenchimento da competência, implicam no recolhimento das tarifas
guia de recolhimento bancário. através de formulário de arrecadação que venha a ser
§ 2º Para fins de aplicação desta lei, considera-se adotado. (Redação dada pela Lei Nº 2.095 de 17 de
infração e sanção o estabelecido na Lei Estadual n. dezembro de 2008)
1.117, de 26 de janeiro de 1994. Art. 55. Os requerentes de planos comunitários
§ 3º Os valores das multas referentes às infrações e pequenos proprietários de projetos de manejo
ambientais obedecerão aos dispositivos da Lei Estadual florestal de recursos não-madeireiros ficam isentos do
1.117, de 26/01/94. pagamento das taxas referentes aos serviços prestados
§ 4º Caberá à SEF realizar os estudos necessários pelos órgãos estaduais competentes.
para o estabelecimento dos valores das multas e
Art. 56. O Estado promoverá a conscientização da
sanções referentes ao descumprimento de cláusulas
população para preservação e uso sustentável dos
dos contratos de concessão.(Redação dada pela Lei Nº
recursos florestais, criando:
2.095 de 17 de dezembro de 2008)
I - a Semana Florestal, na semana correspondente a
Art. 49. A multa simples pode ser convertida em 21 de setembro de cada ano;
serviços de preservação, melhoria e recuperação da II - a Ordem ao Mérito “Chico Mendes”, para premiar
qualidade do meio ambiente. as pessoas e instituições que desenvolvem atividades
Parágrafo único. Além das circunstâncias estabelecidas extraordinárias para a preservação e uso sustentável
na Lei Estadual n. 1.117/94, são consideradas dos recursos naturais renováveis e do meio ambiente.
circunstâncias agravantes ter o infrator cometido infração:
Art. 57. As Unidades de Conservação integrantes do
a) concorrendo para danos à propriedade alheia;
SEANP são regidas pelas provisões da Lei n. 9.985, de
b) atingindo áreas de unidades de conservação ou
18 de julho de 2000.
áreas sujeitas, por ato do Poder Público, a regime
especial de uso; Art. 58. Fica autorizado o Governo do Estado a
c) atingindo áreas urbanas ou quaisquer assentamentos estabelecer regulamento específico para a utilização,
humanos; valoração e remuneração dos serviços ambientais
d) no período noturno; das unidades de conservação estaduais e florestas
e) em épocas de seca ou inundações; privadas.
f) no interior do espaço territorial especialmente Art. 59. O Governo do Estado terá um prazo de
protegido; 180 dias após a sanção desta lei para iniciar a sua
g) mediante fraude ou abuso de confiança; regulamentação.
h) mediante abuso do direito de licença, permissão ou Art. 60. Esta Lei entra em vigor na data de sua
autorização ambiental; publicação.
i) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou
parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por Rio Branco-Acre, 27 de dezembro de 2001, 113º da
incentivos fiscais; República, 99º do Tratado de Petrópolis e 40º do
j) facilitada por funcionário público no exercício de Estado do Acre.
suas funções.
JORGE VIANA
SEÇÃO II Governador do Estado do Acre
DOS BENS APREENDIDOS
66
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
Acre decreta e eu sanciono a seguinte Lei: e equipamentos;
Leis
Art. 1º Fica instituído o Programa de Apoio às IV - preparar associações e cooperativas das populações
Populações Tradicionais e de Pequenos Produtores – tradicionais e pequenos produtores para interagir com
PRÓ-FLORESTANIA no Estado do Acre, vinculado à o mercado, tendo acesso a ações, infra-estrutura,
Secretaria de Estado de Produção, com a finalidade de consultoria, insumos e equipamentos;
criar oportunidades de investimento com fins produtivos V - proporcionar que os beneficiários tenham acesso a
para pequenos produtores e populações tradicionais, ações, infra-estrutura e equipamentos para extração
visando melhorar suas condições de bem-estar, de sustentável de recursos naturais (flora e fauna).
acordo com os padrões do desenvolvimento humano Art. 5º São beneficiários do Programa: pessoas
sustentável, combatendo a pobreza e reduzindo a jurídicas, associações e cooperativas e similares das
degradação ambiental. populações tradicionais e de pequenos produtores.
Art. 2º Para efeitos desta lei, considera-se: Art. 6º Os pleiteantes aos benefícios previstos nesta lei
I – populações tradicionais: povos indígenas, estarão sujeitos ao cumprimento das condições gerais que
extrativistas (seringueiros, castanheiros e pescadores) serão definidas no Regulamento Operativo do Programa.
e ribeirinhos, populações que estão relacionadas Parágrafo único. Os indicadores necessários à
com um tipo de organização econômica e social com comprovação, pelos beneficiários, do cumprimento
reduzida acumulação de capital, não usando força de das condições para a concessão dos benefícios de que
trabalho assalariado e com atividades econômicas de trata esta lei serão definidos no Regulamento Operativo
pequena escala, baseados no uso de recursos naturais do Programa.
renováveis, atendidos os seguintes requisitos: Art. 7º Constitui-se recursos financeiros do Programa
a) modo de produção ligado ao conhecimento que os PRÓ-FLORESTANIA aqueles provenientes:
produtores têm e a dependência dos recursos naturais I - de dotações orçamentárias do Estado;
e dos ciclos da natureza; II - de operações de crédito realizadas junto a
b) recursos naturais fornecedores dos meios de instituições nacionais e internacionais;
subsistência, de trabalho, de produção e dos aspectos III - dos convênios, contribuições, doações e legados
materiais das relações sociais; efetuados ao Programa;
c) desenvolvimento tecnológico primário com pequena IV – das aplicações financeiras dos recursos destinados
interferência no meio ambiente; ao Programa;
d) ocupação antiga de terras e conhecimentos sobre o V - de outros recursos que lhe forem atribuídos por força da lei.
local passados de geração em geração. Art. 8º Os recursos financeiros vinculados ao Programa
II – pequenos produtores: pessoas pertencentes a previsto nesta lei serão administrados pela Secretaria de
unidades produtivas rurais de base familiar, tais como Estado de Produção - SEPRO, a quem compete praticar
proprietários, colonos, agricultores e seus familiares todos os atos necessários à sua gestão, de acordo com a
em geral, inclusive posseiros e meeiros, parceiros ou legislação aplicada e em conformidade com as diretrizes
arrendatários de até um módulo fiscal, que morem no do Programa PRÓ-FLORESTANIA.
imóvel e atendam às seguintes condições: Parágrafo único. A aplicação dos recursos financeiros
a) processo de produção realizado basicamente pela provenientes de operações de crédito nacional e
força de trabalho da família; internacional que vierem a financiar as ações desse
b) unidade, interação e interdependência da família com Programa seguirá os termos e condições previstas no
a unidade de produção; contrato de financiamento aplicável.
c) participação solidária e co-responsável dos membros
Art. 9º O Estado efetuará todas as licitações
da família na organização e funcionamento do conjunto
relacionadas ao Programa e entregará aos beneficiários
do sistema família-unidade de produção;
o produto das mesmas, sendo os percentuais de
d) caráter informal do planejamento, coordenação,
contrapartida estabelecidos no Regulamento Operativo
direção, controle da produção e demais atividades;
do Programa.
e) estratégia voltada para garantir a segurança alimentar
da família, buscando minimizar riscos, aumentar a Art. 10 O Programa PRÓ-FLORESTANIA será gerido
renda total da família, garantir o emprego da mão-de- por um Conselho Executivo, composto pelos seguintes
obra familiar, investir na melhoria e na ampliação das membros:
condições de trabalho e da produção. I - um representante da Secretaria de Estado de
Produção - SEPRO;
Art. 3º São objetivos gerais do Programa:
II - um representante da Secretaria Executiva de
I – apoiar ações de suporte na formulação de
Assistência Técnica e Garantia da Produção - SEATER;
estudos específicos, como a elaboração dos Planos
III - um representante da Secretaria Executiva da
de Desenvolvimento Comunitário, projetos produtivos
Agricultura e Pecuária - SEAP;
e estudos específicos destes projetos, valorizando
IV - um representante da Secretaria Executiva de
o conhecimento das populações tradicionais e de
Floresta e Extrativismo - SEFE;
pequenos produtores;
V - um representante da Secretaria Executiva da
II - proporcionar que as populações tradicionais e de
Indústria, Comércio e Turismo - SEICT;
pequenos produtores rurais tenham acesso a projetos,
VI - um representante da Secretaria de Ciência,
notadamente no que se refere a sistema de produção
Tecnologia e Meio Ambiente - SECTMA;
que maximizem o uso dos recursos produtivos,
VII - um representante do Conselho Nacional dos
valorizando o conhecimento das populações tradicionais
Seringueiros – CNS;
e pequenos produtores.
VIII - um representante da União das Nações Indígenas
Art. 4º São objetivos específicos do Programa: do Acre e Sul do Amazonas - UNI;
I - proporcionar aos beneficiários a obtenção de suporte IX - um representante da Federação dos Trabalhadores
para a elaboração de Planos de Desenvolvimento da Agricultura do Acre – FETACRE;
Comunitário (BDCs), Projetos Produtivos e Estudos, X - um representante de organizações não governamentais
67
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
de apoio aos pequenos produtores rurais do Acre; Art. 16 Esta Lei entra em vigor na data de sua
XI - um representante das Cooperativas de produtores publicação.
rurais do Estado.
Parágrafo único. O voto de qualidade será exercido Rio Branco-Acre, 3 de maio de 2002, 114º da República,
pelo Presidente do Conselho, o Secretário de Estado 100º do Tratado de Petrópolis e 41º do Estado do
de Produção - SEPRO. Acre.
Art. 11 Ao Conselho Executivo do Programa PRÓ- JORGE VIANA
FLORESTANIA compete: Governador do Estado do Acre
I – definir anualmente as macro-políticas do
Programa;
II – aprovar as propostas apresentadas ao Programa;
III – assegurar a realização do Programa PRÓ- LEI Nº 1.478, DE 15 DE JANEIRO DE 2003
FLORESTANIA, em conformidade com o sistema de
proteção ambiental e demais normas afetas ao meio “Cria o Instituto de Defesa Agropecuária e
ambiente; Florestal do Estado do Acre – IDAF/AC e define
IV - estabelecer prioridades nas linhas de ação sua competência e organização básica.”
direcionadas para o funcionamento das atividades do O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE
programa; FAÇO SABER que a Assembléia Legislativa do Estado do
V - divulgar as decisões consideradas relevantes e do Acre aprova e eu sanciono a seguinte Lei:
interesse geral. Art. 1º Fica criado o Instituto de Defesa Agropecuária
Art. 12. Os bens e serviços adquiridos com recursos e Florestal do Estado do Acre - IDAF/AC, entidade
provenientes do Programa PRÓ-FLORESTANIA serão autárquica com personalidade jurídica de direito público
doados ou transferidos aos beneficiários ao final da interno, patrimônio próprio e autonomia administrativa
execução do projeto, desde que tenham cumprido e financeira, com âmbito de atuação em todo o Estado
todas as condições previstas no Regulamento Operativo do Acre, tendo por sede e foro Rio Branco, capital do
do Programa. Estado do Acre.
Art. 13. O Regulamento Operativo do Programa Art. 2º O IDAF/AC é uma autarquia institucional sob
PRÓ-FLORESTANIA será elaborado pela Secretaria de a denominação de instituto, a ser supervisionada pela
Estado de Produção - SEPRO e aprovado por decreto Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento
governamental, no prazo de trinta dias, a contar da Econômico Sustentável.
publicação da presente lei. Art. 3º O IDAF/AC é o instituto máximo de defesa
Art. 14. Fica o Poder Executivo a abrir Crédito agropecuária e florestal do Estado do Acre, priorizando
Adicional Especial no valor de R$ 100,000,00 (cem mil a promoção, manutenção e recuperação da saúde dos
reais), conforme classificação abaixo: animais e vegetais e dos aspectos qualitativos dos
16 – SECRETARIA DE ESTADO DE PRODUÇÃO produtos agropecuários e florestais, com atividades
16.001.00.000.0000.0000.0000 – Gabinete do Secretário preventivas, contribuindo para com a defesa agropecuária.
16.001.20.000.0000.0000.0000 – Agricultura Parágrafo único. Ao IDAF/AC ficam asseguradas as
16.001.20.691.0000.0000.0000 – Promoção da demais prerrogativas necessárias ao exercício adequado
Produção Vegetal de suas atribuições, de acordo com esta lei.
16.001.20.601.0177.0000.0000 – Floresta Art. 4º Constituem finalidades do IDAF/AC:
Sustentável I - promover a saúde animal e vegetal e a qualidade
16.001.20.601.0177.2248.0000 – Programa PRÓ- de seus produtos e subprodutos, por meio da defesa
FLORESTANIA sanitária animal e vegetal;
3.0.00.00.00 – DESPESAS CORRENTES II - o controle e a erradicação de doenças e pragas dos
3.3.00.00.00 – OUTRAS DESPESAS CORRENTES animais e vegetais;
3.3.90.00.00 – Aplicações Diretas III - a fiscalização e a inspeção dos produtos e
3.3.90.30.00 – Material de Consumo – RP subprodutos de origem agropecuária e florestal;
(01).............................R$ 10.000,00 IV - a fiscalização do comércio de insumos agropecuários
3.3.90.33.00 – Passagens e Despesas de Locomoção e das atividades de biossegurança para garantia da
– RP (01) ...................................R$ 10.000,00 saúde humana;
3.3.90.36.00 – Outros Serviços de Terceiros – Pessoa V - cumprir e fazer cumprir as obrigações operacionais
Física - RP (01).............................R$ 10.000,00 de que tratam as leis sobre a proteção à saúde animal e
3.3.90.39.00 – Outros Serviços de terceiros – Pessoa vegetal e do controle, inspeção e vigilância de produtos,
Jurídica RP (01)............................R$ 35.000,00 subprodutos, bens e serviços agropecuários e florestais,
4.0.00.00.00 – DESPESA DE CAPITAL através de delegação do Poder Executivo.
4.4.00.00.00 – INVESTIMENTOS Art. 5° Compete ao IDAF/AC:
4.4.90.00.00 – Aplicações Diretas I – expedir normas para cumprimento às legislações
4.4.90.52.00 – Equipamentos e Material Permanente zoossanitárias e fitossanitárias;
– RP (01) ..........................................R$ 35.000,00 II - fazer cumprir a legislação estadual de defesa e
Art. 15 Os recursos necessários a execução do inspeção sanitária animal e vegetal;
Adicional Especial provirão de anulação de dotação III - propor o aprimoramento da legislação estadual de
orçamentária do próprio orçamento, nos termos do defesa e inspeção sanitária animal e vegetal;
disposto no inciso III do § 1º do art. 43 da Lei Federal IV - ser agente fiscalizador de legislações afins, quando
n. 4.320, de 17 de março de 1964, conforme a seguir: delegada a competência nestes casos;
13 – SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E V - cumprir a legislação federal agropecuária, ambiental,
COORDENAÇÃO do consumidor, as regras e normas internacionais,
13.005 – Reserva de Contingência nacionais e estaduais, nos processos de defesa,
13.005.9999999999999.9999 – Reserva de Contingência vigilância, fiscalização e inspeção zoofitossanitária;
9.9.99.99.99 – Reserva de Contingência VI – fiscalizar o cumprimento de normas visando o uso
9.9.99.99.99 – Reserva de Contingência adequado e controle de qualidade dos produtos químicos
9.9.99.99.99 – Reserva de Contingência e biológicos de uso zoofitossanitário;
9.9.99.99.99 – Reserva de Contingência – RP (01) VII – promover a fiscalização de projetos de construção
R$.................................................100.000,00 ou ampliação de estabelecimentos que transformem,
armazenem, manipulem ou industrializem produtos e
68
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
animais e dos vegetais; agroprodutivas.
Leis
X – cadastrar propriedades rurais e estabelecimentos Art. 6° O IDAF/AC tem a seguinte estrutura básica:
que manipulem produtos e subprodutos de origem I – Órgãos de Direção Superior, Gerencial e Assessoria
animal ou vegetal, orientando quanto aos aspectos Especial:
higiênicos, sanitários e técnicos; a) Diretoria;
XI – controlar, fiscalizar e inspecionar o ingresso de b) Procuradoria Jurídica.
animais, vegetais, produtos, subprodutos e insumos II – Órgão Colegiado de Deliberação Superior:
agropecuários e florestais provenientes de outros a) Conselho de Administração.
Estados, controlando o deslocamento interno, quando de III – Unidades de Gestão Operacional:
responsabilidade do Estado, de acordo com a legislação a) Gerência de Defesa e Inspeção Sanitária Animal;
pertinente; b) Gerência de Defesa e Inspeção Sanitária Vegetal;
XII – cadastrar os estabelecimentos e fiscalizar o c) Gerência de Certificação;
comércio de produtos biológicos e farmacoterápicos d) Gerência de Educação Sanitária;
utilizados na produção animal, o de sementes, mudas, e) Gerência de Laboratório;
agrotóxicos, seus componentes e afins, fertilizantes e f) Gerência de Epidemiologia e Controle.
demais insumos agroflorestais; IV – Unidades de Gestão Administrativa:
XIII - inspecionar produtos e subprodutos de origem a) Gerência de Administração, Orçamento e Finanças;
animal e vegetal, destinados ao comércio intermunicipal, b) Gerências Regionais de Defesa e Inspeção Sanitária
em comum acordo com a Câmara Estadual de Agrotóxico Animal.
e a legislação em vigor; Parágrafo único. A Diretoria do IDAF/AC será constituída
XIV - cadastrar e fiscalizar materiais de propagação por um Diretor Presidente, de livre nomeação e
vegetal, em estreita colaboração com a Comissão exoneração pelo Governador do Estado, com atribuições
Estadual de Sementes e Mudas; que lhe forem conferidas no estatuto.
XV – fornecer certificados de classificação e certificação Art. 7° São membros do Conselho de Administração
de qualidade sanitária e fitossanitária de produtos e do IDAF/AC:
subprodutos de origem animal e vegetal; I – natos:
XVI - fornecer certificado de identificação de madeira e a) o Secretário de Planejamento e Desenvolvimento
certificação de origem de produtos agrícolas, florestais Econômico Sustentável, como Presidente;
e animais, em consonância com a legislação federal b) o Secretário de Agropecuária, como Vice-
vigente; Presidente;
XVII – aplicar multas e outras sanções aos infratores c) o Diretor Presidente do IDAF/AC, como Secretário
de leis, decretos, portarias, resoluções e normas de Executivo.
defesa e inspeção sanitária animal e vegetal ou de II – representantes:
produtos e subprodutos correlatos, conforme legislação a) da Secretaria de Extrativismo e Produção Familiar;
estadual vigente; b) da Secretaria de Assistência Técnica e Garantia da
XVIII – interditar, por descumprimento de medidas Produção;
sanitárias ou profiláticas, estabelecimento público ou c) da Secretaria de Turismo;
particular; d) da Secretaria de Estado da Saúde – SESSACRE;
XIX - proibir o trânsito de animais e vegetais, seus e) do Instituto de Meio Ambiente do Acre - IMAC;
produtos e subprodutos quando em desacordo com a f) da Secretaria de Estado de Fazenda - SEFAZ;
legislação específica; g) do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado
XX – interditar propriedades e seqüestrar animais do Acre- FUNDEPEC;
e vegetais quando houver suspeita ou diagnóstico h) da Federação da Agricultura – FAE/AC;
conclusivo com iminente perigo quarentenário, de i) da Delegacia Federal de Agricultura do Acre – DFA/AC;
acordo com a legislação estadual; j) do Conselho Regional de Medicina Veterinária do
XXI – promover a quarentena animal e vegetal nas Estado do Acre – CRMV/AC;
situações previstas em legislação específica; l) do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
XXII – realizar controle sanitário de agroprodutos, Agronomia do Estado do Acre – CREA/AC;
produtos florestais, agrosserviços e insumos; m) da Federação dos Trabalhadores em Agricultura do
XXIII – exercer a fiscalização, defesa e inspeção Estado do Acre - FETACRE;
zoofitossanitária, visando a proteção do cidadão, do n) dos servidores do IDAF/AC.
consumidor, dos clientes e dos agentes econômicos § 1° Os membros representantes do conselho e seus
nacionais e internacionais; e respectivos suplentes serão indicados pelos titulares das
XXIV – elaborar, coordenar e articular-se com Secretarias de Estado e das instituições a que estiverem
outras entidades, no desenvolvimento de programas vinculados e nomeados pelo Diretor Presidente do
educativos, na sensibilização e motivação social para IDAF/AC para mandato de dois anos, permitida uma
as questões de defesa e inspeção agropecuária e recondução por igual período.
florestal; § 2º O presidente será substituído, nas suas ausências
XXV - facilitar, através de atividade mediadora, a ou impedimentos, pelo Vice-Presidente do Conselho.
aquisição de produtos e insumos agropecuários aos § 3º O representante e o suplente de que trata a alínea
produtores e extrativistas. “n”, do inciso II deste artigo serão escolhidos mediante
§ 1º Das competências de que tratam os incisos VII e X processo eleitoral entre os servidores do IDAF/AC.
deste artigo observar-se-á a legislação federal vigente § 4º A participação no conselho não será remunerada,
que dispõe sobre bebidas, vinagres, vinhos e derivados sendo considerada prestação de serviço público
de uva e vinho. relevante.
§ 2º Consideram-se bens, produtos, subprodutos e
Art. 8º O ingresso de pessoal efetivo nos quadros
serviços submetidos ao controle, à classificação, à
do IDAF/AC far-se-á por concurso público de provas
fiscalização e à inspeção pelo IDAF/AC aqueles previstos
69
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 16.207 – Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal
complexidade do cargo. do Estado do Acre – IDAF/AC
Parágrafo único. O servidor poderá ser transferido para 16.207.20 – Agricultura
qualquer parte do território do Estado, salvo se, em 16.207.20602 – Promoção da Produção Animal
estágio probatório decorrente de concurso público, fizer 16.207.206020074 – Desenvolvimento da Produção
opção pelo município no ato da inscrição. Animal
Art. 9º O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal 16.207.20602.0074.2250.0000 – Atividades a cargo
do Estado do Acre – IDAF/AC, até que organize sua do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal –
estrutura básica, utilizará pessoal e bens da Secretaria IDAF/AC
de Agropecuária. 3.0.00.00.00 – DESPESAS CORRENTES
Art. 10 Constituem patrimônio do IDAF/AC os bens 3.1.00.00.00 – PESSOAL E ENCARGOS SOCIAIS
e direitos: 3.1.90.00.00 – Aplicações Diretas
I - que lhe forem conferidos; 3.1.90.11.00 – Vencimentos e Vantagens Fixas
II - que venha a adquirir ou incorporar; – Pessoal Civil RP (01)............... R$ 35.000,00
III - que lhe sejam adjudicados ou transferidos; 3.3.00.00.00 – OUTRAS DESPESAS CORRENTES
IV - que lhe forem doados por qualquer pessoa de direito 3.3.90.00.00 – Aplicações Diretas
público ou privado; 3.3.90.14.00 – Diárias – Civil RP (01) R$ 5.000,00
V - que lhe forem transferidos pelo Estado. 3.3.90.30.00 – Material de Consumo RP (01) ..
............................................ R$15.000,00
Art. 11 Constituem receitas do IDAF/AC:
3.3.90.36.00 – Outros Serviços de Terceiros –
I – o produto da arrecadação de tarifas públicas,
Pessoa Física RP (01) ..............R$ 15.000,00
taxas e emolumentos de inspeção e de fiscalização, de
3.3.90.39.00 – Outros Serviços de Terceiros –
serviços e controle de trânsito de animais previstos em
Pessoa Jurídica RP (01)............ R$ 10.000,00
legislação estadual sobre defesa sanitária animal, defesa
4.0.00.00.00 – DESPESAS DE CAPITAL
sanitária vegetal, inspeção e fiscalização de produtos
4.4.00.00.00 – INVESTIMENTOS
de origem animal e inspeção e fiscalização de produtos
4.4.90.00.00 – Aplicações Diretas
de origem vegetal;
4.4.90.51.00 – Obras e Instalações RP (01) ..
II – o produto de arrecadação das receitas de multas
................................................R$20.000,00
resultantes das ações de inspeção, fiscalização e/ou
produto da execução da sua dívida ativa; Art. 17 Os recursos necessários à execução do crédito
III – os recursos provenientes de empréstimos, especial, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais),
convênios, acordos ou contratos celebrados com provirão de anulação de dotação orçamentária do
entidades e organismos nacionais e internacionais; próprio orçamento, nos termos dispostos no inciso III
IV – as doações efetuadas por pessoas de direito público do § 1° do art. 43 da Lei Federal n. 4.320, de 17 de
ou privado, legados, subvenções e outros recursos que março de 1964, conforme a seguir:
lhe forem destinados; 13 – SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E
V – os valores apurados na alienação ou aluguel de bens COORDENAÇÃO
móveis e imóveis de sua propriedade; 13.005 – RESERVA DE CONTINGÊNCIA
VI – outros recursos que lhe forem atribuídos por 13.005.9999999999.9999999 – Reserva de Contingência
força de lei; 9.0.00.00.00 - RESERVA DE CONTINGÊNCIA RP
VII – a retribuição por serviços técnicos prestados a (01) ...................................... R$ 100.000,00
terceiros; Art. 18 No prazo de noventa dias, a contar da data
VIII – as transferências de recursos consignados no da publicação desta lei, o Poder Executivo encaminhará
orçamento do Estado; projeto de lei criando os quadros de servidores do
IX – as receitas oriundas da União, dos Estados e dos IDAF/AC, bem como dispondo sobre a remuneração
Municípios, mediante transferências voluntárias; dos mesmos.
X – as taxas sobre serviços de operações de crédito; Art. 19 Esta Lei entra em vigor na data de sua
XI – o produto da arrecadação referente a certificações publicação.
de qualidade sanitária e fitossanitária, de origem de
produtos e subprodutos animal e vegetal e certificação Rio Branco-Acre, 15 de janeiro de 2003, 115º da
de identificação de madeira. República, 101º do Tratado de Petrópolis e 42º do
Art. 12 O IDAF/AC, no cumprimento de suas Estado do Acre.
finalidades, poderá, através de terceirização de serviços,
ampliar a eficiência na utilização dos recursos públicos, JORGE VIANA
melhorar o desempenho e a qualidade dos serviços Governador do Estado do Acre
prestados, assegurando maior autonomia de gestão
orçamentária, financeira, operacional e de recursos
humanos, com fixação de metas de desempenho em
um determinado período. LEI Nº 1.486, DE 17 DE JANEIRO DE 2003
Art. 13 O IDAF/AC está sujeito às normas orçamentárias
aplicáveis às autarquias, devendo sua prestação de “Dispõe sobre a Defesa Sanitária Animal no Estado
contas ser encaminhada ao Tribunal de Contas do do Acre e dá outras providências.”
Estado, nos prazos fixados pela legislação em vigor. O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE
FAÇO SABER que a Assembléia Legislativa do Estado do
Art. 14 Na gestão orçamentária, financeira,
Acre aprova e eu sanciono a seguinte Lei:
econômica e patrimonial serão observadas, no que
couber, as normas de controle contábil do Estado.
CAPÍTULO I
Art. 15 O Estatuto do IDAF/AC será elaborado DA INSTITUIÇÃO DAS MEDIDAS DE DEFESA
no prazo de noventa dias da publicação desta lei e SANITÁRIA ANIMAL
será aprovado através de decreto governamental.
Art.16 Fica o Poder Executivo autorizado a abrir Art. 1° É obrigatória, no Estado do Acre, a adoção
crédito adicional especial ao orçamento em vigor no de medidas previstas pela Defesa Sanitária Animal,
valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais), conforme indispensáveis ao combate, ao controle e à erradicação
classificação abaixo: das doenças infecto-contagiosas, infecciosas, exóticas
16 – SECRETARIA DE ESTADO DE PRODUÇÃO e parasitárias que acometem os animais.
70
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Parágrafo único. As medidas a que alude o caput e promover abates sanitários de animais;
são as especificadas nesta lei e em regulamento e VII - reter, apreender, destruir produtos e subprodutos
serão cumpridas por todos aqueles que, a qualquer de origem animal, produtos quimioterápicos, biológicos
título, detenham em seu poder animais, produtos e e de multiplicação animal, insumos utilizados na
subprodutos de origem animal, materiais biológicos, alimentação e suplementação animal;
quimioterápicos e multiplicação animal. VIII - fiscalizar, notificar, autuar, multar, interditar
Art. 2º A normatização, coordenação, supervisão, temporária ou definitivamente e desinterditar
Ordinárias
execução, inspeção e fiscalização das medidas da Defesa propriedades rurais, estabelecimentos industriais que
Leis
Sanitária Animal no Estado do Acre, dentro do que é utilizem matéria prima de origem animal na fabricação
delimitado pela legislação federal, é da competência de seus produtos e estabelecimentos que comercializem,
exclusiva do órgão oficial executor das atividades de manipulem, embalem, fracionem ou armazenem
Defesa Sanitária Animal do Estado do Acre. produtos de origem animal, quimioterápicos, biológicos,
§ 1° Para o desempenho das atribuições que lhe são de uso veterinário e de multiplicação animal;
conferidas neste artigo, o órgão oficial executor das IX - estabelecer “corredores sanitários”, através de
atividades de Defesa Sanitária Animal no Estado do roteiros pré-determinados; e
Acre contará com a efetiva participação da Secretaria X - adotar medidas restritivas ao ingresso e ao trânsito
de Estado da Fazenda, através dos seus órgãos de e transporte no Estado do Acre, de animais, produtos
arrecadação e fiscalização e das Polícias Civil e Militar, e subprodutos de origem animal, material biológico,
mediante cooperação com os referidos órgãos. quimioterápico e de multiplicação animal, que possam
§ 2° As ações pertinentes à Defesa Sanitária Animal, colocar em risco a saúde dos animais do seu rebanho.
nos termos deste artigo, serão desenvolvidas em Parágrafo único. Por interesse da Defesa Sanitária
consonância com as diretrizes e normas preconizadas Animal ou para salvaguardar a saúde pública, o órgão
para implantação ou incrementação dos Programas oficial executor das atividades de Defesa Sanitária
Nacionais de Controle, Combate e Erradicação Animal poderá determinar o sacrifício de animais,
de Enfermidades estabelecidas pelo Ministério da destruição de cadáveres, produtos e subprodutos,
Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA. construções, instalações e equipamentos.
Art. 3º O órgão oficial executor das atividades de Art. 8º É proibido, sem cadastro, registro, licenciamento
Defesa Sanitária Animal no Estado do Acre relacionará ou credenciamento no órgão oficial executor das
as doenças submetidas às medidas da Defesa Sanitária atividades de Defesa Sanitária Animal no Estado do
Animal, de acordo com os interesses do Estado, Acre, o funcionamento de estabelecimentos que:
ressalvado o disposto na legislação federal. I - recebam e utilizem, para fabricação de seus produtos,
Art. 4º Todo estabelecimento que detenha animais matéria-prima de origem animal;
e matéria-prima de origem animal deverá exigir II - fabriquem, manipulem, estoquem, armazenem,
de seus fornecedores, sem prejuízo do disposto na embalem e fracionem produtos de uso veterinário,
legislação federal vigente, os documentos zoossanitários biológico e quimioterápico;
estabelecidos em regulamento do órgão oficial executor III - fabriquem, manipulem, estoquem, armazenem e
das atividades de Defesa Sanitária Animal no Estado embalem materiais para multiplicação de animais;
do Acre. IV - transportem ou conduzam animais ou produtos e
subprodutos de origem animal;
Art. 5º Fica instituído no Estado do Acre o uso do
V - que a qualquer tipo de finalidade, promovam
“Rifle Sanitário” para os casos em que o sacrifício de
aglomerações de animais;
animais for indicado.
VI - que mantenham em seu poder, a qualquer tipo
de finalidade, animais susceptíveis às doenças que
CAPÍTULO II
coloquem em risco a saúde e o nível sanitário do
DA FISCALIZAÇÃO E DAS PROIBIÇÕES
Estado; e
VII - laboratórios que realizem exames de materiais
Art. 6º Na execução, inspeção e fiscalização das
coletados em animais, para diagnóstico de enfermidades.
medidas de Defesa Sanitária Animal é conferido
ao órgão oficial executor das atividades de Defesa
Sanitária Animal no Estado do Acre poder de polícia CAPÍTULO III
administrativa, tendo seus servidores, DAS MEDIDAS DE CONTROLE DO
devidamente identificados, livre acesso aos locais que TRÂNSITO DE ANIMAIS
contenham animais, produtos e subprodutos de origem
animal, materiais biológicos, de multiplicação animal e Art. 9º É de competência do órgão oficial executor
quimioterápicos, passíveis das medidas zoosanitárias das atividades de Defesa Sanitária Animal no Estado
adotadas em regulamento. do Acre a emissão de documentos zoossanitários para
Art. 7º Para o cumprimento das atribuições conferidas trânsito de animais.
no art. 2º, ao órgão oficial executor das atividades de § 1º A classificação da competência citada no caput do
Defesa Sanitária Animal no Estado do Acre, através artigo será estabelecida como exclusiva ou privativa,
dos seus técnicos, funcionários e credenciados, ficam em regulamento, de acordo com o risco sanitário que
assegurados poderes para: essas espécies possam oferecer ao rebanho do Estado
I - cobrar valores pelos serviços prestados e emissão do Acre.
de documentos; § 2º A emissão a que se refere o caput, somente poderá
II - convocar Força Policial Civil, Militar, Federal e Forças ser efetuada nas dependências fixas ou móveis do órgão
Armadas;
oficial executor das atividades de Defesa Sanitária
III - credenciar profissionais liberais para atuar junto ao
Animal no Estado do Acre.
órgão oficial executor das atividades de Defesa Sanitária
§ 3º Poderá o órgão oficial executor das atividades
Animal do Estado do Acre, em caso de emergência
sanitária; de Defesa Sanitária Animal no Estado do Acre, se
IV - firmar convênios, termo de cooperação e outros com julgar necessário, promover o credenciamento de
entidades públicas ou privadas, para o fiel cumprimento clínicas, hospitais veterinários ou médicos veterinários
de suas atribuições; autônomos, para emissão dos documentos zoossanitários
V - notificar, autuar e multar pessoas físicas, jurídicas, para o trânsito de animais, de acordo com a classificação
condutores ou transportadores de animais, de produtos prevista no § 1º deste artigo.
e subprodutos de origem animal; Art. 10 O trânsito e transporte de animais, produtos
VI - inspecionar, reter, isolar, sacrificar, destruir carcaças e subprodutos de origem animal, pelo Estado do Acre,
somente serão admitidos se estiverem acobertados
71
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
72
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
Ativa do Estado. Art. 22 O regulamento desta lei será elaborado por
Leis
uma comissão constituída por técnicos do órgão oficial
CAPÍTULO VIII executor das atividades de Defesa Sanitária Animal, no
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PARA prazo de até noventa dias, e será aprovado por decreto
APURAÇÃO DAS INFRAÇÕES DE NATUREZA governamental.
SANITÁRIA ANIMAL Art. 23 Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 19 A infração às disposições desta lei e Art. 24 Fica revogada a Lei n. 1.282, de 25 de
seu regulamento será objeto de formalização de janeiro de 1999.
processo administrativo, que obedecerá aos princípios
norteadores do Direito Administrativo, em especial aos Rio Branco-Acre, 17 de janeiro de 2003, 115º da
de legalidade e do contraditório. República, 101º do Tratado de Petrópolis e 42º do
Parágrafo único. O processo administrativo será Estado do Acre.
discriminado no regulamento desta lei.
JORGE VIANA
CAPÍTULO IX Governador do Estado do Acre
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PELO ÓRGÃO
OFICIAL EXECUTOR DAS ATIVIDADES DE
DEFESA SANITÁRIA ANIMAL NO
ESTADO DO ACRE LEI Nº 1.492, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2003
Art. 20 Pelos serviços relacionados à Defesa Sanitária “Cria o Conselho Estadual Indígena - CEI e o
Animal prestados pelo órgão oficial executor das Fundo de Prevenção e Desenvolvimento dos Povos
atividades de Defesa Sanitária Animal no Estado do Indígenas do Acre e dá outras providências.”
Acre serão cobrados preços públicos. O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE FAÇO SABER
Parágrafo único. Os serviços a que se refere o caput que a Assembléia Legislativa do Estado do Acre aprova
serão definidos no regulamento desta lei. e eu sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO X CAPÍTULO I
DO CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE E DA DENOMINAÇÃO, NATUREZA E FINALIDADES
DEFESA ANIMAL
Art. 1º O Conselho Estadual Indígena – CEI é um
Art. 21 Fica criado o Conselho Estadual de Saúde órgão consultivo e deliberativo do Governo do Estadual
e Defesa Animal, com a finalidade de sugerir e do Acre, vinculado ao Gabinete Civil do Governador,
acompanhar políticas e estratégias para ações da defesa que congrega representantes dos povos indígenas
sanitária animal, no âmbito do Estado do Acre, com do Acre e de instituições governamentais e não-
vistas à execução de programas de prevenção, combate, governamentais, visando discutir, planejar e elaborar
controle e erradicação de doenças em animais. projetos e programas a serem consubstanciados em
§ 1º O Conselho Estadual de Saúde e Defesa Animal políticas públicas de interesse dos povos indígenas no
será integrado por sete membros e seus suplentes, âmbito estadual.
representantes dos órgãos e entidades a seguir:
I – Secretaria Executiva de Agricultura e Pecuária do CAPÍTULO II
Estado do Acre - SEAP; DA DURAÇÃO E SEDE
II – Delegacia Federal de Agricultura no Estado do
Acre – DFA/AC; Art. 2º O Conselho Estadual Indígena – CEI tem prazo
III – Conselho Regional de Medicina Veterinária - CRMV; de duração indeterminado e sede em Rio Branco, Capital
IV – Sociedade Acreana de Medicina Veterinária - do Estado do Acre.
SAMVET;
V – Federação da Agricultura do Estado do Acre - FAEAC; CAPÍTULO III
VI – Organização das Cooperativas do Estado do Acre; DOS OBJETIVOS E COMPETÊNCIA DO CEI
VII – Secretaria de Estado de Saúde e Saneamento
– SESSACRE.
Art. 3º O Conselho Estadual Indígena - CEI tem como
competência:
§ 2º Os membros representantes do conselho e seus
I – assessorar o Governo do Estado na elaboração de
respectivos suplentes serão indicados pelos titulares das
diretrizes e projetos de políticas públicas em favor dos
Secretarias de Estado e das instituições a que estiverem
povos indígenas localizados no Estado do Acre;
vinculados e nomeados pelo Governador do Estado para
II - promover a articulação e integração das ações
mandato de dois anos, permitida uma recondução por
governamentais e das organizações indígenas;
igual período.
III - apoiar a sistematização e disponibilização de
§ 3º Será presidente do conselho o diretor do órgão
informações de programas e projetos desenvolvidos nas
oficial executor das atividades de Defesa Sanitária
terras indígenas e junto às suas populações;
Animal no Estado do Acre.
IV - analisar e emitir pareceres sobre programas,
§ 4º O presidente será substituído nas suas ausências ou projetos e propostas advindas do Estado ou dos
impedimentos pelo representante da Delegacia Federal Municípios sobre questões pertinentes aos povos
de Agricultura no Estado do Acre – DFA/AC. indígenas;
§ 5º A participação no Conselho Estadual de Saúde e V - compor e nomear comissões temáticas para elaborar
Defesa Animal é considerada de relevante interesse e avaliar programas e projetos em atendimento às
público e não será remunerada. solicitações emanadas pelas comunidades indígenas;
VI - acompanhar a execução de projetos e programas
73
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
destinados ao atendimento das comunidades indígenas nomeado através de Decreto pelo Governador do
a serem implantados pelo Estado, bem como fiscalizar a Estado, sendo a participação indígena majoritária.
movimentação dos recursos financeiros empregados; § 1º São Representantes do Governo do Estado:
VII - avaliar e monitorar as ações de impacto ambiental I - Gabinete Civil;
e sócio-cultural advindas da implantação de projetos de II - Secretaria de Estado de Educação - SEE;
desenvolvimento regional, bem como exigir a realização III-Secretaria de Estado de Produção - SEPRO;
das medidas mitigatórias adequadas a cada caso; IV - Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente
VIII - apreciar e analisar propostas, planos e projetos - SECTMA.
de interesse das organizações e comunidades indígenas, § 2º São Representantes do Governo Federal:
sugerindo modificações com base em pareceres, se I - Agencia Nacional de Controle de Doença - ANCD;
necessário; II - Fundação Nacional do Índio - FUNAI;
IX - receber, verificar, avaliar e dar encaminhamento III - Universidade Federal do Acre - UFAC.
às recomendações, reivindicações e moções originárias § 3º São Representantes das Organizações não-
das organizações e comunidades indígenas, requerendo governamentais:
providências ou intervenção, quando se fizer I - Conselho Indigenista Missionário – C.I.M.I/AO;
necessário; II - Conselho de Missão entre Índios – COMIN;
X - articular e apoiar as reivindicações e propostas III - Comissão pró-Índios – CPI/AC.
das organizações e comunidades indígenas, visando a § 4º Representarão os povos indígenas:
formulação de um conjunto de diretrizes básicas comuns I - União das Nações Indígenas do Acre e Sul do
para as políticas públicas de apoio aos povos indígenas Amazonas – UNI;
da região acreana; II - Organizações dos Povos Indígenas do Rio Indígena
XI - fomentar e propor critérios e/ou normas para – OPIRE;
priorização de ações e serviços em favor dos povos III - Organização dos Povos Indígenas de Tarauacá
indígenas do Acre; – OPITAR;
XII - receber, encaminhar e recomendar ao Poder IV - Organização dos Povos do Rio Juruá – OPIRJ;
Executivo do Estado projetos e programas de relevância V - Associação Asheninka do Rio Amônia – APIWTXA;
ao desenvolvimento dos povos indígenas do Estado; VI - Associação dos Seringueiros do Jordão – ASKARJ;
XIII - elaborar, aprovar, encaminhar e acompanhar VII - Associação Agroextrativista Poianawa do Barão
a Proposta Orçamentária para o setor indígena de Ipiranga – AAPBI;
contemplada pelo Executivo Estadual; VIII - Representantes dos Povos Indígenas do Rio
XIV - propor, analisar e emitir pareceres sobre convênios Purus - PURUS;
firmados pelo Governo Estadual com órgãos e entidades IX - Representantes dos Povos Indígenas do Rio Iaco - IACO;
não-governamentais voltados à implementação das X - Organizações dos Agricultores e Extrativistas
políticas públicas de apoio aos povos indígenas; Yawanawa do Rio Gregório- OAEYRG;
XV - elaborar o seu plano de trabalho e dar os XI - Representantes do Grupo de Mulheres Indígenas
encaminhamentos necessários junto ao Gabinete Civil, – GMI;
de sorte a prover as condições materiais necessárias XII - Representantes da Organização dos Professores
para realização de suas atividades no âmbito do Indígenas- OPIAC.
Estado;
Art. 6º Cada órgão público de qualquer esfera,
XVI - propor e apoiar iniciativas de valoração dos direitos
organização não-governamental e povos indígenas
dos povos indígenas;
enumerados no artigo anterior se fará representar no
XVII - propor e organizar cursos, seminários, congressos,
Conselho Estadual Indígena – CEI por um membro
oficinas de trabalho e outros eventos sobre assuntos
titular ou efetivo e um membro suplente.
pertinentes aos povos indígenas;
XVIII - apoiar as iniciativas do Movimento Indígena
CAPÍTULO V
Regional, contribuindo pela manutenção dos territórios,
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
garantindo a autonomia e auto-organização, bem
como o reconhecimento das múltiplas identidades
sócio-culturais; Art. 7º O Conselho Estadual Indígena – CEI terá a
XIX - delegar atribuições às organizações e comunidades seguinte estrutura organizacional:
indígenas regionais; I - assembléia;
XX - propor e aprovar modificações no Regimento II - coordenação.
Interno do Conselho Estadual Indígena, se for
necessário; SEÇÃO I
XXI - manifestar-se sobre assuntos de sua competência, DA ASSEMBLÉIA
principalmente sobre os casos omissos nesta lei.
Art. 4º As organizações e comunidades regionais Art. 8º A assembléia representa o órgão máximo
indígenas possuem, por delegação, as atribuições de deliberação do Conselho Estadual Indígena – CEI,
consultivas e deliberativas no âmbito de suas respectivas ocorrendo ordinariamente de seis em seis meses e,
regiões, tendo por função: extraordinariamente, sempre que se fizer necessário,
I - aprovar o plano de trabalho e diretrizes das políticas quando convocada por seu coordenador ou por maioria
de apoio aos povos indígenas da respectiva área de simples de seus conselheiros.
atuação; Parágrafo único. As assembléias poderão realizar-se em
II - organizar as demandas das comunidades indígenas Rio Branco ou em qualquer município do Estado que
da região de abrangência. tenha terra indígena e contarão, obrigatoriamente, com
Parágrafo único. O Conselho Estadual Indígena - CEI a participação simples de seus integrantes.
orientará as organizações regionais, facilitando a Art. 9º Compete à assembléia:
adequação de seus estatutos quanto às suas novas I-cumprir e fazer cumprir os objetivos do Conselho
atribuições. Estadual Indígena – CEI;
II-eleger o vice-coordenador e o secretário;
CAPÍTULO IV III-designar os membros das comissões temáticas;
DA COMPOSIÇÃO IV-substituir os conselheiros e respectivos suplentes,
no caso de renúncia ou vacância, ou que não
Art. 5º O Conselho Estadual Indígena – CEI será comparecerem, sem motivo justificado, a duas reuniões
composto por representantes, indígenas ou não, consecutivas ou três intercaladas; e
74
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
por conselheiros escolhidos indistintamente entre FPDPIAC.
Leis
representantes indígenas e não-indígenas. Art.19 Os recursos do Fundo de Preservação e
Parágrafo único. Os nomes dos novos conselheiros e dos Desenvolvimento dos Povos Indígenas do Acre poderão
membros da coordenação de que tratam os incisos IV e ser constituídos por:
V do artigo anterior serão encaminhados ao Governador I - receita líquida mensal proveniente do ICMS- Imposto
para sua nomeação. sobre Circulação de Mercadorias e Serviços arrecadado
Art. 11 Nas assembléias, sendo majoritária a pelo Governo do Estado do Acre, através da Secretaria
participação de doze representantes de organizações, da Fazenda;
povos e comunidades indígenas e de dez representantes II - recursos obtidos por financiamentos de convênios
do Governo Federal, Estadual e organizações não- oriundos de órgãos oficiais ou de entidades privadas
governamentais, o quorum mínimo deverá ser de sete nacionais ou estrangeiras;
representantes indígenas e seis não-indígenas. III - doações, repasses e subvenções procedentes da
União, do Estado, de municípios, de órgãos públicos e
SEÇÃO II de instituições privadas;
DA COORDENAÇÃO IV - juros, dividendos e bonificações;
V - receitas advindas das aplicações financeiras dos
Art.12 A coordenação será composta por um recursos do Fundo;
coordenador (conselheiro representante da União das VI - receitas oriundas de aluguéis ou de prestação de
Nações Indígenas - UNI), um vice-coordenador e um serviços especializados.
secretário, eleitos em assembléia. Art. 20 Os recursos do FDPIAC serão aplicados em
Art. 13 Os membros eletivos da coordenação serão projetos e programas definidos como prioridades pelo
escolhidos na primeira assembléia ordinária. conselho, buscando o desenvolvimento harmônico de
Art. 14 Compete ao coordenador: todos os povos indígenas do Acre.
I - convocar as assembléias; Parágrafo único. As áreas prioritárias passivas de
II - presidir as sessões, coordenando as atividades, financiamento pelo FPDPIAC deverão ser objeto do
discussões, debates e votação dos assuntos constantes Plano de Ação do Conselho, por um período mínimo
da Ordem do Dia, programar os resultados e resolver de três anos.
as Questões de Ordem; CAPITULO VII
III - dar andamento às recomendações da assembléia, DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
provendo-a de apoio administrativo necessário à
execução de suas atividades; Art. 21 Ao Gabinete Civil do Governador compete
IV - manter os demais conselheiros informados sobre alocar, através de sua Proposta Orçamentária Anual,
o andamento das atividades do Conselho Estadual percentual de recursos financeiros necessários
Indígena – CEI; e suficientes para organização e realização das
V - representar o Conselho Estadual Indígena – CEI atividades do Conselho Estadual Indígena – CEI e dos
perante o Governo Estadual, demais instituições e organismos regionais, garantindo a realização plena
sociedade em geral; e das suas atividades (infra-estrutura física, pessoal
VI - representar o Conselho Estadual Indígena – CEI, de apoio, equipamento, hospedagem, alimentação e
ativa ou passivamente, em juízo ou fora dele. transporte).
Parágrafo único. O vice-coordenador substituirá o Art. 22 No caso de extinção do Conselho Estadual
coordenador em suas ausências ou impedimentos e o Indígena – CEI e do FPDPIAC o seu patrimônio, direitos
auxiliará no cumprimento de suas obrigações. e obrigações serão incorporados ao patrimônio do
Art. 15 Compete ao secretário: Estado do Acre.
I - secretariar as assembléias e outras reuniões Art. 23 O Poder Executivo regulamentará a presente
atinentes às atividades do Conselho Estadual Indígena lei no prazo de sessenta dias.
– CEI e executar todas as tarefas exigidas por essa Art. 24 Esta Lei entra em vigor na data de sua
função, lavrando atas e dando os encaminhamentos publicação.
necessários;
II - preparar as assembléias, coordenando os serviços Rio Branco-Acre, 19 de fevereiro de 2003, 115º da
preparatórios das reuniões e munindo os representantes República, 101º do Tratado de Petrópolis e 42º do
de documentos e informações, quando necessário; Estado do Acre.
III - viabilizar transporte, alimentação e hospedagem
dos representantes indígenas por ocasião das JORGE VIANA
assembléias. Governador do Estado do Acre
Parágrafo único. Na ausência ou impedimento do
secretário, o coordenador nomeará um conselheiro,
presente na reunião ou assembléia, para substituí-lo. LEI N° 1.500, DE 15 DE JULHO DE 2003
Art. 16 Os mandatos dos conselheiros terão o prazo
de dois anos. “Institui a Política Estadual de Recursos Hídricos,
Art. 17 O exercício do mandato de conselheiro não cria o Sistema Estadual de Gerenciamento de
será remunerado, sendo esta função considerada de Recursos Hídricos do Estado do Acre, dispõe sobre
relevante interesse público. infrações e penalidades aplicáveis e dá outras
Parágrafo único. O ressarcimento das despesas com providências.”
transporte, estadia e alimentação não são considerados O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE:
como remuneração. Faço saber que a ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO
DO ACRE decreta e eu sanciono a seguinte lei:
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
76
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
Ambiente e Recursos Naturais – SEMA, devendo ser dentro do horizonte de cada plano;
X – os programas e projetos a serem desenvolvidos na
Leis
objeto de deliberação prévia do Conselho Estadual
de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia - CEMACT e área hídrica, institucional, tecnológica e gerencial;
submetido ao Governador do Estado do Acre, para sua XI – as prioridades para outorga de direito de uso
aprovação mediante decreto. de recursos hídricos, atendidas as determinações da
legislação pertinente e os usos múltiplos dos recursos
Art. 11. A deliberação do Conselho Estadual de hídricos;
Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia - CEMACT sobre
XII – as vazões mínimas a serem garantidas em
o plano estadual de recursos hídricos deverá ser
determinadas seções de interesse estratégico para
precedida de audiências públicas a serem feitas o
a bacia;
quanto necessário para propiciar ampla participação
XIII – as propostas para a criação de áreas sujeitas a
dos diversos segmentos da sociedade civil, inclusive restrição de uso, objetivando a proteção dos recursos
no interior do Estado. hídricos;
Art. 12. O plano estadual de recursos hídricos será XIV – as diretrizes para proteção de áreas marginais de
elaborado com base nos planos de bacia hidrográfica corpos de água da bacia; e
encaminhados pelos respectivos comitês de bacia XV – as propostas de contingências no caso de
hidrográfica e nos programas de desenvolvimento ocorrência de eventos críticos de seca e enchente.
dos Municípios, quando houver, devendo conter, além Art. 14. As eventuais divergências que existirem
do que determina o artigo 7º da Lei nº. 9.433/97, os entre os planos de bacia e o plano estadual de recursos
seguintes elementos: hídricos serão dirimidos pelo CEMACT, em caráter
I – a divisão hidrográfica do Estado e a caracterização terminativo no âmbito administrativo.
dominial de cada bacia e sub-bacias hidrográficas
utilizadas para gerenciamento descentralizado e SEÇÃO III
compartilhado dos recursos hídricos no Acre; DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE
II – os objetivos e metas a serem alcançados ano a ano RECURSOS HÍDRICOS NO ACRE – SIRENA
dentro do horizonte de cada plano;
III – as diretrizes e critérios de ação no detalhamento Art. 15. O Sistema de Informações sobre Recursos
adequado para possibilitar o gerenciamento de recursos Hídricos no Acre – SIRENA destina-se a coleta,
hídricos; tratamento, armazenamento, recuperação e divulgação
IV – os programas e projetos a serem desenvolvidos nos de informações sobre recursos hídricos e fatores
campos hídrico, institucional, tecnológico e gerencial; intervenientes em sua gestão e é parte integrante
V – as prioridades para outorga de direito de uso de componente do Sistema Estadual de Informações
recursos hídricos, atendidas as determinações da Ambientais - SEIAM.
legislação pertinente; § 1° São também processos de âmbito do sistema a
VI – as propostas para a criação de áreas sujeitas a reunião, consistência e divulgação de dados sobre a
restrição de uso, objetivando a proteção dos recursos situação qualitativa e quantitativa dos recursos hídricos
hídricos, incluindo as áreas marginais dos corpos de no Estado.
água; e § 2° O SIRENA comporá todas as informações dos
VII – as propostas de contingências no caso de órgãos e entidades federais, estaduais,municipais
ocorrência de eventos críticos. e particulares relacionadas a águas subterrâneas,
§ 1° Fica o Poder Executivo Estadual autorizado a superficiais e meteóricas localizadas no Estado do Acre,
celebrar convênios com a União para coordenar a inclusive as produzidas no âmbito do Sistema Estadual
elaboração de planos relacionados a corpos de água de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
de domínio da União dentro do Acre. Art. 16. O SIRENA será gerido pelo Instituto
§ 2° O Poder Executivo, mediante decreto do Governador de Meio Ambiente do Acre – IMAC, devendo as
do Estado, poderá determinar demais elementos que informações produzidas ser incorporadas ao Sistema
deverão constituir o plano estadual e demais planos e Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos, de
programas de recursos hídricos do Estado, inclusive seus responsabilidade federal.
horizontes de alcance e periodicidades de atualização. Art. 17. São objetivos do Sistema de Informações
sobre Recursos Hídricos no Acre:
SEÇÃO II I – atualizar e produzir permanentemente informações
DOS PLANOS DE BACIA HIDROGRÁFICA sobre a disponibilidade e demanda de recursos hídricos
no Estado;
II – fornecer elementos para a gestão de recursos
Art. 13 Os planos de bacia hidrográfica, de
hídricos no Estado; e
caráter diretor, serão elaborados em conformidade e
III - dar subsídios para a elaboração de planos de bacia
coordenadamente com o plano estadual de recursos
e do plano estadual de recursos hídricos.
hídricos e têm por finalidade orientar a implementação
de programas e projetos nas respectivas bacias, Art. 18. São princípios de orientação do funcionamento
contendo, no mínimo, os seguintes elementos: do Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos no Acre:
I – as características sociais, geoeconômicas e I – a descentralização da obtenção e produção de dados
ambientais da bacia; e informações;
II – a evolução das atividades produtivas na área da bacia; II – a coordenação unificada na gestão dos sistemas de
III – as previsões e análises de crescimento demográfico; produção das informações; e
IV – o diagnóstico da situação atual dos recursos III – a publicidade dos resultados, com amplo acesso
hídricos, superficiais e subterrâneos, e avaliação do às informações básicas, incluindo dados consistidos,
plano anterior da bacia; garantido a todos os segmentos da sociedade.
V – o cadastro de usuários de águas superficiais e
subterrâneas, inclusive os relativos a saneamento e
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
hídricos não implica a alienação parcial das águas, mas implementação da Política Estadual de Recursos Hídricos
o simples direito de seu uso. e para condução do Sistema Estadual de Gerenciamento
Parágrafo único. As águas de domínio do Estado do de Recursos Hídricos, a ser regido por esta lei e seus
Acre são inalienáveis. regulamentos.
§ 1° A aplicação de recursos do Fundo deverá atender
SEÇÃO VI às diretrizes da Política Estadual de Recursos Hídricos
DA COBRANÇA PELO USO DE RECURSOS e aos objetivos e metas do plano estadual de recursos
Ordinárias
HÍDRICOS ESTADUAIS hídricos e dos planos das bacias hidrográficas, quando
Leis
houver.
Art. 30. Serão cobrados os usos de recursos hídricos § 2° A gestão do Fundo deverá estar em conformidade
de domínio do Estado do Acre sujeitos a outorga, nos com o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o
termos desta lei e dos regulamentos. orçamento anual do Estado.
§ 1°. As cobranças serão realizadas pelo Instituto do § 3°. O FEMAC terá como agentes empreendedores
Meio Ambiente do Acre – IMAC, nos termos do ato os comitês de bacia, ou, na sua falta, pelo próprio
impositivo, podendo delegar a Agência Reguladora de gestor do Fundo, que poderá manter contas bancárias
Serviços Públicos do Acre. específicas abertas na rede bancária dentro do
§ 2°. Os usos de recursos hídricos de domínio da União Estado e realizar todas as atividades financeiras
poderão ser cobrados pelo Instituto do Meio Ambiente correspondentes, inclusive de aplicação financeira dos
do Acre – IMAC, nos termos do respectivo convênio saldos remanescentes em cada conta.
de cooperação. Art. 36. Poderão constituir receitas adicionais do
Art. 31. A cobrança pelo uso de recursos hídricos Fundo Especial de Meio Ambiente - FEMAC:
visa primordialmente ao reconhecimento da água como I – as transferências orçamentárias da União destinadas
bem econômico, dando ao usuário uma indicação de à execução de planos, programas e projetos em recursos
seu real valor. hídricos de interesse comum;
Parágrafo único. A cobrança objetiva ainda: II – o produto da cobrança pelo uso dos recursos
I – incentivar a racionalização do uso da água; hídricos;
II – melhorar a qualidade dos corpos de água do Estado; III – os empréstimos, contribuições e doações feitos por
III – obter recursos para o financiamento dos programas pessoas físicas ou entidades nacionais e internacionais
e projetos constantes dos planos de recursos hídricos; e relacionados a recursos hídricos;
IV – custear parte das atividades dos agentes envolvidos IV – os valores arrecadados das multas aplicadas a
na gestão de recursos hídricos do Estado, mormente no infratores da legislação sobre recursos hídricos;
controle e fiscalização dos usos da água. V – a compensação financeira a que o Estado receber
Art. 32. Na fixação dos valores a serem cobrados pela exploração hidrelétrica de recursos hídricos;
pelo uso dos recursos hídricos, devem ser observados, VI – os recursos financeiros originados do plano estadual
dentre outros, os seguintes parâmetros: de recursos hídricos; e
I – nas derivações, captações e extrações de água: VII – os recursos financeiros decorrentes de convênios
a) o volume retirado, seu regime de variação e o sobre recursos hídricos celebrados com a União para
consumo efetivo; eventual cobrança pelo uso de recursos hídricos
b) a disponibilidade hídrica local; federais.
c) a classe preponderante em que estiver enquadrado o Art. 37. As operações financeiras relacionadas a
corpo de água superficial ou subterrâneo; e planos, programas e projetos de recursos hídricos
d) o risco de contaminação do corpo de água; realizadas no âmbito do Fundo Especial de Meio
II – nos lançamentos de efluentes de qualquer espécie: Ambiente – FEMAC poderão ser empreendidas na
a) o volume lançado e seu regime de variação; modalidade de empréstimos ou a fundo perdido, nos
b) as características físicas, físico-químicas, biológicas termos do regulamento, atendidas as disposições
e de toxicidade do efluente; desta lei.
c) a classe preponderante do corpo de água receptor; § 1° Quando houver planos de bacia aprovados pelos
d) a capacidade de diluição e transporte do corpo de respectivos comitês de bacia hidrográfica, as operações
água receptor; do Fundo deverão ser empreendidas em conformidade
e) a sazonalidade da bacia hidrográfica receptora. com esses planos.
§ 1° Os valores a serem cobrados pelo direito de uso de § 2° É vedada a utilização de recursos financeiros do
recursos hídricos poderão variar em conformidade com a Fundo oriundos da arrecadação pelo uso de recursos
sazonalidade do corpo de água no ponto de utilização. hídricos para pagamento de servidores públicos, a
§ 2° O pagamento pelo lançamento de efluentes não qualquer título, excetuado o pagamento de diárias a
desobriga o usuário do cumprimento das normas servidores públicos com a finalidade de controlar e
e padrões impostos no respectivo licenciamento fiscalizar o uso dos recursos hídricos.
ambiental, quando exigido. § 3° Os programas, projetos e atividades de capacitação
Art. 33. Os valores arrecadados com a cobrança pelo e desenvolvimento de pessoal, inclusive de absorção
uso de recursos hídricos serão aplicados prioritariamente de novas tecnologias, relacionados a recursos hídricos,
na bacia hidrográfica em que foram gerados e serão os relativos a contratação de consultoria especializada,
utilizados em conformidade com as normas de gestão bem como os destinados a campanhas de educação
do Fundo Especial de Meio Ambiente - FEMAC. ambiental referentes a utilização de recursos hídricos
poderão ser custeados a fundo perdido.
SEÇÃO VII Art. 38. Os dispêndios em recursos hídricos de origem
DO FUNDO ESPECIAL DE MEIO AMBIENTE - FEMAC federal, estadual ou municipal estão sujeitos ao controle
externo do Tribunal de Contas da União e do Tribunal de
Art. 34. O Fundo Especial de Meio Ambiente – FEMAC, Contas do Estado, nos respectivos montantes.
criado pela Lei n. 1.117, de 1994, será conduzido em
conformidade com sua legislação específica e com as SEÇÃO VIII
alterações introduzidas pela presente lei exclusivamente DO ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONÔMICO
no que dizem respeito a recursos hídricos. DO ACRE
Art. 35. No que concerne exclusivamente a recursos
hídricos, o Fundo Especial de Meio Ambiente - FEMAC Art. 39. Como instrumento estratégico continuado
terá a finalidade de incorporar recursos financeiros para de planejamento regional e gestão territorial visando
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
deliberação do CEMACT, inclusive propondo solução para cobrança por seu uso, inclusive os valores a serem
os conflitos entre os integrantes do Sistema Estadual cobrados propostos pelos respectivos comitês de bacia
de Recursos Hídricos e entre usuários de recursos hidrográfica.
hídricos, deliberados pelos respectivos comitês de bacia, Art. 49. O Presidente do CEMACT é seu representante
quando houver. no Conselho Nacional de Recursos Hídricos, e o
§ 2° Compõem a Câmara Técnica de Recursos Hídricos coordenador da Câmara Técnica de Recursos Hídricos,
representantes: (Redação dada pela Lei n° 1.596 de 27 o suplente.
Ordinárias
de dezembro de 2004) CAPÍTULO III
Leis
I - da União, por indicação do Conselho Nacional de DOS COMITÊS DE BACIA HIDROGRÁFICA
Recursos Hídricos;
II - das Secretarias de Estado que tenham atuação em Art. 50. Os comitês de bacia hidrográfica são
recursos hídricos; colegiados consultivos e deliberativos instituídos
III - de cada comitê de bacia hidrográfica do Estado; por decreto do Governador do Estado, com atuação
IV - das organizações civis com atuação estatutária na exclusiva na área de abrangência da respectiva bacia
área de recursos hídricos; ou sub-bacia hidrográfica.
V - do Departamento Estadual de Água e Saneamento - DEAS; § 1° As áreas de atuação dos comitês de bacia
VI – Instituições de ensino superior e de pesquisa hidrográfica serão:
localizadas no Estado; e I – a totalidade de uma bacia hidrográfica;
VII - de membro da Assembléia Legislativa do Estado II – ou a sub-bacia hidrográfica de tributário do curso
do Acre, indicado por seu Presidente, de acordo com o de água principal da bacia, ou de tributário desse
parágrafo único deste artigo. tributário;
§ 3°. Técnicos e consultores que atuem no âmbito III – ou grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas
da Câmara Técnica de Recursos Hídricos, a juízo do contíguas.
coordenador, poderão participar de reuniões do CEMACT, § 2° O Poder Executivo do Estado poderá celebrar
de forma a prestar informações adequadas para sua convênios com o objetivo de receber delegação do
deliberação. Poder Executivo federal para instituição e constituição
§ 4°. A Câmara Técnica de Recursos Hídricos será de comitês de bacia hidrográfica de rios de domínio
coordenada pelo representante do IMAC no Conselho da União.
Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia,
Art. 51. Compete aos comitês de bacia hidrográfica, no
nomeado pelo Presidente do CEMACT.
âmbito de sua área de atuação, especialmente:
§ 5º Regimento interno disporá sobre as normas de
I – promover a discussão das questões relacionadas
funcionamento da Câmara Técnica de Recursos Hídricos,
a recursos hídricos e articular a atuação dos órgãos
cujas deliberações serão proferidas por decisão da
e entidades intervenientes na respectiva bacia
maioria simples de seus membros. (Incluído pela Lei
hidrográfica;
n° 1.596 de 27 de dezembro de 2004)
II - deliberar, em primeira instância administrativa,
§ 6° O regimento interno do CEMACT disporá sobre
sobre os conflitos relacionados aos recursos hídricos
as formas de indicação de representantes na Câmara
em sua área de atuação;
Técnica de Recursos Hídricos. (Incluído pela Lei n° 1.596
III - aprovar o plano de recursos hídricos da bacia e
de 27 de dezembro de 2004)
acompanhar sua execução, sugerindo as providências
Art. 48. Ao CEMACT, entre outras, compete: necessárias ao cumprimento de suas metas;
I - promover a articulação do planejamento de recursos IV – propor, para deliberação prévia do CEMACT, os
hídricos com os planejamentos nacional, regional, limites gerais das acumulações, derivações, captações
estadual e dos setores usuários; e lançamentos de pouca expressão, para efeito de
II - deliberar sobre os projetos de aproveitamento de isenção da obrigatoriedade de outorga de direito de
recursos hídricos no Estado; uso de recursos hídricos;
III - arbitrar, com força determinativa na área V – favorecer a implantação dos mecanismos de
administrativa, os conflitos existentes no âmbito dos cobrança pelo uso de recursos hídricos;
recursos hídricos localizados no Estado, que não tenham VI – propor ao CEMACT diretrizes complementares
sido objeto de deliberação pelo respectivo comitê de e normas gerais para implementação da Política
bacia hidrográfica; Estadual de Recursos Hídricos, para aplicação de seus
IV - deliberar sobre as questões que lhe tenham sido instrumentos e para atuação do Sistema Estadual de
encaminhadas pela Câmara Técnica de Recursos Gerenciamento de Recursos Hídricos;
Hídricos ou pelos comitês de bacia hidrográfica; VII - propor ao CEMACT critérios e normas gerais para
V – decidir, em instância final na área adminis-trativa, a outorga de direitos de uso de recursos hídricos e
sobre os recursos interpostos pelos interessados
para a cobrança por seu uso, bem como os valores a
sobre deliberações feitas pelos comitês de bacia
serem cobrados pelo de recursos hídricos em sua área
hidrográfica;
VI – aprovar propostas de instituição de comitês de de atuação;
bacia hidrográfica e estabelecer critérios gerais para a VIII – definir, de acordo com os critérios e normas
elaboração de seus regimentos; gerais estabelecidos, o rateio de custos de obras de uso
VII – deliberar sobre a proposta do plano estadual múltiplo de interesse comum ou coletivo relacionadas
de recursos hídricos e acompanhar sua execução, com recursos hídricos da bacia; e
determinando as providências necessárias ao IX – deliberar sobre todas as matérias propostas
cumprimento de suas metas; regimentalmente pela respectiva agência de águas,
VIII – analisar propostas de alteração da legislação ou, na falta dela, colaborar com o Instituto do Meio
pertinente a recursos hídricos e à Política Estadual de Ambiente - IMAC para o cumprimento das competências
Recursos Hídricos; dessa entidade.
IX – estabelecer o enquadramento dos corpos de água § 1° Das deliberações dos comitês de bacia hidrográfica
nas classes de uso; em sua área de atuação caberá recurso ao CEMACT.
X – aprovar diretrizes complementares e normas gerais § 2° O decreto estadual que instituir o comitê de
para implementação da Política Estadual de Recursos bacia hidrográfica poderá estabelecer-lhe novas
Hídricos, para aplicação de seus instrumentos e para competências, em conformidade com esta lei e, no caso
atuação do Sistema Estadual de Gerenciamento de de rio de domínio da União, em consonância também
Recursos Hídricos; e com o convênio celebrado com o Poder Executivo
XI – aprovar critérios e normas gerais para a outorga federal.
de direitos de uso de recursos hídricos e para a
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Art. 52. Os comitês de bacia hidrográfica serão arrecadados com a cobrança pelo uso de recursos
compostos por representantes: hídricos em sua área de atuação;
I - dos Municípios situados, no todo ou em parte, em VI – contribuir com o SIRENA em sua área de
sua área de atuação; atuação;
II - dos usuários das águas de sua área de atuação, por VII - celebrar convênios e contratar finaniamentos e
meio de suas associações de representação, na forma serviços para a execução de suas competências;
VIII - elaborar a sua proposta orçamentária e submetê-
do regimento interno de cada comitê;
la à apreciação do respectivo ou respectivos comitês de
III - das entidades civis de recursos hídricos com
bacia hidrográfica;
atuação comprovada na bacia; IX - promover os estudos necessários para a gestão dos
IV – das instituições de ensino superior e de pesquisa recursos hídricos em sua área de atuação;
localizadas no Estado. X - elaborar o plano de recursos hídricos para
§ 1º Na hipótese de ser formado comitê de bacia apreciação do respectivo ou respectivos comitês de
em rio de domínio da União, por delegação dessa, bacia hidrográfica;
sua representação, bem como a de outros Estados XI - propor ao respectivo ou respectivos comitês de
integrantes da bacia, será indicada na forma do bacia hidrográfica:
respectivo termo de conveniação. a) o enquadramento dos corpos de água nas classes
§ 2º A participação dos representantes da União nos de uso, para encaminhamento ao CEMACT, de acordo
comitês de bacia hidrográfica de rio de domínio do com o domínio desses;
Estado dar-se-á na forma estabelecida nos respectivos b) definir os valores a serem cobrados pelo uso de
regimentos dos comitês das bacias, elaborados com recursos hídricos;
base nos convênios de cooperação celebrados entre o c) o plano de aplicação dos recursos arrecadados com
Poder Executivo federal e o estadual. a cobrança pelo uso de recursos hídricos; e
§ 3° O número de representantes de cada setor d) o rateio de custo das obras de uso múltiplo, de
mencionado neste artigo, bem como os critérios para interesse comum ou coletivo.
sua indicação, serão estabelecidos nos regimentos
internos dos comitês, limitada a representação conjunta TÍTULO IV
dos poderes executivos da União, Estados e Municípios DA FISCALIZAÇÃO, DAS INFRAÇÕES E
à metade do total de membros. DAS PENALIDADES
§ 4° Os titulares e suplentes serão indicados pelo
responsável legal. CAPÍTULO I
§ 5° A cada titular caberá um voto e, na sua ausência, DA FISCALIZAÇÃO
seu suplente terá o mesmo direito.
§ 6° As deliberações dos comitês serão válidas com o Art. 55. A ação fiscalizadora do Poder Público estadual
voto favorável de metade mais um de sua composição objetivará, principalmente, a educação e orientação dos
plena. usuários de recursos hídricos e a prevenção de condutas
§ 7° Os comitês de bacia hidrográfica serão dirigidos violadoras da legislação aplicável.
por um presidente e um secretário, eleitos entre seus Art. 56. Compete ao Instituto do Meio Ambiente
membros, na forma do regimento. do Acre – IMAC exercer a ação fiscalizadora dos
§ 8° Nos comitês de bacia hidrográfica de rios usos dos recursos hídricos no Estado, com poder de
fronteiriços de gestão compartilhada, a representação polícia, inclusive mediante imposição de penalidades
da União deverá incluir um representante do Ministério pelas condutas violadoras, na forma desta lei e dos
das Relações Exteriores. regulamentos.
§ 9º Nos comitês de bacia hidrográfica de bacias § 1° Da imposição das penalidades previstas neste
cujos territórios abranjam terras indígenas devem ser título, pela fiscalização, caberá recurso ao presidente
incluídos representantes: do IMAC, com efeito suspensivo, nos termos do
I - da Fundação Nacional do Índio - FUNAI, como parte regulamento.
da representação da União; e § 2° O IMAC poderá celebrar convênio com o órgão ou
II - das comunidades indígenas ali residentes ou com entidade competente federal com o objetivo de viabilizar
interesses na bacia. a delegação para fiscalizar com poder de polícia os
recursos hídricos de domínio da União localizados no
CAPÍTULO IV Estado.
DAS AGÊNCIAS DE ÁGUAS § 3° O IMAC poderá celebrar convênios com órgãos
municipais visando à delegação com poder de polícia das
Art. 53. A agência reguladora dos serviços públicos do competências fiscalizadoras de que trata este capítulo,
Acre poderá exercer a função de secretaria executiva do no respectivo território municipal.
respectivo ou respectivos comitês de bacia hidrográfica,
até a criação das agências de água. CAPÍTULO II
Parágrafo único. A agência reguladora estadual, quando DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES
delegada, terá a mesma área de atuação de um ou mais
comitês de bacia hidrográfica enquanto não criadas as Art. 57. Constitui infração das normas de utilização
agências de água. de recursos hídricos superficiais ou subterrâneos de
domínio do Estado do Acre:
Art. 54. Compete às agências de água, no âmbito de I - derivar ou utilizar recursos hídricos para qualquer
sua área de atuação: finalidade, sem a respectiva outorga de direito de uso;
I - manter balanço atualizado da disponibilidade de II - iniciar a implantação ou implantar empreendimento
recursos hídricos em sua área de atuação; relacionado com a derivação ou a utilização de recursos
II - manter o cadastro de usuários de recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos, que implique
hídricos; alterações no regime, quantidade ou qualidade dos
III - efetuar, mediante delegação do outorgante, a mesmos, sem autorização dos órgãos ou entidades
cobrança pelo uso de recursos hídricos; competentes integrantes do Sistema Estadual de
IV - analisar e emitir pareceres sobre os projetos e
Gerenciamento de Recursos Hídricos;
obras a serem financiados com recursos gerados pela
III - utilizar-se dos recursos hídricos ou executar obras
cobrança pelo uso de recursos hídricos e encaminhá-
los à entidade gestora responsável pela administração ou serviços relacionados com os mesmos em desacordo
desses recursos; com as condições estabelecidas na outorga;
V - acompanhar a administração financeira dos recursos IV - perfurar poços para extração de água subterrânea
82
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
instruções e procedimentos fixados pelos órgãos com esta lei, ao longo do tempo.
ou entidades da administração pública estadual
Leis
Art. 62. Esta lei entra em vigor na data de sua
competente, integrantes do Sistema Estadual de
publicação.
Gerenciamento de Recursos Hídricos; e
VII - obstar ou dificultar a ação fiscalizadora das
Rio Branco-Acre, 15 de julho de 2003, 115º da
autoridades competentes integrantes do Sistema
República, 101º do Tratado de Petrópolis e 42º do
Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos, no
Estado do Acre
exercício de suas funções.
Art. 58. Por infração de qualquer disposição legal
JORGE VIANA
ou regulamentar referente à execução de obras e
Governador do Estado do Acre
serviços hidráulicos, derivação ou utilização de recursos
hídricos de domínio do Estado do Acre, ou pelo não
atendimento das solicitações feitas, o infrator, pessoa
física ou jurídica, ficará sujeito, a critério da autoridade LEI N. 1.530, DE 22 DE JANEIRO DE 2004
competente fiscalizadora, às seguintes penalidades,
independentemente de sua ordem de enumeração: “Institui o ICMS Verde, destinando cinco por cento
I - advertência por escrito, na qual serão estabelecidos da arrecadação deste tributo para os municípios
prazos para correção das irregularidades; com unidades de conservação ambiental.”
II - multa, simples ou diária, proporcional à gravidade O GOVERNADOR DO ESTADO ACRE
da infração, de R$100,00 (cem reais) a R$10.000,00 FAÇO SABER que a Assembléia Legislativa do Estado do
(dez mil reais); Acre decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
III - embargo provisório, por prazo determinado, para Art. 1° Por intermédio da presente lei, serão
execução de serviços e obras necessárias ao efetivo contemplados com o instituto tributário denominado
cumprimento das condições de outorga ou para o ICMS Verde os municípios que abriguem em seu
cumprimento de normas referentes ao uso, controle, território unidades de conservação ambiental ou que
conservação e proteção dos recursos hídricos; e sejam diretamente influenciados por elas.
IV - embargo definitivo, com revogação da outorga, se Art. 2º A alíquota relativa ao ICMS Verde será
for o caso, para repor incontinenti, ao seu antigo estado, equivalente a cinco por cento da arrecadação total do
os recursos hídricos, leitos e margens, nos termos dos Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços–
arts. 58 e 59 do Código de Águas, Lei Federal n° 9.433, ICMS no Estado do Acre.
de 1997, ou tamponar os poços de extração de água Art. 3º As unidades de conservação ambiental a que
subterrânea. alude o art. 1º desta lei são as áreas de preservação
§ 1º Sempre que da infração cometida resultar prejuízo ambiental, as comunidades indígenas, estações
a serviço público de abastecimento de água, riscos à ecológicas, parques, reservas florestais, florestas,
saúde ou à vida, perecimento de bens ou animais, ou hortos florestais, áreas de relevante interesse de leis
prejuízos de qualquer natureza a terceiros, a multa a ser
ou decretos federais, estaduais ou municipais, de
aplicada nunca será inferior à metade do valor máximo
propriedade pública ou privada.
cominado em abstrato.
Parágrafo único. As prefeituras deverão cadastrar as
§ 2º No caso dos incisos III e IV, independentemente da
unidades municipais de conservação ambiental junto
pena de multa, serão cobradas do infrator as despesas
à autoridade estadual responsável pelo gerenciamento
em que incorrer a Administração para tornar efetivas
dos recursos ambientais.
as medidas previstas nos citados incisos, na forma dos
arts. 36, 53, 56 e 58 do Código de Águas, Lei Federal Art. 4º A repartição de cinco por cento do Imposto
n° 9.433, de 1997, sem prejuízo de responder pela sobre Circulação de Mercadorias e Serviços–ICMS será
indenização dos danos a que der causa. feita de forma linearmente eqüitativa, observando
§ 3º. Em caso de reincidência, a multa será aplicada os tamanhos e o número das áreas de preservação
em dobro. ambiental circunscritas na área geográfica de cada
§ 4°. Os recursos auferidos pelo pagamento de multas município.
serão recolhidos à conta específica do Fundo Especial Art. 5º Os fins a que se destinam os recursos visam
de Meio Ambiente - FEMAC. a sua aplicação em projetos de desenvolvimento
§ 5°. Serão fatores atenuantes, a serem considerados sustentável, segundo diretrizes estabelecidas na
pela fiscalização na imposição de penalidades, a regulamentação desta lei.
inexistência de dolo e a caracterização da infração como Art. 6º Os critérios técnicos de alocação dos recursos
de pequena monta. oriundos do ICMS Verde serão definidos pela entidade
§ 6°. Os valores referidos no inciso II deste artigo serão estadual responsável pelo gerenciamento dos recursos
corrigidos pelo órgão fiscalizador segundo a variação ambientais, através de Decreto do Poder Executivo,
da Unidade Padrão Fiscal do Estado, na forma do em até sessenta dias, a contar da data da vigência da
regulamento do Poder Executivo. presente lei.
Art. 59. As penalidades previstas nesta lei serão Art. 7º Os percentuais relativos a cada município
aplicadas independentemente das sanções civis, penais
serão anualmente calculados pela entidade estadual
e ambientais previstas pelas legislações específicas
responsável pelo gerenciamento dos recursos
federais e estaduais, especialmente as cominadas pela
ambientais, divulgados através de portaria publicada
Lei Federal n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.
no Diário Oficial e informados à Secretaria de Estado
Art. 60. Independentemente da existência de culpa de Finanças e Gestão Pública, para implantação e
quanto a infração relativa a recursos hídricos e além
ordenamento de repasses.
da imposição de penalidades previstas nesta lei e na
legislação penal e ambiental, fica o infrator obrigado Art. 8º Esta Lei entra em vigor sessenta dias após
a indenizar ou reparar os danos causados ao meio sua publicação.
ambiente e a terceiros afetados.
83
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Rio Branco-Acre, 22 de janeiro de 2004, 116º da Art. 2° A concessão de direito real de uso será
República, 102º do Tratado de Petrópolis e 43º do formalizada por contrato, a ser elaborado pela
Estado do Acre. Procuradoria Geral do Estado, transferindo-se a
utilização gratuita do bem público ao particular,
JORGE VIANA como direito real resolúvel, para o fim específico de
Governador do Estado do Acre regularização fundiária, observados os art. 18 e 19 da
Lei n. 1.382, de 5 de março de 2001.
§ 1º A concessão de direito real de uso será transmissível
LEI Nº 1.787, DE 03 DE JULHO DE 2006 por causa mortis a qualquer tempo ou por ato inter
vivos após o decurso do prazo de dez anos, desde que
“Autoriza o Poder Executivo, através do Instituto respeitado o fim específico da concessão, sob pena
de Terras do Acre – ITERACRE, a outorgar, sob de nulidade.
condição resolutiva, concessão de direito real de § 2º É defeso ao concessionário locar ou ceder, a
uso nas áreas das Florestas Públicas Estaduais qualquer título, o imóvel objeto da concessão de direito
do Rio Gregório, do Rio Liberdade, do Mogno real de uso, salvo a hipótese prevista no parágrafo
e do Antimary, para efeito de regularização primeiro.
fundiária.” Art. 3º A concessão de direito real de uso será
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE registrada na Serventia de Registro Imobiliário da
FAÇO SABER que a Assembléia Legislativa do Estado do situação do imóvel.
Acre decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 4° Desde o registro da concessão de direito
Art. 1° Fica o Poder Executivo Estadual, através do real de uso, o concessionário usufruirá plenamente
Instituto de Terras do Acre – ITERACRE e respeitando da área para os fins estabelecidos no respectivo
a legislação correlata, autorizado a outorgar concessão contrato, respondendo por todos os encargos civis,
de direito real de uso nas áreas das Florestas Públicas administrativos e tributários que venham a incidir sobre
Estaduais do Rio Gregório, do Rio Liberdade, do Mogno o imóvel e suas rendas.
e do Antimary, a título gratuito, sob condição resolutiva
Art. 5° Resolver-se-á a concessão desde que o
e para fins de regularização fundiária das populações
concessionário abandone o lote, modifique a destinação
residentes nas áreas delimitadas.
estabelecida no instrumento de concessão de uso ou, de
Parágrafo único. A concessão de direito real de uso
qualquer modo, infrinja as disposições da presente lei,
de que trata esta lei abrangerá as áreas localizadas
sem direito de retenção ou de indenização por quaisquer
nas florestas públicas estaduais com as seguintes
benfeitorias, independente de sua natureza.
descrições:
1 - Floresta Pública Estadual do Rio Gregório, criada pelo Art. 6° Esta Lei entra em vigor na data de sua
Decreto n. 9.718, de 9 de março de 2004, publicado publicação.
no Diário Oficial do Estado n. 8.788, de 10 de maio de
2004, situada no Município de Tarauacá, com uma área Rio Branco-Acre, 3 de julho de 2006, 118º da República,
de 216.062,00ha (duzentos e dezesseis mil, e sessenta 104º do Tratado de Petrópolis e 45º do Estado do
e dois hectares), limitando-se ao Norte com a Linha Acre.
Cunha Gomes; ao Sul com a Rodovia Federal BR 364;
a Leste com um igarapé sem denominação e com o Rio JORGE VIANA
Acurauã; e a Oeste com o Rio Gregório; Governador do Estado do Acre
2 - Floresta Pública Estadual do Rio Liberdade, criada
pelo Decreto n. 9.716, de 9 de março de 2004, publicado
no Diário Oficial do Estado n. 8.788, de 10 de maio de LEI Nº 1.904, DE 05 DE JUNHO DE 2007
2004, situada no Município de Tarauacá, com uma área
de 126.360,00ha (cento e vinte e seis mil, trezentos “Institui o Zoneamento Ecológico – Econômico do
e sessenta hectares), limitando-se ao Norte com o Rio Estado do Acre – ZEE.”
Liberdade; ao Sul com a terra indígena do Rio Gregório, O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE
Gleba Taquari e Seringal Passo da Pátria; a Leste com FAÇO SABER que a Assembléia Legislativa do Estado do
o PA Taquari, Gleba PARNACRE e terra indígena do Rio Acre decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Gregório; e Oeste com os Seringais Passo da Pátria,
Ceará, São Pedro, Guarani e Rio Liberdade; CAPÍTULO I
3 - Floresta Pública Estadual do Mogno, criada pelo Das Disposições Preliminares
Decreto n. 9.717, de 9 de março de 2004, publicado
no Diário Oficial do Estado n. 8.788, de 10 de maio de Art. 1º Fica instituído o Zoneamento Ecológico-
2004, situada no Município de Tarauacá- AC, com uma Econômico do Estado do Acre, sintetizado através
área de 143.897,00ha (cento e quarenta e três mil, do Mapa de Gestão Territorial constante do Anexo I
oitocentos e noventa e sete hectares), limitando-se desta lei, elaborado a partir dos eixos temáticos dos
ao Norte com a Linha Cunha Gomes; ao Sul com a recursos naturais, sócio-econômico e cultural-político,
rodovia federal BR 364; a Leste com o Rio Gregório; sendo o instrumento estratégico de planejamento e
e a Oeste com o Igarapé Extrema, Rio Liberdade e gestão territorial, cujas diretrizes e critérios passam
Seringal São José; e a nortear as políticas públicas estaduais voltadas ao
4 - Floresta Pública Estadual do Antimary, com limites desenvolvimento sócio-econômico-sustentável e à
estabelecidos pelo Decreto n. 13.321, de 1 de dezembro promoção do bem-estar da população.
de 2005, publicado no Diário Oficial do Estado n. 9.189, Parágrafo único. O Mapa de Gestão Territorial é
de 7 de dezembro de 2005, situada no Município de apresentado na escala de 1:250.000, composto
Sena Madureira-AC, com uma área de 47.064,6770ha por dezesseis cartas cartográficas, elaboradas com
(quarenta e sete mil, sessenta e quatro hectares e base em dados, mapas e estudos temáticos sobre
seis mil setecentos e setenta centiares), limitando-se trajetórias acreanas, geologia, geomorfologia, solos,
ao Norte com o Estado do Amazonas; ao Sul com o bacias hidrográficas, vegetação, biodiversidade,
Rio Antimary, PAE Canari, Gleba Canari 11, Fazenda vulnerabilidade ambiental, unidades de paisagem
Samaúma (parte), Fazenda Nova Arizona e áreas do biofísicas, uso da terra, desmatamentos e queimadas,
Estado do Acre; a Leste com a Fazenda Barra da Aliança passivos florestais, estrutura fundiária, economia,
e Rio Antimary; e a Oeste com a Fazenda Boa Vista, infra-estrutura pública e produtiva, produção florestal,
áreas do Estado do Acre e Igarapé sem denominação. produção agropecuária, população, condições de vida,
84
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
Art. 2° O Zoneamento Ecológico-Econômico do cooperativismo e associativismo;
Leis
Estado do Acre, doravante denominado ZEE, tem como VIII - dotar de infra-estrutura econômica e social que
objetivo geral orientar o planejamento, a gestão, as favoreça a ampliação da escala do manejo florestal
atividades e as decisões do poder público, do setor de uso múltiplo e de outras atividades agropecuárias
privado e da sociedade em geral, relacionadas ao uso e e agroflorestais relacionadas às cadeias produtivas
ocupação do território, considerando as potencialidades sustentáveis; e
e limitações do meio físico, biótico e socioeconômico, IX – manter e recuperar as Áreas de Preservação
visando a implementação prática do desenvolvimento Permanente – APPs.
sustentável. § 2º São diretrizes gerais da Zona 1, para as áreas
Art. 3º O ZEE será implementado com base em zonas caracterizadas por pequenas, médias e grandes
e subzonas definidas a partir de unidades territoriais propriedades rurais:
com características afins relacionadas ao meio biofísico, I – fomentar o aumento da produtividade e manejo
padrões de ocupação e uso dos recursos naturais. do solo em áreas de pastagens e de agricultura, com
Parágrafo único. As indicações e recomendações prioridade para as áreas já abertas e recuperação de
constantes do ZEE vinculam todas as políticas, áreas alteradas e degradadas, com ampliação de escala
programas, projetos e investimentos, públicos ou de práticas inovadoras;
privados, a serem realizados no Estado do Acre. II – fomentar a recuperação de áreas degradadas
por meio de sistemas integrados de lavoura-
Art. 4º Para fins de ordenamento territorial a área do
pecuária e lavoura-pecuária-silvicultura;
Estado do Acre fica dividida em quatro zonas, assim
III – integrar propriedades rurais em cadeias produtivas
distribuídas:
da agricultura, pecuária e produtos florestais;
I – Zona 1: consolidação de sistemas de produção
IV – manter e recuperar as Áreas de Preservação
sustentáveis;
Permanente – APPs; e
II – Zona 2: uso sustentável dos recursos naturais e
V – fomentar o manejo florestal em reservas legais e
proteção ambiental;
outras áreas de florestas remanescentes.
III – Zona 3: áreas prioritárias para o ordenamento
territorial; e Art. 7º Para fins de recomposição florestal aplica-se na
IV – Zona 4: cidades do Acre. Zona 1, o disposto no § 5º do art. 16 do Código Florestal
Parágrafo único. Cada zona se dividirá em subzonas, com a alteração promovida pela Medida Provisória 2166-
com diretrizes específicas para o uso do território. 67/01, reduzindo-se a reserva legal nessas áreas para
cinqüenta por cento, excluídas as áreas de preservação
Art. 5° As subzonas são partes componentes de uma
permanente.
zona, constituídas por unidades homogêneas, base do
planejamento do uso sustentável e subdivididas, em
Subseção I
alguns casos, em unidades de manejo.
Das Subzonas da Zona 1
CAPÍTULO III
Das Zonas e Subzonas Art. 8° A Subzona 1.1 é constituída de áreas utilizadas
por projetos de assentamento de pequenos produtores
Seção I rurais e pólos agroflorestais, com predominância do uso
Da Zona 1 de mão-de-obra familiar em atividades agropecuárias,
cuja aptidão de uso é indicada tendo em vista a grande
variabilidade dos recursos naturais, dos aspectos
Art. 6º A Zona 1 é composta por áreas de influência
culturais, políticos e do processo de ocupação da terra,
direta das rodovias BR- 364, BR- 317 e regiões
assim estabelecidas: áreas convertidas e remanescentes
fronteiriças, de ocupação mais antiga do Estado,
florestais.
associadas às novas frentes de expansão e conversão
de áreas florestais para o desenvolvimento de Art. 9° Nas áreas já convertidas da Subzona 1.1, a
atividades agropecuárias, sendo também ocupadas utilização será especificada de acordo com a aptidão
pela agricultura familiar em projetos de assentamento agroflorestal, a variabilidade interna e as características
e pólos agroflorestais, pequenos produtores em dos recursos naturais e do processo de ocupação
posses, pequenas, médias e grandes propriedades subdivididas nas unidades de manejo, a seguir
com atividades agropecuárias, bem como por áreas estabelecidas:
florestais de grandes seringais, reservas legais de I – Unidade de Manejo 1.1.1 – áreas com alto
pequenas, médias e grandes propriedades e áreas de potencial para uso agrícola e pecuário intensivo com
preservação permanente. grande potencial para uso de mecanização agrícola e
§ 1º São diretrizes gerais da Zona 1, para as áreas estabelecimento de sistemas de produção agrícolas
caracterizadas por produtores familiares com perfil e pecuários intensivos, recomendados para estas
agropecuário em projetos de assentamento e pólos condições ambientais;
agroflorestais: II – Unidade de Manejo 1.1.2 – áreas com alto potencial
I – fomentar a ampliação da escala de experiências para a produção de culturas perenes com restrições
promissoras de produção sustentável entre atividades moderadas à mecanização agrícola sendo indicadas
agropecuárias, agroflorestais e florestais de forma para o uso em pequenos módulos com culturas perenes
integrada a cadeias produtivas que compõem planos recomendadas para estas condições ambientais, sendo
de desenvolvimento territorial local; o potencial para uso de produção intensiva de grãos,
II – fortalecer a agricultura familiar em bases limitado em função das condições agroecológicas;
agroecológicas; III – Unidade de Manejo 1.1.3 – áreas com alto potencial
III – apoiar programas de fortalecimento da segurança para a produção de sistemas agroflorestais com
alimentar e nutricional em nível municipal, estadual restrições moderadas a severas à mecanização agrícola,
e federal; sendo indicadas para o cultivo em pequenos módulos
85
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
ou com culturas anuais em consórcio, com o uso Particular do Patrimônio Natural – RPPN.
predominante de práticas agroflorestais para permitir a
utilização racional dos recursos disponíveis e assegurar Seção II
a sustentabilidade do processo produtivo; Da Zona 2
IV – Unidade de Manejo 1.1.4 – áreas com alto potencial
para a produção em sistemas silvipastoris sustentáveis Art. 12. A Zona 2 é composta por áreas já destinadas
ou com culturas anuais em consórcio, com ênfase na no âmbito do Sistema Nacional de Unidades de
consorciação com leguminosas forrageiras herbáceas Conservação – SNUC, de unidades de conservação
e árvores de uso múltiplo, com restrições severas à estaduais e de terras indígenas, bem como por projetos
mecanização agrícola; de assentamentos diferenciados de base florestal, tais
V – Unidade de Manejo 1.1.5 – áreas indicadas para a como Projeto de Assentamento Extrativista - PAE,
produção de culturas anuais em sistemas de rotação Projeto de Desenvolvimento Sustentável – PDS e Projeto
e silvicultura, com restrições moderadas a severas ao de Assentamento Florestal - PAF.
uso mais intensivo, recomendadas para os cultivos Parágrafo único. São diretrizes gerais da Zona 2:
anuais em sistemas de rotação associado a um tempo I – efetivar ações necessárias de regularização fundiária,
de pousio médio a longo e silvicultura com espécies como condição essencial para garantir o cumprimento
nativas ou exóticas, recomendadas para estas condições dos objetivos das unidades de conservação, terras
ambientais; indígenas e projetos de assentamento diferenciados;
VI – Unidade de Manejo 1.1.6 – áreas com aptidão II – apoiar a elaboração e a implementação dos planos
agroflorestal restrita ou mesmo sem aptidão agroflorestal, de manejo e outros instrumentos de gestão para cada
indicadas para silvicultura, recuperação ambiental ou área específica;
áreas de preservação das propriedades com ênfase III – implementar ações de efetiva demarcação,
em práticas silviculturais com espécies nativas sinalização, monitoramento e fiscalização necessárias
recomendadas para estas condições ambientais; e para assegurar a integridade de cada área;
VII – Unidade de Manejo 1.1.7 - áreas indicadas para IV – executar ações contínuas de mapeamento, análise
manejo florestal de baixo impacto com fragmentos e gestão de conflitos sócio-ambientais;
florestais em vários estágios de conservação, com V – fortalecer as iniciativas de mobilização social e
potencial para manejo de uso múltiplo com ênfase capacitação gerencial das comunidades e organizações
em práticas de menor impacto, como o processo de representativas, com o objetivo de integrar a gestão
produção florestal comunitário. do território, bem como as alternativas econômicas
Parágrafo único. Na Subzona 1.1 as unidades de manejo sustentáveis e melhorias nas condições de vida da
estão hierarquizadas em grau crescente de restrição comunidade;
ambiental para o uso, conforme descrito na legenda do VI – fomentar estratégias de gestão participativa dos
Mapa de Gestão, Anexo I. recursos naturais em áreas do entorno das unidades de
Art. 10. A Subzona 1.2 é composta por áreas conservação e terras indígenas, bem como a integração
já desmatadas pela produção agropecuária, com de áreas protegidas vizinhas com a participação dos
predominância do uso de pastagens, compreendidas por referidos Conselhos das unidades;
pequenas, médias e grandes propriedades, excluídos os VII – dotar de infra-estrutura necessária à gestão as
projetos de assentamento, com situação fundiária em áreas que integram esta zona; e
partes dessas áreas indefinida ou não georreferenciadas VIII – incentivar a criação de Comitês de Bacias.
pelo cadastro do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária - INCRA, subdivididas nas unidades Subseção II
de manejo, a seguir estabelecidas: Das Subzonas da Zona 2
I – Unidade de Manejo 1.2.1 – áreas para consolidação
e intensificação do uso da terra em sistemas agrícolas Art. 13. As subzonas da Zona 2 são compreendidas
e pecuários, com facilidade de acesso e escoamento pelas áreas já destinadas no âmbito do SNUC, de
da produção, condições sócio-econômicas favoráveis à unidades de conservação estadual e terras indígenas,
exploração agrícola ou pecuária ou para implantação de bem como por projetos de assentamentos diferenciados
sistemas mais intensivos em tecnologia, recomendadas de base florestal, tais como PAE, PDS e PAF.
para estas condições ambientais. Art. 14. A Subzona 2.1 são áreas destinadas à
II – Unidade de Manejo 1.2.2 – áreas com condições consolidação de unidades de conservação de proteção
de média vulnerabilidade dos recursos naturais, bom integral, com elevada importância para a manutenção
acesso ao longo das BRs e dificuldade relativa de da biodiversidade, serviços ambientais e têm como
acesso nas demais áreas, que deverá ser consolidado objetivo a preservação da natureza e a realização de
com o desenvolvimento de sistemas agropecuários pesquisa científica.
intensivos nas áreas planas e de solos bem drenados
Art. 15. A Subzona 2.2 são áreas caracterizadas
e nas demais áreas recomenda-se a conversão das
por florestas federais e estaduais já existentes, cujo
práticas de produção atuais em sistemas agrícolas
objetivo básico é o uso múltiplo sustentável dos recursos
e pecuários mais sustentáveis ou inserção de novas
florestais, em escala empresarial ou comunitário e
práticas de manejo agroflorestal, recomendadas para
a pesquisa científica, permitindo a permanência das
estas condições ambientais.
populações tradicionais residentes.
§ 1º Na Subzona 1.2 as unidades de manejo estão
hierarquizadas em grau crescente de restrição de uso Art. 16. A Subzona 2.3 são áreas destinadas às
das áreas desmatadas em sistemas agropecuários. Reservas Extrativistas – RESEX, com objetivo de
§ 2º As restrições ou recomendações ambientais proteger o meio de vida e a cultura dessas populações,
são aquelas descritas no mapa de vulnerabilidade além de assegurar o uso sustentável dos recursos
ambiental. naturais.
Art.11. A Subzona 1.3 são áreas que se caracterizam Art. 17. A Subzona 2.4 são áreas utilizadas por
como as reservas legais das propriedades privadas, pequenos produtores rurais e populações tradicionais
áreas arrecadadas pela União ou imóveis com situação cuja atividade baseia-se no extrativismo, agricultura
fundiária indefinida ou não incluída no cadastro de subsistência, criação de animais e manejo florestal,
georreferenciado do INCRA, com potencial florestal que estabelecidas em PDS, PAF e PAE, com objetivo de
permite o uso sustentável da floresta, com possibilidades assegurar o acesso e o uso sustentável dos recursos
de criação de áreas protegidas, especialmente Reserva naturais e manutenção dos modos de vida dessas
populações.
86
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Art. 18. A Subzona 2.5 são áreas de terras indígenas Subseção III
já demarcadas ou homologadas e são utilizadas para Das Subzonas da Zona 3
atividades produtivas e para assegurar o bem-estar
e a reprodução física e cultural segundo os usos, Art. 21. A Subzona 3.1 são áreas com ordenamento
costumes e tradições de sua população, conforme a territorial indefinido que, após realização de estudos e
legislação vigente. levantamentos, poderão ser destinadas à criação de
Art. 19 A Subzona 2.6 é formada pelas seguintes áreas: novas unidades de conservação, criação de novas terras
Ordinárias
I – Áreas de Proteção Ambiental – APA - áreas cujo indígenas, criação de novos projetos de assentamentos
Leis
fomento deve abranger ações voltadas à proteção da diferenciados e reconhecimento de áreas privadas.
diversidade biológica, ordenamento de processos de Art. 22. A Subzona 3.2 são áreas caracterizadas
ocupação e o uso sustentável dos recursos naturais, por ambiente de várzea e áreas adjacentes de terra
mediante a elaboração do plano de manejo; firme das bacias dos principais rios do Estado - Juruá,
II – Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE - Tarauacá, Envira, Purus, Iaco e Acre e de seus afluentes,
áreas cuja implementação contempla ações voltadas com baixa densidade demográfica, já ocupadas por
para a proteção e uso sustentável de ecossistemas populações ribeirinhas em colocações e comunidades,
naturais e pesquisa científica, de modo compatível com com potencial para manejo de recursos pesqueiros,
os objetivos de conservação de natureza; e manejo florestal de uso múltiplo, sistemas de produção
III – Reserva Particular do Patrimônio Natural – agrícola, agroflorestais e criação de animais em locais
RPPN - constituídas por áreas privadas, gravadas restritos.
com perpetuidade, cujo objetivo é a conservação da Seção IV
diversidade biológica e o desenvolvimento de atividades Da Zona 4
turísticas, recreativas, educacionais e de pesquisa
científica. Art. 23. A Zona 4 é composta por áreas urbanas
dos municípios do Estado do Acre, circundadas por
Seção III diferentes paisagens rurais e florestais.
Da Zona 3 Parágrafo único. São diretrizes gerais para a Zona 4:
I – consolidar a implementação das orientações
Art. 20. A Zona 3 é composta por áreas ainda não do Estatuto das Cidades, em especial a elaboração
ordenadas, em processo de definição de uso, prioritárias participativa de planos diretores, visando a governança
para o ordenamento territorial com indicação ao uso compartilhada entre o poder público e a sociedade
sustentável dos recursos naturais e, ainda, por áreas de civil;
produção ribeirinha já estabelecidas. II – implementar e consolidar para as áreas urbanas
Parágrafo único. São diretrizes gerais para a Zona 3: as diretrizes do desenvolvimento sustentável emanadas
I – realizar os estudos e demais medidas necessárias da Conferência Internacional sobre Desenvolvimento e
para definição de uso adequado dessas áreas de Meio Ambiente;
transição; III – estruturar processos mais adequados de
II - realizar os estudos e demais medidas necessárias saneamento básico, em especial a coleta seletiva e
para a criação de unidades de conservação e terras destino final dos resíduos sólidos e tratamento de água,
indígenas demandadas, em conformidade com a observando-se as restrições no uso de agentes poluentes;
legislação vigente e os indicativos do ZEE – Acre; IV – fortalecer políticas de arborização de vias
III - realizar os estudos e demais medidas necessárias públicas e de criação de áreas verdes para a promoção
para a criação de projetos de assentamentos do lazer, esporte, educação ambiental, turismo e
diferenciados, em conformidade com a legislação conservação de fragmentos florestais, de recursos
vigente e os indicativos do plano estadual de reforma hídricos e bem-estar da população;
agrária; V – promover ações de consumo consciente da
IV – realizar os levantamentos ocupacionais e processos população urbana com base em princípios de economia
discriminatórios para identificação de posses passíveis solidária, com certificação da origem do produto;
de regularização fundiária e áreas a serem revertidas VI – incentivar o reordenamento do trânsito, priorizando
ao patrimônio público com implantação do cadastro a adoção de outros meios de transporte que reduzam o
estadual georreferenciado de imóveis rurais, integrado consumo de combustíveis fósseis; e
ao Sistema Nacional de Cadastro Rural - SNCR e VII - incentivar a criação de comitês de bacias
Sistema de Licenciamento Ambiental da Propriedade hidrográficas.
Rural – SLAPR;
V – reincorporar ao patrimônio público terras registradas Seção IV
irregularmente, cujo planejamento de sua destinação Das Subzonas da Zona 4
dar-se-á de forma integrada, observando-se a legislação
vigente, associada às diretrizes estratégicas do ZEE-Acre Art. 24. A Subzona 4.1 são áreas caracterizadas
com a promoção de medidas emergenciais para prevenir por cidades com população predominantemente
e mediar conflitos sociais sobre os direitos de acesso e florestal e ribeirinha, situadas nas cabeceiras dos rios
utilização dos recursos naturais; Juruá, Jordão, afluente do Tarauacá, e Purus, tendo
VI – elaborar e efetivar a implementação participativa de como entorno as terras indígenas e as unidades de
estratégias de produção sustentável em base florestal e conservação integradas pelas cidades dos Altos Rios -
agroextrativista com inclusão social, fortalecimento de Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Jordão e Santa
iniciativas de mobilização social e capacitação gerencial Rosa do Purus.
junto às associações locais, conforme previsto no Plano Art. 25. A Subzona 4.2 são áreas caracterizadas por
Estadual de Reforma Agrária, com ênfase em práticas cidades localizadas na bacia do médio rio Juruá, tendo
agroflorestais e com boas condições de acesso e de solo a tradicional navegação fluvial como principal e intenso
e água que permitem uma exploração mais intensiva meio de transporte e comunicação, integradas pelas
dos recursos; e cidades de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, que tem
VII – as áreas de floresta estadual que vierem a ser a presença de projetos de assentamento no entorno
transformadas em unidades de conservação serão urbano imediato, e Mâncio Lima, acesso ao Parque
consideradas para compensação do passivo ambiental Nacional da Serra do Divisor - PNSD.
do Estado.
Art. 26. A Subzona 4.3 são áreas caracterizadas por
cidades localizadas no médio curso dos Rios Tarauacá,
87
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Envira, Purus e Iaco, com atividades de origem Lei de Diretrizes Orçamentárias, Orçamento Anual e as
extrativista, situadas na confluência destes grandes diretrizes recomendadas pelo ZEE;
rios com a rodovia BR-364, integradas pelas cidades de III – promover medidas necessárias à cooperação e
Tarauacá, Feijó, Manoel Urbano e Sena Madureira. articulação das ações públicas, privadas e da população
Art. 27. A Subzona 4.4 são áreas caracterizadas em geral para a gestão territorial no Acre;
por cidades localizadas na bacia do Alto Acre, e IV – buscar o aperfeiçoamento e a modernização
em sua maioria de fronteira com a Bolívia e/ou do instrumental técnico e legal e dos procedimentos
Peru, com características muito diferentes entre si administrativos do Poder Executivo, objetivando maior
e de composição populacional muito diversificada, eficácia na execução da política de ordenamento
determinando um mosaico de usos diferenciados como territorial, desenvolvimento urbano e gestão ambiental.
terras indígenas, reservas extrativistas, projetos de V – promover a articulação e cooperação entre o Estado
assentamento, pequenas e grandes propriedades do Acre, demais Estados e países fronteiriços, visando
rurais, que influenciam diretamente o perfil de cada a realização de ações integradas concernentes às
uma das cidades integradas por Assis Brasil, Brasiléia, questões de ordenamento territorial e desenvolvimento;
Epitaciolândia, Xapuri e Capixaba. VI – promover a ação contínua e integrada dos órgãos
Art. 28. A Subzona 4.5 são áreas caracterizadas que atuam com gestão territorial para o monitoramento
por cidades localizadas na Bacia do Baixo Rio Acre e a fiscalização da ocupação do Estado; e
e Rio Abunã, algumas delas estabelecendo fronteira VIII – acompanhar o desenvolvimento, a implementação
com a Bolívia ao longo do Rio Abunã, marcadas pela e a revisão do ZEE e de outras políticas territoriais com
presença de grande número de fazendas e projetos base nas informações do Índice de Sustentabilidade dos
de assentamentos com altas taxas de conversão Municípios do Acre – ISMAC.
florestal, consolidando uma fronteira agropecuária nas Art.31. Compete à Unidade Central de Geopro-
proximidades da capital do Estado e são integradas cessamento e Sensoriamento Remoto da FUNTAC
por Bujari, Porto Acre, Acrelândia, Plácido de Castro e armazenar, integrar, gerenciar, atualizar e disponibilizar
Senador Guiomard. a base de dados gerada no âmbito do ZEE.
Art. 29. A Subzona 4.6 é constituída pela capital
do Estado, centro político e administrativo, pólo de CAPÍTULO V
forte atração populacional e alta taxa de urbanização, Das Disposições Gerais
referência aos demais municípios pela concentração
de serviços públicos e privados, infraestrutura, Art. 32. A alteração do ZEE, bem como mudanças
universidades, indústrias, hospitais e local de encontro nos limites das zonas e indicação de novas diretrizes
de duas rodovias federais, a BR-364 - de Rondônia à gerais e específicas, ocorrerá no prazo estipulado pela
fronteira peruana, no extremo noroeste do Estado e, legislação federal e de acordo com o que apontar
por conexão com rodovia estadual, a BR-317 - Estrada os estudos técnicos específicos, ouvida a Comissão
do Pacífico, rota da integração fronteiriça com a Bolívia Estadual do Zoneamento Ecológico Econômica – CEZEE,
e o Peru, a sudeste. o Conselho Estadual de Floresta – CF, Conselho Estadual
de Desenvolvimento Rural Florestal Sustentável -
CAPÍTULO IV CEDRFS e o Conselho de Ciência, Tecnologia e Meio
Do Sistema de Coordenação, Monitoramento, Ambiente – CEMACT. (Redação dada pela Lei nº 2006,
Avaliação e Difusão de 9 de junho de 2008)
Parágrafo único. Não se aplicará o prazo determinado na
Art. 30. O Sistema de Coordenação, Monitoramento, legislação federal, quando as modificações decorrerem
Avaliação e Difusão do ZEE é composto por um conjunto de aprimoramento técnico -cientifico, de correção nas
de órgãos e instituições, com o objetivo de promover falhas ou omissões decorrentes da base cartográfica
a implementação integrada das ações nas zonas, fundiária ou de ampliação do rigor da proteção
subzonas e unidades de manejo definidas no Mapa de ambiental das zonas, desde que aprovados pela CEZEE,
Gestão Territorial do Acre. CEMACT, CF e CEDRFS. (Redação dada pela Lei nº 2006,
§ 1° Integram o Sistema de Coordenação, Monitoramento, de 9 de junho de 2008)
Avaliação e Difusão: Art.33. A base de dados georreferenciada do ZEE tem
I – a Comissão Estadual do ZEE, como órgão como órgão gestor o Centro de Sensoriamento Remoto
superior; da Fundação de Tecnologia do Acre – FUNTAC, integrada,
II – a Secretaria de Estado de Planejamento e obrigatoriamente, às estações de trabalho instaladas no
Desenvolvimento Econômico Sustentável – SEPLANDS, IMAC, ITERACRE e Secretaria Estadual de Floresta – SEF.
como órgão de coordenação, monitoramento e Art.34. Para a efetiva difusão do ZEE serão
avaliação; desenvolvidas ações contínuas em todos os segmentos
III - a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e de institucionais e sociais.
Recursos Naturais – SEMA, como Secretaria Executiva Art. 35. Fica criado o Indicador de Sustentabilidade
do Sistema e órgão responsável pela difusão; dos Municípios do Acre – ISMAC, como instrumento de
IV – o Instituto de Meio Ambiente do Acre - IMAC, a controle e monitoramento do ZEE, na edição de políticas
Fundação de Tecnologia do Acre – FUNTAC, e o Instituto públicas de investimentos para o desenvolvimento
de Terras do Acre – ITERACRE, como órgãos auxiliares sustentável do Estado do Acre, cujos índices de aferição
do monitoramento e avaliação; e serão estabelecidos pelo regulamento desta lei.
V – os demais órgãos e entidades do Poder Executivo com Art. 36. Fica criado o Programa Estadual de Fomento
competência, direta ou indireta, ligadas ao ordenamento Florestal e Recuperação de Áreas Alteradas ou
territorial e urbano, como órgãos setoriais. Degradadas, com o objetivo de fomentar a adequação
§ 2° O Sistema apoiará o planejamento e a reorientação do uso atual das áreas já desmatadas aos indicativos do
das decisões e ações do poder público, do setor privado mapa de gestão territorial do Estado do Acre, no que se
e da sociedade em geral, visando a implementação refere ao desenvolvimento de sistemas sustentáveis de
do desenvolvimento sustentável, mediante ações produção florestal, agrícola e pecuária e a recuperação
voltadas para: de áreas em Unidades de Conservação e de Áreas de
I – articular e compatibilizar as diversas políticas Preservação Permanente – APP.
setoriais e o ordenamento territorial; Parágrafo único. Programa Estadual de Fomento Florestal
II – assegurar a compatibilidade entre os instrumentos e Recuperação de Áreas Alteradas ou Degradadas será
de planejamento governamental como Plano Plurianual, estabelecido por ato do Poder Executivo com indicação
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
das áreas prioritárias para sua implementação. Secretaria de Estado de Meio ambiente e Recursos
Art. 37. São diretrizes gerais para a instituição do Naturais .
programa de que trata o art. 36 desta lei, entre outras a Art. 42. Fica estabelecido o prazo de cento e oitenta
serem estabelecidas pela regulamentação desta lei: dias para o Poder Executivo regulamentar a presente lei
I-mapear e monitorar as áreas degradadas por regional e instituir os programas criados pelos arts. 36 e 38.
e município; Art. 43. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
II – aderir previamente ao Programa Estadual de
Ordinárias
Rio Branco-Acre, 5 de junho de 2007, 119º da República,
Licenciamento Ambiental e Regularização do Passivo 105º do Tratado de Petrópolis e 46º do Estado do
Leis
Ambiental; Acre.
III – assegurar o acesso dos produtores às tecnologias
necessárias para atingir os objetivos do programa, por Arnóbio Marques de Almeida Júnior
meio de políticas públicas de incentivo, particularmente, Governador do Estado do Acre
de assistência técnica, extensão agroflorestal, linhas de
crédito adequadas e mecanismos de acesso a insumos
e equipamentos agrícolas;
LEI N° 1.963, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2007
IV – fomentar o reflorestamento com fins econômicos,
energéticos, sociais e ambientais; e
“Dispõe sobre a Defesa Sanitária Vegetal no
V – incentivar a inclusão de áreas alteradas e degradadas
Estado do Acre.”
ao processo produtivo.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE: FAÇO SABER
Art. 38. Fica criado o Programa de Licenciamento da que a Assembléia Legislativa do Estado do Acre decreta
Propriedade e Posse Rural e Regularização do Passivo e eu sanciono a seguinte Lei:
Ambiental do Estado do Acre, que será estabelecido
Art. 1º Ficam disciplinadas por esta lei as medidas de
por ato do Poder Executivo, com indicação das áreas
defesa sanitária vegetal, tendo em vista a integridade do
prioritárias para sua implementação.
patrimônio vegetal estadual e a preservação da saúde
Art. 39. São diretrizes gerais para instituição do pública e do meio ambiente.
Programa de que trata o art. 38 desta lei, entre Art. 2º A defesa sanitária vegetal integra as ações
outras: técnico-administrativas de iniciativa do poder pú-
I – promover o cadastro georreferenciado das blico e da sociedade, mediante adoção de práticas
propriedades ou posses rurais; conservacionistas integradas de proteção vegetal
II – promover a regularização do passivo ambiental das de interesse econômico, sendo um estímulo funda-
propriedades ou posses rurais; mental para os programas estaduais e regionais de
III – recuperar as áreas de preservação permanente desenvolvimento, reunindo elementos econômicos, de
das propriedades ou posses rurais; intercâmbio comercial e de proteção à saúde humana.
IV - implementar políticas de incentivos ao manejo e
Art. 3º As ações de defesa sanitária vegetal serão
manutenção dos recursos florestais remanescentes e
executadas tanto pelo poder público como por qualquer
que evitem a conversão para sistemas agropecuários; e
pessoa física ou jurídica de direito público ou privado.
V – a inserção das propriedades ou posses rurais no
Parágrafo Único – A responsabilidade pela normatização
Sistema de Financiamento Ambiental da Propriedade
dos serviços de defesa sanitária vegetal é de competência
Rural - SLAPR.
do Poder Executivo, através do Instituto de Defesa
Art. 40. A compensação ambiental para regularização Agropecuária e Florestal do Estado do Acre – IDAF/AC,
do passivo das propriedades ou posses rurais dar-se-á que exercerá ainda as funções de fiscalização, apoio,
mediante adoção das seguintes alternativas, isolada ou incentivo e planejamento.
cumulativamente, entre outras:
Art. 4º Para efeitos desta lei, considera-se:
I - reduzir para até cinqüenta por cento os percentuais
I - vegetal: planta viva e suas partes, incluindo
de Reserva Legal - RL, para fins de compensação
sementes;
ambiental, nas propriedades incluídas na Zona 1, de
II - produto vegetal: material não manufaturado de
acordo com o disposto no art. 7º desta lei;
origem vegetal e aqueles produtos manufaturados que,
II – compensar a RL de assentamentos mediante criação
por sua natureza ou a de seu processamento, possam
ou regularização fundiária de unidade de conservação
criar um risco de dispersão de pragas;
de domínio público;
III - planta invasora: vegetal que se desenvolve onde
III – viabilizar a manutenção e apoio à regeneração
não é desejado;
natural de florestas em áreas com vegetação secundária
IV - praga: qualquer espécie, raça ou biótipo de
e de interesse ambiental, denominadas de capoeiras;
vegetais, animais ou agentes patogênicos, nocivos para
IV – permitir a recuperação ambiental com espécies
que os vegetais ou produtos vegetais;
nativas em cronograma de longo prazo, estabelecendo
V - praga quarentenária A1: uma praga de importância
um mínimo de dez por cento a cada três anos;
econômica potencial para o país e que não está presente
V – permitir a recuperação ambiental utilizando espécies
nele;
exóticas como pioneiras;
VI - praga quarentenária A2: uma praga de importância
VI – possibilitar a compensação entre particulares por
econômica potencial para o país, que tem distribuição
meio da Servidão Florestal, RPPN ou RL excedente;
livre e é oficialmente controlada;
VII – possibilitar a compensação de RL mediante
VII - praga de qualidade: praga de importância
aquisição de cotas de reserva florestal em áreas dentro
economicamente significativa e verificável, que afeta
da mesma bacia hidrográfica ou em áreas com unidades
o uso proposto dos vegetais ou produtos vegetais e
de paisagem de valor ecológico semelhante;
encontra-se amplamente distribuída no país;
VIII - compensar a reserva legal por outra área
VIII - controle de uma praga: contenção, supervisão ou
equivalente em importância ecológica e extensão, desde
erradicação de uma praga;
que pertença ao mesmo ecossistema e esteja localizada
IX - controle oficial: toda medida fitossanitária
na mesma bacia ou micro bacia hidrográfica; e
efetivamente executada ou fiscalizada pelo IDAF/AC;
IX – compensar a RL de propriedades privadas
X - medida fitossanitária: procedimento adotado
mediante a doação de áreas florestais para o poder
oficialmente para prevenção e controle de pragas de
público estadual, para fins de criação de unidades de
vegetais e produtos vegetais;
conservação estadual.
XI - uso proposto: destino final do vegetal, ou suas
Art. 41. As despesas decorrentes da implementação
desta lei serão atendidas pelo orçamento próprio da
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
partes, que pode ser a propagação, a transformação, a Art. 9º O IDAF/AC é responsável pela coordenação de
industrialização ou o consumo; campanhas e programas de prevenção e erradicação de
XII - inspeção: exame visual oficial de vegetais, produtos pragas vegetais no Estado do Acre.
vegetais e objetos de normalização, para determinar se Art. 10. Para evitar a introdução e a propagação
existem pragas presentes e o cumprimento normas de pragas quarentenárias A1 no território acreano,
fitossanitárias; fica instituída a obrigatoriedade de certificado fitos
XIII - hospedeiro: qualquer espécie vegetal que pode ser sanitário para o trânsito interestadual de vegetais e
infestado ou infectado por uma praga específica; produtos vegetais hospedeiros, por via terrestre, aérea
XIV - quarentena: confinamento oficial de vegetais ou fluvial, a ser apresentado nos postos de vigilância
ou produtos vegetais sujeitos as regulamentações sanitária instalados.
fitossanitárias, para observação e investigação ou para
Art. 11. O trânsito intraestadual de vegetais e
futura inspeção, prova ou tratamento;
produtos vegetais hospedeiros de pragas quarentenárias
XV - área livre de praga: uma área na qual uma praga
A2, com destino a locais oficialmente livres de tais
específica não ocorre como demonstra a evidência
pragas, somente será permitido quando acompanhado
científica e na qual, quando corresponde, esta condição
de documentos fitossanitários exigidos pelo IDAF/AC.
é oficialmente mantida;
XVI - área de baixa prevalência: uma área dentro da Art. 12. Serão exigidos documentos fitossanitários
qual a presença de uma praga está abaixo dos níveis de para o trânsito de vegetais e produtos vegetais
dano econômico e está submetida à vigilância efetiva hospedeiros de praga de qualidade, quando assim,
ou medidas de controle; e estabeler os programas de controle.
XVII - tratamento: procedimento oficialmente autorizado Art. 13. As infrações a esta lei e à sua regulamentação
para exterminar ou remover as pragas; são passíveis das seguintes penalidades:
Art. 5º Compete ao IDAF/AC, no âmbito da defesa I - advertência;
sanitária vegetal: II - multa;
I - orientar, controlar e executar as atividades de III - suspensão de comercialização de vegetais e
vigilância fitossanitária; produtos vegetais;
II - elaborar e manter o Sistema de Informação IV - suspensão de cadastro de propriedades produtoras
Fitossanitária; dos estabelecimentos de comércio de vegetais e
III - apreender e destruir material vegetal em trânsito produtos vegetais;
contaminado por praga ou fora do padrão; V - cancelamento de cadastro de propriedades
IV - controlar o trânsito de vegetal e de material produtoras dos estabelecimentos de comércio de
biológico e de multiplicação; vegetais e produtos vegetais;
V - aplicar sanções por descumprimento de norma de VI - apreensão de vegetais e produtos vegetais;
defesa sanitária vegetal; VII - destruição de vegetais e produtos vegetais;
VI - interditar área pública ou privada para controle VIII - Interdição de propriedades para saída de vegetais
fitossanitário; e produtos vegetais, hospedeiros de pragas de qualidade
VII - listar e divulgar a relação das pragas de e pragas quarentenárias A2; e
qualidade, das pragas quarentenárias A1 e das pragas IX - Destruição de restos culturais;
quarentenárias A2, informando seus respectivos §1° Responde por infração constante deste artigo quem,
hospedeiros; por ação ou omissão, concorrer para sua prática ou
VIII - estabelecer programas para o controle das pragas dela se beneficiar.
de qualidade e das pragas quarentenárias A2; §2º As sanções constantes dos incisos III ao IX poderão
IX - decretar Área Livre de Praga e Área de Baixa ser aplicadas cumulativamente com a do inciso II.
Prevalência; e §3º Na gradação da sanção de multa, cujo valor variará
X - coibir o uso indiscriminado dos agratóxicos e afins. de R$ 50 (cinquenta reais) a R$ 50.000,00 (cinquenta
Parágrafo único. Na execução das atividades relativas mil reais), nos termos de regulamento expedido pelo
a prevenção e controle de pragas previstas nesta lei chefe do Poder Executivo, serão considerados os
o IDAF/AC contará com apoio dos demais órgãos e danos resultados para a defesa sanitária vegetal, para
entidades da administração estadual. a população, para a economia e para o ambiente e a
vantagem auferida pelo infrator, sua condição econômica
Art. 6° Toda pessoa tem o dever de denunciar à e os antecedentes.
autoridade fitossanitária local as ocorrências de casos
§4º No caso de reincidência, a multa será aplicada
suspeitos, presumíveis ou comprovados de:
em dobro.
I - pragas que impliquem na necessidade de quarentena
§5º No caso de infração continuada, caracterizada
ou destruição do vegetal; e
pela permanência da ação ou omissão inicialmente
II - pragas existentes no Estado do Acre e discriminadas
punida, será a multa aplicada diariamente até cessar
em relação divulgada pelo IDAF/AC, a ser atualizada
sua causa.
periodicamente.
§6º Ato regulamentador definirá os procedimentos de
Art. 7º Compete à autoridade fitossanitária: fiscalização, forma de atuação, bem como a concessão
I - apreender e destruir material vegetal infectado, em de prazo para a defesa e recursos, quando da aplicação
desacordo com as normas defesa sanitária vegetal ou de penalidade, de modo a não prejudicar a eficiência dos
desacompanhado da documentação fotossanitá; procedimentos que, pela natureza do fato, exijam ação
II - interditar área pública ou privada onde seja ou omissão imediata por parte do infrator.
encontrado foco de infecção vegetal; e
Art. 14. Os servidores do IDAF/AC terão livre acesso,
III - requisitar o auxílio da autoridade policial para
quando no exercício de suas atribuições, a todos os
realização das atividades inerentes à ação fiscalizatória
locais em que ações, medidas, normas e serviços de que
Art. 8º Fica criado o Cadastro de Propriedades trata esta lei devam ser observados ou executados.
Produtoras de Vegetais e Produtos Vegetais e de
Art. 15. O IDAF/AC poderá delegar competência a
Estabelecimento de Comércio de Vegetais Destinados
terceiros para execução da presente lei, permanecendo
a Propagação.
a seu cargo a titularidade, coordenação e fiscalização
Parágrafo Único - Os proprietários arrendatários
dos serviços de defesa sanitária vegetal.
ou ocupantes a qualquer título das propriedades e
estabelecimentos referidos no caput, ficam obrigados Art. 16. Os recursos provenientes da arrecadação
a requerer o cadastro no IDAF/AC. de taxas constante do Anexo único desta lei, multas e
outros serviços deverão ser integralmente revertidos em
90
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Ordinárias
Rio Branco-Acre, 4 de dezembro de 2007, 119º da
República, 105º do Tratado de Petrópolis e 46º do disponibilidades orçamentária e financeira.
Leis
Estado do Acre. Art. 5º Fica o Poder Executivo autorizado a abrir
crédito Adicional Especial no valor de R$ 200.000,00
Arnóbio Marques de Almeida Júnior (duzentos mil reais) conforme classificação abaixo:
Governador do Estado do Acre 753.000.00.000.0000.0000.0000 - Secretaria de Estado
de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar;
753.004.00.000.0000.0000.0000 – Departamento de
LEI Nº 2.024, DE 20 DE OUTUBRO DE 2008. Produção Familiar;
753.004.20.000.0000.0000.0000 – Agricultura;
“Cria o Programa Estadual de Incentivo à Produção 753.004.20.601.0000.0000.0000 – Promoção da
Florestal e Agroflorestal Familiar.” Produção Vegetal;
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE 753.004.20.601.2108.0000.0000 – Agricultura
FAÇO SABER que a Assembléia Legislativa do Estado do Familiar;
Acre decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 753.004.20.601.2108.1423.0000 – Manutenção do
Art. 1º Fica criado, no âmbito do Estado do Acre, Programa Estadual de Incentivo à Produção Florestal e
o Programa de Incentivo à Produção Florestal e Agroflorestal Familiar;
Agroflorestal Familiar. 3.0.00.00.00 – Despesas Correntes;
3.3.00.00.00 – Outras Despesas Correntes;
Art. 2º São objetivos do Programa Estadual de
3.0.90.00.00 – Aplicações Diretas;
Incentivo à Produção Florestal e Agroflorestal Familiar:
3.0.90.45.00 – Equalizações de Preços e Taxas – RP
I – fortalecer a produção florestal e agroflorestal familiar
(100) ...........................................200.000,00
no Estado do Acre;
II – incentivar a produção florestal e agroflorestal familiar, Art. 6º Os recursos necessários à execução do
propiciando condições de preço e comercialização dos Credito Adicional Especial provirão de anulação de
produtos; dotação orçamentária do próprio orçamento, nos
III – reduzir o processo de emigração de agricultores termos dispostos no inciso III do § 1º do art. 43 da Lei
para os centros urbanos; Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, conforme
IV – estimular a utilização da produção florestal e apresentado a seguir:
agroflorestal familiar na composição da merenda 713 – Secretaria de Estado de Planejamento;
escolar; e 713009 – Reserva de Contingência;
V – priorizar a utilização de produtos provenientes da 713009.99.999.9999.9999.0000 – Reserva de
produção florestal e agroflorestal familiar no cardápio Contingência
das instituições mantidas pelo Estado do Acre. 9.9.99.99.99 - Reserva de Contingência;
9.9.99.99.99 - Reserva de Contingência;
Art. 3º A gestão do Programa Estadual de Incentivo à
9.9.99.99.99 - Reserva de Contingência;
Produção Florestal e Agroflorestal Familiar será realizada
9.9.99.99.99 - Reserva de Contingência – RP (100)
por um Conselho Gestor, formado por representantes
....................................................200.000,00
dos seguintes órgãos:
I – Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Art. 7º Esta lei será regulamentada por decreto
Produção Familiar – SEAPROF; governamental, no prazo de sessenta dias, contados a
II – Secretaria de Estado de Floresta – SEF; partir da sua publicação.
III – Secretaria de Estado de Agropecuária – SEAP; Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua
IV - Instituto de Defesa Agropecuária Florestal – IDAF; publicação.
V – Secretaria de Estado da Fazenda – SEFAZ;
VI – Secretaria de Estado de Assistência Social – SAS; Rio Branco – Acre, 20 de outubro de 2008, 120º da
VII – Secretaria de Estado de Educação – SEE; e República, 106º do Tratado de Petrópolis e 47º do
VIII – Secretaria de Estado da Saúde – SESACRE. Estado do Acre.
§ 1º A nomeação dos membros e dos respectivos
suplentes do Conselho Gestor do Programa Estadual Arnóbio Marques de Almeida Júnior
de Incentivo à Produção Florestal e Agroflorestal Governador do Estado do Acre
Familiar será realizada por decreto, cabendo a
presidência ao representante da Secretaria de Estado de
Extensão Agroflorestal e Produção Familiar – SEAPROF. LEI Nº 2.025, DE 20 DE OUTUBRO DE 2008.
§ 2º A participação no Conselho não ensejará
remuneração e será considerada serviço público relevante. “Cria o Programa Estadual de Certificação de
§ 3º Compete ao Conselho, no prazo de trinta dias Unidades Produtivas Familiares do Estado do
da sua nomeação a elaboração de seu Regimento Acre.”
Interno. O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE
Art. 4º Fica autorizada a aquisição de produtos FAÇO SABER que a Assembléia Legislativa do Estado do
florestais, agroflorestais e agropecuários produzidos por Acre decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
agricultores familiares que se enquadrem no Programa Art. 1º Fica criado, no âmbito do Estado do Acre,
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar o Programa Estadual de Certificação de Unidades
– PRONAF, ficando dispensada a licitação para essa Produtivas Familiares do Estado do Acre, com o objetivo
aquisição, desde que os preços não sejam superiores de estabelecer um processo voluntário de certificação
aos praticados no mercado regional. socioambiental de unidades produtivas rurais familiares,
§ 1º A aquisição de que trata o caput se destinará à oportunizando sua inclusão social e econômica, bem
manutenção e comercialização de estoque no mercado como a garantia do uso sustentável dos recursos
local e à utilização nos hospitais públicos, presídios, naturais e a gestão adequada do território.
escolas públicas e instituições de amparo social na forma
91
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Art. 2º São também objetivos do Programa Estadual Art. 9º A composição da unidade executora, bem como
de Certificação de Unidades Produtivas Familiares do sua estrutura física e organizacional será definida pela
Estado do Acre: Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA.
I – a mitigação e adaptação às mudanças climáticas Art. 10 A SEMA expedirá ato normativo estabelecendo
e a conseqüente redução de emissões de gases o regulamento do programa, seus critérios e
poluentes; procedimentos, de maneira a permitir integral
II – o uso sustentável e adequado dos recursos naturais cumprimento desta lei.
e a conservação da sociobiodiversidade; Art. 11 Esta lei será regulamentada por decreto
III – a conservação das águas e recursos hídricos; e governamental, no prazo de sessenta dias, contados a
IV – a geração de renda por meio de produção partir da sua publicação.
sustentável. Art. 12 Esta lei entra em vigor na data de sua
Parágrafo único. O Zoneamento Ecológico-Econômico publicação.
do Estado do Acre é o instrumento norteador do
programa, levando em consideração a valorização do Rio Branco – Acre, 20 de outubro de 2008, 120º da
ativo ambiental florestal e a consolidação das áreas já República, 106º do Tratado de Petrópolis e 47º do
Estado do Acre.
desmatadas.
Art. 3º Os produtores rurais familiares que aderirem Arnóbio Marques de Almeida Júnior
voluntariamente ao Programa de Certificação de Governador do Estado do Acre
Unidades Produtivas do Estado do Acre estarão aptos
a receber os seguintes benefícios:
I – bônus: recurso financeiro como pagamento anual
por serviços ambientais e incentivo para a adoção DECRETOS
de práticas produtivas sustentáveis, cujo valor será
estabelecido no regulamento do programa;
II – serviços de governo: serviços e programas de DECRETO Nº. 503, DE 06 DE ABRIL DE 1999
governo voltados à produção sustentável;
III – acesso a recursos financeiros inserção de linhas de “Institui o Programa Estadual de Zoneamento
financiamento, crédito e fomento oficiais,e Ecológico-Econômico do Estado do Acre, e dá
IV – outros benefícios previstos no regulamento do outras providências”.
programa. O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE, no uso de suas
Art. 4º Poderão ser utilizados recursos do Fundo atribuições legais:
Estadual de Florestas para pagamento do bônus CONSIDERANDO ser necessário o ordenamento do
estabelecido no inciso I do art. 3º desta Lei. processo de ocupação sócio-econômica do Território
Art. 5º O Programa de Certificação das Unidades Estadual;
Produtivas do Estado do Acre é estruturado em quatro CONSIDERANDO que os instrumentos de plane-jamento
fases: e gestão do desenvolvimento devem incorporar as
I – termo de adesão ao programa, com duração de políticas nacionais, estaduais, municipais, os interesses
doze meses; e expectativas da comunidade local;
II – certificação básica, com duração de vinte e quatro CONSIDERANDO que a elaboração de tais instrumentos
meses; deve ser conduzida como um amplo movimento social
III – certificação intermediária, com duração de vinte pelo Desenvolvimento Sustentável do Estado;
e quatro meses, e CONSIDERANDO que o Zoneamento Ecológico-
IV – certificação plena, com duração de quarenta e Econômico constitui-se no instrumento básico e
oito meses. referencial para o planejamento e gestão do processo
de desenvolvimento desejado;
Art. 6º Uma vez ingressada no programa por
CONSIDERANDO que é prioridade do Governo do Estado
meio da assinatura do termo de adesão, a unidade
o Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre;
produtiva passará por um processo de classificação
CONSIDERANDO a necessidade de adequar a estrutura
para identificação do seu nível de sustentabilidade e
organizacional (Político-Administrativo e Técnico) da
enquadramento em uma das fases previstas no art. 5º.
Art. 7º Fica criada a Rede Estadual de Assistência gestão do Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-
Técnica e Extensão Agroflorestal, composta por Econômico.
instituições públicas e privadas credenciadas pela Art. 1º - Fica instituído o Programa Estadual
unidade executora do programa. de Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre,
Art. 8º Fica criada a unidade executora do Programa diretamente vinculado ao Gabinete do Governador, sob
de Certificação da Unidades Produtivas do Estado do a coordenação da Secretaria de Estado de Planejamento
Acre, que será responsável por: e Coordenação - SEPLAN/AC e tendo como Executora a
I – fazer o planejamento estratégico da execução do Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e do Meio
programa; Ambiente - SECTMA.
II – elaborar minuta de criação e de alterações do Art. 2º - Os trabalhos do Zoneamento Ecológico-
regulamento do programa; Econômico deverão ser conduzidos de acordo com os
III – assegurar a participação das secretarias e órgãos seguintes princípios:
do Estado na execução do programa; I - Participativo: Os atores sociais devem intervir
IV – realizar o monitoramento e avaliação do durante todas as fases dos trabalhos, desde a concepção
programa; até a gestão, com vistas à construção de seus interesses
V – auxiliar as atividades do Conselho Gestor da Política próprios e coletivos, para que o Zoneamento Ecológico-
de Valorização do Ativo Ambiental Florestal; Econômico seja autêntico, legítimo e realizável;
VI – auxiliar o Conselho Florestal Estadual quanto aos II - Eqüitativo: Igualdade de oportunidade do
registros contábeis e financeiros dos recursos do Fundo
desenvolvimento para todos os grupos sociais e setores
Estadual de Florestas e providenciar as auditorias do
de territórios;
programa;
III - Sustentável: O uso de recursos naturais e do meio
VII – credenciar instituições para ingresso na Rede
ambiente deve ser equilibrado, buscando a satisfação
Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural, e
das necessidades presentes sem comprometer os
VIII – outras atribuições de caráter executivo do
programa. recursos pra gerações futuras;
IV - Holístico: Abordagem interdisciplinar que vise
92
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Decretos
correlatas ao Programa; Parágrafo Segundo - A inclusão de alguma nova
III - Propor e estabelecer mecanismos de permanente instituição ou de instituição excluída, como no caso do
participação dos diversos atores envolvidos direta parágrafo anterior, dar-se-á através da aprovação da
e indiretamente nas diversas fases do Zoneamento maioria absoluta dos membros da Comissão.
Ecológico-Econômico; Parágrafo Terceiro - A Comissão Estadual de
IV - Promover a integração entre os diversos atores Zoneamento Ecológico-Econômico reunir-se-á com
com vistas à compatibilização dos interesses de cada caráter deliberativo, convocada pela Presidência ou
segmento e os interesses da coletividade; um terço dos membros, com a presença obrigatória de
V - Deliberar acerca de metodologia e escala apropriada cinqüenta por cento mais um dos representantes das
de estudos e levantamentos temáticos; instituições devidamente nomeados e as decisões dar-
VI - Definir do conteúdo do Projeto de Lei Estadual se-ão por maioria simples dos presentes.
de Zoneamento Ecológico-Econômico e submeter Parágrafo Quarto - A Comissão Estadual de Zoneamento
à aprovação do Governador do Estado, para ser Ecológico-Econômico poderá contar com o apoio de
encaminhada à Assembléia Legislativa. CÂMARAS TEMÁTICAS, tantas quantas se fizerem
Art. 4º - A Comissão Estadual de Zoneamento necessárias, podendo, para as suas composições,
Ecológico-Econômico é a instância máxima de serem convidadas outras instituições não membros
deliberação e definição das diretrizes do Zoneamento da Comissão Estadual de Zoneamento Ecológico-
e será constituída por representantes das seguintes Econômico, de acordo com o tema a ser discutido.
entidades governamentais e não-governamentais: Art. 8º - São atribuições da SECTMA, como executora
I - Câmara Pública Estadual representada pela Secretaria do Programa Estadual de Zoneamento Ecológico-
de Estado de Planejamento e Coordenação, Secretaria Econômico:
de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, I - Secretariar e subsidiar a Comissão Estadual do
Secretaria de Estado de Produção, Secretaria de Estado Zoneamento Ecológico-Econômico;
de Cidadania, Trabalho e Assistência Social, Secretaria II - Promover a articulação entre os diversos atores
de Estado Infra-estrutura, Secretaria de Estado de envolvidos;
Educação e Secretaria de Estado de Sáude; III - Coordenar, acompanhar e avaliar a execução dos
II - Câmara de Trabalhadores representada pela Central trabalhos temáticos para obtenção do Zoneamento
Única dos Trabalhadores-CUT, Conselho Nacional dos Ecológico-Econômico do Acre;
Seringueiros - CNS, Federação dos Trabalhadores na IV - Identificar e promover as parcerias institucionais
Agricultura do Estado do Acre - FETACRE; para obtenção dos produtos necessários à consolidação
III - Câmara Empresarial representada pela Federação do Zoneamento Ecológico-Econômico;
das Indústrias do Estado do Acre - FIEAC, Federação V - Sistematizar os produtos gerados pelos órgãos
do Comércio do Estado do Acre - FECEA, Federação da executores objetivando a consolidação do Zoneamento
Agricultura do Acre - FAEAC, Serviço de apoio às Micros Ecológico-Econômico;
e Pequenas Empresas do Acre - SEBRAE-AC, Serviço VI - Estabelecer e preparar os termos de referência para
Nacional de Aprendizagem Comercial-SENAC, Serviço obtenção dos produtos imprescindíveis à consolidação
Nacional de Aprendizagem Industrial-SENAI, e Serviço do Zoneamento Ecológico-Econômico;
de Aprendizagem Rural - SENAR; VII - Compatibilizar os trabalhos do Zoneamento
IV - Câmara da Sociedade Civil representada por 3 (três) Ecológico-Econômico Estadual, com os desenvolvidos
entidades indicadas pelo Grupo de Trabalho Amazônico pelo Governo Federal, junto à Comissão Coordenadora do
- GTA - Regional Acre; Zoneamento Ecológico-Econômico do Território Nacional
V - Câmara Indígena representada pela União das e com a Coordenação Nacionais do Subprograma de
Nações Indígenas - UNI, Organização das Populações Políticas de Recursos Naturais - SPRN, do Programa
Indígenas do Rio Envira - OPIRE. Populações Indígenas piloto para proteção das Florestas Tropicais Brasileiras-
do Vale do Juruá; PPG7 do Ministério do Meio Ambiente e demais Órgãos
VI - Câmara Pública Federal representada pela Federais afins;
Superintendência Estadual da Fundação Nacional VIII - Manter informados todos os setores envolvidos no
Indígena - FUNAI, Instituto Nacional de Colonização e Zoneamento Ecológico-Econômico Estadual;
Reforma Agrária - INCRA, Superintendência Estadual do
Art. 9º - Para apoiar tecnicamente a SECTMA na
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente-IBAMA;
execução e realização dos trabalhos, deverá ser
VII - Câmara de representantes de outras esferas
estabelecido um Grupo Técnico de Sistematização,
governamentais representada por um prefeito de
a ser nomeado por Portaria Intersecretarias do
cada Regional de Desenvolvimento e Assembléia
Secretário de Estado de Planejamento e Coordenação
Legislativa;
e Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e Meio
VIII - Câmara de pesquisa representada pela
Ambiente, com a atribuição de avaliar, compatibilizar
Universidade Federal do Acre - UFAC, Empresa Brasileira
e padronizar os produtos técnicos elaborados pelos
de Pesquisa Agropecuária/Centro de Pesquisa Agro
93
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
94
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
e ovinos e demais espécies devidamente aprovadas para Parágrafo único - Quando a interrupção do funcionamento
o abate; fábricas de conservas, fábricas de embutidos, ultrapassar 12 (doze) meses, será cancelado o
charqueadas, fábricas de produtos gordurosos, entrepostos respectivo registro.
de carnes e derivados e fábricas de produtos de origem Art. 9º Quando ocorrer mudança de proprietário e/
animal não-comestíveis; ou administrador em estabelecimentos registrados, os
II - Usinas de processamento de leite, fábricas de laticínios, novos responsáveis deverão de imediato, proceder às
entrepostos-usinas, entrepostos de laticínios, postos de devidas transferências no âmbito do DDIS.
refrigeração e postos de coagulação;
TÍTULO III
III - Entreposto de pescado e fábricas de conservas
de pescado; FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS
IV – Entreposto de ovos e fábricas de conservas de ovos;
V - Apiários; Art.10. Para aprovação dos estabelecimentos de
VI - Matadouros de abastecimento regionalizado e produtos de origem animal devem ser satisfeitas às
estâncias leiteiras; e seguintes condições básicas e comuns:
VII - Miniagroindústrias. I - dispor de luz natural e artificial, e de ventilação
suficiente, em todas às dependências, respeitadas as
Art. 5º O registro será requerido à Secretaria
peculiaridades de ordem tecnológica cabíveis;
Executiva de Agricultura e Pecuária - SEAP, instruindo-se
II-possuir pisos convenientemente impermea-bilizados
o processo com os seguintes documentos:
Decretos
e paredes azulejadas ou outro material adequado de cor
I - requerimento dirigido ao Secretário Executivo de
clara, com dois metros de altura no mínimo, e revestidas
Agricultura e Pecuária, solicitando o registro e a inspeção
total ou parcialmente quando necessário com azulejos
pelo Departamento de Defesa e Inspeção Sanitária;
brancos vidrados e, em casos especiais a juízo do DDIS,
II - licença prévia concedida pela Secretaria Estadual
de maneira a facilitar a limpeza e higienização;
de Ciência Tecnologia e Meio Ambiente – SECTIMA e
III - possuir, nas dependências de elaboração de
liberação concedida pelo Serviço de Água e Esgoto;
produtos comestíveis, forro de material resistente à
III - crocri da indústria ou planta baixa com cortes e
umidade e aos vapores, construído de modo a evitar
fachadas da construção de acordo com a capacidade
o acúmulo de sujeira e contaminação, de fácil limpeza
instalada da indústria, a juízo do Departamento de
e higienização, podendo o mesmo ser dispensado nos
Defesa e Inspeção Sanitária - DDIS;
casos em que a cobertura proporcionar perfeita vedação
IV - relação discriminada do maquinário e fluxograma
à entrada de poeira, insetos, pássaros e assegurar uma
de produção;
perfeita higienização;
V - registro na Junta Comercial do Estado do Acre
IV - dispor de dependências e instalações mínimas,
(fotocópias da constituição e demais atos de alterações),
respeitadas às finalidades a que se destina, para
quando for o caso;
recebimento, industrialização, embalagem, depósito e
VI - documento que comprove a posse ou permissão
expedição de produtos comestíveis, sempre separados,
de uso do terreno;
por meio de paredes totais, das destinadas ao preparo
VII - registro no Cadastro Geral de Contribuintes ou no
de produtos não-comestíveis;
C.P.F. (fotocópia), conforme o caso;
V - dispor de mesas com revestimento aço inoxidáveis,
VIII - inscrição na Secretaria de Estado da Fazenda do
polipropileno, ardósia e fibra de vidro para os trabalhos
Acre (fotocópia);
de manipulação e preparo de matérias-primas e
IX - alvará de funcionamento liberado pela Secretaria
produtos comestíveis, construídas de forma a permitir
Estadual de Saúde e Saneamento;
fácil e perfeita higienização;
X - exame de qualidade da água de serviço;
VI - dispor quando necessário, de dependências para
XI - contrato de responsabilidade técnica; e
administração, oficinas e depósitos diversos separados,
XII - licença da Prefeitura, para construção do
preferentemente, do corpo industrial;
estabelecimento, quando em área urbana.
VII - dispor de tanques, caixas, bandejas e quaisquer
§ 1º Nos estabelecimentos de produtos de origem
outros recipientes de material impermeável, de
animal destinados à alimentação humana é considerado
superfície lisa e de fácil lavagem e higienização;
básico, para efeito de registro, a apresentação prévia
VIII - dispor de rede de abastecimento de água
de boletim oficial de exame de água de consumo do
para atender, suficientemente às necessidades do
estabelecimento, que deve se enquadrar nos padrões
trabalho;
microbiológicos e físico-químicos.
IX - dispor de água fria abundante e, quando necessário
§ 2º A contratação referida no inciso XI se dará mediante
de instalações de vapor e água quente, em todas as
a celebração de contrato padrão entre a agroindústria e
dependências de manipulação e preparo, não só de
o órgão de assistência técnica oficialmente reconhecido,
produtos, como de subprodutos não-comestíveis;
ou médico veterinário credenciado no órgão oficial de
X - dispor de rede de esgotos em todas às dependências,
inspeção.
com dispositivo adequado, que evite refluxo de odores e
§ 3º Ao Responsável Técnico, contratado nos termos
a entrada de roedores e outros animais, ligada a tubos
previstos no § 2º deste artigo, compete à execução do
coletores, e estes ao sistema geral de escoamento,
programa de defesa sanitária animal e o controle de
dotado de canalização e de instalações para a retenção
qualidade nas fases de manipulação do produto.
de gorduras, resíduos e corpos flutuantes, bem como de
Art. 6º As firmas construtoras não darão início à dispositivo para depuração artificial, e sistema adequado
construção de estabelecimentos sujeitos à Inspeção de tratamento de resíduos e efluentes compatível com
Estadual, sem que os projetos tenham sido aprovados a solução escolhida para a destinação final;
pelo DDIS e com a licença de instalação concedida XI - dispor conforme legislação específica, de vestiários
pela SECTIMA. e instalações sanitárias adequadas, em dimensões e
Art. 7º Qualquer ampliação, remodelação ou número proporcional ao pessoal, com acesso indireto
construção nos estabelecimentos registrados, tanto de às dependências industriais, quando localizadas em
suas dependências quanto instalações, só poderão ser seu corpo;
feitas após aprovação prévia dos projetos pelo DDIS XII - possuir instalações de frio em número e área
e SECTIMA. suficientes, segundo a capacidade e a finalidade do
Art. 8º O estabelecimento que interromper seu estabelecimento;
funcionamento, só poderá reiniciar suas atividades XIII - dispor de equipamentos necessários e adequados
mediante inspeção prévia de todas às suas dependências, aos trabalhos, obedecidos os princípios da técnica
instalações e equipamentos.
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
industrial, facilidade de higienização, e inocuidade à § 1º Nos suínos, para efeito de reinspeção, desde que
saúde humana, inclusive para aproveitamento e preparo venham acompanhados dos respectivos certificados
de subprodutos não-comestíveis; de inspeção, as suas carcaças podem ou não incluir o
XIV - dispor, quando necessário, de equipamento couro, cabeça e os pés.
gerador de vapor com capacidade às necessidades do § 2º A “carcaça” dividida ao longo da coluna vertebral
estabelecimento, instalado em dependência externa; e dá as “meias carcaças” que, subdivididas por um corte
XV - dispor de depósitos adequados para ingredientes, entre duas costelas, dão os “quartos” anteriores ou
embalagens, continentes, materiais ou produtos de dianteiros e posteriores ou traseiros.
limpeza. Art. 14. A simples designação “produto”, “subproduto”,
“mercadoria” ou “gêneros”, significa para efeito do
CAPÍTULO I presente Regulamento, que se trata de “produto de
ESTABELECIMENTOS DE CARNES E DERIVADOS origem animal ou suas matérias-primas”.
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
animais, protegidos dos ventos dominantes e da instalação de frio em número e área suficientes, para a
incidência direta dos raios solares; capacidade e finalidade do estabelecimento.
b) dispor de mecanismos que permita realizar as § 2º Quando destinado ao resfriamento de leite,
operações de sangria, esfola, evisceração e preparo de seleção, pré-resfriamento e remessa em carros-tanques
carcaça (toalete) com as aves ou coelhos suspensos isotérmicos para beneficiamento complementar ou
pêlos pés e/ou cabeças; industrialização em outros estabelecimentos, deverá
c) dispor de dependência exclusiva para a operação possuir dependências para beneficiamento da matéria-
de escaldagem e depenagem, ou de esfola, no caso prima devida-mente instaladas.
de coelhos;
§ 3º Quando destinado ao recebimento da matéria-
d) dispor de dependência exclusiva para as operações
prima para o preparo de produtos derivados de leite,
de sangria;
e) dispor de dependências para as operações de acabados ou semi-acabados ou quando destinados
evisceração, toalete, pré-resfriamento, gotejamento, a receber esses produtos, para complementação e
classificação e embalagem; e distribuição, será necessário:
f) dispor, quando for o caso, de dependências para a a) possuir dependências para elaboração ou fabricação
realização de cortes de carcaças. de produtos derivados, sua conservação e demais
operações, incluindo-se as câmaras de salga e cura de
CAPÍTULO II queijos com temperatura e umidade controladas;
ESTABELECIMENTOS DE LEITE E DERIVADOS b) ter as demais dependências e equipamentos previstos
Decretos
nos parágrafos 1º e 2º deste artigo, considerando os
Art. 17. Os estabelecimentos de leite e derivados são produtos que serão elaborados ou fabricados.
assim classificados e definidos: § 4º Quando destinado ao beneficiamento de leite para
I - postos de leite e derivados - estabelecimentos o consumo direto, ou para outros estabelecimentos, ou
intermediários entre as fazendas leiteiras e as usinas de que recebam leite já beneficiado para distribuição ao
beneficiamento ou fábrica de laticínios, destinados ao consumo, ou ainda, desde que instalados e equipados,
recebimento de leite, de creme e outras matérias-primas, elaborem ou fabriquem produtos para complementação
para depósito, por curto tempo, transvase, refrigeração, e distribuição, deverá:
padronização oucoagulação e transporte imediato aos I - ter dependência para análises físico-químicas
estabelecimentos industriais registrados; e microbiológicas, para o beneficiamento de leite
II - estabelecimento industrial - destinado ao recebimento destinado ao consumo direto e para as demais
de leite e seus derivados, para pasteurização, operações necessárias, incluindo-se, quando for o
manipulação, conservação, fabricação, maturação, caso, dependências para elaboração ou fabricação e
embalagem e expedição; conservação de produtos derivados.
III - estâncias leiteiras - propriedades rurais equipadas § 5º Quando destinado ao recebimento de produtos
com instalações adequadas para pasteurização e o lácteos para distribuição, maturação, fracionamento
processamento do leite e seus derivados destinados ao e acondicionamento, e desde que convenien-temente
abastecimento regionalizado; e instalados e equipados, de leite beneficiado para
IV - miniagroindústria - pequena propriedade rural consumo direto, ou quando se destinem à fabricação de
destinada ao processamento de gêneros alimentícios queijo fundido e/ou queijo ralado, será necessário:
com mão-de-obra predominantemente familiar. I - ter dependências para recebimento de produtos semi-
acabados, sua classificação, fracionamento, embalagem,
Seção I conservação e demais operações necessárias ao
Funcionamento de Estabelecimentos de funcionamento; e
Leite e Derivados II - dispor, quando for o caso, de dependências e
equipamentos adequados à elaboração do queijo
Art.18. A implantação e o funcionamento das fundido ou ralado.
estâncias leiteiras e das miniagroindústrias, bem como
o seu sistema de inspeção associado a um programa CAPÍTULO III
específico de defesa sanitária animal, serão detalhados ESTABELECIMENTOS DE PESCADOS
por ato do Secretário Executivo de Agricultura e E DERIVADOS
Pecuária, conforme faculta o artigo 20 da Lei n.º 1.289
de 07 de julho de 1999. Art. 20. Os estabelecimentos destinados ao pescado
Art.19. Os demais estabelecimentos de leite e e seus derivados são classificados em:
derivados devem satisfazer as seguintes exigências: I - entreposto de pescado; e
I - as seções industriais deverão possuir pé direito II - fábrica de conservas de pescado.
com altura adequada de modo a permitir a instalação § 1º Entende-se por “entreposto de pescado” o
dos equipamentos sem comprometer a qualidade dos estabelecimento dotado de dependências e instalações
adequadas ao recebimento, manipulação, frigorificação
produtos;
e distribuição do pescado.
II - possuir dependências ou local próprio para a
§ 2º Entende-se por “fábrica de conservas de
higienização dos vasilhames e carros-tanques, os quais
pescado” o estabelecimento dotado de dependências,
deverão ser higienizados antes do seu retorno aos
instalações e equipamentos adequados ao recebimento
pontos de origem;
e industrialização do pescado por qualquer forma,
III - dispor de cobertura adequada nos locais de
com aproveitamento integral de subprodutos não
carregamento e descarregamento de leite e seus comestíveis.
derivados; e Seção I
IV - ter dependências para recebimento da matéria- Funcionamento de Estabelecimentos de
prima ou produtos, bem como laboratório de análise. Pescados e Derivados
§ 1º Quando destinado à coagulação do leite e
sua parcial manipulação, até a obtenção de massa
Art. 21. Os estabelecimentos de pescado e derivados
dessorada, enformada ou não, destinada à fabricação devem satisfazer às seguintes condições:
de queijos, de massa cozida, semicozida ou filada, de I - nos estabelecimentos que recebam, manipulem e
requeijão ou de caseína, serão exigidas dependências comercializem pescado resfriado e congelado e/ou se
distintas para tratamento do leite e parcial manipulação dediquem à industrialização para consumo humano,
do produto, máquinas de produção de frio e possuir sob qualquer forma:
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Decretos
X - fornecer armários, mesas, arquivos, mapas, livros
ou conservação de matérias-primas ou produtos usados e outros materiais destinados à Inspeção Estadual para
na alimentação humana, vasilhames de cobre, latão, seu uso exclusivo;
zinco, barro, estanho com liga que contenha mais XI - fornecer material próprio, utensílios e substâncias
de 2% (dois por cento) de chumbo ou que apresente adequadas para os trabalhos de limpeza, desinfecção,
estanhagem defeituosa, ou qualquer utensílio que, pela esterilização de instrumentos, aparelhos ou
forma e composição, possa prejudicar as matérias- instalações;
primas ou produtos. XII - manter locais apropriados, a juízo da Inspeção
Art. 34. Os funcionários do estabelecimento deverão Estadual, para recebimento e guarda de matérias-
fazer pelo menos um exame de saúde anual. primas procedentes de outros estabelecimentos sob
§ 1º A inspeção médica é exigida, tantas vezes inspeção ou de retorno de centros de consumo, para
quantas necessárias, para qualquer empregado do serem reinspecionadas, bem como para seqüestro de
estabelecimento, inclusive seus proprietários, se carcaças, matérias-primas e produtos suspeitos;
exercerem atividades industriais. XIII - fornecer substâncias apropriadas para desnaturação
§ 2º Sempre que fique comprovada a existência de de produtos condenados, quando não houver instalações
dermatose, de doença infecto-contagiosa ou repugnante para sua imediata transformação;
e de portadores de salmonelas, em qualquer pessoa XIV - fornecer instalações, aparelhos e reativos
que exerça atividade industrial no estabelecimento, necessários, a juízo da Inspeção Estadual, para análise
será imediatamente afastada do trabalho, cabendo à de matérias-primas ou produtos no laboratório do
Inspeção Estadual comunicar o fato à autoridade de estabelecimento;
saúde pública. XV - manter em dia o registro do recebimento de
Art. 35. Em caso algum é permitido o acondicio- animais e matérias-primas, especificando procedência
namento de matérias-primas e produtos destinados e qualidade, produtos fabricados, saída e destino dos
à alimentação humana em carros, recipientes ou mesmos;
continentes que tenham servido para produtos não XVI - manter pessoal habilitado na direção dos trabalhos
comestíveis. técnicos do estabelecimento;
Art. 36. Nos estabelecimentos de leite e derivados XVII - recolher as taxas de expediente previstas na
é obrigatória rigorosa lavagem e esterilização dos legislação vigente;
vasilhames antes de seu retorno aos postos de XVIII - dar aviso, com antecedência de 12 horas, sobre
origem. a chegada e recebimento de pescado; e
Art. 37. O DDIS poderá exigir em qualquer ocasião, XIX - manter a disciplina interna dos estabelecimentos.
desde que julgue necessário, quaisquer medidas Art. 39. O pessoal colocado à disposição pelo
higiênicas nos estabelecimentos, área de interesse, estabelecimento para o trabalho de inspeção ficará
suas dependências e anexos. sob às ordens direta do DDIS.
Art. 40. Cancelado o registro, o material pertencente
TÍTULO IV ao governo, inclusive os de natureza científica, o
OBRIGAÇÕES DAS FIRMAS arquivo, os carimbos oficiais de Inspeção Estadual e as
embalagens com carimbo do DDIS, serão recolhidos à
Art. 38. Aos proprietários de estabelecimentos direção do DDIS.
compete: Art. 41. Todo estabelecimento deve registrar, além
I - observar e fazer observar as exigências contidas no dos casos previstos, diariamente em livros próprios e
presente Regulamento; mapas, cujos modelos devem ser fornecidos pelo DDIS,
II - fornecer pessoal necessário e habilitado, bem como as entradas e saídas de matérias-primas e produtos
material adequado julgado indispensável aos trabalhos especificando quantidade, qualidade e destino.
de inspeção, inclusive acondicionamento e autenticidade § 1º Tratando-se de matéria-prima ou produtos de
de amostra para exames de laboratório; laticínios procedentes de outros estabelecimentos
III - fornecer aos empregados do estabelecimento sob inspeção deve ainda a firma, nos livros e mapas
e funcionários da inspeção, uniformes completos e indicados, lançar data de entrada, o número da guia
adequados aos diversos serviços, quando necessário; de embarque ou certificado sanitário, número de
IV - fornecer até o 10º (décimo) dia útil de cada mês, relacionamento ou de registro do estabelecimento
os dados estatísticos de interesse na avaliação da remetente.
produção, industrialização, transporte e comércio de § 2º Os estabelecimentos de leite e derivados deverão
produtos de origem animal; fornecer, relação atualizada de fornecedores e nome da
V - dar aviso de 24 (vinte e quatro) horas, no mínimo, propriedade rural e atestados sanitários dos rebanhos.
sobre a realização de quaisquer trabalhos nos
estabelecimentos, mencionando sua natureza e hora
de início e de provável conclusão;
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
serem prontamente tomadas medidas aconselháveis. controle de diagnóstico aos L.R.A. ou aos laboratórios da
§ 2º Não existindo no país peste bovina, peripneumonia Defesa Sanitária Animal reservando, porém, elementos
contagiosa, tularemia e nem triquinose, compete de contraprova.
à Inspeção Estadual, cooperar para que se evite a Art. 64. O lote ou tropa, no qual se verifique qualquer
eventual introdução e propagação dessas doenças no caso de morte natural, só será abatido depois do
território nacional. resultado da necrópsia.
§3º No caso de qualquer outra doença contagiosa não
Art. 65. A direção do estabelecimento é obrigada
prevista no presente artigo, o sacrifício é também
a fornecer diariamente, à Inspeção Estadual dados
feito em separado, para melhor estudo das lesões e
referentes aos animais recebidos, detalhando a
verificações complementares para diagnóstico.
procedência, espécie, número, meio de condução
Art. 53. No caso das doenças referidas no artigo utilizados e hora de chegada. Para tal fim existirá um
anterior, os animais do respectivo lote ou tropa, devem
impresso designado “Mapa do Movimento de Animais”,
ficar em observação por prazo variável, a juízo da
onde constará também o estoque existente nos currais,
Inspeção Estadual, tendo-se em vista a doença e seu
campos de repouso e outros locais.
período normal de incubação.
Art. 54. São condenados os bovinos atingidos de
CAPÍTULO VIII
anasarca, quando apresentem edema extenso e
MATANÇA
generalizado.
§ 1º Quando o anasarca não for generalizado, o animal
Decretos
é abatido em separado. Seção I
§ 2º Bovinos nas condições do parágrafo anterior, podem Matança de Emergência
ser separados para tratamento.
Art. 55. Os animais levados ao abate, para controle Art. 66. Matança de emergência é o sacrifício imediato
de provas de tuberculinização, são sacrificados em de animais apresentam sintomas que indiquem essa
separado, no fim da matança. providência.
Art. 56. Suínos hiperimunizados para preparo Parágrafo único. Devem ser abatidos de emergência
de soro contra a peste suína, só podem entrar em animais doentes, agonizantes, com fraturas, contusão
estabelecimento sob Inspeção Estadual, quando generalizada, hemorragia, hipo ou hipertemia, decúbito
acompanhados de documentos oficial da Defesa Sanitária forçado, sintomas nervosos e outros estados, a juízo
Animal, no qual se ateste que a hiperimunização ficou da Inspeção Estadual.
concluída há pelo menos 15 (quinze) dias. Art. 67. Sempre que haja suspeita de processo
Art. 57. É proibida a matança de suínos não castrados septicêmico, a Inspeção Estadual lançará mão do
ou de animais que mostrem sinais de castração exame bacteriológico, principalmente quando houver
recente. inflamação dos intestinos, mamas, útero, articulações,
Art. 58. Quando o exame “ante-mortem” contatar pulmões, pleura, peritônio ou lesões supuradas e
casos isolados de doenças não contagiosas, que por este gangrenosas.
Regulamento impliquem, na condenação total do animal, Art. 68. É proibida a matança de emergência na
é ele abatido no “Departamento de Necrópsias”. ausência de funcionário da Inspeção Estadual.
Art. 59. Quando o exame “ante-mortem” constatar
casos isolados de doenças não contagiosas, que por este
Art. 69. São considerados impróprios para consumo os
animais, que sacrificados de emergência se enquadrem
Regulamento permitam o aproveitamento condicional
nos casos de condenação previsto neste Regulamento ou
do animal, ele é abatido no final da matança.
Art. 60. São condenados bovinos, ovinos e caprinos por outras razões justificadas pela Inspeção Estadual.
que no exame “ante-mortem” revelem temperatura Parágrafo único. Sempre que os animais abatidos de
retal igual ou superior a 40,5ºC (quarenta e meio graus emergência apresentem, logo após a morte, carne
centígrados); são também condenados suínos com com reação francamente ácida, as carcaças serão
temperatura igual ou superior a 41ºC (quarenta e um consideradas, impróprias para consumo.
graus centígrados). Art. 70. Animais que tenham morte acidental
Parágrafo único. São condenados os animais em nas dependências do estabelecimento, desde que
hipotermia. imediatamente sangrados, a juízo da Inspeção Estadual
Art. 61. A existência de animais mortos ou caídos podem ser aproveitados.
em caminhões, currais ou em qualquer dependência do Parágrafo único. Nesses casos, a Inspeção Estadual
estabelecimento, devem ser imediatamente levados ao se louvará na riqueza em sangue da musculatura e
conhecimento da Inspeção Estadual, para providenciar na coloração vermelho-escura de todos os órgãos,
a necrópsia ou sacrifício, bem como determinar as considerará os fenômenos congestivos das vísceras,
medidas que se fizerem necessárias. sobretudo fígado e tecido subcutâneo; verificará se
Parágrafo único. As necrópsias são realizadas em local a face interna do couro ou pele está normalmente
apropriado, previsto neste Regulamento. úmida, louvando-se ainda na verificação da congestão
Art. 62. Quando a Inspeção Estadual autorizar o hipostática; verificará se a ferida de sangria tem ou
transporte de animais mortos ou moribundos para o não seus bordos infiltrados de sangue; levará em conta
(Departamento de Necrópsia), deve-se usar veículo a coloração da parede abdominal e odor que se exala
especial, apropriado, impermeável, que permita a no momento da evisceração, além de outros sinais e
desinfecção logo após sua utilização. informes que venham a obter, para julgar se a sangria
§ 1º Havendo suspeita de doença infecto-contagiosa, é foi ou não realizada a tempo.
feito o tamponamento das aberturas naturais antes do
transporte de modo a ser evitada a disseminação das Seção II
secreções e excreções. Matança Normal
§ 2º Confirmada a suspeita, é o cadáver incinerado ou
esterilizado pelo calor, em aparelhagem própria. Art. 71. Só é permitido o sacrifício de animais de
§ 3º Findo os trabalhos de necrópsias, devem ser açougue por métodos humanitários, utilizando-se de
rigorosamente desinfetados, além do veículo utilizado no prévia insensibilização baseada em princípios científicos,
transporte, o piso da sala, todos instrumentos e objetos seguida de imediata sangria.
que entraram em contato com o cadáver. § 1º Os métodos empregados para cada espécie de
Art. 63. A Inspeção Estadual levará ao conhecimento animal de açougue deverão ser aprovados pelo DDIS,
superior, o resultado das necrópsias que evidenciarem cujas especificações e procedimentos serão disciplinados
doenças infecto-contagiosas, remetendo material para em Regulamento técnico.
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Decretos
uma solução a 5% (cinco por cento) de hidróxido de
língua, interessando ou não os gânglios linfáticos
sódio (contendo no mínimo, noventa e quatro por cento
correspondentes, a cabeça pode ser aproveitada, depois
da remoção e condenação da língua e seus gânglios. deste sal). A solução deverá ser recente e empregada
Art. 90. Adenite - As adenites localizadas implicam imediatamente, tão quente quanto possível, tomando-
em rejeição da região que drena a linfa para o gânglio se medidas de precaução, tendo em vista sua natureza
ou gânglios atingidos. extremamente cáustica, deve-se ainda fazer proteger
Art. 91. Anasarca - Devem ser condenadas as carcaças os olhos e as mãos das pessoas que se encarregarem
que no exame “post-mortem” demonstrem edema dos trabalhos de desinfecção, sendo prudente ter pronta
generalizado. uma solução (ácida fraca) de ácido acético, por exemplo,
Parágrafo único. Nos casos discretos e localizados, basta para ser utilizada em caso de queimadura pela solução
que removam e se condenem as partes atingidas. desinfetante;
Art. 92. Animais novos - Serão condenados animais V - pode-se empregar, também, uma solução recente de
novos nos seguintes casos: hipoclorito de sódio em diluição a 1% (um por cento);
I - quando a carne tem aparência aquosa, flácida, VI - a aplicação de qualquer desinfetante exige a
dilacerando-se com facilidade, podendo ser perfurada seguir, abundante lavagem com água corrente e largo
sem dificuldade; emprego de vapor;
II - quando a carne se apresenta vermelho-acinzentado; VII - o pessoal que manipulou material carbunculoso,
III - quando o desenvolvimento muscular, considerando- depois de acurada lavagem das mãos e braços, usará
se em conjunto, é incompleto e as massas musculares como desinfetante uma solução de bicloreto de mercúrio
apresentam ligeira infiltração serosa ou pequenas áreas a 1:1000 (um por mil), por contato no mínimo durante
edematosas; um minuto;
IV - quando a gordura peri-renal é edematosa, de VII - a Inspeção Estadual terá sempre sob sua guarda
cor amarelo-sujo ou de um vermelho-acinzentado, quantidade suficiente de hidróxido de sódio e de
mostrando apenas algumas ilhotas de gordura. bicloreto de mercúrio;
Art. 93. Broncopneumonia verminótica - Enfisema IX - como medida de precaução, todas as pessoas
pulmonar e outras afecções ou alterações. Devem ser que tiverem contato com material infeccioso, serão
condenados os pulmões que apresentem localizações mandadas ao serviço médico do estabelecimento ou ao
parasitárias (Broncopneumonia verminótica), bem como serviço de Saúde Pública mais próximo;
os que apresentem enfisema, aspirações de sangue ou X - todas as carcaças ou partes de carcaças, inclusive
alimentos, alterações pré-agônicas ou outras lesões couros, cascos, chifres, vísceras e seu conteúdo,
localizadas, sem reflexo sobre a musculatura. que entrarem em contato com animais ou material
Art. 94. Brucelose - Devem ser condenadas as infeccioso, devem ser condenados;
carcaças com lesões externas de brucelose.
XI - a água do tanque de escaldagem de suínos, por
Parágrafo único. Nos casos de lesões localizadas,
onde tenha passado animal carbunculoso, receberá
encaminham-se as carcaças à esterilização pelo
também o material desinfetante, e será imediatamente
calor, depois de removidas e condenadas as partes
removida para o esgoto; o tanque será por fim
atingidas.
convenientemente lavado e desinfetado.
Art. 95. Carbúnculo sintomático, anaplasmose,
hemoglobinúria bacilar dos bovinos, septicemia Art. 98. Carnes cansadas (febre de fadiga) - Em todos
hemorrágica, catarro maligno epizoótico, piroplasmose, os casos em que se comprovarem alterações por febre
piemia, septicemia e vacina - São condenadas as de fadiga, faz-se a rejeição total.
carcaças e órgãos de animais atacados dessas Parágrafo único. No caso de alterações localizadas e
doenças. bem circunscritas a um só grupo muscular e depois de
Art. 96. Carcaças contaminadas - As carcaças ou negativo o exame microscópico direto, a carcaça será
partes de carcaça que se contaminarem por fezes destinada a esterilização pelo calor após remoção e
durante a eviscerarão ou em qualquer outra fase dos condenação das partes atingidas.
trabalhos, devem ser condenadas. Art. 99. Carnes caquéticas - São condenadas as
§ 1º Serão também condenadas as carcaças, partes de carcaças em estado de caquexia.
carcaça, órgãos ou qualquer outro produto comestível Art. 100. Carnes magras - Animais magros, livres de
que se contamine por contato com os pisos ou de qualquer processo patológico, podem ser destinados a
qualquer outra forma, desde que não seja possível uma aproveitamento condicional (conserva ou salsicharia).
limpeza completa. Art. 101. Carnes hidroêmicas - São condenadas
§ 2º Nos casos do parágrafo anterior, o material as carcaças de animais que apresentem infiltrações
contaminado pode ser destinado à esterilização pelo edematosas dos parênquimas ou do tecido conjuntivo.
calor, a juízo da Inspeção Estadual, tendo-se em vista Art. 102. Carnes fermentadas (carnes febris) - Devem
a limpeza praticada. ser condenadas as carcaças de animais que apresentem
Art. 97. Carbúnculo hemático - Devem ser conde alterações musculares acentuadas e difusas, bem como
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quando exista degenerescência do miocárdio, fígado, reconhecimento. Esse período, pode ser reduzido para
rins ou reação do sistema linfático, acompanhada de 10 (dez) dias, desde que a temperatura nas câmaras
alterações musculares. frigoríficas seja mantida sem oscilação e no máximo a
§ 1º Também são condenadas as carcaças em início 1ºC (um grau centígrado);
de processo putrefativo, ainda que em área muito II - quando o número de cistos for maior do que o
limitada. mencionado no item anterior, mas a infestação não
§ 2º A rejeição será também total, quando o processo alcance generalização, a carcaça será destinada à
coexista com lesões inflamatórias de origem gástrica ou esterilização pelo calor;
intestinal e, principalmente, quando se tratar de vitelos, III - pode ser aproveitada para consumo as carcaças que
suínos e equídeos. apresentem um único cisto já calcificado, após remoção
§ 3º Faz-se rejeição parcial quando a alteração é e condenação dessa parte.
limitada a um grupo muscular e as modificações § 3º As vísceras, com exceção dos pulmões, coração
musculares são pouco acentuadas, com negatividade e porção carnosa do esôfago e a gordura das carcaças
do exame microscópico direto, destinando-se a carcaça destinadas ao consumo ou à refrigeração, não
à esterilização pelo calor, após remoção e condenação sofrerão qualquer restrição, desde que considerada
das partes atingidas. isentas de infestação. Os intestinos podem ser
Art. 103. Carnes repugnantes - São assim consideradas aproveitados para envoltórios, depois de trabalhados
e condenadas as carcaças que apresentarem mau como normalmente.
aspecto, coloração anormal ou que exalem odores § 4º Quando se tratar de bovinos com menos de 6
medicamentosos excrementiciais, sexuais e outros (seis) meses de idade, a pesquisa do “Cysticercus
considerados anormais. bovis” pode ficar limitada a um cuidadoso exame da
Art. 104. Carnes sanguinolentas - Serão condenadas superfície do coração e de outras superfícies musculares
as carcaças, desde que a alteração seja conse-quência normalmente invisíveis.
de doenças do aparelho digestivo. § 5º Na rotina de inspeção obedecem-se às seguintes
Parágrafo único. Quando as lesões hemorrágicas ou normas:
congestivas decorrem de contusões, traumatismo I - cabeça - observam-se e incisam-se os masseteres
ou fraturas, a rejeição deve ser limitadas às regiões e pterigóideos internos e externos;
atingidas. II - o órgão deve ser observado externamente, palpado
e praticados cortes quando surgir suspeita quanto à
Art. 105. Carnes responsáveis por toxiinfecções -
existência de cistos ou quando encontrados cistos nos
Todas as carcaças de animais doentes, cujo consumo
músculos da cabeça;
possa ser causa de toxiinfecção alimentar, devem ser
III - coração - examina-se a superfície externa do
condenadas. Consideram-se como tais carnes as que
coração e faz-se uma incisão longitudinal, da base à
procedem de animais que apresentarem:
ponta, através da parede do ventrículo esquerdo e do
I - inflamação aguda dos pulmões, pleura, peritônio,
septo interventricular, examinando-se as superfícies
pericárdio e meninges;
de cortes, bem como as superfícies mais internas dos
II - gangrena, gastrite e enterite hemorrágica ou
ventrículos. A seguir praticam-se várias incisões em
crônica;
toda musculatura do órgão, tão numerosas quanto
III - septicemia ou pioemia de origem puerperal
possível, desde que já tenha sido verificada a presença
traumática ou sem causa evidenciada;
de “Cysticercus bovis”, na cabeça ou na língua;
IV - metrite ou mamite aguda difusa;
IV - inspeção final - na inspeção final identifica-se a
V - poliartrite;
lesão parasitária inicialmente observada e examina-se
VI - flebite umbilical;
sistematicamente os músculos mastigadores, coração,
VII - pericardite traumática ou purulenta;
porção muscular do diafragma, inclusive seus pilares,
VIII - Qualquer inflamação aguda, abcesso ou lesão
bem como os músculos do pescoço, estendo-se o
supurada associada a nefrite aguda, degenerescência
exame aos intercostais e a outros músculos, sempre
gordurosa do fígado, hipertrofia do baço, hiperemia
que necessário, devendo-se evitar tanto quanto possível
pulmonar, hipertrofia generalizada dos gânglios
cortes desnecessários que possam acarretar maior
linfáticos e rubefação difusa do couro.
depreciação à carcaça.
Art. 106. Cirrose hepática - Os fígados com cirrose
Art. 108. Contusão - Os animais que apresentem
atrófica ou hipertrófica devem ser condenados,
contusão generalizada devem ser condenados.
exigindo-se neste caso rigoroso exame do animal, no
Parágrafo único. Nos casos de contusão localizada, o
intuito de se eliminar a hipótese de doenças infecto-
aproveitamento deve ser condicional (salga, salsicharia
contagiosas.
ou conserva) a juízo da Inspeção Estadual, depois de
Parágrafo único. São também condenados os fígados
removidas e condenadas as partes atingidas.
com cirrose decorrente de localização parasitária.
Art. 109. Cisticercose (“C. Tenuicollis”), estrongilose,
Art. 107. Cisticercoses (“Cysticercus bovis”) - Serão
teniase e ascaridioses - Estas parasitoses, bem como
condenadas as carcaças com infestações intensas pelo
outras não transmissíveis ao homem, permitem o
“Cysticercus bovis” ou quando a carne é aquosa ou
aproveitamento do animal desde que não sejam
descorada.
secundadas por alterações da carne; apenas órgãos e
§ 1º Entende-se por infestação intensa a comprovação
partes afetadas devem ser condenadas.
de um ou mais cistos em incisões praticadas em várias
partes de musculatura e numa área correspondente a Art. 110. Distomatose - As carcaças portadoras de
aproximadamente à palma da mão. distomatose hepática devem ser condenadas quando
§ 2º Faz-se rejeição parcial nos seguintes casos: houver caquexia consecutiva.
I - quando se verifique infestação discreta ou moderada, Parágrafo único. Os fígados infestados com distomas
após cuidadoso exame sobre o coração, músculos da serão sempre condenados.
mastigação, língua, diafragma e seus pilares, bem Art. 111. Equinococose - Podem ser condenadas as
como, sobre músculos facilmente acessíveis. Nestes carcaças de animais portadores de equinococose, desde
casos devem ser removidas e condenadas todas as que concomitantemente haja caquexia.
partes com cistos, inclusive os tecidos circunvizinhos; § 1º Os órgãos e as partes atingidas serão sempre
as carcaças são recolhidas às câmaras frigoríficas ou condenados.
desossadas e a carne tratada por salmoura, pelo prazo § 2º Fígados portadores de uma ou outra lesão de
mínimo de 21 (vinte e um) dias em condições que equinococose periférica, calcificada e bem circunscrita,
permitam, a qualquer momento, sua identificação e podem ter aproveitamento condicional a juízo da
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Inspeção Estadual e após remoção e condenação das Estadual lançará mão de provas de laboratório, tais
partes atingidas. como a reação de Diazzo para a gordura e sangue e a
Art. 112. Esofagostomose - As carcaças de animais reação de Grinbert para a urina.
portadores de esofagostomose, sempre que haja Art. 118. Ingestão de produtos tóxicos - As carcaças
caquexia consecutiva devem ser condenadas. provenientes de animais sacrificados, após a ingestão
Parágrafo único. Os intestinos ou partes do intestino de produtos tóxicos, acidentalmente ou em virtude de
podem ser aproveitados, sempre que os nódulos sejam tratamento terapêutico, incidem em rejeição total.
em pequeno número e possam ser estirpados. Art. 119. Lesões do coração (miocardite, endocardite,
Art. 113. Gestação adiantada, parto recente e fetos linfangiectasia) - Devem ser condenados os corações
- As carcaças de animais em gestação adiantada ou com lesões de miocardite e endocardite.
que apresentem sinais de parto recente, devem ser Parágrafo único. Os corações com linfangiectasia podem
destinadas à esterilização, desde que não haja evidência ter aproveitamento condicional na salsicharia.
de infecção. Art. 120. Lesões renais - (nefrites, nefroses,
§ 1º Os fetos serão condenados. pielonefrites ou outras) - A presença de lesões renais
§ 2º A fim de atender hábitos regionais, a Inspeção implica em estabelecer se estão ou não ligadas a
Estadual pode autorizar a venda de fetos bovinos, doenças infecto-contagiosas.
desde que demonstrem desenvolvimento superior a Parágrafo único. Em todos os casos os rins lesados
7 (sete) meses, procedam de vacas sãs e apresentem devem ser condenados.
Decretos
bom estado sanitário. Art. 121. Miíases - São condenadas as regiões ou
§ 3º É proibida a estocagem de fetos, bem como o órgãos invadidos por larvas.
emprego de sua carne na elaboração de embutidos Parágrafo único. Quando a infestação já determinou
e enlatados. alterações musculares, com mal cheiro nas regiões
§ 4º Quando houver aproveitamento de couro de fetos, atingidas, a carcaça deve ser julgada de acordo com a
sua retirada deve ser feita na graxaria. extensão da alteração, removendo-se e condenando-se
Art. 114. Glândulas mamárias - As glândulas em todos os casos as partes atingidas.
mamárias devem ser removidas intactas. Art. 122. Órgãos de coloração anormal ou afecções -
§ 1º A presença de pus nas mamas, entrando em Devem ser condenados os órgãos de coloração anormal,
contato com a carcaça ou partes da carcaça, determina os que apresentem aderências, congestão, bem como
a remoção e condenação das partes contaminadas. os casos hemorrágicos.
§ 2 º O aproveitamento da glândula mamária para
Art. 123. Pâncreas com “Euritrema caelomáticum”
fins alimentícios pode ser permitido depois de rigoroso
- São condenados os “Pâncreas” infestados pelo
exame do órgão: sua retirada da carcaça deve ser
“Euritrema caelomáticum”.
feita com o cuidado de manter a identificação de sua
procedência. Art. 124. Rins císticos - Devem ser condenados os
§ 3º As glândula mamárias portadoras de mastite, rins císticos.
bem como as de animais reagentes à brucelose, são Art. 125. Sarnas - As carcaças portadoras de sarnas
sempre condenadas. em estado avançado, acompanhadas de caquexia ou de
Art. 115. Glossites - Condenam-se todas as línguas reflexo sobre a musculatura, devem ser condenadas.
portadoras de glossite. Parágrafo único. Quando a sarna é discreta e ainda
§ 1º Nos casos de lesões já completamente cicatrizadas, limitada, a carcaça pode ser dada ao consumo, depois
as línguas podem ser destinadas à salsicharia, para de remoção e condenação das partes afetadas.
aproveitamento após cozimento e retirada do epitélio. Art. 126. Teleangiectasia maculosa do fígado
§ 2º É proibido o enlatamento dessas línguas, mesmo (angiomatose) - Nos casos dessa afecção obedecem-se
quando apresentem lesões cicatrizadas. as seguintes normas:
Art. 116. Hepatite nodular necrosante - São I - condenação total, quando a lesão atingir metade
condenados os fígados com necrose nodular. ou mais do órgão;
Parágrafo único. Quando a lesão coexiste com outras II - aproveitamento condicional no caso de lesões
alterações, a carcaça também deve ser condenada. discretas, após remoção e condenação das partes
atingidas.
Art. 117. Icterícia - Devem ser condenadas as
carcaças que apresentem coloração amarela intensa ou Art. 127. Tuberculose - A condenação total deve ser
amarelo-esverdeada, não só na gordura, mas também feita nos seguintes casos:
no tecido conjuntivo, aponevroses, ossos, túnica interna I - quando o exame “ante-mortem” o animal estava
dos vasos, ao lado de caracteres de afecção do fígado febril;
ou quando o animal não tenha sido sangrado bem e II - quando a tuberculose é acompanhada de anemia
mostre numerosas manchas sanguíneas, musculatura ou caquexia;
avermelhada e gelatinosa, ou ainda quando revele sinais III - quando se constatarem alterações tuberculosas
de caquexia ou anemia, decorrentes de intoxicação nos músculos, nos tecidos intramúsculares, nos ossos
ou infecção. (vértebras) ou nas articulações ou, ainda, nos gânglios
§ 1º Quando tais carcaças não revelem caracteres de linfáticos que drenam a linfa dessas partes;
infecção ou intoxicação e venham a perder a cor normal IV - quando ocorrerem lesões caseosas concomitante-
após a refrigeração, podem ser dadas ao consumo. mente em órgãos toráxicos e abdominais com alterações
§ 2º Quando, no caso do parágrafo anterior, as carcaças de suas serosas;
conservem sua coloração depois de resfriadas, podem V - quando houver lesões miliares de parênquimas
ser destinadas ao aproveitamento condicional, a juízo ou serosas;
da Inspeção Estadual. VI - quando as lesões forem múltiplas, agudas e
§ 3º Nos casos de coloração amarela somente na ativamente progressivas considerando-se o processo
gordura de cobertura, quando a musculatura e vísceras nestas condições quando há inflamação aguda nas
são normais e o animal se encontre em bom estado de proximidades das lesões, necrose de liquefação ou
engorda, com gordura muscular brilhante, firme e de presença de tubérculos jovens;
odor agradável, a carcaça pode ser dada ao consumo. VII - quando existir tuberculose generalizada.
§ 4º O julgamento de carcaças com tonalidade amarela § 1º A tuberculose é considerada generalizada, quando
ou amarelo-esverdeada será sempre realizado com além das lesões dos aparelhos respiratórios, digestivos
luz natural. e seus gânglios linfáticos, são encontradas lesões em
§ 5º Sempre que houver necessidade, a Inspeção um dos seguintes órgãos: baço, rins, útero, ovário,
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testículos, cápsulas supra-renais, cérebro e medula Inspeção Estadual, poderão ser utilizadas para preparo
espinhal ou suas membranas. Tubérculos numerosos de gorduras comestíveis, desde que seja possível
uniformemente distribuídos em ambos os pulmões, remover as partes lesadas.
também evidenciam generalização. § 5º O aproveitamento condicional, por esterilização
§ 2º - A rejeição parcial é feita nos seguintes casos: pelo calor, pode ser permitido, depois de removidas e
I - quando parte da carcaça ou órgão apresentem lesões condenadas as partes ou órgãos alterados, em todos os
de tuberculose; demais casos. Quando não houver no estabelecimento
II - quando se trate de tuberculose localizada em industrial instalações apropriadas para esterilização pelo
tecidos imediatamente sob a musculatura, como a calor, tais casos são considerados de rejeição total.
tuberculose da pleura e peritônio parietais; neste caso Art. 128. Tumores malignos - São condenadas as
a condenação incidirá não apenas sobre a membrana carcaças, partes de carcaça ou órgãos que apresentem
ou parte atingida, mas também sobre a parede torácica tumores malignos, com ou sem metástase.
ou abdominal correspondente; Parágrafo único. Quando o tumor de um órgão interno
III - quando parte da carcaça ou órgãos se contaminarem tenha repercussão, por qualquer modo sobre o estado
com material tuberculoso, por contato acidental de geral do animal, a carcaça deve ser condenada, mesmo
qualquer natureza; que não se tenha verificado metástase.
IV - as cabeças com lesões tuberculosas devem ser Art. 129. Uronefrose - Condenam-se os rins com
condenadas, exceto quando correspondam a carcaças uronefrose.
julgadas em condições de consumo e desde que na Seção II
cabeça as lesões sejam discretas, calcificadas ou Eqüídeos
encapsuladas, limitadas no máximo a dois gânglios,
caso em que serão consideradas em condições de
Art. 130. O comércio intermunicipal de carnes e
esterilização pelo calor, após remoção e condenação
produtos derivados de eqüídeos depende de prévio
dos tecidos lesados;
consentimento das autoridades sanitárias dos municípios
V - devem ser condenados os órgãos cujos gânglios linfáticos
para os quais forem eles destinados.
correspondentes apresentem lesões tuberculosas;
VI - intestino e mesentério com lesões de tuberculose Art. 131. O sacrifício de eqüídeos só pode ser
são também condenados, a menos que as lesões sejam realizado em matadouros especiais, com as mesmas
discretas, confinadas a gânglios linfáticos e a respectiva condições exigidas para os de outras espécies.
carcaça não tenha sofrido qualquer restrição; nestes Art. 132. Além das enfermidades já mencionadas
casos os intestinos podem ser aproveitados como no capítulo Generalidades - Bovídeos - Comuns ou
envoltório e a gordura para fusão, depois da remoção especificas aos eqüídeos e que determinam condenação
e condenação dos gânglios atingidos. total das carcaças e vísceras, são consideradas também
§ 3º Após esterilização pelo calor podem ser aproveitadas doenças que acarretam rejeição total: meningite
as carcaças com alterações de origem tuberculosa, cérebro-espinhal, encefalomielite infecciosa, febre
desde que as lesões sejam discretas, localizadas, tifóide, durina, mal de cadeiras, azotúria, hemoglobinúria
calcificadas ou encapsuladas e estejam limitadas a paroxística, anemia infecciosa, garrotilho e quaisquer
gânglios ou gânglios e órgãos, não havendo evidência outras doenças e alterações com lesões inflamatórias
de uma invasão recente do bacilo tuberculoso, através ou tumores malignos.
do sistema circulatório e feita sempre remoção e Art. 133. A carne de eqüídeos e produtos com ela
condenação das partes atingidas. Enquadram-se neste elaborados, parcial ou totalmente, exige declaração nos
parágrafo os seguintes casos: rótulos: “Carne de Eqüídeos, ou preparado com Carne
I - quando houver lesão de um gânglio linfático cervical de Eqüídeos ou contém Carne de Eqüídeos”.
e de dois grupos ganglionares viscerais de uma só Art. 134. Os estabelecimentos destinados à matança
cavidade orgânica, tais como: gânglios cervicais, e manipulação de carne de eqüídeos exibirão letreiros
brônquicos e mediastínicos ou então gânglios cervicais visíveis cujas dimensões jamais poderão ser menores
e hepáticos e no fígado; que qualquer outro existente, esclarecendo: “Aqui se
II - nos gânglios cervicais, um único grupo de gânglios abatem eqüídeos” ou “Aqui se prepara produto com
viscerais e num órgão de uma só cavidade orgânica, tais carne de eqüídeos”.
como: gânglios cervicais e brônquicos e no pulmão ou
então nos gânglios cervicais e hepáticos e no fígado; Seção III
III - em dois grupos de gânglios viscerais e num órgão Suínos
de uma única cavidade orgânica, tais como: nos gânglios
brônquicos e mediastinais e nos pulmões ou nos Art. 135. Na inspeção de suínos aplicam-se os
gânglios hepáticos e mesentéricos e no fígado; dispositivos cabíveis estabelecidos na seção I -
IV - em dois grupos de gânglios viscerais da cavidade Generalidades - Bovídeos - Além dos que se consignam
torácica e num único grupo da cavidade abdominal ou nesta seção.
então nos brônquicos, hepáticos e mesentéricos num
Art. 136. Afecções da pele - Os suínos atingidos
só grupo de gânglios linfáticos viscerais da cavidade
de urticária, “Demodex folliculorum”, eritema e
torácica e em dois grupos da cavidade abdominal, tais
esclerodermia podem ser aproveitados para consumo,
como: gânglios brônquicos, mediastinais e hepáticos, ou
depois de removidas e condenadas as partes afetadas e
então nos brônquicos, hepáticos e mesentéricos;
desde que a musculatura se apresente normal.
V - os gânglios linfáticos cervicais, num grupo de
gânglios viscerais em cada cavidade orgânica, tais Art. 137. Cisticercose - É permitido o aproveitamento
como: cervicais, brônquicos e hepáticos; de tecidos adiposos procedentes de carcaças com
VI - nos gânglios cervicais e num grupo de gânglios infestações intensas por “Cysticercus cellulosae”, para
viscerais em cada cavidade orgânica com focos discretos o fabrico de banha, rejeitando-se as demais partes
e perfeitamente limitados no fígado, especialmente do animal.
quando se trata de suínos, pois as lesões tuberculosas Art. 138. Enfisema cutâneo - Deve ser condenada
do fígado são nesta espécie consideradas primárias e a carcaça sempre que o enfisema cutâneo resulte de
de origem alimentar. doenças orgânicas ou infecciosas.
§ 4º Carcaças que apresentem lesões de caráter mais Parágrafo único - Nos casos limitados, basta condenar as
grave e em maior número do que as assinaladas no regiões atingidas, inclusive a musculatura adjacente.
parágrafo anterior, não se enquadrando, porém, nos Art. 139. Estefanurose - As lesões de gordura peri-
casos enumerados para condenação total, a juízo da renal provocados pelo “Stephanurus dentatus” implicam
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Decretos
§ 3º Quando as lesões são de modo geral discretas nos tecidos circunvizinhos, inclusive o coração.
e circunscritas a um órgão ou tecido, inclusive nos § 2º Quando o número de cistos for menor, após a
rins e gânglios linfáticos, a carcaça será destinada inspeção final, a carcaça será destinada à esterilização
a esterilização pelo calor, depois de removidas e pelo calor, depois de removidas e condenadas as partes
condenadas as partes atingidas. No estabelecimento infestadas.
onde não for possível esta providência, as carcaças Art. 155. Icterícia - Devem ser condenadas as
devem ser condenadas. carcaças que apresentem coloração amarelo intensa
Art. 143. Porcos asfixiados ou escaldados vivos - ou amarelo-esverdeada.
Todos os porcos que morrerem asfixiados seja qual for Art. 156. Linfadenite caseosa - Nos casos de linfadenite
à causa, bem como os que caírem vivos no tanque de caseosa, obedece-se aos seguintes critérios:
escaldagem são condenados. I - condena-se as carcaças de animais magros,
Art. 144. Sarcosporidiose - É condenada toda a carcaça mostrando lesões extensas de qualquer região;
com infestação intensa, quando existem alterações II - são condenadas também carcaças de animais gordos
aparentes da carne, em virtude de degenerescência quando as lesões são numerosas e extensas;
caseosa ou calcárea. III - podem ser aproveitadas, para consumo, mesmo as
Art. 145. Triquinose - A inspeção fará retirar carcaças de animais magros com lesões discretas dos
fragmentos dos seguintes músculos: pilar do diafrágma, gânglios e das vísceras, após remoção e condenação
base da língua e laringeos, para pesquisa microscópica das partes atingidas;
da “Trichinella spirallis”. IV - podem igualmente ser aproveitadas para consumo
§ 1º A Inspeção Estadual pode também lançar mão de as carcaças de animais gordos, revelando lesões
processo biológico para essa verificação. pronunciadas das vísceras desde que só existam
§ 2º Será condenada a carcaça que acuse a presença de lesões discretas noutras partes, como também aquelas
triquina, cabendo à Inspeção Estadual tomar as medidas com lesões pronunciadas, confinadas aos gânglios,
previstas no Art. 52. associadas a lesões discretas de outra localização;
V - carcaças de animais magros, mostrando lesões
Art. 146. Quando a infestação por parasitas não
bem pronunciadas das vísceras, acompanhadas de
transmissíveis ao homem é discreta e é possível a
lesões discretas de outras partes, como também as
retirada das partes atingidas, os órgãos ou carcaças
que mostrem lesões pronunciadas dos gânglios ao lado
poderão ser aproveitados para consumo.
de outras lesões discretas, podem ser esterilizadas
Art. 147. Lesões tais como: congestão, infartos, pelo calor, após remoção e condenação das partes
degenerescência gordurosa, angiectasia e outras, atingidas;
quando, não ligadas ao processo patológico geral, só VI - carcaças de animais gordos com lesões pronunciadas
determinam rejeição do órgão, quando não possam ser das vísceras e dos gânglios são também esterilizadas
retiradas as partes lesadas. pelo calor, após remoção e condenação das partes
Art. 148. Em caso algum podem servir para consumo atingidas.
órgãos com lesões patológicas em geral. Art. 157. Sarcosporidiose - Observa-se o mesmo
Art. 149. É permitido o aproveitamento para critério adotado para os suínos.
fabrico de banha, a juízo da Inspeção Estadual, além
das carcaças infestadas por “Cysticercus cellulosae”, Seção V
também das que apresentem tuberculose localizada, Aves e Pequenos Animais
abcessos e lesões, interessando porções musculares que
possam ser isoladas, depois de removidas e condenadas Art. 158. É permitido o preparo de aves com as
as partes atingidas. respectivas vísceras, desde que o estabelecimento
Art. 150. A Inspeção Estadual deve examinar esteja convenientemente aparelhado para tanto a juízo
cuidadosamente as válvulas cardíacas e intestinos da Inspeção Estadual.
(delgado e grosso) com o objetivo de pesquisar lesões Parágrafo único. Nesse caso, as aves devem ser
imputáveis à raiva. purgadas na véspera do abate.
Art. 159. Todas as aves que no exame “ante” ou
Seção IV “post-mortem” apresentem sintomas ou forem suspeitas
Ovinos e Caprinos de tuberculose, pseudo-tuberculose, difteria, cólera,
varíola, tifose aviária, diarréia branca, paratifose,
Art. 151. Na inspeção de ovinos e caprinos aplicam- leucoses, peste, septicemia em geral, psitacose
se também os dispositivos cabíveis estabelecidos nas e infeccções estafilocócicas em geral, devem ser
seções anteriores. condenadas.
Art. 152. Brucelose - Não tendo sido constatada Art. 160. As enfermidades tais como coccidiose,
no país a brucelose em caprinos, a Inspeção Estadual êntero-hepatite, espiroquetose, coriza infectuosa,
107
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
epitelioma contagioso, neuro-linfomatose, laringo- com espaço suficiente entre cada peça e entre elas e
traqueíte, aspergilose, determinam rejeição total as paredes.
quando em período agudo ou quando os animais Parágrafo único. A carne estivada deve ser depositada
estejam em estado de magreza pronunciada. sobre estrados gradeados, proibindo-se depositá-la
Art. 161. As endo e ecto parasitoses, quando não diretamente sobre o piso.
acompanhadas de magreza, determinam a condenação Art. 176. É proibido recolher novamente às câmaras
das vísceras ou das partes alteradas. frigoríficas produtos de origem animal que delas
Art. 162. Os animais caquéticos devem ser tenham sido retirados e que passaram algum tempo em
rejeitados, sejam quais forem as causas a que esteja temperatura ambiente, a juízo da Inspeção Estadual.
ligado o processo de desnutrição. Art. 177. As dependências onde as matérias-primas
Art. 163. Os abcessos e lesões supuradas, quando são manipuladas por qualquer forma, devem estar
não influírem sobre o estado geral, ocasionam rejeição providas de recipientes para recolhimento de restos ou
da parte alterada. recortes que venham a ter contato com o piso, material
Art. 164. A presença de neoplasias acarretará rejeição esse que será condenado e destinado ao preparo de
total, exceto no caso de angioma cutâneo circunscrito, subprodutos não comestíveis.
que determina a retirada da parte lesada. Art. 178. A Inspeção Estadual deve providenciar,
Art. 165. As lesões traumáticas, quando limitadas, sempre que necessário, a desinfecção de salas e
implicam apenas na rejeição da parte atingida. equipamentos, bem como determinar os cuidados
a serem dispensados aos operários que tenham
Art. 166. Devem ser condenadas as aves, inclusive de
manipulado animais atingidos de doenças infecciosas
caça, que apresentem alterações putrefativas, exalando
transmissíveis ao homem.
odor sulfídrico-amoniacal, revelando crepitação
gasosa à palpação ou modificação de coloração da
TÍTULO VI
musculatura.
INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA E
Art. 167. Quando as aves forem submetidas à INDUSTRIAL DO LEITE E DERIVADOS
ação de frio industrial, a Inspeção Estadual controlará
cuidadosamente o estado, tempo de permanência e CAPÍTULO X
funcionamento das câmaras a fim de prevenir dessecação LEITE EM NATUREZA
excessiva e desenvolvimento da rancificação.
Art. 168. Na inspeção de coelhos, o exame deve Art. 179. Entende-se por leite, sem outra especificação
visar especialmente à septicemia hemorrágica, o produto oriundo de ordenha completa, ininterrupta, em
tuberculose, pseudo-tuberculose, piemia, piosepticemia condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas
e mixomatose, rejeitando-se os animais portadores e descansadas. O leite de outros animais deve
dessas doenças. denominar-se segundo a espécie de que proceda.
Art. 169. Incidem em rejeição parcial os coelhos Art. 180. Considera-se leite normal, o produto que
portadores de necrobacilose, aspergilose e herpes apresente:
tonsurans, desde que apresentem bom estado de I - caracteres normais;
nutrição e tenham sido sacrificados no início da II - teor de gordura mínimo de 3% (três por cento);
doença. III - acidez em graus Dornic entre 15 e 20 (quinze e
Art. 170. Nos casos de tinha favosa, os coelhos vinte);
podem ser aproveitados desde que apresentem bom IV - densidade a 15ºC (quinze graus centígrados) entre
estado de nutrição, removendo-se e condenando-se 1.028 (mil e vinte e oito) e l.033 (mil e trinta e três);
as partes lesadas. V - lactose - mínimo de 4,3% (quatro e três décimos
Parágrafo único. Os operários encarregados da por cento);
manipulação desses animais devem tomar a devida VI - extrato seco desengordurado - mínimo 8,5% (oito
cautela à vista da possibilidade de transmissão da e cinco décimo por cento);
doença ao homem. VII - extrato seco total - mínimo 11,5% (onze e cinco
Art. 171. Devem ser condenados os coelhos décimos por cento);
portadores de cisticercoses (Cysticercus pisiformis), VIII - índice crioscópico mínimo - -0,55ºC (menos
cenurose e de coccidiose, tendo-se em vista a profilaxia cinquenta e cinco graus centígrados);
dessas parasitoses. IX - índice refratométrico no soro cúprico a 20ºC (vinte
Art. 172. Fica a critério da Inspeção Estadual resolver graus centígrados) não inferior a 37ºZ (trinta e sete
sobre os casos não previstos para a inspeção “post- graus Zeiss).
mortem”, levando-se ao conhecimento da autoridade § 1º Os Municípios que dispuserem de padrão regional,
superior. poderão, mediante aprovação do DDIS, adotar outros
Seção VI padrões de leite para consumo local, não se permitindo
Disposições Diversas comércio interregional desse produto.
§ 2º O leite individual com teor de gordura inferior
Art.173. Nos casos de aproveitamento condicional, a a 3% (três por cento), para efeito de aceitação nos
que se refere este Regulamento, os produtos deverão estabelecimentos, será considerado normal e se
ser submetidos, a critério da Inspeção Estadual a uma classifica como prevê este Regulamento.
das seguintes operações de beneficiamento: § 3º Sempre que haja insistência na produção de leite
I - esterilização ou fusão pelo calor; com teor de gordura inferior a 3% (três por cento), a
II - tratamento pelo frio; propriedade será visitada pelo servidor do DDIS, que se
III - salgamento; encarregará das verificações e provas necessárias.
IV - rebeneficiamento. Art. 181. As Inspetorias Regionais de Produtos de
Art. 174. Todas as carnes, inclusive as de aves, bem Origem Animal e de Fomento da Produção Animal, bem
como órgãos e vísceras, antes de serem recolhidas às como os órgãos estaduais e municipais congêneres
câmaras frias onde já se encontrem outras matérias- devem promover os estudos necessários para que em
primas armazenadas, devem permanecer por espaço prazo determinado pelo DDIS sejam estabelecidos os
de tempo suficiente na antecâmara. padrões regionais de leite e produtos de laticínios.
Art. 175. A Inspeção Estadual exigirá que as carcaças Art. 182. Entende-se por “leite de retenção” o
ou partes de carcaças sejam penduradas nas câmaras produto da ordenha, a partir do 30º (trigésimo) dia
antes da parição.
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Decretos
surto de doença infecto-contagiosa que justifique a
trato do gado leiteiro, à ordenha, ao vasilhame e ao
medida.
transporte.
§ 1º Durante a interdição da propriedade poderá o leite
Art. 187. Denomina-se “gado leiteiro” todo rebanho ser empregado na alimentação de animais, depois de
explorado com a finalidade de produzir leite. ser submetido à fervura.
§ 1º O gado leiteiro será mantido sob controle Veterinário § 2º A suspensão da interdição será determinada pelo
permanente nos estabelecimentos produtores de leite DDIS ou por órgão da Defesa Sanitária Animal, depois
tipos “A” e “B” e periódico nos demais, tendo em vista do restabelecimento completo do gado.
essencialmente:
I - o regime de criação e permanência nos pastos ou
Art. 192. É obrigatório o afastamento da produção
leiteira das fêmeas que:
piquetes;
I - se apresentem em estado de magreza extrema ou
II - a área mínima das pastagens por animal;
caquéticas;
III - horário das rações e organização de tabelas de
II - sejam suspeitas ou atacadas de doenças infecto-
alimentação para as granjas leiteiras;
contagiosas;
IV - alimentação produzida ou adquirida, inclusive
III - se apresentem febris, com mamite, diarréia,
instalações para o preparo de alimentos;
corrimento vaginal ou qualquer manifestação patológica,
V - condições higiênicas em geral, especialmente
a juízo da autoridade sanitária.
dos currais, estábulos, locais da ordenha e demais
Parágrafo único. O animal afastado da produção só
dependências que tenham relação com a produção
pode voltar à ordenha após exame procedido por
de leite;
veterinário oficial.
VI - água destinada aos animais e utilizada na lavagem
de locais e equipamentos; Art. 193. São obrigatórias as provas biológicas para
VII - estado sanitário dos animais, especialmente das diagnóstico de tuberculose e brucelose, praticadas
vacas em lactação e adoção de medidas de caráter tantas vezes quantas necessárias nos estabelecimentos
permanente contra a tuberculose, brucelose, mamite e que produzem leite tipo “A” e “B”, e, conforme o caso,
outras doenças que possam contaminar o leite; naqueles que produzem outros tipos de leite. Essas
VIII - controle dos documentos de sanidade dos provas só podem ser feitas por veterinário oficial
ordenhares; ou por veterinário particular habilitado que obedeça
IX - higiene da ordenha, do vasilhame e da manipulação integralmente aos planos oficialmente adotados.
do leite; Art. 194. Para o leite tipo “A” e “B” a ordenha deve
X - exame do leite de mistura, resultante de quantidade ser feita em sala ou dependência apropriada.
total produzida diariamente ou, quando for aconselhável, Parágrafo único. Para os demais tipos de leite a ordenha
do leite individual; pode ser feita no próprio estábulo ou em instalações
XI - condições do transporte. simples, porém higiênicas, de acordo com o que
§ 2º É proibido ministrar alimentos que possam estabelece o presente Regulamento.
prejudicar a fêmea lactante ou a qualidade do leite, Art. 195. A ordenha deve ser feita com regularidade e
incluindo-se nesta proibição, substâncias estimulantes diariamente, adotando-se o espaço mínimo de 10 (dez)
de qualquer natureza, capazes de provocar aumento da horas no regime de duas ordenhas, e de 8 (oito) horas
secreção láctea, com prejuízo da saúde do animal. no de três ordenhas.
Art. 188. O controle a que se refere o artigo Parágrafo único. A ordenha deve ser feita observando-se:
anterior será feito pelo DDIS em colaboração a CIS, I - horário que permita a entrada de leite no
mediante plano estabelecido entre esses dois setores estabelecimento de destino, dentro dos prazos previstos
e/ou órgãos. neste Regulamento;
Parágrafo único. Os veterinários e auxiliares dos II - vacas limpas, descansadas, com úberes lavados e
demais órgãos do governo, quando em serviços nas enxutos e a cauda presa;
propriedades rurais produtoras de leite, colaborarão na III - ordenhador ou retireiro asseado, com roupa limpa,
execução desse plano. mãos e braços lavados e unhas cortadas, de preferência
Art. 189. O DDIS e a SEAP entrarão em enten- uniformizado, de macacão e gorro limpos;
dimentos a fim de pôr em execução um plano para IV - rejeição dos primeiros jatos de leite, fazendo-se a
erradicação da tuberculose, da brucelose ou de mungidura total e ininterrupta com esgotamento das
quaisquer outras doenças dos animais produtores de 4 (quatro) tetas.
leite. § 1º É permitida a ordenha mecânica; em tal caso é
Parágrafo único. Os animais suspeitos ou atacados de obrigatória a rigorosa lavagem e esterilização de todas
tuberculose ou brucelose, devem ser sumariamente as peças da ordenhadeira, as quais serão mantidas em
afastados da produção leiteira. condições adequadas.
§ 2º Na ordenha manual é obrigatório o uso de
Art. 190. Só se permite o aproveitamento de leite
baldes com abertura lateral, inclinada, previamente
de vaca, de cabra, de ovelha e de outras espécies,
higienizados.
109
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Art. 196. Logo após a ordenha o leite deve aprovado pelo Inspetor Chefe da S.E.I., respeitados os
ser passado para vasilhame próprio, previamente limites máximos previstos neste Regulamento.
higienizado, através de tela milimétrica inoxidável, § 4º São passíveis de penalidades os estabelecimentos
convenientemente limpa no próprio estabelecimento, que receberem leite fora do horário fixado, salvo por
momento antes do uso. motivo imprevisto e devidamente justificado.
Art. 197. O vasilhame com leite deve ser mantido Art. 208. Leite reconstituído é o produto resultante da
em tanque com água corrente ou preferentemente sob dissolução em água, do leite em pó adicionado ou não,
refrigeração a 10ºC (dez graus centígrados). de gordura láctea, até atingir o teor gorduroso fixado
Art. 198. O leite da segunda ordenha, quando para o respectivo tipo, seguido de homogeneização e
destinado a fins industriais, pode ser mantido no pasteurização.
estabelecimento produtor até o dia seguinte, mas, não Art. 209. São leites de consumo “in natura”: o
poderá ser misturado ao leite da primeira ordenha do dia integral, o padronizado, o magro e o desnatado, que
imediato, devendo ser entregue em vasilhame separado devem ser devidamente identificados.
e convenientemente refrigerado. Parágrafo único. Considera-se fraude a venda de um
Art. 199. É proibido, nas propriedades rurais, a tipo de leite por outro de tipo superior.
padronização ou desnate parcial ou total do leite Art. 210. É permitida a produção dos seguintes tipos
destinado ao consumo. de leite de consumo em espécie:
Art. 200.Todo vasilhame empregado no acondi- I - leite tipo “A” ou de granja;
cionamento de leite, na ordenha, na coleta ou para II - leite tipo “B” ou de estábulo;
mente-lo em depósito, deve atender ao seguinte: III - leite tipo “C” ou padronizado;
I - ser de aço inoxidável, alumínio ou ferro estanhado, IV - leite magro;
de perfeito acabamento e sem falhas, com formato que V - leite desnatado;
facilite sua lavagem e esterilização; VI - leite esterilizado;
II - estar convenientemente limpo no momento da VII - leite reconstituído.
ordenha e ser devidamente lavado após utilizado; Parágrafo único. As espécies de que trata o presente
III - possuir tampa de modo a evitar vazamento ou artigo, para a sua comercialização, atenderão as
contaminação e, a juízo da Inspeção Estadual, reforço normas a serem baixadas pela Secretaria Executiva de
apropriado; Agricultura e Pecuária - SEAP.
IV - ser destinado exclusivamente ao transporte ou Art. 211. Qualquer destes tipos só pode ser
ao depósito de leite, não podendo ser utilizado no dado ao consumo devidamente pasteurizado em
acondicionamento de soro ou de leite impróprio para estabelecimentos previstos neste Regulamento.
o consumo; Parágrafo único. Fábricas de laticínios ou outros
V - trazer identificação de procedência por meio de estabelecimentos localizados no interior, em cidade
marca, numeração, etiqueta ou selo de chumbo; desprovida de usina de beneficiamento, pode pasteurizar
VI - dispor, de preferência de fecho metálico o leite para consumo local desde que devidamente
inviolável. aparelhadas.
Art. 201. É proibido misturar leite, sem a retirada Art. 212. Nas localidades onde existir usina de
de amostra de cada produtor, devidamente identificada beneficiamento de leite, não é permitida a venda de leite
para fins de análises. cru, não podendo a autoridade municipal dar concessão
Art. 202. O vasilhame contendo leite deve ser para o comércio deste tipo de leite.
resguardado da poeira, dos raios solares e das chuva. § 1º. O leite cru deve ser produzido e distribuído com
observância das seguintes exigências:
Art. 203. Os latões com leite, colocados à margem
I - proceder de fazenda leiteira devidamente
de estradas, à espera de veículo-coletor, devem ser
instalada;
protegidos pelo menos em abrigos rústicos.
II - ser distribuído ao consumo dentro de 3 (três) horas
Parágrafo único. Durante o transporte o leite será
posteriores ao término da ordenha;
protegido dos raios solares por meio prático e eficiente,
III - ser integral e satisfazer às características do
usando-se pelo menos lona ou toldo sobre a armação.
padrão normal;
Art. 204. Não se permite medir ou transvasar leite em IV - ser distribuído engarrafado.
ambiente que o exponha a contaminações. § 2º A distribuição desse leite a granel só é permitida
Art. 205. No transporte do leite das propriedades excepcionalmente e pelo tempo necessário a instituição
rurais aos postos de leite e derivados e destes às usinas dá obrigatoriedade do engarrafamento.
de beneficiamento, entrepostos-usinas, fábricas de Art. 213. Os diversos tipos de leite devem satisfazer
laticínios ou entrepostos de laticínios, será observado às seguintes condições:
o seguinte: a) leite tipo “A”:
I - os veículos devem ser providos de molas e ter I - ser produzido em granja leiteira;
proteção contra o sol e a chuva; II - ser produzido de maneira a satisfazer a todos os
II - com os latões, não pode ser transportado qualquer requisitos técnicos para obtenção higiênica do leite;
produto ou mercadoria que seja prejudicial ao leite. III - ser procedente de gado mantido sob controle
Art. 206. É permitida a coleta de leite em carro- veterinário permanente;
tanque, diretamente em fazendas leiteiras, desde que IV - ser procedente de vacas identificadas e fichadas,
se trate de leite mantido no máximo a 10ºC (dez graus submetidas a exame individual;
centígrados). V - ser submetido periodicamente a exame;
Art. 207. O leite deve ser enviado ao estabelecimento VI - ser integral e atender às características físico-
de destino, imediatamente após a ordenha. químicas e bacteriológicas do padrão;
§ 1º O leite só pode ser retido na fazenda quando VII - ser pasteurizado imediatamente no local, logo após
refrigerado e pelo tempo estritamente necessário à o término da ordenha e engarrafado mecanicamente com
remessa. aplicação de fecho de comprovada inviolabilidade;
§ 2º Permite-se, como máximo entre o início da ordenha VIII - ser mantido e transportado em temperatura de
e a chegada ao estabelecimento de destino, o prazo de 10ºC (dez graus centígrados) no máximo e distribuído
6 (seis) horas para o leite sem refrigeração. ao consumo até 12 (doze) horas depois do término da
§ 3º A Inspeção Estadual de cada estabelecimento, ordenha; este prazo pode ser dilatado para 18 (dezoito)
organizará, ouvidos os interessados, horário de horas, desde que o leite seja mantido em temperatura
chegada do leite, tendo em vista a distância, os meios inferior a 5ºC (cinco graus centígrados);
de transporte e a organização do trabalho, o qual será
110
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
IX - O leite tipo “A” pode ser produzido em um município na própria fazenda, ou a 5ºC (cinco graus) no “posto
e dado ao consumo em outro, desde que devidamente de refrigeração”;
engarrafado e transportado em veículo próprio, III - ser pasteurizado dentro de 5 (cinco) horas após o
obedecidas às condições de temperatura e prazos recebimento e engarrafado mecanicamente no próprio
previstos neste Regulamento. local de consumo, permitindo-se à distribuição em carro-
§ 1º O leite da primeira ou da segunda ordenha, pode ser tanque, nas condições previstas neste Regulamento;
pasteurizado e engarrafado e assim mantido em câmara IV - ser distribuído nas 24 (vinte e quatro) horas
frigorífica pelos prazos anteriormente previstos. seguintes à chegada aos entrepostos-usina;
§ 2 º Para o leite tipo “A” é proibida a padronização, bem V - estar o estabelecimento devidamente autorizado a
como o pré-aquecimento e o congelamento. fazer a padronização, a qual deverá ser realizada por
§ 3º Desde a produção até a distribuição ao consumo, meio de máquina padronizadora;
o leite tipo “A” só pode ser mantido em recipiente VI - os produtores de leite tipo “C” que efetuarem mais
de aço inoxidável, alumínio ou vidro. Permite-se a de uma ordenha, poderão remeter o leite da ordenha
embalagem final em recipiente de papel, desde que da noite ao mesmo tempo que o da ordenha da manhã,
aprovado pelo DDIS. desde que resfriado;
b) leite tipo “B”: § 9º Antes da remessa do leite das zonas de produção
I - pode ser produzido em estábulo ou em instalações para as usinas de beneficiamento ou estreposto-usina,
apropriadas; permitem-se operações preliminares de pré-aquecimento
e de congelação parcial, a juízo do DDIS, atendidas às
Decretos
II - ser procedente de vacas mantidas sob o controle
veterinário permanente; determinações do presente Regulamento.
III - ser integral e atender às características físico- § 10º É fixado o prazo máximo de 24 (vinte e quatro)
químicas e bacteriológicas do padrão; horas, como limite entre o término da ordenha e a
IV - ser pasteurizado e logo após engarrafado em chegada do leite aos estabelecimentos referidos no
estábulo leiteiro ou em usinas de beneficiamento ou parágrafo anterior, podendo ser dilatado este prazo tão
entreposto-usina. somente em casos especiais.
§ 4º Quando o leite tipo “B” não for pasteurizado § 11º Permite-se a pasteurização do leite tipo “C”
e engarrafado no local de produção, deverão ser em uma localidade para venda em outra, desde
obedecidas as seguintes condições: que engarrafado e transportado em veículo próprio,
I - as propriedades que o produzem podem remetê-lo obedecidas as condições de temperaturas e prazos
para posto de refrigeração ou entreposto-usina até as previstos neste Regulamento.
9 (nove) horas (hora legal), podendo este prazo ser § 12º O DDIS julgará em cada caso, da possibilidade
dilatado por mais 2 (duas) horas caso o leite tenha do transporte desse leite em carros-tanques para sua
sido resfriado à temperatura inferior a 10ºC (dez graus venda à granel.
centígrados); d) os tipos de leite “magro” e “desnatado” devem:
II - guando mantido em temperatura conveniente o I - ser produzidos em condições higiênicas, realizando-
leite da ordenha da noite pode aguardar a ordenha se seu beneficiamento em estabelecimentos que
da manhã para remessa ao posto de refrigeração ou obtiverem a devida permissão do DDIS;
entreposto-usina; II - satisfazer ao padrão regulamentar estabelecido
III - o leite resfriado só pode ser transportado em para o tipo “C”, exceto, quanto ao teor de gordura e
carros isotérmicos para o estabelecimento que o vai aos índices que se alteram por efeito de redução da
pasteurizar, devendo aí chegar no mesmo dia da matéria gorda;
ordenha; III - ser pasteurizado pelos processos indicados no
IV - no “posto de refrigeração” ou no “entreposto-usina” presente Regulamento.
será conservado à temperatura máxima de 5ºC (cinco § 13º Estes tipos de leite podem ser objeto de comércio
graus centígrados) até ser pasteurizado, devendo a intermunicipal, após submetidos à operações de pré-
pasteurização ser iniciada dentro de 2 (duas) horas aquecimento e refrigeração.
§ 14º Vigoram para os leites “magro e desnatado” as
após o recebimento;
mesmas exigências para o leite tipo “C”, quanto ao horário
V - a distribuição ao consumo deverá ser feita no prazo de beneficiamento e condições de distribuição.
máximo de 24 (vinte e quatro) horas, após a chegada e) leite “reconstituído”:
na usina. § 15º A reconstituição do leite para fins de
§ 5º O leite tipo “B” pode ser produzido numa localidade abastecimento público, fica a critério das autoridades
para venda em outra, desde que devidamente locais competentes, que estabelecerão às condições
engarrafado e transportado em veículo próprio, para seu preparo e entrega ao consumo.
obedecidas as condições de temperatura e prazos Art. 214. Para os diversos tipos de leite são fixados
previstos neste artigo. os seguintes limites máximos de temperatura:
§ 6º Desde a ordenha até a entrega ao consumo o leite I - refrigeração no posto, para ser transportado à usina
tipo “B” só pode ser mantido em recipientes de aço ou entreposto-usina:
inoxidável, alumínio ou vidro. Permite-se a embalagem 5ºC (cinco graus centígrados);
final em recipiente de papel desde que aprovado pelo II - conservação no estreposto-usina antes da
DDIS. pasteurização, em tanques com agitador mecânico:
§ 7º Não se permite para o leite tipo “B” a padronização,
5ºC (cinco graus centígrados);
o pré-aquecimento e o conge-lamento.
III - refrigeração após a pasteurização: 5ºC (cinco
§ 8º Para o beneficiamento do leite tipo “B” a Inspeção
graus centígrados);
Estadual organizará um horário durante o qual fica
IV - conservação engarrafado, em câmara frigorífica, que
proibido o beneficiamento de leite de outros tipos.
deve ser mantida a 5ºC (cinco graus centígrados);
c) leite tipo “C” deve satisfazer às seguintes
condições: V - entrega ao consumo, leite engarrafado: 10ºC (dez
I - ser produzido em fazendas leiteiras com inspeção graus centígrados);
sanitária periódica de seus rebanhos; VI - entrega ao consumo, leite em veículo-tanque: 10ºC
II - dar entrada, em seu estado integral, nos (dez graus centígrados);
estabelecimentos de beneficiamento, em horas fixadas VII - entrega ao consumo, leite esterilizado: temperatura
pela Inspeção Estadual, em qualquer hipótese, chegar ambiente.
aos estabelecimentos até às 12 (doze) horas, se o Art. 215. Em localidade de consumo reduzido, onde
leite não tiver sido previamente resfriado. Este prazo o estabelecimento industrial que beneficia o leite não
pode ser dilatado quando se tratar de leite resfriado e comporte a instalação de equipamento mecânico,
conservado no máximo a 10ºC (dez graus centígrados) permite-se o engarrafamento manual.
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Art. 216. É permitida a produção e beneficiamento do prazo fixado por este Regulamento.
de leite para consumo, de tipos diversos dos previstos § 6º É proibida a repasteurização do leite, salvo quando
no presente Regulamento, tais como leite fervido, leite para fins industriais.
esterilizado e outros, mediante prévia autorização do DDIS. § 7º Tolera-se o aquecimento entre 68 - 70ºC (sessenta
Art. 217. Entende-se por beneficiamento do leite, seu e oito a setenta graus centígrados) por 2 - 5 (dois a
tratamento desde a seleção, por ocasião da entrada em cinco) minutos a vapor direto, devidamente filtrado do
qualquer estabelecimento, até o acondicionamento final, leite destinado à fabricação de queijos.
compreendendo uma ou mais das seguintes operações: Art. 221. Entende-se por refrigeração, a aplicação do
filtração, pré-aquecimento, pasteurização, refrigeração, frio industrial ao leite cru, pré-aquecido ou pasteurizado,
congelamento, acondicionamento e outras práticas baixando-se à temperatura a graus que inibam,
tecnicamente aceitáveis. temporariamente, o desenvolvimento microbiano.
Parágrafo único. É proibido o emprego de substâncias Art. 222. Entende-se por leite UAT ou UHT (Utra
químicas na conservação do leite. Alta Temperatura) o leite homogeneizado submetido,
Art. 218. Entende-se por filtração a retirada por durante 2 a 4 segundos, a uma temperatura entre
processo mecânico das impurezas do leite, mediante 130ºC e 150ºC, mediante processo térmico de fluxo
centrifugação ou passagem em tecido filtrante próprio, contínuo, imediatamente resfriado a uma temperatura
sob pressão. inferior a 32ºC e envasado sob condições assépticas em
§ 1º Todo leite destinado ao consumo deve ser filtrado, embalagens estéreis e hermeticamente fechadas.
antes de qualquer outra operação de beneficiamento. Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento
§ 2º O filtro de pressão deve ser de fácil desmontagem, Técnico de Identidade e Qualidade específico,
preferindo-se os isolados com tecido filtrante de textura oficialmente adotado.
frouxa e penugem longa, descartáveis. Art. 223. Entende-se por engarrafamento a operação
Art. 219. Entende-se por pré-aquecimento (termização) pela qual o leite é envasado higienicamente, de modo a
a aplicação do calor ao leite em aparelhagem própria evitar a contaminação, facilitar sua distribuição e excluir
com a finalidade de reduzir sua carga microbiana, sem a possibilidade de fraude.
alteração das características próprias do leite cru. § 1º O leite só pode ser exposto à venda, engarrafado
§ 1º Considera-se aparelhagem própria, aquela provida em vasilhame esterilizado, fechado mecanicamente
de dispositivo de controle automático de temperatura, com fecho de reconhecida inviolabilidade, aprovado
de tempo e volume do leite, de modo que o produto pelo DDIS. Toleram-se engarrafamento e fecho manuais
tratado satisfaça às exigências deste Regulamento. em estabelecimentos que produzam leite dos tipos “C”
§ 2º O leite pré-aquecido deve ser refrigerado e “magro”, em quantidade inferior a 500 (quinhentos)
imediatamente após o aquecimento. litros diários.
§ 3º O leite pré-aquecido deve dar as reações § 2º O engarrafamento só será realizado em granjas
enzimáticas do leite cru, podendo desse modo ser leiteiras, estábulos, usinas de beneficiamento de leite,
destinado à pasteurização, para serem obtidos os estrepostos-usinas e ainda nos casos previstos neste
tipos “C”, “magro” e o “desnatado” ou ser destinado à Regulamento.
industrialização. § 3º O engarrafamento deve obedecer o seguinte:
Art. 220. Entende-se por pasteurização o emprego I - ser realizado em unidades de ¼, ½ e 1 (um quarto,
conveniente do calor, com o fim de destruir totalmente meio e um) litro de capacidade;
a flora microbiana patogênica sem alteração sensível da II - a forma desses vasilhames deve permitir fácil
constituição física e do equilíbrio do leite, sem prejuízo higienização, ter boca pelo menos com 38mm (trinta
dos seus elementos bioquímicos, assim como de suas e oito milímetros) de diâmetro externo, com bordas e
propriedades organolépticas normais. superfície interna lisas;
§ 1º Permitem-se os seguintes processos de III - à boca será adaptável fecho que proteja as bordas
pasteurização: do gargalo e seja inviolável, isto é, impossível de ser
I - pasteurização lenta, que consiste no aquecimento usado novamente depois de retirado;
do leite a 62 - 65ºC (sessenta e dois e sessenta e cinco IV - ser o vidro de paredes lisas internamente, de fundo
graus centígrados) por 30 (trinta) minutos, mantendo- chato e com ângulos arredondados ou de outro formato
se o leite em grande volume sob agitação mecânica aprovados pelo DDIS;
lenta, em aparelhagem própria; V - ser executado mecanicamente e de modo a não
II - Pasteurização de curta duração, que consiste no expor o leite a contaminações.
aquecimento do leite em camada laminar a 72 - 75ºC Art. 224. A lavagem e a esterilização dos frascos
(setenta e dois a setenta e cinco graus centígrados) por devem ser feitas em sala separada, contígua a do
15 a 20 (quinze a vinte) segundos, em aparelhagem engarrafamento: os frascos imediatamente após a
própria. esterilização devem ser enchidos, efetuando-se logo a
§ 2º Imediatamente após o aquecimento, o leite seguir o remate com fecho inviolável.
será refrigerado entre 2 e 5ºC (dois e cinco graus Art. 225. Será permitido o acondicionamento de leite
centígrados) e em seguida envasado. em recipiente de cartolina ou de papel parafinado, e
§ 3º Só se permite utilização de aparelhagem congêneres, fechados à máquina desde que se trate de
convenientemente instalada e em perfeito embalagem eficiente e estéril, aprovado pelo DDIS.
funcionamento, provida de dispositivos de controle Art. 226. Os fechos, cápsulas ou tampas devem
automático, de termo-regulador, de registradores de ser:
temperatura (termógrafos de calor e de frio) e outros I - metálicos ou de papel parafinado, tolerando-se o
que venham a ser considerados necessários para o papelão onde houver impossibilidade comprovada para
controle técnico-sanitário da operação. uso de outro material;
§ 4º Logo após a pasteurização o leite deve ser envasado II - adaptados de maneira inviolável;
e, a seguir distribuído ao consumo ou armazenado em III - impressos nas cores azul para o tipo “A”, verde para
câmara frigorífica a 5ºC (cinco graus centígrados) no o tipo “B”, natural para o tipo “C”, vermelho para o tipo
máximo. “magro”, amarelo para o “desnatado”, marrom para o
§ 5º É permitido o armazenamento frigorífico do leite “reconstituído”, com a inscrição do tipo respectivo; para
pasteurizado em tanques isotérmico providos de o leite esterilizado será adotada tampa tipo coroa.
mexedores automáticos, à temperatura de 2 - 5ºC Art. 227. Os frascos de leite devem ser acondicionados
(dois e cinco graus centígrados), desde que, após o em cestas higiênicas, leves e de fácil limpeza, devendo
engarrafamento, o leite seja dado ao consumo dentro as usinas de beneficiamento e entrepostos-usinas dispor
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
de instalações para a lavagem das mesmas. da ordenha de uma só fêmea; “leite de conjunto”, o
Art. 228. O transporte de leite engarrafado deve resultante da mistura de leites individuais.
ser feito em veículos higiênicos e adequados, que Parágrafo único. Não se permite para fins de consumo em “in
mantenham o leite ao abrigo do sol, da poeira, da natura”, a mistura de leite de espécies animais diferentes.
chuva e do calor. Art. 236. Até que sejam determinados os padrões
Parágrafo único. É proibido o transporte do leite regionais de leite, será considerado “integral” o leite
pronto para o consumo no dorso de animais ou em de conjunto que sem tratamento ou modificação
cargueiros. em sua composição, apresente as características
Art. 229. As usinas e entrepostos-usinas que previstas neste Regulamento para o padrão de leite
beneficiam mais de um tipo de leite, podem adotar normal.
frascos de formato diferente, desde que aprovado Art. 237. É obrigatória a análise do leite destinado
pelo DDIS. ao consumo ou à industrialização.
Art. 230. Por solicitação das autoridades de Saúde Parágrafo único. Os estabelecimentos são obrigados a
Pública, pode ser permitido o acondicionamento de leite controlar as condições do leite que recebem, mediante
pasteurizado em latões ou outro vasilhame higiênico, de instruções fornecidas pelo DDIS.
metal próprio e com fechos invioláveis, para entrega a Art. 238. A análise do leite, seja qual for o fim a que
hospitais, colégios, creches, estabelecimentos militares se destine, abrangerá os caracteres organolépticos e as
e outros, para consumo direto. Esse vasilhame deve provas de rotina, assim consideradas:
Decretos
satisfazer às exigências previstas neste Regulamento. I - caracteres organolépticos (cor, cheiro, sabor e
Art. 231. As autoridades de Saúde Pública aspecto) temperatura e lacto-filtração;
determinarão as condições de manutenção do leite II - densidade pelo termo-lacto-densímetro a 15ºC
nos estabelecimentos varejistas. (quinze graus centígrados);
Art. 232. É permitido o transporte de leite em III - acidez pelo acidímetro Dornic, considerando-se
veículos-tanques, para distribuição ao consumo: prova complementar a da cocção, do álcool ou do
I - só para leite “magro” e “desnatado”, pasteurizados, alizarol;
com tolerância para o tipo “C”, enquanto não existir IV - gordura pelo método de Gerber;
instalações suficientes nos centros de consumo, para V - estrato seco total e desengordurado, por discos,
engarrafamento total; tabelas ou aparelhos apropriados.
II - os veículos devem ser providos de molas e o Art. 239. Dada a imprecisão das provas de rotina
tanque de transporte de paredes duplas, isotérmicas, só poderá ser considerado anormal, e desse modo
de modo a manter o produto durante todo o percurso condenado por fraude, o leite que se apresente fora do
em temperatura máxima de 10ºC (dez graus padrão no mínimo em 3 (três) provas de rotina ou em
centígrados); 1 (uma) de rotina e 1 (uma) de precisão.
III - o tanque deve ser do tipo móvel, internamente Parágrafo único. consideram-se provas de precisão:
de alumínio, de aço inoxidável, ou de outro material I - determinação do índice de refração no soro
aprovado pelo DDIS, de estrutura sem ângulos vivos, cúprico;
paredes lisas de fácil limpeza, providos de mexedor II - determinação do índice crioscópico.
automático, que poderá ser dispensado quando o leite Art. 240. Só pode ser beneficiado leite considerado
for homogeneizado; normal, proibindo-se beneficiamento do leite que:
IV - as torneiras devem ser de metal inoxidável, sem I - provenha de propriedade interditada nos termos
juntas, sem soldas, de fácil desmontagem, em conexão do artigo 191;
com o aparelho de medição automática e providas de II - revele presença de germes patogênicos;
dispositivos especiais para sua proteção; III - esteja adulterado ou fraudado, revele presença de
V - o enchimento do tanque será feito por meio de colostro ou leite de retenção;
canalização própria, a partir do depósito isotérmico IV - apresente modificações em suas propriedades
do estabelecimento passando ou não por medidores organolépticas, inclusive impurezas de qualquer
automáticos, proibindo-se o uso de equipamento que natureza e acidez inferior a 15ºD (quinze graus Dornic)
possa contaminar o leite, a juízo do DDIS; ou superior a 18ºD (dezoito graus Dornic);
VI - o enchimento do tanque e a fixação do selo de V - revele, na prova de redutase, contaminação
chumbo serão realizados com a assistência da Inspeção excessiva, com descoramento em tempo inferior a 5
Estadual; (cinco) horas para o tipo “A”; 3,30 (três horas e meia)
VII - o selo de chumbo será transpassado por etiqueta para o tipo “B” e 2,30 (duas horas e meia) para os
com data, assinatura e cargo do analista; demais tipos;
VIII - o distribuidor de leite em carro tanque deve trazer VI - não coagule pela prova do álcool ou do alizarol.
permanentemente o certificado de análise, no qual § 1º O leite pasteurizado para ser exposto ao consumo
constarão: tipo de leite, temperatura, hora de saída como integral deve apresentar:
da usina de beneficiamento ou entreposto-usina e a I - caracteres organolépticos normais do leite cru;
composição do produto contido no tanque; II - teor de gordura original, isto é, sem acréscimo e
IX - externamente os carros tanques trarão em sem diminuição;
caracteres visíveis o tipo de leite nele contido, bem III - acidez não inferior a 15ºD (quinze graus Dornic)
como a relação dos preços de venda no varejo por nem superior a 20ºD (vinte graus Dornic);
litro ou fração. IV - extrato seco desengordurado não inferior a 8,5%
Art. 233. A violação dos fechos dos carros-tanques (oito e cinco décimos por cento);
entre a saída e o retorno à usina de beneficiamento, ou V - extrato seco não inferior a 12,2% (doze e dois
ao entreposto-usina, implicará na apreensão sumária décimos por cento);
do veículo; os infratores serão autuados para efeito VI - densidade a 15ºC (quinze graus centígrados) entre
de aplicação da penalidade que couber e apresentado 1028 (mil e vinte e oito) a 1033 (mil e trinta e três);
à autoridade policial, para o competente inquérito VII - ponto crioscópico -0,55ºC (menos cinquenta e
criminal. cinco centésimos de graus centígrados);
Art. 234. Permite-se a homogeneização de qualquer VIII - índice refratométrico no soro cúprico a 20ºC
tipo de leite, desde que em aparelhagem previamente (vinte graus centígrados) não inferior a 37ºZ (trinta e
aprovada. sete graus Zeiss).
§ 2º As provas de precisão só podem ser realizadas por
Art. 235. Para efeito de aplicação deste Regulamento
laboratórios credenciados.
considera-se “leite individual” o produto resultante
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Art. 241. O leite tipo “C” ou padronizado, para ser quaisquer elementos estranhos à sua composição;
ofertado ao consumo, deve satisfazer às exigências do IV - for de um tipo e se apresentar rotulado como de
leite integral, menos nos seguintes pontos: outro de categoria ou inferior superior;
I - teor de gordura, que será de 3% (três por cento) no mínimo; V - estiver cru e for vendido como pasteurizado;
II - extrato seco total, 11,7% (onze e sete décimos VI - for oferecido ao consumo sem as devidas garantias
por cento); de inviolabilidade.
III - extrato seco desengordurado, 8,7% (oito e sete § 1º Só pode ser inutilizado leite considerado impróprio
décimos por cento); para consumo ou fraudado, que a juízo da Inspeção
IV - densidade a 15ºC (quinze graus centígrados) entre Estadual não possa ter aproveitamento condicional.
1031 (mil e trinta e um) e 1035 (mil e trinta e cinco). § 2º Considera-se aproveitamento condicional:
Art. 242. O leite do tipo “magro” só pode ser oferecido I - a desnaturação do leite e sua aplicação na
ao consumo quando: alimentação animal;
I - satisfizer ao padrão físico-químico para o leite II - a desnatação do leite para obtenção de creme para
padronizado, com as alterações decorrentes da redução manteiga e leite desnatado para fabricação de caseína
do teor de gordura; industrial ou alimento para animais.
II - apresentar teor de gordura não inferior a 2% (dois Art. 247. Quando as condições de produção,
por cento). conservação e transporte, composição química ou carga
Parágrafo único. serão determinados pelo DDIS os bacteriológica não permitirem que o leite satisfaça
padrões físico-químicos deste tipo de leite. ao padrão a que se destina, pode ser aproveitado na
Art. 243. Para a determinação do padrão bacteriológico obtenção de tipo inferior, desde que se enquadre no
e das enzimas do leite adotam-se as provas de redutase, respectivo padrão.
fosfatase, peroxidase, contagem microbiana e teste de Parágrafo único. Não sendo possível o aproveitamento a
presença de coliformes. que se refere este artigo, a juízo da Inspeção Estadual,
§ 1º Para o leite pasteurizado, a prova de fosfatase deve será destinado ao aproveitamento condicional.
ser negativa e a de peroxidase positiva. Art. 248. Serão aplicadas as multas previstas
§ 2º O número de germes por mililitro não deve ser neste Regulamento ao estabelecimento que oferecer
superior a: à venda, leites com padrões não correspondentes ao
I - 10.000 (dez mil) antes da pasteurização a 500 respectivo tipo:
(quinhentos) depois da pasteurização, para o leite I - em 3 (três) análises sucessivas, persistindo o
tipo “A”; defeito apesar de notificação ao estabelecimento
II - 500.000 (quinhentos mil) antes e 40.000 (quarenta produtor;
mil) depois da pasteurização, para o leite tipo “B”; II - em 5 (cinco) análises interpoladas no período de
III - para os demais tipos de leite, 150.000 (cento e 1 (um) mês.
cinquenta mil) depois da pasteurização; Parágrafo único. Nos casos de perícia o interessado ou
IV - o número de germes termófilos e psicrófilos não seu preposto pode acompanhar as análises que devem
devem ultrapassar de 10% (dez por cento) o número ser realizadas em laboratórios oficiais.
de mesófilos.
§ 3º Para os envases adotam-se a contagem microbiana CAPÍTULO XI
e o teste da presença de coliformes, tolerando-se após CREME
a higienização, no máximo para a primeira, 100 (cem)
germes por mililitro e ausência de coliformes para o Art. 249. Entende-se por creme de leite o produto
segundo. lácteo relativamente rico em gordura retirada do leite
§ 4º Imediatamente após a pasteurização o leite deve por procedimento tecnologicamente adequado, que
se apresentar isento de coliformes em 1ml (um mililitro) apresenta a forma de emulsão de gordura em água.
da amostra. Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento
Art. 244. O teor de coliformes será julgado como Técnico de Identidade e Qualidade específico,
se segue: oficialmente adotado.
I - tipo “A” - ausência em 1ml (um mililitro); Art. 250. Considera-se “Creme de Leite à Granel
II - tipo “B” - tolerância em 0,5ml (meio mililitro); de Uso Industrial” ou “Creme Industrial” o produto
III - tipo “C” - e “magro” - tolerância em 0,2 ml(dois obtido em quantidade, transportado ou não de um
décimos de mililitro). estabelecimento industrial de produtos lácteos a outro,
Art. 245. Considera-se leite impróprio para consumo a ser processado e que não seja destinado ao consumo
in natura, o que não satisfaça às exigências previstas humano direto.
para a sua produção e que: Art. 251. O creme sem tratamento, só pode
I - revele acidez inferior a 15ºD (quinze graus Dornic) permanecer no posto de desnatação até 72 (setenta e
e superior a 20ºD (vinte graus Dornic); duas) horas após a sua produção.
II - contenha colostro ou elementos figurados em Art. 252. O creme destinado à fabricação de requeijão
excesso; deve satisfazer no mínimo, aos requisitos de creme de
III - não satisfaça ao padrão bacteriológico previsto; 1ª qualidade.
IV - revele presença de nitratos ou nitritos;
V - apresente modificações de suas propriedades CAPÍTULO XII
organolépticas normais; LEITES DESIDRATADOS
VI - apresente elementos estranhos à sua composição
normal; Art. 253. Entende-se por “Leite Desidratado” o
VII - revele quaisquer alterações que o tornem impróprio produto resultante da desidratação parcial ou total,
ao consumo, inclusive corpos estranhos de qualquer em condições adequadas, do leite adicionado ou não
natureza. de substâncias permitidas pelo DDIS.
Art. 246. Considera-se fraudado, adulterado ou § 1º Consideram-se produtos resultantes de desidratação
falsificado, o leite que: parcial: o leite concentrado, evaporado, condensado e
I - for adicionado água; o doce de leite.
II - tiver sofrido subtração de qualquer de seus § 2º Consideram-se produtos resultantes da desidratação
componentes, excetuando-se gordura nos tipos “C” total: o leite em pó e as farinhas lácteas.
e “magro”; § 3º Permite-se a estantaneização do leite, deste que
III - for adicionado substâncias conservadoras ou de obtido por processos aprovados pelo DDIS.
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Art. 254. Permite-se a desidratação do leite integral, Parágrafo único. Permite-se a distribuição do leite
do padronizado, do magro e do desnatado. concentrado, devidamente acondicionado desde que
Art. 255. Só pode ser empregado na fabricação do obedeça pelo menos às determinações previstas neste
leite desidratado para consumo direto, o leite fluído Regulamento para o leite tipo “C”.
que satisfaça, no mínimo, as condições previstas neste Art. 265. Entende-se por “leite evaporado” ou “leite
Regulamento para o leite tipo “C”, exclusive quanto ao condensado sem açúcar” o produto resultante da
teor de gordura e de sólidos totais. desidratação parcial, em vácuo, de leite próprio para
Art. 256. O leite desidratado só pode ser exposto o consumo, seguido de homogeneização, enlatamento
ao consumo em embalagem devidamente rotulada, e esterilização.
trazendo além das demais especificações, as seguintes: Parágrafo único. São fases da fabricação do leite
teor de gordura ou indicação da categoria neste particular evaporado: seleção do leite, filtração, padronização
(exemplo “leite evaporado magro”), composição base dos teores de gordura e de sólidos totais, condensação,
do produto, quantidade de água a ser adicionada para h o m o g e n e i z a ç ã o, r e f r i g e ra ç ã o, e n l a t a m e n t o,
a reconstituição, bem como instruções sobre esta esterilização, agitação e manutenção em temperatura
operação. ambiente pelo tempo necessário à verificação de suas
condições de conservação.
Art. 257. No estabelecimento em que seja fabricado
leite em pó, modificado ou não, para alimentação Art. 266. É permitida a irradiação ou adição do
infantil e farinhas lácteas, haverá sempre Laboratório produto vitaminado ao “leite evaporado” visando-se
Decretos
de Bacteriologia e na direção dos trabalhos um técnico aumentar o seu teor em vitamina D.
responsável. Art. 267. O “leite evaporado” deve atender às
Art. 258. Quando por deficiência de matéria-prima ou seguintes condições:
erro de fabricação o produto não apresente condições I - ser obtido de matéria-prima que satisfaça às
que permitam seu aproveitamento, será destinado para exigências previstas neste Regulamento;
fins industriais, devendo o continente trazer de modo II - apresentar características organolépticas normais
bem visível, a indicação “leite desidratado para uso ao produto;
industrial” (confeitaria, padaria ou estabelecimentos III - apresentar, quando reconstituído, composição quí-
congêneres). mica do tipo de leite de consumo a que corresponder;
§ 1º Considera-se deficiência da matéria-prima, a acidez IV - ter no máximo 0,1g% (um decigrama por cento),
anormal do leite original ou defeitos dos ingredientes de bicarbonato ou citrato de sódio ou de ambos na
adicionados. totalidade, a fim de assegurar o equilíbrio coloidal.
§ 2º Considera-se erro de fabricação tudo que der causa Art. 268. Entende-se por “leite condensado” ou
a defeito nas características químicas, organolépticas “leite condensado com açúcar” o produto resultante da
ou microbiológicas do produto. desidratação em condições próprias de leite adicionado
Art. 259. O leite desidratado destinado ao consumo de açúcar.
direto deve estar isento de impurezas, não conter Parágrafo único. São fases de fabricação de leite
germes patogênicos ou que causem deterioração do condensado: seleção do leite, padronização dos teores de
produto e não revelar presença de coliformes. gordura e de sólidos totais, pré-aquecimento, adição de
Parágrafo único. O DDIS fixará em instruções especiais, xarope (solução de sacarose ou glicose), condensação,
e para cada caso, a contagem global de germes refrigeração, cristalização e enlatamento.
tolerada. Art. 269. O “leite condensado” deve satisfazer às
Art. 260. Entende-se por “leite concentrado” o seguintes especificações:
produto resultante da desidratação parcial em vácuo I - apresentar características organolépticas próprias;
do leite fluído seguida de refrigeração. II - apresentar acidez em ácido lático, entre 0,08 e
§ 1º Consideram-se fases da fabricação deste produto: 0,16g% (oito e dezesseis centigramas por cento),
seleção do leite, filtração, padronização dos teores quando na diluição de uma parte do produto para 2,5
de gordura e de sólidos totais, pré-aquecimento, (duas e meia) partes de água;
condensação, refrigeração e embalagem. III - apresentar na reconstituição, em volume, uma parte
§ 2º Quando necessária será permitida a adição de de leite para 2,25 (duas e vinte e cinco centésimos)
estabilizador da caseína, desde que aprovado pelo partes de água, teor de gordura que atinja o limite do
DDIS. padrão de leite de consumo correspondente, tendo 28%
(vinte e oito por cento), no mínimo, de extrato seco
Art. 261. O leite concentrado deve atender às
total do leite e, no máximo, 45% (quarenta e cinco por
seguintes condições:
cento), de açúcar, excluída a lactose.
I - ser obtido de matéria-prima que satisfaça as
exigências deste Regulamento e preparado em Art. 270. Entende-se por “Doce de Leite” o produto,
estabelecimento devidamente aparelhado; com ou sem adição de outras substâncias alimentícias,
II - apresentar características organolépticas próprias; obtido por concentração e ação do calor a pressão
III - apresentar, depois de reconstituído, composição normal ou reduzida do leite ou leite reconstituído, com
química dentro do padrão do leite de consumo a que ou sem adição de sólidos de origem láctea e/ou creme e
corresponda; adicionado de sacarose (parcialmente substituída ou não
IV - ter no máximo 0,1g% (um decigrama por cento) por monossacarídeos e/ou outros dissacarídeos).
do fosfato ou citrato de sódio, como estabilizador de Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento
caseína. Técnico de Identidade e Qualidade específico,
oficialmente adotado.
Art. 262. O produto será acondicionado de modo a
evitar contaminação, permitindo-se o emprego de latões Art. 271. Entende-se por “Queijo em Pó”, o produto
comuns de transporte de leite, desde que devidamente obtido por fusão e desidratação, mediante um processo
esterilizados. tecnologicamente adequado, da mistura de uma ou
mais variedades de queijo, com ou sem adição de
Art. 263. Só é permitida o congelamento do leite
outros produtos lácteos e/ou sólidos de origem láctea
concentrado no próprio vasilhame em que vai ser
e/ou especiarias, condimentos ou outras substâncias
transportado.
alimentícias, e no qual o queijo constitui o ingrediente
Art. 264. O transporte do leite concentrado congelado, lácteo utilizado como matéria-prima predominante na
dos estabelecimentos de concentração ao ponto de base láctea do produto.
destino (usina de beneficiamento ou fábrica de laticínios) Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento
não deve ultrapassar de 24 (vinte e quatro) horas.
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Decretos
os produtos oriundos de misturas de leite in natura grãos do quefir ou por adição de levedura de cerveja e
ou evaporados, com farináceos, ovos, açúcares, sais fermentos láticos próprios, e deve apresentar:
minerais, vitaminas naturais ou sintéticas ou outros I - homogeneidade e consistência cremosa;
permitidos, com denominação ou não de fantasia. II - sabor acidulado, picante ligeiramente alcoólico;
Parágrafo único. Os produtos a que se refere o presente III - teor de ácido lático de 0,5 a 1,5% (meio, a um e
artigo, só podem ser preparados depois de aprovadas as meio por cento);
fórmulas e processos de fabricação pelo DDIS, e ouvido IV - teor alcoólico no máximo de 1,5% (um e meio por
o órgão competente de Saúde Pública. cento) no “quefir fraco” e até 3% (três por cento) no
Art. 287. A adição de gordura estranha à composição “quefir forte”;
normal do leite, como gordura bovina, óleo de fígado V - germes da flora normal com vitalidade;
de bacalhau, gordura de coco, óleo de soja, margarina VI - ausência de impurezas de germes patogênicos,
ou outras, a produtos que se destinem à alimentação de coliformes e de quaisquer elementos estranhos à
humana ou à dietética infantil, só é permitida mediante sua composição;
aprovação da fórmula pelo órgão competente de Saúde VII - acondicionamento em frascos com fecho
Pública. inviolável.
Parágrafo único. Não se permite dar a este produto Art. 294. Entende-se por “Iogurte” o produto obtido
denominação que indique ou dê impressão de se tratar pela fermentação láctea através da ação do Lactobacillus
de leite especialmente destinado à dietética infantil bulgaricus e do Streptococcus thermophilus sobre o leite
como: “leite maternizado”, “leite humanizado” ou integral, desnatado ou padronizado.
outros congêneres. Parágrafo único. Deverá ser atendido a padrões
Art. 288. Considera-se impróprio para o consumo o de identidade e qualidade específicos, oficialmente
“leite desidratado” que apresentar: aprovado.
I - cheiro e sabor estranho, de ranço, de mofo e Art. 295. Denomina-se “leite acidophillus” o produto
outros; resultante da ação do lacto-bacilus acidophillus sobre
II - defeitos de consistência como coagulação com o leite. Deve apresentar, além de suas características
ou sem dessoro no “leite parcialmente desidratado, próprias, as condições específicas para o “iogurte”,
arenosidade ou granulação excessiva no “leite com acondicionamento em frascos de fecho inviolável
condensado” e insolubilidade no “leite em pó” e nas e a declaração no rótulo dos teores em ácido láctico e
“farinhas lácteas; em gordura.
3 - estufamento em latas de “leite parcialmente Art. 296. O leite fermentado deve ser conservado em
desidratado”; temperatura inferior a 10ºC (dez graus centígrados).
IV - presença de corpos estranhos e de parasitas de
Art. 297. Considera-se fraudado ou falsificado o leite
qualquer natureza;
fermentado que:
V - embalagem defeituosa, expondo o produto à
I - contiver fermentos estranhos aos permitidos;
contaminação e a deterioração;
II - for preparado com leite adulterado, fraudado ou
VI - substâncias não aprovadas pelo DDIS.
impróprio para o consumo;
Art. 289. O aproveitamento condicional de produtos 3 - não corresponder às indicações dos rótulos.
com defeito de fabricação ou de embalagem pode ser
Art. 298. Considera-se impróprio para o consumo e
autorizado pelo DDIS para fins industriais (preparo
como tal imediatamente condenado, o leite fermentado
de doce de leite, de confeitos e outros), ou para
que:
alimentação animal.
I - apresentar fermentação anormal;
Art. 290. O “leite em pó” para fins industriais ou II - contiver germes patogênicos, coliformes ou outros
culinários pode apresentar teor de umidade até 5% que ocasionem deterioração ou indiquem defeitos de
(cinco por cento) e se classificará, quanto ao teor de manipulação;
gordura, conforme o disposto no artigo 279. III - contiver mais ácido lático do que o permitido;
Parágrafo único. Permite-se a embalagem do leite em IV - contiver elementos estranhos à sua composição, ou
pó para fins industriais, culinários ou para alimentação substâncias não aprovadas pelo DDIS.
de animais em sacos de polietileno, contidos em sacos
Art. 299. Denomina-se “leitelho” o líquido resultante
de papel multifolhado ou em caixas de papelão.
da batedura do creme para a fabricação de manteiga,
adicionado ou não de leite desnatado e acidificado
CAPÍTULO XIII
biologicamente por fermentos selecionados, com
OUTROS PRODUTOS LÁCTEOS
desdobramento parcial da lactose e rico em ácido láctico,
proteínas e sais minerais. Pode ser oferecido ao consumo
Art. 291. Além dos produtos indicados nos capítulos em estado fresco ou em pó, apresentando:
anteriores, são considerados derivados do leite: gordura a) leitelho fresco:
desidratada do leite, leite fermentado, refresco de leite, I - máximo de 2% (dois por cento) de gordura de leite;
117
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
118
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Art. 310. As “manteigas de mesa ou de cozinha” devem Técnico de Identidade e Qualidade específico,
ser consideradas impróprias para o consumo, além de oficialmente adotado.
sujeitas às demais restrições deste Regulamento: Art. 316. Para efeito de padronização dos queijos,
I - quando apresentem caracteres organolépticos fica estabelecida a seguinte nomenclatura, de acordo
anormais de qualquer natureza; com a consistência do produto.
II - quando em análise, fique demonstrada a adição de I - moles: “Minas frescal”, “queijo fundido”, “Ricota
substâncias nocivas, conservadoras, produtos estranhos fresca”, “Requeijão” e os tipos “Roquefort”, “Gorgonzola”,
à sua composição ou matéria corante não permitida “Limburgo” e outros;
pelo DDIS; II - semiduros: Minas (padrão), Prato, tipo Edam ou
III - quando contenham detritos, sujidades, insetos ou Reno, tipos: “Gouda”, “Gruyére”, “Emental”, “Tilsit”,
corpos estranhos de qualquer natureza; “Estepe”, “Mussarela”, “Siciliano”, “Fontina” e outros;
IV - quando contenham microorganismos, em III - duros: Minas duro e os tipos “Parmesão”, “Chedar”,
número que indique defeitos de matéria-prima ou de “Provolone”, “Caccio-cavalo”, “Ricota defumada” e
elaboração; outros.
V - quando revelem em exame bacteriológico, Art. 317. O queijo tipo “Roquefort” é obtido do leite
coliformes, lêvedos e cogumelos em número superior ao cru ou pasteurizado, de massa crua, não prensado,
previsto nas técnicas padrões do DDIS ou apresentem devidamente maturado pelo espaço mínimo de 3 (três)
germes patogênicos. meses. Deve apresentar:
Decretos
I - formato: cilíndrico, faces planas e bordos retos,
CAPÍTULO XV formando ângulo vivo;
QUEIJOS II - pêso: entre 2 e 2,200 Kg (dois e dois quilos e
duzentos gramas);
Art. 311. Entende-se por “queijo” o produto fresco III - crosta: fina, úmida, pegajosa, de cor amarelada;
ou maturado que se obtém por separação parcial do IV - consistência: mole, esfarelante, com untura
soro do leite ou leite reconstituído (integral, parcial ou manteigosa;
totalmente desnatado) ou de soros lácteos, coagulados V - textura: fechada ou com poucos e pequenos buracos
pela ação física do coalho, enzimas específicas de mecânicos;
bactérias específicas, de ácidos orgânicos, isolados VI - cor: branco-creme, apresentando as formações
ou combinados, todos de qualidade apta para uso características verde-azuladas bem distribuídas, devido
alimentar, com ou sem agregação de substâncias ao Penicillium roquefort;
alimentícias e/ou especiarias e/ou condimentos, aditivos VII - odor e sabor: próprios, sendo o sabor salgado
especificamente indicados, substâncias aromatizantes e picante.
e matérias corantes. Parágrafo único. Este queijo deve ser exposto à venda
§ 1º Entende-se por queijo fresco o que está pronto convenientemente envolvido em papel metálico.
para o consumo, logo após a sua fabricação; Art. 318. O queijo tipo “Gorgonzola” é de fabricação
§ 2º Entende-se por queijo maturado o que sofreu as idêntica ao do tipo “Roquefort”, diferenciando-se deste
trocas bioquímicas e físicas necessárias e características apenas por ser fabricado exclusivamente com leite
da variedade do queijo; de vaca.
§ 3º A denominação queijo está reservada aos produtos Art. 319. O queijo tipo “Limburgo” é o produto
em que a base láctea não contenha gordura e/ou obtido de leite cru ou pasteurizado, não prensado e
proteína de origem não láctea; devidamente maturado. Deve apresentar:
§ 4º Deverá ser atendido o Regulamento Técnico I - formato: paralelepípedo;
de Identidade e Qualidade específico, oficialmente II - peso: entre 250 e 300g (duzentas e cinquenta e
adotado. trezentos gramas);
Art. 312. Entende-se por “Queijo Dambo”, o queijo III - crosta: fina, lisa, amarelo-parda, úmida e
maturado que se obtém por coagulação do leite por meio pegajosa;
do coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas, IV - consistência: pastosa, tendente a mole e de untura
complementada ou não pela ação de bactérias lácteas manteigosa;
específicas. V - textura: fechada ou com poucos buracos
Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento mecânicos;
Técnico de Identidade e Qualidade específico, VI - cor: branco creme, podendo apresentar leve
oficialmente adotado. tonalidade rósea;
Art. 313. Entende-se por “Queijo Pategrás Sandwich”, VII - odor: próprio, tendente ao amoniacal;
o queijo maturado que se obtém por coagulação do leite VIII - sabor: próprio, gosto salgado, tendente ao
por meio do coalho e/ou outras enzimas coagulantes picante.
apropriadas, complementada ou não pela ação de Parágrafo único. Este queijo deve ser exposto à venda
bactérias lácteas específicas. envolvido em papel metálico ou parafinado.
Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento Art. 320. “Ricota fresca” é o produto obtido da
Técnico de Identidade e Qualidade específico, albumina de soro de queijos, adicionado de leite
oficialmente adotado. até 20% (vinte por cento) do seu volume, tratado
Art. 314. Entende-se por “Queijo Tandil”, o queijo convenientemente e tendo o máximo de 3 (três) dias
maturado que se obtém por coagulação do leite por meio de fabricação. Deve apresentar:
do coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas, I - formato: cilíndrico;
complementada ou não pela ação de bactérias lácteas II - peso: 0,300g a 1.000 kg (trezentos gramas a um
específicas. quilograma);
Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento III - crosta: rugosa, não formada ou pouco nítida;
Técnico de Identidade e Qualidade específico, IV - consistência: mole, não pastosa e friável;
oficialmente adotado. V - textura: fechada ou com alguns buracos
Art. 315. Entende-se por “Queijo Tybo”, o queijo mecânicos;
maturado que se obtém por coagulação do leite por meio VI - cor: branca ou branco-creme;
do coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas, VII - odor e sabor: próprios.
complementada ou não pela ação de bactérias lácteas Art. 321. Entende-se por “Queijo Processado” o
específicas. produto obtido por trituração, mistura, fusão e emulsão
Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento por meio de calor e agentes emulsionantes de uma
119
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
ou mais variedades de queijo, com ou sem adição de obtido de leite pasteurizado, de massa semicozida,
outros produtos lácteos e/ou sólidos de origem láctea prensado e devidamente maturado por 2 (dois) meses
e ou especiarias, condimentos ou outras substâncias no mínimo. Deve apresentar:
alimentícias na qual o queijo constitui o ingrediente I - formato: esférico;
lácteo utilizado como matéria-prima preponderante II - peso: 1.800 a 2.200g ( mil e oitocentos a duas mil
na base láctea. e duzentos gramas);
Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento III - crosta: lisa, fina, colorida de vermelho ou róseo,
Técnico de Identidade e Qualidade específico, preferentemente revestida de parafina;
oficialmente adotado. IV - consistência: massa semidura, pouco elástica, de
Art. 322. Entende-se por “Requeijão” o produto obtido untura tendente a seca;
pela fusão de massa coalhada, cozida ou não, dessorada V - textura: aberta, com poucos olhos arredondados, de
e lavada, obtida por coagulação ácida e/ou enzimática contorno nítido, de fundo brilhante e aproximadamente
do leite opcionalmente adicionado de creme de leite e/ com 3mm (três milímetros) de diâmetro;
ou manteiga e/ou gordura anidra de leite ou butter oil. VI - cor: amarelo-palha ou amarelada, homogênea,
O produto poderá estar adicionado de condimentos, podendo ter tonalidade rósea;
especiarias e/ou outras substâncias alimentícias. VII - odor e sabor: próprios e picantes, suaves, sendo
Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento este último tendente ao adocicado.
Técnico de Identidade e Qualidade específico, Art. 329. O queijo tipo “Gruyére” é o produto obtido
oficialmente adotado. do leite cru ou pasteurizado, de massa cozida, prensada
Art. 323. Entende-se por “Massa” para elaborar e devidamente maturado pelo espaço mínimo de 4
“Queijo Mussarela” o produto intermediário de uso (quatro) meses. Deve apresentar:
industrial exclusivo, destinado à elaboração de Queijo I - formato: cilíndrico, de faces planas e bordos
Mussarela, que se obtém por coagulação de leite, ligeiramente convexos, formando ângulos vivos;
por meio de coalho e/ou outras enzimas coagulantes II - peso: 20 a 45 kg (vinte a quarenta e cinco
apropriadas, complementadas ou não por ação de quilogramas);
bactérias lácteas específicas. III - crosta: firme, grossa, lisa, de cor amarelo-parda;
Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento IV - consistência: massa semidura, elástica, de untura
Técnico de Identidade e Qualidade específico, semi-manteigosa;
oficialmente adotado. V - textura: aberta, apresentando olhadura característica,
Art. 324. O “Queijo Minas (padrão)” é o produto com olhos ovalares, de 5 a 10 mm (cinco a dez
obtido de leite integral ou padronizado, pasteurizado, de milímetros) de diâmetro, regularmente distribuídos;
massa crua, prensada mecanicamente e devidamente VI - cor: amarelo-clara, homogênea e translúcida;
maturado durante 20 (vinte) dias. Deve apresentar: VII - odor e sabor: próprios, agradáveis, sendo o último
I - formato: cilíndrico, de faces planas e bordos retos, adocicado ou tendente ao picante suave.
formando ângulo vivo; Art. 330. O queijo tipo “Emental” é o produto
II - peso: 1 kg a 1,200 kg (um quilograma a um quilo obtido do leite cru ou pasteurizado, de massa cozida,
e duzentos gramas); prensado e devidamente maturado pelo espaço
III - crosta: fina amarelada, preferentemente revestida mínimo de 4 (quatro) meses. Deve apresentar as
de parafina; características do queijo tipo “Gruyére”, com as
IV - consistência: semidura, tendente a macia, de seguintes particularidades:
untura manteigosa; I - formato: dimensões maiores;
V - textura: buracos mecânicos e em cabeça de alfinete, II - peso: entre 60 e 120 kg (sessenta e cento e vinte
pouco numerosos; quilogramas);
VI - cor: branco-creme, homogênea; III - textura: olhadura bem formada, com olhos de
VII - odor e sabor: próprios, ácidos, agradáveis e não 10mm a 25mm (dez a vinte e cinco milímetros) de
picantes. diâmetro.
Art. 325. Entende-se por “Queijo Prato” o queijo Art. 331. O queijo tipo “Estepe” é o produto obtido
maturado que se obtém por coagulação do leite por meio do leite pasteurizado, de massa semicozida, prensado
de coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas, e maturado pelo espaço de 2 a 3 (dois a três) meses.
complementada ou não pela ação de bactérias lácteas Deve apresentar:
específicas. I - formato: retangular, com ângulos vivos;
Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento II - peso: 5.500 a 6.500g (cinco mil e quinhentos a seis
Técnico de Identidade e Qualidade específico, mil e quinhentos gramas);
oficialmente adotado. III - crosta: grossa, bem formada, lisa, amarelada,
Art. 326. O queijo tipo “Batavo” é o produto obtido preferentemente revestida de parafina;
de leite pasteurizado, de massa semicozida, prensado IV - consistência: textura, cor e odor semelhantes aos
e maturado no mínimo por 20 (vinte) dias. Deve queijos tipo “Prato”, com sabor mais pronunciado.
apresentar: Art. 332. Entende-se por “Queijo Mussarela”, o queijo
I - formato: cilíndrico, baixo ou em paralelepípedo, de obtido pela filagem da massa acidificada (produto
faces planas, bordos retos e ângulos arredondados; intermediário obtido por coagulação do leite por meio
II - peso: de 1 (um) a 3 (três) quilogramas; de coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas)
III - crosta: lisa, fina, de cor amarelada, parafinada; complementada ou não pela ação de bactérias lácteas
IV - consistência: compacta, semidura, de untura específicas.
manteigosa: (mais duro que o queijo prato); Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento
V - textura: olhos irregulares, pequenos, mecânicos, Técnico de Identidade e Qualidade específico,
pouco numerosos; oficialmente adotado.
VI - coloração: massa amarelada (mais do que o Art. 333. O queijo tipo “Provolone Fresco” é produzido
queijo prato); de massa filada, obtido de leite pasteurizado, não
VII - odor e sabor: próprios, fortes, sendo o último prensado, dado ao consumo, até 20 (vinte) dias de
tendente a picante. fabricação. Deve apresentar:
Art. 327. O queijo tipo “Gouda” é semelhante ao I - formato: variável, tendente ao esférico;
queijo tipo “Prato padrão”, apresentando textura mais II - peso: de 500g a 2kg (quinhentos gramas a dois
firme e paladar mais picante. quilogramas);
Art. 328. O queijo tipo “Edam” ou Reino, é o produto II - crosta: consistência, textura, cor, odor e sabor,
120
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
idênticos aos do tipo “Mussarela”. Art. 339. O queijo tipo “Caccio-cavalo” é o produto
Parágrafo único. Este tipo pode apresentar pequena idêntico ao queijo tipo “provolone” com formato ovalar
quantidade de manteiga na massa, dando lugar à ou cilindro alongado.
variedade denominada “Butirro”. Art. 340. Entende-se por “Queijo Tilsit” o queijo
Art. 334. O queijo tipo “Siciliano” é o produto de maturado que se obtém por coagulação do leite por meio
massa filada, enformada e prensada, obtido de leite cru do coalho e/ou outras enzimas coagulantes apropriadas,
ou pasteurizado, devidamente maturado pelo espaço complementadas ou não pela ação de bactérias lácteas
mínimo de 30 (trinta) dias. Deve apresentar: específicas.
I - formato: de paralelepípedo, de tamanhos pequenos Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento
e grandes; Técnico de Identidade e Qualidade específico,
II - peso: 1.800g a 2kg (mil e oitocentos gramas oficialmente adotado.
a dois quilogramas) no tamanho pequeno; 3.800 a Art. 341. “Ricota defumada” é o produto obtido de
4.000g (três mil e oitocentos a quatro mil gramas) no albumina do soro de queijo adicionado de leite até 20%
tamanho grande; (vinte por cento) do seu volume, defumado durante 10
III - crosta: grossa, lisa de cor amarelada, a 15 (dez a quinze) dias. Deve apresentar:
preferentemente revestida de parafina; I - formato: cilíndrico;
IV - consistência: massa semidura, elástica e untura II - peso: 300g a 1 kg (trezentos gramas a um
semi-manteigosa; quilograma);
Decretos
V - textura: fechada ou com poucos olhos redondos e III - crosta: rugosa, de cor acastanhada, com aspecto
semelhantes aos do queijo tipo prato; característico;
VI - cor: branco-creme ou amarelo-palha, IV - consistência: dura;
homogênea; V - textura: fechada ou com poucos olhos mecânicos;
VII - odor e sabor: próprios, picantes. VI - cor: creme-parda, homogênea;
Art. 335. O queijo tipo “Fontana” é o produto de VII - odor e sabor: próprios, meio picantes.
massa filada, enformado e prensado, obtido de leite cru Art. 342. Outros tipos de queijos, podem ser
ou pasteurizado, devidamente maturado pelo espaço fabricados com aprovação prévia dos respectivos
mínimo de 30 (trinta) dias. Deve apresentar: padrões pelo DDIS, após definição das características
I - formato: cilíndrico, de tamanhos pequenos e tecnológicas, organolépticas e químicas.
grandes;
Art. 343. Entende-se por “Queijo Ralado” ou “Queijos
II - peso: de 900g a 1kg (novecentos gramas a um
Ralados”, segundo corresponda, o produto obtido por
quilograma) no tamanho menor; de 4 a 5 kg (quatro a
esfarelamento ou ralagem da massa de uma ou até
cinco quilogramas) no tamanho maior;
quatro variedades de queijos, de baixa e/ou média
III - crosta, consistência, textura, cor, sabor e odor,
umidade, apto para o consumo humano.
idênticos aos queijos do tipo “Siciliano”.
Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento
Art. 336. Entende-se por queijos “Parmesão”, Técnico de Identidade e Qualidade específico,
“Parmesiano”, “Reggiano”, “Reggianito”, e “Sbrinz” os oficialmente adotado.
queijos maturados que se obtêm por coagulação de leite
por meio do coalho e/ou outras enzimas coagulantes CAPÍTULO XVI
apropriadas, complementada pela ação de bactérias INSPEÇÃO DE LEITE E SEUS DERIVADOS
lácteas específicas.
Parágrafo único. Deverá ser atendido o Regulamento
Art. 344. A inspeção de leite e seus derivados
Técnico de Identidade e Qualidade específico,
abrange:
oficialmente adotado
I - o estado sanitário do rebanho, o local da ordenha, o
Art. 337. O queijo do tipo “Chedar” é o produto obtido ordenhador, o material empregado, o acondicionamento,
do leite pasteurizado, de massa semicozida, prensado e a conservação e o transporte do leite;
devidamente maturado pelo espaço mínimo de 3 (três) II - as matérias-primas e seu beneficiamento até
meses. Deve apresentar: a expedição, nos postos de leite e derivados e nos
I - formato: cilíndrico, bordos retos e faces planas estabelecimentos industriais;
formando ângulo vivo; Parágrafo único. Nos postos de leite e derivados
II - peso: 7 a 8 kg (sete a oito quilogramas); e nos estabelecimentos industriais o leite será
III - crosta: fina, firme meio rugosa, de cor amarelo- obrigatoriamente analisado:
parda, untada de óleo vegetal, preferentemente I - na recepção, para verificar se há anormalidade e
revestido de parafina; proceder a seleção que couber;
IV - consistência: dura, meio friável, de untura seca; II - no conjunto, antes das operações de beneficiamento,
V - textura: fechada, com olhos mecânicos pouco para verificação dos caracteres organolépticos,
numerosos; realização das provas de lacto-filtração, densidade, teor
VI - cor: amarelo-palha, homogênea, translúcida; de gordura, acidez, exame bacteriológico e outros que
VII - odor e sabor: suaves, sendo o sabor tendente a se fizerem necessários;
picante adocicado. III - durante as diferentes fases de beneficiamento para
Art. 338. O queijo tipo “Provolone curado” é o produto verificação das operações de filtração, padronização e
obtido de leite cru ou pasteurizado, enformado ou não, pasteurização;
não prensado e devidamente maturado pelo espaço IV - após o beneficiamento total ou parcial, para
mínimo de 2 (dois) meses. Deve apresentar: verificação da eficiência das operações;
I - formato: tendente a esférico ou oval; V - depois do acondicionamento, para verificar a
II - peso: 1 a 8 kg (um a oito quilogramas); observância aos padrões dos tipos a que pertencerem,
III - crosta: firme, lisa, resistente, destacável, se engarrafado ou acondicionado em carros-tanques.
cor amarelo-parda, preferentemente revestida de Art. 345. A inspeção de leite nas granjas abrange,
parafina; além das condições higiênicas locais, estado sanitário
IV - consistência: dura, não elástica, quebradiça, dos animais, higiene e esterilização do vasilhame,
untada, semi-seca; exame do leite produzido, realizando entre outras, as
V - textura: fechada ou apresentando poucos olhos em seguintes provas:
forma de cabeça de alfinete; I - lacto-filtração;
VI - cor: branco-creme, homogênea; II - caracteres organolépticos;
VII - odor e sabor: próprios, fortes e picantes. III - densidade a mais de 15ºC (quinze graus
121
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
122
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
destacados, uniformes em corpo e cor, sem intercalação estabelecimentos da mesma firma, desde que sejam
de desenhos e outros dizeres, obedecendo às da mesma qualidade, denominação e marca.
discriminações estabelecidas neste Regulamento, ou Parágrafo único. Tais rótulos devem declarar
nome aceito por ocasião da aprovação das fórmulas; obrigatoriamente a classificação e localização de todos
II - nome da firma responsável; os estabelecimentos da firma, seguida dos números
III - nome da firma que tenha completado operações de registro fazendo-se a identificação de origem pelo
de acondicionamento, quando for o caso; carimbo da Inspeção Estadual gravado ou impresso
IV - carimbo oficial da Inspeção Estadual; sobre o continente ou rótulo.
V - natureza do esbabelecimento, de acordo com a Art. 364. Os rótulos serão impressos, litografados,
classificação oficial prevista neste Regulamento; gravados ou pintados respeitando obrigatoriamente
VI - localização do estabelecimento, especificando o a ortografia oficial e o sistema legal de unidades e
Município e Estado, facultando-se declaração de rua medidas.
e número; Parágrafo único. É permitido usar em produtos
VII - marca comercial do produto; destinados ao consumo em território nacional,
VII - algarismos correspondentes às datas de fabricação rotulagem impressa, gravada, litografada ou pintada
e vencimento dispostos em sentido horizontal ou em língua estrangeira, com tradução em vernáculo,
vertical; desde que sejam atendidos dispositivos constantes em
IX - pesos: líquido e bruto; tratados internacionais de mútuo comércio.
Decretos
X - fórmula de composição ou outros dizeres, quando Art. 365. A rotulagem aplicada em produtos
previsto neste Regulamento; destinados ao comércio interno deve ser impressa em
XI - a especificação “Indústria Brasileira”. língua portuguesa.
Art. 359. A data de fabricação conforme a natureza Art. 366. Os rótulos ou carimbos de Inspeção
do continente ou envoltório, será impressa, gravada, Estadual devem sempre referir-se ao estabelecimento
declarada por meio de carimbo ou outro processo, a produtor mesmo quando excepcionalmente, a juízo
juízo do DDIS, detalhando dia, mês e ano, podendo este do DDIS, sejam aplicados nos entrepostos ou outros
ser representado pelos dois últimos algarismos. estabelecimentos fiscalizados.
Parágrafo único. Faculta-se o emprego de código,
Art. 367. No caso de cassação de registro
em que o ano será representado por dois últimos
ou relacionamento ou ainda de fechamento do
algarismos, tendo à direita aquele que corresponder ao
estabelecimento, fica a firma responsável obrigada a
mês e à esquerda o referente ao dia da fabricação.
inutilizar a rotulagem existente em estoque, sob as
Art. 360. Nos rótulos podem figurar referências a vistas da Inspeção Estadual, à qual entregará todos os
prêmios obtidos em exposições oficiais, desde que carimbos e matrizes que tenha em seu poder.
devidamente confirmada sua concessão, bem como
Art. 368. Produtos com denominação estrangeira
prêmios de estímulo e menções honrosas conferidas
reconhecidamente generalizada no território nacional,
pelo DDIS.
quando destinados ao mercado interno, podem manter
Art. 361. Na composição de marcas é permitido o a mesma denominação no rótulo e logo abaixo, entre
emprego de desenhos a elas alusivas. parênteses, a designação em vernáculo.
§ 1º No caso de marcas com nome de pessoas, vivas
Art. 369. As etiquetas usadas como rótulos devem
ou mortas, de relevo no país, será exigida a autorização
conter de um lado os esclarecimentos determinados
do homenageado ou do herdeiro que tenha autoridade
neste Regulamento e do outro exclusivamente o carimbo
legal para conceder a permissão, caso o interessado
da Inspeção Estadual.
não tenha prova anterior de registro no Departamento
Nacional de Propriedade Industrial. Art. 370. No caso de certos produtos normalmente
§ 2º É proibida o uso de marcas, dizeres ou desenhos expostos ao consumo sem qualquer proteção, alem
alusivos à Bandeira Nacional, símbolos ou quaisquer de seu envoltório próprio ou casca, a rotulagem será
indicações referentes a atos, fatos, estabelecimentos, feita por meio de rótulo e impresso em papel ou chapa
etc. da União, dos Estados, dos Territórios, dos litografada, que possa se manter presa ao produto.
Municípios e do Distrito Federal a menos que haja Parágrafo único. Em se tratando de queijos ou produtos
autorização expressa da autoridade competente. semelhantes, além do rótulo regulamentar o carimbo
da Inspeção Estadual deve ser aplicado a fogo, tinta
Art. 362. É proibida qualquer denominação,
ou simplesmente decalcado sobre o produto, se ficar
declaração, palavra, desenho ou inscrição que transmita
bem nítido.
falsa impressão, forneça indicação errônea de origem
de qualidade dos produtos, podendo essa proibição Art. 371. Os produtos perecíveis, principalmente
estender-se a juízo do DDIS, às denominações produtos gordurosos embarcados em estradas de
impróprias. ferro ou companhia de navegação devem trazer nos
§ 1º As marcas que infringirem o presente artigo, continentes, em caracteres bem vivíeis, a expressão
embora registradas no Departamento Nacional de “Teme o Calor”.
Propriedade Industrial, não poderão, a juízo do DDIS
ser usadas. Seção II
§ 2º O Departamento Nacional de Propriedade Rotulagem em Particular
Industrial, antes de registrar qualquer marca a ser usada
na rotulagem de produtos de origem animal, solicitará Art. 372. O uso de matérias corantes artificiais, em
parecer do DDIS, a fim de ser atendido o disposto no conservas de carne, obriga a declaração expressa no
presente artigo. rótulo “artificialmente colorido”.
§ 3º A designação de Países, Estados, Territórios e Art. 373. No caso de presunto, “bacon”, queijos
localidades estrangeiras que indiquem origem, processos maturados e outros, conforme o caso, cada unidade
de preparação, apresentação comercial ou classificação recebe obrigatória e diretamente o carimbo da Inspeção
de certos produtos fabricados no exterior, só pode ser Estadual, além do rótulo aplicado externamente sobre
usada quando precedida do esclarecimento “Tipo”, o envoltório, quando a rotulagem não for feita na
“Estilo”, “Marca”, “Corte” ou equivalentes, isentando-se fábrica.
dessa designação produtos de denominação originária Parágrafo único. Quando a obrigatoriedade assinalada
em território nacional. neste artigo não caiba, dada a natureza do produto,
Art. 363. Um mesmo rótulo pode ser usado tais como queijos não maturados, creme, gorduras
para produtos idênticos, fabricados em vários empacotadas e outros, o carimbo da Inspeção Estadual,
deve constar do papel em direto contato com o produto,
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
independente da rotulagem de acordo com o presente Parágrafo único. Na rotulagem do “creme de leite”
Regulamento. deverá constar a lista de ingredientes.
Art. 374. Os produtos destinados ao comércio Art. 384. Na rotulagem de manteiga, além de sua
interno que contenham corantes, conservadores ou classificação, devem constar as especificações “com
outras substâncias permitidas pelo DDIS, farão constar sal” ou “sem sal”, além dos demais dizeres legais
expressamente nos rótulos as substâncias contidas e exigidos.
respectivas percentagens. Parágrafo único. A manteiga fabricada com leite que
Art. 375. Os rótulos dos continentes de produtos não seja o de vaca, trará a designação da espécie que
não destinados à alimentação humana devem conter, lhe deu origem, em caracteres de igual tamanho e de
além do carimbo da Inspeção Estadual competente, a cor aos usados para a palavra “manteiga”.
declaração “não comestível” obrigatória também nos Art. 385. Na rotulagem de leites desidratados e leites
continentes, a fogo ou por gravação, e em qualquer diversos, devem ainda ser observadas as seguintes
dos casos, em caracteres bem destacados. exigências:
Art. 376. Os rótulos destinados a continentes de I - especificar a variedade a que pertençam, de acordo
produtos próprios à alimentação dos animais conterão, com o teor de gordura, a composição base do produto
além do carimbo da Inspeção Estadual próprio, a e quando for o caso, a quantidade de água a ser
declaração “alimento para animais”. adicionada para reconstituição;
Art. 377. Os continentes empregados no transporte II - indicar no “leite condensado”, a base da reconstituíção
de matérias-primas e produtos destinados à alimentação e a natureza do açúcar empregado;
humana, que não são acondicionados ou transportados II - indicar, na denominação de “doce de leite”, as
em outros estabelecimentos, receberão um rótulo de misturas que forem feitas;
acordo com o presente Regulamento e o competente IV - indicar o modo de preparo e uso;
carimbo da Inspeção Estadual. V - indicar no leite em pó modificado e no leite em pó
modificado acidificado, preparados especialmente para
Art. 378. Carcaças ou partes de carcaças destinadas
a alimentação infantil, a modificação efetivada no leite,
ao comércio in natura recebem obrigatoriamente o
bem como seu uso, tal como: “leite em pó modificado
carimbo da Inspeção Estadual.
acidificado e adicionado de açucares”, “leite em pó para
Parágrafo único. Para a carimbagem referida neste
lactente”, “parcialmente desnatado e adicionado de
artigo devem ser usadas substâncias inócuas de fórmula
açucares” e outros que couberem;
devidamente aprovada pelo DDIS.
VI - indicar nos leites em pó modificado e no leite em
Art. 379. Na rotulagem de produtos gordurosos será pó acidificado a adição de amido dextrinizado, quando
observado mais o seguinte: tiver sido feita;
I - os rótulos de banha, composto, margarina e VII- indicar, nas “farinhas lácteas”, as misturas que
outras gorduras comestíveis de origem animal, forem feitas;
simples ou misturadas e das gorduras vegetais, VIII - indicar, nos “refrescos de leite”, o nome de fantasia
são obrigatoriamente em fundo verde, proibindo-se que houver sido aprovado.
nesse mesmo fundo, dizeres, desenhos, impressos ou
Art. 386. A rotulagem de subprodutos de laticínios
litografados nas cores amarelo ou vermelho que possam
indicará ainda:
mascará-lo ou encobri-lo. Quando essas gorduras forem
I - na “caseína”, a substância coagulante empregada;
embaladas, em papel impermeável, similar ou caixas de
II - na “lactose”, a percentagem deste açúcar;
papelão o fundo poderá ser da tonalidade do material
III - no “soro de leite em pó”, e na “lactose-albumina”
envolvente, mas todos os dizeres e desenhos serão em
que se trata de alimentos para animais;
cor verde, exceção feita, seja qual for a embalagem, do
IV - na “lacto-albumina” sua composição básica;
emblema que caracteriza a marca;
V - na “caseína para uso industrial”, em ponto bem
II - os rótulos dos “compostos” devem indicar sua
visível e caracteres bem destacados: “produto impróprio
composição qualitativa e quantitativa;
para alimentação humana”.
Art. 380. Na rotulagem de carnes e derivados deve-se
Art. 387. Na rotulagem de ovos e derivados deve ser
observar mais o seguinte:
observado o seguinte:
I - substâncias que acentuam o sabor obrigam a
a) ovos destinado ao mercado interno:
declaração nos rótulos: “contem substâncias que
I - no pólo mais arredondado, onde está a câmara de ar,
estimulam o sabor”;
a aposição do carimbo da Inspeção Estadual;
II - as conservas que contenham carne e produtos
II - quando conservados pelo frio, devem ser assinalados
vegetais trarão nos rótulos a indicação das respectivas
com a palavra “Frigorificado”;
percentagens.
III - quando procedente de estabelecimentos avícolas,
Art. 381. Na rotulagem do leite in natura será registrados no Serviço Estadual de Inspeção, é
observado mais o seguinte: facultado trazerem lateralmente, em verde, um carimbo
I - indicar o tipo de leite nos fechos, cápsulas ou exclusivamente com o nome do estabelecimento.
tampas de recipientes, o dia mês e ano da fabricação e § 1º O carimbo a que se refere o número 1 (um)
validade para o consumo e o nome do estabelecimento pode ser dispensado, desde que as caixas ou outros
de origem, com a respectiva localidade; continentes tragam, além do carimbo da Inspeção
II - respeitar nos fechos, cápsulas ou tampas, as cores Estadual, uma etiqueta modelo 8 (oito), de acordo
fixadas para os diversos tipos de leite; com o artigo 394.
III - indicar, em caracteres bem visíveis e uniformes, a § 2º Quando não carimbados individualmente, os ovos
designação da espécie animal quando não for bovina, só podem ser expostos à venda tendo, em local bem
tais como: “leite de cabra”, “leite de ovelha” e outros. visível, a etiqueta a que se refere o parágrafo anterior,
Art. 382. A rotulagem de subprodutos industriais consignando sua classificação comercial.
empregados na alimentação animal ou como fertilizantes b) conserva de ovos:
orgânicos, indicará a percentagem do componente I - quando desidratados total ou parcialmente, o rótulo
básico segundo a finalidade indicada. deve indicar a quantidade de água a empregar para ser
Art. 383. Na rotulagem o “creme de mesa” poderá ser reconstituído o produto original, bem como o processo
designado também “Creme de Leite” ou “Creme”, seguindo- e tempos normais para essa reconstituíção;
se as especificações que couberem: ácido, pasteurizado, II - as pastas de ovos devem declarar os elementos que
esterilizado ou U.H.T (Ultra Alta Temperatura) além entram em suas composições;
da indicação da percentagem de matéria gorda. III - as claras de ovos desidratadas de outras espécies
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
terão na rotulagem a indicação da espécie de que sobre as massas musculares de cada quarto.
procedem. B) Modelo 2:
Art. 388. Tratando-se de pescado e seus derivados I - dimensões: 0,05m x 0,03m (cinco por três
deve ser observado mais o seguinte: centímetros) para suínos, ovinos, caprinos e aves;
I - as caixas ou outros continentes para pescado levam II - forma e dizeres: idênticos ao modelo 1;
obrigatoriamente o carimbo da Inspeção Estadual III - uso: para carcaça de suínos, ovinos e caprinos em
gravado a fogo, o nome da firma e as condições de condições de consumo in natura, aplicado externamente
conservação do produto; em cada quarto; de cada lado da carcaça de aves; sobre
II - os subprodutos não destinados à alimentação humana cortes de carnes frescas ou frigorificadas de qualquer
deve consignar a expressão “Não comestível”. espécie de açougue.
Art. 389. Na rotulagem do mel de abelha e seus C) Modelo 3:
derivados será observado mais o seguinte: I - dimensões: 0,04m (quatro centímetros) de diâmetro
I - “mel centrifugado” ou “mel prensado”, conforme quando aplicado em recipiente de peso superior a um
o produto tenha sido submetido a qualquer dessas quilograma; 0,02m ou 0,03m (dois ou três centímetros),
operações; nos recipientes de peso até um quilograma, em geral,
II - “mel amargo”, quando procedente de flora que lhe nos rótulos impressos em papel;
transmite esse sabor; II - forma: circular;
III - “mel de cozinha”, quando for aquecido à temperatura III - dizeres: numero de registro do estabelecimento,
Decretos
superior a 60ºC (sessenta graus centígrados); isolado e encimado das palavras “Inspecionado”,
IV - “mel de abelhas indígenas”, quando for dessa colocada horizontalmente, e “Estado do Acre”, que
procedência; acompanha a curva superior do círculo, logo abaixo dos
V - a classificação segundo a tonalidade. números as iniciais “S.E.I.”, que acompanham a curva
Parágrafo único. É permitido figurar no rótulo o nome inferior do círculo;
do apicultor quando se tratar de mel procedente IV - uso: para rótulos de produtos utilizados na
exclusivamente do apiário por ele explorado, mesmo alimentação humana, acondicionados em recipientes
que se trate de produto vendido por entreposto. metálicos, de madeira ou vidro e encapados ou produtos
envolvidos em papel, facultando-se neste caso, sua
Art. 390. Os coalhos devem indicar na rotulagem seu
reprodução no corpo do rótulo.
poder coagulante, a quantidade de ácido bórico quando
a) em alto relevo ou pelo processo de impressão
tiver sido juntada e a data de validade.
automático à tinta, resistente ao álcool ou, substância
similar na tampa ou fundo das latas ou tampa metálica
Seção III
dos vidros. Quando impresso no corpo do rótulo de
Carimbo de Inspeção e seu Uso
papel, será permitido que na tampa ou no fundo da
lata e/ou vidro constem o número de registro do
Art. 391. O número de registro do estabelecimento, estabelecimento fabricante precedido da sigla “S.E.I.”, e
as iniciais “S.E.I.” e, conforme o caso, as palavras outras indicações necessárias à identificação da origem
“Inspecionado” ou “Reinspecionado”, tendo na parte e tipo de produto contido na embalagem;
superior as palavras “Estado do Acre”, representam b) a fogo ou gravado sob pressão nos recipientes de
os elementos básicos do carimbo oficial da Inspeção madeira;
Estadual, cujos formatos, dimensões e emprego são c) impresso no corpo do rótulo quando litografado ou
fixados neste Regulamento. gravado em alto relevo no tampo das latas;
§ 1º As iniciais “S.E.I.” traduzem “Serviço Estadual d) impresso em todos os rótulos de papel quando os
de Inspeção”. produtos não estão acondicionados nos recipientes
§ 2º O carimbo da Inspeção Estadual representa a marca indicados nas alíneas anteriores.
oficial usada unicamente em estabelecimentos sujeitos D) Modelo 4:
à fiscalização do DDIS, e constitui o sinal de garantia I- dimensões: 0,06m (seis centímetros) de lado
de que o produto foi inspecionado pela autoridade quando em recipientes de madeira; 0,15m (quinze
competente. centímetros) de lado nos produtos ensacados e 0,03m
Art. 392. Os estabelecimentos sujeitos a (três centímetros) de lado em recipientes metálicos ou
relacionamento usarão quando for o caso, um carimbo em rótulos de papel;
com a designação abreviada “E.R.”, significando II - forma: quadrada, permitindo-se ângulos
“Estabelecimento Relacionado” seguida do número que arredondados quando gravados em recipientes metálicos;
lhe couber no DDIS. II - dizeres: idênticos e na mesma ordem que aqueles
Art. 393. Os campos de Inspeção Estadual devem adotados nos carimbos precedentes e dispostos todos
obedecer exatamente à descrição e os modelos anexos, no sentido horizontal;
respeitadas as dimensões, forma, dizeres, tipo e corpo IV - uso: para produtos não comestíveis ou destinados
de letra; devem ser colocados em destaques nas à alimentação de animais, nas condições que se
testeiras das caixas e outros continentes, nos rótulos seguem:
ou produtos, numa cor única, preferentemente preto, a) a fogo, gravado ou por meio de chapa devidamente
quando impressos, gravados ou litografados. afixada por solda, quando se trate de recipiente de
Art. 394. Os diferentes modelos de carimbos da madeira ou metálicos;
Inspeção Estadual, a serem usados nos estabelecimentos b) pintado, por meio de chapa, encapados, sacos, ou
fiscalizados pelo DDIS, obedecerão às seguintes similares;
especificações: c) pintado ou gravado em caixas, caixotes e outros
A) Modelo 1: continentes que acondicionem produtos a granel.
I - dimensões: 0,07m x 0,05m (sete por cinco E) Modelo 5:
centímetros); I- dimensões: 0,07m x 0,06m (sete por seis
II - forma: elíptica no sentido horizontal; centímetros);
III - dizeres: número de registro do estabelecimento, II - forma: elíptica, no sentido vertical;
isolado e encimado da palavra “Inspecionado”, colocada III - dizeres: número de registro do estabelecimento,
horizontalmente, e “Estado do Acre” que acompanha isolado e encimado das iniciais “S.E.I.” e das palavras
a curva superior da elipse; logo abaixo do número as “Estado do Acre” colocadas em sentido horizontal; logo
iniciais “S.E.I.”, acompanhando a curva inferior; abaixo a palavra “Condenado”, que acompanha a curva
IV - uso: para carcaça ou quartos de bovinos em inferior da elipse;
condições de consumo in natura, aplicado externamente IV - uso: para carcaças ou partes condenadas de
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
§ 1º Para efeito de registro o DDIS manterá livro próprio, § 1º Os produtos e matérias-primas que nessa
especialmente destinado a este fim. reinspeção forem julgados impróprios para o consumo
§ 2º Quando os rótulos impressos exclusivamente em devem ser destinados ao aproveitamento, a juízo do
língua estrangeira não devem ser registrados; sua DDIS como subprodutos industriais, derivados não
utilização, entretanto, só pode ser feita após autorização comestíveis e alimentação animal, depois de retiradas
do DDIS, mediante plena satisfação de todas as as marcas oficiais e submetidos à desnaturação se
exigências para registro. for o caso.
Art. 396. A aprovação e registro de rótulo devem ser § 2º Quando ainda permitam aproveitamento condicional
requeridos pelo interessado que instruirá a petição com ou beneficiamento, a Inspeção Estadual deve autorizar,
os seguintes documentos. desde que sejam submetidos aos processos apropriados,
§ 1º Exemplares, em 4 vias, dos rótulos a registrar ou a liberação dos produtos e/ou matérias-primas.
usar, em seus diferentes tamanhos. Art. 407. Nenhum produto de origem animal pode
§ 2º Memorial descritivo do processo de fabricação dar entrada em estabelecimento sob Inspeção Estadual,
do produto, em 4 vias, detalhando sua composição e sem que seja claramente identificado como oriundo de
respectivas percentagens. outro estabelecimento também registrado no DDIS ou
Parágrafo único. Quando o peso e data de fabricação no SIF - Serviço de Inspeção Federal.
só possam ser colocados após acondicionamento e Parágrafo único. É proibido o retorno ao estabelecimento
rotulagem do produto, a petição deve consignar essa de origem de produtos que, na reinspeção, sejam
Decretos
ocorrência. considerados impróprios para consumo, devendo-se
Art. 397. Para efeito de registro os rótulos devem ser promover sua transformação ou inutilização.
sempre apresentados em papel; mesmo nos que devam Art. 408. Na reinspeção de carne deve ser condenada
ser litografados, pintados ou gravados, será feita esta a que apresente qualquer alteração que faça suspeitar
reprodução em papel. processo de putrefação, contaminação biológica,
Art. 398. É aconselhável, para evitar despesas e química ou indícios de zoonoses.
simplificar o registro, que os interessados, antes de § 1º Sempre que necessário, a inspeção verificará o PH
solicitarem o registro, peçam exame e verificação de sobre o extrato aquoso da carne.
croquis dos rótulos que pretendem utilizar, fazendo-os § 2º Sem prejuízo da apreciação dos caracteres
acompanhar de clara indicação das cores a empregar. organolépticos e de outras provas, a inspeção adotará
Art. 499. Ao encaminhar o processo de registro à o PH de 6,0 a 6,4 (seis e seis e quatro décimos) para
Inspeção Estadual, junto ao estabelecimento, informará considerar a carne ainda em condição de consumo.
sobre a exatidão dos esclarecimentos prestados, Art. 409. Nos entrepostos, onde se encontram
especialmente quanto ao memorial descritivo do deposita dos produtos de origem animal procedentes
processo de fabricação, justificando convenientemente de estabelecimentos sob Inspeção Estadual ou SIF,
qualquer divergência. bem como nos demais locais, a reinspeção deve
Art. 400. Registrado o rótulo, o DDIS devolverá à especialmente visar:
Coordenadoria de Inspeção Sanitária respectiva, as I - conferir o certificado de sanidade que acompanha
2ªs (segundas), 3ªs (terceiras) e 4ªs (quartas) vias o produto;
do processo, devidamente autenticadas, devendo II - identificar os rótulos com a composição e as marcas
a 4ª (quarta) via ser arquivada no S.E.I., junto ao oficiais do produto, bem como a data de fabricação,
estabelecimento, a 3ª (terceira) no S.E.I. e a 2ª prazo de validade, número do lote e informações sobre
(segunda) restituída à firma interessada. A 1ª será a conservação do produto;
parte integrante do processo de registro arquivado na III - verificar as condições de integridade dos
Diretoria do DDIS. envoltórios, recipientes e sua padronização;
IV - verificar os caracteres organolépticos sobre uma
Art. 401. Os rótulos registrados trarão impressa a
ou mais amostras conforme o caso; e
declaração de seu registro no DDIS, seguida do número
V - coletar amostras para exame físico-químico e
respectivo.
microbiológico.
Art. 402. Os rótulos só podem ser usados para os § 1º A amostra deve receber uma fita envoltória
produtos a que tenham sido destinados e nenhuma aprovada pelo DDIS, claramente preenchida pelo
modificação em seus dizeres, cores ou desenhos pode interessado e pelo funcionário que coleta a amostra.
ser feita sem prévia autorização do DDIS. § 2º Sempre que o interessado desejar, a amostra
Art. 403. Nenhum rótulo, etiqueta ou selo pode pode ser coletada em triplicata, com os mesmos
ser aplicado escondendo ou encobrindo, total ou cuidados de identificação assinalados no parágrafo
parcialmente, dizeres de rotulagem ou o carimbo da anterior, representando uma delas a contra prova que
Inspeção Estadual. permanecerá em poder do interessado, lavrando-se
Art. 404. Nenhum estabelecimento de produtos de um termo de coleta em duas vias, uma das quais será
origem animal pode ter ultimado o seu registro, sem entregue ao interessado.
que os rótulos dos principais produtos e subprodutos § 3º Tanto a amostra como a contra-prova devem ser
a serem fabricados estejam previamente aprovados e colocadas em envelopes apropriados pelo DDIS, a seguir
registrados no DDIS. fechados, lacrados e rubricados pelo interessado e pelo
Art. 405. Os carimbos oficiais em qualquer funcionário do S.E.I.
estabelecimento devem reproduzir fiel e exatamente § 4º Em todos os casos de reinspeção as amostras terão
os modelos determinados pelo artigo 394, sob preferência para o exame.
a responsabilidade da Inspeção Estadual e da § 5º Quando o interessado divergir do resultado do
Coordenadoria sob jurisdição das quais estejam o exame, pode requerer, dentro do prazo de 48 (quarenta
estabelecimento faltoso. e oito) horas, a análise de contra-prova.
§ 6º O requerimento será dirigido à autoridade
TÍTULO VIII competente do DDIS.
REINSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA § 7º O exame da contraprova pode ser realizado em
DOS PRODUTOS qualquer laboratório oficial com a presença de um
representante do DDIS.
Art. 406. Os produtos e matérias-primas de origem § 8º Além de escolher o laboratório oficial para o
animal devem ser reinspecionados tantas vezes quantas exame da contra-prova, o interessado pode fazer-se
necessárias, antes de serem expedidos para o consumo. representar por um técnico de sua confiança.
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
tipo e espécies diferentes da composição normal Art. 429. Os servidores do DDIS, em serviço da
do produto sem prévia autorização da Inspeção inspeção e fiscalização sanitária e industrial de produtos
Estadual; de origem animal, têm livre acesso, em qualquer dia
d) os produtos tenham sido coloridos ou aromatizados, ou hora, a qualquer estabelecimento relacionado nos
sem prévia autorização, e não conste declaração nos artigos 11, 17, 20, 22 e 24 deste regulamento.
rótulos; Art. 430. Nos casos de cancelamento de registro
e) intenção dolosa em mascarar a data de fabricação. a pedido do interessado, bem como nos de cassação
II - FRAUDES - Multa no valor de 230 (duzentos e trinta) como penalidade, devem ser inutilizados os carimbos
UPFs - AC., quando: oficiais, os rótulos e as matrizes entregues à Inspeção
a) alteração ou modificação total ou parcial de um ou Estadual mediante recibo.
mais elementos normais do produto, de acordo com
os padrões estabelecidos ou fórmulas aprovadas pela Art. 431. Nos estabelecimentos sob Inspeção
Inspeção Estadual; Estadual, a fabricação dos produtos não-padronizados
b) as operações de manipulação e elaboração forem só será permitida depois de previamente aprovada a
executadas com intenção deliberada de estabelecer respectiva fórmula pelo DDIS.
falsa impressão aos produtos fabricados; Parágrafo único. A aprovação de fórmulas e processos
c) supressão de um ou mais elementos e substituição de fabricação de quaisquer produtos de origem animal,
por outros visando aumento de volume ou de peso, inclui os que estiverem sendo fabricados antes de entrar
em detrimento de sua composição normal ou do valor em vigor o presente regulamento.
Decretos
nutritivo intrínseco; Art. 432. É de competência do Diretor do DDIS,
d) conservação com substâncias proibidas; e a expedição de instruções objetivando ordenar os
e) especificação total, ou parcial, na rotulagem de procedimentos administrativos ou, ainda, visando
um determinado produto que não seja contida na facilitar o cumprimento deste regulamento.
embalagem ou recipiente. Art. 433. O exame do leite será realizado de forma
III - FALSIFICAÇÕES - Multa no valor de até 250 individual e coletiva, observando-se os seguintes
(duzentos e cinquenta) UPFs - AC., quando: procedimentos:
a) os produtos que forem elaborados, preparados I - as amostras para exame individual serão colhidas
e expostos ao consumo com forma, caracteres e em cada latão, por procedências;
rotulagem que constituam processos especiais, II - as amostras para exame coletivo serão colhidas
privilégios ou exclusividade de outrem sem que seus na proporção de 10% (dez por cento) dos latões, por
legítimos proprietários tenham dado autorização; procedência e devidamente homogeneizada.
b) forem usadas denominações diferentes das previstas Art. 434. O leite condenado nos estabelecimentos
neste regulamento ou em fórmulas aprovadas. que, a critério da Inspeção Estadual, possa ser
Art. 424. Não podem ser aplicadas multas sem que aproveitado na alimentação de animais domésticos,
previamente seja lavrado o auto de infração detalhando será imediatamente transferido para vasilhames ou
a falta cometida, o artigo infringido, a natureza do
latões apropriados, previamente lavados e devidamente
estabelecimento com a respectiva localização, e a firma
higienizados, fechados, com lacre inviolável e pintados
responsável.
de vermelho na face externa, tendo em local visível a
Art. 425. O auto de infração deve ser assinado pelo inscrição “alimento animal”.
inspetor que constatar a irregularidade, pelo proprietário Parágrafo único. antes do respectivo fechamento será
do estabelecimento ou representante da firma, e por adicionado ao leite uma quantidade de farelo de trigo ou
duas testemunhas, quando as houver. arroz, sendo o vasilhame retirado do estabelecimento,
Parágrafo único. Sempre que o infrator ou seus dentro do prazo de 6 (seis) horas, adotando-se idêntica
representantes não estiverem presentes ou se medida para leite desnatado, leitelho ou soro.
recusarem a assinar os autos, assim como as
Art. 435. Para a identificação dos queijos, charques,
testemunhas, quando as houver, será feita declaração
embutidos, carnes salgadas ou secas, produtos
a respeito no próprio auto, remetendo-se uma das
defumados, banhas, gorduras e pescados, a Inspeção
vias do auto de infração, em caráter de notificação,
Estadual baixará as instruções necessárias, obedecida
ao proprietário ou responsável pelo estabelecimento,
a legislação estadual vigente.
por correspondência registrada através de aviso de
recebimento. Art. 436. A fixação, classificação de tipos e padrões,
aprovação de produtos de origem animal e de fórmulas,
Art. 426. O inspetor que lavrar o auto de infração rótulos e carimbos, constituem atribuições da Inspeção
deve extraí-lo em 3 (três) vias; a primeira será entregue
Estadual, mediante instruções baixadas para cada caso,
ao infrator, a segunda remetida ao setor competente
obedecida a legislação sanitária em vigor.
da Inspeção Estadual e a terceira constituirá o próprio
talão de infração. Art. 437. Os estabelecimentos oficiais, estatais e
paraestatais estão no mesmo nível dos estabelecimentos
Art. 427. O infrator poderá apresentar defesa até 10 particulares, em se tratando de observância das
(dez) dias após a lavratura do auto de infração.
disposições deste regulamento.
Parágrafo único. A decisão do processo relativo à defesa
prevista neste artigo, caberá, em primeira instância, ao Art. 438. Serão solicitadas às autoridades de saúde
DDIS e, em segunda instância, a uma comissão especial pública as necessárias medidas visando à uniformidade
nomeada pelo Secretário Executivo de Agricultura e nos trabalhos de fiscalização sanitária e industrial
Pecuária. estabelecidas neste regulamento.
Art. 439. As autoridades civis e militares, com
TÍTULO XIII encargos policiais, darão todo o apoio, desde que sejam
DISPOSIÇÕES GERAIS solicitadas, aos servidores da inspeção e fiscalização
estadual, ou a seus representantes, mediante
Art. 428. A aplicação da multa não isenta o infrator identificação, quando no desempenho de suas atividades
do cumprimento das exigências que a tenha motivado, funcionais.
marcando-se quando for o caso, novo prazo para o Art. 440. Ficam revogados todos os atos oficiais sobre
cumprimento, findo o qual poderá, de acordo com a inspeção e fiscalização industrial e sanitária estadual, de
gravidade da falta e a juízo do DDIS, ser novamente quaisquer produtos de origem animal, que passarão a
multado no dobro da multa anterior, suspensa a reger-se pelo presente regulamento em todo território
Inspeção Estadual ou cassado o registro. do Estado do Acre.
Art. 441. É de responsabilidade de médico veterinário
129
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
a coordenação das ações de sua competência, contidas Presidente da Comissão de Educação Ambiental do
neste regulamento. Estado do Acre, ao titular do outro órgão ou instituição
Art. 442. Fica o Secretário Executivo de Agricultura o qual providenciará o referido apoio, ou explicitará as
e Pecuária autorizado a editar os atos complementares razões de impossibilidade do atendimento.
que se fizerem necessários para cumprimento deste Art. 6º - O Estado, por intermédio da Secretária
regulamento. de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente,
Art. 443. Este regulamento entra em vigor na data observadas as disposições legais aplicáveis, poderá
da publicação do decreto que o aprova. firmar Convênios com outras instituições públicas,
contratar serviços de consultoria com vistas a prestação
Rio Branco - Ac, 29 de março de 2.000, 112º República, de assessoramento especializado, bem como os
98º do Tratado de Petrópolis e 39º do Estado do Acre. serviços de fornecimento dos materiais indispensáveis
ao desenvolvimento das atividades da Comissão de
JORGE VIANA Educação Ambiental do Estado do Acre.
Governador do Estado do Acre Art. 7º - A Comissão de Educação Ambiental do
Estado do Acre discriminará em Regimento Interno, sua
estrutura operacional e as respectivas atribuições.
DECRETO Nº 2.242, DE 16 JUNHO DE 2000 Art. 8º - A Comissão Estadual de Educação Ambiental
será composta de um representante das instituições
Institui a Comissão de Educação Ambiental do abaixo relacionados as quais indicarão um membro
Estado do Acre, e dá outras providências. titular e um suplente:
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE: -Conselho Estadual de Educação- CEE;
NO USO das atribuições que lhe confere o Art. 78, inciso -Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
IV da Constituição Estadual; Naturais Renováveis- IBAMA;
CONSIDERANDO as disposições constantes do Art.225, - Secretaria de Estado de Educação- SEE;
Parágrafo 1º, inciso do capítulo VI da constituição - Representante da Regional do Baixo Acre;
Federal e da Lei 9.795/99, que institui a Política Nacional - Representante da Regional do Alto Acre;
de Educação Ambiental; - Representante da Regional do Tarauacá Envira;
CONSIDERANDO que é dever do Estado e da Sociedade - Representante da Regional do Juruá;
Civil a promoção da educação Ambiental em seus - Representante da Regional do Purus;
aspectos formal e não formal; - Organizações não Governamentais- ONG´s;
CONSIDERANDO que as ações em Educação Ambiental - Universidade Federal do Acre- UFAC;
no Estado necessitam da tomada de providências do - Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour-
poder público, no sentido de estabelecer parâmetros, FEM;
diretrizes, conteúdos, linhas de ação e outros elementos - Secretaria de Estado de Saúde e Saneamento-
fundamentais à execução de uma Política Estadual de SESSACRE;
Educação Ambiental; - Ministério Público Estadual- MPE;
CONSIDERANDO o pluralismo da idéias e concepções - Procuradoria Geral do Estado do Acre- PGE;
pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e - Sindicato dos Trabalhadores em Educação-
transdisciplinaridade e a abordagem articulada das SINTEAC;
questões ambientais locais, regionais, nacionais e - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrário-
globais, princípios básicos da Educação Ambiental; INCRA;
DECRETA: - Comissão Pró- Índio - CPI;
Art. 1º - fica instituído a Comissão de Educação - Centro de Estudo e Documentação Sócio Ambiental da
Ambiental do Estado do Acre, com a finalidade de Assembléia Legislativa do Estado do Acre- CEDSA.
promover a discussão, a gestão, a coordenação, o Art. 9º - A Comissão de Educação Ambiental do Estado
acompanhamento, a avaliação e a implementação das do Acre, terá as seguintes competências:
atividades de Educação Ambiental no Estado do Acre, I) Gerar, acompanhar, e avaliar as Diretrizes da Política
inclusive propor normas, observadas as disposições Estadual de Educação Ambiental do Estado;
legais vigentes. II)Fomentar parcerias entre instituições governamentais,
Art. 2º - A comissão de Educação Ambiental do não governamentais, instituições educacionais,
Estado do Acre, fica vinculada diretamente ao gabinete empresas, entidades de classes, lideranças comunitárias
do Secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Meio e demais entidades que tenham interesse na Área de
Ambiente - SECTMA. Educação Ambiental;
Art. 3º - A Comissão de Educação Ambiental do Estado III) Apoiar tecnicamente a execução de atividades
do Acre, será Presidida por um titular e um Suplente, relacionadas à Educação Ambiental, no âmbito do
nomeados pelo Secretário da SECTMA. Sistema Estadual do Meio Ambiente e do Sistema
Parágrafo Único - O ocupante do cargo de Secretário Estadual de Educação;
será escolhido mediante os integrantes da Comissão IV)Promover intercâmbio de experiências e concepções
Estadual de Educação Ambiental. que aprimorem a prática de Educação Ambiental;
Art. 4º - A Comissão de Educação Ambiental V) Estimular, fortalecer, acompanhar e avaliar a
do Estado do Acre, observados os limites de sua implementação da Política Nacional de Educação
competência, poderá expedir instruções normativas Ambiental, na qualidade de interlocutora do Ministério
ou operacionais visando orientar as suas atividades e do Meio Ambiente e Ministério de Educação;
o seu funcionamento. VI) Promover eventos e espaços para discussões na
Área de Educação Ambiental;
Art. 5º - Para a consecução dos objetivos da Comissão
VII) Promover articulação inter e intrainstitucional,
de Educação Ambiental do Estado do Acre, os órgãos e
buscando a convergência de esforços no sentido de
entidades integrantes da Administração Estadual direta
promover a implementação da Política Nacional de
e indireta, sem prejuízo de suas atribuições legais e
Educação Ambiental e a geração de Diretrizes Estaduais
regulamentares, prestarão apoio a esta Comissão de
de Educação Ambiental.
Educação Ambiental, por meio de informações, suporte
material, logístico e de Recursos Humanos. Art. 10º - Este Decreto entra em vigor na data de sua
Parágrafo Único - O apoio que trata o presente artigo publicação, revogadas as disposições em contrário.
será realizado por meio de prévia solicitação do
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Rio Branco-AC 16 de junho de 2000, 112º da República, comercial ou técnico - comercial dirigido a público
98º do Tratado de Petrópolis e 39º do Estado do Acre. especifico ou não;
VIII - utilização - o emprego de agrotóxicos e afins,
JORGE VIANA através de sua aplicação, visando alcançar determinada
Governador do Estado do Acre finalidade;
IX - resíduo - a substância ou mistura de substâncias
remanescentes ou existentes em alimentos e sementes,
DECRETO N° 4.809, DE 05 DE ou no meio ambiente, decorrente do uso ou não de
FEVEREIRO DE 2002 agrotóxicos, afins e componentes inclusive qualquer
derivado específico, tais como produtos de conversão
Regulamenta a Lei nº. 1116 de 13 de janeiro de e de degradação, metabólicos, produtos de reação e
1994, que dispõe sobre produção, armazenamento, impurezas considerados toxicológica e ambientalmente
comercialização, transporte, consumo, uso, importantes;
controle, fiscalização e destino final de agrotóxicos, X - registro de empresa e de prestador de serviços
seus componentes e afins no Estado do Acre e dá - o ato privativo dos órgãos competentes federais,
outras providências. estaduais e municipais, concedendo permissão para
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE: o funcionamento do estabelecimento ou unidade
No uso das atribuições que lhe confere o Art. 78, inciso prestadora de serviços;
XI - controle - a verificação do cumprimento dos
Decretos
IV da Constituição Estadual,
DECRETA: dispositivos regulamentadores dos agrotóxicos, dos
componentes e dos afins;
CAPÍTULO I XII - inspeção - o acompanhamento, por técnicos
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES especializados das fases de produção, transporte,
a r m a ze n a m e n t o, c o m e r c i a l i z a ç ã o, u t i l i z a ç ã o,
importação, exportação e destino final de agrotóxicos,
Art. 1º Para efeito deste Regulamento considera-se: de componentes e de afins;
a) AGROTÓXICOS: os produtos químicos destinados
XIII - fiscalização - a ação direta dos órgãos do Poder
ao uso nos setores de produção, no armazenamento e
Público , com o poder de polícia e/ou de acioná-la no
beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens,
do cumprimento da legislação específica;
na proteção de florestas nativas ou implantadas, e em
XIV - classificação - a qualificação de agrotóxico, de
outros ecossistemas e também em ambientes urbanos, componente e de afins em classes, em função de sua
hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a utilização, modo de ação e potencial toxicológico ao
composição da flora ou da fauna a fim de preservá-la homem, aos outros seres vivos e ao meio ambiente.
da ação danosa de seres vivos considerados nocivos, Parágrafo único - A classificação de que trata o inciso
bem como as substâncias e produtos empregados como XIV, no que se refere a toxidade humana, obedecerá a
desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores seguinte gradação:
de crescimento; a) classe I - Extremamente tóxico;
b) AFINS: os produtos e agentes de processos químicos, b) classe II - altamente tóxico;
físicos biológicos que tenham a mesma finalidade dos c) classe III - medianamente tóxico; e
agrotóxicos bem como outros produtos químicos, d) classe IV - pouco tóxico.
físicos e biológicos utilizados na defesa fitos sanitária,
zoosanitárias, domossanitária e ambiental, não CAPÍTULO II
enquadrados como agrotóxico. DAS COMPETÊNCIAS
c) COMPONENTES: princípios ativos, produtos técnicos,
suas matérias-primas, ingredientes inertes e aditivos Art. 4º - Compete ao Conselho Estadual do Meio
usados na fabricação de agrotóxicos e afins. Ambiente, Ciência e Tecnologia - CEMACT normatizar,
Art. 2º - Só serão admitidos no território do Estado do através da Câmara Técnica de Agrotóxicos do Acre
Acre a produção, o armazenamento, a comercialização - CTAA, todas as ações de produção, transporte,
e o uso dos agrotóxicos, seus componentes e afins, armazenamento, comercialização, consumo interno,
registrados no órgão federal competente. propaganda, uso e respectivo controle dos agrotóxicos,
Art. 3º - Para efeito deste Regulamento, entende- seus componentes e afins.
se por: Art. 5º - Compete à Secretaria de Estado de Saúde
I - produção - as fases de obtenção dos agrotóxicos, e Saneamento:
seus componentes e afins, por processos químicos, I - Registrar as firmas prestadoras de serviços
físicos ou biológicos; de aplicação de produtos domos sanitários, seus
II - embalagem - o invólucro, o recipiente ou qualquer componentes e afins;
forma de acondicionamento, removível ou não, II - fiscalizar e controlar, no Estado, a comercialização e
destinado a conter, cobrir, empacotar, envasar, proteger propaganda dos agrotóxicos, seus componentes e afins,
ou manter, especificamente ou não, os agrotóxicos, os de acordo com as normas expedidas pela Vigilância
afins e os componentes; Sanitária Estadual;
III - rotulagem - o ato de identificação impresso ou III - fiscalizar e controlar, no Estado, o uso domiciliar
litografado, bem como dizeres ou figuras pintadas ou e sanitários agrotóxicos, componentes e afins, de
gravadas a fogo, por pressão ou decalque aplicado sobre acordo com as normas técnicas vigentes no sistema de
quaisquer tipos de embalagens unitárias de agrotóxicos, vigilância sanitária do Estado;
de afins, de componentes, ou sobre qualquer outro tipo IV - fiscalizar o funcionamento de empresas de produção,
de protetor de embalagem, incluído a complementação comercialização de agrotóxicos, seus componentes e
sob forma de etiquetas, carimbo indelével, bula ou afins, bem como daquelas de prestação de serviços
folheto; na aplicação dos referidos produtos, com finalidade de
IV - transporte interno - o ato de deslocamento, em todo higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar ou
território estadual, de agrotóxicos, seus componentes coletiva, de acordo com as normas técnicas vigentes no
e afins; sistema de vigilância sanitária do Estado;
V - armazenamento - o ato de armazenar, estocar ou V - Estabelecer os parâmetros de amostragem através
guardar os agrotóxicos, seus componentes e afins; do órgão epidemiológico Estadual para a realização
VI - comercialização - a operação de comprar, vender, de análises toxicológica em indivíduos que devolvam
permutar, ceder ou repassar os agrotóxicos, seus atividades relacionadas com agrotóxicos, seus
componentes e afins; componentes e afins, de acordo com as normas técnicas
VII - propaganda comercial - a comunicação de caráter
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
vigentes do sistema de vigilância epidemiológica do dano potencial, as vias permitidas ou vedadas para o
Ministério da Saúde; transporte de agrotóxicos, seus componentes e afins
VI - fiscalizar e controlar as condições de segurança, no Estado;
higiene de trabalho e saúde das pessoas que, sob VII - incentivar, em conjunto com os demais órgãos
qualquer pretexto, entrem em contato, no ambiente de envolvidos a pesquisa e desenvolvimento de produtos
trabalho, com agrotóxicos, seus componentes e afins; e processos que visem à substituição de agrotóxicos
VII - realizar estudos epidemiológicos, inclusive relativos seus componentes e afins;
à morbi - mortalidade, malformações congênitas de VIII - repassar a CTAA as possíveis denúncias
origem ocupacional ou, não, para a identificação de de irregularidades no uso de agrotóxicos, seus
problemas de saúde relacionados com agrotóxicos, componentes e afins que, se comprovados acionará os
seus componentes e afins, utilizando todos os recursos órgãos competentes;
dos núcleos de vigilância epidemiológica, tendo como IX - sistematizar os dados decorrentes das atividades de
retaguarda o Laboratório Central - LACEN; fiscalização e orientação relativas ao uso de agrotóxicos,
VIII - manter serviço especializado em atendimento seus componentes e afins, mantendo-os disponíveis e
de intoxicados por agrotóxicos seus componentes e atualizados e enviá-los, semestralmente, à CTAA para
afins, bem como o respectivo centro de informação a publicação e divulgação.
toxicológica, a ser implantado em um centro de
referência, conforme normas técnicas do Ministério CAPÍTULO III
da Saúde; DO CADASTRAMENTO DO PRODUTO
IX - sistematizar os dados provenientes das atividades
de fiscalização e orientação relativas ao uso de
Art. 8º - A comercialização, o uso, o consumo e o
agrotóxicos, seus componentes e afins, disponíveis e
armazenamento no território do Estado do Acre, de
atualizados, enviando-os semestralmente à CTAA para
quaisquer agrotóxicos, seus componentes e afins, estão
publicação e divulgação.
condicionados ao pedido de cadastramento de Produtos,
Art. 6º - Compete a Secretaria de Executivo de perante a Câmara Técnica de Agrotóxicos que, sendo
Agricultura e pecuária: permitido, fornecerá cópias à Secretaria de Estado de
I - registrar os prestadores de serviços de aplicação de Saúde e Saneamento, ao Instituto de Meio Ambiente
agrotóxicos, seus componentes e afins, com finalidade e a Secretaria Executiva de Agricultura e Pecuária,
agrossilvopastoril; para as ações incursas nos artigos 5º, 6º e 7º, destes
II - desenvolver ações de fiscalização e controle do uso regulamentos.
agrossilvopastoril dos agrotóxicos, seus componentes Parágrafo único - Fica proibido a comercialização
e afins; e utilização de agrotóxicos organomercuriais e
III - fiscalizar a utilização agronômica e a destinação organoclorados, em conformidade com o Art.25,
de embalagens e resíduos de agrotóxicos, seus da Lei estadual nº 1116/94, ressalvando-se, aos
componentes e afins, bem como seu armazenamento organoclorados, nos casos de campanha de saúde
na propriedade rural; pública, quando imprescindível para deter surtos
IV - Orientar o usuário quanto aos procedimentos epidêmicos eminentes.
adequados na aquisição, no transporte, armazenamento
Art. 9º - A indústria produtora, manipuladora e
e uso de agrotóxicos, seus componentes e afins;
importadora de agrotóxicos, seus componentes e afins,
V - Orientar o usuário na substituição gradativa, seletiva
postulante de cadastramento do produto, apresentará,
e priorizada de agrotóxicos, seus componentes e afins
obrigatoriamente, os seguintes documentos:
por outros insumos baseados em tecnologia e modelos
I - requerimento a Câmara Técnica de Agrotóxicos
de gestão manejo mais compatíveis com a saúde
do Acre;
ambiental e em articulação com os órgãos de meio
II - Prova de registro do produto nos órgãos federais
ambiente e saúde;
competentes, com cópia autenticada;
VI - Estabelecer ações em parcerias com instituições
III - cópia dos relatórios técnicos aprovados pelos órgãos
governamentais e não governamentais de incentivo à
federais competentes, inclusive dados sobre toxidade
pesquisa visando o manejo sustentado dos recursos
para os elementos da flora e fauna, sobre métodos de
naturais, manejo integrado e controle biológico de
neutralização do produto no meio ambiente e sobre
pragas, doenças e plantas daninhas;
acumulação na cadeia alimentar, biodegradabilidade,
VII - Sistematizar os dados decorrentes das atividades
mobilidade, absorção e dissorção ou documento
de fiscalização e orientação relativas ao uso de
equivalente;
agrotóxicos, seus componentes e afins, mantendo-os
IV - cópia do relatório da instituição oficial de pesquisa
disponíveis e atualizados e envia-los, semestralmente,
que desenvolveu os ensaios de campo para as indicações
a CTAA para publicação e divulgação;
de uso e dose recomendada, por cultura, do produto
VIII - realizar amostragem de alimentos em nível de
registrado no órgão federal competente, bem como
produção, distribuição e comércio, para determinação
cópia do boletim de análise de resíduos do produto
analítica de resíduos de agrotóxicos, seus componentes
para as culturas indicadas, emitida por laboratório
e afins, através de laboratório oficial.
oficial do Brasil;
Art. 7º - Compete ao Instituto do Meio Ambiente do V - método de análise de resíduo, por cultura, aprovado
Acre - IMAC: pelo laboratório oficial do Brasil;
I - fiscalizar a contaminação ambiental por agrotóxicos, VI - dados referentes à toxicologia humana.
seus componentes e afins; Parágrafo único A documentação a que se referem os
II - monitorar a qualidade ambiental quando do uso de incisos III, IV, V e VI deste artigo poderá ser substituída
agrotóxicos, seus componentes e afins; por certidões ou documentos que comprovem as análises
III - Fiscalizar a destinação final de resíduos e destes produtos nos órgãos federais competentes.
embalagens de agrotóxicos, seus componentes e
Art. 10. Recebido o requerimento, a CTAA terá prazo
afins;
de 30 (trinta) dias para análise e aprovação de cadastro
IV - Fiscalizar a destinação final de agrotóxicos, seus
prorrogável por igual período em caso de necessidade
componentes e afins apreendidos ou interditados pela
devidamente justificado.
ação dos órgãos fiscalizadores no Estado do Acre;
V - levantar informações e monitorar a ação dos Art. 11. A Câmara Técnica de Agrotóxicos do Estado do
agrotóxicos, seus componentes e afins no meio Acre, quando da aprovação do Cadastro dos Produtos,
ambiente; divulgará, para conhecimento público, no D.O.E e em
VI - definir, juntamente com o DETRAN, a fim de prevenir jornal de circulação local, um resumo, contendo no
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Decretos
e toxicológica do produto, a Secretaria executiva de prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos
Agricultura e Pecuária, ouvido os órgãos competentes e afins, ou que produzam, importem, exportem ou as
da Secretaria de Estado de Saúde e Saneamento e do comercializem, obrigar-se-ão a se registrar antes do
Instituto do Meio Ambiente - IMAC, poderá requisitar dos início de suas atividades e renovar a cada 5 (cinco)
órgãos públicos ou privados informações ou pesquisas anos, o seu registro junto à Secretaria Executiva
adicionais, a serem custeadas pelo requerente do de Agricultura Pecuária, quando se tratar de uso de
cadastro, com parecer final da Câmara Técnica de produtos Agrossilvipastoris ou junto a Secretaria de
Agrotóxicos do Acre. Estado de Saúde e Saneamento, quando se tratar de
§3º. - A empresa produtora, manipuladora e importadora uso domossanitário e de interesse de saúde pública,
deverá fornecer método e padrão analítico do produto, cumprindo as seguintes exigências:
quando solicitado pela Câmara Técnica de Agrotóxicos I – no caso de pessoa jurídica:
do Acre, que poderá determinar exames laboratoriais a) requerimento dirigido as vigilâncias sanitária ou
às empresas do requerente do cadastro. agropecuária, dependendo do tipo de produto, anexando
§4º. - O cancelamento do registro do produto junto ao os seguintes documentos:
Ministério da Agricultura acarretará o cancelamento “ex- 1) memorial descritivo (em caso de produção de agrotóxico);
ofício” do cadastro existente junto a CTA do Estado do 2) cópia do contrato social registrado e atualizado na
Acre ou o arquivamento do pedido de cadastramento, junta Comercial do Estado do Acre;
quando simultâneo. 3) licença ambiental expedida pelo órgão Estadual
§5º. - Apresentado o pedido de inscrição do cadastro, competente (no caso de produção e aplicação);
a CTAA fará publicar, por edital, no Diário Oficial 4) copia da ART – Anotação de Responsabilidade Técnica
do Estado e em jornal local de grande circulação, a do CREA/AC;
síntese do pedido, aguardando-se 30(trinta) dias para 5) C.N.P.J. Inscrição Estadual e Alvará de Funcionamento;
impugnações, correndo as despesas da publicação por 6) Certidão de uso e ocupação do solo expedido pelo
conta do requerente da inscrição no cadastro. município.
§6º. - Qualquer pessoa física ou representante de II – No caso de pessoa física:
pessoa jurídico de direito público ou privado poderá a)requerimento dirigido as vigilâncias sanitárias ou
examinar a documentação existente e solicitar cópias, agropecuária dependendo do tipo de produto, anexando
mediante pagamento das custas à CTAA, estipuladas os seguintes documentos:
através de Resolução CEMACT. 1)R.G;
Art. 13. Atendido o disposto no Artigo 10 deste 2)C.P.F;
Regulamento, será fornecido ao interessado Certificado 3)Comprovante de residência;
de Cadastro do produto, expedido pelo CTAA. 4)Comprovante de inscrição na entidade de classe;
Art. 14. Possui legitimidade para requerer o 5)Cópia da ART.
cancelamento do cadastro ou impugnação de Parágrafo único. As exigências do presente artigo e
requerimento de inclusão, argüindo prejuízos à saúde seus incisos aplicam-se também em casos de filiais e
humana, ao meio ambiente, à fauna ou à flora, todo nas mudanças de endereço.
e qualquer cidadão, pessoa jurídica de direito público Art. 17. Quaisquer alterações nas documentações
ou privado na defesa de interesses difusos ou coletivos exigidas no art. 16, deverão ser imediatamente
relacionados à matéria, desde que o pedido esteja comunicadas às respectivas Secretarias.
devidamente fundamentado; Art. 18. Quando existir mais de um estabelecimento na
§1º o cancelamento do cadastro ou impugnação do mesma localidade, pertencente a mesma empresa, cada
requerimento de inclusão no mesmo será formalizado um deles terá registro específico e independente.
através de pedido à Câmara Técnica de Agrotóxicos do Art. 19. As alterações estatutárias ou contratuais das
Acre, em qualquer tempo, devidamente instruído quanto empresas registradas serão efetuadas por averbação ou
aos efeitos tóxicos do produto em seres vivos, ou de apostilamento no certificado de registro, mantendo-se
contaminação ambiental ou, ainda, outros argumentos o mesmo prazo de validade.
técnicos fundamentados. Art. 20. Atendido o disposto no art. 16 deste
§2º apresentado o pedido, dele será notificada a Regulamento, será fornecido ao interessado, no caso
empresa responsável pelo produto, que poderá contra- de pessoas jurídicas o “Certificado de Registro do
argumentar, no prazo de 15 (quinze) dias, quando Estabelecimento”, que deverá ser fixado em lugar de
o respectivo expediente será submetido à decisão destaque.
da Câmara Técnica de Agrotóxicos do Acre, cabendo CAPÍTULO V
recurso final ao Conselho de Meio Ambiente, Ciência e DO ARMAZENAMENTO E DO TRANSPORTE
Tecnologia – CEMACT.
Art. 15. A Câmara Técnica de Agrotóxicos do Art. 21. O armazenamento de agrotóxicos, seus
Acre, instituída pela Lei Estadual nº 1.116, de 13 componentes e afins, obedecerá as respectivas normas
133
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
de segurança e de higiene do trabalho, bem como as de validade, será facultada a devolução da embalagem
regulamentares e técnicas pertinentes, inclusive as final deste prazo.
fixadas pela Associação Brasileira de Norma Técnicas § 2º É f a c u l t a d a a o u s u á r i o a d e vo l u ç ã o d a s
– ABNT. Sendo observadas as instruções fornecidas embalagens vazias a qualquer unidade de recebimento
pelo fabricante, bem como as condições de segurança credenciada.
explicitadas no rotulo e bula. §3º Os usuários deverão manter a disposição dos
Art. 22. O transporte de agrotóxicos, seus componentes órgãos fiscalizadores os comprovantes de devolução de
e afins, deverá se submeter as regras e procedimentos embalagens vazias, fornecidas pelos estabelecimentos
estabelecidos para transporte de produtos perigosos, comerciais ou pelas unidades de recebimento, pelo
constantes da legislação específica em vigor, bem como prazo, de no mínimo um ano após a devolução da
as normas a serem expedidas pela CTAA. embalagem.
§4º No caso de embalagens contendo produtos
CAPÍTULO VI impróprios para utilização ou em desuso, o usuário
DA EMBALAGEM E ROTULAGEM observará as orientações contidas nas respectivas bulas,
cabendo as empresas produtoras e comercializadoras
Art. 23. A fiscalização observará as exigências promover o recolhimento e destinação admitidos pelo
contidas na Lei Estadual 1.116, de 13.01.94, em órgão ambiental competente.
consonância com a Lei Federal nº 7.802, de 11.07.89 e §5º As embalagens rígidas que contiverem formulações
suas alterações, em relação à embalagem e rotulagem miscíveis e dispersíveis em água, deverão ser
dos produtos agrotóxicos. submetidas pelo usuário à operação de tríplice lavagem,
ou tecnologia equivalente, conforme orientação
Art. 24. As embalagens dos agrotóxicos, seus
constante de seus rótulos-bulas.
componentes e afins deverão atender aos seguintes
§6º Os usuários de componentes deverão efetuar a
requisitos:
devolução de embalagens vazias aos estabelecimentos
I – devem ser projetadas e fabricadas de forma a
comerciais onde foram adquiridos e, quando se tratar
impedir qualquer vazamento, evaporação perda ou
de produto adquirido no exterior, incumbir-se de sua
alteração de seu conteúdo e de modo a facilitar as
destinação adequada.
operações de lavagem, classificação, reutilização e
reciclagem; Art. 27. Os estabelecimentos comerciais deverão
II – os materiais de que forem feitas devem ser imunes dispor de instalações adequadas devidamente
à ação de seu conteúdo ou insuscetíveis de formar com dimensionadas para recebimento e armazenamento
ele combinações nocivas ou perigosas; de embalagens vazias devolvidas pelos usuários até
III – devem ser suficientemente resistentes em todas as que sejam recolhidas pelas respectivas empresas
suas partes e satisfazer adequadamente as exigências produtoras e comercializadoras, responsáveis por sua
normais de conservação; destinação final.
IV – devem ser providas de lacre ou outro dispositivo §1º Os estabelecimentos comerciais:
que seja irremediavelmente destruído ao ser aberto I – deverão disponibilizar unidades de recebimento,
pela primeira vez e acompanhadas de tampa de cujas condições de funcionamento e acesso não venham
segurança; a dificultar a devolução pelos usuários, se não tiverem
V – as embalagens rígidas deverão apresentar, de forma condições de receber ou armazenar embalagens vazias
indelével e preferencialmente no seu fundo, o nome da no mesmo local onde são comercializados;
empresa titular do registro. II – farão constar da nota fiscal de venda dos produtos
o endereço para devolução da embalagem vazia e
Art. 25. O fracionamento e a reembalagem de
comunicarão ao usuário, formal-mente,qualquer
agrotóxicos e afins com o objetivo de comercialização
alteração no endereço;
somente poderão ser realizados pela empresa produtora,
III – ficam obrigados a manter à disposição do serviço
ou por estabelecimento devidamente credenciado,
de fiscalização o sistema de controle das quantidades e
sob responsabilidade daquela, em locais e condições
dos tipos de embalagem adquiridas e devolvidas pelos
previamente autorizados pelos órgãos competentes.
usuários, com as respectivas datas das ocorrências.
§1º Os órgãos federais integrantes no processo
de registro do produto examinarão os pedidos de Art. 28. As unidades de recebimento de embalagens
autorização para fracionamento e reembalagem após vazias fornecerão comprovante de recebimento das
o registro do estabelecimento no órgão competente, embalagens onde deverão constar no mínimo:
na categoria de manipulador e comerciante. I – nome da pessoa física ou jurídica que efetuou a
§2º Os agrotóxicos e afins comercializados a partir do devolução;
fracionamento ou da reembalagem deverão dispor de II – data do recebimento;
rótulos, bulas e embalagens aprovados pelos órgãos III – quantidades e tipos de embalagens recebidas; e
federais. IV – nomes das empresas responsáveis pela destinação
§3º Deverão constar do rotulo e da bula dos produtos final das embalagens.
que podem sofre fracionamento ou reembalagem, além Art.29. Os estabelecimentos destinados ao desenvol-
das exigências já estabelecidas na legislação em vigor, vimento de atividades que envolvam embalagens vazias
o nome e o endereço do estabelecimento que efetuou de agrotóxicos, componentes ou afins, bem como, pro-
o fracionamento ou reembalagem. dutos em desuso ou impróprios para utilização, deverão
§4º O fracionamento e reembalagem de agrotóxicos e obter licenciamento ambiental.
afins, com o objeto de comercialização, serão facultados Art. 30. As empresas produtoras e comercializadoras
bem como as formulações que se apresentem em estado de agrotóxicos componentes e afins são responsáveis
liquido e para volumes unitários finais previamente pelo recolhimento, transporte e pela destinação final das
autorizados pelos órgãos federais competentes. embalagens vazias após sua devolução pelos usuários
Art. 26. Os usuários de agrotóxicos e afins deverão aos estabelecimentos comerciais ou às unidades de
efetuar a devolução de embalagens vazias e respectivas recebimento.
tampas aos estabelecimentos comerciais em que for São também de responsabilidade das empresas
adquiridos, observadas as instruções estabelecidas nos produtoras e/ou comercializadoras de agrotóxicos e afins:
rótulos e bulas, no prazo de um (1) ano, contado da I – as embalagens apreendidas pela ação fiscalizatória;
data de sua compra. II – as embalagens impróprias para utilização ou em
§1º Se, ao termino do prazo de que trata o caput, desuso, com vistas à sua reciclagem ou inutilização de
remanescer produto na embalagem, ainda no seu prazo acordo com normas e instruções dos órgãos registrante
134
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Decretos
sua inutilização, permanecendo como constante sua b) pragas, doenças, ervas daninhas e outras finalidades
responsabilidade pela destinação final e mais: de uso identificadas por nomes comuns e científicos;
I – pelas embalagens vazias dos produtos importados e c) dosagem dos ingredientes ativos, de forma a
comercializados após a devolução pelos usuários; relacionar claramente a quantidade a ser utilizada por
II – pelos produtos apreendidos pela ação fiscalizatória hectare, por numero de plantas ou por hectolitros do
e dos impróprios para utilização ou em desuso. veículo utilizado, quando aplicável por aspersão e/ou
Parágrafo único. Tratando-se de produto importado pulverização ou de aplicação direta;
submetido a processamento industrial ou a novo d) modo de aplicação;
acondicionamento, caberá ao órgão registrante definir e) intervalo de segurança, assim entendido como
a responsabilidade de que trata o caput. período de tempo que deverá transcorrer entre a última
Art. 32. Deverão constar, obrigatoriamente, do rótulo aplicação e a colheita, uso ou consumo, ou entre a
dos agrotóxicos e afins: semeadura ou o plantio, e a semeadura ou plantio
I – na coluna central: seguinte, conforme o caso;
a) marca comercial do produto; f) intervalo de reentrada de pessoas nas culturas e
b) composição quali-quantitativa das formulações, áreas tratadas;
indicadas por seus nomes químicos e comuns, vertidos g) limitações de uso;
para o português, ou científicos, internacionalmente h) informações sobre os equipamentos de aplicação;
aceitos; i) informações sobre os equipamentos de proteção
c) porcentagem total dos ingredientes inertes; individual a serem utilizados, conforme normas
d) quantidade de agrotóxicos ou afins que a embalagem regulamentadoras vigentes;
contem, expressa em unidade de medida, conforme j) informações sobre os equipamentos a serem usados
o caso; e a descrição dos processos de tríplice lavagem da
e) classe e tipo de formulação; embalagem ou tecnologia equivalente;
f ) nome e endereço do registrante, fabricante, l) informações sobre os procedimentos para a devolução,
formulador, manipulador ou do importador; destinação, transporte, reciclagem, reutilização e
g) número de registro do produto comercial e sigla do inutilização das embalagens vazias e;
órgão registrador; m) informações sobre os procedimentos para a
h) número do lote ou da partida; devolução e destinação de produtos impróprios para
i) recomendação em destaque para que o usuário leia utilização ou em desuso.
o rótulo e a bula antes de utilizar o produto e que os II – dados relativos a proteção da saúde humana
conserve em seu poder; residencial:
j) data de fabricação e de vencimento; a)mecanismo de ação, absorção e excreção para o
l) indicações se a formulação é explosiva, inflamável, ser humano;
carburante, corrosiva ou irritante; b)efeitos agudos e crônicos; e
m) os dizeres: “É OBRIGATÓRIO O USO DE E.P.I – c)efeitos colaterais.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL; III – dados relativos a proteção do meio ambiente e
n) classificação toxicológica. informações sobre os efeitos decorrentes da destinação
o) os dizeres: RESTRIÇÕES ESTADUAIS E NO DISTRITO inadequada de embalagens;
FEDERAL VIDE BULA. IV – dados e informações adicionais julgados necessários
II – na coluna da esquerda: pelos órgãos federais responsáveis pela agricultura,
a)precauções de uso e advertências quanto aos cuidados saúde e meio ambiente;
de proteção ao meio ambiente; V – restrições estabelecidas por órgão competente do
b)instruções de armazenamento do produto, visando Estado ou do Distrito Federal.
sua conservação contra acidentes, e
c)orientação para que sejam seguidas as instruções CAPÍTULO VII
contidas na bula referente ao destino de embalagens e DA PROPAGANDA COMERCIAL
de produtos impróprios para utilização ou em desuso.
III – na coluna da direita: Art. 36. Entende-se por clara advertência para os
a)precauções de uso e recomendações gerais,quanto a efeitos do artigo 8º da Lei nº 7.802 de 1989 e suas
primeiros socorros, antídotos e tratamento no que diz alterações, a citação de danos eventuais à saúde e ao
respeito à saúde humana; e meio ambiente, com dizeres, sons e imagens em mesma
b)telefone de três (3) dígitos dos centros de informações proporção e tamanho do produto anunciado.
toxicológicas. Art. 37. A propaganda comercial de agrotóxicos
Art. 33. Para efeito de rotulagem deverão ser e afins, comercializáveis mediante prescrição de
observados: receita, deverá mencionar expressa referencia a esta
I – data de fabricação e vencimento, contendo mês e exigência.
ano, sendo que o mês deverá ser impresso com três
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Decretos
5(cinco) vias, com as seguintes destinações : autorizações de importações dos produtos, concedidas
1ª via - fornecedor pelo órgão federal competente;
2º via - usuário III - no caso das pessoas físicas e jurídicas prestadoras
3º via - profissional de serviço na aplicação de agrotóxicos e afins;
4º via - CREA/AC a) relação detalhada do estoque existente;
5º via - CTAA b) nomes comerciais dos produtos e quantidade
§ 5º. - O estabelecimento comercial ou o profissional aplicadas, acompanhado dos respectivos receituários
autônomo que prescreveu os agrotóxicos e afins deverá e guias de aplicação, em 3(três) vias, ficando uma via
remeter, até o quinto dia útil do mês subseqüente de posse do contratante, e outra será entregue à SEAP
01(um) via da receita ao CREA e outra a CTAA; e, finalmente, a terceira ficará em seu poder;
§ 6º. - As receitas deverão ser mantidas no c) guia de aplicação, na qual deverão constar, no
estabelecimento comercial, à disposição dos órgãos mínimo:
fiscalizadores por um período de 5(cinco) anos. - nome do usuário e endereço;
Art. 48. Quando a aplicação de agrotóxicos e afins - cultura e áreas tratadas, por agrotóxicos com
for executada por firma prestadora de serviços, esta finalidade fitos sanitária;
fornecerá, além do respectivo, receituário agronômico, - local de aplicação e endereço;
uma via da guia de aplicação ao usuário, uma à - nome comercial do produto usado;
Secretaria Executiva de Agricultura e Pecuária e outra - quantidade empregada do produto comercial;
ficará em seu poder, contendo no mínimo. - formação de aplicação;
1 - nome e endereço do usuário; - data de prestação de serviço;
2 - cultura e área tratada por agrotóxicos com finalidade - riscos oferecidos pelo produto ao ser humano meio
fitossanitária; ambiente e animais domésticos;
3 - local da aplicação e endereço; - cuidados necessários;
4 - nome comercial do produto usado; - identificação do aplicador e assinatura;
5 - quantidade empregada do produto comercial; - identificação do responsável técnico e assinatura;
6 - forma de aplicação; - assinatura do usuário.
7 - data e hora da prestação de serviço; IV - No caso das empresas prestadoras de serviços de
8 - riscos oferecidos pelo produto ao ser humano, meio aplicação de domossanitários;
ambiente e animais; a) relação detalhada do estoque existente;
9 - cuidados necessários; b) nomes comerciais dos produtos e quantidades
10 - identificação do aplicador e assinatura; aplicadas; e
11 - identificação do responsável técnico e assinatura; c) nome e assinatura do usuário.
12 - assinatura do usuário.
§1º - Em se tratando de aplicações de agrotóxicos via CAPÍTULO XI
motorizada e aérea devem ser respeitada as instruções DA INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO
específicas contidas na legislação federal.
§2º - Essas normas contidas no caput deste artigo se Art. 51. Serão objetos de inspeção e fiscalização
aplicarão, também, no que couber, para as empresas a produção, a comercialização, o controle, o uso, o
prestadoras de serviços domossanitários. consumo, o armazenamento e o transporte interno dos
agrotóxicos, seus componentes e afins e a destinação
CAPÍTULO X final das embalagens e resíduos.
DO CONTROLE DA PRODUÇÃO E DA APLICAÇÃO Art. 52. A ação fiscalizadora será exercida pela
Secretaria Executiva de Agricultura e Pecuária,
Art. 49. Além das medidas previstas neste Secretaria de Estado de Saúde e Saneamento e pelo
Regulamento, sempre que se fizer necessário atualizar Instituto de Meio Ambiente do Acre - IMAC, dentro de
o processo tecnológico, a CTAA, discutirá normas suas respectivas competências.
e aperfeiçoará mecanismos destinados a garantir I - quando se tratar da produção de agrotóxicos e afins,
ao consumidor a qualidade dos agrotóxicos, seus dos domossanitários e de outras substâncias passíveis
componentes e afins, tendo em vista a identidade, de serem normatizadas por esta lei;
atividade, pureza e eficácia dos produtos, os quais II - quando se tratar de uso e consumo dos agrotóxicos
deverão ser aprovados pelo CEMACT. e afins na área de jurisdição respectiva;
§ 1º - As medidas que se refere este artigo se III - quando se tratar de estabelecimento de
efetivarão essencialmente através das especificações, comercialização, armazenamento e prestação de
do controle de qualidade dos produtos e da inspeção serviços;
da produção. IV - quando se tratar de assuntos relacionados a
§ 2º - A produção de agrotóxicos, seus componentes destinação final de resíduos e embalagens;
e afins no Estado do Acre reger-se-á pela legislação
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
cooperativas equiparadas, para todos os efeitos, às I- possui renda familiar inferior a 1,5 salário mínimo
empresas. mensal;
Art. 64. Pessoas físicas e jurídicas, que exerçam II- não ter propriedade individual de automóveis,
atividades relacionadas à agrotóxicos, seus componentes tratores ou caminhões;
e afins, deverão compatibilizar suas atividades às III- residir em meio rural, no local da produção, há no
exigências da Lei 1116, de 13 de janeiro de 1994, no mínimo seis meses e ter como principal fonte de renda
prazo máximo de 90(noventa) dias contados a partir a produção de sua propriedade;
da publicação da presente regulamentação, inclusive IV- realizar o processo de produção basicamente
renovando seus registros e autorizações. pela força de trabalho da família ou contratada por
Art. 65. A Câmara Técnica de Agrotóxicos do no máximo trinta dias ao ano, para ações de plantio,
Acre poderá sugerir normas regulamentares e colheita, tratos culturais e extrativismo;
complementares, visando o aperfeiçoamento da V- dispor da área com a seguinte extensão;
execução das ações sobre o uso, o comércio, o a) de até cem hectares, para pequenos produtores que
armazenamento, o transporte e a fiscalização de sejam proprietários, posseiros ou arrendatários ;
agrotóxicos, seus componentes e afins no Estado do b)de até quinhentos hectares, para extrativistas e
Acre, bem como da a destinação final aos resíduos e ribeirinhos que sejam proprietários posseiros ou
embalagens, para homologação pelo CEMACT. arrendatários; ou
Parágrafo único - Os modelos de documentos e formulários c) correspondente às áreas identificadas ou demarcadas,
Decretos
destinados a execução de todas as atividades inerentes para populações indígenas
ao comprimento deste Regulamento serão padronizados VI- em caso de se utilizar sistema de tração, deverá
e aprovados pela Câmara Técnica de Agrotóxicos do Acre. ser animal ou esporadicamente mecanizado.
§ 1º As pessoas jurídicas, a que se refere o caput
Art. 66. Caberá ao IMAC garantir o suprimento das
deste artigo, deverão estar legalmente constituída
necessidades materiais, financeiras e recursos humanos
há no mínimo seis meses, até a data de protocolo
da CTAA, indispensáveis ao bom desempenho das suas
da proposta.
atividades.
§ 2º para as populações indígenas, cujas as áreas ainda
Art. 67. Os órgãos fiscalizadores, conforme não foram identificadas ou demarcadas, considera-se
especificado na Lei 1116, de janeiro de 1994 e nas como de quinhentos hectares a extensão referido no
demais normas regulamentares e técnicas pertinentes, inciso V deste artigo.
respeitadas as respectivas esferas de atuação, deverão § 3º Nas cooperativas em que os associados não forem
articular-se para evitar a superposição de ações e a pessoas físicas, mas associações, serão consideradas
frustração das medidas fiscalizatórias. os associados de cada instituição formadora da
Art.68. A Procuradoria Geral do Estado prestará cooperativa.
assessoramento jurídico à Câmara Técnica de Art. 3º Os projetos apoiados pelo PRÓ - FLORESTANIA
Agrotóxicos, nos termos da Lei 1116/94. devem atender a um conjunto de requisitos que serão
Art. 69. Os casos omissos neste Regulamento serão tratados no Regulamento Operativo, contendo no
disciplinados em instrumento normativo pela Câmara mínimo o seguinte:
Técnica de Agrotóxicos do Acre referendado pelo CEMACT. I - estar em concordância com a legislação ambiental;
Art. 70. Este decreto entra e vigor na data de sua II - elevar a renda familiar dos associados;
publicação. III - ser participativo, fomentando em particular a
participação de mulheres e jovens;
Rio Branco - AC, 5 de fevereiro de 2002, 114º da IV - apresentar período de execução dentro do próprio
República,100º do Tratado de Petrópolis e 41º do prazo de execução do PRO-FLORESTANIA;
Estado do Acre. V - não causar, induzir ou aumentar pressão para o
desmatamento.
JORGE VIANA Parágrafo único - Projetos de manejo de produtos
Governador do Estado do Acre florestais madeireiros e não-madeireiros deverão utilizar
práticas tecnológicas recomendadas como sustentáveis
no nível de conhecimento regional;
DECRETO Nº 7.902, DE 28 DE MAIO DE 2003 Art. 4º Serão realizados investimentos em projetos
nos seguintes componentes e suas respectivas áreas
Regulamenta a Lei nº. 1.460 de 03 de maio temáticas;
de 2002, que institui o programa de apoio as I- Formulação de Projetos, com o apoio de cem por
populações tradicionais e pequenos produtores - cento dos recursos:
PRÓ-FLORESTANIA e dá outras providências. a) Elaboração de planos de Desenvolvimentos
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE. Comunitários ;
NO USO da atribuição que lhe confere o inciso IV do b) Projetos Produtivos; e
art.78, da Constituição Estadual e tendo em vista o c) Estudos Específicos.
disposto na Lei 1.460, de 03 de maio de 2002. II- Projetos de Produção Sustentável e Geração de
DECRETA: renda:
Art. 1º O programa de Apoio às populações Tradicionais a) Recuperação de áreas alteradas, com o apoio de
e Pequenos Produtores- PRÓ-FLORESTANIA, criado pela noventa e cinco por cento dos recursos;
Lei nº. 1.460, de 03 de maio de 2002, se destina a apoiar b) Fomento à Pecuária Orgânica, com o apoio de noventa
projetos em diferentes modalidades, visando melhorar e cinco por cento dos recursos;
as condições de bem-estar do público beneficiário, de c) Fomento da Cadeia Produtiva, com o apoio de noventa
acordo com os padrões do desenvolvimento humano por cento dos recursos; e
sustentável, combatendo a pobreza e reduzindo a d) Extração Sustentável de Recursos Naturais (flora e
degradação ambiental. fauna), com o apoio de noventa por cento dos recursos;
§1º As áreas temáticas poderão ser revistas, de
Art. 2º Os beneficiários do Programa de Apoio às
acordo com a demanda das populações beneficiárias,
Populações Tradicionais e Pequenos Produtores - PRÓ-
devendo ser submetidas ao Conselho Executivo do
FLORESTANIA são pessoas jurídicas, assim entendidas
PRÓ-FLORESTANIA.
as associações, cooperativas e similares das populações
§2º Os valores máximos de financiamento, sobre
tradicionais e de pequenos produtores, atendendo aos
os quais incidirão os pecuaristas constantes neste
seguintes critérios de elegibilidade:
artigo, e os formulários dos projetos serão definidos
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Decretos
próprio CFE. (Redação dada pelo Decreto nº 2.980 de NO USO das atribuições que lhe confere o art. 78,
13 de maio de 2008) inciso IV, da Constituição Estadual, e tendo em vista
§ 5º O CFE será presidido pelo Secretário de Estado o disposto no art. 225 da Constituição Federal, art. da
de Floresta, e em caso de ausência, este nomeará seu Constituição Estadual e art. 15 da Lei nº 9.985, de 18
representante, através de Portaria do CFE. (Redação de julho de 2000, e,
dada pelo Decreto nº 2.980 de 13 de maio de 2008) CONSIDERANDO que o meio ambiente é bem de uso
§ 6º Perderão seus mandatos os Representantes comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida
Titulares e Suplentes, que faltarem a 03 (três) reuniões e que a Constituição Federal impõe ao poder público e
consecutivas e/ou a 05 (cinco) reuniões alternadas, no à coletividade o dever de defender e preservar o meio
perídodo de um ano. (Redação dada pelo Decreto nº ambiente para as presentes e futuras gerações;
2.980 de 13 de maio de 2008) CONSIDERANDO que para assegurar esses direitos,
§ 7º A atuação do Conselho Florestal Estadual seguirá incumbe ao poder público preservar e restaurar os
as normas de seu Regimento Interno, elaborado por processos ecológicos essenciais e prover o manejo
seus membros e aprovado pelo Governador do Estado. ecológico dos ecossistemas, definindo inclusive espaços
(Redação dada pelo Decreto nº 2.980 de 13 de maio territoriais e seus componentes a serem especialmente
de 2008) protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas
§ 8º O Conselho Florestal terá até 60 (sessenta) dias, somente através de lei, sendo vedada qualquer
após a publicação deste Decreto, para apresentar a utilização que comprometa a integridade dos atributos
proposta do seu Regimento Interno. (Incluído pelo que justificam sua proteção;
Decreto nº 2.980 de 13 de maio de 2008) CONSIDERANDO que a proteção da quantidade e
Art. 3º A Secretaria Executiva do Conselho Florestal qualidade das águas necessariamente deve ser levada
Estadual é a Secretaria de Estado de Floresta, em consideração quando da elaboração de normas legais
competindo-lhe promover as medidas necessárias relativas a defesa do solo e demais recursos naturais
à consecução das atribuições do Conselho Florestal e ao meio ambiente;
Estadual, estabelecidas no Capítulo II, Seção II, art. 10 CONSIDERANDO que as áreas de proteção ambiental
da Lei nº 1.426 de 27 de Dezembro de 2001. (Redação são unidades de conservação destinadas a proteger e
dada pelo Decreto nº 2.980 de 13 de maio de 2008) conservar a qualidade ambiental e os sistemas naturais
Art. 4º Fica a Secretaria de Estado de Floresta nelas existentes, visando a melhoria da qualidade
autorizada a adotar as providências necessárias para o de vida da população local e também objetivando
funcionamento do Conselho Florestal Estadual. (Redação a proteção dos ecossistemas regionais, conforme
dada pelo Decreto nº 2.980 de 13 de maio de 2008) estabelece a Resolução nº 10, de 14 de dezembro de
1988, do Conselho Nacional do Meio Ambiente;
SEÇÃO II CONSIDERANDO, por fim o que dispõe a Lei estadual
DO FUNDO FLORESTAL nº 1.426, de 27 de dezembro de 2001.
DECRETA:
Art. 5º Fica regulamentado o Fundo Florestal, o Art. 1° Criar a Área de Proteção Ambiental (APA)
qual se destina especificamente execução da política Igarapé São Francisco, Unidade de Conservação de uso
florestal do Estado. sustentável, com uma área de 30.004,1250 ha (trinta
mil e quatro hectares, doze ares e cinqüenta centiares)
Art. 6º O Fundo Florestal terá como órgão gestor
e um perímetro 100.360,00 m (cem mil trezentos e
a Secretaria Estadual de Floresta - SEF, sendo
sessenta metros), localizada nos municípios de Rio
o Secretário de Estado da Floresta a autoridade
Branco e Bujari, abrangendo 50 m (cinqüenta metros)
competente para reconhecer dívidas, autorizar despesas,
de largura pela margem esquerda e 50 m (cinqüenta
efetuar pagamentos, movimentar contas bancárias e
metros) de largura pela margem direita dentro do
transferências financeiras inclusive aplicações, da conta
perímetro urbano do município de Rio Branco e nos
dos recursos do Fundo Florestal.
limites dos divisores de água da bacia, englobando
Art. 7º O Fundo Florestal será supervisionado pelo todas as sub-bacias a montante da ponte da rodovia
Conselho Florestal Estadual. BR 364.
Art. 8º Os recursos do Fundo Florestal serão Art. 2° A Área de Proteção Ambiental (APA) Igarapé
movimentados por meio de conta específica, em São Francisco possui o seguinte perímetro e limites
instituição oficial de crédito, permitindo sua aplicação definidos a partir do seguinte memorial descritivo:
no mercado financeiro. inicia-se o perímetro da área no Ponto P 01 de
Art. 9º O Conselho Florestal terá até 90 (noventa) coordenadas geográficas, Longitude 67º 46’ 40’’WGr e
dias, após sua implantação, para regulamentar as Latitude 09º 57’ 25”S, localizado na foz do Igarapé São
normas e critérios operacionais do Fundo Florestal. Francisco a 50 m (cinqüenta metros) do limite de sua
Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data de sua calha pela margem esquerda e no limite da calha da
margem esquerda do Rio Acre; daí segue com o azimute
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
plano de 240º 09’ 26” e distância aproximada de 125,00 chegando-se ao Ponto P 13 de coordenadas geográficas,
m (cento e vinte e cinco metros) chegando-se ao Ponto Longitude 68º 07’ 39’’ WGr e Latitude 09º 58’ 29’’ S
P 02 de coordenadas geográficas, Longitude 67º 46’ localizado no divisor de águas da Bacia do Igarapé São
43’’ WGr e Latitude 09º 57’ 27’’ S localizado na foz do Francisco com a Bacia do Riozinho do Rola; daí segue
Igarapé São Francisco a 50 m (cinqüenta metros) do com o azimute plano de 289º 17’ 09” e distância
limite de sua calha pela margem direita e no limite da aproximada de 3.428,00 m (três mil quatrocentos e
calha da margem esquerda do Rio Acre; daí segue por vinte e oito metros) chegando-se ao Ponto P 14 de
uma linha paralela eqüidistante 50 m (cinqüenta metros) coordenadas geográficas, Longitude 68º 09’ 26’’ WGr e
da calha à margem direita do Igarapé São Francisco no Latitude 09º 57’ 52’’ S localizado no divisor de águas
sentido a jusante com uma distância aproximada de da Bacia do Igarapé São Francisco com a Bacia do
15.450,00m (quinze mil quatrocentos e cinqüenta Riozinho do Rola; daí segue com o azimute plano de
metros) chegando-se ao Ponto P 03 de coordenadas 343º 12’ 33” e distância aproximada de 2.837,00 m
geográficas, Longitude 67º 52’ 47’’ WGr e Latitude 09º (dois mil oitocentos e trinta e sete metros) chegando-se
56’ 16’’ S localizado à margem direita da BR 364 sentido ao Ponto P 15 de coordenadas geográficas, Longitude
Rio Branco/Bujari a 50 m (cinqüenta metros) da ponte 68º 09’ 53’’ WGr e Latitude 09º 56’ 24’’ S localizado no
sobre o Igarapé São Francisco, exatamente no segundo divisor de águas da Bacia do Igarapé São Francisco com
poste da luminária à margem direita do referido igarapé; a Bacia do Riozinho do Andirá; daí segue com o azimute
daí segue com o azimute plano de 227º 27’ 22” e plano de 28º 39’ 33” e distância aproximada de 1.132,00
distância aproximada de 1.606,00 m (um mil seiscentos m (um mil cento e trinta e dois metros ) chegando-se
e seis metros) chegando-se ao Ponto P 04 de ao Ponto P 16 de coordenadas geográficas, Longitude
coordenadas geográficas, Longitude 67º 53’ 26’’ WGr e 68º 09’ 35’’ WGr e Latitude 09º 55’ 51’’ S localizado no
Latitude 09º 56’ 52’’ S localizado no entroncamento da divisor de águas da Bacia do Igarapé São Francisco com
Rua Sabiá, CEP 69.911-800, na Estrada Dias Martins, a Bacia do Riozinho do Andirá; daí segue com o azimute
CEP 69.915-300, no Distrito Industrial; daí segue pela plano de 7º 24’ 04” e distância aproximada de 3.201,00
Estrada Dias Martins numa extensão de 277,00 m m (três mil duzentos e um metros) chegando-se ao
(duzentos e setenta e sete metros) até chegar ao ponto Ponto P 17 de coordenadas geográficas, Longitude 68º
P 05 de coordenadas geográficas, Longitude 67º 53’ 09’ 21’’ WGr e Latitude 09º 54’ 08’’ S localizado no
30’’ WGr e Latitude 09º 56’ 44’’ S localizado no divisor de águas da Bacia do Igarapé São Francisco com
entroncamento do Ramal da Piçarreira na Estrada Dias a Bacia do Riozinho do Andirá; daí segue com o azimute
Martins; daí segue com o azimute plano de 254º 09’ plano de 102º 58’ 17” e distância aproximada de
47” e distância aproximada de 6.980,00 m (seis mil 6.552,00 m (seis mil quinhentos e cinqüenta e dois
novecentos e oitenta metros) chegando-se ao Ponto P metros) chegando-se ao Ponto P 18 de coordenadas
06 de coordenadas geográficas, Longitude 67º 57’ 11’’ geográficas, Longitude 68º 05’ 52’’ WGr e Latitude 09º
WGr e Latitude 09º 57’ 46’’ S localizado no entroncamento 54’ 56’’ S localizado no divisor de águas da Bacia do
do Ramal da Pitanga no Ramal da Piçarreira, próximo Igarapé São Francisco com a Bacia do Riozinho do
a Escola Rural Maria do Carmo Dias; daí segue com o Andirá; daí segue com o azimute plano de 46º 25’ 28”
azimute plano de 230º 52’ 42” e distância aproximada e distância aproximada de 3.890,00 m (três mil
de 7.040,00 m (sete mil e quarenta metros) chegando- oitocentos e noventa metros) chegando-se ao Ponto P
se ao Ponto P 07 de coordenadas geográficas, Longitude 19 de coordenadas geográficas, Longitude 68º 04’ 19’’
68º 00’ 10’’ WGr e Latitude 10º 00’ 10’’ S localizado no WGr e Latitude 09º 53’ 29’’ S localizado no divisor de
divisor de águas do Igarapé Dias Martins com o Igarapé águas da Bacia do Igarapé São Francisco com a Bacia
Pastiuba; daí segue com o azimute plano de 285º 01’ do Riozinho do Andirá; daí segue com o azimute plano
46” e distância aproximada de 2.357,00 m (dois mil de 75º 31’ 12” e distância aproximada de 3.945,00 m
trezentos e cinqüenta e sete metros) chegando-se ao (três mil novecentos e quarenta e cinco metros)
Ponto P 08 de coordenadas geográficas, Longitude 68º chegando-se ao Ponto P 20 de coordenadas geográficas,
01’ 25’’ WGr e Latitude 09º 59’ 50’’ S localizado no Longitude 68º 02’ 14’’ WGr e Latitude 09º 52’ 57’’ S
divisor de águas da Bacia do Igarapé São Francisco com localizado no divisor de águas da Bacia do Igarapé São
a Bacia do Riozinho do Rola; daí segue com o azimute Francisco com a Bacia do Riozinho do Andirá; daí segue
plano de 240º 30’ 13” e distância aproximada de com o azimute plano de 45º 22’ 50” e distância
2.700,00 m (dois mil e setecentos metros ) chegando- aproximada de 5.385,00 m (cinco mil trezentos e oitenta
se ao Ponto P 09 de coordenadas geográficas, Longitude e cinco metros) chegando-se ao Ponto P 21 de
68º 02’ 42’’ WGr e Latitude 10º 00’ 34’’ S localizado no coordenadas geográficas, Longitude 68º 00’ 08’’ WGr e
divisor de águas da Bacia do Igarapé São Francisco com Latitude 09º 50’ 53’’ S localizado no divisor de águas
a Bacia do Riozinho do Rola; daí segue com o azimute das Bacias do Igarapé São Francisco, Riozinho do Andirá
plano de 323º 17’ 15” e distância aproximada de e Igarapé Redenção; daí segue com o azimute plano de
3.546,00 m (três mil quinhentos e quarenta e seis 92º 03’ 06” e distância aproximada de 2.366,00 m (dois
metros) chegando-se ao Ponto P 10 de coordenadas mil trezentos e sessenta e seis metros) chegando-se ao
geográficas, Longitude 68º 03’ 52’’ WGr e Latitude 09º Ponto P 22 de coordenadas geográficas, Longitude 09º
59’ 01’’ S localizado no divisor de águas da Bacia do 50’ 56’’ WGr e Latitude 09º 50’ 56’’ S localizado no Rua
Igarapé São Francisco com a Bacia do Riozinho do Rola; Santa Luzia, CEP 69.903-000, no divisor de águas da
daí segue com o azimute plano de 284º 19’ 25” e Bacia do Igarapé São Francisco com a Bacia do Igarapé
distância aproximada de 3.058,00 m (três mil e Redenção; daí segue com o azimute plano de 151º 02’
cinqüenta e oito metros) chegando-se ao Ponto P 11 de 43” e distância aproximada de 6.705,00 m (seis mil
coordenadas geográficas, Longitude 68º 05’ 29’’ WGr e setecentos e cinco metros) chegando-se ao Ponto P 23
Latitude 09º 58’ 37’’ S localizado no divisor de águas de coordenadas geográficas, Longitude 67º 57’ 04’’ WGr
da Bacia do Igarapé São Francisco com a Bacia do e Latitude 09º 54’ 07’’ S localizado no divisor de águas
Riozinho do Rola; daí segue com o azimute plano de da Bacia do Igarapé São Francisco com a Bacia do
242º 15’ 43” e distância aproximada de 3.161,00 m Igarapé Redenção; daí segue com o azimute plano de
(três mil cento e sessenta e um metros) chegando-se 68º 27’ 34” e distância aproximada de 4.109,00 m
ao Ponto P 12 de coordenadas geográficas, Longitude (quatro mil cento e nove metros) chegando-se ao Ponto
68º 07’ 01’’ WGr e Latitude 09º 59’ 24’’ S localizado no P 24 de coordenadas geográficas, Longitude 67º 54’
divisor de águas da Bacia do Igarapé São Francisco com 58’’ WGr e Latitude 09º 53’ 18’’ S localizado no Ramal
a Bacia do Riozinho do Rola; daí segue com o azimute da Baixada, no divisor de águas da Bacia do Igarapé
plano de 325º 16’ 23” e distância aproximada de São Francisco com a Bacia do Igarapé Redenção; daí
2.074,00 m (dois mil e setenta e quatro metros) segue com o azimute plano de 129º 09’ 12” e distância
142
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
aproximada de 2.330,00 m (dois mil trezentos e trinta Art. 7º A SEF e o IMAC respeitados as suas competências
metros). chegando-se ao Ponto P 25 de coordenadas expedirão os atos normativos complementares que se
geográficas, Longitude 67º 53’ 59’’ WGr e Latitude 09º fizerem necessários ao cumprimento deste Decreto.
54’ 06’’ S localizado no divisor de águas da Bacia do Art. 8º Este Decreto entrará em vigor na data de
Igarapé São Francisco com a Bacia do Igarapé sua publicação.
Redenção, no Pólo Hortifrutigranjeiro da Custódio Freire;
daí segue com o azimute plano de 114º 59’ 51” e Rio Branco-AC, de 14 de junho de 2005, 117º da
distância aproximada de 1.060,00 m (um mil e sessenta República, 103º do Tratado de Petrópolis e 44º do
metros) chegando-se ao Ponto P 26 de coordenadas Estado do Acre.
geográficas, Longitude 67º 53’ 28’’ WGr e Latitude 09º
54’ 20’’ S localizado no entroncamento do Ramal da Jorge Viana
Castanheta na BR 364; daí segue com o azimute plano Governador do Estado do Acre
de 167º 11’ 18” e distância aproximada de 2.435,00 m
(dois mil quatrocentos e trinta e cinco metros)
chegando-se ao Ponto M 03 da Apa Raimundo Irineu DECRETO N.º 13.531, DE 26
Serra de coordenadas geográficas, Longitude 67º 53’ DE DEZEMBRO DE 2005.
08” WGr e Latitude 09º 55’ 37” S localizado à margem
esquerda da BR 364 no sentido Bujari/Rio Branco; daí “Dispõe sobre a criação da Área de Proteção
Decretos
segue pela BR 364 numa extensão aproximada de Ambiental Lago do Amapá – APA Lago do Amapá,
1.350,00 m (um mil trezentos e cinqüenta metros) localizada nomunicípio de Rio Branco e dá outras
chegando-se ao Ponto M 02 da Apa Raimundo Irineu providências”
Serra de coordenadas geográficas, Longitude 67º 52’ O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE:
49” WGr e Latitude 09º 56’ 13” S localizado á margem NO USO das atribuições que lhe confere o art. 78,
esquerda da BR 364 no sentido Bujari/Rio Branco, à 50 inciso IV, da Constituição Estadual, e tendo em vista o
m (cinqüenta metros) da ponte sobre o Igarapé São disposto no art. 225 da Constituição Federal, art.15 da
Francisco, exatamente no segundo poste da luminária Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, e,
CONSIDERANDO que o meio ambiente é bem de
à margem esquerda do referido igarapé; daí segue por
uso comum do povo, essencial à sadia qualidade
uma linha paralela eqüidistante 50 m (cinqüenta metros)
de vida e que a Constituição Federal impõe ao
da calha à margem esquerda do Igarapé São Francisco poder público e à coletividade o dever de defender
no sentido a jusante com uma distância aproximada de e preservar o meio ambiente para as presentes
15.450,00m (quinze mil quatrocentos e cinqüenta e futuras gerações;
metros) chegando-se até o Ponto P 01 que é o início de CONSIDERANDO que para assegurar esses direitos,
descrição do perímetro. incumbe ao poder público preservar e restaurar os
Art. 3° São objetivos da APA Igarapé São Francisco: processos ecológicos essenciais e prover o manejo
I - a preservação e a recuperação dos remanescentes ecológico dos ecossistemas, definindo inclusive espaços
da biota local; territoriais e seus componentes a serem especialmente
II - a proteção e a recuperação do Igarapé São Francisco protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas
e demais cursos d’água e do seu entorno; somente através de lei, sendo vedada qualquer
III - ordenar a ocupação das áreas de influência do utilização que comprometa a integridade dos atributos
Igarapé São Francisco; que justificam sua proteção;
IV - fomentar a educação ambiental, a pesquisa CONSIDERANDO que a proteção da quantidade e
científica e a conservação dos valores ambientais, qualidade das águas necessariamente deve ser levada
culturais e históricos; em consideração quando da elaboração de normas legais
V - proteger os atributos naturais, a diversidade biológica, relativas a defesa do solo e demais recursos naturais
os recursos hídricos e o patrimônio espeleológico, e ao meio ambiente;
assegurando o caráter sustentável da ação antrópica na CONSIDERANDO que as áreas de proteção ambiental
região, com particular ênfase na melhoria das condições são unidades de conservação destinadas a proteger e
de sobrevivência e qualidade de vida das comunidades conservar a qualidade ambiental e os sistemas naturais
residentes e entorno; nelas existentes, visando a melhoria da qualidade
Art. 4º A APA Igarapé São Francisco será administrada, de vida da população local e também objetivando
supervisionada e fiscalizada pela Secretaria Estadual de a proteção dos ecossistemas regionais, conforme
Floresta - SEF, em articulação com os demais órgãos estabelece a Lei nº 6.902, de 27 de abril de 1981 e a
estaduais e municipais especialmente o Instituto Resolução nº 302, de 20 de março de 2002, do Conselho
de Meio Ambiente do Acre – IMAC e a Gerencia de Nacional do Meio Ambiente - CONAMA;
Desenvolvimento de Meio Ambiente de Rio Branco, CONSIDERANDO, por fim o que dispõe a Lei estadual
mantidas suas respectivas competências, de modo a nº 1.426, de 27 de dezembro de 2001.
garantir a consecução dos seus objetivos. DECRETA:
Art. 5º A Secretaria de Floresta – SEF e o Instituto Art. 1° - Fica criada a Àrea de Proteção Ambiental
de Meio Ambiente do Acre - IMAC editarão normas do Lago do Amapá - APA, unidade de Conservação
regulamentares para disciplinar o uso e a ocupação na de uso sustentável, com uma área aproximada de
APA Igarapé São Francisco, de acordo com o que dispõe 5.224,3632 ha (cinco mil e duzentos e vinte e quatro
a lei nº 1117, de 1994, lei nº1.426 de 27 de dezembro hectares, trinta e seis ares e trina e dois centiares) e um
de 2001 e a lei nº 1500 de 15 de julho de 2003. perímetro aproximado de 31.879,00 m (trinta e um mil
Art. 6º Fica criada a Comissão interdisciplinar para oitocentos e setenta e nove metros), localizada no
elaboração dos estudos do Plano de Manejo da APA município de Rio Branco, abrangendo parte do Anel
Igarapé São Francisco, composta por representantes Viário no trecho da terceira ponte, estrada do Amapá
dos órgãos, federal, estadual e municipal, sociedade civil e proximidades da corrente na área urbana e ainda
organizada, comunidade científica e comunidade local, todo o Lago do Amapá, tendo como principais limites e
a ser instituída mediante portaria da SEF. confrontações ao sul o Rio Acre, no percurso da Lápide
Parágrafo Único. Deverão subsidiar as ações da de Plácido de Castro até onde cruza a terceira ponte
Comissão interdisciplinar e as normativas da SEF e e próximo a Estação de Tratamento de Água – ETA II
IMAC as recomendações oriundas do Seminário “Bacia ainda no Rio Acre e a sudoeste o Bairro Taquari na Área
do Igarapé São Francisco” e da Consulta Pública para pertencente à Fundação Cultural do Estado do Acre.
Criação da APA do Igarapé São Francisco. Art. 2° - A APA do Lago do Amapá tem seus limites e
143
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
memorial a seguir descrito: Inicia-se o perímetro da área 10º04’47,0’’ S, localizado na margem esquerda do Rio
no Ponto P 01 de coordenadas geográficas, Longitude Acre; deste segue com o azimute plano de 268º15’51,5”
67º50’07,3” WGr e Latitude 10º00’37,9” S, Datum SAD- e distância aproximada de 1.048,00 (um mil e
69, localizado no limite norte da unidade de conservação quarenta e oito metros) chegando-se ao Ponto P 14 de
do Lago do Amapá na margem direita do Rio Acre; deste, coordenadas geográficas, Longitude 67º50’40,8’’ WGr
segue com o azimute plano de 158º40’06” e distância e Latitude 10º04’48,2’’ S, situado na margem esquerda
aproximada de 369,00 m (trezentos e sessenta e nove do Rio Acre a uma eqüidistância aproximada de 500,00
metros) até o Ponto P 02 de coordenadas geográficas, (quinhentos metros); daí seque com o azimute plano de
Longitude 67º50’02,9” WGr e Latitude de 10º00’49,1” S, 233º52’50,4” e distância aproximadamente de 727,00
situado à margem direita do Rio Acre em propriedade da (setecentos e vinte e sete metros) chegando-se ao
Fundação Cultural do Estado do Acre; deste, segue com ponto P 15 de coordenadas geográficas, Longitude
azimute plano de 70º17’20,7” e distância aproximada 67º51’00,0’’ WGr e Latitude 10º05’02,2’’ S, situado à
de 1.344,00 m (um mil trezentos e quarenta e quatro margem esquerda do Rio Acre na mesma eqüidistância
metros) chegando-se ao Ponto P 03 de coordenadas de 500,00(quinhentos metros) nas suas proximidade;
geográficas, Longitude 67º49’21,4” WGr e Latitude daí segue com o azimute plano de 292º40’44,4” e
10º00’34,1” S, situado na proximidade da divisa do distância aproximada de 634,00 (seiscentos e trinta
bairro Taquari com a propriedade da Fundação Cultural e quatro metros), chegando-se ao Ponto P 16 de
do Acre; daí segue com o azimute plano de 132º33’10,6” coordenadas geográficas, Longitude 67º51’19,3’’
e distância aproximada de 1.315,00 m (um mil WGr e Latitude 10º04’54,5’’ S, situado à margem
trezentos e quinze metros) chegando-se ao Ponto P esquerda do Rio Acre na mesma eqüidistância de
04 de coordenadas geográficas Longitude 67º48’49,5” 500,00(quinhentos metros) nas suas proximidade;
WGr, Latitude 10º01’02,9” S, situado próximo da divisa deste segue com o azimute plano de 328º44’10,6” e
da propriedade da Fundação Cultural do Acre com à distância aproximada de 1.040,00m (um mil e quarenta
margem esquerda do Anel Viário no sentido da antiga metros) chegando-se ao ponto P 17 de coordenadas
estrada do Amapá para a Corrente; deste segue com geográficas de Longitude 67º51’37,1’’ WGr e Latitude
azimite plano de 32º20’50,8” com uma extensão de 10º04’25,6’’ S, situado na margem esquerda do Rio
564,00 m (quinhentos e sessenta e quatro metros) Acre a uma distância aproximada de 500,00 (quinhentos
até chegar ao ponto P 05 de coordenadas geográficas, metros) do Rio Acre; daí segue com o azimute plano
Longitude 67º48’39,6 WGr e Latitude 10º00’47,4” S de 265º26’33,3” e distância aproximada de 2.198,00m
situado à margem esquerda da estrada do Amapá; daí (dois mil cento e noventa e oito metros); chegando-se
segue com o azimute plano de 131º55’01,0” e distância ao Ponto P 18 de coordenadas geográficas Longitude
aproximada de 766,00 m (setecentos e sessenta e seis 67º42’49,1” WGr, Latitude 10º04’31,6” S, situado à
metros) chegando-se ao Ponto P 06 de coordenadas margem esquerda do Riozinho do Rola deste segue
geográficas, Longitude 67º48’20,8” WGr e Latitude descendo (à jusante) o Riozinho do Rola numa extensão
10º01’04,0” S localizado próximo ao lado direito do anel aproximada de 1.400,00m (um mil e quatrocentos
viário sentido da corrente; daí segue com o azimute metros) até o ponto P 19 de coordenadas geográficas,
plano de 177º21’17,4” e distância aproximada de 992,00 Longitude 67º53’04,8 WGr e Latitude 10º04’03,2” S
m (novecentos e noventa e dois metros) chegando-se situado à margem esquerda do Riozinho do Rola; daí
ao Ponto P 07 de coordenadas geográficas, Longitude segue com o azimute plano de 344º07’14,9” e distância
67º48’19,2’’ WGr e Latitude 10º01’36,2’’ S, localizado aproximada de 2.140,00m (dois mil e cento e quarenta
no final Ramal dos Dez sentido da Via de acesso interna metros) chegando-se ao Ponto P 20 de coordenadas
da Estrada do Amapá; daí segue com o azimute plano geográficas, Longitude 67º53’23,3” WGr e Latitude
de 217º20’45,7” e distância aproximada de 1.889,00 m 10º02’57,6” S; daí segue com o azimute plano de
(um mil, oitocentos e oitenta e nove metros) chegando- 46º36’32,317,4” e distância aproximada de 1.024,00m
se ao Ponto P 08 de coordenadas geográficas, Longitude (um mil evinte e quatro metros) chegand-se ao Ponto P
67º48’56,7’’ WGr e Latitude 10º02’25,3’’ S, situado 21 de coordenadas geográficas, Longitude 67º52’59,9’’
no Ramal do Rodo; daí segue com o azimute plano de WGr e Latitude 10º02’33,3’’ S, localizado no lado
203º24’18,1” e distância aproximada de 1.850,00m esquerdo do Rio Acre a uma distância eqüidistante
(um mil, oitocentos e cinqüenta metros) chegando-se de quinhentos metros de sua margem esquerda; daí
ao Ponto P 09 de coordenadas geográficas, Longitude segue com o azimute plano de 342º26’47,2” e distância
67º49’20,6’’ WGr e Latitude 10º03’20,6’’ S, localizado aproximada de 1.632,00m (um mil, seiscentos e
no entroncamento do Ramal do Rodo com o Ramal de trinta e dois metros) chegando-se ao Ponto P 22 de
acesso à Lápide de Plácido de Castro; daí segue com o coordenadas geográficas, Longitude 67º53,16,3’’ WGr
azimute plano de 235º58’31,5” e distância aproximada e Latitude 10º01’42,7’’ S, situado no lado esquerdo do
de 1.554,00 m (um mil, quinhentos e cinqüenta e quatro Rio Acre; daí segue com o azimute plano de 28º13’31,4”
metros) chegando-se ao Ponto P 10 de coordenadas e distância aproximada de 861,00 m (oitocentos e
geográficas, Longitude 67º50’02,8’’ WGr e Latitude sessenta e um metros) chegando-se ao Ponto P 23
10º03’49,1’’ S, localizado no entroncamento do de coordenadas geográficas, Longitude 67º53’02,3’’
Ramal do Rodo com o Ramal de acesso ao Rio Acre; WGr e Latitude 10º01’18,8’’ S; daí seque com azimute
daí segue com o azimute plano de 208º33’13,4” e plano de 81º56’09,3” e distância aproximada de 597,00
distância aproximada de 434,00 m (quatrocentos e (quinhentos e noventa e sete metros) chegando-se
trinta e quatro metros) chegando-se ao Ponto P 11 de ao Ponto P 24 de coordenadas geográficas, Longitude
coordenadas geográficas, Longitude 67º50’09,6’’ WGr 67º52’43,5’’ WGr e Latitude 10º01’15,2’’ S; daí seque
e Latitude 10º04’01,5’’ S, localizado no entroncamento com o azimute plano de 135º48’24,9” e distância
do Ramal da Lápide de Plácido de Castro com o Ramal aproximada de 797,00m (setecentos e noventa e sete
de acesso ao Rio Acre; daí segue com o azimute plano metros) chegando-se ao Ponto P 25 de coordenadas
de 161º29’35,9” e distância aproximada de 1.180,00 geográficas, Longitude 67º52’25,2’’ WGr e Latitude
(um mil cento e oitenta metros) chegando-se ao Ponto P 10º01’33,7’’ S, localizado no Ramal do Joça que dá
12 de coordenadas geográficas, Longitude 67º49’57,1’’ acesso a Estrada Ac-90 numa extensão de 1.550,00 (um
WGr e Latitude 10º04’37,9’’ S, localizado à margem mil quinhentos e cinquenta metros) até o ponto P 26 de
direita do Rio Acre nas proximidades da foz do Igarapé coordenadas geográficas, Longitude 67º51’51,1” WGr e
Benfica; daí segue com o azimute plano de 225º09’25,2” Latitude 10º00’43,7’’ S; daí segue com o azimute plano
e distância aproximada de 397,00 (trezentos e noventa e de 70º55’38,2 e distância aproximada de 1.803,00 (um
sete metros) chegando-se ao Ponto P 13 de coordenadas mil oitocentos e três metros) chegando-se ao Ponto P
geográficas, Longitude 67º50’06,3’’ WGr e Latitude 27 de coordenadas geográficas, Longitude 67º50’55,2’’
144
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
WGr e Latitude 10º00’24,3’’ S, localizado à margem respeitado em todos os caso o Plano Diretor do município
direita da Estrada Ac-90 com o entroncamento do Anel de Rio Branco.
Viário de Rio Branco com a terceira ponte sobre o Rio Art. 10 - Em atendimento ao disposto no art. 2º
Acre; daí segue com o azimute plano de 78º31’33,9” do Código Florestal, será preservada ou reflorestada,
e distância aproximada de 986,00m (novecentos e no pra zo d e a t é 5 ( c i n c o ) a n o s a c o n t a r d a
oitenta e seis metros) chegando-se ao Ponto P 28 de publicação deste Decreto, a área de qualquer corpos
coordenadas geográficas, Longitude 67º50’23,5’’ WGr d’água e nascentes assim caracterizados como Áreas
e Latitude 10º00’17,8’’ S, localizado nas proximidades de Preservação Permanentes, situados na área da APA
da Estação de Tratamento de Água – ETA II no final do do Lago do Amapá.
Bairro da Sobral, daí seque com o azimute plano de Art. 11 - É reconhecido como de especial interesse
141º37’06,2” e distância aproximadamente de 788,00m de preservação a ilha do Amapá com regulamento de
(setecentos e oitenta e oito metros) chegando-se até o uso previsto no Plano de Manejo.
ponto P 01 inicial da descrição do perímetro.
Art. 12 - Os lugares onde se encontram a lápide de
Art. 3° - São objetivos da APA Lago do Amapá: Plácido de Castro e pontos culturais serão reconhecidos
I - a preservação e a recuperação dos remanescentes como integrantes do Patrimônio Histórico Cultural,
da biota local; sujeito a especial proteção, na forma como definida
II - a proteção e a recuperação do Lago do Amapá e pelo Plano de Manejo, pelo órgão gestor e pelos Poderes
demais cursos d’água e do seu entorno; Públicos Estadual e Municipal.
Decretos
III - ordenar a ocupação das áreas de influência do
Art. 13 - Este Decreto entrará em vigor na data de
Seringal Amapá;
sua publicação.
IV - fomentar a educação ambiental, o ecoturismo,
a pesquisa científica e a conservação dos valores
Rio Branco-AC, de 26 de Dezembro de 2005, 117º
ambientais, culturais e históricos;
da República, 103º do Tratado de Petrópolis e 44º do
V - proteger os atributos naturais, a diversidade biológica,
Estado do Acre.
os recursos hídricos e o patrimônio espeleológico e
paleontológico, assegurando o caráter sustentável da
Jorge Viana
ação antrópica na região, com particular ênfase na
Governador do Estado do Acre
melhoria das condições de sobrevivência e qualidade de
vida das comunidades residentes e entorno;
Art. 4º - A APA Lago do Amapá será implantada,
administrada, monitorada e fiscalizada pelo Instituto DECRETO Nº 3.413, DE 12 DE
de Meio Ambiente - IMAC, em articulação com os SETEMBRO DE 2008
demais órgãos públicos federais, estaduais e municipais,
especialmente a Secretaria de Floresta – SEF e a Cria a Unidade Central de Geoprocessamento
Secretaria de Meio Ambiente do Município de Rio Branco- e Sensoriamento Remoto do Estado do Acre -
SEMEIA, observadas as respectivas competências, de UCEGEO e regulamenta o seu funcionamento.
modo a garantir a consecução dos seus objetivos. O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE:
Art. 5º - O Instituto de Meio Ambiente do Acre - IMAC No uso das atribuições que lhe confere o art. 78, inciso
editará normas regulamentares para a implementação VI, da Constituição Estadual, e em conformidade com o
da APA Lago do Amapá, de acordo com o que dispõe disposto na Lei n° 1.904 de 5 de junho de 2007.
a lei nº 1117, de 1994, a lei 9.985 de 18 de julho de Decreta:
2000, a lei nº1.426 de 27 de dezembro de 2001 e a lei
nº 1500 de 15 de julho de 2003. CAPÍTULO I
Art. 6º - O órgão executor elaborará, no prazo DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
de até dois anos a partir da vigência deste decreto
o Plano de Manejo da Unidade de Conservação, A r t . 1 ° F i c a c r i a d a a U n i d a d e C e n t ra l d e
assegurando ampla participação da população Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto do Estado
residente. do Acre - UCEGEO, com instalações físicas no âmbito da
Art. 7º - O órgão executor no prazo de 90 dias, a Fundação de Tecnologia do Acre - FUNTAC.
partir da vigência deste Decreto, editará ato de criação Art. 2° Compete à Unidade Central de Geoprocessamento
do Conselho Gestor da Unidade, de caráter Consultivo e e Sensoriamento Remoto armazenar, integrar, gerenciar,
paritário, considerando-se as pecularidades regionais. atualizar e disponibilizar a base de dados gerada no
Art. 8º - Nenhum projeto de ordenamento territorial e âmbito do Zoneamento Ecológico Econômico, bem como
do uso do solo na APA Lago do Amapá será implantado realizar estudos, pesquisas e projetos referentes aos
na Unidade de Conservação sem prévia autorização aspectos cartográficos, territoriais, desmatamentos,
do órgão executor, que exigirá, dentre outros, o cobertura de solos, processamentos de imagens
atendimento dos seguintes requisitos: estatísticos e temas afins, no âmbito do Estado do Acre.
I - destinação das propriedades para uso prioritariamente
residencial rural; CAPÍTULO II
II - adequação com o plano de manejo da Unidade de DA GESTÃO E DA ORGANIZAÇÃO
Conservação em consonância com o Plano Diretor e o
Código de Obras e Postura; Art. 3° Fica criado o Conselho Gestor da Unidade
III – implantação de sistema de coleta de lixo e Central de Geoprocessamento e Sensoriamento
tratamento de esgotos; Remoto do Estado do Acre, órgão de deliberação
IV – programação de plantio de áreas verdes com o uso coletiva responsável pelo estabelecimento de política
prioritário de espécies nativas regionais e; estratégica de georreferenciamento do Estado do Acre
V – sistema de vias publica sempre que possível e e vinculado à Secretaria de Desenvolvimento, Ciência
curvas de nível e rampas suaves com galerias de e Tecnologia - SDCT.
águas pluviais. Art. 4° Compete ao Conselho Gestor:
Art. 9º - A licença de construção de imóveis ou I - propor a política de Geoprocessamento do Acre;
de funcionamento de quaisquer empreendimentos II - planejar, deliberar, supervisionar e avaliar as ações
destinados à atividade comercial ou industrial no e atividades da Unidade Central de Geoprocessamento
interior da Unidade de Conservação dependerá quando e Sensoriamento Remoto;
for o caso, de Estudos Prévio de Impacto Ambiental,
145
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
146
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Art. 4° Nos termos do art. 15 do Decreto Federal § 8º A geração do crédito da reposição florestal por
n° 5.975, de 2006, fica isento da obrigatoriedade plantio dar-se-á somente após a comprovação do
da reposição florestal aquele que comprovadamente efetivo plantio constatado por meio de parecer técnico
utilize: da SEF.
I - resíduos provenientes de atividade industrial, tais § 9º A SEF informará, em documento próprio, a
como costaneiras, aparas, cavacos e similares; quantidade de crédito oriundo dos plantios realizados
II - resíduos oriundos de desmatamento devidamente e o IMAC contabilizará os créditos e débitos referentes
autorizado pelo órgão ambiental competente, tais como à reposição florestal para efeito de compensação
raízes, tocos e galhadas; ambiental da autorização de desmatamento com
III - resíduos provenientes de corte de arborização aproveitamento de matéria-prima.
urbana, devidamente autorizado pelo órgão ambiental §10 Plantios florestais prévios, não vinculados a
competente; procedimentos de reposição florestal, poderão gerar
IV - matéria-prima florestal: crédito negociável para cumprimento do disposto
a) oriunda de Plano de Manejo Florestal Sustentável; nesta norma.
b) oriunda da supressão de vegetação autorizada, para Art. 7º O cálculo do valor da Cota Florestal, a ser
benfeitoria ou uso doméstico dentro do imóvel rural depositado no Fundo Estadual de Florestas, será
de sua origem; determinado pelo número de árvores a serem plantadas
c) oriunda de floresta plantada não vinculada à reposição por finalidade, multiplicado pelo custo de plantio de uma
Decretos
florestal; árvore no território do Estado do Acre, considerando:
d) oriunda de projeto de relevante interesse público, I - oito árvores por metro cúbico sólido de matéria-prima
assim declarado pelo Poder Público, com posterior e por st (estéreo) sólido de lenha;
autorização de desmatamento emitida pela autoridade II - doze árvores por MDC (metro de carvão).
competente;
e) não-madeireira, salvo disposição contrária em CAPÍTULO IV
norma específica do Instituto de Meio Ambiente do DISPOSIÇÕES FINAIS
Acre – IMAC.
Parágrafo único. A isenção da obrigatoriedade da Art. 8º As aplicações dos recursos recolhidos a título
reposição florestal não desobriga o interessado da de reposição florestal serão destinadas a projetos
comprovação, junto à autoridade competente, da origem de plantio florestal no Estado do Acre, devendo sua
e legitimidade do recurso florestal utilizado. utilização ser definida por edital expedido pelo Conselho
Art. 5° Não haverá duplicidade na exigência de Florestal.
reposição florestal na supressão de vegetação para Art. 9º A pessoa física ou jurídica que realizar a
atividades ou empreendimentos submetidos ao supressão de vegetação natural sem autorização,
licenciamento ambiental, nos termos do art. 10 da Lei transportar madeira ilegalmente ou realizar operações
Federal n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, e do art. em desacordo com plano de manejo florestal, além das
16 do Decreto Federal n° 5.975, de 2006. sanções administrativas, cíveis e criminais cabíveis,
deverá realizar o depósito do valor correspondente à
CAPÍTULO III Cota Florestal proporcional ao volume suprimido ou
DO CUMPRIMENTO DA REPOSIÇÃO FLORESTAL comprar crédito de reposição florestal correspondente
ou ainda realizar diretamente o plantio da respectiva
Art. 6º A reposição florestal prevista neste Decreto compensação.
dar-se-á somente no território do Estado do Acre, por Art. 10. A pessoa física ou jurídica que não cumprir as
meio de plantios florestais ou por meio de recolhimento disposições contidas neste Decreto fica sujeita também
da Cota Florestal ao Fundo Estadual de Florestas. às seguintes sanções, cumulativamente:
§ 1º Para os fins previstos neste Decreto, a Secretaria I - suspensão do fornecimento do documento hábil para
de Estado de Floresta - SEF emitirá Portaria, acobertar o transporte e o armazenamento de produto
semestralmente, divulgando o valor do custo de plantio e subproduto florestal;
de uma árvore no território do Estado do Acre para efeito II - cancelamento do registro junto ao Cadastro Florestal
de cálculo da Cota Florestal. Estadual.
§ 2º A Cota Florestal será depositada por meio de guia Art. 11. O IMAC, juntamente com a SEF, poderá, a
de recolhimento específica, à conta do Fundo Estadual qualquer tempo, realizar vistorias técnicas quanto ao
de Florestas. cumprimento da reposição florestal, cabendo ao IMAC
§ 3º A guia de recolhimento da Cota Florestal deverá a atividade fiscalizadora.
estar disponível nas unidades do IMAC e SEF.
§ 4º Os Plantios Florestais destinados à reposição
Art. 12. Para o cumprimento deste Decreto, o Conselho
Florestal poderá editar normas complementares.
florestal poderão ser compostos por espécies nativas e
exóticas, observando que a porcentagem de espécies Art. 13. Este Decreto entra em vigor na data de
exóticas não poderá ser superior a cinqüenta por sua publicação.
cento.
§ 5º Os optantes de reposição florestal por meio de Rio Branco-Acre, 12 de setembro de 2008, 120º da
plantio deverão apresentar projeto técnico informando República, 106º do Tratado de Petrópolis e 47º do
o quantitativo (área e espaçamento) e qualitativo Estado do Acre.
(espécies) plantado a ser utilizado como crédito.
§ 6º Poderá ser emitido Termo de Referência ou Portaria Arnóbio Marques de Almeida Júnior
objetivando disciplinar os padrões técnicos mínimos para Governador do Estado do Acre
execução de projetos de reposição florestal.
§ 7º O plantio de espécies florestais, em projetos
privados ou públicos, obedecerá ao Zoneamento
Ecológico Econômico – ZEE - do Estado, com prioridade
para resolução do passivo ambiental, em especial
no que se refere à reserva legal e às áreas de
preservação permanente, bem como às áreas que
viabilizem a implantação de planos de manejo florestal
sustentável.
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Decretos
O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE, no uso das ou conjuntamente:
atribuições que lhe confere o art. 78, inciso VI, da I - por meio de plantio ou de condução da regeneração
Constituição Estadual. natural, dentro de cronograma que respeite os prazos
CONSIDERANDO os arts. 16 e 44 da Lei nº 4.771 de 15 e critérios estabelecidos no Código Florestal e nesta
de setembro de 1965, que dispõem, respectivamente, norma;
sobre os limites de reserva legal das propriedades II - compensação por meio de servidão florestal ou de
rurais e as alternativas de recomposição das áreas de aquisição de floresta ou demais formas de vegetação
vegetação nativa suprimidas das reservas legais, nativa existentes em outro imóvel e que sejam
CONSIDERANDO o disposto no § 5º do art. 16 da Lei nº excedentes à sua reserva legal, na forma estabelecida
4.771/65, que prevê regras para a redução da reserva no Capítulo III deste Decreto.
legal para fins de recomposição, III - desoneração das obrigações previstas nos incisos
anteriores, adotando as seguintes medidas isoladas ou
CONSIDERANDO a indicação do Zoneamento Ecológico
conjuntamente:
Econômico, representado pelo art. 7º da Lei Estadual
a) doação, em favor do Poder Público, de propriedade
nº 1.904, de 5 de junho de 2007, o qual dispõe que,
particular existente em Unidade de Conservação de
para fins de recomposição florestal, aplica-se na
domínio público cuja área de floresta ou outra forma
Zona 1, a redução da reserva legal nessas áreas para
de vegetação nativa exista em extensão equivalente
cinqüenta por cento, excluídas as áreas de preservação ao passivo de Reserva Legal, de acordo com o §6º
permanente. do artigo 44 da Lei federal 4.771 de 1965, com as
CONSIDERANDO a Recomendação nº 007, de 28 alterações introduzidas pelo art. 49 da Lei 11.428, de
de maio de 2008, do Conselho Nacional do Meio 22 de dezembro de 2006;
Ambiente - CONAMA, que autoriza a redução, para b) pagamento mediante depósito, em conta específica
fins de recomposição, da área de reserva legal, para do Fundo Estadual de Florestas, previsto na Lei Estadual
até cinqüenta por cento, das propriedades situadas na nº1.426/2001, de valor correspondente à área de
Zona 1, conforme definido no Zoneamento Ecológico mesma importância ecológica e extensão, destinando-se
Econômico do Estado do Acre. estes recursos exclusivamente à regularização fundiária
CONSIDERANDO o Decreto Federal nº 6.469 de 30 de de Unidade de Conservação.
maio de 2008, que adota a Recomendação do CONAMA § 2º A recomposição por meio de plantio ou por meio
de aprovação do Zoneamento Ecológico Econômico do de condução da regeneração natural previstas no inc.
Estado do Acre. I do § 1º deste artigo poderá fazer referência a áreas
CONSIDERANDO, por fim, que, nos termos dos incisos desmatadas a qualquer tempo.
I, II e III do art. 3º da Lei Estadual nº 1.117, de 26 § 3º Os imóveis onde tenha ocorrido supressão ilegal
de janeiro de 1994, são objetivos da Política Estadual de floresta ou outra forma de vegetação nativa após a
de Meio Ambiente: a promoção e utilização adequada entrada em vigor da Lei nº 1.904/2007 se sujeitarão a
e racional dos recursos naturais, de forma a assegurar embargo do uso da área desmatada ilegalmente, não
a sua renovabilidade e seu manejo sustentado para se aplicando:
as presentes e futuras gerações; a compatibilização I - a redução de reserva legal prevista no art. 7º da
do desenvolvimento econômico com a necessidade referida Lei Estadual;
de conservação e preservação dos ecossistemas, o II - as regras estabelecidas no art. 5 º deste Decreto;
estimulo de adoção de hábitos, costumes e praticas III - as possibilidades de desoneração previstas nas letras
sócio econômicas que minimizem os impactos ao meio “a” e “b” do inciso III deste artigo.
ambiente, § 4º O proprietário que, a partir da vigência da Medida
DECRETA: Provisória n º 1.736-31, de 14 de dezembro de 1998,
suprimiu, total ou parcialmente florestas ou demais
CAPÍTULO I formas de vegetação nativa, situadas no interior de sua
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES propriedade, sem as devidas autorizações exigidas por
Lei, não pode fazer uso dos benefícios previstos no inciso
II do § 1º deste artigo.
Art. 1º Este Decreto regulamenta o art. 38 da Lei nº Art. 3º A regularização do Passivo Ambiental Florestal
1.904 de 5 de junho de 2007, com o objetivo, dentre deve ser aprovada pelo Instituto de Meio Ambiente
outros, de valorização do ativo ambiental florestal de do Acre - IMAC e se dará mediante apresentação
imóveis rurais do Estado do Acre, tendo como área pelo interessado de projeto técnico justificando a
prioritária a regularização na zona 1 do Zoneamento opção selecionada e apresentando os documentos
Ecológico-Econômico do Acre - ZEE. necessários, conforme norma emitida por aquele Órgão.
§ 1º Na Subzona 1.1 do ZEE - produção familiar - a Parágrafo único. Em caso de rejeição do projeto por parte
regularização do passivo é de competência do Órgão do IMAC, este deverá apresentar ao proprietário as razões
responsável pelo Projeto de Assentamento ou Pólo da recusa, concedendo-lhe prazo para regularização.
Agroflorestal, contando com a participação ativa dos
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Decretos
de Conservação. ser identificadas para fins de reconhecimento, pelo
Art. 14. O poder público apresentará, anualmente, órgão competente, quanto aos direitos territoriais, que
perante o Conselho Florestal e o Conselho Gestor poderão utilizá-las em sistemas de cultivo em pousio,
da Unidade de Conservação objeto da regularização manejo florestal ou reflorestamento, desde que não
fundiária, relatório das contas de compessão de Reserva comprometa percentual a ser estabelecido em norma
Legal por intermédio de regularização fundiária de conjunta da SEMA e da SEAPROF em cada cultivo anual,
Unidade de Conservação. seguindo orientações técnicas dos Órgãos.
Art. 20. Poderão aderir ao programa previsto neste
CAPÍTULO V Decreto os proprietários de imóveis rurais detentores
DA DESONERAÇÃO MEDIANTE DEPÓSITO AO de passivos florestais que ingressarem no cadastro de
FUNDO ESTADUAL DE FLORESTAS imóveis rurais georreferenciados do ITERACRE.
Parágrafo único. Somente poderão ser aceitas para
Art. 15. Fica autorizada a utilização do Fundo Estadual fins de compensação de Reserva Legal, sob qualquer
de Florestas do Acre, instituído pela Lei Estadual n º modalidade, áreas de vegetação nativa excedentes à
1.426 de 27 de dezembro de 2001, para recolher e gerir Reserva Legal de imóveis regularizados nos termos
os recursos oriundos da desoneração prevista na alínea da legislação ambiental e florestal, consolidado pelo
“b” do inciso III do artigo 2º deste Decreto. ZEE, em especial quanto ao disposto no art. 16 e seus
Art. 16. O proprietário de imóvel rural com passivo parágrafos da Lei nº 4.771/65.
ambiental florestal poderá regularizar seu imóvel Art. 21. O ITERACRE poderá, mediante notificação
mediante o pagamento ao Fundo Estadual de Florestas prévia, promover o cadastramento de ofício de imóveis
de valor financeiro correspondente à aquisição de rurais mediante o georreferenciamento de seus limites
área de floresta com mesma extensão e importância para fim de planejamento de suas atividades, devendo
ecológica, de acordo com tabela divulgada pelo o proprietário rural, no momento da regularização do
ITERACRE, com critérios e procedimentos estabelecidos imóvel, ressarci-lo das despesas comprovadas com o
em norma especifica criada em conjunto pela SEMA cadastramento, devidamente atualizadas.
e pela SEF e posteriormente aprovada pelo Conselho Art. 22. A SEMA poderá expedir portarias
Florestal. regulamentando o cumprimento deste Decreto.
§ 1º A regularização na forma prevista no caput poderá Parágrafo único. A regulamentação poderá, dentre
ser formalizada mediante plano para pagamento de, outras coisas, estabelecer critérios, indicadores e
no mínimo, dez por cento do total do passivo por ano, procedimentos para a avaliação anual do desempenho
devendo-se, neste caso, firmar termo de compromisso da gestão florestal no Estado, a serem aprovados pelo
entre o interessado e o IMAC, com natureza de título Conselho de Meio Ambiente, bem como criar uma lista
executivo. estadual de propriedades inadimplentes em relação ao
§ 2º Formalizado o compromisso e efetuado o passivo ambiental.
pagamento correspondente a cada parcela anual, a Art. 23. A área de reserva legal a ser averbada na
SEF emitirá ao interessado um certificado que contenha matrícula do imóvel será aquela aprovada pelo Órgão
declaração da área equivalente passível de desoneração, Ambiental no Licenciamento Ambiental da Propriedade
o qual deverá ser averbado no registro do imóvel a ser Rural.
regularizado como comprovação da regularidade de Art. 24. Os proprietários que ingressarem no
sua reserva legal. programa de regularização do passivo ambiental estarão
Art. 17. Em caso de inadimplência do proprietário dispensados de multas referentes a eventos ocorridos
em relação a qualquer das parcelas previstas no plano, há mais de cinco anos e que ainda não tenham sido
serão tomadas as seguintes providências: cobrados judicialmente.
I - será feita a execução judicial do título executivo em § 1º Se as multas fizerem referência a infração
relação às parcelas vencidas e não pagas; permanente ou continuada, o prazo mencionado no
II - a propriedade será considerada irregular em face caput será contado a partir do dia em que a infração
da legislação florestal até o pagamento total da divida tiver cessado.
executada. § 2º Incide a prescrição aos procedimentos de apuração
Art. 18. Os recursos do Fundo Estadual de Florestas de autos de infração paralisados por mais de três anos,
oriundos da desoneração na forma prevista neste pendentes de julgamento ou despacho, cujos autos
Capítulo serão aplicados exclusivamente na aquisição serão arquivados de ofício ou mediante requerimento
de áreas pendentes de regularização dentro de Unidades da parte interessada.
de Conservação no Estado do Acre, sejam elas Federais, § 3º Quando o fato objeto da infração também constituir
Estaduais ou Municipais, existentes ou que vierem a ser crime, o prazo de prescrição de que trata o caput passa
criadas, de acordo com editais expedidos conjuntamente a ser regido pelo prazo previsto na lei penal.
pela SEF e SEMA. (Redação dada pelo Decreto nº 4.004 § 4º Serão aplicados, em todo caso, as previsões dos
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
II - o uso de equipamentos de som sem a autorização Parques, todos tem obrigação de:
previa da Administração do Parque e em desacordo com I - respeitar as determinações da equipe técnica da
a legislação vigente; Administração do Parque;
III - realizar atividades que propiciem poluições visuais, II - cumprir e zelar para que sejam obedecidas
sonoras, residuais, atmosféricas ou hídricas; integralmente as normas deste regulamento;
IV - atos contrários aos bons costumes; III - comunicar imediatamente à Administração do
V - a modificação das instalações ou realização de Parque irregularidades observadas; e
benfeitorias; IV - preservar a limpeza e a conservação do Parque,
VI - a alteração da vegetação, a coleta plantas ou bem como preservar a flora e a fauna.
qualquer forma de manipulação dos recursos naturais;
VII - atividades comerciais de qualquer natureza, a Seção V
qualquer título, ressalvados os casos devidamente Das Administrações dos Parques
autorizados, permitidos ou concedidos;
VIII - acender fogo em qualquer local; Art. 11. São atribuições das Administrações dos
IX - transitar com cães de médio e grande porte sem Parques Estaduais Urbanos:
focinheira e guia; I - cumprir as normas vigentes;
X - gravar, pintar, escrever e pichar em construções, II - adotar medidas para promover o bem-estar do
muros, árvores e equipamentos; público;
Decretos
XI - usar vias exclusivas para modalidades esportivas III - supervisionar e fiscalizar o uso dos recursos
não compatíveis; naturais, renováveis ou não;
XII - utilizar-se de mesas e cadeiras nos arredores das IV - supervisionar e fiscalizar o uso de equipamentos
lanchonetes ou área de gramado; e instalações;
XIII - depositar lixo, restos de poda, galhadas, sobras V-supervisionar e fiscalizar serviços;
de construção ou outros tipos de entulhos na área dos VI-manter e organizar o calendário de programações;
Parques; VII-programar, supervisionar e fiscalizar atividades e
XIV - aos proprietários dos bares, lanchonetes, eventos;
restaurantes e sorveterias estabelecidas na via dos VIII-comunicar à autoridade competente as irregula-
Parques, deixar de recolher o lixo oriundo dos produtos ridades ocorridas;
comercializados em seus estabe-lecimentos; IX-manter cadastro de usuário e permissionários; e
XV - aos moradores nos limites dos Parques, utilizarem X - apresentar relatório mensal de atividades.
caixa coletora de lixo doméstico na área dos Parques;
XVI - pichar, quebrar, arrancar ou danificar placas, Seção VI
muros, cercas, bancos, sombreadores, ou qualquer Das Disposições Finais
outro bem do patrimônio público locado nos Parques;
XVII - jogar lixo no chão, nas fontes ou áreas dos Art. 12. O descumprimento de qualquer norma
Parques; estabelecida neste Decreto deverá ser comunicado
XVIII - instalar outdoors dentro da área dos Parques; à SEOP, para responsabilização civil e criminal sem
XIX - transitar com motos ou veículos automotivos na prejuízo de:
calçada de pedestre, ciclovias e área gramada; I - reparação de danos causados a equipamentos e ou
XX - vender bebidas alcoólicas, salvo com expressa e recursos naturais do Parque;
formal autorização da Administração do Parque; II - suspensão da autorização expedida a outros eventos
XXI - tomar banho nos espelhos d’água; promovidos pelo infrator; e
XXII - plantar árvores ou mudas de qualquer III - apreensão do objeto da infração.
espécie vegetal de forma aleatória ao planejamento
Art. 13. É vedada qualquer forma de exploração de
administrativo do Parque;
recursos naturais, renováveis ou não, nos Parques
XXIII - adultos utilizarem brinquedos dos Parques
Estaduais Urbanos.
destinados às crianças;
Parágrafo único. Poderão ser estabelecidas outras
XXIV - rampas de madeira ou outro tipo de material
restrições quanto ao uso dos Parques Estaduais
na área do skate;
Urbanos, com a finalidade de preservação do Meio
XXV - praticar exercícios físicos, jogos grupais ou
Ambiente.
ciclismo fora dos locais reservados para tais fins;
XXVI - fazer aberturas nas cercas ou muros para acesso Art. 14. Este Decreto entra em vigor na data de sua
a estabelecimentos comerciais ou residenciais pela via publicação.
Parque, quando o imóvel possuir acesso a outra via;
XXVII - realizar eventos nas áreas de esporte e Arnóbio Marques de Almeida Junior
concha acústica sem autorização da Administração Governador do Estado do Acre
do Parques;
XXVIII - montar barracas ou acampamentos;
XXIX - realizar espetáculos, shows e outros eventos, de DECRETO Nº 3.433, DE 19 DE
qualquer natureza, sem autorização da Administração SETEMBRO DE 2008
do Parque;
XXX - estacionar veículos fora das respectivas áreas “Cria o Complexo de Florestas Estaduais do Rio
reservadas para esse fim; Gregório, o Conselho Consultivo Integrado”.
XXXI - usar bicicleta, patins, skate, patinete e veículos O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE, no uso das
de qualquer tipo fora dos locais próprios e definidos pela atribuições legais que lhe confere o art. 78, o inciso
Administração dos Parques; e VI da Constituição Estadual e em conformidade com
XXXII - praticar qualquer ato que prejudique ou o disposto na Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de
danifique as áreas públicas de utilização comum, tais 2000 e no art. 17 do Decreto Federal nº 4.340 de 22 de
como vias de circulação, calcadas, jardins, etc. agosto de 2002, que dispõe sobre o Conselho Consultivo
de Unidades de Conservação,
Seção IV DECRETA:
Das obrigações comuns Art. 1º O Complexo de Florestas Estaduais do Rio
Gregório abrange as seguintes unidades de conservação
Art. 10. Enquanto permanecerem no interior dos de uso sustentável estaduais:
I - Floresta Estadual do Rio Liberdade, criada pelo
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
ponto P-6; com azimute plano de 98°29’48” e distância e distância de 801,18 m até o ponto P-55; com azimute
de 1.380,89 m até o ponto P-7; com azimute plano de plano de 313°51’42” e distância de 1.155,95 m até
136°20’26” e distância de 908,40 m até o ponto P-8; o ponto P-56; com azimute plano de 309°21’21” e
com azimute plano de 98°09’49” e distância de 1.120,06 distância de 461,38 m até o ponto P-57; deste, segue
m até o ponto P-9; com azimute plano de 130°08’07” e confrontando com o Igarapé Japiim à montante por uma
distância de 2.055,61 m até o ponto P-10; com azimute distância aproximada 26.412,29 m, até o ponto P-58;
plano de 99°24’17” e distância de 863,54 m até o ponto deste, segue confrontando com o Rio Moa à montante
P-11; com azimute plano de 145°57’03” e distância por uma distância aproximada 24.763,16 m, até o ponto
de 989,89 m até o ponto P-12; com azimute plano P-2; deste, segue confrontando com Quem de direito
de 107°02’24” e distância de 941,71 m até o ponto for, com azimute plano de 69°04’31” e distância de
P-13; com azimute plano de 142°34’58” e distância 909,37 m até o ponto P-1; ponto inicial da descrição
de 1.843,78 m até o ponto P-14; com azimute plano deste perímetro.
de 129°46’33” e distância de 2.300,90 m até o ponto Art. 3° São objetivos da ARIE Japiim-Pentecoste:
P-15; com azimute plano de 144°28’55” e distância I - a preservação e a recuperação dos remanescentes
de 1.965,09 m até o ponto P-16; com azimute plano da biota local;
de 127°14’57” e distância de 1.016,01 m até o ponto II - a proteção e a recuperação do Rio Japiim (Paraná
P-17; com azimute plano de 140°52’59” e distância Japiim);
de 1.601,02 m até o ponto P-18; com azimute plano III - ordenar a ocupação das áreas de influência do Rio
Decretos
de 101°22’30” e distância de 820,77 m até o ponto Japiim (Paraná Japiim);
P-19; com azimute plano de 149°30’55” e distância de IV - regular o uso admissível na ARIE, de modo a
1.553,59 m até o ponto P-20; com azimute plano de compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da
121°06’37” e distância de 1.973,48 m até o ponto natureza;
P-21; com azimute plano de 98°58’17” e distância de V - fomentar a educação ambiental, a pesquisa científica
862,11 m até o ponto P-22; com azimute plano de e a conservação dos valores ambientais, culturais e
121°26’05” e distância de 715,77 m até o ponto P-23; históricos;
com azimute plano de 100°49’27” e distância de 894,75 VI - proteger os atributos naturais, a diversidade
m até o ponto P-24; com azimute plano de 61°56’52” biológica e os recursos hídricos e o patrimônio
e distância de 1.301,51 m até o ponto P- 25; deste, arqueológico, assegurando o caráter sustentável da ação
segue confrontando com a Comunidade Pentecoste, com antrópica na região, com particular ênfase na melhoria
os seguintes azimutes e distâncias: com azimute plano das condições de sobrevivência e qualidade de vida das
de 114°26’38” e distância de 416,81 m até o ponto comunidades residentes e no entorno.
P-26; com azimute plano de 170°39’44” e distância Parágrafo único. Ficam proibidas na ARIE objeto deste
de 1.142,89 m até o ponto P-27; com azimute plano Decreto quaisquer atividades ou modalidades de
de 139°14’22” e distância de 2.046,85 m até o ponto utilização em desacordo com os seus objetivos, o seu
P-28; com azimute plano de 93°37’50” e distância de Plano de Manejo e os seus Regulamentos.
656,26 m até o ponto P-29; com azimute plano de Art. 4º Fica declarado como Zona de Amortecimento
186°40’52” e distância de 1.240,50 m até o ponto o entorno imediato da ARIE Japiim-Pentecoste, na
P-30; com azimute plano de 125°56’19” e distância forma estabelecido no Plano de Gestão da UC, em
de 3.559,67 m até o ponto P-31; com azimute plano conformidade com a legislação vigente.
de 137°59’44” e distância de 1.818,08 m até o ponto
Art. 5º A administração, supervisão e fiscalização da
P-33; com azimute plano de 106°51’30” e distância de
ARIE Japiim-Pentecoste será de responsabilidade da
1.181,32 m até o ponto P-34; com azimute plano de
Secretaria de Estado de Meio Ambiente-SEMA.
129°28’21” e distância de 754,48 m até o ponto P-35;
Parágrafo único. Nos termos do art. 24, § 1º, da Lei
com azimute plano de 85°42’39” e distância de 2.748,42
1.426/2001, a SEMA poderá formalizar parcerias para
m até o ponto P-36; com azimute plano de 44°14’10”
a gestão da ARIE Japiim-Pentecoste.
e distância de 1.817,02 m até o ponto P-37; deste,
segue confrontando com quem de direito for, com os Art. 6º O órgão gestor da Unidade de Conservação,
seguintes azimutes e distâncias: com azimute plano no prazo de 90 dias a partir da vigência desde Decreto,
de 111°48’05” e distância de 737,96 m até o ponto editará ato de criação do Conselho Gestor da Unidade, de
P-38; com azimute plano de 141°04’21” e distância caráter consultivo e, se possível, paritário, considerando-
de 1.144,99 m até o ponto P-39; com azimute plano se as peculiaridades regionais, com objetivo de gestão
de 182°02’43” e distância de 959,86 m até o ponto participativa e integrada da Unidade de Conservação.
P-40; com azimute plano de 158°01’32” e distância Parágrafo único. O Conselho consultivo deverá, no prazo
de 2.105,75 m até o ponto P-41; com azimute plano de noventa dias contados da data de sua instalação,
de 180°55’27” e distância de 2.124,34 m até o ponto elaborar seu regimento interno.
P-42; com azimute plano de 211°30’15” e distância de Art. 7º A SEMA expedirá os atos normativos
2.491,27 m até o ponto P-43; deste, segue confrontando complementares que se fizerem necessários ao
com o Perímetro Urbano de Mâncio Lima, com os cumprimento deste Decreto.
seguintes azimutes e distâncias: com azimute plano de Art. 8º Este Decreto entra em vigor na data de sua
267°20’13” e distância de 1.474,73 m até o ponto P-44; publicação.
com azimute plano de 303°41’24” e distância de 864,66
m até o ponto P-45; com azimute plano de 263°17’25” Rio Branco-Acre, 6 de julho de 2009, 121º da República,
e distância de 586,42 m até o ponto P-46; com azimute 107º do Tratado de Petrópolis e 48º do Estado do
plano de 286°41’57” e distância de 715,35 m até o ponto Acre.
P-47; com azimute plano de 304°01’10” e distância
de 1.653,33 m até o ponto P-48; com azimute plano Arnóbio Marques de Almeida Júnior
de 265°14’11” e distância de 1.650,13 m até o ponto Governador do Estado do Acre
P-49; com azimute plano de 308°02’49” e distância de
2.001,15 m até o ponto P-50; com azimute plano de
299°48’48” e distância de 2.286,40 m até o ponto P-51;
com azimute plano de 322°19’08” e distância de 618,59
m até o ponto P-52; com azimute plano de 279°44’04”
e distância de 1.219,39 m até o ponto P-53; com
azimute plano de 310°54’04” e distância de 1.311,52
m até o ponto P-54; com azimute plano de 297°21’56”
155
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
156
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Decretos
relação empregatícia. Secretaria Executiva;
Art. 4° A inclusão de instituições-membro será decidida VII - expedir pedidos de informação e consultas às
por aprovação da maioria absoluta do Conselho. autoridades estaduais, federais, municipais, de governos
Art. 5º A exclusão de instituições membro do Conselho estrangeiros e da sociedade civil;
ocorrerá nas circunstâncias abaixo relacionadas: VIII - assinar as Resoluções, Moções, Análises e
I - renúncia; Pareceres Consultivos aprovados pelo Conselho;
II - ausência em reuniões plenárias, sem justificativa IX - baixar Portarias que digam respeito à administração
da instituição, em três reuniões consecutivas ou cinco do Conselho;
alternadas, no período de um ano; X - comunicar às autoridades competentes as
III - destituição, decidida por maioria absoluta dos deliberações e encaminhar- lhes as resoluções que
membros do CFE, assegurada a oportunidade de reclamem providências de sua alçada;
defesa. XI - representar o Conselho ou delegar a sua
§ 1º Quando ocorrer a falta de representante por duas representação;
vezes consecutivas ou por quatro alternadas sem XII - tomar decisões, de caráter urgente, ad referendum
apresentação de justificativa, a instituição representada do Conselho;
será notificada por ofício quanto à circunstância, para XIII - viabilizar a gestão técnica e financeira para o
as providências que entender necessárias. funcionamento da Secretaria Executiva;
§ 2º No caso previsto no inciso II deste artigo, a XIV - resolver casos não previstos nesse Regimento.
Instituição será imediatamente comunicada para fins Parágrafo único. No caso do inciso XII do caput deste
de indicação de novo representante no prazo de trinta artigo, a Presidência do CFE deverá apresentar, na
dias, sob pena de sua supressão como membro do próxima reunião do Plenário, a decisão tomada ad
Conselho. referendum para discussão e deliberação do Plenário.
§ 3º A apreciação da justificativa formal das ausências
mencionadas no inciso II será de competência da SUBSEÇÃO II
Presidência. DO PLENÁRIO
§ 4º O representante cuja destituição haja sido proposta
não terá direito a voto no processo de decisão de sua Art. 10. Ao Plenário compete:
exclusão. I - apreciar e aprovar o Regimento Interno e suas
§ 5º As deliberações quanto à encaminhamento de alterações;
destituição terão preferência de apreciação e votação II - discutir e votar as propostas, indicações e pareceres
sobre as demais matérias em pauta. encaminhados pelas câmaras permanentes e comissões
Art. 6º A nomeação do representante titular de todas temporárias;
as instituições membro do Conselho, assim como a do III - definir a composição de cada câmara permanente;
seu suplente, ocorrerá por meio de Portarias publicadas IV - aprovar a criação e a dissolução das comissões
pelo próprio CFE e subscritas por seu presidente, temporárias, suas competências, composição e prazo
conforme indicação das instituições-membro. de duração;
V - julgar e decidir sobre assuntos encaminhados à sua
SEÇÃO II apreciação e em conformidade com as competências
DA ORGANIZAÇÃO do Conselho;
VI - requerer informações, providências e esclarecimentos
Art. 7º A estrutura organizacional do CFE é composta ao Presidente do Conselho;
de: VII - pedir vistas de processos e documentos.
I - Presidência;
II - Plenário; SUBSEÇÃO III
III - Secretaria Executiva; DA SECRETARIA EXECUTIVA
IV - Câmaras Permanentes;
V - Comissões Temporárias. Art. 11. A Secretaria Executiva do CFE está
vinculada à Divisão de Normas e Regulamentação do
SUBSEÇÃO I Departamento de Políticas Públicas da Secretaria de
DA PRESIDÊNCIA Estado de Floresta.
§ 1º O Presidente do CFE nomeará, por portaria, o
Art. 8º O Conselho Florestal Estadual será presidido Secretário Executivo e o corpo técnico para exercício
pelo Secretário de Estado de Floresta. da função indicada neste artigo.
§ 1º Na ausência do Presidente, a coordenação dos § 2º Os serviços administrativos da Secretaria Executiva
trabalhos ficará a cargo de representante de instituição serão desenvolvidos com o apoio técnico e operacional
membro do CFE, cuja nomeação ocorrerá por meio de de servidores requisitados de órgãos e entidades da
Administração Estadual Direta ou Indireta, na forma
157
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
158
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
não possuindo, entretanto, direito a voz e voto. § 1º As propostas de Resolução, de Moção, de Análise
§ 2º A Presidência ou membro do CFE poderá solicitar e de Parecer Consultivo encaminhados à Secretaria
a manifestação de pessoas físicas ou jurídicas nas Executiva deverão ser submetidas previamente às
reuniões com objetivo de eventual esclarecimento de Câmaras Permanentes competentes, que terão o prazo
ordem técnica ou factual ou emitir opinião sobre a de vinte dias para se manifestar sobre o assunto.
pauta em questão. § 2º Terminados os trabalhos das Câmaras, seu
§ 3º A solicitação prevista no § 2o será submetida à Coordenador solicitará à Presidência a inclusão do
deliberação do Plenário. tema na pauta de reunião ordinária, conforme a ordem
Art. 25. O quorum para início das sessões plenárias cronológica de apresentação.
será de maioria simples dos membros do Conselho. Art. 33. Os debates dos assuntos em Plenário
Art. 26. As pautas serão estabelecidas pela Presidência obedecerão à seguinte seqüência:
do Conselho, após serem propostas pela Secretaria I - o Presidente apresentará o item a ser incluído
Executiva, ouvidos os membros do Conselho. na ordem do dia, e dará a palavra ao relator que
§ 1º No período de quinze dias que antecede as reuniões apresentará o seu parecer, escrito ou oral;
ordinárias, a Secretaria Executiva deverá solicitar às II - terminada a exposição, a matéria será posta em
instituições membros do CFE, às Câmaras Permanentes discussão, podendo qualquer conselheiro solicitar
e às Comissões Temporárias, a sugestão de assuntos esclarecimentos e manifestar opinião, respeitando esta
para inserção na pauta da reunião do Plenário a ser ordem de intervenção.
Decretos
realizada. A Secretaria Executiva analisará a solicitação Parágrafo único. Fica assegurado, para uso da palavra,
e encaminhará uma posição ao solicitante em até dez o tempo máximo de cinco minutos para cada membro
dias. do Plenário, podendo ser prorrogado, a critério da
§ 2º Poderá ser incluída na ordem do dia, por deliberação Presidência.
do Plenário, matéria de caráter urgente e relevante.
Art. 27. As propostas de Resoluções, de Moções, SUBSEÇÃO I
de Análises e de Pareceres Consultivos das Câmaras DA VOTAÇÃO E DELIBERAÇÃO
Permanentes e das Comissões Temporárias deverão
ser elaboradas por escrito e entregues à Secretaria Art. 34. Terminados os debates, o assunto será
Executiva com quinze dias de antecedência à data da colocado à votação do Plenário.
reunião plenária, para fim de processamento e inclusão § 1º Somente terão direito a voto os membros titulares,
na pauta, salvo em casos devidamente justificados, a ou seus suplentes, devendo-se computar apenas um
critério da Presidência. voto por instituição.
§ 2° A discussão ou votação de matéria da ordem do dia
SEÇÃO I poderá ser adiada por deliberação do Plenário, cabendo
DA CONVOCAÇÃO a este fixar o prazo de adiamento.
Art. 35. As decisões do Conselho serão tomadas por
Art. 28. A convocação para as reuniões do Plenário maioria simples, cabendo ao Presidente, além do voto
será efetuada pela Secretaria Executiva por meio comum, o de qualidade.
de correio eletrônico e de oficio da Presidência do Art. 36. As decisões das Câmaras Permanentes e
Conselho, os quais deverão conter o local, a data, o Comissões Temporárias serão tomadas por votação
horário de início e término da reunião e as pautas a da maioria simples de seus membros, ad referendum
serem tratadas. do Plenário.
Art. 29. A Secretaria Executiva deverá convocar as Parágrafo único. Os coordenadores das Câmaras
reuniões ordinárias do Plenário com antecipação mínima Permanentes e Comissões Temporárias exercem o
de dez dias e as extraordinárias com antecedência direito de voto e, no caso de empate, também o voto
mínima de cinco dias. de qualidade.
Art. 30. Documentos a serem apreciados pelo
Plenário deverão ser enviados aos membros em cópia SEÇÃO III
impressa ou por correio eletrônico e/ou postados no DA MEMÓRIA DAS REUNIÕES
site do Conselho na área restrita aos conselheiros, com
antecedência mínima de dez dias nas reuniões ordinárias Art. 37. As reuniões do Plenário terão dois documentos
e cinco dias nas extraordinárias. de registro:
Art. 31. As reuniões das Câmaras Permanentes I - memória e encaminhamentos da reunião do
e Comissões Temporárias serão convocadas pela Plenário;
Secretaria Executiva por solicitação dos respectivos II - ata da reunião do Plenário.
Coordenadores, com antecipação mínima de cinco § 1º A memória e encaminhamentos da reunião do
dias. Plenário deverá ser elaborada e enviada por correio
eletrônico até sete dias após a realização da reunião,
SEÇÃO II devendo também serem postadas no site do CFE.
DA CONDUÇÃO E DEBATES § 2º A ata da reunião do Plenário será elaborada
pela Secretaria Executiva em até vinte dias após a
reunião.
Art. 32. Os assuntos a serem submetidos à apreciação
§ 3º A ata será lavrada, ainda que não haja reunião por
do Plenário poderão ser apresentados por qualquer
falta de quorum e, nesse caso, nela serão mencionados
Conselheiro, Câmara Permanente ou Comissão
os nomes dos conselheiros presentes.
Temporária e constituir-se-ão de:
I - proposta de Resolução: quando se tratar de Art. 38. O conselheiro que pretender retificar a ata
deliberação vinculada à competência legal do Conselho da reunião do Plenário enviará declaração escrita ao
Florestal Estadual; Secretário Executivo, até quarenta e oito horas após o
II - proposta de Moção: quando se tratar de conhecimento da mesma.
manifestação, de qualquer natureza, relacionada com
a temática florestal; SEÇÃO IV
III - proposta de Análise e Parecer Consultivo sobre DA DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
matérias florestais submetidas à sua apreciação, bem
como Projetos de Lei ou de atos administrativos; Art. 39. As Resoluções aprovadas pelo plenário serão
referendadas pela Presidência no prazo máximo de trinta
159
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
160
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Decretos
§ 2° O titular de cada órgão ou entidade representante
no CDRFS indicará seu respectivo suplente, que será Seção III
nomeado pelo Presidente. Das Câmaras Técnicas
Art. 3° Em suas ausências ou impedimentos, o
Presidente do CDRFS será substituído por membro Art. 9º As Câmaras Técnicas são órgãos auxiliares
titular indicado por deliberação do Plenário; do CDRFS.
Art. 4º O mandato de cada Conselheiro será de 02 Parágrafo único. Compete às câmaras técnicas a
(dois) anos, permitida sua recondução. análise das matérias propostas ao Conselho, expressas
§1º Somente representará a instituição no CDRFS formalmente em pareceres, podendo, em situação
o Conselheiro titular ou seu suplente previamente eventual e extraordinária, o plenário deliberar apenas
nomeado pelo Presidente. com a apresentação de opinião técnica verbal reduzida
§ 2º Eventual substituição de suplentes deverá ser a termo na sessão quando se tratar de decisão de
proposta, previamente, pelo titular da instituição, para reconhecida urgência e relevância.
renomeação pelo Presidente do CDRFS.
CAPITULO IV
CAPÍTULO III DOS ÓRGÃOS SETORIAIS E ENTIDADES
DO FUNCIONAMENTO DE ÂMBITO ESTADUAL
Art. 5° A estrutura de funcionamento e de deliberação Art. 10. Aos órgãos setoriais e às entidades de
do CDRFS compõe-se de: âmbito estadual, público e privado, envolvidos, direta
I - Plenário; ou indiretamente, na implementação de políticas
II - Presidência; públicas voltadas para o desenvolvimento rural e
III - Secretaria Executiva; e florestal sustentável, em especial à reforma agrária e
IV - Câmaras Técnicas. à agricultura familiar, compete:
I - participar de estudos e debates com vistas à
Seção I adequação de políticas públicas ao desenvolvimento
Do Plenário rural e florestal sustentável;
II - mobilizar recursos financeiros, materiais e humanos,
Art. 6º O Plenário do CDRFS deliberará a partir das em suas respectivas áreas de atuação, para apoio aos
propostas encaminhadas pelos Conselheiros à Secretaria programas da agricultura familiar e da reforma agrária
Executiva. em todo o território estadual; e
§ 1° O Plenário deliberará por maioria simples, III - mobilizar e orientar as suas unidades municipais,
estando presentes, no mínimo metade mais um de no sentido de integrá-las na operacionalização desses
seus membros. programas.
§ 2° Nas deliberações do Conselho, o seu Presidente
terá, além do voto ordinário, o de qualidade. TÍTULO II
§ 3° Nos casos de relevância e urgência, o Presidente DOS CONSELHOS MUNICIPAIS
do CDRFS poderá deliberar, e, em seguida, submeter a DE DESENVOLVIMENTO RURAL E
deliberação à aprovação do Plenário. FLORESTAL SUSTENTÁVEL
§ 4° Poderão participar das reuniões do Plenário, a
convite do Presidente, e sem direito a voto, autoridades Art. 11. Os municípios, mediante adesão, poderão
e especialistas do setor público e privado e de instituir, em seu âmbito, o Conselho Municipal de
organizações não governamentais, quando necessário Desenvolvimento Rural e Florestal Sustentável -
ao aprimoramento ou esclarecimento da matéria em CMDRFS.
discussão. Art. 12. Aos Conselhos Municipais incumbe a
elaboração e aprovação dos respectivos Planos
Seção II Municipais de Desenvolvimento Rural e Florestal
Da Secretaria Executiva Sustentável.
Art. 13. Os Conselhos Municipais, ao deliberarem
Art. 7° À Secretaria Executiva do CDRFS está sobre o Plano Municipal de Desenvolvimento Rural e
vinculada a SEAPROF. Florestal Sustentável – PMDRFS, deverão promover:
§ 1º O Presidente do CDRFS nomeará, por portaria, o I - a articulação e adequação de políticas públicas
Secretário Executivo e o corpo técnico para exercício estaduais à realidade municipal;
da função indicada nesse Decreto. II - a compatibilização da programação físico-financeira
§ 2º Os serviços administrativos da Secretaria Executiva anual dos programas que integram o Plano Nacional
serão desenvolvidos com o apoio técnico e operacional de Desenvolvimento Rural e Florestal Sustentável –
161
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
PNDRFS e dos programas estaduais correlatos; iniciativa comunitária e/ou governamental e os modelos
III - avaliação dos impactos das ações dos programas no de reforma agrária ajustados às especificidades do Acre;
desenvolvimento municipal e propor redirecionamentos; e VI - apoiar as atividades de verticalização da produção
IV - outras atribuições que lhes forem conferidas. dos produtores rurais de base familiar;
Parágrafo único. Cada conselho municipal elaborará seu VII - estimular o associativismo, fortalecendo as
Regimento Interno. associações e cooperativas de produtores rurais, corno
Art. 14. Os conselhos municipais serão integrados por forma de melhorar a competitividade econômica e a
representantes do Poder Público, das organizações não promoção social das comunidades; e
governamentais e pelas representações dos agricultores VIII - estimular a emancipação das comunidades e
familiares, resguardando a proporcionalidade das três fortalecer a sua base cultural.
representatividades.
CAPÍTULO II
TÍTULO III DISPOSIÇÕES FINAIS
DA GESTÃO DA POLÍTICA ESTADUAL DE
DESENVOLVIMENTO RURAL Art. 17. Cabe aos produtores rurais de base familiar
E FLORESTAL SUSTENTÁVEL por intermédio de suas organizações:
I - discutir, priorizar e apresentar as demandas
comunitárias;
Art. 15. Cabe à SEAPROF, coordenar e supervisionar II - participar da formulação, execução, monitoramento
a política estadual de desenvolvimento rural e florestal e avaliação dos programas, projetos e ações das
sustentável, competindo-lhe especificamente: políticas públicas;
I - propor a concepção, coordenar a execução, monitorar, III - participar, de forma mais efetiva, dos conselhos
acompanhar e avaliar a Política de Desenvolvimento municipais de desenvolvimento rural e florestais, na
Rural e Florestal Sustentável; busca de melhorar a qualidades das decisões tomadas; e
II - presidir e assegurar o funcionamento do Conselho IV - ofertar contrapartida, financeiras ou não, na
Estadual de Desenvolvimento Rural e Florestal concretização dos projetos de interesse coletivo.
Sustentável; Art. 18. Este Decreto entra em vigor na data de sua
III - propor ao CDRFS políticas de desenvolvimento publicação.
da agricultura familiar, da produção florestal, do Art. 19. Revoga-se o Decreto nº 8.423, de 11 de
extrativismo e da reforma agrária; agosto de 2003.
IV - manter o CDRFS informado da condução da Política
e propor mudanças de rumo, caso haja necessidade; Rio Branco-Acre, 15 de julho de 2010, 122º da
V - submeter ao CDRFS os programas federais República, 108º do Tratado de Petrópolis e 49º do
e estaduais de apoio à agricultura familiar e à Estado do Acre.
reforma agrária, em especial o Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF e o
Plano Nacional de Reforma Agrária - PNRA; Arnóbio Marques de Almeida Júnior
VI - assegurar o caráter descentralizado de execução da Governador do Estado do Acre
Política e o estabelecimento de processos participativos
dos agricultores familiares, seringueiros, ribeirinhos e
índios e suas organizações na consolidação e avaliação
da mesma;
VII - promover as gestões que se fizerem necessárias
junto aos órgãos, no âmbito estadual que atuam
no setor, bem como junto às prefeituras, visando
reajustamento das políticas públicas a seus objetivos; e
VIII - prover, juntamente com a SEAPROF e dar o apoio
necessário ao funcionamento da Secretaria Executiva.
TÍTULO IV
DAS DIRETRIZES
CAPÍTULO I
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL E
FLORESTAL SUSTENTÁVEL
162
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
RESOLUÇÕES ANEXO – I
INSTITUTO DE MEIO AMBIENTE DO ACRE –IMAC
TABELA DE TAXAS E PREÇOS
RESOLUÇÃO/ CEMACT/ Nº 001, DE
24 DE MAIO DE 1995
Resoluções
IX - Jardins Zoológicos;
X - Hortos Florestais;
XI - Áreas de relevante interesse ecológico.
Art. 3º - Esta RESOLUÇÃO entra em vigor na data
de sua publicação.
163
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
contrário.
Art. 4º - Essa Resolução entra em vigor na data de
sua publicação.
Obs.: Os Índices 1,2,3 e 4 são fatores multiplicadores dos valores encontrados em Reais, face aos níveis de impacto
ambiental negativo da atividade a ser licenciada.
A atividade poluidora será enquadrada pelo parâmetro que der maior dimensão dentre os parâmetros disponíveis
no requerimento.
Valores em UPF
164
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Resoluções
VP - Valor da Passagem FAEAC;
NT - Número de Técnicos e) Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis
VRF - Valor do Rolo Fotográfico – IBAMA;
VrF - Valor da Revelação Fotográfica f) Ministério Público Estadual – MP/AC;
CORM - Custo Operacional na Região Municipal g) Fundação Nacional do Índio – FUNAI.
NPRM - Número de Processos da Região Municipal Art.2º - A Presidência de cada Câmara será escolhida,
NPT - Número de Processo Total dentre seus membros.
Art.3º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
RESOLUÇÃO/CEMACT/Nº 002,
DE 08 DE JUNHO DE 2000 Carlos Edegard de Deus
Presidente do CEMACT
O Presidente do CONSELHO ESTADUAL DE MEIO
AMBIENTE, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - CEMACT, no uso RESOLUÇÃO/ CEMACT/ Nº 002, DE
das atribuições que lhe conferem o artigo 3º , 4º da Lei 29 DE NOVEMBRO DE 2001
1.022, de 21 de janeiro de 1992, publicada no Diário
Oficial do Estado de 21 de janeiro de 1992. O Presidente do CONSELHO ESTADUAL DE MEIO
CONSIDERANDO o disposto na Lei nº 1.116 de 13 de AMBIENTE, CIÊNCIA E TECNOLOGIA – CEMACT, no uso
janeiro de 1994, no seu Artigo 5º, publicado no Diário das atribuições que lhe conferem o artigo 3º, 4º da Lei
Oficial do Estado de 17 de janeiro de 1994. 1.022, de 21 de janeiro de 1992, publicada no Diário
R E S O L V E: Oficial do Estado de 21 de janeiro de 1992.
Art. 1º - INSTALAR em caráter permanente a Câmara CONSIDERANDO o disposto no art. 11 da Lei n º 1.117
Técnica de Agrotóxico. de 26 de janeiro de 1994, publicada no Diário Oficial do
Parágrafo único: A Câmara Técnica será constituída por Estado de 23 de fevereiro de 1994, e tendo em vista o
representantes das seguintes entidades: disposto em seu Regimento Interno.
I - Federação da Agricultura do Estado do Acre – RESOLVE:
FAEAC; Art. 1º APROVAR proposta apresentada pela Fundação
II - Universidade Federal do Acre – UFAC; de Tecnologia do Estado do Acre – FUNTAC, através das
III - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Proposições n º 2 e n º 3 de setembro de 1999, que altera
EMBRAPA/AC; seu regimento Interno, passando o inciso IX do artigo 5 º
IV - Secretaria de Estado de Produção – SEPRO; e a letra “b” do artigo 22 a terem a seguinte redação:
V - Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC; “Art. 5º
VI - Secretaria de Estado de Saúde e Saneamento; ...........
VII - Fundação SOS AMAZÔNIA; IX – Comunicar à entidade, membro do CEMACT, que a
VIII - Secretaria Executiva de Agricultura e Pecuária – ausência de seu representante titular e/ou suplente, a
SEAP. 03 (três) reuniões ordinárias, mesmo que justificadas,
Art. 2º - A Presidência da Câmara Técnica será implicará na sua automática exclusão”.
escolhida, dentre seus membros. “Art. 22º
Art. 3º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua .............
publicação, revogadas as disposições em contrário. b – Ausência com justificativa, do representante, titular
e suplente, a 03 (três) reuniões ordinárias consecutivas
Carlos Edegard de Deus no ano”.
Presidente do CEMACT Art. 2 º - Esta Resolução entrará em vigor na data de
sua publicação.
Carlos Edegard
Presidente do CEMACT
165
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
166
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
realizada no dia 17 de maio de 2004.(Atual Portaria e será instrumento obrigatório no uso da ATPF.
Normativa IMAC nº 003 de 25 de junho de 2004) Art. 2º - A emissão e controle de ATPF no Estado do
Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de Acre estão a cargo do Instituto de Meio Ambiente do
sua publicação com efeito retroativo a 25 de maio de Acre - IMAC.
2004. Art. 3º - O requerimento, preenchimento das disposições
Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário. de conta da ATPF, obedecerá aos procedimentos descritos,
na Portaria Normativa IBAMA n º 044-N, de 06 de Abril de
Carlos Edegard de Deus 1993 e demais regulamentações da matéria.
Presidente do CEMACT Parágrafo Único: Para cumprimento das disposições
contidas no caput deste artigo, serão utilizados os modelos
de documentação própria do estado.
RESOLUÇÃO DO CEMACT Nº 003, Art. 4º - Os casos omissos serão apreciados e
DE 25 DE MAIO DE 2004 regulamentados pelos CEMACT e CFE.
Art. 5º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua
O Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência publicação, revogando as disposições em contrário.
e Tecnologia - CEMACT, no uso das atribuições e
competências que lhe são conferidas pela Lei nº. 1.022, CARLOS EDEGARD DE DEUS
de 21 de janeiro de 1.992, em especial nos Artigos Presidente do CEMACT
6º e 9º, a Instrução Normativa MMA n° 03, de 04 de GILBERTO SIQUEIRA
março de 2002, Presidente do CFE
RESOLVE:
Art. 1º - APROVAR a Proposta de Portaria, que
instituirá os procedimentos administrativos para o RESOLUÇÃO DO CEMACT Nº 001,
Licenciamento Ambiental Rural - LARAC e Certificação DE 22 DE JUNHO DE 2005
Ambiental Rural - CAR, resultante da Resolução do
CEMACT nº. 001 de 23 de abril de 2004, e discussão O Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e
do Plenário na 2ª Reunião Extraordinária, realizada no Tecnologia - CEMACT, no uso das atribuições que lhe
dia 24 de maio de 2004. conferem os artigos 4º, 6º e 9º da Lei 1.022, de 21 de
Resoluções
Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de janeiro de 1992, publicada no Diário Oficial do Estado de
sua publicação com efeito retroativo a 25 de maio de 21 de janeiro de 1992.
2004. CONSIDERANDO que, o instituto de Meio Ambiente do
Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário. Acre - IMAC e O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, são órgãos
Carlos Edegard de Deus executores da Política Estadual e Federal de Meio Ambiente
Presidente do CEMACT respectivamente no Estado do Acre.
RESOLVE:
Art.1º - APROVAR os termos da a Portaria Interinstitucional
RESOLUÇÃO CONJUNTA CEMACT/CFE Nº 001, DE IMAC/IBAMA nº. 001 de 04 de junho de 2005, publicada
19 DE ABRIL DE 2005 no DOE de 09 de junho de 2005, que trata da definição
de padrões mínimos para a utilização sustentável do cipó
O Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e unha-de-gato.
Tecnologia - CEMACT e o Conselho Florestal Estadual Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua
- CFE, no uso das atribuições e competências que lhe publicação com efeito retroativo a 09 de junho de 2005.
são conferidas pela Lei nº. 1.022, de 21 de janeiro de Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário.
1.992, e pelo Código Florestal Estadual nº. 1426 de 27
de dezembro de 2001, bem como o Decreto nº. 9848 Carlos Edegard de Deus
de 26 de março de 2004. Presidente do CEMACT
CONSIDERANDO o Termo de Cooperação Técnica
firmado com Instituto Brasileiro de Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA com RESOLUÇÃO DO CEMACT Nº 002,
a interveniência da Secretaria de Meio Ambiente e DE 05 DE MAIO DE 2006
Recursos Naturais, Instituto de Meio Ambiente do Acre
- IMAC e Secretaria de Estado de Floresta objetivando O Presidente do CONSELHO ESTADUAL DE MEIO
estabelecer em Sistema de Cooperação administrativa AMBIENTE, CIÊNCIA E TECNOLOGIA - CEMACT, no uso
para a gestão compartilhada das competências das atribuições que lhe conferem o artigo 3º, 4º e 7º
constitucionais de Gestão Florestal no Estado do da Lei 1.022, de 21 de janeiro de 1992, publicada no
Acre, nas ações de autorização e licenciamento de Diário Oficial do Estado de 21 de janeiro de 1992, em
uso alternativo do solo, queima controlada, reposição consonância com a Lei nº. 1.500, de 15 de junho de
florestal, manejo florestal sustentável de uso múltiplo 2003, publicada no Diário Oficial do Estado de 17 de
e controle do fluxo de produtos madeireiros; julho de 2003.
CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar os R E S O L V E:
procedimentos técnicos e administrativos para a
Art. 1º - INSTALAR em caráter permanente a Câmara
autorização do transporte de produtos florestais;
Técnica de Recursos Hídricos - CTRH.
CONSIDERANDO a importância da aplicação da Política
I - A Câmara Técnica de Recursos Hídricos será constituída
Florestal do Estado do Acre e o uso racional dos recursos
por representantes das seguintes entidades:
naturais;
1) Instituto de Meio Ambiente do Acre - IMAC;
RESOLVEM:
2) Fundação de Tecnologia do Estado do Acre -
Art. 1º - APROVAR a criação do Selo para Transporte FUNTAC;
de Produtos Florestais - STPF, no Estado do Acre, 3) Secretaria de Estado de Educação - SEE;
diferenciado, para transporte de produtos florestais 4) Secretaria de Estado de Infra-estrutura - SEINFRA;
de origem de desmatamento; de manejo florestal e de 5) Secretaria de Estado de Saúde - SESACRE;
processamento industrial. 6) Secretaria de Estado de Assistência Técnica e
Parágrafo Único: O Selo para Transporte de Produtos Extensão Rural - SEATER;
Florestais, conterá o brasão do estado, número e série
167
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
CAPÍTULO II
RESOLUÇÃO CEMACT Nº 003, DE
DA DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA
27 DE JUNHO DE 2008
168
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
i) comprovante do recolhimento de preços públicos; como broca, destoca e enleiramento de material orgânico
j) publicação do pedido de licença ambiental em Diário para o preparo do solo, e que haja necessidade de se fazer
Oficial do Estado e em jornal de circulação diária a atividade de queima, o proprietário deverá requerer
local; autorização para a realização da queima controlada.
k) sendo empresa rural, o solicitante deve apresentar, §1º As solicitações de queima com o objetivo de
ainda, cópias autenticadas ou acompanhadas de implantação de culturas agrícolas deverão atender ao
documento original para conferência dos seguintes disposto na Portaria IMAC 02/2004.
documentos: Art. 9º Nas áreas com declividade superior a 15% é
1) do Estatuto Social ou Contrato Social, requerimento necessária a adoção de práticas conservacionistas do
do empresário, devidamente registrado em cartório ou solo e proteção dos corpos d’água existentes associadas
da sua publicação em Diário Oficial; a essa condição topográfica.
2) da ata da Assembléia que elegeu a diretoria,
registrada em cartório ou da sua publicação em Diário CAPÍTULO V
Oficial; DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
3) cartão do CNPJ.
l) solicitação de licenciamento da atividade de desmate Art. 10. O requerimento para licenciamento ambiental,
e queima se for o caso, seguindo as regras da Portaria a sinopse da atividade agrícola, o projeto agrícola, o
IMAC nº 02 de 25 de junho de 2004. projeto técnico de execução de queima controlada e as
M) Mapa da propriedade localizando a área já publicações serão apresentados em formulários e roteiros
desmatada, área de preservação permanente e reserva padronizados, cujos modelos encontram-se dispostos nos
legal, distribuição de acessos internos, área de plantio, Anexos 1, 2, 3 e 4 desta Resolução.
contendo as coordenadas geográficas e os vértices do
Art. 11. A partir da normatização do Programa de
polígono da propriedade ajustadas à base cartográfica do
Regularização do Passivo Ambiental o licenciamento de
Estado do Acre, na escala de 1:100.000 e com as escalas
atividades agrícolas será condicionado à regularização
de trabalho distribuídas nas seguintes categorias:
ambiental da propriedade através da Certidão Ambiental
Rural (CAR) e Licenciamento Ambiental Rural (LAR).
Categoria de propriedade Parágrafo único. Para os cultivos das safras 2008/2009
Pequenas propriedades e 2009/2010 será efetuada assinatura, entre o IMAC e o
Resoluções
Proprietário, de um Termo de Compromisso no qual serão
Dimensão - Até 150 ha
estabelecidos prazos e condições para o licenciamento
Escala de trabalho - Até 1:50.000 ambiental rural.
Médias propriedades Art. 12. Em caso de arrendamento ou comodato da
Dimensão - 150-500 ha terra, o contrato deverá ser anexado ao processo de
Escala de trabalho - Até 1:100.000 licenciamento e a responsabilidade do licenciamento da
atividade caberá ao arrendatário.
Grandes propriedades Parágrafo único. As alterações que vierem ocorrer nos
Dimensão - > 500 ha contratos de arrendamento ou comodato deverão ser
Escala de trabalho - Até 1:200.000 comunicadas ao órgão licenciador.
Art. 13. Ficam sujeitas à apresentação de PCA as áreas
Parágrafo único. Nas áreas que houver necessidade contínuas de cultivo superiores a 500 ha (quinhentos
de irrigação artificial, deverá ser inserido no projeto hectares) e inferiores a 1.000 ha (um mil hectares).
agrícola o detalhamento técnico a respeito do sistema. Parágrafo único. Para projetos localizados no entorno
Indicar no projeto de irrigação, no mínimo, as fontes de ou zona de amortecimento de Unidades de Conservação
captação de água, incluindo os pontos georeferenciados e de Terras Indígenas, em distâncias inferiores a 05km
de captação e o balanço hídrico. (cinco quilômetros), a exigência prevista neste artigo
será aplicada para áreas superiores a 250ha (duzentos e
CAPÍTULO III cinqüenta hectares), nas áreas de entorno.
DO PRAZO DE ANÁLISE
Art. 14. Fica sujeito à apresentação de EIA/RIMA em
áreas contínuas de cultivo iguais ou superiores a 1.000ha
Art. 6º O prazo para análise e manifestação conclusiva (um mil hectares), independente das etapas de execução,
sobre os projetos submetidos à aprovação, em cada fase devendo o Termo de Referência ser fornecido pelo IMAC,
do processo de licenciamento, será de 60 (sessenta) dias: em até 30 (trinta) dias da protocolização do pedido de
§ 1º O prazo descrito no caput deste artigo será contado desmate e/ou licenciamento da atividade.
a partir da entrega completa dos documentos junto ao
Art. 15. Esta Resolução entrará em vigor na data de
órgão licenciador.
sua publicação.
§ 2º Havendo necessidade de complementação de
informações, os prazos voltarão a ser contados a partir da
Rio Branco, 02 de Julho de 2008.
entrega dos documentos complementares para análise.
§ 3º O prazo final para atendimento das exigências
EUFRAN FERREIRA DO AMARAL
por parte do solicitante será de até 60 (sessenta) dias.
Presidente do CEMAC
No caso de não atendimento injustificado o processo
será arquivado.
Art. 7º Havendo especial dificuldade técnica, RESOLUÇÃO Nº 004, DE
necessidade de manifestação ou parecer de outros órgãos 27 DE JUNHO DE 2008
envolvidos no licenciamento, os prazos estabelecidos no
art. 6º poderão ser prorrogados por meio de manifestação Define os procedimentos técnicos para o
fundamentada do Órgão Ambiental, no primeiro caso, licenciamento ambiental da cultura de cana-de-
ou a requerimento do interessado, no segundo. açúcar no Estado do Acre.
O Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e
CAPÍTULO IV Tecnologia – CEMACT, no uso de suas atribuições que
DO PREPARO DO SOLO E QUEIMA CONTROLADA lhe confere a Lei nº 1.022, de 21 de janeiro de 1992, e
o Regimento Interno do CEMACT, mediante aprovação
Art. 8º Nas áreas em que se pretenda fazer de sua Plenária;
aproveitamento de capoeiras, de culturas e pastagens, Considerando o que determina a Lei Federal nº 4.771, de
169
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
15 de setembro de 1965, a Medida Provisória nº 2166- desse elemento pela cultura, conforme especificações
67 de 24 de agosto de 2001, a Lei nº 6.938, de 31 de do anexo desta Resolução e de Termo de Referência
agosto de 1981, o Decreto Federal n° 2.661, de 08 de apresentado pelo IMAC.
julho de 1998, a Lei Estadual n° 1.117, de 26 de janeiro §3º A caracterização físico-química do solo e topográfica
de 1994 e a Lei nº 851, de 23 de outubro de 1986; das áreas que receberão a aplicação da vinhaça deverá
Considerando o que disciplina a Lei nº 1.904, de 05 de ser realizada antes do início da safra e de acordo com
junho de 2007, que instituiu o Zoneamento Ecológico os procedimentos descritos no Termo de Referência
Econômico do Estado do Acre e o Decreto Presidencial anexo a esta Resolução.
nº 6.469, de 30 de maio de 2008; §4º Nos casos em que houver necessidade de expansão
Considerando o Processo Administrativo nº 001/2008 na área de aplicação de vinhaça, o Plano de Aplicação
do CEMACT, submetido pelo IMAC para apreciação de Vinhaça deverá ser atualizado e reapresentado ao
de procedimentos técnicos e administrativos para os IMAC, para reanálise.
processos de licenciamento ambiental que visem a Art. 7° Ao término de cada safra deverá ser
implantação da cultura de cana-de-açúcar no Estado promovida a limpeza dos tanques e canais mestres
do Acre, resolve: impermeabilizados, sendo que a vinhaça eventualmente
Art. 1º Definir os procedimentos técnicos para o remanescente deverá ser neutralizada, bem como,
licenciamento ambiental da cultura de cana-de-açúcar indicado o destino final desse produto.
no Estado do Acre. Parágrafo único. A vinhaça remanescente nos tanques
e canais mestres ou primários, caso seja aplicada no
CAPÍTULO I solo, deverá seguir os procedimentos estabelecidos
DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA A nesta Resolução.
CULTURA DE CANA-DE-AÇÚCAR Art. 8º Não será permitida a aplicação de vinhaça nas
seguintes áreas:
Art. 2º Os processos de licenciamento da atividade I - em uma faixa adicional de 50 (cinqüenta) metros no
de cultura de cana-de-açúcar deverão obedecer, além entorno das Áreas de Preservação Permanente - APPs
do disposto na Resolução CEMACT nº 003/08, as regras e Unidades de Conservação, devendo-se garantir a
dispostas nesta Resolução. proteção por terraços de segurança;
Parágrafo único. Havendo divergências, prevalecerá o II - em reserva legal e APP;
disposto nesta Resolução sobre o conteúdo da Resolução III - em domínio de área de proteção de mananciais
CEMACT nº 003/08. hídricos;
Art. 3º Nas atividades agrícolas de cultura de cana- IV - em domínio de rodovias federais ou estaduais;
de-açúcar não será permitida a utilização do fogo no V - com proximidade inferior a 1000 (um mil) metros
processo da colheita. dos núcleos populacionais compreendidos na área
Art. 4º O plantio de cana-de-açúcar deverá obedecer do perímetro urbano. Essa distância de afastamento
aos critérios estabelecidos no Zoneamento Ecológico poderá, a critério do IMAC, ser ampliada quando as
Econômico e observar outros estudos de aptidão condições ambientais, incluindo as climáticas, exigirem
mais detalhados, bem como os limites impostos pela tal ampliação.
reserva legal e pela área de preservação permanente §1º A profundidade do lençol freático, no momento de
da propriedade, sítios arqueológicos, e espécies aplicação de vinhaça, deve ser de, no mínimo, 1,50 m
protegidas. (um metro e cinqüenta centímetros).
§2º No caso de áreas com declividade superior a 15%
CAPÍTULO II (quinze por cento), deverão ser adotadas medidas de
DOS CRITÉRIOS E PROCEDIMENTOS PARA segurança adequadas à prevenção de erosão.
APLICAÇÃO DA VINHAÇA NO SOLO §3º Nas áreas com declividade superior a 15% (quinze
por cento), além de práticas conservacionistas, deverá
ser efetuada a escarificação do solo. Se, após a
Art. 5º Caso o proprietário pretenda aplicar a vinhaça
escarificação, a dosagem de aplicação de vinhaça for
decorrente do processo industrial como fertilizante do
superior à capacidade de infiltração do solo, a aplicação
solo na área do plantio, deverá apresentar, na solicitação
deverá ser parcelada.
de licenciamento da atividade, um Plano de Aplicação
de Vinhaça. Art. 9° As áreas de implantação dos tanques de
§1º O Plano apresentado será analisado pelo IMAC e armazenamento de vinhaça deverão ser apresentadas
a utilização da vinhaça somente será permitida após pelo responsável e avaliadas pelo órgão ambiental,
aprovação do Órgão. quanto a uma possível contaminação de solo e águas
§2º O Plano de Aplicação de Vinhaça será utilizado pelo subterrâneas, sendo que os resultados analíticos
IMAC para fins de acompanhamento e fiscalização. deverão ser comparados com os padrões de potabilidade
estabelecidos na Portaria do Ministério da Saúde nº
Art. 6° O Plano de Aplicação de Vinhaça no solo
518/04, de 25 de março de 2004.
será constituído de memorial descritivo da prática
de aplicação pretendida, acompanhado de planta Art. 10. Esta Resolução entrará em vigor na data de
na escala de 1:20.000, ou detalhamento superior, sua publicação.
contendo as taxas indicativas de dosagem a serem
aplicadas, em m3/ha, diferenciadas em cores em razão Rio Branco, 27 de Junho de 2008.
das quantidades de aplicação, seguindo os critérios
estabelecidos no Anexo 01 desta Resolução e em Termo EUFRAN FERREIRA DO AMARAL
de Referência apresentado pelo IMAC. Presidente do CEMACT
§1º O Plano deverá ser assinado por profissional
devidamente habilitado junto ao CREA – Conselho ANEXO 01
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, o qual
deverá recolher a ART (Anotação de Responsabilidade 1. Plano de Aplicação de Vinhaça:
Técnica) específica. 1.1 Instruções
§2º A dosagem para a aplicação de vinhaça para O Plano de Aplicação de Vinhaça no solo será constituído
enriquecimento do solo agrícola deverá ser calculada de memorial descritivo da prática de aplicação
considerando as características físico-químicas do solo e pretendida, acompanhado de planta na escala de
topográficas da área, a profundidade do lençol freático, a 1:20.000, ou superior, contendo as taxas indicativas de
concentração de potássio na vinhaça e a extração média dosagem a serem aplicadas, em m3/ha, diferenciadas
170
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Resoluções
o sulfato; lhe confere a Lei nº 1.022, de 21 de janeiro de 1992, e
o fosfato total; o Regimento Interno do CEMACT, mediante aprovação
o DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) e de sua Plenária.
o DQO (Demanda Química de Oxigênio). Considerando a necessidade de disciplinar os
Observação: Outros parâmetros poderão ser solicitados, procedimentos técnicos e administrativos específicos
a critério do IMAC. para o licenciamento ambiental simplificado das áreas de
Essa caracterização deverá ser resultado de, no mínimo, apoio a obras rodoviárias, urbanísticas e de saneamento
duas amostragens realizadas no local de geração da em locais sem restrição ou interesses ambientais,
vinhaça, durante a safra anterior à apresentação do descritos pela legislação em vigor e não englobadas pela
plano de aplicação. faixa de domínio de rodovias, e tendo vista o disposto na
1.2.2 Determinação do teor de K2O na vinhaça: Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, no Decreto 99.274
Semanalmente, deverá ser determinado o teor de K2O de 6 de junho de 1990 e no Decreto-Lei N° 227 de 28
da vinhaça, expresso em kg/m3, registrando-se os de fevereiro de 1967;
dados colhidos. Essa determinação irá indicar a dosagem C o n s i d e ra n d o , f i n a l m e n t e a n e c e s s i d a d e d o
de vinhaça a ser aplicada no solo. estabelecimento de diretrizes mínimas a serem
1.2.3 Dosagem: seguidas em cada etapa, especialmente na desativação
A dosagem máxima de vinhaça a ser aplicada no e recuperação ambiental das áreas de apoio, ao final
tratamento de solos agrícolas em cultura de cana-de- das obras,
açúcar será determinada pela equação: RESOLVE:
m3 de vinhaça/ha = [(0,05 x CTC - ks) x 3744 + Art. 1º - Estabelecer, por meio desta resolução, os
185] / kvi procedimentos para o licenciamento ambiental simplificado
onde: das áreas que, situadas em locais sem restrições
0,05 = 5% da CTC discriminadas na legislação ambiental e não abrangidas
CTC = Capacidade de Troca Catiônica, expressa em pela faixa de domínio, que servem de apoio às obras
cmolc/dm3, dada pela análise de fertilidade do solo rodoviárias, urbanísticas e de saneamento.
realizada por laboratório de análise de solo devidamente Art. 2º - São áreas de apoio, cujo prazo de utilização não
assinado por responsável técnico. pode exceder ao da respectiva obra rodoviária, urbanística
ks = concentração de potássio no solo, expresso ou de saneamento, as caixas de empréstimo de material
em cmolc/dm3, à profundidade de 0 a 0,80 metros, e jazidas de minerais classe II.
dada pela análise de fertilidade do solo realizada por
Art. 3º - São locais sem restrições ambientais os cuja
laboratório de análise de solo, devidamente assinado
utilização não implique em:
por responsável técnico.
I - necessidade de remoção de centros habitacionais;
3744 = constante para transformar os resultados da
II - riscos ou impactos de vizinhança, especialmente
análise de fertilidade, expressos em cmolc/dm3 ou
em áreas urbanizadas;
meq/100cm3, para kg de potássio em um volume de
III - utilização das áreas de preservação permanente
1 (um) hectare por 0,80 (zero vírgula oitenta) metros
definidas nos arts. 2º e 3º da Lei federal nº 4.771, de
de profundidade.
15 de setembro de 1965 - Código Florestal;
CETESB / P4.231 /dez./06
IV - supressão de vegetação nativa de reserva legal;
185 = massa, em kg, de K2O extraído pela cultura por
V - interferência direta em unidades de conservação,
hectare, por corte.
como definido no art. 7º da Lei federal nº 9.985, de 18
kvi = concentração de potássio na vinhaça, expressa em
de julho de 2000 e Terras Indígenas;
kg de K2O/m3, apresentada em boletim de resultado
VI - interferência direta em sítios históricos,
analítico, assinado por responsável técnico.
arqueológicos existentes ou prospectados, cemitérios
ou áreas tombadas, dentro de um raio de 100m (cem
metros), considerando estudos ambientais.
171
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
172
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
OBSERVAÇÃO: Leia com atenção a Legenda/Nota 1.3.4 Deverá ser efetuado o controle de ressuspensão
Legenda de poeiras, através de umectação, implementado em
DB-Documento Básico (documento impres-cindível todas as áreas previstas, que perdurará durante toda
para protocolar o requerimento, sua falta implicará no a fase de operação.
indeferimento do pedido) 1.3.5 Caso seja identificado, durante as obras, a
DC – Documento Complementar (documento que ocorrência de vestígios arqueológicos de áreas descritas
depende de análise técnica e poderá ser solicitado após no inciso VI do Art.3, a atividade deverá ser paralisada
a formalização do processo) e o fato comunicado prontamente ao IMAC para
Dúvidas quanto ao preenchimento ou apresentação providências cabíveis.
de documentos, procurar o Departamento/Divisão 1.4. DIRETRIZES DE DESATIVAÇÃO E RECUPERAÇÃO
de Licenciamento Ambiental do IMAC para maiores 1.4.1 Deverá ser garantida a estabilização geotécnica
esclarecimentos. da área.
1.4.2 Deverá ser implantado sistema de conservação
ANEXO 2 de solos e de drenagem definitivo.
1.4.3 Deverá ser executado o desassoreamento de
DIRETRIZES PARA A IMPLANTAÇÃO DE cursos d’água e talvegues naturais eventualmente
ÁREAS DE APOIO DE OBRAS RODOVIÁRIAS, afetados, com deposição do material de limpeza na
URBANÍSTICAS E DE SANEAMENTO, SITUADAS própria área objeto de recuperação (atividade sujeita à
EM LOCAIS SEM RESTRIÇÃO AMBIENTAL E FORA previa comunicação e decisão conjunta, com aprovação
DA FAIXA DE DOMÍNIO. da autoridade ambiental).
1.4.4 No final da obra, as áreas utilizadas serão tratadas
1.CAIXAS DE EMPRÉSTIMO de maneira adequada à sua destinação final. Caso não
1.1DIRETRIZES DE LOCALIZAÇÃO exista destinação final clara, a área deverá receber
1.1.1As caixas de empréstimo deverão ser implantadas, tratamento com cobertura vegetal para proteção do
preferencialmente, nas seguintes áreas: em terrenos solo.
degradados, sem autuações ou compromissos de 1.4.5 Os serviços de manutenção a serem adotados
recuperação pendentes, com vegetação até em estágio após a conclusão da utilização da área, consistirão
pioneiro de regeneração, situados junto ou próximo da nos cuidados após o plantio – se houve, segundo
faixa de domínio. técnicas e práticas correntes, até a subscrição de um
Resoluções
1.1.2 Fica autorizada a supressão de indivíduos arbóreos Termo de Encerramento, firmado conjuntamente pelo
isolados fora de APP e Reserva Legal e até o limite empreendedor e pelo proprietário da área com o órgão
de 10 indivíduos por hectare - condicionada à prévia licenciador.
apresentação do memorial descritivo da vegetação
com relatório fotográfico, da comprovação do plantio ANEXO 3
compensatório na proporção de 10:1, da autorização
do proprietário da área e de manifestação favorável da
Prefeitura Municipal (no caso de área urbana).
1.1.3 Deve-se evitar aquelas áreas cuja exploração
exija o uso de vias locais com capacidade restrita ou
com ocupação adensada no entorno.
1.1.4 A área selecionada deve estar vinculada única e
exclusivamente ao uso para obra preestabelecida.
1.2 DIRETRIZES DE IMPLANTAÇÃO
1.2.1 Deve ser elaborado um plano de utilização, com
a prévia demarcação dos limites finais de escavação (e
informações sobre a área e o volume a ser explorado na
condição máxima de utilização) e atendidas as seguintes
condições mínimas:
· Os limites da intervenção devem ser previamente
demarcados em campo (estaqueamento) e junto ao
principal acesso deve ser instalada uma placa com
dimensão mínima de um metro quadrado, identificando
o empreendedor e a licença ambiental correspondente
a obra associada;
·Os taludes de corte devem ser executados com
inclinação que garanta estabilidade - inclinação máxima
de 1H:1V e altura máxima de 12 m;
· As bermas de alívio devem ser executadas a intervalos
nunca maiores que 6 metros de altura dos taludes de
corte e com largura mínima de 2,5 m.
· A escavação não deverá ultrapassar o limite de 1 m
(um metro) acima do nível d´água sazonal mais elevado
do lençol freático.
1.2.2 Na hipótese de utilização parcial da área, devem
ser atendidas as condições estabelecidas no plano
de utilização, em nível compatível com o grau de
aproveitamento.
1.3 DIRETRIZES DE OPERAÇÃO
1.3.1 O desmonte deverá ser realizado com a utilização
de procedimentos técnicos que minimizem os impactos
causados pela exploração da área.
1.3.2 Deverão ser realizadas correções de erosões e
assoreamentos.
1.3.3 Qualquer interferência não prevista deverá ser
prontamente informada ao IMAC.
173
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
174
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Resoluções
esclarecimentos. XI - Unidade de Produção Anual – UPA: subdivisão da
Unidade de Manejo Florestal, destinada a exploração
em um ano;
RESOLUÇÃO CONJUNTA CEMACT/CFE XII - Unidade de Trabalho – UT: subdivisão operacional
N° 003, DE 12 DE AGOSTO DE 2008 da Unidade de Produção Anual;
XIII - Área de efetiva exploração florestal: é a área
O Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e efetivamente explorada na UPA, considerando a
Tecnologia - CEMACT e o Conselho Florestal Estadual exclusão das áreas de preservação permanente,
- CFE, no uso das atribuições e competências que lhe inacessíveis e outras eventualmente protegidas;
são conferidas pela Lei nº 1.022, de 21 de janeiro de XIV - Plano Operacional Anual – POA: projeto técnico
1.992, e pela Lei de Florestas do Estado nº 1.426 de a ser apresentado ao IMAC, contendo as informações
27 de dezembro de 2001; com a especificação das atividades a serem realizadas
Considerando a Resolução Conjunta CEMACT/CFE nº na UPA no período de doze meses;
001 de 21 de maio 2008, que teve como objetivo instituir XV – Relatório de Atividades: documento encaminhado
a Comissão Temporária de Normatização das Atividades ao IMAC, com a descrição das atividades realizadas na
de Manejo Florestal Sustentável, para a elaboração de UPA, com o volume explorado e informações sobre cada
uma proposta normativa referente ao procedimento uma das UTs (quando houver);
de licenciamento para Plano de Manejo Florestal XVI - Inventário Florestal cem por cento - UF 100%: é
Sustentável, no âmbito do Estado do Acre; o levantamento de dados que permite a mensuração de
Considerando ainda as deliberações das Plenárias das todos os indivíduos de interesse existentes na área de
Reuniões Extraordinárias Conjuntas entre os Conselhos floresta demarcada para a execução do POA;
CEMACT e CFE, realizadas nos dias 20 de maio, 30 de XVII - Vistoria Técnica: é a avaliação de campo
julho e 12 de agosto de 2008; para subsidiar a análise, acompanhar e controlar
RESOLVEM: rotineiramente as operações e atividades envolvidas
na AMF;
CAPÍTULO I XVIII - Resíduos da exploração florestal: cascas, galhos,
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES sapopemas, raízes e restos de troncos de árvores caídas,
provenientes da exploração florestal, que podem ser
Art. 1º Esta Resolução visa disciplinar o licenciamento, utilizados como subprodutos do manejo florestal.
monitoramento e a fiscalização das áreas objeto de XIX - Regulação da produção florestal: procedimento que
manejo florestal no Estado do Acre. permite estabelecer um equilíbrio entre a intensidade
Parágrafo único. Para os fins e efeitos desta resolução, de corte e o tempo necessário para o restabelecimento
define–se: do volume extraído da floresta, de modo a garantir a
I - Licenciamento Ambiental: procedimento técnico- produção florestal contínua;
administrativo para a concessão de Licença Prévia - LP, XX - Manejo Florestal Sustentável: é a administração
Licença de Instalação - LI e Licença de Operação - LO da floresta para obtenção de benefícios econômicos
para empreendimentos, atividades e serviços efetiva e sociais, visando a manutenção dos mecanismos de
ou potencialmente poluidores e/ou degradadores do sustentação do ecossistema objeto do manejo;
meio ambiente; XXI - Plano de Manejo Florestal Sustentável – PMFS: é o
II - Licença de Operação: licencia a operação dos documento técnico a ser apresentado ao IMAC, que inclui
empreendimentos, atividades e serviços de impacto o zoneamento da propriedade distinguindo as áreas de
local, por competência direta ou através de poderes exploração, as zonas de preservação permanente e os
delegados, após verificação do efetivo cumprimento das trechos inacessíveis, adotando técnicas de exploração
exigências constantes nas licenças anteriores; para diminuir os danos à floresta, estimativas do volume
III - Autorização Ambiental: ato administrativo a ser explorado, tratamentos silviculturais e, quando for
discricionário e precário pelo qual a Administração o caso, abordando os métodos de monitoramento do
175
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
176
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Parágrafo único. Nos PMFSs deverão estar descritos os § 1º A identificação das árvores inventariadas será
produtos que serão manejados, a intensidade, a forma efetuada por plaquetas numeradas, confeccionadas com
de exploração, o tipo de ambiente e ainda o estado material de alta durabilidade.
natural da floresta. § 2º Os indivíduos do Inventário Florestal cem por cento
poderão ser georreferenciados por meio do uso de GPS
CAPÍTULO IV de alta sensibilidade, a critério do detentor.
DO PLANO DE MANEJO FLORESTAL § 3º Quando se fizer a opção pelo georreferenciamento
SUSTENTÁVEL PARA A PRODUÇÃO DE MADEIRA de árvores no IF 100%, as faixas ou linhas virtuais,
distantes cinqüenta metros umas das outras, devem
Seção I ter seu início e final também georreferenciados e
Dos parâmetros de limitação e controle da identificadas em campo por plaquetas.
produção para a promoção da sustentabilidade. § 4º Em caso de abertura física das faixas ou linhas,
deve-se:
I - provocar o menor impacto possível;
Art. 8º A intensidade de corte, proposta no PMFS
II - estarem distantes umas das outras por, no mínimo,
levará em consideração os seguintes aspectos
cinqüenta metros;
técnicos:
III - no momento da vistoria de licenciamento, caso
I - nos planos de manejo que utilizarem o ciclo de
necessário, deve ser feita sua reabertura.
corte inicial de vinte e cinco anos, a intensidade de
corte máxima será de trinta metros cúbicos por hectare Art. 11. Poderão ser apresentados estudos técnicos
(30m³/ha); para a alteração dos parâmetros definidos nos arts. 8º
II - nos planos de manejo com o ciclo de corte inicial de e 9º no PMFS ou de forma avulsa, mediante justificativa
dez anos, a intensidade de corte será no máximo dez elaborada por seu responsável técnico, que comprove a
metros cúbicos por hectare (10m³/ha); observância do disposto nos incisos I a IX, do art. 3º, do
III - a alteração do ciclo de corte somente será Decreto nº 5.975, de 30 de novembro de 2006.
possível mediante a instalação e avaliação de parcelas § 1º Os estudos técnicos mencionados no caput deste
permanentes na área do PMFS, conforme metodologia artigo deverão considerar as especificidades locais e
preconizada pela Rede de Monitoramento da Dinâmica apresentar o fundamento técnico-científico utilizado
de Florestas na Amazônia - REDEFLOR (Decreto em sua elaboração.
§ 2º O IMAC analisará as propostas de alteração dos
Resoluções
Ministerial MMA Nº 337/2007);
IV - a estimativa do estoque disponível (m³/ha) para parâmetros previstos nos arts. 8º a 9º desta Resolução,
exploração imediata deverá levar em consideração os caso a caso.
seguintes aspectos: § 3º Somente poderá ser requerida a redução do
a) o resultado de inventário florestal cem por cento para ciclo de corte quando comprovada a recuperação da
a área de cada POA; floresta, por meio de análise de parcelas permanentes
b) os critérios de seleção de árvores para o corte instaladas na AMF.
previstos no PMFS; e Art. 12. É obrigatória a adoção de procedimentos que
c) os parâmetros que determinam a manutenção de possibilitem o controle da origem da produção, por meio
árvores por espécie, estabelecidos nos arts. 9º e 10 do rastreamento da madeira das árvores exploradas,
desta Resolução. desde a sua localização na floresta até o seu local de
Art. 9º O Diâmetro Mínimo de Corte (DMC) a um armazenamento e de desdobro, estabelecendo a cadeia
metro e trinta centímetros do solo (diâmetro à altura de custódia para apresentação do volume explorado.
do peito - DAP) a ser considerado é de cinqüenta § 1º As toras oriundas dos indivíduos abatidos
centímetros para todas as espécies. deverão ser identificadas de acordo com o número do
§ 1º O IMAC poderá adotar outro DMC por espécie, indivíduo registrado no inventário, devendo estas serem
desde que realizado estudo técnico que justifique a identificadas seqüencialmente em relação ao número
alteração. de toras produzidas, de forma a subsidiar o controle da
§ 2º Para DMC abaixo de cinqüenta centímetros, o cadeia de custódia quando do transporte florestal.
planejamento da exploração seguirá os mesmos critérios § 2º Poderá ser prevista a permuta de árvores
do art. 10, sendo necessário para isso levantamento cem selecionadas para corte por outras árvores da mesma
por cento da espécie a partir de quinze centímetros de espécie, desde que atendam os critérios determinados
DAP no inventário de cada UPA. nos arts. 8º e 9º desta norma, sendo informado no
relatório de atividades.
Art. 10. Quando do planejamento da exploração de
cada UPA, a execução do Inventário cem por cento, a
Seção II
partir de trinta centímetros, e a intensidade de corte
Do Plano de Manejo Florestal Sustentável
observarão os seguintes critérios:
Individual - PMFS Individual
I - manutenção de pelo menos dez por cento do número
de árvores por espécie, na área de efetiva exploração
da UPA, que atendam aos critérios de seleção para Art. 13. O Plano de Manejo Florestal Individual será
corte indicados no PMFS, respeitado o limite mínimo realizado por pessoas físicas ou jurídicas, proprietários
de manutenção de três árvores por espécie por cem ou legítimos possuidores de glebas rurais, observando-
hectares. se as normas estabelecidas no anexo I.
II - manutenção de todas as árvores das espécies Art. 14. Somente será admitido o protocolo de um
cuja abundância de indivíduos com Diâmetro a Altura PMFS para cada detentor por área.
do Peito - DAP superior ao DMC seja igual ou inferior Art. 15. O Serviço Público de Extensão Florestal
a três árvores por cem hectares de área de efetiva poderá dar suporte aos levantamentos realizados
exploração da UPA. (cubagem das árvores) e planos de manejo dos
III - no relatório do Inventário Florestal cem por cento pequenos produtores rurais.
deverão constar, no mínimo:
a) árvores comerciais de corte - DAP maior ou igual Seção III
ao DMC; Do Plano de Manejo Florestal Sustentável
b) árvores comerciais porta sementes - DAP maior ou Empresarial - PMFS Empresarial
igual ao DMC;
c) árvores comerciais remanescentes - DAP menor Art. 16. O Plano de Manejo Florestal Empresarial
que o DMC. será realizado por pessoas jurídicas, observando-se as
177
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
178
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Resoluções
poderá decorrer de:
I - inclusão de novas áreas na AMF, exceto para PMFS autorizado para aproveitamento, total e médio por
Comunitários; e, hectare, quando for o caso.
II - alteração na categoria de PMFS. Art. 33. A inclusão de novas espécies florestais na
Art. 30. A transferência do PMFS para outro detentor lista autorizada dependerá de prévia alteração do POA
dependerá de: e aprovação do IMAC.
I - apresentação de documento comprobatório da Parágrafo único. A inclusão de novas espécies para
transferência firmado entre as partes envolvidas, a produção madeireira só será autorizada em áreas
o qual deverá conter cláusula de transferência ainda não exploradas, respeitada a intensidade de corte
de responsabilidade pela execução do PMFS; estabelecida para o ciclo de corte vigente.
II - análise jurídica quanto ao documento apresentado. Art. 34. O Documento de Origem Florestal - DOF
Parágrafo único. Deverá haver a contabilização, será requerido em relação ao volume efetivamente
em banco de dados próprio, do saldo explorado, explorado, observados os limites definidos na AUTEX.
transportado e ainda remanescente do PMFS, devendo Art. 35. Após o vencimento da AUTEX, não havendo
o mesmo ser disponibilizado ao IMAC quando assim mais madeira a ser explorada e existindo madeira, em
solicitado. esplanada ou não, o detentor deverá solicitar, junto
ao IMAC, Autorização Ambiental para aproveitamento
Seção X desse recurso.
Do Plano Operacional Anual - POA § 1º Para a emissão da autorização ambiental para
aproveitamento de madeira em esplanada, o detentor
Art. 31. O detentor do PMFS deverá apresentar o deverá apresentar o relatório técnico contendo a relação
Plano Operacional Anual e relatório pós-exploratório das espécies e respectiva volumetria, de forma separada
referentes às próximas atividades que realizará como por esplanada ou pátios existentes na área do plano.
condição para continuidade do Licenciamento Ambiental § 2º Deverá haver vistoria para constatação das
de Operação do Plano e a conseqüente emissão da espécies e volumetria, bem como para verificação da
Autorização de Exploração Florestal - AUTEX. situação da floresta após a exploração.
§ 1º Não será exigido o relatório pós-exploratório
previsto no caput para o primeiro POA, exceto na sua Seção XI
renovação. Da Apresentação de Mapas
§ 2º O POA deverá ser apresentado de acordo com os
Anexos IV e V, observando a modalidade. Art. 36. Os mapas produzidos a partir de dados
§ 3º O POA deverá apresentar o IF 100% das árvores de coletados com GPS deverão ser suficientes para
porte comercial, considerando o estoque comercial para representar polígonos regulares ou irregulares que
o segundo ciclo, para qualquer tamanho de UPA. indiquem os limites da área do imóvel rural, da reserva
§ 4º A partir do segundo POA o empreendedor deverá legal, do manejo florestal e suas subdivisões.
requerer a renovação da LO, com antecedência mínima § 1º As cotas do terreno, no sistema digital, e as áreas da
de sessenta dias do vencimento da licença. propriedade, do plano de manejo e as árvores levantadas
§ 5º A LO de novo POA poderá ser expedida sem vistoria deverão estar identificadas e legendadas.
prévia a campo, desde que tenha ocorrida a vistoria § 2º A escala mínima do mapa de exploração florestal
pós-exploratória do POA anterior. é de um para cinco mil (1:5000).
§ 6º Quando adotado o procedimento previsto no § 4º Art. 37. Cada vértice da área levantada deverá
deste artigo, e forem verificadas pendências no POA, o ser identificado com um número seqüencial, após a
empreendedor do PMFS terá o prazo de trinta dias para identificação dos polígonos, separada por hífen e em
correção, findo o qual poderá ser suspensa a LO. ordem numérica seqüencial, seguindo as abreviações
§ 7º O IMAC, se necessário e a seu exclusivo critério, abaixo:
poderá realizar vistorias a qualquer tempo no PMFS e I - Área do Imóvel Rural: - PROP;
179
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
II - Matrículas do Imóvel Rural: - MATPROP; quer seja madeireiros ou não madeireiros, observando
III - Área de Reserva Legal: - ARL; as espécies e formas de vida.
IV - Área sob Manejo Florestal: - AMF;
V - Áreas da UPA: - UPA. CAPÍTULO V
§ 1º Para cada área existente na propriedade deverá ser DA EXPLORAÇÃO DE PRODUTOS FLORESTAIS
apresentada uma tabela em separado das coordenadas NÃO-MADEIREIROS, JUNTAMENTE COM A
geográficas, contendo a ordenação dos vértices de EXECUÇÃO DE PMFS MADEIREIRO
forma consecutiva, anexa ou não no referido mapa.
§ 2º Nos casos de propriedade com mais de uma Art. 43. A exploração de produtos não-madeireiros
matrícula, deverá ser apresentada uma tabela por em área de exploração madeireira poderá ser realizada,
matrícula, da mesma forma citada no § 1º. na forma prevista em normativa própria.
§ 3º As coordenadas dos vértices de todos os polígonos
(áreas) deverão estar fechadas geometricamente e CAPÍTULO VI
perfeitamente conectadas.
Art. 38. As Áreas de Preservação Permanente - APP Seção I
também deverão estar identificadas e calculadas no Do Monitoramento e Relatório de Atividades
mapa a ser apresentado.
Art. 39. Os pontos de GPS levantados deverão ser Art. 44. O monitoramento e a manutenção da
apresentados no sistema de projeção UTM (Universal floresta manejada ficarão a cargo do detentor do plano,
Transversa de Mercator), com informação do sistema incluindo-se as áreas independentes ou áreas de manejo
de referência utilizado (DATUM). incorporadas.
Art. 40. A precisão do georreferenciamento deverá § 1° O detentor do plano de manejo, através do
ser de até dez metros para medidas lineares e até cinco responsável técnico, deverá apresentar o relatório de
por cento para cálculo da área do imóvel rural, quando atividades executadas referente à última UPA explorada,
comparada com a base cartográfica do Estado. observando a recomposição dos locais de intervenção,
Art. 41. As informações e mapas deverão ser dentro dos limites da área de manejo, espécies
apresentados de forma analógica e digital, devendo haver exploradas, indivíduos explorados e remanescentes,
perfeita coerência entre os arquivos digitais, os mapas intensidade de corte efetiva, infra-estrutura permanente
analógicos e as tabelas. e provisória para exploração e acesso, recursos hídricos
§ 1º A compatibilidade completa entre mapas e e áreas de preservação permanente.
documentos cartoriais somente será exigida pelo IMAC § 2° O Relatório de Atividades deverá ser apresentado
quando se tratar de propriedades certificadas pelo antes da solicitação de novo POA, ou até cento e oitenta
INCRA. dias após o término das atividades descritas no POA
§ 2º A apresentação do arquivo vetorial deverá anterior, conforme roteiro do anexo VI.
fundamentar-se numa grade digital de coordenadas § 3º Havendo madeira explorada e não aproveitada,
UTM e conter descrição do sistema de referência localizada no pátio ou na floresta, o IMAC deverá ser
utilizado, devendo ser entregue na extensão de arquivo informado quanto aos motivos dessa circunstância,
SHP, identificando-se todo o uso e ocupação do solo, podendo impor sanções, de acordo com a legislação
considerando as seguintes categorias: floresta, área vigente.
desmatada, pasto, agricultura, açudes, lagos, estradas, Art. 45. O monitoramento do incremento volumétrico
construções e reflorestamento. e de indivíduos nas classes de diâmetro, quando previsto
§ 3º Os arquivos contendo dados raster (imagens no PMFS, deverá ser realizado através de implantação de
georreferenciadas) deverão ser apresentados com parcelas permanentes.
extensão GEOTIF, os quais deverão ser utilizados para o Parágrafo único. Para parcelas permanentes poderão ser
processo de complementação dos dados cartográficos, empregadas, total ou parcialmente, a mesma estrutura
contendo a data de imageamento. amostral do inventário diagnóstico.
§ 4º Os arquivos contendo a relação de pontos de GPS
deverão contemplar os limites da propriedade, área Seção II
de manejo e unidades trabalho, reserva legal, área Da Vistoria Técnica de Acompanhamento dos
convertida e coordenadas das árvores inventariadas Planos de Manejo Florestal Sustentável - PMFS
(se for o caso do georreferenciamento de árvores), que
deverão ser apresentadas no formato GTM. Art. 46. Os PMFSs autorizados deverão ser vistoriados
§ 5º A SEMA disponibilizará aos interessados com intervalo não superior a três anos.
(empresários, técnicos, associações, não- Parágrafo único. As vistorias técnicas serão realizadas
governamentais) base de dados atualizada em formato por profissionais habilitados do quadro técnico do IMAC,
de sistemas de informações geográficas do Zoneamento ou por profissionais de órgãos estaduais e federais por
Ecológico Econômico estadual, bem como imagens de meio de Acordo de Cooperação Técnica.
sensores remotos mosaicadas e georreferenciadas.
CAPÍTULO VII
Seção XII
Do Aproveitamento de Resíduos Seção I
da Exploração Florestal. Das Sanções Administrativas
Art. 42. Somente será permitido o aproveitamento de Art. 47. O detentor de plano que efetuar a
resíduos das árvores exploradas e daquelas derrubadas exploração florestal sem aprovação prévia do IMAC,
em função da exploração florestal se tal atividade for ou em desacordo com a autorização concedida,
prevista no POA. será enquadrado nos procedimentos administrativos
§ 1º O aproveitamento dos resíduos da exploração previstos nas normas ambientais vigentes.
deverá ser solicitado junto ao IMAC, apresentando-se, Art. 48. O detentor do PMFS está sujeito às seguintes
na ocasião, o inventário dos resíduos, com a descrição sanções administrativas:
dos métodos e procedimentos de mensuração, cubagem I - advertência, nas hipóteses de descumprimento de
e extração dos resíduos da exploração florestal, bem diretrizes técnicas de condução do PMFS;
como o uso a que se destinam. II - suspensão da execução do PMFS, nos casos de:
§ 2º Deverá haver descrição dos tipos de resíduos, a) reincidência em conduta já sancionada com
180
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
advertência, no período de dois anos da data da aplicará as sanções previstas nesta Resolução e, quando
aplicação da sanção; pertinente:
b) executar a exploração sem possuir a necessária AUTEX; I - oficiará ao Ministério Público, oferecendo informações
c) prática de ato que embarace, dificulte ou impeça a e documentos;
realização da vistoria técnica, desde que devidamente II - representará ao Conselho Regional de Engenharia
apurado administrativamente; e Arquitetura - CREA ao qual estiver vinculado o
d) deixar de cumprir os requisitos estabelecidos nesta responsável técnico da AMF embargada.
resolução ou prestar informações incorretas; Art. 55. Os responsáveis pelos serviços terceirizados de
e) executar o PMFS em desacordo com o autorizado exploração e transporte também serão responsabilizados
ou sem a aprovação de sua reformulação solicitada solidariamente ao detentor, nos casos de exploração
pelo IMAC; e transporte sem a devida Licença ou Autorização
f) transferir o PMFS sem atendimento dos requisitos Ambiental válida, quando observada a participação
previstos nesta resolução; no ilícito.
g) substituir os responsáveis pela execução do PMFS
e das ARTs sem atendimento dos requisitos previstos CAPÍTULO VIII
neste instrumento normativo; DAS DISPOSICOES FINAIS
h) não cumprimento do Termo de Compromisso de
regularização e licenciamento ambiental da propriedade, Art. 56. A taxa de vistoria prevista na legislação
nos termos do art. 3º desta norma. vigente será paga no ato do protocolo do PMFS ou
III - embargo do PMFS, nos casos de: POA.
a) não atendimento das condicionantes ou a apresentação
Art. 57. Os procedimentos e parâmetros não pre-
de justificativa no prazo estabelecido pela suspensão;
vistos nesta resolução deverão ser encaminhados
b) ação ou omissão dolosa que cause dano aos recursos
ao Conselho Estadual de Meio Ambiente Ciência e
florestais na AMF, que extrapolem aos danos inerentes
Tecnologia - CEMACT e ao Conselho Florestal Estadual -
ao manejo florestal;
CFE, para as devidas regulamentações necessárias.
c) utilizar a AUTEX para explorar recursos florestais fora
da AMF ou da UPA. Art. 58. Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação, aplicando-se aos novos PMFS e aos POAs a
Art. 49. Nos casos de advertência o IMAC estabelecerá
serem protocolizados.
medidas corretivas e prazos para suas execuções, sem
Resoluções
determinar a interrupção na execução do PMFS.
Carlos Ovídio Duarte Rocha
Art. 50. A aplicação de suspensão interrompe a Presidente do CFE
execução das atividades na área de manejo florestal - Eufran Ferreira do Amaral
AMF e suas respectivas unidades de produção anuais Presidente do CEMACT
- UPAs, inclusive a exploração de recursos florestais e
o transporte de produto florestal, até o cumprimento de
condicionantes estabelecidas no ato de suspensão. ANEXO I
§ 1o Findo o prazo da suspensão, sem o devido INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DE
cumprimento das condicionantes ou a apresentação de PLANO DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL
justificativa no prazo estabelecido, deverão ser iniciados INDIVIDUAL - PMFS INDIVIDUAL
os procedimentos para o embargo do AMF.
§ 2o A sanção de suspensão não dispensa o detentor do 1.INFORMAÇÕES GERAIS
cumprimento das obrigações pertinentes à conservação 1.1 - Descrição do detentor, titularidade da floresta e
da floresta. ambiente:
Art. 51. O embargo da AMF impede a execução - Detentor (Nome, CPF ou CNPJ, RG, endereço para
de qualquer atividade de exploração florestal e não contato, telefones, e-mail);
desonera seu detentor da execução de atividades de - Titularidade da floresta (Floresta privada ou Floresta
manutenção da floresta, permanecendo o Termo de pública);
Responsabilidade de Manutenção da Floresta válido até - Ambiente predominante (Terra-firme, Várzea).
o prazo final da vigência estabelecida no PMFS. - Estado natural da floresta manejada (Floresta
Art. 52. A suspensão e o embargo da AMF terão efeito primária, Floresta secundária)
a partir da ciência do detentor ou do responsável técnico 1.2-Responsáveis pelo PMFS
pelo plano de manejo. - Responsável Técnico pela elaboração do PMFS (Nome,
Art. 53. Na suspensão e no embargo da AMF, o IMAC CPF, RG, endereço para contato, telefones, e-mail,
poderá determinar isoladas ou cumulativamente, as CREA, ART);
seguintes medidas: - Responsável Técnico pela execução do PMFS (Nome,
I - a recuperação da área irregularmente explorada, CPF, RG, endereço para contato, telefones, e-mail,
mediante a apresentação e a execução, após a CREA, ART);
aprovação pelo IMAC, de um Plano de Recuperação de 1.3 - Objetivos do PMFS
Área Degradada - PRAD; 2. DESCRIÇÃO DA PROPRIEDADE
II - a reposição florestal correspondente à matéria- 2.1 - Denominação
prima extraída irregularmente, na forma da legislação 2.2 - Endereço (Rodovia, Estrada, Ramal, Rio, Igarapé,
pertinente; Município, Acessos, etc.)
III - a suspensão do fornecimento do documento hábil 2.3 - Localização geográfica (Regional, Município, etc.)
para o transporte e armazenamento da matéria-prima 2.4 - Descrição da cobertura vegetal e o uso atual
florestal. da terra
§ 1º No embargo da AMF, imposto pelos casos previstos 2.5 - Zoneamento da(s) propriedade(s)
nas alíneas “b” e “c” do inciso III do art. 48 supra, - Áreas produtivas para fins de manejo florestal;
serão obrigatoriamente impostas todas as medidas - Áreas não produtivas ou destinadas a outros usos;
estabelecidas neste artigo. - Áreas de preservação permanente - APP da área total
§ 2º O desembargo da AMF só se efetivará após o e da área de manejo
cumprimento das obrigações determinadas nos termos - Áreas reservadas (Áreas de alto valor para conservação;
dos incisos I e II do caput deste artigo. reserva absoluta);
Art. 54. Verificadas e apuradas as responsabilidades - Área de reserva legal;
sobre as irregularidades na execução do PMFS, o IMAC - Localização das UPAs;
181
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Área de Reserva Legal (ha) (Área de reserva legal em hectares, com duas casas decimais,
separadas por vírgula)
Área solicitada para manejo (ha) (Área em hectares, com duas casas decimais, separadas por
vírgula)
Área já desmatada (ha) (Área em hectares, com duas casas decimais, separadas
por vírgula)
182
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
9.Declaração emitida pela FUNAI de que o plano de - Áreas ocupadas por colocação de seringueiros
manejo pode ser executado, quando o mesmo estiver (desativados e/ou em atividade);
localizado a menos de 10 km de terras indígenas. 3. DESCRIÇÃO DAS INFORMAÇÕES SOBRE O MANEJO
Esse limite passa a ser automaticamente modificado a FLORESTAL
critério da FUNAI. 3.1 Sistema Silvicultural:
10.Plano de Manejo – Descrição do Sistema Silvicultural adotado
11.Comprovante de Anotação de Responsabilidade 3.2 Espécies florestais a manejar e a proteger
Técnica - ART, de elaboração/execução e assistência - Relação das espécies protegidas;
técnica entre o proprietário e o Engenheiro Responsável. – Método de identificação botânica das espécies;
12.Cópia do CNPJ (quando for o caso); – Diâmetros Mínimos de Corte;
13.Cópia do Contrato Social atualizado (quando for 3.3 Regulação da produção
o caso); – Ciclo de corte;
14.Cópia do CPF do proprietário (ou diretor da – Intensidade de corte prevista (m3/ha);
empresa) e do representante legal, quando se tratar 3.4 Descrição das atividades pré–exploratórias em
procuração; cada UPA
15.Cópia da Carteira de identidade do proprietário (ou – Delimitação permanente da UPA;
diretor da empresa) e do representante legal, quando – Subdivisão em UT (quando previsto);
se tratar procuração; – Inventário florestal a 100 %;
16.Procuração Pública quando for representado; – Microzoneamento;
– Corte de cipós;
ANEXO II – Critérios de seleção de árvores para corte e
INFORMAÇÕES BÁSICAS PARA ELABORAÇÃO DE manutenção;
PLANO DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTADO – Planejamento da rede viária.
EMPRESARIAL - PMFS EMPRESARIAL 3.5 Descrição das atividades de exploração
– Métodos de corte e derrubada;
1. INFORMAÇÕES GERAIS – Método de extração da madeira;
1.1 – Descrição do detentor, titularidade da floresta – Equipamentos utilizados na extração;
e ambiente: – Transporte;
– Detentor (Nome, CNPJ, endereço para contato, – Procedimentos de controle da origem da madeira;
Resoluções
telefones, e-mail); – Métodos de extração de resíduos florestais (quando
– Titularidade da floresta (Floresta privada ou Floresta previsto).
pública); 3.6 Descrição das atividades pós–exploratórias (quando
– Ambiente predominante (Terra–firme, Várzea). previsto)
– Estado natural da floresta manejada (Floresta – Avaliação de danos;
primária, Floresta secundária) – Tratamentos silviculturais pós–colheita;
1.2–Responsáveis pelo PMFS 4 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
– Proponente (Pessoa Jurídica): 4.1 Relações de dendrométricas utilizadas:
- Empresa: Denominação, CNPJ, Inscrição Estadual, – Equações de volume utilizadas;
endereço para contato, telefones, e-mail, Registro – Outras equações;
no CREA); – Ajuste de equações de volume com dados
- Representante Legal: Nome, CPF, RG, endereço para locais (quando previsto).
contato, telefones, e-mail; 4.2 Dimensionamento da Equipe Técnica
– Responsável Técnico pela elaboração do PMFS (Nome, – Corte;
CPF, RG, endereço para contato, telefones, e-mail, – Extração florestal;
CREA, ART); – Diretrizes de segurança no trabalho;
– Responsável Técnico pela execução do PMFS (Nome, 4.3 Dimensionamento de máquinas e
CPF, RG, endereço para contato, telefones, e-mail, equipamentos (descrição simplificada)
CREA, ART); – Corte;
1.3 Objetivos do PMFS – Extração florestal;
– Objetivo geral; – Transporte.
– Objetivos específicos. 4.4 Investimentos financeiros e custos para a
2 INFORMAÇÕES SOBRE A PROPRIEDADE execução do manejo florestal
2.1 - Denominação – Máquinas e equipamentos;
2.2 – Endereço (Município, rodovia, Estrada, Ramal, – Infra–estrutura;
Rio, Igarapé, Município, Acessos, etc.) – Equipe técnica permanente;
2.3 - Localização geográfica (Município, etc.) – Terceirização de atividades;
2.4 - Descrição do ambiente – Treinamento e capacitação;
– Clima; – Estimativa de custos e receitas do manejo
– Topografia e solos; florestal.
– Hidrologia; 4.5 Medidas mitigadoras para redução de
– Vegetação; impactos:
– Vida silvestre; – Floresta;
– Meio socioeconômico; – Solo;
– Infra–estrutura e serviços; – Água;
– Uso atual da terra. – Fauna;
2.5 - Zoneamento da(s) propriedade(s) – Sociais.
– Áreas produtivas para fins de manejo florestal; 4.6 Descrição de medidas de proteção da floresta:
– Áreas não produtivas ou destinadas a outros usos; – Manutenção das UPAs em pousio;
– Áreas de preservação permanente – APP; – Prevenção e combate a incêndios;
– Áreas reservadas (Áreas de alto valor para – Prevenção contra invasões.
conservação); 4.7 Mapas requeridos:
– Área de reserva legal; – Localização da propriedade;
– Localização das UPAs; – Zoneamento da propriedade
– Benfeitorias, estradas permanentes e ramais de
acesso.
183
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Área de Reserva Legal (ha) (Área de reserva legal em hectares, com duas casas decimais,
separadas por vírgula)
Área solicitada para manejo (ha) (Área em hectares, com duas casas decimais, separadas por
vírgula)
Área já desmatada (ha) (Área em hectares, com duas casas decimais, separadas
por vírgula)
184
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
- Descrição do Sistema Silvicultural adotado cartório ou cópia da sua publicação em diário oficial;
3.2 Espécies florestais a manejar e a proteger Cópia do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica -
- Lista de espécies e grupos de uso CNPJ;
- Lista de espécies protegidas Cópia da Ata da Assembléia que elegeu a diretoria,
3.3 Regulação da produção registrada em cartório ou cópia da sua publicação em
- Ciclo de corte; diário oficial;
- Intensidade de corte prevista (m3/ha); Cópia do Cadastro de Pessoa Física e Carteira de
- Tamanho das UPAs; Identidade do seu Presidente.
3.4 Descrição das atividades pré-exploratórias em Publicação do pedido de Licenciamento no Diário Oficial
cada UPA do Estado e jornal de circulação diária local, conforme
- Delimitação permanente da UPA; modelo do anexo IX;
- Inventário florestal a 100 %; Termo de Responsabilidade de Manutenção de Floresta
- Corte de cipós; Manejada - TRMFM (Anexo VIII).
- Critérios de seleção de árvores. Comprovante do pagamento do Imposto Territorial Rural
3.5 Descrição das atividades de exploração - ITR ou Certidão Negativa da Receita Federal para o
- Métodos de corte e derrubada; Imóvel (quando for o caso).
- Método de extração da madeira; Comprovante do CCIR atualizado para a propriedade
- Equipamentos utilizados na extração; particular (quando for o caso).
- Procedimentos de controle da origem da madeira; Cópia da escritura e matrícula(s) da propriedade,
- Métodos de extração de resíduos florestais (quando atualizadas (quando for o caso);
previsto). Declaração emitida pela FUNAI de que o plano de
3.6 Descrição das atividades pós-exploratórias (quando manejo pode ser executado, quando o mesmo estiver
previsto) localizado a menos de 10 km de terras indígenas. Esse
- Avaliação de danos; limite passa a ser automaticamente modificado a critério
- Tratamentos silviculturais pós-colheita; da FUNAI, exceto para projetos de assentamentos e
- Monitoramento do crescimento e produção. unidades de conservação de uso direto.
4 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES Plano de Manejo;
4.1 Relações de dendrométricas utilizadas: Comprovante de Anotação de Responsabilidade Técnica
4.2 Dimensionamento da Equipe Técnica - ART, de elaboração/execução e assistência técnica entre o
Resoluções
4.3 Dimensionamento de máquinas e equipamentos associação/cooperativa e o engenheiro responsável.
4.4 Investimentos financeiros e custos para a execução Procuração Pública quando for representado, acompanho
do manejo florestal da cópia do CPF e Identidade do procurador;
4.5 Medidas mitigadoras para redução de impactos *Documentos que Caracterizam justa posse:
(simplificado): -Autorização de Ocupação de Terras Públicas;
4.6 Descrição de medidas de proteção da floresta -Contrato de Alienação de Terras Públicas da União;
(simplificado) -Contrato de Concessão de Direito Real de Uso;
4.7 Mapas requeridos -Contrato de Concessão de Terras Públicas;
- Localização da propriedade; -Contrato de Promessa de Compra e Venda de Terras
- Zoneamento da propriedade Públicas da União;
Descrever: área desmatada, áreas produtivas para fins -Decreto Estadual de Reservas para áreas comunitárias;
de manejo florestal, áreas de preservação permanente -Licença de Ocupação de terras públicas;
total (APP), área de preservação permanente da área -Termo de Doação;
de manejo, nascentes, área de reserva legal, áreas -Título Provisório de Terras Públicas Estadual;
reservadas (áreas de alto valor para conservação), -Certidão de Inscrição de Ocupação de Terras da União
benfeitorias, estradas, acessos, colocações de (terrenos da Marinha e acrescidos);
seringueiros e localização das UPAs -Contrato de Cessão de Uso;
- Carimbo dos mapas -Contrato de Concessão de Direito Real de Uso
5. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS Resolúvel;
Requerimento padrão do IMAC, conforme modelo -Termo de acordo entre proprietário e posseiro.
anexo VII;
Cópia do Estatuto Social, devidamente registrado em
Área solicitada para manejo (ha) (Área em hectares, com duas casas decimais, separadas por vírgula)
185
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
186
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Resoluções
3. DADOS DA(S) PROPRIEDADE(S) ão de acordo com os dados transcritos e anexos, pelo
- Nome da propriedade; que venho requerer ao Instituto de Meio Ambiente do
- Localização; Acre – IMAC.
- Município;
- Estado. Rio Branco – AC,
4 . R E S U M O D AS AT I V I D A D E S P L A N E JA D AS E ________, ___________________de ________.
EXECUTADAS NO ANO DO POA
- Atividades de exploração florestal; ______________________________
5. RESUMO DOS RESULTADOS DA EXPLORAÇÃO POR Assinatura do requerente
UNIDADE DE TRABALHO (UT) Nome do responsável pelo
5.1. Tabela(s) com as seguintes informações por preenchimento do requerimento
Unidade de Produção Anual (UPA):
- Área de efetiva exploração (ha), volume explorado
(m3 e m3/ha), número de árvores exploradas (n e n/ ANEXO VIII - TERMO DE RESPONSABILIDADE
ha), volume romaneiado (m3 e m3/ha); DE MANUTENÇÃO DA FLORESTA MANEJADA
- Volume selecionado para corte (VS), Volume explorado
(VE), Volume romaneiado (VR), VE/VS(%), VR/VS(%) Ao IMAC
e VR/VE(%). Aos ... dias do mês de ... do ano de ..., ...... (NOME), ....
6. RESUMO DOS RESULTADOS DA EXPLORAÇÃO POR (NACIONALIDADE), .....(ESTADO CIVIL), ...(PROFISSÃO),
ESPÉCIE residente ...(endereço), inscrito no CPF/MF ..., portador
- Volume e número de árvores autorizado, volume do RG/Órgão Emissor/UF, proprietário (ou legítimo
e número de árvores explorado e respectivos saldos possuidor) do imóvel denominado ... município de ...
em pé; neste Estado, registrado sob o nº ... fls ... do Livro ...,
- Volume e número de árvores derrubadas e não pelo presente Termo de Responsabilidade de Manutenção
arrastadas; da Floresta, assume o compromisso de destinar a floresta
- Volume e número de toras arrastadas mas não ou outra forma de vegetação existente na Área de Manejo
transportadas, deixadas em pátios ou na floresta. Florestal - AMF a atividades que mantenham a estrutura
- Relação das árvores que foram permutadas e descrição da floresta, nos termos autorizados pelo IMAC e em
da manutenção dos critérios do limite máximo da conformidade com a legislação pertinente.
intensidade de corte prevista no PMFS. Fica a área referida vinculada ao PMFS pelo período de
7. RESUMO DA PRODUÇÃO DE MADEIRA EXPLORADA vigência especificado no Plano. Os mapas de delimitação
E TRANSPORTADA À INDÚSTRIA: imóvel e a Área de Manejo Florestal - AMF, contendo os
- Espécie, número de árvores exploradas, número e limites, confrontantes, distâncias, azimutes e coordenadas
volume de toras transportadas. geográficas, encontram-se na averbação do presente
8. DESCRIÇÃO DE INFORMAÇÕES E ATIVIDADES termo, no Cartório de Registro de Imóveis.
COMPLEMENTARES (quando previsto) DECLARA, finalmente, possuir pleno conhecimento das
sanções a que fica sujeito pelo descumprimento deste
TERMO.
Firma o presente TERMO, em três vias de igual teor e
forma, na presença do IMAC, que também o assina, e
das testemunhas abaixo qualificadas, rubricando todos
os mapas, anexos a cada via.
CARACTERÍSTICAS E SITUAÇÃO DO IMÓVEL LIMITES
DA AMF
São anexados a este Termo os mapas do imóvel e da
AMF.
187
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
188
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Resoluções
SEIAM e Sistema DOF será realizado pelo IMAC.
Art. 10. Os usuários deverão prestar contas dos
FSDOFs obtidos através do endereço eletrônico citado no ANEXO II
Art. 6º, apresentando-os juntamente com os respectivos
DOFs na Sede ou Núcleos Regionais do IMAC.
Parágrafo único. A prestação de contas se dará no
primeiro dia útil de cada mês, com exceção dos
formulários emitidos no mês de dezembro, que poderão
ser apresentados até o dia 15 de janeiro de 2009.
Art. 11. Para efeito de fiscalização, as empresas
deverão manter, nas dependências da unidade
processadora, cópias dos FSDOFs e os respectivos
DOFs emitidos.
Art. 12. O IMAC, em parceria com o IBAMA/
AC, estabelecerá critérios para o monitoramento e
fiscalização de pátios e do uso do FSDOF.
Art. 13. O não cumprimento ou inobservância
dos procedimentos estabelecidos na presente
Resolução sujeitará o usuário às penalidades previstas
na legislação vigente.
Art. 14. Os usuários que tiverem plena capacidade
de acesso e utilização do DOF não poderão fazer uso
dos instrumentos previstos nesta normativa.
Art. 15. Esta Resolução entra em vigor na data de
sua publicação, com validade até o dia 31 de dezembro
de 2008.
189
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
RESOLUÇÃO CONJUNTA CEMACT/CFE N° 005, DE V - cada subdivisão deverá possuir em seu acesso
25 DE AGOSTO DE 2008 principal placa indicativa conforme padrão em anexo.
Art. 4º Deverão estar sempre disponíveis no pátio
O Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e os DOF’s emitidos da origem até a área do pátio
Tecnologia - CEMACT e o Conselho Florestal Estadual homologado e autorizado.
- CFE, no uso das atribuições e competências que lhe Parágrafo único. Quando houver a utilização de
são conferidas pela Lei Estadual nº. 1.022, de 21 de Formulários de Subsídio ao DOF - FSDOF, estes
janeiro de 1.992, e pela Lei Estadual nº. 1.426 de 27 também deverão estar disponíveis no referido pátio,
acompanhados das informações da emissão do DOF.
de dezembro de 2001;
Art. 5º Esta Resolução entrará em vigor na data de
Considerando as deliberações da Plenária da Reunião
sua publicação.
Extraordinária Conjunta entre os Conselhos CEMACT e
CFE, realizada no dia 30 de julho de 2008; Carlos Ovídio Duarte Rocha
Considerando a Lei Federal nº. 11.284, de 02 de março Presidente do CFE
de 2006 e as Instruções Normativas IBAMA nº. 112, de Eufran Ferreira do Amaral
21 de agosto de 2006 e n° 134, de 22 de novembro de Presidente do CEMACT
2006, e ainda a necessidade de adequar os procedimentos
do Sistema do Documento de Origem Florestal - DOF à ANEXO 1
realidade do Estado do Acre.
Considerando a necessidade de adequar os procedimentos D o c u m e n t o s e i n f o r m a ç õ e s n e c e s s á r i a s p a ra
descritos nos memorandos de homologação de pátios homologação e emissão de autorização ambiental
externos expedidas pelo IBAMA. para pátio externo referente à área de manejo ou de
RESOLVEM: desmatamento autorizado.
1) Requerimento - modelo IMAC;
Art. 1° Esta Resolução busca estabelecer os
2) Documentos da propriedade onde o pátio foi
procedimentos técnicos e administrativos para
criado;
homologação e autorização a instalação de pátio externo 3) Contrato de locação/arrendamento/comodato entre o
para estocagem de madeiras em toras oriundas de áreas solicitante e o proprietário do imóvel, se for o caso;
de manejo e de desmatamentos autorizados, quando 4) Croqui georreferenciado de localização do pátio e
se tem exploração florestal. descrição da área;
Art. 2º Somente será homologado e autorizado pátio 5) Cópia do contrato social e do cartão do CNPJ do
externo quando o solicitante é detentor de área de solicitante.
manejo ou de desmatamento devidamente licenciada e
autorizada pelo IMAC e cuja área esteja localizada em ANEXO 2
região que permita acesso a algum meio de transmissão Modelo das placas (do pátio e dos subpátios)
de dados que viabilize a emissão de Documento de
Origem Florestal - DOF.
§ 1º A aprovação está sujeita a análise do IMAC e
somente será autorizada nos casos de dificuldade
de acesso, transporte e armazenagem da matéria
prima no local de origem, devendo estar vinculada ao
período de validade da Autorização de exploração em
planos de manejo e/ou áreas cuja madeira é oriunda
de desmatamentos autorizados acima de sessenta
hectares.
§ 2º Cada pátio a ser homologado deverá ser
devidamente georreferenciado e identificado por meio
de placa, conforme modelo em anexo.
§ 3º Não é permitido a transferência de madeiras entre
pátios externos homologados e autorizados, salvo nos
casos de transferência para o destino final.
§ 4º Para madeiras oriundas de planos de manejo
deverá haver a caracterização da cadeia de custódia
com material de longa duração, identificando o número
da árvore e secção da tora.
§ 5º Madeiras oriundas de desmatamentos autorizados
deverão estar devidamente identificadas com material
de longa duração, informando-se o número da
autorização de origem e ano.
Art. 3º O pátio homologado e autorizado poderá
comportar matéria-prima de diversas origens, desde
que cumpridos os seguintes requisitos:
I - o pátio deverá ser subdividido e cada subdivisão
comportará madeira em toras proveniente de uma
única origem;
II - a subdivisão deverá ser georreferenciado e
fisicamente demarcada por meio de cerca de arame
ou similar, com distância mínima de sete metros entre
as subdivisões;
III - as subdivisões deverão ser previamente aprovadas
pelo IMAC mediante apresentação de requerimento
acompanhado de croqui georreferenciado e indicação
da origem proposta;
IV - não poderá haver qualquer tipo de acesso direto
entre as subdivisões e cada uma deverá possuir apenas
um acesso principal;
190
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Resoluções
jurídicas que forem encaminhadas ao CEMACT. Considerando o disposto no Decreto Federal nº 6.469,
Art. 2º A Comissão será constituída pelos seguintes de 30 de maio de 2008, que adota a Recomendação
órgãos e seus respectivos representantes: (Redação nº 007, de 28 de maio de 2008, do Conselho Nacional
dada pela Resolução CEMACT nº 001, de 02 de fevereiro do Meio Ambiente - CONAMA, autorizando a redução,
de 2009) para fins de recomposição, da área de reserva legal,
I - Procuradoria Geral do Estado, sendo: para até cinqüenta por cento, das propriedades situadas
a) titular: Rodrigo Fernandes das Neves; na Zona 1, conforme definido no Zoneamento Ecológico
b) suplente: Danielle Formiga Nogueira. Econômico do Estado do Acre;
II - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Considerando o Decreto Estadual nº 3.416 de 12 de
Naturais Renováveis – IBAMA/AC, sendo: setembro de 2008, que regulamenta o Zoneamento
a) titular: Cynthia Vargas A. Revorêdo; Ecológico-Econômico do Estado do Acre;
b) suplente: Joracilda Gomes Bezerra. Considerando as informações trazidas no Parecer da
III - Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA, PGE/PMA nº 010/2008 que trata sobre o percentual
sendo: de cobertura florestal para reserva legal, fiscalização e
a) titular: Eugênio de Sousa Pantoja; autuação em propriedades rurais;
b) suplente: Carolina Jambo Gama. Considerando a importância de se estabelecer diretrizes
IV - Ordem dos Advogados do Brasil - OAB/AC, e procedimentos de controle e gestão ambiental para
sendo: orientar e disciplinar o uso e a exploração dos recursos
a) titular: Tatiana Alves Carbone; naturais, assegurada a efetiva proteção do meio
b) suplente: Eduardo Ambros Ribeiro. ambiente, de forma sustentável nas propriedades
V - Federação das Indústrias do Estado do Acre – rurais;
FIEAC, sendo: Considerando, que a função principal do Licenciamento
a) titular: José Hélio Freire Viana; Ambiental Rural é promover o desenvolvimento social
b) suplente: Adelaide de Fátima Gonçalves Oliveira. e econômico de forma sustentável com vista ao bem
VI - Federação da Agricultura do Estado do Acre – estar do ser humano;
FAEAC, sendo: C o n s i d e ra n d o a n e c e s s i d a d e d e p r o m o v e r a
a) titular: Mauro Marcelo Gomes de Oliveira; regulamentação específica para o licenciamento
b) suplente: José Thomaz de Mello Neto. ambiental rural para propriedades rurais.
Parágrafo único. A Comissão será Presidida pelo Sr. RESOLVE:
Rodrigo Fernandes das Neves, representante titular da
Procuradoria Geral do Estado - PGE/AC. CAPÍTULO I
Art. 4º A Comissão Permanente de Assuntos DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Jurídicos estabelecerá os procedimentos operacionais,
administrativos e outros para a execução de suas Art. 1º Esta Resolução objetiva instituir os
atribuições e atividades, considerando as disposições da procedimentos administrativos para o Licenciamento
lei de criação do CEMACT, do regimento interno e das Ambiental Rural - LAR das propriedades no Estado do
orientações da Câmara Técnica de Meio Ambiente - CTMA. Acre, destacando-se, dentre outras, as áreas:
Parágrafo único. A Secretaria executiva do CEMACT dará I - de reserva legal;
o suporte necessário para o funcionamento da Comissão II - preservação permanente;
que trata esta Resolução. III - antropizadas;
Art. 5º A Comissão terá caráter permanente, IV - para uso alternativo do solo.
convocada sempre por deliberação da Câmara Art. 2º Para fins desta Resolução considera-se:
Técnica de Meio Ambiente - CTMA, cujos pareceres I - Licença Ambiental Rural-LAR: Instrumento legal
e encaminhamentos serão submetidos à apreciação que licencia a regularidade ambiental das propriedades
e deliberação da CTMA e posteriormente da Plenária rurais;
191
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
II - Passivo Ambiental Florestal: resultado de danos quatro módulos fiscais, mediante a apresentação
causados ao meio ambiente, ocorridos em Reserva Legal dos requisitos técnicos e documentos básicos e
ou Área de Preservação Permanente, representando, complementares previstos nos Anexos 1, 3 e 6 desta
assim, a obrigação e a responsabilidade do agente Resolução.
causador; § 1° Após análise técnica dos documentos apresentados,
III - Termo de Compromisso: instrumento administrativo poderão ser solicitados documentos complementares,
utilizado pelos órgãos públicos para realizar acordos nos casos em que estes sejam necessários.
com vistas a garantir a preservação, a conservação ou § 2° Será facultada a vistoria prévia nos lotes e/ou
a recuperação de direito transindividual, com natureza propriedades rurais com área de até quatro módulos
jurídica executiva; fiscais, desde que a área possua o georreferenciamento
IV - Reserva Legal: área localizada no interior de uma básico realizado por órgãos governamentais, por
propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação entidades conveniadas à Rede de Assistência Técnica e
permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos Extensão Agroflorestal ou pela iniciativa privada, sempre
naturais, à conservação e reabilitação dos processos sob responsabilidade de profissional habilitado.
ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo § 3° Nos casos em que seja necessária recuperação
e proteção de fauna e flora nativas; de área de preservação permanente e reserva legal,
V - Área de Conversão: área existente no interior o IMAC fornecerá Termo de Referência específico ao
das propriedades rurais, passíveis de receberem produtor, devendo haver acompanhamento técnico da
autorização ou licença ambiental para desmatamento e Rede de Assistência Técnica e Extensão Agroflorestal
desenvolvimento de outras atividades produtivas; ou de técnico da iniciativa privada, para elaboração e
VI - Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE): execução do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas
instrumento de organização do território a ser (PRAD).
obrigatoriamente seguido na implantação de planos, § 4° Nos casos de licenciamento em pequenas
obras e atividades públicas e privadas, estabelece propriedades de produção familiar, ficam as mesmas
medidas e padrões de proteção ambiental destinados a dispensadas do pagamento de taxas, de emolumentos e
assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e de outros custos administrativos referentes à tramitação
do solo e a conservação da biodiversidade, garantindo o do processo no IMAC.
desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições § 5° Caso a propriedade mencionada no caput não
de vida da população. contenha os percentuais de cobertura florestal exigidos
VII - Unidades de Conservação: espaços territoriais com na legislação ambiental vigente, a LAR poderá ser
limites definidos (incluindo seus recursos ambientais e expedida mediante Termo de Compromisso, com força
as águas jurisdicionais) com características naturais de título executivo, assinado pelo interessado.
relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, § 6° Após a assinatura do Termo de Compromisso, o
com objetivos de conservação da natureza, sob regime proprietário ou detentor de posse terá um prazo de
especial de administração e com garantias adequadas até noventa dias para apresentar o PRAD, sob pena de
de proteção; adoção de medidas legais cabíveis, considerando-se
VIII - Fundo Estadual de Floresta: fundo criado pela como posse as situações descritas no Anexo 5 desta
Lei Estadual nº 1.426, de 27 de dezembro de 2001, Resolução.
para gerir recursos destinados à execução da política
florestal e extrativista, considerando as diversas fontes CAPÍTULO III
de receita; DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL RURAL EM ÁREAS
IX - Compensação Ambiental: é um mecanismo de COM ACIMA DE QUATRO MÓDULOS FISCAIS
regularização do passivo ambiental de imóveis rurais
por meio de aquisição ou arrendamento de área Art. 4º Em áreas superiores a quatro módulos fiscais,
correspondente ao seu passivo; a LAR será expedida pelo IMAC mediante a apresentação
X - desoneração: desobrigação em relação ao plantio, dos documentos básicos e complementares e demais
ao isolamento de área para regeneração natural e à requisitos técnicos previstos nos Anexos 2, 3, 4 e 6.
compensação ambiental por meio de servidão florestal § 1º A emissão da LAR nas áreas mencionadas no caput
ou aquisição de área de floresta em imóvel rural será precedida de vistoria pelo IMAC, assim como de
devidamente licenciado, destinada a regularização da pagamento das taxas obrigatórias.
Reserva Legal; a desoneração pode ocorrer por doação § 2° Após análise técnica dos documentos apresentados,
em favor do Poder Público de propriedade particular poderão ser solicitados documentos complementares,
existente em Unidades de Conservação ou ainda por nos casos em que estes sejam necessários, a critério
meio de pagamento, mediante depósito, ao Fundo do IMAC.
Estadual de Florestas, de valor correspondente à área Art. 5° Uma vez constatado o descumprimento da
de mesma importância ecológica e extensão; legislação ambiental, em especial quanto às áreas de
XI - recomposição: ato de recompor a área da reserva preservação permanente, a reserva legal ou qualquer
legal das propriedades por meio de replantio com outro dano à vegetação, em propriedades com área
espécies nativas ou por meio da viabilização da superior a quatro módulos rurais, o proprietário ou
regeneração natural; responsável deverá:
XII - Georreferenciamento Básico: processo de I - assinar um Termo de Compromisso com base
georreferenciamento para fins de regularização do em projeto técnico de regularização do passivo,
passivo ambiental florestal com objetivo de recuperação apresentado nos termos do art. 3º do Decreto Estadual
de áreas de preservação permanente e delimitação da n° 3.416/08;
reserva legal; premissa básica para o processo de II - apresentar o PRAD respectivo, se for o caso, no
certificação de propriedades rurais, do licenciamento da prazo de noventa dias.
propriedade rural e recuperação de áreas alteradas e
degradadas, fazendo uso de GPS de navegação. CAPÍTULO IV
DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL RURAL EM
CAPÍTULO II PROJETOS DE ASSENTAMENTO
DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL RURAL EM
ÁREAS COM ATÉ QUATRO MÓDULOS FISCAIS
Art. 6º O licenciamento ambiental de projetos de
assentamentos deverá observar os procedimentos
Art. 3º A LAR será expedida pelo Instituto de Meio estabelecidos na Resolução CONAMA nº 387, de 27 de
Ambiente do Acre – IMAC, para áreas rurais de até
192
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Resoluções
Art. 13. Nos casos de propriedades que apresentem
mais de uma matrícula, o licenciamento será
Art. 8º As atividades de monitoramento poderão ser individualizado por matrícula.
realizadas por meio de análise de imagens de satélite. Parágrafo único. A propriedade que possua mais de
§ 1º Para verificação do cumprimento das condicionantes uma matrícula poderá obter licença única, desde que
estabelecidas no licenciamento ou no Termo de possua CCIR que as unifique, expedido anteriormente
Compromisso, poderão ser realizadas, ainda, vistorias à publicação da Lei Estadual nº 1.904/2007.
técnicas nas propriedades.
Art. 14. Nos casos em que a área de floresta da
§ 2º Em propriedades destinadas a agricultura familiar,
propriedade destinada à Reserva Legal não corresponder
o IMAC poderá acatar relatórios de vistorias técnicas
ao percentual estabelecido na legislação, a regularização
realizadas pela Secretaria de Assistência Técnica e
do passivo ambiental florestal da mesma será realizada
Produção Familiar - SEAPROF ou entidade pública
conforme disposições contidas na Lei nº 4.771, de 15
conveniada à Rede de Assistência Técnica e Extensão
de setembro de 1965 e no Decreto Estadual nº 3.416,
Agroflorestal – Rede de ATER, desde que se atenda aos
de 12 de setembro de 2008.
critérios estabelecidos pelo IMAC e que as referidas
Parágrafo único. As modalidades de regularização do
vistorias sejam realizadas por profissional habilitado.
passivo ambiental de que trata o caput deste artigo
serão definidas por meio de Termo de Compromisso,
CAPÍTULO VI
o qual será baseado em projeto técnico apresentado
DA APRESENTAÇÃO DE MAPAS
pelo proprietário onde conste a justificativa das opções
selecionadas.
Art. 9º Para efeito da expedição da LAR de áreas
Art. 15. A adesão à Certificação Ambiental de
de até quatro módulos fiscais, serão aceitos mapas
Unidades Produtivas Rurais poderá ocorrer a qualquer
que utilizem a metodologia estabelecida no Manual
momento, como complemento do Licenciamento
Operativo do Georreferenciamento Básico da Rede ATER
Ambiental Rural.
que tenham sido elaborados:
I - por equipe técnica do INCRA, para os Projetos de Art. 16. Nos casos de propriedades rurais que
Assentamento; contenham ocupação irregular de posseiros em área
II - por empresas ou profissionais habilitados; de reserva legal, o proprietário deverá indicar a
III - pelos técnicos da rede de ATER; localização e quantificar a área antropizada para que o
IV - por equipe técnica do Instituto de Terras do Acre – licenciamento ambiental rural seja realizado.
ITERACRE, para áreas de sua competência. Parágrafo único. Nos casos previstos neste artigo,
§ 1º Para acatamento de mapas fornecidos pelo INCRA a regularização ambiental da propriedade se dará
que não sigam as bases do Manual Operativo será através de acordo entre as partes, considerando-se
necessária a realização de vistoria técnica. caso a caso.
§ 2º A delimitação espacial, bem como o memorial Art. 17. A LAR terá validade de dez anos, podendo
descritivo da área de Reserva Legal, serão analisadas ser revogada, a qualquer tempo, em virtude de
pela equipe técnica, podendo-se realizar vistoria descumprimento da legislação ambiental ou de
conjunta com o interessado, a critério do IMAC. compromisso assumido.
§ 3º Os cursos d’água, mesmo que intermitentes, § 1° Durante o período de validade da LAR, havendo
existentes dentro da propriedade, deverão serem degradação ambiental em áreas de Reserva Legal e APP,
identificados, devendo-se observar os seguintes a licença será suspensa até que sejam tomadas medidas
critérios: mitigadoras para a recuperação do dano.
I - em áreas florestadas poderá ser utilizada a base § 2º Para renovação da LAR, o proprietário ou
cartográfica 1:100.000 do Estado do Acre; responsável deverá protocolizar o pedido junto ao IMAC
II - em áreas antropizadas deverá ser realizado o com antecedência mínima de sessenta dias antes do
levantamento de campo utilizando GPS de navegação término da validade da mesma.
193
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Resoluções
E-mail: ____________________________________ através de plantio, isolamento para a regeneração
Representante Legal / Contato: natural, compensação, desoneração, conforme a opção
Nome:__________________________ escolhida;
CPF:___________R.G.:______________ 2.4 - Área de Preservação Permanente intacta e
Endereço: __________________________________ alterada
Localização:_____________Bairro:_______________ Descrever a área total e Degradada a recuperar, se
Município: __________________________________ for o caso;
Fone:________Fax:_________ Cel:______________ 2.5 - Área de uso alternativo do solo atual e a utilizar
E-mail: ____________________________________ (descrever o percentual utilizado e a utilizar)
Dados do Empreendimento: 2.6 – Área de Passivo Ambiental
Atividade do Empreendimento __________________ 2.7 - Localização de acordo com o ZEE (localizando a
___________________________________________ Zona, município e demais caracterizações previstas no
Porte ( )pequeno ( )médio ( )grande Zoneamento);
Nome/Razão Social_____________________ 2.5 - Área utilizada com manejo florestal;
CNPJ:______________________ 2.6 - Ocorrência de espécies protegidas, mananciais
Insc. Estadual___________________ hídricos, olhos d’água
CPF:___________R.G.:______________ 2.7 - Limites com unidades de conservação;
Endereço: __________________________________ 2.8 - Mapa Geral da propriedade abordando os aspectos
Localização:_____________ dispostos nas alíneas antecedentes.
P.A: ______ Lote :__________ Ramal:________ 3 – Caracterização ambiental específica
Bairro:___________ Município: _________________ Deverão ser apresentadas informações quanto:
Curso d’água: _____________ a) Proximidade da propriedade com áreas protegidas
one:________Fax:_________ Cel:______________ / unidades de conservação (especificar no mapa geral
E-mail: ____________________________________ da propriedade);
b) Medidas mitigadoras referente as atividades
Rio Branco – AC, ________, _______de ________. desenvolvidas na propriedade e quando estas estiverem
___________________________ localizadas no entorno de Unidade de conservação/
Assinatura do requerente áreas protegidas, definidas pela RESOLUÇÃO/CONAMA
Nº 013 de 06 de dezembro de 1990;
ANEXO 3 c) Monitoramento, Combate e Controle de fogo;
Requisitos para Projeto Técnico da Propriedade d) Origem da água consumida, destinação final das
(Caracterização Ambiental) águas servidas, dos dejetos e resíduos sólidos.
4. Memorial Descritivo e Descrição do Perímetro da
A caracterização Ambiental da propriedade deverá ser Área de Reserva Legal, com a finalidade de averbação
apresentada através de um projeto técnico assinado ou correção
por profissional habilitado, onde no mesmo deverão a) Características Gerais:
estar especificadas informações, tais como a descrição, Área destinada à Reserva Legal:
estado de conservação e implicações ambientais relativo Área remanescente de mata na Reserva Legal:
as atividades desenvolvidas na propriedade. Área destinada para recomposição:
1 – Informações gerais: b) Limites e Confrontantes:
1.1 Histórico da propriedade; Ao Norte:
Descrever: As mudanças de titularidade da propriedade, Ao Sul:
até o atual proprietário, autorizações emitidas e Ao Leste:
Infrações Ambientais expedidas pelos órgãos ambientais Ao Oeste:
oficiais, com auto de infração e embargo; c) Descrição do Perímetro:
1.2 Objetivos e Justificativas do Licenciamento A descrição do perímetro e Memorial descritivo
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Resoluções
Transversa de Mercator), com DATUM SIRGAS2000 de sucessão no bioma Amazônia, e;
ou SAD69, entregues em formato digital com Considerando as deliberações da Plenária da Reunião
extensão de arquivo .SHP, de acordo com as seguintes Extraordinária Conjunta entre os Conselhos CEMACT e
especificações: CFE, realizada no dia 23 de março de 2010.
a) Um arquivo shapefile contendo o polígono da Área RESOLVEM:
do Imóvel Rural. O arquivo deverá estar nomeado como Art. 1° Manter, para o licenciamento dos planos de
PROP (exemplo: prop.shp); manejo florestal sustentável no Estado do Acre, as
b) Um arquivo shapefile contendo o polígono da Área de diretrizes, orientações e parâmetros técnicos previstos
Reserva Legal. O arquivo deverá estar nomeado como pela Resolução Conjunta CEMACT/CFE N° 003, de
ARL (exemplo: arl.shp); 12 de agosto de 2008, em detrimento do previsto
c) Um arquivo shapefile contendo o polígono da Área no Capítulo IV da Instrução Normativa do Ministério
de Preservação Permanente. O arquivo deverá estar de Meio Ambiente nº 04, de 8 de setembro de 2009,
nomeado como APP (exemplo: app.shp);; tendo em vista que a norma estadual é mais restritiva
d) Um arquivo shapefile contendo as linhas dos cursos que a federal.
d’água, utilizadas para o cálculo da APP. O arquivo Parágrafo único. Para o licenciamento previsto no caput,
deverá estar nomeado como CURSO_DE_AGUA aplica-se, subsidiariamente, a Resolução CONAMA Nº
(exemplo: curso_de_agua.shp); 406, de 2 de fevereiro de 2009.
e) Um arquivo shapefile contendo o polígono da Área Art. 2º Esta Resolução entrará em vigor na data de
objeto de compensação, quando cabível. O arquivo sua publicação.
deverá estar nomeado como ACOMP (exemplo: acomp. Registre-se
shp); Publique-se
f) Um arquivo shapefile contendo o polígono da Área Cumpra-se.
em processo de recuperação, quando cabível. O arquivo
deverá estar nomeado como APR (exemplo: apr.shp); Carlos Ovídio Duarte Rocha
g) Um arquivo shapefile contendo os polígonos das Presidente do CFE
Áreas de atividades licenciadas ou em processo de
licenciamento. O arquivo deverá estar nomeado como Eufran Ferreira do Amaral
AL (exemplo: al.shp); Presidente do CEMACT
h) Um arquivo shapefile contendo os polígonos do Uso
da terra. O arquivo deverá estar nomeado como UT
(exemplo: ut.shp).
7. A proposta para a Averbação da Área de Reserva Legal
deverá ser apresentada na forma de Memorial Descritivo
impresso e em formato digital. As coordenadas descritas
no memorial deverão ser apresentadas no sistema de
coordenadas projetadas UTM (Universal Transversa de
Mercator), com DATUM SIRGAS2000 ou SAD69, estando
identificada a opção.
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
outras atividades que não envolva desmatamento, terá roteiros padronizados, cujos modelos encontram-se
os seguintes procedimentos: dispostos nos Anexos 01; 02; 03; 04; 05; 06; 07 e 08,
I – para autorização de áreas de até 3,0 (três) hectares partes integrantes desta Portaria.
a finalidade de implantar Agricultura Familiar, o Art. 7°. Fica a implementação da Atividade
interessado apresentará: Agropecuária sujeita a comprovação do aproveitamento
a) Requerimento; da madeira, através do contrato de venda da madeira
b) Documentos pessoais: RG e CPF em cópia e/ou do aproveitamento na propriedade, bem como
autenticada; através de vistoria.
c) Croqui de acesso à propriedade; Parágrafo primeiro - O interessado deverá retirar a
d) Mapa ou croqui da propriedade, este último quando madeira no ano requerido e realizar o desmate no
se tratar de posse, locando a área a ser queimada, área ano posterior, obedecendo a programação a ser feita
já desmatada e de floresta; junto ao IMAC.
e) Título da propriedade ou justa posse; Parágrafo segundo - É proibida a queima de madeira
f) Autorização de desmate e / ou queima referente ao das espécies com valor comercial.
último ano da ação; Art. 8º. Quando se tratar de área de capoeira com
II – Para autorização de áreas acima de 3,0 (três) até formação superior a 04(quatro) anos, a concessão
60,0 (sessenta) hectares, o proprietário ou responsável de autorização de desmate e queima obedecerá
apresentará: aos mesmos procedimentos técnicos exigidos nesta
a) Requerimento; Portaria.
b) Documentos pessoais: RG e CPF, devidamente Parágrafo único – Tratando-se de queima de capoeira
autenticados; sem madeira comercial, será dispensada a apresentação
c) Croqui de acesso à propriedade; do Inventário Florestal, porém deverá ser apresentada
d) Mapa da propriedade locando a área a ser queimada, a Sinopse da Atividade Agropecuária.
acessos, área de preservação permanente e reserva
Art. 9°. É de responsabilidade da pessoa física ou
legal, contendo as coordenadas geográficas dos vértices
jurídica que executar a exploração e o transporte de
do polígono da propriedade;
Matéria Prima Florestal a identificação das toras com a
e) Certidão de registro imobiliário com descrição da
numeração da AUMPF utilizando-se plaquetas ou outro
cadeia dominial;
material a base de tinta de longa duração.
f) Título da propriedade ou justa posse;
g) Imposto Territorial Rural –ITR, do último exercício, Art. 10. É vedada a emissão de autorização de
em cópia; desmate e queima para propriedades fracionadas e/ou
h) Comprovante do recolhimento de preços públicos; que tenham divisas em comum sem divisão física, de um
i) Autorização de desmate referente a área solicitada mesmo proprietário ou de cônjuge, filhos dependentes e
para queima. ou de tutelados, em áreas que configurem continuidade
III – Para licenciamento de áreas acima de 60(sessenta) de desmate.
hectares, o interessado apresentará: Art. 11. Nas regiões com relevo de topografia
a) Requerimento; acentuada, é proibido o desmatamento, conforme
b) Documentos pessoais: RG e CPF, autenticados; prevê a LEI nº 4.771 de 15 de setembro de 1965, nas
c) Croqui de acesso à propriedade; seguintes condições:
d) Mapa da propriedade locando a área ser queimada, I - Nas encostas ou partes destas com declive superior
a 45o equivalente a 100 por cento na linha de maior
Portarias
acessos, área de preservação permanente e reserva
legal, contendo as coordenadas geográficas dos vértices declive;
do polígono da propriedade; II - Florestas situadas em áreas de inclinação entre
e) Certidão de registro imobiliário com descrição da 25 a 45 graus, só sendo nelas toleradas a extração de
cadeia dominial; toros quando em regime de utilização racional, que vise
f) Título da propriedade ou justa posse; rendimentos permanentes;
g) Imposto Territorial Rural –ITR do último exercício, Parágrafo único – Para as áreas que se encontram na
em cópia; região onde esteja configurada a situação descrita neste
h) Comprovante do recolhimento de preços públicos; artigo o proprietário deve apresentar Mapa contendo
i) Autorização de desmate referente a área solicitada curva de nível da área.
para queima; Art. 12. A Autorização de Desmate e/ou Queima
j) O Projeto Técnico de execução de queima controlada, Controlada e de Utilização de Matéria Prima Florestal
acompanhado da ART do técnico responsável; será revalidada somente por mais 01(um) ano e estará
k) Publicação do pedido e do recebimento da Licença sujeita a vistoria e ao pagamento dos serviços.
Ambiental em Diário Oficial e em jornal de circulação Art.13. Esta portaria entrará em vigor na data de sua
diária. assinatura, revogando-se a Portaria Normativa nº 001
Parágrafo primeiro - As solicitações de queima em áreas de 30 de março de 2004.
a acima de 60,0 (sessenta) hectares, serão objeto de
vistoria prévia; Registre-se
Parágrafo segundo - A execução da atividade de Queima Publique-se
Controlada, acima de 200,0(duzentos) hectares, deverá Cumpra-se
ocorrer parceladamente em datas alternadas, seguindo Rio Branco, 24 de junho de 2004.
o Calendário de Queima, ficando proibido a queima
contínua; Carlos Edegard de Deus
Presidente do IMAC
III-DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
199
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
200
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
ANEXO I
Portarias
17 - TÍTULO DE RATIFICAÇÃO
18 - CONTRATO DE ASSENTAMENTO DO INCRA
ANEXO 04
201
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
d) Área destinada à conversão em uso e a utilizar fazer cumprir as seguintes DETERMINAÇÕES, a contar
(Descriminar a área em uso com pecuária, agricultura, da data de sua assinatura:
piscicultura e outros);
e) Área utilizada com manejo florestal; Informar a CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO
situação e a Infra-estrutura existente;
f) Solos, Hidrografia e relevo; O compromissário é proprietário ou posseiro de
g Descrição das atividades desenvolvidas e a serem uma área de --------------------------- hectares,
desenvolvidas e suas implicações ambientais; denominada -----------------------------------------
h) Mapa Geral da propriedade abordando os aspectos ---------------------------, localizada na -----------
dispostos nas alíneas antecedentes. -------------------------------------------------------
3.3 – Caracterização ambiental específica -------------, município de --------------------------
Deverão ser apresentadas informações quanto:
a) Proximidade da propriedade com áreas protegidas CLÁUSULA SEGUNDA - DA RESERVA LEGAL
/ unidades de conservação (especificar no mapa geral
da propriedade); O compromissário se obriga a recuperar a área de
b) Medidas mitigadoras referente as atividades reserva legal de ------------------------------------------
desenvolvidas na propriedade, quando esta estiver ----------- hectares, da propriedade, devendo adotar as
localizada no entorno de Unidade de conservação / seguintes alternativas, isoladas ou conjuntamente:
áreas protegidas, definidas pela RESOLUÇÃO/CONAMA
Nº 013 de 06 de dezembro de 1990; 1-Recompor a reserva legal de sua propriedade
c)Monitoramento, Combate e Controle de fogo; mediante o plantio, a cada três anos, de no mínimo
d)Origem da água consumida, destinação final das 1/10 da área total a sua complementação, com espécies
águas servidas, dos dejetos e resíduos sólidos. nativas dominantes na região;
3.4. OBSERVAÇÕES: 2-Conduzir a regeneração natural da reserva legal; e
a)Plano de Recuperação Ambiental – PRAD, deverá 3-Compensar a reserva legal por outra equivalente em
ser apresentado em caso de existência de Área de importância ecológica e extensão, desembaraçada de
Degradada (APP e Outras áreas), previsto na Medida qualquer ônus.
Provisória 2166-67 (Código Florestal em Vigor).
PARÁGRAFO PRIMEIRO – O compromissado deverá
Padrão de Nomenclatura das Áreas informar ao órgão ambiental a(s) opção(ões)
para Legenda: escolhida(s). PRAZO: 30 (TRINTA) DIAS
202
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Portarias
pelo seu Presidente, Sr. CARLOS EDEGARD DE DEUS, CLÁUSULA SEXTA – DA NATUREZA JURÍDICA
nomeado pelo Decreto n.º 6.878, de 08 de janeiro
de 2003 e do outro o Sr. ---brasileiro(a), ------------, Este acordo tem natureza de TÍTULO EXECUTIVO
-----------, RG nº ----, SSP/--------, inscrito(a) no EXTRAJUDICIAL, na forma do art.5º, § 6º da Lei Federal
CPF sob o nº -------------, doravante denominado n.º 7.347/85 e 585, VIII, do Código de Processo Civil.
compromissário, declara nesta e na melhor forma de
direito, que nos termos da Lei Federal n.º 7.347/85, Lei CLÁUSULA SÉTIMA - DO FORO
Complementar n.º 1.117/94, Lei Federal nº 4.771/65
e suas alterações, e outros pertinentes, assume a Fica eleito o foro da comarca de Rio Branco, para
responsabilidade de executar e fazer cumprir as seguintes dirimir quaisquer dúvidas relacionadas a este Termo.
DETERMINAÇÕES, a contar da data de sua assinatura: E por estarem de acordo, firmam o presente termo
em 02 (duas) vias na presença de 02 testemunhas
CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO para que surta seus efeitos legais e jurídicos.
O compromissário é proprietário ou posseiro de uma área Rio Branco (AC), de de
de --------- hectares, denominada -----, localizada na
-----, ramal ------------------------------------, igarapé / COMPROMISSÁRI0 PRESIDENTE DO IMAC
rio---,gleba-------------, lote -----, município de --------
TESTEMUNHAS:
CLÁUSULA SEGUNDA - DA RESERVA LEGAL
1 – Assinatura: ______________________________
O compromissário se obriga a recuperar a área Nome: _________________CPF: ________________
de reserva legal de ---------------------- hecta- 2 – Assinatura: ______________________________
res, da propriedade, devendo optar pelas se- Nome: _________________CPF: ________________
guintes alternativas, isoladas ou conjuntamente:
( ) Recompor a reserva legal de sua propriedade mediante CROQUI DE LOCALIZAÇÃO DA RESERVA LEGAL
o plantio, a cada três anos, de no mínimo 1/10 da área total
a sua complementação, com espécies nativas dominantes M) Mapa da propriedade localizando a área já
na região, correspondendo a um total _______ ha; desmatada, área de preservação permanente e reserva
( ) Conduzir a regeneração natural da reserva legal, distribuição de acessos internos, área de plantio,
legal, delimitando um total de ____________ ha ; contendo as coordenadas geográficas e os vértices do
( ) Compensar a área de reserva legal ou parte polígono da propriedade ajustadas à base cartográfica
desta, por outra área equivalente em importância do Estado do Acre, na escala de 1:100.000 e com
ecológica e extensão, desembaraçada de qualquer as escalas de trabalho distribuídas nas seguintes
ônus, correspondendo a um total de ___________ ha. categorias:
203
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
O Presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre – A Presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre –
IMAC, Carlos Edegard de Deus, no uso das atribuições IMAC, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas
que lhe são conferidas pelo Decreto Governamental pela Lei n° 851, de 26 de outubro de 1996, e nos arts.
n°6.878 de 08 de janeiro de 2003, pela Lei n°851 de 21 e 24 da Lei n° 1.117, de 26 de janeiro de 1994 e
26 de outubro de 1996, Lei n°1.117 de 26 de janeiro demais normas ambientais;
de 1994 e a Lei Estadual n°1.426, de 27 de dezembro Considerando os impactos negativos causados ao meio
de 2001, o Secretário de Estado de Floresta, Carlos ambiente pelo descarte inadequado de embalagens
Ovídio Duarte Rocha no uso das atribuições que lhe fabricadas à base de Politereftalato de Etileno – PET,
são conferidas pelo Decreto Governamental n°7.148 causando poluição ambiental e conseqüente risco à
de 19 de fevereiro de 2003 e o Secretário de Estado saúde pública;
de Planejamento e Desenvolvimento Econômico Considerando a necessidade de iniciar o regramento
Sustentável – SEPLANDS, Gilberto do Carmo Lopes do descarte e gerenciamento ambiental adequado das
Siqueira no uso das atribuições que lhe são conferidas referidas embalagens no Estado do Acre;
pelo Decreto Governamental n°6.875 de 08 de janeiro RESOLVE:
de 2003. Art. 1°- Criar um Cadastro Técnico para Empresas
CONSIDERANDO, a necessidade de implementar que utilizam em suas atividades/empreendimentos,
políticas que visem a sustentabilidade do recurso embalagens fabricadas à base de Politereftalato de
florestal em acordo com a capacidade de suporte Etileno – PET, seja para envasamento, distribuição e/
florestal do Estado. ou a comercialização do produto.
CONSIDERANDO a necessidade de agregação de valor §1°. A inserção no Cadastro a que se refere este
aos produtos de origem florestal bem como a geração artigo passará, doravante, a constituir pré-requisito
de emprego e renda. para o licenciamento ambiental das atividades/
CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar o empreendimentos que utilizam ou venham utilizar as
funcionamento das indústrias madeireiras no Estado referidas embalagens.
no que diz respeito à competitividade, a produtividade §2°. Todas as atividades/empreendimentos que já se
e ainda o incentivo a verticalização e agregação de encontram licenciadas pelo Instituto do Meio Ambiente
valores. no Acre – IMAC, terão o prazo máximo de 90 (noventa)
CONSIDERANDO que a competitividade e a produtividade dias para procederem com o Cadastro Técnico.
são fatores incentivadores à perpetuação da atividade §3°. A ficha modelo a ser adotada para Cadastro Técnico
florestal no estado. consta no anexo I da presente Normativa.
RESOLVEM: Art. 2°- O Cadastro Técnico deverá ser renovado
Art.1°. Será obrigatório o credenciamento de todo anualmente.
empreendimento florestal estabelecido e a se estabelecer Art. 3°- O Cadastro a que se refere esta Portaria não
no estado do Acre, junto a COPIAI – Comissão de Política exige a necessidade de outros cadastros previsto na
e Incentivo Fiscal do Governo do Acre. legislação, ou exigidos por outros órgãos.
Art. 2°. Criar o Cadastro Técnico de Indústria Florestal Art. 4°- A presente Portaria Normativa entra em vigor
no âmbito da Secretaria de Estado de Floresta – SEF, na data de sua publicação.
o qual será obrigatório a toda indústria instalada ou a Registra-se,
ser instalada no estado do Acre, constante no anexo Publica-se,
único, que embora não transcrito é parte integrante Cumpre-se.
deste documento.
Parágrafo primeiro – As pessoas jurídicas e físicas Cleísa Brasil da Cunha Cartaxo
terão o prazo de 60 (sessenta) dias para efetuarem o Presidenta do IMAC
cadastramento. Findo esse prazo aqueles em situação
irregular estarão sujeitos as penalidades previstas na Anexo
legislação ambiental vigente.
Parágrafo segundo – O cadastro tem validade de 01 GOVERNO DO ESTADO DO ACRE
(um) ano e será renovado anualmente. INSTITUTO DE MEIO AMBIENTE DO ACRE – IMAC
Art. 3°. As indústrias Florestais Madeireira a serem CADASTRO DE ATIVIDADES/EMPREENDIMENTOS
instaladas, ficam obrigadas a dispor de equipamentos à b a s e d e Po l i t e r e f t a l a t o d e E t i l e n o – P E T
de secagem e beneficiamento e de comprovação de 1. DADOS DO EMPREENDEDOR
agregação de valor aos produtos florestais que serão NOME_____________________________________
produzidos. CPF____________RG________________________
ENDEREÇO RESIDENCIAL____________________
Art. 4°. As indústrias florestais madeireiras ficam
TELEFONE________FAX____________E-MAIL___
obrigadas a identificar os produtos fabricados e
comercializados através de carimbos ou outra forma de 2. REPRESENTANTE LEGAL (Quando houver)
identificação, onde deverão constar no mínimo o CNPJ, NOME___________________________________
a razão social, o lote e a data de fabricação. CPF________________RG__________________
Art. 5°. Esta Portaria entra em vigor na data de sua ENDEREÇO RESIDENCIAL___________________
publicação, revogadas as disposições em contrário. TELEFONE________FAX____________E-MAIL___
204
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Portarias
2008.
cálculo da Cota Florestal, conforme disposto no art. 7º §
Considerando a dificuldade de acesso aos sistemas
1º do Decreto nº 3.414 de 12 de setembro de 2008.
de comunicação (internet, telefonia rural e celular),
na Amazônia. Art. 2º Fica estabelecido que o valor do custo de
RESOLVE: plantio de uma árvore equivale a R$ 1,35 (um real e
trinta e cinco centavos).
Art. 1º Adotar o Formulário de Subsídio ao Documento
Parágrafo único. O valor que trata o caput deste artigo
de Origem Florestal – FSDOF como instrumento
foi calculado com base no custo médio da muda,
complementar ao DOF, para acobertamento de
insumos e mão-de-obra para plantio de uma árvore no
transporte de matéria prima florestal, na forma prevista
território do Estado do Acre.
na Resolução CEMACT/CFE nº 004, de 12 de agosto
de 2008. Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua
publicação, com validade de 6 (seis) meses.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de
sua publicação, com validade até 31 de dezembro
CARLOS OVÍDIO DUARTE ROCHA
de 2008.
Secretário de Estado de Floresta
CLEÍSA BRASIL DA CUNHA CARTAXO
Presidente do IMAC
PORTARIA N° 37 DE 11 DE MARÇO DE 2009
205
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
conservação e na sede da unidade de conservação; Art. 3° Esta Portaria entra em vigor na data de sua
RESOLVE: publicação.
Art. 1° Aprovar o Plano de Manejo da Floresta Estadual
do Antimary-FEA, localizada no Estado do Acre. CARLOS OVÍDIO DUARTE ROCHA
Art. 2° Tornar disponível o texto completo do Plano de Secretário de Estado de Floresta
Manejo ora aprovado na Sede da Secretaria de Estado
de Floresta-SEF.
Art. 3° Esta Portaria entra em vigor na data de sua
publicação. PORTARIA N° 40, DE 11 DE MARÇO DE 2009
206
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
de aprovação do Zoneamento Ecológico Econômico do divulgada pelo Instituto de Terras do Acre - ITERACRE,
Estado do Acre; nos termos do art. 16 do Decreto Estadual nº 3.416
Considerando, que, nos termos dos incisos I, II e de 2008.
III do art. 3º da Lei Estadual nº 1.117, de 26 de § 1º O IMAC, para a aprovação desta modalidade
janeiro de 1994, são objetivos da Política Estadual de de regularização do passivo ambiental, observará a
Meio Ambiente: a promoção e utilização adequada e disponibilidade de área passível de regularização em
racional dos recursos naturais, de forma a assegurar Unidade de Conservação constante em ato editado
a sua renovabilidade e seu manejo sustentado para conjuntamente pela Secretaria de Estado de Florestas
as presentes e futuras gerações; a compatibilização - SEF e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente
do desenvolvimento econômico com a necessidade - SEMA.
de conservação e preservação dos ecossistemas, o § 2º O Plano de pagamento poderá prever a quitação
estimulo de adoção de hábitos, costumes e práticas do valor:
sócio econômicas que minimizem os impactos ao meio I - em uma única parcela; ou
ambiente; II - em parcelas de, no mínimo, dez por cento do total
Considerando, o Decreto Estadual nº 3.416, de 12 do passivo por ano.
de setembro de 2008, que trata das modalidades
de Regularização do Passivo Ambiental Florestal; Seção I
RESOLVEM: Do pagamento em cota única
Portarias
processo. antecedência em relação ao vencimento, novo DAE
§ 2º O IMAC analisará os documentos e o projeto correspondente à parcela anual devida, que terá o valor
técnico apresentados, indicando eventuais alterações correspondente a uma fração ideal, levando em conta o
necessárias ao cumprimento das normas pertinentes, valor do hectare referente àquele ano, conforme tabela
permitindo ao interessado a complementação do expedida pelo ITERACRE.
projeto. § 3º Após a expedição de DAE em qualquer das
Art. 3º Verificada a correção do projeto técnico hipóteses dos parágrafos anteriores, o interessado
e dos documentos apresentados, o IMAC ratificará deverá seguir o previsto na Seção III deste Capítulo.
formalmente a proposta de regularização do passivo, Art. 8º Havendo inadimplência do proprietário
devendo-se seguir, a partir de então, os procedimentos em relação a qualquer das parcelas previstas no
previstos para cada alternativa, conforme estabelecido plano indicado no inc. II, § 2 º, do art. 5º desta
no Decreto Estadual nº 3.416 de 2008, salvo Portaria, serão tomadas as seguintes providências:
quando houver opção pela desoneração mediante I - execução judicial do título em relação às parcelas
pagamento ao Fundo Estadual de Florestas, quando vencidas e não pagas;
se seguirá também o disposto no Capítulo II a seguir. II - a propriedade será considerada irregular em face
da legislação florestal até o pagamento total da dívida
CAPÍTULO II executada, podendo recair sobre a mesma, sanções
PROCEDIMENTO PARA DESONERAÇÃO ambientais e econômicas previstas na legislação vigente.
MEDIANTE PAGAMENTO AO FUNDO
ESTADUAL DE FLORESTAS Seção III
Disposições Comuns às Seções I e II
Art. 4º Havendo opção de regularização do
passivo ambiental por meio da desoneração mediante Art. 9º Depois de cumprido o disposto em uma das
pagamento ao Fundo Estadual de Florestas, além do seções anteriores deste Capítulo, o interessado deverá
previsto no Capítulo anterior e no Decreto Estadual apresentar à SEF o termo compromisso ou a ratificação
nº 3.416 de 2008, o licenciamento ambiental ou a formal do projeto técnico, juntamente com comprovação
certificação ambiental da propriedade rural deverá de pagamento do DAE, devendo a referida Secretaria
seguir também os procedimentos previstos neste emitir um Certificado de Regularidade que deverá
Capítulo. conter, ao menos:
Art. 5º Constatando-se a correção do projeto técnico I - declaração da área equivalente passível de desoneração;
apresentado, nos termos do art. 2º desta Portaria, o II - individualização, localização e caracterização do
interessado apresentará plano de pagamento do valor imóvel em regularização.
financeiro correspondente ao seu passivo ambiental, Art. 10. Recebido o Certificado de Regularidade, o
considerando os valores do hectare previstos em tabela interessado deverá realizar averbação do mesmo à margem
207
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
208
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
ANEXO – I
Portarias
Independe do percentual de áreas degradadas com ou
certificação socioambiental de unidades produtivas
sem processos erosivos na Unidade Produtiva;
rurais familiares, possibilitando sua inclusão social e
O produtor pode ou não estar filiado a uma associação
econômica, bem como a garantia do uso sustentável
ou participando ou não de fórum de discussão.
dos recursos naturais e a gestão adequada do território.
Fase 2 – Certificação Básica (Selo Azul)
O Processo de Certificação compreenderá critérios de
Nesta etapa, com duração máxima de 02 anos, os
Avaliação das Unidades Produtivas como um sistema de
técnicos da SEAPROF/REDE irão acompanhar e orientar
classificação da propriedade, considerando:
as ações de implementação previstas no plano da
Índice Ambiental - Situação da Reserva Legal, da Área
Unidade Produtiva- UP, seguindo o calendário previsto.
de Preservação Permanente e nascentes (priorização
Para fins de classificação da propriedade os critérios
dos cursos d’águas);
são os seguintes:
Índice Produtivo Sustentável – Uso do fogo e da floresta,
A Unidade Produtiva tem de 0% a 20% de Reserva
uso e manejo do solo em áreas alteradas;
Legal;
Índice Social – Organização coletiva
A Unidade Produtiva tem de 20% a menos de 50% das
A certificação será compreendida de quatro fases, com
APPs em fase de regeneração;
critérios e benefícios diferenciados para cada fase, com
O produtor queima todos os anos em área sem
duração total de 09 anos, assim especificadas:
floresta;
Fase 1 - Assinatura do Termo de Adesão ao Programa
A Unidade Produtiva tem de 30 a 50% de áreas
Após publicação do edital de abertura com o período
degradadas; e
e locais para a adesão ao programa, os técnicos da
O produtor deve estar filiado a uma associação ou
Rede de ATER e SEAPROF realizam uma mobilização
participando de fórum de discussão.
nas comunidades interessadas, para sensibilizá-las
Para fins de evolução no processo de certificação o
do objetivo e metas do programa. Nesta etapa o
produtor deverá cumprir os seguintes procedimentos:
produtor fica habilitado a receber um bônus de R$
Ter aprovado e iniciado a execução do Plano de
500,00 (quinhentos reais), sendo R$250,00 (duzentos
Certificação. Nesta fase será permitida a queima e/ou
e cinquenta reais) na assinatura do Termo de Adesão e
desmate apenas no primeiro ano de execução do plano,
R$250,00 (duzentos e cinquenta) quando protocolado
desde que a ação esteja vinculada aos critérios técnicos
o Plano da Unidade Produtiva.
e à execução das atividades previstas no acordo;
Por ser uma fase inicial de inserção voluntária, garante
Apresentar a Certidão Ambiental Rural da Propriedade
a inclusão dos interessados, considerando que:
junto ao IMAC.
Independe do percentual existente de Reserva Legal na
Cumprindo os critérios da Fase 02, no segundo ano
Unidade Produtiva;
previsto no cronograma de execução do plano, ou
Independe do percentual existente de integridade das
seja, no terceiro ano desde a assinatura do termo de
APPs na Unidade Produtiva;
adesão, o produtor fica habilitado a receber serviços
Independe se o produtor queima ou não;
do Governo e um bônus de R$ 500,00 (quinhentos
209
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
reais) a cada ano, por 02 (dois) anos e se credencia serviços do governo e deverá estar inserido em uma
para a fase 3. Caso o produtor não cumpra os critérios, Cadeia Produtiva prioritária. Se cumprir os Critérios, o
deixará de receber. produtor habilita-se a receber um Bônus (Remuneração
Fase 3 – Certificação Intermediária (Selo Amarelo) Adicional) de R$ 600,00 (seiscentos reais) por 04
Nesta etapa, com duração máxima de 02 anos, as (quatro) anos. Se não cumprir os requisitos o produtor
ações de ATER prestadas são no sentido de consolidar deixará de receber.
pelo menos 03 práticas produtivas sustentáveis (uso ANEXO – II
de leguminosa em roçados sustentáveis sem o uso
do fogo, recuperação de áreas alteradas, implantação Portaria nº. 017 de 23 de março de 2010 Princípios,
de Sistemas Agrosilvipastoris, etc). Observar o Requisitos, Habilitação e Tramite da Rede Estadual de
cumprimento da implementação de 30% do Plano Assistência Técnica e Extensão Agroflorestal – REDE
ou ainda a participação do produtor em algum fórum DE ATER
de discussão há pelo menos 01 ano, favorecendo Os serviços de ATER prestados pelo Estado são
assim, a inserção das famílias de produtores rurais executados pela SEAPROF, SEF e SEAP. Entretanto,
nas cadeias produtivas prioritária apoiadas pelo apesar de estarem sendo realizados em todo o território,
Governo do Estado do Acre/SEAPROF. Para fins de ainda são insuficientes para atender a totalidade de
Classificação a propriedade deverá possuir as seguintes famílias existentes. Por este motivo está sendo criada
características: a Rede Estadual de Assistência Técnica e Extensão
A Unidade Produtiva tem de 21% a 50% de Reserva Agroflorestal, que além de garantir uma maior oferta
Legal; dos serviços, permitirá contribuir com os processos
A Unidade Produtiva tem de 50% a menos 80% das de regularização do passivo ambiental florestal e de
APPs em fase de regeneração; certificação socioambiental da unidade produtiva.
O produtor realiza a queima intercalada; Esta ampliação dos serviços, dada a parceria com
A Unidade Produtiva tem de 15% a menos de 30% de outras instituições, contribui igualmente com a troca e
áreas degradadas; aprendizagem de metodologias de intervenções junto
O produtor executa 30% do Plano de Certificação ou aos produtores rurais no Estado.
desenvolve pelo menos três práticas sustentáveis de Neste sentido, o Estado, como condutor das ações de
produção em sua Unidade Produtiva; desenvolvimento rural, institui princípios e requisitos
O produtor deve estar filiado a uma associação ou básicos para que as instituições que tiverem interesse
participando de fórum de discussão há pelo menos em firmar parceria com este propósito possam atuar
um ano. na Rede de ATER.
Para fins de evolução da Certificação Básica para 1. Princípios para prestação dos Serviços de ATER
a Certificação Intermediária o produtor deverá ter ● Sustentabilidade social, ambiental e econômica;
cumprindo os seguintes critérios: ● Equidade na aplicação das políticas, respeitando os
Ter executado 30% (trinta por cento) do Plano de aspectos de gênero, geração e etnia;
Certificação em níveis de Práticas Sustentáveis; ● Respeitar as peculiaridades e saberes locais,
Ter sua produção sem uso de fogo e de desmate. interagindo com saberes científicos;
Nesta fase o Produtor terá acesso a crédito e recebe ● Garantir o empoderamento dos beneficiários a partir da
serviços do governo. construção coletiva dos processos de desenvolvimento
Se cumprir os critérios, o produtor receberá um Bônus da Unidade Produtiva e Comunitária; e
(Remuneração Adicional) de R$ 600,00 (seiscentos) ● Prestar serviços com foco nos princípios da agroecologia
reais anual, por 02 (dois) anos e habilita-se para a e na interdisciplinaridade.
nova fase. Se não cumprir os requisitos o produtor 2. Requisitos Básicos para prestação dos serviços de
deixará de receber. ATER
Fase 4 – Certificação Plena (Selo Verde) ● Ser credenciada para prestação de serviços de Ater
Nesta fase o produtor terá acesso ao Crédito, receberá pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural
serviços do governoe deverá estar inserido em uma Florestal Sustentável - CEDRFS;
cadeia produtiva. Se cumprir os critérios, o produtor ● Comprometer-se a prestar orientações técnicas
habilita-se a receber um bônus (remuneração adicional) aos produtores familiares, com ênfase para o uso
de R$ 600,00 por quatro anos. A família deverá sustentável dos recursos naturais renováveis;
ter executado 70% do plano em níveis de Práticas ● Prestar serviços visando a redução do uso do fogo com
Sustentáveis, ter sua produção sem uso do fogo e conseqüente substituição pela adoção de tecnologias
atender aos critérios de Reserva Legal. alternativas de produção, preservação e aumento da
Para fins de Classificação a propriedade deverá possuir biodiversidade, entre outras práticas que promovam o
as seguintes características: uso e o manejo ecológico dos recursos naturais;
A Unidade Produtiva tem acima de 50% de Reserva ● Atuar mediante a utilização de metodologias
Legal; participativas, de caráter educativo, com ênfase
A Unidade Produtiva tem pelo menos 80% das APPs em na pedagogia da prática, promovendo a geração e
fase de regeneração; apropriação coletiva de conhecimentos, a construção
O produtor não queima; de processos de desenvolvimento sustentável e a
A Unidade Produtiva não possui áreas degradadas; adaptação e adoção de tecnologias voltadas para a
O produtor executa 70% do Plano de Certificação ou construção de agriculturas sustentáveis;
desenvolve de três ou mais práticas sustentáveis de ● Comprovar que possui um corpo técnico interdisciplinar
produção em sua Unidade Produtiva; com comprovado conhecimento nas áreas requeridas
O produtor deve estar filiado a uma associação ou pelos projetos a serem apoiados;
participando de fórum de discussão e participa de ● A entidade credenciada deverá se submeter aos
qualquer programa ou Plano de Desenvolvimento mecanismos e procedimentos de acompanhamento,
Comunitário - PDC. Para fins de evolução da Certificação controle e avaliação das atividades contratadas e/ou
Intermediária para a Certificação Plena o produtor conveniadas, estabelecidos pela SEAPROF e aprovados
deverá ter cumprido os seguintes critérios: pelo CEDRFS e poderá ser descredenciada a qualquer
Ter executado 70% (setenta por cento) do Plano de momento, se constatado o não cumprimento dos
Certificação em níveis de Práticas Sustentáveis; serviços contratados;
Ter sua produção sem uso de fogo e atender ao critério ● O credenciamento deverá ser renovado anualmente,
de reserva legal. mediante avaliação e aprovação dos serviços prestados,
Nesta fase o Produtor terá acesso a crédito, recebe considerando a opinião dos beneficiários.
210
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
3. Instituições que podem se habilitar a prestar serviços financeiramente à Secretaria de Estado de Extensão
de ATER Agroflorestal e Produção Familiar – SEAPROF, e contará,
Aquelas que tenham como natureza principal de suas no mínimo, com uma estrutura composta por (03) três
atividades a relação permanente e continuada com os membros.
produtores familiares e demais públicos da extensão Parágrafo único. A SEAPROF nomeará os membros da
agroflorestal. Devem desenvolver um amplo campo Unidade Executora, bem como manterá uma estrutura
de ações exigidas para o fortalecimento da agricultura física adequada para o seu funcionamento.
familiar e para a promoção do desenvolvimento rural Art. 3º Além das competências estabelecidas no
sustentável. art. 8º da Lei n º 2.025/2008, a UE poderá realizar
Tais instituições ou organizações poderão habilitar-se procedimentos administrativos para pagamento do
a participar da Rede de Prestadoras de Serviços de bônus e da Rede de ATER, previsto no Programa.
ATER do Estado do Acre, buscando seu credenciamento Parágrafo único. Os procedimentos administrativos e
junto ao Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural financeiros internos para gestão da UE poderão ser
e Florestal Sustentável – CEDRFS. regulamentados por ato da SEAPROF.
A partir dessa referência, estão compreendidas como Art. 4º Ficam ratificados os atos administrativos de
instituições ou organizações que podem participar da competência da UE já praticados pela SEAPROF no
Rede de Ater: âmbito do Programa.
● Organizações de Agricultores Familiares;
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua
● As Organizações da Sociedade Civil (ONGs,
publicação.
SINDICATOS, Associações, Cooperativas);
Registre-se.
● Instituições Públicas (Federais, Estaduais e
Publique-se.
Municipais);
Cumpra-se.
● Estabelecimentos de ensino com atuação junto aos
Rio Branco-Acre, 23 de março de 2010.
produtores rurais;
● Empresas Privadas;
Eufran Ferreira do Amaral
● Redes e Consórcios;
SECRETÁRIO DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE
● Outras que atuem dentro das diretrizes e princípios
aqui estabelecidos.
4. Trâmite do processo da Rede de ATER
PORTARIA NORMATIVA N° 001,
DE 15 DE ABRIL DE 2010.
Portarias
Considerando o disposto na Recomendação Conjunta
nº 02, de 22 de outubro de 2003, emanada pelo
Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual,
que dispõe;
Considerando o disposto na Lei nº. 1.117, de 26 de
Janeiro de 1994, que dispõe sobre a política ambiental
do Estado do Acre;
Considerando a sistemática de doação prevista no
decreto no Decreto Federal nº 6.514, de 22 de julho
de 2008, que dispõe sobre as infrações e sanções
administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo
administrativo para apuração destas infrações;
Considerando ainda o Decreto Federal nº 6.686, de 10
de dezembro de 2008.
RESOLVE:
PORTARIA NORMATIVA N.º 018
DE 23 DE MARÇO DE 2010 Art. 1º. Os bens e produtos apreendidos pelo IMAC,
por ato administrativo, serão alienados mediante a
Estabelece a organização da Unidade Executora modalidade de doação com fundamento nos artigos
do Programa Estadual de Certificação de Unidades 107 inciso III, e arts. 134 a138 do Decreto Federal nº
Produtivas Familiares do Estado do Acre e outros 6.514, de 22 de julho de 2008.
procedimentos. Art. 2°. Os instrumentos utilizados na prática da
O Secretário de Estado de Meio Ambiente do Acre, infração ambiental que tenham utilidade de uso serão
no uso das atribuições legais e CONSIDERANDO, a doados às entidades públicas de caráter científico,
delegação prevista no Arts. 9º e 10 da Lei 2.025 de 20 cultural, educacional, hospitalar, penal, militar, bem
de outubro de 2008 que atribui a SEMA, competência como para outras entidades com fins Beneficientes.
expedirá ato normativo estabelecendo o regulamento Parágrafo primeiro – Os bens destinados às instituições
do programa, seus critérios e procedimentos; públicas, deverão ser utilizados em construção de
Resolve: moradia à população carente, aos programas de apoio
Art. 1º A Unidade Executora do Programa Estadual a criança e ao adolescente, aos idosos e de
de Certificação de Unidades Produtivas Familiares combate à fome e a miséria.
do Estado do Acre - UE, criada pelo art. 8º da Lei nº Parágrafo segundo – Os produtos perecíveis serão
2.025, de 20 de outubro de 2008, organiza-se na forma destruídos ou doados a instituições científicas, culturais
desta Portaria. ou educacionais.
Art. 2º A UE fica vinculada administrativa e Art. 3º. As entidades públicas dispostas no art. 2º
211
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
desta Portaria, que se habilitarem à doação de bens e Art. 11° - Os pedidos de doação originados de
produtos oriundos de infração ambiental, sujeitar-se-ão, juizados estão isentos das condições descritas no
comprovadamente, as seguintes condições: artigo 3º.
I – requerimento assinado pelo representante legal ou Art. 12º - O IMAC terá a obrigação de dar publicidade
dirigente da entidade solicitante; aos Termos de Doação relativos a esta portaria.
II – cópia autenticada da Lei de criação, Estatuto, Art. 13º - Esta portaria entrará em vigor na data
Regimento, ou outro documento que comprove de sua assinatura, revogando-se as disposições em
o enquadramento do interessado nas categorias contrário.
contempladas no referido Decreto. Registre-se
III – Plano de Utilização do bem requerido, devendo Publique-se
constar: Local, destinação, quantidade, volume, e, no Cumpra-se
caso de madeira, o grau de industrialização. Rio Branco, 15 de abril de 2010.
Parágrafo Único – Em situações excepcionais as
organizações informais ou comunidades carentes que Cleísa Brasil da Cunha Cartaxo
não se caracterizarem como pessoa jurídica, mas Presidente do IMAC
tenham atuação e representatividade junto a segmentos
específicos da população, poderão apresentar propostas
através de entidades com personalidade jurídica.
Art. 4º. Os bens apreendidos poderão também ser PORTARIA CFE Nº. 03, DE 24 DE MAIO DE 2010
submetidos a leilão, nos termos do § 5o do art. 22 da
Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, de acordo com O Presidente do Conselho Florestal Estadual, nomeado
decisão administrativa da Presidência do IMAC. pelo Decreto nº. 2.980 de 13 de maio de 2008, que
Art. 5º - Fica criada e instituída a Comissão de altera a Estrutura e estabelece a nova Composição do
avaliação e Destinação de Bens e Produtos apreendidos Conselho Florestal Estadual.
por infração ambiental; CONSIDERANDO o Decreto nº. 2.981/2008, que dispõe
§ 1º. A Comissão será composta de 01 (um) advogado sobre a nomeação dos representantes das Instituições
da Procuradoria Jurídica, pelo Diretor de Gestão Técnica, Membro do Conselho Florestal – CFE, referente ao
01 (um) técnico do Departamento de Licenciamento e mandato do biênio de 2008 a 2010.
Monitoramento e 01 (um) técnico do Departamento de CONSIDERANDO os encaminhamentos tomados na
Fiscalização que deverão ser indicados pela Presidência reunião ordinária do Conselho Florestal, ocorrida no dia
do IMAC. 19 de agosto de 2009.
Art. 6º - A Comissão terá a função de: CONSIDERANDO ainda, a Portaria nº 15 de outubro de
I - Autuação dos pedidos em livro próprio; 2009, que Constitui a Câmara Permanente de Manejo
II – Apreciar os pedidos de doação e submetê-los Florestal;
através de parecer a Presidência do IMAC, para RESOLVE:
deferimento; Art. 1º Nomear os seguintes representantes para
III – Elaborar, no caso de deferimento do pleito, do compor a Câmara Permanente acima citada:
Termo de Doação; - Fábio Thaines, representando a ASIMMANEJO;
IV – Requisitar do Departamento de Fiscalização a - Evandro Araujo, representando a Cooperfloresta;
quantidade, a espécie, a forma, a localização e o nome - Clarice Farias, representando a SEF;
do fiel depositário, das madeiras apreendidas; - Marcela Castro Fidelis, representando o IMAC;
V – Valorar o bem a ser doado. - Julio Raposo Ferreira, representando o IBAMA;
§ 1º. A Comissão após receber o processo administrativo - Ilcilene da Silva Andrade, representando a FAEAC;
de apreensão, com decisão favorável à doação terá - Edmilson Santos Cruz, representando a UFAC;
o prazo de 30 (trinta) dias úteis para finalizar os - Jairo José de Magalhães Lima, representando o CTA;
procedimentos para Doação, a contar do dia útil seguinte - Nei Braga Gomes, representando o CREA;
ao do recebimento do Processo. - Moacyr Araújo Silva, representando o WWF-Brasil;
§ 2º. A Coordenação da Comissão ficará a cargo Registre, Publique-se e Cumpra-se.
da Diretoria de Gestão Técnica, que deverá dar
prosseguimento as avaliações das solicitações de CARLOS OVÍDIO DUARTE ROCHA
doação de madeira, através da Comissão de avaliação Presidente do Conselho Florestal Estadual
e Destinação de Bens e Produtos apreendidos por
infração ambiental.
Art. 7º - A lavratura do Termo de Doação, é a garantia
da efetivação da doação isentando o IMAC de qualquer
responsabilidade pelo doado, e acompanha o transporte
do bem, da origem até o destino final, inclusive a etapa
de industrialização ou beneficiamento.
I – Os custos operacionais relativos a depósito, remoção,
transporte, beneficiamento e demais encargos legais
correrão à conta do donatário.
II – Fica estabelecido o prazo máximo de 90 (noventa)
dias para retirada mediante recibo, do bem doado,
contado da data da assinatura do Termo de Doação.
Art. 8º - Os produtos finais oriundos da doação
deverão ser identificado com uma inscrição educativa
referente à origem do produto.
Art. 9º - Fica proibida a transferência a terceiros, a
qualquer título dos bens recebidos em doação.
Art. 10° - Os casos não disciplinados nesta
Portaria serão decididos pela Comissão de Avaliação
e Destinação de Bens e Produtos, com referendum do
Presidente do IMAC.
212
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Provimentos
RESOLVE:
Art. 1º O certificado contendo declaração de área
de desoneração de passivo ambiental, expedido pela
Secretaria de Estado de Florestas na forma do Decreto
nº 3.416/2008, deverá ser averbado na matrícula do
imóvel como comprovação de regularidade da reserva
legal do imóvel a que se refere.
Parágrafo único. A regularidade representada pelo
certificado poderá ser completa ou parcial em relação
ao total de reserva legal a ser averbada, sendo parcial, o
Oficial de Registro de imóveis deverá exigir a averbação
da área de reserva legal remanescente.
Art. 2º O certificado expedido pela Secretaria de
Estado de Floresta deverá conter, ao menos:
I – declaração da área equivalente passível de
desoneração;
II – individualização, localização e caracterização do
imóvel em regularização.
Parágrafo único. O certificado deverá ser acompanhado
de declaração do Instituto de Meio Ambiente – IMAC,
indicando o total da área de reserva legal a ser averbada
na matrícula do imóvel, tendo em vista as variáveis
consideradas em regular procedimento de licenciamento
ambiental da propriedade.
213
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
214
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
ações interferirão na conformação da paisagem, nos § 1º. Os representantes dos órgãos da Administração
padrões de apropriação e uso, conservação, preservação Municipal, bem como seus respectivos suplentes,
Municipais
e pesquisa dos recursos naturais. serão designados pelo Prefeito, mediante indicação dos
Art. 6º - Os órgãos e entidades municipais, voltados Secretários Municipais.
para as questões ambientais, atuarão de forma § 2º. Os representantes das entidades e organizações
integrada, sob a coordenação da SEMAMA, por meio não governamentais e da esfera estadual e federal
do Plano de Ação Ambiental Integrado observada as e seus respectivos suplentes, serão designados pelo
competências específicas de cada um. Prefeito, mediante indicação dos órgãos ou entidades
ali mencionados.
CAPÍTULO IV Art. 9º - As funções de membro do Conselho serão
Do Órgão Superior - COMDEMA exercidas pelo prazo de 02 (dois) anos, permitida a
recondução a critério do COMDEMA, cuja decisão será
Art. 7º - O COMDEMA, órgão consultivo, deliberativo comunicada à entidade de origem do representante.
e normativo da Política Municipal de Meio ambiente, Art. 10. As funções de membro do Conselho não serão
215
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
remuneradas, sendo, consideradas como de relevante Presidente, na forma do Regimento Interno, e serão
interesse público de caráter temático e consultivo, extinguindo-se com
Art. 11. O Conselho terá a seguinte direção: o alcance de seus objetivos.
I - Presidência que será sempre do Secretário Municipal Art. 17. O COMDEMA reunir-se-á, ordinariamente,
de Meio ambiente; na forma estabelecida em seu Regimento Interno,
II - Secretaria Executiva, escolhida entre os seus membros; convocado pelo Prefeito ou pelo seu Presidente, por
III - Plenária composta pela maioria de seus membros; iniciativa própria ou a requerimento de 50% de seus
IV - Câmaras Técnicas; membros titulares.
V - Comissões Especiais. Art. 18. As sessões plenárias do COMDEMA serão
sempre públicas, permitida a manifestação oral de
Art. 12. O Presidente do Conselho tem as seguintes
representantes de órgãos, entidades e empresas ou
atribuições:
autoridades, quando convidados pelo presidente ou
I - Representar o Conselho;
pela maioria dos conselheiros.
II - Dar posse e exercício aos Conselheiros; Parágrafo único. O quorum das Reuniões Ordinárias do
III - Presidir as reuniões da Plenária; COMDEMA será de 1/3 (um terço) de seus membros
IV - Votar como Conselheiro e exercer o voto de para abertura das sessões e de maioria simples para
qualidade; deliberações.
V - Resolver questões de ordem nas reuniões Art. 19. A SEMAMA prestará ao COMDEMA o neces-
Plenárias; sário suporte técnico - administrativo e financeiro, sem
VI - Determinar a execução das Resoluções da Plenária, prejuízo da colaboração dos demais órgãos e entidades
através do Secretário Executivo; nele representados.
VII - Convocar pessoas ou entidades sempre que Art. 20. No prazo de 90 (noventa) dias a contar de
necessário, para participar das reuniões plenárias; sua efetiva instalação o Conselho deverá elaborar seu
VIII - Tomar medidas de caráter urgente, submetendo- Regimento Interno.
as à homologação da Plenária;
XI - Criar Câmaras Técnicas Temporárias ou CAPÍTULO V
Permanentes; Do Órgão Central - SEMAMA
X - Criar Comissões Especiais.
Art. 13. São atribuições do Secretário Executivo: Art. 21. A SEMAMA - Secretaria Municipal de Meio
I - Organizar e garantir o funcionamento do Ambiente, além de suas atribuições já estabelecidas em
Conselho; lei, passará a ter as seguintes competências:
II - Coordenar as atividades necessárias para a I - Elaborar e executar estudos e projetos para subsidiar
consecução das atribuições do Conselho; a PMMA- Política Municipal de Meio Ambiente, e para
III - Cumprir e fazer cumprir as determinações legais a implementação e revisão das normas, padrões e
e as normas estatutárias e regimentais; critérios de uso dos recursos naturais a serem baixados
IV - Fazer publicar em órgão de comunicação social do pelo COMDEMA;
Município as Resoluções do Conselho; II - Elaborar, anualmente, o Plano de Ação Ambiental
Integrado do Município e a respectiva proposta
V - Coordenar as reuniões do Plenário, das Câmaras
orçamentária;
Técnicas e das Comissões Especiais.
Parágrafo único. O Secretário Executivo poderá, III - Exercer o controle, a fiscalização e o monitoramento
mediante justificativa, requerer ao Presidente o apoio das atividades produtivas e dos prestadores de serviços,
administrativo e de pessoal necessário. quando potencial ou efetivamente poluidores ou
Art. 14. A Plenária será constituída nos termos do degradadores do meio ambiente;
artigo 8º desta lei e seus membros terão as seguintes IV - Exigir e aprovar, para instalação de obras e
atribuições: atividades potencialmente causadoras de significativa
I - Discutir e votar todas as matérias submetidas ao degradação ambiental, prévio licenciamento alicerçado
Conselho; em estudos de impacto ambiental e respectivo relatório,
II - Deliberar sobre propostas apresentadas por a que se dará publicidade;
qualquer de seus membros; V - Exigir daquele que utilizar ou explorar recursos
III - Dar apoio ao Presidente, no cumprimento de suas naturais a recuperação do meio ambiente degradado,
atribuições; de acordo com a solução técnica mais viável a ser
IV - Solicitar ao Presidente a convocação de reuniões aprovada pelo COMDEMA;
extraordinárias, na forma do Regimento Interno; VI - Exigir relatório técnico de auditoria ambiental para
V - Propor a inclusão de matérias na ordem do dia e, analisar a conveniência da continuidade de obras ou
justificadamente, a discussão prioritária de assuntos atividades, potencialmente poluidoras, já instaladas no
delas constantes; Município anteriormente às exigências desta lei, como
VI - Discutir as questões ambientais dentro das condição de validade da renovação dos seus Alvarás de
respectivas áreas de atuação da instituição que Localização e Funcionamento;
representa, especialmente aquelas que exijam a atuação VII - Promover o inventário, a avaliação, o controle e
integrada ou que se mostrem controvertidas; o monitoramento dos recursos naturais, construindo
VII - Sugerir o convite de profissionais de notório índices de capacidade suporte dos ecossistemas
conhecimento para subsidiar as resoluções do municipais;
Conselho; VIII - Manifestar-se, mediante estudos e pareceres
VIII- Apresentar indicações, na forma do Regimento técnicos sobre questões de interesse ambiental para
Interno; a população do Município, encaminhando em casos
XI - Deliberar sobre exclusão de membro titular de graves ocorrências ambientais, seus laudos ao
ou suplente que não comparecer a três reuniões Ministério Público;
consecutivas ou cinco alternadas, sem justificativas; IX - Informar a população sobre os níveis de poluição,
X - Propor a criação de Câmaras Técnicas ou Comissões a qualidade do meio ambiente, a presença de
Especiais.
substâncias potencialmente nocivas à saúde, no meio
Art. 15. As Câmaras Técnicas serão criadas pelo ambiente e nos alimentos, bem como resultados dos
Presidente e presididas por um dos Conselheiros, e
monitoramentos e auditorias;
terão a função de apreciar propostas apresentadas
X - Promover a educação ambiental nas escolas e nos
ao Conselho de acordo com o estabelecido em seu
meios de comunicação;
Regimento Interno.
Art. 16. As Comissões Especiais serão criadas pelo XI - Incentivar e executar a pesquisa, o desenvolvimento,
a difusão tecnológica e a capacitação técnica dos
216
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
quadros de pessoal da SEMAMA para a resolução de empreendidos nesta área contribuam relevantemente
problemas ambientais e promover a informação sobre para a consecução dos objetivos sócio econômicos e
estas questões, fomentando práticas de vigilância ecológicos fixados na PMMA;
ambiental pela sociedade; XXIX - Zelar pelo cumprimento da legislação ambiental
XII - Articular-se com órgãos federais, estaduais e dos três níveis de poder.
municipais e com organizações não governamentais
para a execução integrada de ações voltadas a proteção CAPÍTULO VI
do patrimônio ambiental, histórico, artístico, turístico, Dos Órgãos Seccionais
arquitetônico e arqueológico, e das áreas de preservação
permanente, em conformidade com a Legislação; Art. 22. As normas e diretrizes estabelecidas nesta
XIII - Coordenar a gestão do Fundo Municipal de lei ou dela decorrentes condicionam a elaboração de
Meio Ambiente - FMMA, nos aspectos técnicos, planos, programas e projetos, bem como, de ações
administrativos e financeiros segundo as diretrizes que de todos os órgãos da Administração Pública direta ou
vierem a ser fixadas pelo COMDEMA; indireta do Município de Assis Brasil.
XIV - Apoiar as organizações da sociedade civil que Art. 23. Os objetivos dos órgãos integrantes da
tenham a questão ambiental entre os seus objetivos, Administração direta ou indireta do Município deverão
promovendo o desenvolvimento de projetos relativos ao ser compatibilizados com aqueles estabelecidos pela
manejo dos recursos naturais, à educação ambiental e PMMA.
à fiscalização das atividades antrópicas; Art. 24. Os Órgãos Seccionais deverão:
XV - Definir, implantar e administrar espaços territoriais I - Ajustar seus Planos de Ação às diretrizes e
e seus componentes a serem especial-mente protegidos instrumentos da PMMA;
tais como Unidades de Conservação e Áreas de Proteção II - Atuar em articulação com a SEMAMA e o
às fontes e Mananciais, implementando zoneamentos e COMDEMA;
planos de manejo, observando possibilidades técnicas III - Promover a sistematização e intercâmbio de
e legais de gestão compartilhada destes espaços com informações de interesse ambiental para subsidiar a
a sociedade civil; implementação e permanente revisão da PMMA;
XVI - Preservar a diversidade e o patrimônio genético do IV - Compatibilizar planos, programas e projetos com
Município e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa as diretrizes estabelecidas pelo COMDEMA;
e manipulação de material genético; V - Auxiliar no controle e fiscalização do meio ambiente
XVII - Proteger e preservar a biodiversidade; relacionado com os respectivos campos de atuação;
XVIII - Promover periodicamente o inventário das VI - Garantir a promoção e difusão das informações de
espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, cuja interesse ambiental.
presença seja registrada no Município, estabelecendo
medidas e áreas para sua proteção; TÍTULO II
XIX - Promover em parceria com os órgãos estaduais, o Dos Instrumentos da PMMA
zoneamento ecológico econômico do Município;
XX - Fixar diretrizes ambientais para elaboração de Art. 25. São instrumentos de gestão da Política
projetos de parcelamento do solo urbano, com ênfase Municipal de Meio Ambiente:
para o percentual de áreas verdes e institucionais, bem I - O planejamento e a gestão ambiental;
como para a instalação de atividades e empreendimentos II - O estabelecimento de normas, padrões, critérios e
que possam causar impactos de vizinhança, tais como parâmetros de qualidade ambiental;
alterações e/ou complementações do sistema viário; III - A avaliação de impacto ambiental;
produção de ruídos e vibrações; poluição atmosférica; IV - O licenciamento ambiental;
volumosa geração de resíduos e elevada demanda V - O controle, a fiscalização, o monitoramento e a
de água; auditoria ambientais das atividades, processos e obras
XXI - Promover as medidas administrativas e requerer que causem ou possam causar impactos ambientais;
as judiciais cabíveis para coibir, punir e responsabilizar VI - A educação ambiental;
os agentes poluidores e degradadores do meio VII - Os mecanismos de estímulos e incentivos que
ambiente; promovam a recuperação, a preservação e a melhoria
XXII - Propor medidas para disciplinar a restrição à do meio ambiente;
participação em concorrências públicas e acesso aos VIII - O cadastro técnico de atividades potencialmente
benefícios fiscais e créditos oficiais às pessoas físicas e poluidoras e o sistema de informações ambientais;
jurídicas condenadas por atos de degradação ambiental, IX - O Fundo Municipal de Meio Ambiente - FMMA.
administrativa ou judicial;
XXIII - Apoiar iniciativas do Ministério Público na defesa CAPÍTULO I
do meio ambiente; Do Planejamento Ambiental
XXIV - Fiscalizar as atividades produtivas e comerciais
ou de prestação de serviços utilizadoras de recursos Art. 26. O Planejamento Ambiental é o instrumento da
naturais; Política Ambiental, que estabelece as diretrizes visando
XXV - Elaborar programas e projetos ambientais, e o desenvolvimento sustentável do Município e deve
promover gestões, articulando com órgãos e entidades observar os seguintes princípios:
I - O recorte territorial das microbacias hidrográficas
Leis e Decretos
XXVI - Instituir banco de dados informatizado, se II - A redução do uso dos recursos naturais, o
possível georeferenciado e interligado a outros de reaproveitamento e a reciclagem dos resíduos gerados
instituições congêneres, bem como sistema de difusão nos processos produtivos e ainda o uso econômico da
e troca de informações ambientais com órgãos nacionais floresta sob o regime do manejo sustentável;
e internacionais de defesa do meio ambiente. III - A indução e viabilização de processos gradativos de
XXVII - Firmar termos de cooperação técnica com mudança da forma de uso dos recursos naturais através
entidades nacionais e internacionais de pesquisa ou a de planos, programas e projetos;
IV - O inventário dos recursos naturais disponíveis em
outras atividades voltadas à proteção ambiental;
território municipal;
XXVIII - Integrar as ações relacionadas ao meio
Parágrafo único: O planejamento é um processo
ambiente, desenvolvidas por órgãos municipais ,
dinâmico, participativo, descentralizado e lastreado na
organizações não governamentais e empresas privadas
realidade sócio-econômica e ambiental.
de forma a evitar duplicidade e permitir que os esforços
Art. 27. O Planejamento Ambiental tem por
217
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
objetivos: SUB-SEÇÃO I
I - Produzir subsídios para a implementação de um Plano Dos Espaços Territoriais
de Ação Ambiental Integrado; Especialmente Protegidos
II - Recomendar ações visando o aproveitamento
sustentável dos recursos naturais; Art. 33. Incumbe à SEMAMA, a definição, criação,
III - Subsidiar a análise dos estudos de impacto implantação e controle de espaços territoriais a serem
ambiental; protegidos, sejam de domínio público ou privado,
IV - Fixar diretrizes para a orientação dos processos de definidos como Unidades de Conservação Ambiental.
alteração do meio ambiente; § 1º. As Áreas de Proteção às fontes e Mananciais de
V - Recomendar ações destinadas a articular e integrar uso comunitário, deverão ser demarcadas através de lei
as ações desenvolvidas pelos diferentes órgãos específica, mediante proposta da SEMAMA, ouvidas as
municipais, estaduais e federais; Secretarias de Obras e de Agricultura, considerando as
VI - Propiciar a participação da sociedade na sua ocupações e usos já existentes, para impor restrições
elaboração e aplicação;
aos usos mais intensivos e índices de ocupação máxima
VII - Definir estratégias de conservação, de exploração
para cada propriedade.
econômica auto-sustentável dos recursos naturais e de
§ 2º. Nas Áreas de Proteção aos Mananciais não será
controle das ações antrópicas.
permitida a instalação de novas indústrias, devendo
Art. 28. O Planejamento Ambiental tem como etapas
as já existentes ser estimuladas a transferir-se para
básicas:
I - A elaboração do diagnóstico ambiental considerando: outros locais.
a) as condições dos recursos ambientais e da qualidade § 3º. A recuperação das faixas de mata ciliar e a
ambiental, as fontes poluidoras, o uso e a ocupação do despoluição e descontaminação dos corpos hídricos,
solo no território do Município de Assis Brasil; deve ser objeto de programa prioritário a ser elaborado
b) as características locais e regionais de desenvolvimento e coordenado pela SEMAMA.
sócio-econômico; § 4º. O COMDEMA manifestar-se-á sobre a definição,
c) o grau de degradação dos recursos naturais; implantação criação e controle das Unidades de
II - A definição das metas anuais e plurianuais a Conservação, que poderão ser criadas por Decreto, bem
serem atingidas para a qualidade da água, do ar, do como das Áreas de Proteção aos Mananciais, devendo
parcelamento, uso e ocupação do solo e da cobertura considerar a possibilidade de construir parcerias com
vegetal; a iniciativa privada, organizações não governamentais,
III - A determinação de índices da capacidade de suporte universidades e instituições de pesquisa para a gestão
dos ecossistemas, bem como o grau de saturação das compartilhada destas áreas, bem como a parceria com
zonas urbanas, indicando limites de absorção dos os demais municípios do Vale do Alto Acre e com o
impactos provocados pelas atividades produtivas e de comitê de Fronteira.
obras de infra-estrutura. § 5º. - As áreas de cinturão verde do Município, mesmo
as destinadas aos pólos agro-florestais, deverão ter sua
SEÇÃO I destinação inalterada, proibindo-se qualquer alteração
Do Zoneamento Ecológico - Econômico de sua vocação ainda que venham a ser tituladas e
emancipadas.
Art. 29. O Zoneamento Ecológico - Econômico é o Art. 34. São Unidades de Conservação Municipais:
instrumento legal que ordena a ocupação do espaço I - Reserva Biológica - com a finalidade de preservar
no território do Município, segundo suas características ecossistemas naturais;
ecológicas e econômicas; II - Áreas de Relevante Interesse Ecológico que abrigam
Art. 30. O Zoneamento Ecológico - Econômico tem exemplares raros da biota, exigindo cuidados especiais
como objetivo principal orientar o desenvolvimento de proteção por parte do poder público;
sustentável, através da definição de zonas ambientais III - Parques Municipais, conciliando a proteção
classificadas de acordo com suas características físico- ambiental com atividades de pesquisa científica e
bióticas, considerando-se as atividades antrópicas sobre paisagística, educação ambiental e visitação para lazer
elas exercidas. e turismo;
Art. 31. O Zoneamento Ecológico Econômico, a ser IV - Estações Ecológicas - áreas de valor ecológico
estabelecido por lei, deverá considerar: destinadas a pesquisas científicas;
a) a ocupação dos espaços com suas características; V - Áreas de Proteção Ambiental - APA’s- destinadas a
b) o potencial sócio econômico e os recursos naturais compatibilizar a exploração dos recursos naturais com
do Município; sua conservação e preservação;
c) a preservação e ampliação das áreas verdes e espaços VI - Áreas de Interesse Especial - AIE’s- destinam-se às
a serem protegidos; atividades de turismo ecológico e educação ambiental
d) a destinação final de resíduos sólidos; podendo também compreender áreas de domínio
e) as áreas degradadas por processos de ocupação público e privado;
urbana e rural e pela erosão; VII - Monumentos Naturais - destinados a preservar
f) as atividades de mineração destinadas à construção ambientes naturais em razão de suas características
civil tais como areias, argilas, brita e outros. especiais e espécies únicas de fauna e flora, possibilitando
g) as áreas destinadas aos pólos agro-florestais. atividades educacionais de interpretação da natureza,
Art. 32. É finalidade do Zoneamento Ambiental: pesquisa e turismo.
I - indicar formas de ocupação, tipos de usos e restringir § 1º. Fica o Poder Executivo autorizado a criar Unidades
ou favorecer determinadas atividades; de Conservação de acordo com as necessidades de
II - elaborar propostas de planos de ação para proteger e preservação e conservação das áreas do Município.
melhorar a qualidade do meio ambiente e para o manejo § 2º. O Poder Público Municipal, poderá instituir
dos espaços territoriais especialmente protegidos. tabela de redução, descontos ou isenção do IPTU para
Parágrafo único. O Zoneamento deverá contemplar incentivar a criação de áreas de preservação ambiental
as diretrizes gerais para elaboração do Plano Diretor ou outros incentivos para os que assumirem tarefas
de Drenagem e Esgotamento Sanitário, do Plano ambientais consideradas relevantes pela SEMAMA.
Diretor de Contenção, Estabilização e Proteção de
Encostas Sujeitas a Erosão e Deslizamento; do Plano CAPÍTULO II
de Arborização Urbana e ao Ordenamento do Sistema Do Licenciamento
Viário considerando os vetores de expansão da área
urbana, entre outros. Art. 35. Dependem de licença ambiental municipal,
218
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
expedida pela SEMAMA, com ciência ao COMDEMA, V - lavrar termo de interdição ou de embargo na
quaisquer empreendimentos, públicos ou privados, execução da penalidade.
em que o Poder Executivo Municipal entenda existir
potencial de impacto ambiental. CAPÍTULO III
Art. 36. O processo de licenciamento ambiental será Da Notificação Preliminar e da Aplicação
iniciado com a entrega pelo interessado, à SEMAMA de de Pena de Multa
requerimento para licenciamento ambiental previamente
instruído com a caracterização do empreendimento e o Art. 43. Verificando-se condutas ou atividades lesivas
Relatório Ambiental Preliminar. ao meio ambiente, o agente fiscal deverá, inicialmente,
Art. 37. Ressalvado o sigilo industrial, os pedidos de expedir contra o infrator notificação preliminar para
licenciamento, em qualquer das suas modalidades, sua que, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, regularize
renovação e a respectiva concessão de licença serão a situação.
objeto de publicação resumida, paga pelo interessado, § 1º. A notificação preliminar, bem como a aplicação de
nos meios de comunicação locais, que dêem ciência multa, será feita em formulário próprio, com o “ciente”
a todos os interessados, do início do processo de e cópia ao infrator.
licenciamento ambiental, conforme modelo a ser § 2º. Recusando-se o notificado a dar “ciente”, será
aprovado pelo COMDEMA. tal recusa declarada na notificação preliminar ou na
Art. 38. A SEMAMA solicitará quando entender multa pela autoridade que a lavrar, com o testemunho
necessário ou em virtude de obrigação legal, a de duas pessoas.
realização de EPIA/RIMA (Estudo Prévio de Impacto Art. 44. Esgotado o prazo estipulado na notificação
Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental), para preliminar, sem que o infrator tenha regularizado
decidir sobre o licenciamento ambiental das atividades a situação perante a SEMAMA, lavrar-se-á multa
potencialmente degradadoras do meio ambiente. correspondente.
Parágrafo único. Para efeito de enquadramento Art. 45. Para a aplicação da pena de multa, as infrações
definitivo, a regulamentação da presente lei deverá em matéria ambiental são classificadas em:
listar as atividades acima referenciadas, tipificando-as I - leves - as eventuais ou as que não apresentem risco
em função de seu potencial poluidor e porte. Até que ou dano à saúde, à flora, à fauna, nem provoquem
seja promulgada a referida regulamentação caberá à alterações sensíveis ao meio ambiente;
SEMAMA, observada a legislação ambiental em vigor, II - graves - as que prejudiquem a saúde, a segu-rança
decidir para estas atividades sobre a exigência de e o bem estar ou causem danos relevantes à fauna, à
EPIA/RIMA. flora e a outros recursos naturais;
Art. 39. A Licença Ambiental Municipal é dividida em III - gravíssimas - as que provoquem danos ao meio
três categorias: ambiente e iminente risco à vida humana, à flora, à
I - Licença Prévia (LP), contendo requisitos básicos fauna e a outros recursos naturais.
a serem atendidos nas fases de locação, instalação e Art. 46. O valor das multas será aplicado em salários
operação, observados os planos municipais, estaduais mínimos e de acordo com a gravidade da infração,
ou federais de uso do solo; sendo:
II - Licença de Instalação (LI), autorizando o início I - leves - Multa de 1/2 (meio) a 10 (dez) salários
da implantação, de acordo com as especificações mínimos;
constantes do Projeto Executivo aprovado;e II - graves - Multa de 10,1 (um salário e um décimo) a
III - Licença de Operação (LO), autorizando o início da 25 (vinte e cinco) salários;
atividade licenciada e o seu funcionamento, de acordo
III - gravíssima - Multa de 25,1 (vinte e cinco salários e
com o previsto nas licenças prévia e de instalação.
um décimo) a 90 (noventa) salários mínimos.
§ 1º. As licenças ambientais expedidas pela SEMAMA
§ 1º. Ao quantificar a pena, a autoridade administrativa
terão o prazo máximo de validade de 03 anos e serão
fixará, primeiro, a pena base, elevando-a, em caso
renováveis, devendo ser submetidas a processo de
de existirem agravantes e reduzindo-a existindo
reavaliação e revalidação com antecedência mínima de
circunstâncias atenuantes.
120 dias da expiração do prazo de sua validade.
§ 2º. Poderão ser estipuladas multas com valores
§ 2º. Salvo necessidade de complementação das
diários, enquanto persistirem os problemas.
informações, a SEMAMA terá o prazo máximo de 90
dias para emissão das respectivas licenças. Art. 47. São circunstâncias atenuantes:
§ 3º. As licenças ambientais municipais não suprimem as I - ser o agente primário;
demais licenças exigidas por outros órgãos públicos. II - ter procurado, de algum modo, evitar ou atenuar
§ 4º. Os custos referentes às etapas de vistorias e análise efetivamente as conseqüências do ato ou dano;
dos EPIA/RIMA’s, para fins de licenciamento ambiental III - ter bons antecedentes em matéria ambiental.
das atividades relacionadas nos artigos anteriores, será Art. 48. São circunstâncias agravantes:
correspondente ao tipo de licença requerido; ao porte do I - ser reincidente em matéria ambiental;
empreendimento e ao seu potencial poluidor, segundo II - prestar informações falsas ou alterar dados
valores a serem regulamentados por decreto. técnicos;
Art. 40. O licenciamento ambiental de empre- III - dificultar ou impedir a ação fiscalizadora;
endimentos públicos revestidos de notado interesse IV - deixar de comunicar, imediatamente, a ocor-rência
Leis e Decretos
social e/ou utilidade pública terão preferência a quaisquer de acidentes que ponham em risco o meio ambiente.
Art. 49. O valor da multa será reduzido em 30% (trinta
Municipais
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
projetos intersetoriais, regionais, locais, e específicos direção serão estabelecidas em Regimento Interno.
de desenvolvimento do Município; Art. 13. O Município de Brasiléia, através da
IV - aprovar por meio de resoluções as normas, SEMADEMA prestará ao COMDEMA o necessário suporte
critérios, parâmetros, padrões e índices de qualidade técnico - administrativo e financeiro, sem prejuízo
ambiental, bem como métodos para o uso dos recursos da colaboração dos demais órgãos e entidades nele
ambientais do Município, observadas as legislações representados.
estadual e federal;
V - conhecer os processos de licenciamento ambiental CAPÍTULO V
do Município estabelecendo, se entender conveniente, Do Órgão Central - SEMADEMA
exigências e recomendações;
VI - apreciar e aprovar , quando solicitado pela Art. 14. A SEMADEMA, além de suas atribuições
SEMADEMA, Termo de Referência para elaboração já estabelecidas em lei, passará a ter as seguintes
de Estudo Prévio de Impacto Ambiental e Relatório competências:
de Impacto Ambiental (EPIA/RIMA) ou de estudos I - Elaborar e executar estudos e projetos para subsidiar
ambientais específicos; a PMMA - Política Municipal de Meio Ambiente, e para
VII - apreciar e aprovar, quando solicitado, os estudos a implementação e revisão das normas, padrões e
prévios de impacto ambiental que vierem a ser critérios de uso dos recursos naturais a serem baixados
apresentados no processo de licenciamento, decidindo pelo COMDEMA;
sobre a convocação de audiência pública; II - Elaborar, anualmente, o Plano de Ação Ambiental
VIII - propor ou opinar sobre projetos de leis de Integrado do Município e a respectiva proposta
relevância ambiental ou que tenham por objeto a orçamentária;
ocupação do solo e o uso dos recursos naturais do III - Exercer o controle, a fiscalização e o monitoramento
Município; das atividades produtivas e dos prestadores de serviços,
IX - estabelecer critérios básicos e fundamentados para quando potencial ou efetivamente poluidores ou
a elaboração do zoneamento ecológico econômico do degradadores do meio ambiente;
Município; IV - Exigir e aprovar, para instalação de obras e
X - propor e colaborar na definição e implantação atividades potencialmente causadoras de significativa
de espaços territoriais e seus componentes a serem degradação ambiental, prévio licenciamento alicerçado
especialmente protegidos; em estudos de impacto ambiental e respectivo relatório,
XI - propor e colaborar na execução de atividades a que se dará publicidade;
voltadas à educação ambiental bem como de campanhas V - Exigir daquele que utilizar ou explorar recursos
voltadas à conscientização dos principais problemas naturais a recuperação do meio ambiente degradado,
ambientais do município; de acordo com a solução técnica mais viável a ser
XII - manter intercâmbio com entidades públicas aprovada pelo COMDEMA;
e privadas, nacionais e internacionais, dedicadas à VI - Exigir relatório técnico de auditoria ambiental para
pesquisa ou a outras atividades que visem a defesa e analisar a conveniência da continuidade de obras ou
manutenção do meio ambiente; atividades, potencialmente poluidoras, já instaladas no
XIII - regulamentar as diretrizes de gestão do FMMA - Município anteriormente às exigências desta lei, como
Fundo Municipal de Meio Ambiente fixadas nesta lei e condição de validade da renovação dos seus Alvarás de
apreciar sua aplicação e prestação de contas bem como Localização e Funcionamento;
relatório de atividades; VII - Promover o inventário, a avaliação, o controle e
XIV - decidir, em última instância administrativa sobre o monitoramento dos recursos naturais, construindo
recursos relacionados a atos e penalidades aplicadas índices de capacidade suporte dos ecossistemas
pela SEMADEMA; municipais;
XV - elaborar seu Regimento Interno. VIII - Manifestar-se, mediante estudos e pareceres
Art. 8º - COMDEMA será presidido pelo Secretário técnicos sobre questões de interesse ambiental para
Municipal de Meio Ambiente e terá composição paritária a população do Município, encaminhando em casos
entre membros do Poder Público e da sociedade civil de graves ocorrências ambientais, seus laudos ao
organizada, conforme lei específica. Ministério Público;
§ 1º - Os representantes dos órgãos da Administração IX - Informar a população sobre os níveis de poluição,
Municipal, bem como seus respectivos suplentes, a qualidade do meio ambiente, a presença de
serão designados pelo Prefeito, mediante indicação dos substâncias potencialmente nocivas à saúde, no meio
Secretários Municipais. ambiente e nos alimentos, bem como resultados dos
§ 2º - Os representantes das entidades e organizações monitoramentos e auditorias;
não governamentais e da esfera estadual e federal X - Promover a educação ambiental nas escolas e nos
e seus respectivos suplentes, serão designados pelo meios de comunicação;
Prefeito, mediante indicação dos órgãos ou entidades XI - Incentivar e executar a pesquisa, o desen-
ali mencionados. volvimento, a difusão tecnológica e a capacitação técnica
Art. 9º - As funções de membro do Conselho serão dos quadros de pessoal da SEMADEMA para a resolução
exercidas pelo prazo de 02 (dois) anos, permitida a de problemas ambientais e promover a informação
Leis e Decretos
recondução a critério do COMDEMA, sendo comunicada sobre estas questões, fomentando práticas de vigilância
a decisão à entidade de origem. ambiental pela sociedade;
Municipais
Art. 10. As funções de membro do Conselho não serão XII - Articular-se com órgãos federais, estaduais e
remuneradas, sendo, consideradas como de relevante municipais e com organizações não governamentais
interesse público. para a execução integrada de ações voltadas a proteção
Art. 11. O Conselho terá a seguinte direção: do patrimônio ambiental, histórico, artístico, turístico,
Presidência que será do Secretário Municipal de Meio arquitetônico e arqueológico, e das áreas de preservação
Ambiente; permanente, em conformidade com a Legislação;
Vice-presidência e secretaria eleita entre os membros XIII - Coordenar a gestão do Fundo Municipal de
do Conselho; Meio Ambiente - FMMA, nos aspectos técnicos,
Plenária composta pela maioria de seus membros; administrativos e financeiros segundo as diretrizes que
Câmaras Técnicas; e vierem a ser fixadas pelo COMDEMA;
Comissões Especiais. XIV - Apoiar as organizações da sociedade civil que
tenham a questão ambiental entre os seus objetivos,
Art. 12. As atribuições e competências dos membros da
223
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
promovendo o desenvolvimento de projetos relativos ao planos, programas e projetos, bem como, de ações
manejo dos recursos naturais, à educação ambiental e de todos os órgãos da Administração Pública direta ou
à fiscalização das atividades antrópicas; indireta do Município de Brasiléia.
XV - Definir, implantar e administrar espaços ter-ritoriais Art. 16. Os objetivos dos órgãos integrantes da
e seus componentes a serem especialmente protegidos Administração direta ou indireta do Município deverão
tais como Unidades de Conservação e Áreas de Proteção ser compatibilizados com aqueles estabelecidos pela
às fontes e Mananciais, implementando zoneamentos e PMMA.
planos de manejo, observando possibilidades técnicas Art. 17. Os Órgãos Seccionais deverão:
e legais de gestão compartilhada destes espaços com I - Ajustar seus Planos de Ação às diretrizes e
a sociedade civil; instrumentos da PMMA, estabelecidos nesta lei;
XVI - Preservar a diversidade e o patrimônio genético do II - Atuar em articulação com a SEMADEMA e o
Município e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa COMDEMA;
e manipulação de material genético; III - Promover a sistematização e intercâmbio de
XVII - Proteger e preservar a biodiversidade; informações de interesse ambiental para subsidiar a
XVIII - Promover periodicamente o inventário das implementação e permanente revisão da PMMA;
espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, cuja IV - Compatibilizar e articular planos, programas
presença seja registrada no Município, estabelecendo e projetos com as diretrizes estabelecidas pelo
medidas e áreas para sua proteção; COMDEMA;
XIX - Promover em parceria com os órgãos estaduais, o V - Auxiliar no controle e fiscalização do meio ambiente
zoneamento ecológico econômico do Município; relacionado com os respectivos campos de atuação;
XX - Fixar diretrizes ambientais para elaboração de VI - Garantir a promoção e difusão das informações de
projetos de parcelamento do solo urbano, com ênfase interesse ambiental.
para o percentual de áreas verdes e institucionais, bem
como para a instalação de atividades e empreendimentos TÍTULO II
que possam causar impactos de vizinhança, tais como Dos Instrumentos da PMMA
alterações e/ou complementações do sistema viário;
produção de ruídos e vibrações; poluição atmosférica; Art. 18. São instrumentos de gestão da Política
volumosa geração de resíduos; e elevada demanda Municipal de Meio Ambiente:
de água; I - O planejamento e a gestão ambiental;
XXI - Promover as medidas administrativas e requerer II - O estabelecimento de normas, padrões, critérios e
parâmetros de qualidade ambiental;
as judiciais cabíveis para coibir, punir e responsabilizar
III - A avaliação de impacto ambiental;
os agentes poluidores e degradadores do meio
IV - O licenciamento ambiental;
ambiente;
V - O controle, a fiscalização, o monitoramento e a
XXII - Propor medidas para disciplinar a restrição à
auditoria ambientais das atividades, processos e obras
participação em concorrências públicas e acesso aos
que causem ou possam causar impactos ambientais;
benefícios fiscais e créditos oficiais às pessoas físicas e
VI - A educação ambiental;
jurídicas condenadas por atos de degradação ambiental,
VII - Os mecanismos de estímulos e incentivos que
administrativa ou judicial;
promovam a recuperação, a preservação e a melhoria
XXIII - Apoiar iniciativas do Ministério Público na defesa
do meio ambiente;
do meio ambiente;
VIII - O cadastro técnico de atividades potencialmente
XXIV - Fiscalizar as atividades produtivas e comerciais
poluidoras e o sistema de informações ambientais;
ou de prestação de serviços utilizadoras de recursos
IX - O Fundo Municipal de Meio Ambiente - FMMA.
naturais;
XXV - Elaborar programas e projetos ambientais, e
CAPÍTULO I
promover gestões, articulando com órgãos e entidades
Do Planejamento Ambiental
nacionais e internacionais para viabilizar os recursos
financeiros necessários à sua implementação;
XXVI - Instituir banco de dados informatizado, se Art. 19. O Planejamento Ambiental é o instrumento da
possível georeferenciado e interligado a outros de Política Ambiental, que estabelece as diretrizes visando
instituições congêneres, bem como sistema de difusão o desenvolvimento sustentável do Município e deve
e troca de informações ambientais com órgãos nacionais observar os seguintes princípios:
e internacionais de defesa do meio ambiente; I - A definição territorial das microbacias hidrográficas
XXVII - Firmar termos de cooperação técnica com como unidades básicas de planejamento;
entidades nacionais e internacionais de pesquisa ou a II - A redução do uso dos recursos naturais, o
outras atividades voltadas à proteção ambiental; reaproveitamento e a reciclagem dos resíduos gerados
XXVIII - Integrar as ações relacionadas ao meio nos processos produtivos e ainda o uso econômico da
ambiente, desenvolvidas por órgãos municipais, floresta sob o regime do manejo sustentável;
organizações não governamentais e empresas privadas III - A indução e viabilização de processos gradativos de
de forma a evitar duplicidade e permitir que os esforços mudança da forma de uso dos recursos naturais através
empreendidos nesta área contribuam relevantemente de planos, programas e projetos;
para a consecução dos objetivos sócio-econômicos e IV - O inventário dos recursos naturais disponíveis em
ecológicos fixados na PMMA; território municipal.
XXIX - Conveniar com o Governo do Estado, através do Parágrafo único. O planejamento é um processo
Instituto de Defesa Agro-florestal - IDAF, para fornecer dinâmico, participativo, descentralizado e lastreado na
atestado de sanidade de mudas e sementes e demais realidade sócio-econômica e ambiental.
produtos florestais, no caso da ausência do órgão Art. 20. O Planejamento Ambiental tem por
estadual no município; objetivos:
XXX - Zelar pelo cumprimento da legislação ambiental I - Produzir subsídios para a implementação de um Plano
dos três níveis de poder. de Ação Ambiental Integrado;
II - Recomendar ações visando o aproveitamento
CAPÍTULO VI sustentável dos recursos naturais;
Dos Órgãos Seccionais III - Subsidiar a análise dos estudos de impacto
ambiental;
Art. 15. As normas e diretrizes estabelecidas nesta IV - Fixar diretrizes para a orientação dos processos de
lei ou dela decorrentes condicionam a elaboração de alteração do meio ambiente;
224
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
V - Recomendar ações destinadas a articular e integrar protegidos, sejam de domínio público ou privado,
as ações desenvolvidas pelos diferentes órgãos definidos como Unidades de Conservação Ambiental.
municipais, estaduais e federais; § 1º. As Áreas de Proteção às fontes e Mananciais de
VI - Propiciar a participação da sociedade na sua uso comunitário, deverão ser demarcadas através de
elaboração e aplicação; lei específica, mediante proposta da SEMEIA, ouvidas
VII - Definir estratégias de conservação, de exploração as Secretarias de Obras e Produção e Abastecimento,
econômica auto-sustentável dos recursos naturais e de considerando as ocupações e usos já existentes, para
controle das ações antrópicas. impor restrições aos usos mais intensivos e índices de
Art. 21. O Planejamento Ambiental tem como etapas ocupação máxima para cada propriedade.
básicas: § 2º. Nas Áreas de Proteção aos Mananciais não será
I - A elaboração do diagnóstico ambiental considerando: permitida a instalação de novas indústrias, devendo
a) as condições dos recursos ambientais e da qualidade as já existentes ser estimuladas a transferir-se para
ambiental, as fontes poluidoras, o uso e a ocupação do outros locais.
solo no território do Município de Brasiléia; § 3º. A recuperação das faixas de mata ciliar e a
b)as características locais e regionais de desenvolvimento despoluição e descontaminação dos corpos hídricos,
sócio-econômico; deve ser objeto de programa prioritário a ser elaborado
c) o grau de degradação dos recursos naturais; e coordenado pela SEMEIA.
II - A definição das metas anuais e plurianuais a § 4º. O COMDEMA manifestar-se-á sobre a definição,
serem atingidas para a qualidade da água, do ar, do implantação criação e controle das Unidades de
parcelamento, uso e ocupação do solo e da cobertura Conservação, que poderão ser criadas por Decreto, bem
vegetal; como das Áreas de Proteção aos Mananciais, devendo
III - A determinação de índices da capacidade de suporte considerar a possibilidade de construir parcerias com
dos ecossistemas, bem como o grau de saturação das a iniciativa privada, organizações não governamentais,
zonas urbanas, indicando limites de absorção dos universidades e instituições de pesquisa para a gestão
impactos provocados pelas atividades produtivas e de compartilhada destas áreas, bem como a parceria com
obras de infra-estrutura. os demais municípios do Vale do Alto Acre.
§ 5º. As áreas de cinturão verde do Município, mesmo
SEÇÃO I as destinadas aos pólos agro-florestais, deverão ter sua
Do Zoneamento Ecológico - Econômico destinação inalterada, proibindo-se qualquer alteração
de sua vocação ainda que venham a ser tituladas e
Art. 22. O Zoneamento Ecológico - Econômico é o emancipadas.
instrumento legal que ordena a ocupação do espaço Art. 27. São Unidades de Conservação Municipais:
no território do Município, segundo suas características I - Reserva Biológica - com a finalidade de preservar
ecológicas e econômicas; ecossistemas naturais;
Art. 23. O Zoneamento Ecológico - Econômico tem II - Áreas de Relevante Interesse Ecológico que abrigam
como objetivo principal orientar o desenvolvimento exemplares raros da biota, exigindo cuidados especiais
sustentável, através da definição de zonas ambientais de proteção por parte do poder público;
classificadas de acordo com suas características físico- III - Parques Municipais, conciliando a proteção
bióticas, considerando-se as atividades antrópicas sobre ambiental com atividades de pesquisa científica e
elas exercidas. paisagística, educação ambiental e visitação para lazer
e turismo;
Art. 24. O Zoneamento Ecológico Econômico, a ser
IV - Estações Ecológicas - áreas de valor ecológico
estabelecido por lei, deverá considerar:
destinadas a pesquisas científicas;
a) a ocupação dos espaços com suas características;
V - Áreas de Proteção Ambiental - APA’s - destinadas a
b) o potencial sócio econômico e os recursos naturais
compatibilizar a exploração dos recursos naturais com
do Município;
sua conservação e preservação;
c) a preservação e ampliação das áreas verdes e espaços
VI - Áreas de Interesse Especial - AIE’s - destinam-se às
a serem protegidos;
atividades de turismo ecológico e educação ambiental
d) a destinação final de resíduos sólidos;
podendo também compreender áreas de domínio
e) as áreas degradadas por processos de ocupação
público e privado;
urbana e erosão;
VII - Monumentos Naturais - destinados a preservar
f) as atividades de mineração destinadas à construção
ambientes naturais em razão de suas características
civil tais como areias, argilas, brita e outros;
especiais e espécies únicas de fauna e flora, possibilitando
g) as áreas destinadas aos pólos agro-florestais.
atividades educacionais de interpretação da natureza,
Art. 25. É finalidade do Zoneamento Ambiental: pesquisa e turismo.
I - indicar formas de ocupação, tipos de usos e restringir § 1º. Fica o Poder Executivo autorizado a criar Unidades
ou favorecer determinadas atividades; de Conservação de acordo com as necessidades de
II - elaborar propostas de planos de ação para proteger e preservação e conservação das áreas do Município.
melhorar a qualidade do meio ambiente e para o manejo § 2º. O Poder Público Municipal, poderá instituir
dos espaços territoriais especialmente protegidos. tabela de redução, descontos ou isenção do IPTU para
Parágrafo único - O Zoneamento deverá contemplar
Leis e Decretos
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
§ 3º. As multas de que trata este capítulo poderão ser garantir a implantação de programas de educação
convertidas em prestação de serviços à comunidade ou ambiental, assegurando o caráter interinstitucional e
em serviços de recuperação do dano causado ao meio multidisciplinar das ações envolvidas.
ambiente, a critério do Secretário Municipal de Meio Art. 51. A Educação Ambiental será promovida para
Ambiente, com o aval do COMDEMA. toda a comunidade e em especial:
§ 4º. Dentro de 60 dias o Poder Executivo regulamentará I - Na rede municipal de ensino, em todas as áreas
a aplicação das disposições deste capítulo. de conhecimento e no decorrer de todo o processo
educativo devendo conformar com os currículos e
CAPÍTULO IV programas elaborados pela Secretaria Municipal da
Do Fundo Municipal de Meio Ambiente Educação;
II - Em parceria com a rede Estadual de Ensino, em
Art. 46. Fica criado o Fundo Municipal de Meio articulação com a Secretaria de Estado da Educação
Ambiente - FMMA - vinculado ao orçamento da e Cultura;
SEMADEMA com o objetivo de concentrar recursos para III - Em apoio às atividades da rede particular através
o financiamento de projetos de interesse ambiental de parcerias;
que visem: IV - Para outros segmentos da sociedade civil
I - a promover a conservação do meio ambiente; organizada, em especial aqueles que possam atuar
II - ao uso racional e sustentável de recursos como agentes multiplicadores;
naturais; V - Junto às entidades e associações ambientalistas;
III - à manutenção, melhoria e recuperação da qualidade VI - Junto a moradores de áreas contíguas às bacias
ambiental; hidrográficas;
IV - à promoção de Educação Ambiental em todos os VII - Junto aos Municípios vizinhos, membros do
seus níveis; CONDIAC e com o vizinho País da Bolívia.
V - à reparação de danos causados ao meio § 1º. Fica estabelecido o prazo de 60 dias a contar
ambiente; da publicação da presente lei para que o Executivo
VI - manutenção e consolidação de áreas verdes Municipal crie Grupo Conjunto de Trabalho entre a
municipais; SEMADEMA e a Secretaria Municipal de Educação com o
VII - zoneamentos e mapeamento das fontes de objetivo de indicar as ações que deverão ser executados
poluição; para iniciar o processo de adequação dos currículos e
VIII - reflorestamento das áreas de preservação programas escolares referido no inciso I.
permanente;
IX - fomento à agricultura orgânica; TÍTULO III
X- o reforço das ações de fiscalização e monitoramento; Do Uso e Proteção dos Recursos Naturais
XI - planos de manejo sustentável dos recursos
naturais. CAPÍTULO I
Art. 47. Constituem receitas do Fundo Municipal de Do Solo
Meio Ambiente:
I - Arrecadação de multas e taxas previstos em leis e Art. 52. O solo e o subsolo somente serão utilizados
para destinação final de substâncias degradáveis ou
regulamentos;
não degradáveis de qualquer natureza, com autorização
II - Contribuições, subvenções e auxílios da UNIÃO,
concedida pela SEMADEMA, após análise e aprovação
do Estado e do próprio Município e de suas respectivas
do projeto apresentado.
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia
mista e fundações;
Art. 53. O Plano Diretor e o Zoneamento Ambiental
definirão as áreas propícias para o tratamento e
III - As arrecadações resultantes de consórcios,
disposição final dos resíduos sólidos no território
convênios, contratos, e acordos específicos celebrados
municipal.
entre o Município e instituições públicas ou privadas,
Art. 54. O Município através da SEMADEMA exercerá
nacionais ou internacionais cuja execução seja de
o controle e a fiscalização das atividades de destinação
competência da SEMADEMA, observadas as obrigações
final de resíduos e de modo especial de produtos
contidas nos respectivos instrumentos; agrotóxicos e outros biocidas, bem como de suas
IV - As contribuições resultantes de doações de pessoas embalagens.
físicas e jurídicas ou de organismos públicos ou privados, § 1º. As empresas que comercializam e fazem uso
nacionais ou internacionais; de agrotóxicos e defensivos químicos no território do
V - Rendimentos de qualquer natureza que venha a Município, deverão estar cadastradas na SEMADEMA
auferir como remuneração decorrente de aplicação de e terão suas atividades constantemente fiscalizadas
seu patrimônio; pela mesma.
VI - Outros rendimentos que por sua natureza possam § 2º. As áreas rurais destinadas às atividades agro-
ser destinados ao FMMA. pecuárias utilizadoras de defensivos e biocidas serão
Parágrafo único. A SEMADEMA sempre que solicitada objeto de fiscalização conjunta entre a SEMADEMA e
deverá dar ciência ao COMDEMA das receitas destinadas a SEMAG.
ao FMMA e à sua destinação final. Art. 55. As atividades de mineração que venham
Art. 48. A gestão do FMMA será realizada pelo a se instalar no Município, estarão sujeitas ao
Leis e Decretos
227
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
ambiental. CAPIXABA
Parágrafo único. A SEMADEMA acompanhará, orientará
e fiscalizará a construção de açudes no território do
município, a fim de minimizar os impactos ao solo, às LEI Nº 188, DE 07 DE ABRIL DE 2005
suas margens e garantir que suas barragens sejam
construídas da maneira mais segura possível. “INSTITUI A POLITICA MUNICIPAL DE MEIO
AMBIENTE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS”
CAPÍTULO II O Prefeito do Município de Capixaba, Estado do Acre,
Das Águas no uso de suas atribuições,
Faço saber a todos os habitantes deste Município que
Art. 57. O Município através da SEMADEMA deverá a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo
fiscalizar e controlar a implantação e operação dos a seguinte Lei.
empreendimentos e atividades que apresentem riscos
às águas superficiais e subterrâneas.
TÍTULO I
Art. 58. É proibido o lançamento de efluentes em vias
Da Política Municipal de Meio Ambiente
e logradouros públicos, galerias de águas pluviais, valas
precárias ou em córregos intermitentes.
CAPITULO I
Art. 59. Em situação emergencial o Município poderá
limitar ou proibir, pelo tempo mínimo necessário, o uso Dos Princípios Fundamentais
das águas em determinadas regiões e/ou o lançamento
de efluentes, ainda que devidamente tratados, nos Art. 1º Esta Lei, fundamentada na legislação federal
corpos d’água afetados. e estadual e na Lei Orgânica do Município de Capixaba,
Art. 60. O poder Municipal através da SEMADEMA institui a PMMA - Política Municipal de Meio Ambiente,
deverá adotar medidas visando a proteção e o uso regula a ação de preservação, conservação, defesa,
adequado das águas superficiais, através de parâmetros melhoria, recuperação, uso sustentado dos recursos
para a execução de obras e/ ou instalação de atividades naturais e controle do meio ambiente ecologicamente
nas margens dos rios, igarapés, lagos, represas, equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à
mananciais e galerias. sadia qualidade de vida.
Art. 2º A Política Municipal de Meio Ambiente de
CAPÍTULO III Capixaba tem como objetivo, respeitadas as compe-
Disposições Gerais tências da União e do Estado, manter o meio ambiente
equilibrado, buscando orientar o desenvolvimento
Art. 61. Fica o Prefeito Municipal autorizado a socioeconômico em bases sustentáveis, orientando-se
determinar medidas de emergência a serem especificadas pelos seguintes princípios:
em regulamento, a fim de evitar episódios críticos de I. o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente
poluição ou impedir sua continuidade em caso grave ou de equilibrado e a obrigação de defendê-lo e preservá-lo
iminente risco para a população ou recursos ambientais.
para as gerações presentes e futuras;
Parágrafo único. Para a execução das medidas de
II. o planejamento e a fiscalização do uso dos recursos
emergência de que trata este artigo, poderá ser
naturais;
reduzida ou suspensa, durante o período crítico,
III. a gestão do meio ambiente com a participação
qualquer atividade em área atingida pela ocorrência,
efetiva da sociedade nos processos de tomada de
respeitadas as competências dos Poderes Público
Federal e Estadual. decisões sobre o uso dos recursos naturais e nas ações
Art. 62. A poluição sonora proveniente de casas de de controle e defesa ambiental;
shows, boates, carros de som e outros será devidamente IV. a articulação e integração com as demais políticas
controlada pela SEMADEMA, através de acordos com setoriais e com as políticas federal e estadual de meio
os seus proprietários, quando legalmente autorizadas ambiente; bem como, com as dos Municípios contíguos,
a funcionar, a partir de parâmetros estabelecidos pela através do CONDIAC, para solução de problemas
legislação federal ou, quando não autorizadas, serão comuns;
advertidos e/ou autuados na forma desta lei. V. a multidisciplinariedade no trato das questões
Parágrafo único. Não apresentando autorização para ambientais;
funcionamento, os estabelecimentos infratores serão VI. o uso racional dos recursos naturais;
fechados, independentemente de multas que lhes serão VII. o cumprimento da função ambiental, inclusa na
aplicadas pela SEMADEMA, podendo ser reabertos após função social das propriedades urbanas e rurais;
sua adequação legal. VIII. a educação ambiental como base transformadora
Art. 63. O Poder Público envidará esforços para a e mobilizadora da sociedade;
implantação das metas e atividades de sua competência, IX. o incentivo à pesquisa cientifica e tecnológica voltadas
estabelecidas na Agenda 21. para o uso, proteção, conservação, monitoramento e
Art. 64. Lei municipal regulamentará a respeito recuperação do meio ambiente, com ênfase para aquelas
da classificação e destinação dos resíduos sólidos que possam assegurar o desenvolvimento de praticas
de qualquer natureza, bem como da fiscalização e econômicas a partir do manejo sustentável dos recursos
penalização dos infratores. naturais presentes nos ecossistemas da Floresta
Art. 65. Fica autorizado o Poder Executivo baixar as Amazônica que cobrem o território municipal;
medidas e regulamentos que se fizerem necessários à X. a proteção da flora e da fauna, incentivando a
aplicação da presente lei. formação e a manutenção de áreas de proteção
Art. 66. Esta lei entra em vigor na data de sua ambiental;
publicação, revogadas as disposições em contrário. XI. a demarcação e proteção das áreas de fontes
Brasiléia, 18 de maio de 2005. e mananciais do Município, disciplinando o uso
e a exploração dos recursos hídricos tendo as
Leila Galvão microbacias hidrográficas como unidades territoriais
Prefeita Municipal de planejamento;
XII. a imposição aos poluidores e degradadores
do meio ambiente de sanções administrativa,
independentemente da obrigação de recuperar as
áreas por eles degradadas;
XIII. a garantia de prestação de informações relativas
228
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
recursos naturais e coibir a expansão urbana em áreas para as questões ambientais, atuarão de forma
ambientalmente frágeis ou de relevante interesse integrada, sob a coordenação da Secretaria Municipal
Municipais
229
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
230
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
municipais;
VIII. Manifestar-se, mediante estudos e pareceres promover gestões, articulando com órgãos e entidades
Municipais
técnicos sobre questões de interesse ambiental para nacionais e internacionais para viabilizar os recursos
a população do Município, encaminhando em casos financeiros necessários à sua implementação;
de graves ocorrências ambientais, seus laudos ao XXVI. Instituir banco de dados informatizado, se possível
Ministério Publico; geo-referenciado e interligado a outros de instituições
IX. Informar a população sobre os níveis de poluição, a congêneres, bem como sistema de difusão e troca
qualidade do meio ambiente, a presença de substancias de informações ambientais com órgãos nacionais e
potencialmente nociva à saúde, no meio ambiente e nos internacionais de defesa do meio ambiente;
alimentos, bem como resultados dos monitoramentos XXVII. Firmar termos de cooperação técnica com
e auditorias; entidades nacionais e internacionais de pesquisa ou a
X.Promover a educação ambiental nas escolas e nos outras atividades voltadas à proteção ambiental;
meios de comunicação; XXVIII. Integrar as ações relacionadas ao meio
XI. Incentivar e executar a pesquisa, o desenvolvimento, ambiente, desenvolvidas por órgãos municipais,
organizações não governamentais e empresas privadas
231
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
de forma a evitar duplicidade e permitir que os esforços III. A indução e viabilização de processos gradativos de
empreendidos nesta área contribuam relevantemente mudança da forma de uso dos recursos naturais através
para as consecução dos objetivos sócio econômicos e de planos, programas e projetos;
ecológicos fixados na PMMA; IV. O inventario dos recursos naturais disponíveis em
XXIX. Conveniar com o Governo do Estado, através do território municipal.
Instituto de Defesa Agro-florestal - IDAF, para fornecer Parágrafo único. O planejamento é um processo
atestado de sanidade de mudas e sementes e demais dinâmico, participativo, descentralizado e lastreado na
produtos florestais, no caso do ausência do órgão realidade sócio econômica e ambiental.
estadual no município; Art. 27. O Planejamento Ambiental tem por
XXX. Zelar pelo cumprimento da legislação ambiental objetivos:
dos três níveis de poder. I. Produzir subsídios para a implementação de um Plano
de Ação Ambiental Integrado;
CAPÍTULO VI II. Recomendar ações visando o aproveitamento
Dos Demais Membros do COMDEMA sustentável dos recursos naturais;
III. Subsidiar a analise dos estudos de impacto
Art. 22. As normas e diretrizes estabelecidas nesta ambiental;
lei ou dela decorrentes condicionam a elaboração de IV. Fixar diretrizes para a orientação dos processos de
planos, programas e projetos, bem como, de ações alteração do meio ambiente;
de todos os órgãos da Administração Publica direta ou V. Recomendar ações destinadas a articular e integrar as
indireta do Município de Capixaba. ações desenvolvidas pelos diferentes órgãos municipais,
Art. 23. Os objetivos dos órgãos integrantes da estaduais e federais;
Administração direta ou indireta do Município deverão VI. Propiciar a participação da sociedade na sua
ser compatibilizados com aqueles estabelecidos pela elaboração e aplicação;
PMMA. VII. Definir estratégias de conservação, de exploração
Art. 24. Os demais membros do COMDEMA deverão: econômica auto-sustentável dos recursos naturais e de
I. Ajustar seus Planos de Ação às diretrizes e controle das ações antropicas.
instrumentos da PMMA, estabelecidos nesta lei; Art. 28. O Planejamento Ambiental tem como etapas
II. Atuar em articulação com a SEMATUR e o básicas:
COMDEMA; I. A elaboração do diagnóstico ambiental considerando:
III. Promover a sistematização e intercambio de a) as condições dos recursos ambientais e da qualidade
informações de interesse ambiental para subsidiar a ambiental, as fontes poluidoras, o uso e a ocupação do
implementação e permanente revisão da PMMA; solo no território do Município de Capixaba;
IV. Compatibilizar e articular planos, programas b) As características locais e regionais de desenvolvimento
e projetos com as diretrizes estabelecidas pelo sócio - econômico;
COMDEMA;
c) O grau de degradação dos recursos naturais;
V. Auxiliar no controle e fiscalização do meio ambiente
II. A definição das metas anuais e plurianuais a
relacionado com os respectivos campos de atuação;
serem atingidas para a qualidade da água, do ar, do
VI. Garantir a promoção e difusão das informações de
parcelamento, uso e ocupação do solo e da cobertura
interesse ambiental.
vegetal;
III. A determinação de índices da capacidade de suporte
TÍTULO II
Dos Instrumentos da PMMA dos ecossistemas, bem como o grau de saturação das
zonas urbanas, indicando limites de absorção dos
impactos provocados pelas atividades produtivas e de
Art. 25. São instrumentos de gestão da Política
obras de infra-estrutura.
Municipal de Meio Ambiente:
I. O planejamento e a gestão ambiental;
SEÇÃO I
II. O estabelecimento de normas, padrões, critérios e
Do Zoneamento Ecológico - Econômico
parâmetros de qualidade ambiental;
III. A avaliação de impacto ambiental;
IV. O licenciamento ambiental; Art. 29. O Zoneamento Ecológico - Econômico é o
V. O controle, a fiscalização, o monitoramento e a instrumento legal que ordena a ocupação do espaço
auditoria ambientais das atividades, processos e obras no território do Município de Capixaba, segundo suas
que causem ou possam causar impactos ambientais; características ecológicas e econômicas;
VI. A educação ambiental; Art. 30. O Zoneamento Ecológico - Econômico tem
VII. Os mecanismos de estimulo e incentivos que como objetivo principal orientar o desenvolvimento
promovam a recuperação, a preservação e a melhoria sustentável, através da definição de zonas ambientais
do meio ambiente; classificadas de acordo com suas características físico
VIII. O cadastro técnico de atividades poten-cialmente - bióticas, considerando-se as atividades antropicas
poluidoras e o sistema de informações ambientais; sobre elas exercidas.
IX.O Fundo Municipal de Meio Ambiente - FMMA. Art. 31. O Zoneamento Ecológico Econômico, a ser
estabelecido por lei, deverá considerar:
CAPÍTULO I a) a ocupação dos espaços com suas características;
Do Planejamento Ambiental b) o potencial sócio econômico e os recursos naturais
do Município;
Art. 26. O Planejamento Ambiental é o instrumento da c) a preservação e ampliação das áreas verdes e espaços
Política Ambiental, que estabelece as diretrizes visando a serem protegidos;
o desenvolvimento sustentável do Município de Capixaba d) a destinação final de resíduos sólidos;
e deve observar os seguintes princípios: e) as áreas degradadas por processos de ocupação
I. A definição territorial das microbacias hidrográficas urbana e erosão;
como unidades básicas de planejamento; f) as atividades de mineração destinadas a construção
II. A redução do uso dos recursos naturais, o civil tais como areias, argilas, brita e outros;
reaproveitamento e a reciclagem dos resíduos gerados g) As áreas destinadas aos pólos agro-florestais.
nos processos produtivos e ainda o uso econômico da Art. 32.É finalidade do Zoneamento Ambiental:
floresta sob o regime do manejo sustentável; I. indicar formas de ocupação, tipos de usos e restringir
232
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
SUB-SEÇÃO I CAPÍTULO II
Dos Espaços Territoriais Especialmente Do Licenciamento
Protegidos
Art. 35. Dependem de licença ambiental municipal,
Art. 33. Incumbe à SEMATUR, a definição, criação, expedida pela SEMATUR, com ciência ao CONDEMA,
implantação e controle de espaços territoriais a serem quaisquer empreendimentos, públicos ou privados,
protegidos, sejam de domínio publico ou privado, em que o Poder Executivo Municipal entenda existir
definidos como Unidades de Conservação Ambiental. potencial de impacto ambiental.
§ 1º As Áreas de Proteção as fontes e Mananciais de Art. 36. O processo de licenciamento ambiental será
uso comunitário, deverão ser demarcadas através de lei iniciado com a entrega pelo interessado, à SEMATUR de
especifica, mediante proposta da SEMATUR, ouvidas as requerimento para licenciamento ambiental previamente
Secretarias de Obras e de Agricultura, considerando as instruído com a caracterização do empreendimento e o
ocupações e usos já existentes, para impor restrições Relatório Ambiental Preliminar.
aos usos mais intensivos e índices de ocupação máxima Art. 37. Ressalvado o sigilo industrial, os pedidos de
para cada propriedade. licenciamento, em qualquer das suas modalidades, sua
§ 2º Nas Áreas de Proteção aos Mananciais não será renovação e a respectiva concessão de licença serão
permitida a instalação de industrias, devendo as já objeto de publicação resumida, paga pelo interessado,
existentes ser estimuladas a transferir-se para outros nos meios de comunicação locais, que dêem ciência
locais ou adequarem-se a todas as exigências da a todos os interessados, do inicio do processo de
proteção ambiental; licenciamento ambiental, conforme modelo a ser
§ 3º A recuperação das faixas de mata ciliar e a aprovado pelo COMDEMA.
despoluição e descontaminação dos corpos hídricos,
Art. 38. A SEMATUR solicitará quando entender
deve ser objeto de programa prioritário a ser elaborado
necessário ou em virtude de obrigação legal, a
e coordenado pela SEMATUR.
realização de EPIA/RIMA (Estudo Prévio de Impacto
§ 4º O COMDEMA manifestar-se-á sobre a definição,
Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental), para
implantação criação e controle das Unidades de
decidir sobre o licenciamento ambiental das atividades
Conservação, que poderão ser criadas por Decreto, bem
potencialmente degradadoras do meio ambiente.
como das Áreas de Proteção aos Mananciais, devendo
Parágrafo Único: Para efeito de enquadramento
considerar a possibilidade de construir parcerias com
definitivo, a regulamentação da presente lei deverá
a iniciativa privada, organizações não governamentais,
listar as atividades acima referenciadas, tipificando-as
universidades e instituições de pesquisa para a gestão
em função de seu potencial poluidor e porte. Até que
compartilhada destas áreas, bem como a parceria com
seja promulgada a referida regulamentação caberá à
os demais municípios do Vale do Alto Acre, através do
SEMATUR, observada a legislação ambiental em vigor,
CONDIAC.
decidir para estas atividades sobre a exigência de
§ 5º As áreas de cinturão verde do Município, mesmo
EPIA/RIMA.
as destinadas aos pólos agro-florestais, deverão ter sua
destinação inalterada, proibindo-se qualquer alteração Art. 39. A Licença Ambiental Municipal é dividida em
de sua vocação ainda que venham a ser tituladas e três categorias:
emancipadas. I. Licença Prévia (LP) - contendo requisitos básicos
§ 6º Serão objeto de proteção ambiental os animais a serem atendidos nas fases de locação, instalação e
silvestres existentes no território do Município, operação, observados os planos municipais, estaduais
observada a legislação federal especifica. ou federais de uso do solo;
II. Licença de Instalação (LI), autorizando o início
Art. 34. São Unidades de Conservação Municipais:
da implantação, de acordo com as especificações
I. Reserva Biológica - com a finalidade de preservar
constantes do Projeto Executivo aprovado; e
ecossistemas naturais;
III. Licença de Operação (LO), autorizando o início da
II. Áreas de Relevante Interesse Ecológico que abrigam
atividade licenciada e o seu funcionamento, de acordo
exemplares raros da biota, exigindo cuidados especiais
com o previsto nas licenças prévia e de instalação.
Leis e Decretos
233
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
empreendimento e ao seu potencial poluidor, segundo acidentes que ponham em risco o meio ambiente.
valores a serem regulamentados por decreto. Art. 49. O valor da multa será reduzido em 30% (trinta
Art. 40. O licenciamento ambiental de empre- por cento) se o pagamento da mesma for efetuado em
endimentos públicos revestidos de notado interesse sua totalidade, até a data do vencimento.
social e/ou utilidade publica terão preferência a quaisquer Art. 50. Os valores constantes dos autos de infração
outros que estejam tramitando na SEMATUR. poderão ser parcelados em até 10 vezes, quando iguais
a dez salários mínimos.
Art. 41. A SEMATUR, para fins de controle da poluição
ambiental e conservação dos recursos naturais, através
Art. 51. No caso de reincidência, a multa será aplicada
em dobro.
de sua fiscalização, terá livre acesso, a qualquer
dia e hora, as instalações industriais, comerciais,
Art. 52. O infrator terá prazo de 10 (dez) dias úteis
para apresentar recurso à SEMATUR, com efeito
agropecuárias, florestais ou outras particulares ou
suspensivo, contados da lavratura do auto de infração,
publicas, que exerçam atividades capazes de agredir
formulado por escrito diretamente ao Secretario
o meio ambiente.
Municipal de Meio Ambiente e Turismo, facultada a
Art. 42. Os agentes fiscalizadores poderão: juntada de documentos.
I - realizar levantamentos, vistorias e avaliações; § 1º A SEMATUR proferirá decisão no prazo de 10
II - efetuar mediações e coletar amostras; (dez) dias úteis.
III - elaborar relatório técnico de inspeção; § 2º Da decisão da SEMATUR caberá recurso ao
IV - requisitar força policial, quando obstados; Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, com
V - lavrar termo de interdição ou de embargo na idênticos prazos e efeito.
execução da penalidade.
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO III Do Fundo Municipal de Meio Ambiente
Da Notificação Preliminar e da
Aplicação de Pena de Multa Art. 53. Fica criado o Fundo Municipal de Meio
Ambiente - FMMA - vinculado ao orçamento da
Art. 43. Verificando-se condutas ou atividades lesivas SEMATUR com o objetivo de concentrar recursos para
ao meio ambiente, o agente fiscal deverá, inicialmente, o financiamento de projetos de interesse ambiental
expedir contra o infrator notificação preliminar para que visem:
que, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, regularize I - a promover a conservação do meio ambiente;
a situação. II - ao uso racional e sustentável de recursos naturais;
§ 1º A notificação preliminar, bem como a aplicação de III - à manutenção, melhoria e recuperação da qualidade
multa, será feita em formulário próprio, com o “ciente” ambiental;
e copia ao infrator. IV - à promoção de Educação Ambiental em todos os
§ 2º Recusando-se o notificado a dar “ciente”, será seus níveis;
tal recusa declarada na notificação preliminar ou na V - à reparação de danos causados ao meio ambiente;
multa pela autoridade que a lavrar, com o testemunho VI - manutenção e consolidação de áreas verdes
de duas pessoas. municipais;
Art. 44. Esgotado o prazo estipulado na notificação VII - zoneamentos e mapeamento das fontes de
preliminar, sem que o infrator tenha regularizado poluição;
a situação perante a SEMATUR, lavra-se-á multa VIII - reflorestamento das áreas de preservação
correspondente. permanente;
Art. 45. Para a aplicação da pena de multa, as IX - fomento à agricultura orgânica;
infrações em matéria ambiental são classificadas em: X - o reforço das ações de fiscalização e monitoramento;
I- leves - as eventuais ou as que não apresentem risco XI - planos de manejo sustentável dos recursos
ou dano à saúde, à flora, à fauna, nem provoquem naturais.
alterações sensíveis ao meio ambiente; Art. 54. Constituem receitas do Fundo Municipal de
II- graves - as que prejudiquem a saúde, a segurança Meio Ambiente:
e o bem estar ou causem danos relevantes à fauna, à I - Arrecadação de multas e taxas previstos em leis e
flora e a outros recursos naturais; regulamentos;
III- gravíssimas - as que provoquem danos ao meio II - Contribuições, subvenções e auxílios da UNIÃO,
ambiente e iminente risco à vida humana, à flora, à do Estado e do próprio Município e de suas respectivas
fauna e a outros recursos naturais. autarquias, empresas publicas, sociedades de economia
Art. 46. O valor das multas será aplicado em UFIR e mista e fundações;
de acordo com a gravidade da infração, sendo: III - As arrecadações resultantes de consórcios,
I- leves - Multa de ½ (meio) a 10 (dez) salários mínimos; convênios, contratos, e acordos específicos celebrados
II- graves - Multa de 11 (onze) a 100 (cem) salários mínimos; entre o Município e instituições publicas ou privadas,
III- gravíssima - Multa de 101 (cento e um) a 500
nacionais ou internacionais cuja execução seja de
salários mínimos;
competência da SEMATUR, observadas as obrigações
§ 1º Ao quantificar a pena, a autoridade administrativa
contidas nos respectivos instrumentos;
fixara, primeiro, a pena base, elevando-a, em caso
IV - As contribuições resultantes de doações de pessoas
de existirem agravantes e reduzindo-a existindo
físicas e jurídicas ou de organismos públicos ou privados,
circunstancias atenuantes.
nacionais ou internacionais;
§ 2º Poderão ser estipuladas multas com valores diários,
V - Rendimentos de qualquer natureza que venha a
enquanto persistirem os problemas.
auferir como remuneração decorrente de aplicação de
Art. 47. São circunstâncias atenuantes:
seu patrimônio;
I - ser o agente primário;
VI - Outros rendimentos que por sua natureza possam
II - ter procurado, de algum modo, evitar ou atenuar
ser destinados ao FMMA.
efetivamente as conseqüências do ato ou dano;
III - ter bons antecedentes em matéria ambiental. Parágrafo Único: A SEMATUR sempre que solicitada
Art. 48. São circunstâncias agravantes: deverá dar ciência ao CONDEMA das receitas destinadas
I- ser reincidente em matéria ambiental; ao FMMA e à sua destinação final.
II- prestar informações falsas ou alterar dados Art. 55. A gestão do FMMA será realizada pelo
técnicos; COMDEMA, sendo de responsabilidade do Secretario
III- dificultar ou impedir a ação fiscalizadora; Municipal de Meio Ambiente e Turismo a sua presidência,
IV- deixar de comunicar, imediatamente, a ocorrência de cuja finalidade é a aplicação dos recursos e respectiva
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
XIX - promover ações junto ao Ministério da Saúde XXI - promover atividades extracurriculares mantendo
para que se criem condições para municipalização do por um período mais longo o aluno na escola como
combate as endemias. aulas de pintura, música, dança, teatro, culinária,
tapeçaria, reforço escolar, e atividade de esporte e
CAPÍTULO II lazer entre outros;
DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO XXII - garantir infra-estrutura física adequada,
equipamentos, recursos e materiais básicos necessários
Art. 13. A política de educação objetiva garantir a ao desenvolvimento e a pratica de modalidades
oferta adequada do ensino fundamental e da educação esportivas e atividades culturais e de lazer;
infantil, observando-se os princípios e diretrizes XXIII - ampliar e manter os serviços de atendimento da
constantes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Biblioteca Pública Municipal com incentive a leitura;
Nacional. XXIV - capacitar técnica e administrativamente os
Art. 14. São diretrizes da política educacional: profissionais envolvidos na área de formação dos
I - universalizar o acesso ao ensino fundamental e a portadores de deficiência;
educação infantil; XXV - ampliar, reformar e manter campos, quadras,
II - promover e participar de iniciativas e programas ginásios esportivos e áreas de lazer;
voltados a erradicação do analfabetismo e a melhoria XXVI - realizar o Cadastro e o Censo Escolar;
da escolaridade da população; XXVII - garantir o transporte escolar da rede municipal
III - promover a manutenção e expansão da rede pública de ensino;
de ensino, de forma a assegurar a oferta do ensino XXVIII - reduzir a evasão escolar através da implantação
fundamental obrigatório e gratuito; de programas de apoio aos estudantes (merenda,
IV - estimular e garantir a permanência do aluno assistência medica e social);
na escola, oferecendo-lhe infra-estrutura física, XXIX - Promover a integração com as universidades
equipamentos, recursos materiais básicos necessários locais para o desenvolvimento de cursos, estágios
ao desenvolvimento das atividades de ensino e ao pleno e projetos nas diversas áreas, inclusive para a
atendimento da população; requalificação dos professores;
V - assegurar o oferecimento da educação infantil em XXX - rever a política do ensino no meio rural,
condições adequadas as necessidades dos educandos objetivando a fixação do jovem no campo;
nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social; XXXI - criar o Centre de Treinamento e Capacitação de
VI - garantir os recursos financeiros necessários para profissionais de ensino;
pleno acesso e atendimento a educação infantil, de 0 a
5 anos, em creches e pré-escola; CAPÍTULO III
VII - promover regularmente fóruns e seminários para DA POLÍTICA DE AÇÃO SOCIAL
discutir temas referentes a educação;
VIII - promover o desenvolvimento e o aperfeiçoamento Art. 15. A política de ação social objetiva proporcionar
do padrão de ensino; aos indivíduos e as famílias carentes condições para a
IX - manter os edifícios escolares, assegurando as conquista de sua autonomia, mediante o combate as
condições necessárias para o bom desempenho das causas da pobreza, a redução das desigualdades sociais
atividades do ensino fundamental, da pré-escola e e a promoção da integração social.
das creches; Art. 16. São diretrizes da política de ação social:
X - construir, ampliar ou reformar unidades de ensino I - criar medidas para desburocratizar à assistência
para educação fundamental e infantil, conforme normas social no município de Cruzeiro do Sul;
estabelecidas em legislação específica; II - adotar medidas de amparo e promoção das famílias
XI - assegurar a participação dos pais ou responsáveis carentes;
na gestão e na elaboração da proposta pedagógica das III - incluir as famílias carentes em programas
creches, pré-escolas e do ensino fundamental; governamentais e não governamentais que visem a
XII - valorizar e qualificar o profissional da educação melhoria das condições de vida da população;
para efetivar a melhoria da qualidade do ensino e a IV - promover programas que visem o bem-estar das
garantia do sucesso dos escolares, garantindo a esse crianças, dos adolescentes, dos idosos, dos portadores
profissional condições que lhe possibilitem o bom de necessidades especiais, dos portadores de doenças
desempenho de suas funções, incluída a oportunidade infecto-contagiosas e dos toxicômanos;
de atualização e aperfeiçoamento continuados; V - promover articulação e integração entre o poder
XIII - promover programas para a integração família/ público e os segmentos sociais organizados que atuam
escola/comunidade; na área de ação social;
XV - pleitear ao governo estadual o atendimento VI - garantir, incentivar e fortalecer a participação dos
adequado a demanda local do ensino médio e educação segmentos sociais organizados nas decisões ligadas a
profissional; Ação Social;
XVI - proporcionar condições adequadas para o VII - promover estudos sistemáticos para orientar ações
atendimento aos alunos que necessitam de cuidados de política de ação social;
educacionais especiais na rede municipal de ensino; VIII - incentivar a participação de empresas privadas
XVII - instituir programas para a comunidade, abrindo nas ações sociais;
as portas da escola para atividades extracurriculares, IX - promover ações orientadas para a defesa
eventos, comemorações festivas, cursos, palestras e permanente dos direitos humanos;
integrando os moradores dos bairros em suas atividades X - promover programas que visem a reabilitação e
e em seus espaços de lazer e esporte; reintegração social;
XVIII - informatizar a rede municipal de ensino, em XI - promover programas de capacitação profissional
todos os seus seguimentos, capacitando e treinando dirigidos aos segmentos carentes;
o servidor; XII - construção e gestão de um novo centro de
XIX - desenvolver programas de treinamento e referencia ao idoso;
aperfeiçoamento profissional específico; XIII - construção e gestão de um asilo municipal;
XX - desenvolver uma educação de boa qualidade, de XIV - construção e gestão de um hospital psiquiátrico;
forma a garantir o sucesso do aluno na escola e na vida, XV - capacitar servidores da assistência social, bem
inclusive assegurando sua inserção na sociedade e no como dos demais setores públicos municipais, para
mercado de trabalho; o atendimento ao portador de deficiência física e
psíquica;
238
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
XVI - instituir o dia de Ação Social Municipal, por I - envolver as entidades representativas na mobilização
semestre, para pratica de atividades relacionadas à da população, na formulação e na execução das ações
ação social; esportivas e recreativas;
XVII - Criar e implementar um programa de assistência II - prover, ampliar e alocar regionalmente recursos,
social móvel em ônibus e barcos, com o objetivo de serviços e infra-estrutura para a prática de atividades
atender os bairros mais longínquos do município de esportivas e recreativas;
Cruzeiro do Sul/AC, bem como as vilas da zona rural e III - garantir a toda população, condições de acesso e
as comunidades ribeirinhas; de uso dos recursos, serviços e infra-estrutura para a
XVIII - Criar e implementar um programa para atender prática de esportes e lazer;
e abrigar mulheres que sofrem violência domestica; IV - incentivar a pratica de esportes na rede escolar
XIX - Criar e implementar um programa para atender e municipal através de programas integrados a disciplina
abrigar adolescente em situação de risco, não infrator, Educação Física;
com amparo principal a faixa etária de 12 a 18 anos V - implementar e apoiar iniciativas de projetos
de idade. específicos de esportes e lazer para todas as faixas
XX - Criar e implementar um serviço funerário municipal. etárias;
VI - apoiar a divulgação das atividades e eventos
CAPÍTULO IV esportivos e recreativos;
DA POLÍTICA DE HABITAÇÃO VII - descentralizar e democratizar a gestão e as ações
em esportes e lazer, valorizando-se as iniciativas e os
Art. 17. A política de habitação objetiva assegurar centros comunitários dos bairros;
a todos o direito a moradia, garantindo condições VIII - desenvolver programas para a prática de esportes
adequadas de higiene, conforto e segurança, amadores;
considerando as identidades e vínculos sociais e IX - promover eventos poliesportivos e de lazer nos
comunitários das populações beneficiarias e atendendo bairros;
prioritariamente aos segmentos populacionais X - articular iniciativas nas áreas de saúde, esporte e
socialmente mais vulneráveis. lazer para o desenvolvimento psicossomático;
Art. 18. São diretrizes da política de habitação: XI - criar os jogos interescolares, envolvendo as escolas
I - prover adequada infra-estrutura urbana; municipais, estaduais e a rede particular;
II - assegurar a compatibilização entre a distribuição XII - desenvolver programas de aproveitamento e
populacional, a disponibilidade e a intensidade de melhoramento dos espaços esportivos já existentes
utilização da infra-estrutura urbana; nos bairros;
III - garantir participação da população nas fases de XIII - criar e implementar um programa de incentivo as
projeto, desenvolvimento e implantação de programas organizações sociais civis para apoiar o esporte, lazer,
habitacionais; cultura e turismo;
IV - priorizar ações no sentido de resolver a situação XIV - Criar um conselho municipal e esporte, lazer,
dos residentes em áreas de risco e insalubres; cultura e turismo, com a finalidade principal, dentre
V - assegurar, sempre que possível, a permanência outras, de criar e implementar um calendário anual de
das pessoas em seus locais de residência, limitando as eventos esportivo, culturais e de turismo, bem como
ações de remoção aos casos de residentes em áreas de gerenciar, divulgar e fomentar este calendário.
risco ou insalubres; Art. 21. A política de cultura objetiva incentivar a
VI - desenvolver programas preventivos e de produção cultural e assegurar o acesso de todos os
esclarecimento quanto à ocupação e permanência de cidadãos e segmentos da sociedade as fontes da cultura,
grupos populacionais em áreas de risco ou insalubres; entendida como a invenção coletiva ou individual
VII - priorizar, quando da construção de moradias de de símbolos, valores, idéias e práticas próprias e
interesse social, as áreas já devidamente integradas inerentes à constituição do ser humano; a expressão
à rede de infra-estrutura urbana, em especial as com das diferenças sociais, sexuais, étnicas, religiosas e
menor intensidade de utilização; políticas; a descoberta e recuperação de sentidos,
VIII - promover a regularização das áreas ocupadas identidades, rumos e objetivos indispensáveis ao
de forma ilegal; equilíbrio e aprimoramento da vida social e individual;
IX - incentivar a urbanização das áreas ocupadas por o trabalho de criação inerente à capacidade humana
famílias de baixa renda, inclusive assegurando-se a elas de superar dados da experiência vivida e de dotá-la de
acesso ao título de propriedade; sentido novo através da reflexão, escrita, arte, música,
X - promover a progressiva eliminação do déficit imaginação, sensibilidade, fantasia e invenção de
quantitativo e qualitativo de moradias, em especial para formas e conteúdos inéditos; a constituição da memória
os segmentos populacionais socialmente vulneráveis, individual, social, histórica como trabalho no tempo.
residentes há mais tempo no Município; Art. 22. São diretrizes da política cultural:
XI - promover e apoiar programas de parceria e I - incentivar e valorizar iniciativas experimentais,
cooperação para a produção de moradias populares e inovadoras e transformadoras em todos os segmentos
melhoria das condições habitacionais da população. sociais e grupos etários;
II - descentralizar e democratizar a gestão e as ações
Leis e Decretos
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
de água;
período de carga e descarga no comércio, indústria e V - viabilizar sistemas alternativos de esgoto onde
prestadores de serviços locais. não seja possível instalar rede pública de captação
VI - disciplinar, com curso especifico para o motorista de efluentes;
promovido por auto-escola ou outra instituição idônea, VI - garantir sistema eficaz de limpeza urbana, de coleta
e fiscalizar o transporte escolar; e de tratamento do lixo produzido no Município, de forma
VII - garantir, a toda a população, a oferta diária e a evitar danos a saúde pública, ao meio ambiente e a
regular de transporte coletivo; paisagem urbana;
VIII - assegurar concorrência e transparência na VII - fomentar programas de coleta seletiva de lixo;
concessão da exploração do transporte coletivo; VIII - implantar sistema especial de coleta de lixo nas
IX - garantir aos portadores de necessidades especiais, áreas inacessíveis aos meios convencionais.
idosos e crianças o acesso ao transporte coletivo, bem
como melhorar e ampliar sua circulação viária para estes
grupos específicos;
241
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
242
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Art. 41. São diretrizes especificas para o desenvolvi- Art. 43. Para o planejamento, controle, indução e
mento do turismo sustentável: promoção do desenvolvimento urbano, o município
I - apoiar e promover eventos já consolidados e aqueles de Cruzeiro do Sul/AC implementará as diretrizes de
com potencial turístico; parcelamento, uso e ocupação do solo e implantara os
II - compatibilizar os eventos e iniciativas turísticas com projetos e ações estratégicos mencionados nesta lei,
as potencialidades culturais, educacionais e naturais do utilizando, isolada ou combinadamente, dentre outros,
Município e da região; os instrumentos previstos na Lei Federal n°. 10.257, de
III - apoiar e incentivar iniciativas para instalação de 10 de Julho de 2001, denominado Estatuto da Cidade,
infra-estrutura de suporte ao turismo; na legislação nacional de proteção e recuperação do
IV - apoiar e orientar iniciativas para o desen-volvimento meio ambiente, e também mediante:
do turismo. I - disciplina do parcelamento, do uso e ocupação do
solo;
Seção III II - parcelamento, edificação ou utilização com-
Das Diretrizes para o Desenvolvimento Rural pulsórios;
III - imposto progressivo sobre a propriedade predial
Art. 42. São diretrizes para o desenvolvimento rural e territorial urbana - IPTU em razao do valor, da
do Município: localização, do uso ou no tempo;
I - prover condições adequadas de infra-estrutura para IV - incentives e benefícios fiscais e financeiros;
o desenvolvimento, valorização e ocupação produtiva V - contribuição de melhoria;
do espaço rural; VI - desapropriação;
II - disciplinar o uso e ocupação do solo na área rural VII - tombamento de imóveis;
através do mapeamento da sua vocação agrícola; VIII-instituição de zonas especiais de interesse social;
III - aprovar o Código de Posturas da área rural, em IX - concessão de direito real de uso;
desenvolvimento, para que as relações de vizinhança X - concessão de uso especial para fins de moradia;
sejam orientadas e estabelecidas, garan-tindo o
Leis e Decretos
XI - direito de superfície;
acesso as propriedades, a manutenção de estradas, XII - usucapião especial coletivo de imóvel urbano;
Municipais
243
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
XXIII - avaliação de impactos ambientais; econômicas que não necessitam de edificações para
XXIII - estudo prévio de impacto ambiental e de impacto exercer suas finalidades;
de vizinhança; II - os imóveis utilizados como postos de abastecimento
XXIV - Fundo de Urbanização; de veículos;
XXV - gestão orçamentária participativa; III - os imóveis integrantes do sistema de áreas verdes
XXVI - Assistência técnica e jurídica gratuita, destinada do Município.
a assegurar a continuidade da exploração de imóveis § 5° E considerado solo urbano não utilizado todo tipo de
rurais, aos pequenos produtores e também as edificação localizada nas áreas delimitadas por esta lei
Associações Rurais do Município. que tenham, no mínimo, 80% (oitenta por cento) de sua
Parágrafo único. 0 Setor de Planejamento de Cruzeiro do área construída desocupada há mais de cinco anos.
Sul/AC fica incumbido de dar continuidade ao processo § 6° Independentemente do IPTU progressivo no tempo,
de planejamento urbano e garantir a aplicação das a que se refere este artigo, o Município poderá aplicar
diretrizes, programas e demais prescrições desta Lei. alíquotas progressivas ao IPTU em razão do valor, da
localização e do uso do imóvel como autorizado no §
CAPÍTULO II 1° do art. 156 da Constituição Federal.
DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU Art. 46. Em caso de descumprimento das etapas e
UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS dos prazos estabelecidos no artigo anterior, o Poder
Executivo aplicara alíquotas progressivas de IPTU,
Art. 44. O Executivo exigira do proprietário do solo majoradas anualmente, pelo prazo de 4 (quatro) anos
urbano não edificado, sub-utilizado, ou não utilizado consecutivos ate que o proprietário cumpra com a
delimitado nesta lei, que promova seu adequado obrigação de parcelar, edificar ou utilizar conforme
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de o caso.
parcelamento, edificação ou utilização compulsórios; § 1° Lei especifica baseada no artigo 7° da Lei Federal
Imposto Predial e Territorial Urbano progressivo no n°. 10.257/2001 - Estatuto da Cidade, estabelecerá a
tempo a ser fixado em lei própria; e desapropriação gradação anual das alíquotas progressivas.
com pagamento da indenização mediante títulos da § 2° Caso a obrigação de parcelar, edificar e utilizar não
divida pública. esteja atendida no prazo de 4 (quatro) anos, o Poder
Parágrafo único. As áreas sujeitas a incidência da Executivo manterá a cobrança pela alíquota máxima,
obrigação legal de parcelamento, edificação ou utilização ate que se cumpra a referida obrigação.
compulsórios serão delimitadas pela Lei de Uso e § 3° E vedada a concessão de isenções ou de anistias
Ocupação do Solo Urbano. relativas a tributação progressiva de que trata este
Art. 45. O Poder Executivo promovera a notificação artigo.
dos proprietários dos imóveis sujeitos ao parcelamento, Art. 47. Decorridos os cinco anos de cobrança do IPTU
a edificação ou a utilização compulsórios, intimando-os progressivo no tempo sem que o proprietário tenha
a dar o aproveitamento adequado para os respectivos cumprido a obrigação de parcelamento, edificação e
imóveis de acordo com esta lei do plano diretor utilização, o Município poderá proceder a desapropriação
dentro do prazo de três anos contados a partir da do imóvel com pagamento da indenização em títulos
data inicial de vigência desta lei ou de lei especifica da divida pública observada a legislação nacional
que venha determinar outras condições e prazos, sob pertinente.
pena de sujeitar-se o proprietário, sucessivamente, ao § 1° O valor real da indenização:
pagamento do imposto predial e territorial progressivo I - refletira o valor da base de calculo do IPTU,
no tempo (IPTU) e a desapropriação com pagamento descontado o montante incorporado em função de
em títulos, conforme disposições do artigo 5° a 8° da Lei obras realizadas pelo Poder Público na área onde o
Federal n° 10.257, de 10 de Julho de 2001, - Estatuto mesmo se localiza;
da Cidade. II - não computara expectativas de ganhos, lucros
§ 1°. Fica facultado aos proprietários dos imóveis de que cessantes e juros compensatórios.
trata este artigo propor ao Poder Executivo o consorcio § 2° Os títulos de que trata este artigo não terão poder
Imobiliário conforme disposto no art. 46 da Lei Federal liberatório para o pagamento de tributes.
citada no caput deste artigo. § 3° O Poder Executivo, diretamente ou por meio de
§ 2° O proprietário de imóvel afetado pela obrigação alienação ou concessão a terceiros, observando-se
legal mencionada no caput deste artigo pode propor o procedimento licitatório pertinente, promovera ao
sua doação integral ou parcial ao Poder Público para a adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo
implantação de equipamentos urbanos ou comunitários; de cinco anos, contados a partir da sua incorporação
para preservação, quando for considerado de interesse ao patrimônio público.
histórico, ambiental, paisagístico, social ou cultural; § 4° O adquirente de imóvel sujeito a incidência do
ou para servir a programas de regularização fundiária, parcelamento, edificação ou utilização compulsórios fica
urbanização de áreas ocupadas por população de sujeito as mesmas obrigações legalmente impostas ao
baixa renda e habitação de interesse social em troca respectivo alienante.
de autorização para a transferência do respectivo
potencial construtivo para outro imóvel situado em área CAPÍTULO III
de interesse estratégico, nos termos desta lei, para DO DIREITO DE PREEMPÇÃO
aplicação das diretrizes do plano diretor.
§ 3° São considerados solo urbano não edificado, os Art. 48. O Poder Executivo poderá exercer, durante
lotes de terrenos e glebas com área superior a 250 o respectivo prazo legal de vigência, o direito de
m2 (duzentos e cinqüenta metros quadrados), onde o preferência para aquisição de imóvel urbano objeto de
coeficiente de aproveitamento utilizado e igual a zero alienação onerosa entre terceiros localizados em área
nas áreas delimitadas por Lei. delimitada por lei, baseada nesta lei do plano diretor,
§ 4° São considerados solo urbano sub-utilizado que fixara prazo de vigência não superior a cinco anos,
os lotes de terrenos e glebas com área superior a renovável a partir de um ano apos o decurso do prazo
250 m2 (duzentos e cinqüenta metros quadrados), inicial de vigência, conforme disposto nesta lei e nos
onde o coeficiente de aproveitamento não atingir o artigos 25, 26 e 27 da Lei Federal n°. 10.257, de 10 de
mínimo definido para o lote na zona onde se situam, Julho de 2001 - Estatuto da Cidade.
excetuando: Parágrafo único. 0 direito de preferência será exercido
I - os imóveis utilizados como instalações de atividades sempre que o Poder Executivo necessitar de áreas
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
fica obrigado a entregar ao órgão competente da XIII - alienação de certificados de potencial construtivo
adicional;
Prefeitura copia do instrumento particular ou público
XIV - outras receitas eventuais.
de alienação do imóvel dentro do prazo de trinta dias
após sua assinatura, sob pena de pagamento de multa
Art. 56. Os recursos do Fundo de Urbanização serão
depositados em conta corrente especial mantida
conforme disposto em Lei.
em instituição financeira designada pela Secretaria
§ 1° O Executivo promovera as medidas judiciais
Municipal da Fazenda especialmente aberta para esta
cabíveis para a declaração de nulidade de alienação finalidade.
onerosa efetuada em condições diversas da proposta Art. 57. Os recursos do Fundo de Urbanização serão
apresentada, a adjudicação de imóvel que tenha aplicados com base na Lei Federal n°. 10.257, de 10
sido alienado a terceiros apesar da manifestação do de Julho de 2.001, e nesta lei, em:
Executivo de seu interesse em exercer o direito de
preferência e cobrança da multa a que se refere o
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
246
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
e movimentos na área de Habitação de Interesse Social, caráter menos abrangente, o Poder Executivo Municipal
buscando promover a inclusão social, jurídica, ambiental disporá sobre os procedimentos e critérios para o
e urbanística da população de baixa renda a cidade, na licenciamento urbanístico e ambiental com observância
garantia da moradia digna, particularmente nas ações da legislação nacional e municipal, definindo:
visando à regularização fundiária e qualificação dos I - os empreendimentos e atividades, públicos e
assentamentos existentes. privados, referidos neste parágrafo;
II - os estudos ambientais pertinentes;
CAPÍTULO VIII III - os procedimentos de licenciamento urbanístico
DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO e ambiental.
§ 3° O estudo a ser apresentado para a solicitação da
Art. 64. O Poder Executivo Municipal poderá receber licença urbanística e ambiental devera contemplar, entre
por transferência imóveis que, a requerimento dos outros, os seguintes itens:
seus proprietários, lhe sejam oferecidos como forma I - diagnóstico ambiental da área;
de viabilização financeira do melhor aproveitamento II - descrição da ação proposta e suas alternativas;
do imóvel. III - identificação, analise e previsão dos impactos
§ 1° A Prefeitura poderá promover o aproveitamento do significativos, positivos e negativos;
imóvel que receber por transferência nos termos deste IV - definição das medidas mitigadoras dos impactos
artigo, direta ou indiretamente, mediante concessão negativos, bem como daquelas intensificadoras dos
urbanística ou outra forma de contratação. impactos positivos.
§ 2° O proprietário que transferir seu imóvel para a § 4° Ate a aprovação de lei que defina os empreendimentos
Prefeitura nos termos deste artigo receberá, como e atividades sujeitos ao licenciamento urbanístico e
pagamento, unidades imobiliárias devidamente ambiental, bem como os procedimentos e critérios
urbanizadas ou edificadas. aplicáveis, deverão ser aplicadas as Resoluções n°. 001,
§ 3° O valor das unidades imobiliárias a serem entregues de 23 de Janeiro de 1986, e 237, de 22 de dezembro
ao proprietário será correspondente ao valor do imóvel de 1997, do Conselho Nacional do Meio Ambiente,
antes da execução das obras. considerando especialmente o disposto no art. 6°
§ 4° O valor real desta indenização devera: desta última.
I - refletir o valor da base de cálculo do Imposto § 5° Para o licenciamento ambiental serão analisados
Predial e Territorial Urbano, descontado o montante simultaneamente os aspectos urbanísticos implicados
incorporado em função das obras realizadas, direta com base nesta e em outras leis municipais de modo que
ou indiretamente, pelo Poder Público, na área onde o o ato administrativo decorrente seja único, produzindo
mesmo se localiza. igualmente todos os efeitos jurídicos urbanísticos e
II - excluir do seu cálculo expectativas de ganhos, lucros ambientais.
cessantes e juros compensatórios. Art. 67. Quando o impacto ambiental previsto corres-
§ 5° O disposto neste artigo aplica-se tanto aos ponder, basicamente, a alterações das características
imóveis sujeitos a obrigação legal de parcelar, edificar urbanas do entorno, os empreendimentos ou ativida-
ou utilizar nos termos desta lei, quanto aqueles por des especificados em lei municipal estarão sujeitos à
ela não abrangidos, mas necessários a realização de avaliação do Estudo de Impacto de Vizinhança e seu
intervenções urbanísticas previstas nesta Lei. respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança (EIVI/
RIV), por parte do Poder Executivo, previamente a
CAPÍTULO IX emissão das licenças ou alvarás de construção, reforma
DO DIREITO DE SUPERFÍCIE ou funcionamento nos termos da legislação municipal.
§ 1° A revisão da legislação ambiental definira os
Art. 65. O município poderá receber em concessão, empreendimentos e atividades, públicos ou privados,
diretamente ou por meio de seus órgãos, empresas referidos no caput deste artigo, bem como os
ou autarquias, o direito de superfície, nos termos da parâmetros e os procedimentos a serem adotados
legislação em vigor, para viabilizar a implementação para sua avaliação, conforme disposto na legislação
de diretrizes constantes desta lei, inclusive mediante a municipal.
utilização do espaço aéreo e subterrâneo. § 2° O Estudo de Impacto de Vizinhança referido
Parágrafo único. Este instrumento poderá ser utilizado no caput deste artigo, deverá contemplar os efeitos
onerosamente pelo Município também em imóveis positivos e negativos do empreendimento ou atividade
integrantes dos bens dominiais do patrimônio público, quanto à qualidade de vida da população residente na
destinados a implementação das diretrizes desta Lei. área e em suas proximidades, bem como a especificação
das providencias necessárias para evitar ou superar seus
CAPÍTULO X efeitos prejudiciais, incluindo a analise, dentre outras,
DOS RELATÓRIOS DE IMPACTO AMBIENTAL no mínimo, das seguintes questões:
E DE VIZINHANÇA I - adensamento populacional;
II - equipamentos urbanos e comunitários;
Art. 66. A localização, construção, instalação, III - uso e ocupação do solo;
ampliação, modificação e operação de empreendimentos IV - valorização imobiliária;
e atividades, utilizadoras de recursos ambientais, V - geração de trafego e demanda por transporte
público;
Leis e Decretos
sob qualquer forma, de causar significativa degradação VII - paisagem urbana e patrimônio natural e
ambiental dependerão de prévio licenciamento do Poder cultural;
Executivo Municipal, que recebera recomendação previa VIII - definição das medidas mitigadoras dos impactos
do IMAC e legislação federal e estadual pertinentes, sem negativos, bem como daquelas intensificadoras dos
prejuízo de outras licenças legalmente exigidas. impactos positivos.
§ 1° A licença ambiental para empreendimentos ou § 3° Os empreendimentos sujeitos ao Estudo de Impacto
atividades consideradas efetiva ou potencialmente Ambiental e respectivo Relatório de Impacto sobre o
causadoras de significativa degradação do meio, será Meio Ambiente, no que couber, deverão contemplar
emitida somente apos a avaliação do prévio Estudo de também os aspectos exigidos no parágrafo segundo
Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto deste artigo para dispensa do Estudo de Impacto de
sobre o Meio Ambiente (EIA/RIMA). Vizinhança e seu respectivo Relatório de Impacto de
§ 2° Para os empreendimentos ou atividades cujos Vizinhança.
impactos ambientais, efetivos ou potenciais, tenham § 4° A elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
e seu respectivo Relatório de Impacto de Vizinhança permanente, descentralizado e participativo, como parte
(EIVI/RIV) não substitui a elaboração do Estudo de do modo de gestão democrática para a concretização
Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto das funções sociais da cidade.
sobre o Meio Ambiente (EIA/ RIMA), quando este último Art. 73. O Executivo promovera a adequação da sua
for necessário. estrutura administrativa, quando necessário, para a
Art. 68. O Poder Executivo, com base na análise incorporação dos objetivos, diretrizes e ações previstas
dos estudos ambientais apresentados, poderá exigir nesta lei as atribuições dos diversos órgãos municipais,
do empreendedor, a execução, as suas expensas, das mediante a reformulação e aperfeiçoamento das suas
medidas adequadas para evitar ou, quando for o caso, competências institucionais.
superar os efeitos prejudiciais do empreendimento, Parágrafo único. Cabe ao Executivo garantir os recursos
bem como aquelas atenuadoras e compensatórias e procedimentos necessários para a formação e
relativas aos impactos decorrentes da implantação manutenção dos servidores municipais necessários para
da atividade. a implementação das diretrizes e aplicação desta Lei.
Art. 69. O Poder Executivo colocará a disposição da Art. 74. O Executivo promovera entendimentos com
população por meio eletrônico pelo prazo mínimo de 30 municípios vizinhos de sua micro-região, podendo for-
dias e dará publicidade na imprensa local em resumo mular políticas, diretrizes e ações comuns que abranjam
aos documentos integrantes dos estudos e respectivos a totalidade ou parte de seu território, baseadas nesta
relatórios urbanísticos e ambientais mencionados nos lei, destinadas a superação de problemas setoriais
artigos 66 e 67 desta lei, os quais deverão ficar a ou regionais comuns, bem como firmar convênios ou
disposição da população para consulta, por qualquer consórcios com este objetivo, sem prejuízo de igual
interessado, no órgão municipal competente. articulação com o Governo do Estado do Acre para a
§ 1° Cópia do Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV integração, planejamento e organização de funções
será fornecida gratuitamente, quando solicitada pelos públicas de interesse comum.
moradores da área afetada ou suas associações. Art. 75. Os planos, programas e projetos integrantes
§ 2° O órgão público responsável pelo exame dos do processo de gestão democrática da cidade deverão
Relatórios de Impacto Ambiental - RIMA e de Vizinhança ser compatíveis entre si e seguir as políticas de
- RIV deverá realizar audiência pública, antes da desenvolvimento urbano contidas nesta lei, bem como
decisão sobre o projeto, sempre que sugerida, na considerar os planos intermunicipais, micro-regionais ou
forma da lei, pelos moradores da área afetada ou por de bacias hidrográficas, de cuja elaboração a Prefeitura
suas associações. tenha participado.
Parágrafo único. As leis municipais do plano plurianual,
CAPÍTULO XI
das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual
DOS CONFLITOS DE INTERESSES
incorporarão e observarão as diretrizes e prioridades
estabelecidas nesta lei e serão elaboradas mediante
Art. 70. Os conflitos de interesses expressos por
processo participativo em cumprimento da diretriz de
diferentes grupos em determinada área que não
gestão democrática da cidade estabelecida no inciso II
envolvam legislação de uso e ocupação do solo nem
infrinjam lei vigente poderão ser resolvidos por meio do art. 2° do Estatuto da Cidade.
de Acordo de Convivência, mediado e homologado pelo
Executivo mediante decreto. CAPÍTULO II
Parágrafo único. Caso a composição dos conflitos a DO SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES
que se refere este artigo exija alteração legislativa,
o Poder Executivo elaborara a respectiva proposta, Art. 76. O Executivo, por meio do Setor de
debatendo-a previamente nos órgãos que compõem as Planejamento, manterá atualizado, permanen-
instancias de participações previstas no art. 83 desta temente, o sistema municipal de informações sociais,
lei antes de seu encaminhamento a Câmara Municipal culturais, econômicas, financeiras, patrimoniais,
para apreciação. administrativas, físico-territoriais, inclusive carto-
gráficas e geológicas, ambientais, imobiliárias e
CAPÍTULO XII outras de relevante interesse para o Município, pro-
DO IPTU PROGRESSIVO gressivamente geo-referenciadas em meio digital.
§ 1° O Poder Executivo dará ampla e periódica divulgação
Art. 71. O imposto predial e territorial urbano dos dados do sistema municipal de informações por
poderá ter alíquotas progressivas em razão do valor, meio de publicação anual, disponibilizada na página
da localização e do uso do imóvel também como eletrônica da Prefeitura Municipal de Cruzeiro do Sul/
instrumento de indução ao cumprimento de diretrizes AC na Internet, bem como facilitará seu acesso aos
constantes desta lei do plano diretor. munícipes por outros meios possíveis.
Parágrafo único. Para o cumprimento de suas finalidades, § 2° O sistema a que se refere este artigo deve atender
o Poder Executivo providenciara a atualização da Planta aos princípios da simplificação, economicidade, eficácia,
Genérica de Valores com base no cadastro unificado clareza, precisão e segurança, evitando-se a duplicação
e na nova lei de zoneamento e a modernização de de meios e instrumentos para fins idênticos.
sua cobrança mediante a implantação de sistema § 3° O sistema municipal de informações adotará
informatizado de arrecadação e, eventualmente, geo- a divisão administrativa em setores ou aquela que
referenciado para controle e cobranças de dividas não a suceder, em caso de modificação, como unidade
pagas. territorial básica.
§ 4° O sistema municipal de informações terá cadastro
TÍTULO VI único, multi-utilitário, que reunirá informações de
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE natureza imobiliária, tributária, judicial, patrimonial,
ambiental e outras de interesse para a gestão municipal,
CAPÍTULO I inclusive sobre planos, programas e projetos.
DOS PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DO SISTEMA § 5° O sistema municipal de informações deverá ofere-
DE PLANEJAMENTO URBANO cer indicadores de qualidade dos serviços públicos, da
infra-estrutura instalada e dos demais temas pertinentes
Art. 72. A elaboração, a revisão, o aperfeiçoamento, a serem anualmente aferidos publicados na imprensa
a implementação e o acompanhamento do Plano Diretor oficial e divulgados por meio eletrônico na Internet a
e de planos, programas e projetos setoriais, regionais, toda a população, em especial aos conselhos municipais
locais e específicos serão efetuados mediante processo de política urbana, as entidades representativas de
de planejamento, implementação e controle, de caráter
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
que respeite os limites de renovabilidade dos recursos que se dará publicidade; bem como de auditorias
naturais, de modo a garantir seu uso por esta e pelas ambientais, publicas e periódicas; ambas as expensas
futuras gerações; do empreendedor;
VII - Arborização Urbana, qualquer árvore, de porte XII - Exigir o tratamento e a disposição final de resíduos
adulto ou em formação, existente em logradouros sólidos, lançamento de efluentes e emissões gasosas
públicos; de qualquer natureza de forma adequada a proteção
VIII - Áreas Verdes Municipais qualquer área publica do meio ambiente;
revestida de vegetação natural, gramado, forração XIII - Impor programa de arborização do Município e a
ou jardins. adoção de métodos de poda que evitem a mutilação das
arvores no seu aspecto estrutural, vital e estético;
XIV - Cooperar com a implementação de um programa
permanente de implantação e manutenção, pelo
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
ou entidades ali mencionados. Art. 15. As Câmaras Técnicas serão criadas pelo
Art. 9° As funções de membro do Conselho serão Presidente e presididas por 1 (um) dos Conselheiros,
exercidas pelo prazo de 2 (dois) anos, permitida a e terão a função de apreciar propostas apresentadas
recondução por 2(duas) vezes, por igual período. ao Conselho de acordo com o estabelecido em seu
Art. 10. As funções de membro do Conselho não serão Regimento Interno.
remuneradas, sendo, porem, consideradas como de Art. 16. As Comissões Especiais serão criadas pelo
relevante interesse público. Presidente, na forma do Regimento Interno, e serão
Art. 11. A condução do Conselho será exercida por: de caráter temático e consultivo, extinguindo-se com
I - Presidência que será sempre do Secretário Municipal o atingimento de seus objetivos.
de Meio ambiente; Art. 17. O COMDEMA reuniar-se-á, ordinariamente,
II - Secretaria Executiva; na forma estabelecida em seu Regimento Interno e,
III - Plenário; em caráter extraordinário, sempre que convocado pela
IV - Câmaras Técnicas; Prefeita ou pelo seu Presidente, por iniciativa própria ou
V - Comissões Especiais. a requerimento de 50% de seus membros titulares.
Art. 12. 0 Presidente do Conselho tem as seguintes Art. 18. As sessões plenárias do COMDEMA serão
atribuições: sempre públicas, permitida a manifestação oral de
I - Representar o Conselho; representantes de órgãos, entidades e empresas ou
II - Dar posse e exercício aos Conselheiros; autoridades, quando convidados pelo presidente ou
III - Presidir as reuniões do Plenário; pela maioria dos conselheiros.
IV - Votar como Conselheiro e exercer o voto de Parágrafo único. 0 quorum das Reuniões Ordinárias do
qualidade; COMDEMA será de 1/3 (um terço) de seus membros
V - Resolver questões de ordem nas reuniões de para abertura das sessões e de maioria simples para
Plenário; deliberações.
VI - Determinar a execução das Resoluções de Plenário, Art. 19. A SEMMA prestara ao COMDEMA o neces-
através do Secretário Executivo; sário suporte técnico-administrativo e financeiro, sem
VII - Convocar pessoas ou entidades para participar das prejuízo da colaboração dos demais órgãos e entidades
reuniões plenárias, sem direito a voto, esclarecendo nele representados.
antecipadamente se lhes será dado voz; Art. 20. No prazo de 90 (noventa) dias a contar de
VIII - Tomar medidas de caráter urgente, submetendo- sua efetiva instalação o Conselho deverá elaborar seu
as a homologação do Plenário; Regimento Interno.
IX - Criar Câmaras Técnicas Temporárias ou Permanentes;
X - Criar Comissões Especiais. CAPÍTULO III
Art. 13. São atribuições do Secretario Executivo: DO ÓRGÃO CENTRAL - SEMMA
I - Organizar e garantir o funcionamento do Conselho;
II - Coordenar as atividades necessárias para a Art. 21. A SEMMA - Secretaria Municipal de Meio
consecução das atribuições do Conselho; Ambiente, passara a ter as seguintes competências:
III - Cumprir e fazer cumprir as determinações legais I - Elaborar e executar estudos e projetos para subsidiar
e as normas estatutárias e regimentais; a proposta da PMMA - Política Municipal de Meio
IV - Fazer publicar, no Diário Oficial do Estado, as Ambiente, bem como para subsidiar a implementação
Resoluções do Conselho; e permanente revisão das normas, padrões e critérios
VI - Coordenar as reuniões do Plenário, das Câmaras de uso dos recursos naturais a serem baixados pelo
Técnicas e das Comissões Especiais. COMDEMA;
Parágrafo único. 0 Secretario Executivo poderá, II - participar do planejamento das políticas públicas
mediante justificativa, requerer ao Presidente o apoio do Município;
administrativo e de pessoal necessário. III - elaborar, anualmente, o Plano de Ação Ambiental
Art. 14. O Plenário será constituído nos termos do Integrado do Município - PGAIM e a respectiva proposta
orçamentária;
artigo 8° desta lei e seus membros terão as seguintes
IV - coordenar no âmbito do SIMA as ações dos órgãos
atribuições:
que o integram;
I - Discutir e votar todas as matérias submetidas ao
V - exercer o controle, a fiscalização e o monitoramento
Conselho;
das atividades produtivas e dos prestadores de serviços,
II - Deliberar sobre propostas apresentadas por
quando potencial ou efetivamente poluidores ou
qualquer de seus membros; degradadores do meio ambiente;
III - Dar apoio ao Presidente, no cumprimento de suas VI - exigir e aprovar, para instalação de obras e
atribuições; atividades potencialmente causadoras de significativa
IV - Solicitar ao Presidente a convocação de reuniões degradação ambiental, prévio licenciamento alicerçado
extraordinárias, na forma do Regimento Interno; em estudos de impacto ambiental e respectivo relatório,
V - Propor a inclusão de matérias na ordem do dia e, a que se dará publicidade;
justificadamente, a discussão prioritária de assuntos VII - exigir daquele que utilizar ou explorar recursos
delas constantes; naturais a recuperação do meio ambiente degradado, de
VI - Discutir as questões ambientais dentro das
Leis e Decretos
representa, especialmente aquelas que exijam a atuação VIII - exigir relatório técnico de auditoria ambiental para
integrada ou que se mostrem controvertidas; analisar a conveniência da continuidade de obras ou
VII - Sugerir o convite de profissionais de notório atividades, potencialmente poluidoras, já instaladas no
conhecimento para subsidiar as resoluções do Município anteriormente as exigências desta lei, como
Conselho; condição de validade da renovação dos seus Alvarás de
VIII - Apresentar indicações, na forma do Regimento Localização e Funcionamento;
Interno; IX - promover o inventário, a avaliação, o controle e
IX - Deliberar a respeito de eventual exclusão de o monitoramento dos recursos naturais do Município
membro titular ou suplente que não comparecer a 3 construindo índices de capacidade suporte dos
(três) reuniões consecutivas ou 5 (cinco) alternadas, ecossistemas municipais;
sem justificativas; X - manifestar-se, quando requerido, mediante estudos
X - Propor a criação de Câmaras Técnicas ou Comissões e pareceres técnicos sobre questões de interesse
Especiais.
253
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
ambiental para a população do Município, encaminhando XXVII - fiscalizar as atividades produtivas e comerciais
em casos de graves ocorrências ambientais, seus laudos ou de prestação de serviços utilizadoras de recursos
ao Ministério Público; naturais pelo poder público ou pelo particular;
XI - informar a população sobre os níveis de poluição, XXVIII - elaborar programas e projetos ambientais, e
a qualidade do meio ambiente, a presença de promover gestões, articulando com órgãos e entidades
substancias potencialmente nocivas a saúde, no meio nacionais e internacionais para viabilizar os recursos
ambiente e nos alimentos, bem como resultados dos financeiros necessários a sua implementação;
monitoramentos e auditorias; XXIX - instituir banco de dados informatizado, se
XII - promover a educação ambiental não formal através possível georeferenciado e interligado a outros de
da Universalidade Municipal de Meio Ambiente; instituições congêneres, bem como sistema de difusão
XIII - incentivar e executar a pesquisa, o desenvolvi- e troca de informações ambientais com órgãos nacionais
mento, a difusão tecnológica,e a capacitação técnica dos e internacionais de defesa do meio ambiente;
quadros de pessoal da SEMMA e demais órgãos do SIMA XXX - firmar termos de cooperação técnica com
para a resolução de problemas ambientais e promover entidades nacionais e internacionais de pesquisa ou a
a informação sobre estas questões fomentando praticas outras atividades voltadas a proteção ambiental;
de vigilância ambiental pela sociedade; XXXI - integrar as ações relacionadas ao meio ambiente,
XIV - articular-se com órgãos federais, estaduais desenvolvidas por órgãos municipais, organizações não
e municipais, bem como com organizações não governamentais e empresas privadas de forma a evitar
governamentais para a execução integrada de ações duplicidade e permitir que os esforços empreendidos
voltadas a proteção do patrimônio ambiental, histórico, nesta área contribuam relevantemente para a
artístico, turístico, arquitetônico e arqueológico, bem consecução dos objetivos sócio-econômicos e ecológicos
como das áreas de preservação permanente, em fixados na PMMA;
conformidade com a Lei Federal n° 4771 de 15 de XXXII - zelar pelo cumprimento da legislação ambiental
setembro de 1965; dos três níveis de poder.
XV - coordenar a gestão do Fundo Municipal de Meio
Ambiente - FMMA, criado por esta lei nos aspectos CAPÍTULO IV
técnicos, administrativos, e financeiros segundo as DOS ÓRGÃOS SECCIONAIS
diretrizes que vierem a ser fixadas pelo COMDEMA;
XVI - apoiar as organizações da sociedade civil que Art. 22. As normas e diretrizes estabelecidas nesta
tenham a questão ambiental entre os seus objetivos, lei ou dela decorrentes condicionam a elaboração de
promovendo sua capacitação e desenvolvimento Planos, programas e projetos, bem como, de ações
de projetos bem concebidos relativos ao manejo de todos os órgãos da Administração Publica direta ou
dos recursos naturais; a educação ambiental; e a indireta do Município de Cruzeiro do Sul.
fiscalização das atividades antrópicas; Art. 23. Os objetivos dos órgãos integrantes da
XVII - definir, implantar e administrar espaços territoriais Administração direta ou indireta do Município deverão
e seus componentes a serem especialmente protegidos ser compatibilizados com aqueles estabelecidos pela
tais como Unidades de Conservação e Áreas de Proteção PMMA por meio do PAI - Plano de Ação Ambiental
aos Mananciais, implementando zoneamentos e Planos Integrada.
de manejo, observando possibilidades técnicas e
Art. 24. Os Órgãos Seccionais deverão:
legais de gestão compartilhada destes espaços com a
a) ajustar seus Planos de Ação as diretrizes e
sociedade civil;
instrumentos da PMMA;
XVIII - preservar a diversidade e o patrimônio genético
b) atuar em articulação com a SEMMA e o COMDEMA;
do Município e fiscalizar as entidades dedicadas a
c) promover a sistematização e intercambio de
pesquisa e manipulação de material genético;
informações de interesse ambiental para subsidiar a
XIX - preservar e restaurar os processos ecológicos es
implementação e permanente revisão da PMMA;
senciais e promover o manejo ecológico das espécies
d) compatibilizar Planos, programas e projetos com o
e ecossistemas;
PAI - Plano de Ação Ambiental Integrada;
XX - proteger e preservar a biodiversidade;
e) auxiliar no controle e fiscalização do meio ambiente
XXI - promover periodicamente o inventario das
relacionado com os respectivos campos de atuação;
espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, cuja
f) garantir a promoção e difusão das informações de
presença seja registrada no Município, estabelecendo
interesse ambiental.
medidas e áreas para sua proteção;
XXII - promover, com a participação dos demais
TÍTULO III
órgãos do SIMA, o zoneamento ecológico econômico
DOS INSTRUMENTOS DA PMMA
do Município;
XXIII - fixar diretrizes ambientais para elaboração de
projetos de parcelamento do solo urbano, com ênfase Art. 25. São instrumentos de gestão da Política
para o percentual de áreas verdes e institucionais, bem Municipal de Meio Ambiente:
como para a instalação de atividades e empreendimentos I - o planejamento e a gestão ambiental;
que possam causar impactos de vizinhança, tais como II - o estabelecimento de normas, padrões, critérios e
alterações e/ou complementações do sistema viário; parâmetros de qualidade ambiental;
produção de ruídos e vibrações; poluição atmosférica; III - a avaliação de impacto ambiental;
volumosa geração de resíduos; e elevada demanda IV - o licenciamento ambiental;
de água; V - o controle, a fiscalização, o monitoramento e a
XXIV - promover as medidas administrativas e requerer auditoria ambientais das atividades, processos e obras
as judiciais cabíveis para coibir, punir e responsabilizar que causem ou possam causar impactos ambientais;
os agentes poluidores e degradadores do meio VI - a educação ambiental;
ambiente; VII - os mecanismos de estímulos e incentivos que
XXV - propor medidas para disciplinar a restrição a promovam a recuperação, a preservação e a melhoria
participação em concorrências publicas e acesso aos do meio ambiente;
benefícios fiscais e créditos oficiais as pessoas físicas e VIII - o cadastro técnico de atividades potencialmente
jurídicas condenadas por atos de degradação ambiental, poluidoras e o sistema de informações ambientais;
administrativa ou judicialmente; IX - o Fundo Municipal de Meio Ambiente - FMMA.
XXVI - apoiar iniciativas do Ministério Público na defesa
do meio ambiente;
254
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
CAPÍTULO I Seção I
DO PLANEJAMENTO AMBIENTAL Do Zoneamento Ecológico – Econômico
ambiental, as fontes poluidoras e o uso e a ocupação do Estabilização e Proteção de Encostas Sujeitas a Erosão
Municipais
255
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
256
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
de outros mecanismos de incentivo financeiro para os sobre a viabilidade ambiental, deferindo ou indeferindo
particulares que vierem a assumir tarefas ambientais o pedido para realização do empreendimento;
consideradas relevantes pela SEMMA. VII - Implementação do Plano de Controle Ambiental
§ 5° O Horto Florestal do Município, manterá acervo contendo monitoramento e auditorias públicas
de mudas da flora típica local, priorizando espécies periódicas.
arbóreas raras e em extinção, bem como aquelas Parágrafo único. O RAP - Relatório Ambiental Preliminar,
dotadas de alto valor econômico, para projetos públicos deverá ser regulamentado no prazo de 180 dias a
e comunitários de arborização ou exploração sustentável contar da promulgação da presente lei, e deverá conter
das florestas. no mínimo:
a) a descrição sucinta do estado de conservação
CAPÍTULO II dos recursos ambientais presentes na área do
DAS AVALIAÇÕES DE IMPACTO AMBIENTAL empreendimento e sua vizinhança;
b) a relação dos impactos ambientais adversos que o
Art. 37. Impacto Ambiental e toda alteração empreendimento poderá causar considerando suas fases
significativa produzida pelo homem no meio ambiente de instalação e operação;
natural ou construído. c) o rol de medidas mitigatórias e compensatórias que
§ 1° Quando em áreas urbanas os impactos representam serão adotadas;
significativa alteração no entorno da vizinhança, d) as estratégias de controle da poluição e monitoramento
podendo alterar a qualidade do ar; da água, o nível de das condições ambientais.
ruídos existentes; as demandas na infra-estrutura viária Art. 40. O Estudo Prévio de Impacto Ambiental,
sobrecarregando sua capacidade; na rede de serviços respeitadas as legislações estaduais e federais a respeito
públicos; ou alterando a paisagem urbana. do tema, obedecera as seguintes diretrizes:
Art. 38. A Avaliação de Impactos Ambientais e I - contemplar todas as alternativas tecnológicas e de
uma atividade técnico-científica apta a determinar localização do projeto de empreendimento, confrontando-
a viabilidade ambiental de empreendimentos as com a hipótese de sua não execução;
potencialmente causadores de significativa degradação II - definir os limites das áreas direta e indiretamente
ambiental, de forma sistemática e previamente às afetadas pelos impactos;
conseqüências da sua implantação e operação, e tem III - realizar o diagnóstico ambiental da área de
como principais finalidades instrumentais: influência do empreendimento, caracterizando a
I - permitir a compatibilização do desenvolvimento situação antes de sua implantação;
sócio-econômico e urbano com a proteção ambiental; IV - identificar e avaliar sistematicamente os impactos
II - subsidiar o processo de tomada de decisão pela ambientais previstos nas fases de planejamento, im-
SEMMA, e em ultima instancia pelo COMDEMA; plantação, operação e desativação, para cada alternativa
III - favorecer a concepção final de Planos, programas locacional e tecnológica anteriormente elencadas;
e projetos menos agressivos ao meio ambiente, V - considerar os Planos, programas e projetos
incorporando alternativas, recomendações, medidas governamentais, existentes ou propostos co-localizados,
mitigadoras e compensatórias, e o desenvolvimento observando efeitos cumulativos e sinérgicos;
de tecnologias mais adaptadas as condições dos locais VI - definir medidas mitigadoras e/ou compensatórias
onde serão implementados; para os impactos negativos;
IV - incrementar processos de mediação e solução de VII - propor medidas maximizadoras para os impactos
conflitos de uso dos recursos naturais por meio dos es- positivos;
clarecimentos sobre os impactos positivos e negativos VIII - estabelecer programas de monitoramento e
dos empreendimentos, auxiliando a negociação social; e auditorias;
V - apontar formas de controle e monitoramento IX - indicar a alternativa apta a conferir a melhor forma
eficazes dos recursos naturais demandados pelos de proteção dos recursos ambientais.
empreendimentos, ao poder público e aos particulares, Art. 41. O RIMA-Relatório de Impacto do Meio
reforçando a gestão ambiental. Ambiente e o documento que resume e sintetiza os
Art. 39. O processo de avaliação de impacto ambiental estudos técnico-científicos da avaliação de impactos
compreende as seguintes etapas: ambientais e deverá:
I - Relatório Ambiental Preliminar - RAP, a ser I - definir perfeitamente a significância dos impactos;
apresentado pelo empreendedor quando formatado II - refletir de forma objetiva e sem omissão os
o pertinente projeto básico, contendo a descrição de elementos Fundamentals do EPIA;
empreendimento, bem como, a caracterização do sitio III - usar linguagem acessível e recursos visuais de
pretendido e seu entorno, para balizar posicionamento modo que a comunidade possa entender o projeto, suas
pela SEMEIA sobre a obrigatoriedade ou não de vantagens e desvantagens, bem como as conseqüências
EPIA’s/RIMA’s-Estudos Prévios de Impacto Ambiental/ ambientais de sua implantação.
Relatórios de Impacto de Meio Ambiente - ou de estudos Art. 42. Os EPIA’s/RIMA’s deverão ser realizados por
mais sucintos e específicos sobre determinados recursos equipe multidisciplinar, coordenada por técnico com
ambientais; ART - Anotação de Responsabilidade Técnica junto aos
II - Definição pela SEMMA do Termo de Referenda, que órgãos representativo de sua categoria profissional,
Leis e Decretos
compreende roteiro de orientação para a elaboração responsável administrativa, civil e criminalmente pelos
de estudos específicos ou de EPIA/RIMA aplicado ao resultados e pelas informações apresentadas.
Municipais
257
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
empreendimento; ou por qualquer entidade sem fins XIV - empreendimentos que alterem a qualidade dos
lucrativos legalmente constituída; dos proponentes recursos naturais nas áreas de entorno das Unidades
do empreendimento; pelo Ministério Público, ou por de Conservação, bem como da Área de Proteção aos
determinação da própria SEMMA, deverá ser realizada Mananciais, com ênfase para as bacias hidrográficas
audiência pública, que será convocada através de edital do Rio Juruá, Rio moa e Igarapé São Salvador, igarapé
junto aos atos oficiais do Município. preto, Igarapé;
XV - projetos de exploração comercial de insumos
CAPÍTULO III florestais;
DO LICENCIAMENTO XVI - estudos, pesquisas e manipulação de material
genético;
Art. 46. Dependem de licença ambiental municipal, XVII - empreendimentos turísticos que utilizem área de
expedida pela SEMMA, com ciência ao COMDEMA, relevante interesse ambiental ou seu entorno;
quaisquer empreendimentos, públicos ou privados, XVIII - cemitérios, necrotérios e crematórios.
em que o Poder Executivo Municipal entenda existir Parágrafo único. Para efeito de enquadramento
potencial de impacto ambiental local. definitivo, a regulamentação da presente lei deverá
Parágrafo único. Considera-se empreendimento a observar as atividades acima listadas, tipificando-as
construção, instalação, ampliação, funcionamento, em função de seu potencial poluidor e porte. Até que
reforma, recuperação, alteração e/ou operação de seja promulgada a referida regulamentação caberá a
estabelecimento, execução de obras ou de atividades, SEMMA, observada a legislação ambiental estadual e
assim como as propostas legislativas ou Políticas federal em vigor, decidir para estas atividades sobre a
que impliquem em Planos, programas e projetos exigência de EPIA/RIMA.
governamentais do Município. Art. 50. Na zona urbana do Município, além
Art. 47. O processo de licenciamento ambiental será dos empreendimentos listados no artigo anterior,
iniciado com a entrega, pelo interessado, a SEMMA de dependerão também de licenciamento ambiental com
requerimento para licenciamento ambiental previamente lastro em EPIA/RIMA aprovado pela SEMMA, sem
instruído com a caracterização do empreendimento e o prejuízo de outras licenças ou autorizações legalmente
RAP - Relatório Ambiental Preliminar referido no artigo exigíveis por outros órgãos públicos, e observado
39 parágrafo único desta Lei. o Plano Diretor, as atividades relacionadas com os
Art. 48. Ressalvado o sigilo industrial, os pedidos de seguintes empreendimentos:
licenciamento, em qualquer das suas modalidades, sua I - empreendimentos para fins residenciais com área
renovação e a respectiva concessão de licença serão construída igual ou superior a 1.000m2;
objeto de publicação resumida, paga pelo interessado, II - empreendimentos para fins de uso comercial,
no jornal oficial do Estado e em periódico de grande industrial ou institucional, com área construída igual ou
circulação local, concomitantemente ao início do maior a 500 m2 ou com área de estacionamento maior
processo de licenciamento ambiental e conforme modelo ou igual a 5.000 m2;
a ser aprovado pelo COMDEMA. III - empreendimentos que possam ser tipificados como
pólo gerador de trafego tais como garagens de empresas
Art. 49. A SEMEIA solicitará quando entender
de transporte, terminais de ônibus, clubes, centros de
necessário ou em virtude de obrigação legal imposta
compras e outros;
pelas legislações federal, estadual e municipal
IV - aqueles tidos como de “usos especiais” em
a realização de EPIA/RIMA, para decidir sobre o
conformidade com as categorias previstas na
licenciamento ambiental das seguintes atividades:
legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo
I - projetos agropecuários acima de 1000 há;
do município.
II - atividades minerarias, com extração e/ou
beneficiamento, com ênfase para extração de areias Art. 51. A Licença Ambiental Municipal e dividida em
e argilas; três categorias:
III - oleodutos, gasodutos e minerodutos; I - Licença Previa (LP), na fase preliminar do
IV - sistemas de tratamento de esgotos; planejamento da atividade, contendo requisitos básicos
V - obras hidráulicas para sistemas: de captação, a serem atendidos nas fases de locação, instalação e
abastecimento e tratamento de água; de derivação para operação, observados os Planos municipais, estaduais
a irrigação ou abastecimento industrial; de construção ou federais de uso do solo;
de diques ou açudes; de drenagem e galerias de águas II - Licença de Instalação (LI), autorizando o início
pluviais; da implantação, de acordo com as especificações
VI - complexo e unidades industriais, bem como distritos constantes do Projeto Executivo aprovado; e
e zonas industriais; III - Licença de Operação (LO), autorizando, apos as
VII - sistemas de coleta, transporte, tratamento e verificações necessárias, o início da atividade licenciada
disposição final de resíduos sólidos, sejam estes e o funcionamento de seus equipamentos de controle da
domiciliares, provenientes de serviços de saúde ou poluição, de acordo com o previsto nas licenças previa
industriais; e de instalação.
VIII - estações e terminais de passageiros e/ou de § 1° As licenças ambientais expedidas pela SEMMA
cargas; terão o prazo máximo de validade de 3 anos e serão
IX - rodovias e novas obras viárias que impliquem renováveis, devendo ser submetidas ao processo de
em movimentação de terra acima de 150 (cento e reavaliação e revalidação com antecedência mínima de
cinqüenta) m3, cortes e aterros, ou que interceptem 120 dias da expiração do prazo de sua validade.
importantes corpos hídricos; § 2° Salvo necessidade de complementação das
X - portos, aeroportos e ferrovias ressalvadas as informações, a SEMMA terá o prazo máximo de 90 dias
competências do Estado e da UNIÃO; para emissão de parecer final.
XI - hidroelétricas e Termoelétricas; § 3° A licença ambiental não suprime as demais licenças
XII - projetos urbanísticos; de parcelamento do solo exigidas por outros órgãos públicos.
urbano, considerando desmembramentos e loteamentos § 4° Os custos referentes às etapas de vistorias e análise
para quaisquer finalidades acima de 5 (cinco) hectares dos EPIA/RIMA’s, para fins de licenciamento ambiental
ou em áreas consideradas de relevante interesse das atividades relacionadas nos artigos anteriores, será
ambiental a critério da SEMMA; correspondente ao tipo de licença requerido; ao porte do
XIII - locais de produção, armazenagem e comercialização empreendimento e ao seu potencial poluidor, segundo
de produtos perigosos; valores a serem regulamentados por decreto.
258
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Art. 52. Para fazer face à reparação dos danos nacionais ou internacionais cuja execução seja de
ambientais causados pela destruição ou alteração competência da SEMMA, observadas as obrigações
de significativa cobertura vegetal preexistente, o contidas nos respectivos instrumentos;
licenciamento de empreendimentos de grande porte terá IV - as contribuições resultantes de doações de pessoas
sempre como um dos seus pré-requisitos, a destinação físicas e jurídicas ou de organismos públicos ou privados,
de no mínimo 1% do valor total do empreendimento, nacionais ou internacionais;
a ser recolhido a conta do FMMA, para investimentos V - rendimento de qualquer natureza que venha a
nas Unidades de Conservação já existentes em território auferir como remuneração decorrente de aplicação de
municipal. seu patrimônio;
Art. 53. O licenciamento ambiental de empreendimentos VI - outros rendimentos que por sua natureza possam
públicos revestidos de notado interesse social e/ou utili- ser destinados ao FMMA.
dade publica serão preferenciais a quaisquer outros que Parágrafo único. A SEMMA sempre que solicitada deverá
estejam tramitando pela SEMMA e prejudiciais àqueles dar ciência ao COMDEMA das receitas destinadas ao
localizados em sua área de influência. FMMA.
Art. 57. A gestão do FMMA será realizada por um
CAPÍTULO IV Conselho que terá como finalidade a aplicação dos
DO CADASTRO TÉCNICO DE ATIVIDADES recursos e prestação de contas.
POLUIDORAS E SISTEMA MUNICIPAL Art. 58. Compõe o Conselho Gestor do FMMA:
DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS I - O Secretário Municipal de Meio Ambiente, que será
seu presidente;
Art. 54. A SEMMA manterá cadastro técnico II - Um representante da Secretaria Municipal
atualizado, com a finalidade de realizar o controle e de Serviços Urbanos indicado diretamente pelo
a fiscalização da emissão de poluição ambiental dos Secretário;
empreendimentos potencialmente poluidores, bem III - Um representante da Secretaria Municipal da
como de atividades consumidoras de insumos florestais Educação indicado diretamente pelo Secretário;
com ênfase para madeireiras e serrarias, ou de grandes IV - Um representante da Secretaria Municipal de
volumes de água e geradoras de efluentes líquidos e de Agricultura indicado diretamente pelo Secretário;
emissões gasosas como as usinas termelétricas. V - Dois representantes do COMDEMA, escolhidos entre
§ 1° Pica o Poder Executivo Municipal, autorizado a os representantes da sociedade civil.
proceder através de licitação à compra de equipamentos Art. 59. É competência do Conselho Gestor do
e “softwares” necessários para formatação de um banco FMMA:
de dados e informações georeferenciadas, que permita I - Estabelecer normas e diretrizes para a gestão do
de modo eficiente um controle das atividades exercidas FMMA;
no município, cruzando e sobrepondo informações II - Aprovar operações de financiamento;
técnicas, espaciais e temporais em mapas com escalas III - Encaminhar o relatório anual de atividades
adequadas às necessidades do controle ambiental, bem desenvolvidas ao Prefeito;
como para prestar com agilidade informações sobre o IV - Prestar contas da gestão do Fundo ao COMDEMA,
estado de conservação dos recursos naturais, áreas de na forma prevista em leis e regulamentos.
risco, níveis de poluição e padrões de lançamento de
efluentes, aos munícipes e/ou a qualquer instituição CAPÍTULO VI
publica ou privada que venha a requerer tais dados. DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
§ 2° Para fazer face à instalação e manutenção do
banco de dados mencionados no parágrafo anterior, Art. 60. A Educação Ambiental e considerada um
e instituída a Taxa de Cadastro Técnico Municipal de instrumento indispensável para a implementação
Obras e Atividades Utilizadoras de Recursos Naturais, dos objetivos da Política Municipal de Meio Ambiente
a ser regulamentada por Decreto, no prazo de 180 dias estabelecida nesta Lei, devendo permear todas as ações
apos a vigência desta Lei. da SEMMA e do Executivo Municipal.
Art. 61. A SEMMA criara condições para garantir a
CAPÍTULO V implantação de programas de educação ambiental, as-
DO FUNDO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE segurando o caráter interinstitucional e multidisciplinar
das ações envolvidas.
Art. 55. Fica criado o Fundo Municipal de Meio Art. 62. A Educação Ambiental será promovida para
Ambiente-FMMA - vinculado ao orçamento da SEMMA toda a comunidade e em especial:
com o objetivo de concentrar recursos para o I - Na rede municipal de ensino, em todas as áreas
financiamento de projetos de interesse ambiental tais de conhecimento e no decorrer de todo o processo
como: campanhas educativas; recuperação de áreas educativo devendo conformar com os currículos e
degradadas; manutenção e consolidação de áreas verdes programas elaborados pela Secretaria Municipal da
municipais; zoneamentos e mapeamento das fontes de Educação;
poluição, reflorestamento das áreas de preservação II - Na rede Estadual de Ensino, em articulação com a
permanente; fomento a agricultura orgânica; o reforço Secretaria de Estado da Educação e Cultura;
Leis e Decretos
das ações de fiscalização e monitoramento; e Planos de III - Em apoio às atividades da rede particular através
Municipais
259
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
de adequação dos currículos e programas escolares a todos os usuários de um mesmo corpo hídrico para
referido no inciso I. implementar através de praticas associativistas e
cooperativistas a adoção de técnicas racionais de uso
TÍTULO IV do solo aptas a evitar sua erosão e assoreamento
DO USO E PROTEÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS das águas, bem como, sua poluição e contaminação
por qualquer meio e que deverá ser detalhado pelos
CAPÍTULO I referidos órgãos municipais no prazo de um ano a contar
DO SOLO da publicação da presente Lei.
260
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
de Meio Ambiente:
V - a multidisciplinaridade no trato das questões I - Induzir à adoção de hábitos, costumes, posturas e
Municipais
261
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
262
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Interno; municipais;
Deliberar sobre exclusão de membro titular ou suplente VIII - Manifestar-se, mediante estudos e pareceres
que não comparecer a três reuniões consecutivas ou técnicos sobre questões de interesse ambiental para
cinco alternadas, sem justificativas; a população do Município, encaminhando em casos
Propor a criação de Câmaras Técnicas ou Comissões de graves ocorrências ambientais, seus laudos ao
Especiais. Ministério Público;
Art. 15. As Câmaras Técnicas serão criadas pelo IX - Informar a população sobre os níveis de poluição,
Presidente e presididas por um dos Conselheiros, e a qualidade do meio ambiente, a presença de
terão a função de apreciar propostas apresentadas substâncias potencialmente nocivas à saúde, no meio
ao Conselho de acordo com o estabelecido em seu ambiente e nos alimentos, bem como resultados dos
Regimento Interno. monitoramentos e auditorias;
Art. 16. As Comissões Especiais serão criadas pelo X - Promover a educação ambiental nas escolas e nos
Presidente, na forma do Regimento Interno, e serão meios de comunicação;
263
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
floresta sob o regime do manejo sustentável; I - indicar formas de ocupação, tipos de usos e restringir
III - A indução e viabilização de processos gradativos de ou favorecer determinadas atividades;
mudança da forma de uso dos recursos naturais através II - elaborar propostas de planos de ação para proteger e
de planos, programas e projetos; melhorar a qualidade do meio ambiente e para o manejo
IV - O inventário dos recursos naturais disponíveis em dos espaços territoriais especialmente protegidos.
território municipal. Parágrafo único - O Zoneamento deverá contemplar
Parágrafo único. O planejamento é um processo as diretrizes gerais para elaboração do Plano Diretor
dinâmico, participativo, descentralizado e lastreado na de Drenagem e Esgotamento Sanitário, do Plano
realidade sócio-econômica e ambiental. Diretor de Contenção, Estabilização e Proteção de
Art. 27. O Planejamento Ambiental tem por Encostas Sujeitas a Erosão e Deslizamento; do Plano
objetivos: de Arborização Urbana e ao Ordenamento do Sistema
I - Produzir subsídios para a implementação de um Plano Viário considerando os vetores de expansão da área
de Ação Ambiental Integrado; urbana, entre outros.
II - Recomendar ações visando o aproveitamento
sustentável dos recursos naturais; SUB-SEÇÃO I
III - Subsidiar a análise dos estudos de impacto Dos Espaços Territoriais
ambiental; Especialmente Protegidos
IV - Fixar diretrizes para a orientação dos processos de
alteração do meio ambiente; Art. 33. Incumbe à SEMAT, a definição, criação,
V - Recomendar ações destinadas, a articular e implantação e controle de espaços territoriais a serem
integrar as ações desenvolvidas pelos diferentes órgãos protegidos, sejam de domínio público ou privado,
municipais, estaduais e federais; definidos como Unidades de Conservação Ambiental.
VI - Propiciar a participação da sociedade na sua § 1º. As Áreas de Proteção às fontes e Mananciais de
elaboração e aplicação; uso comunitário, deverão ser demarcadas através de
VII - Definir estratégias de conservação, de exploração lei específica, mediante proposta da SEMAT, ouvidas as
econômica auto-sustentável dos recursos naturais e de Secretarias de Obras e de Produção e Abastecimento,
controle das ações antrópicas. considerando as ocupações e usos já existentes, para
Art. 28. O Planejamento Ambiental tem como etapas impor restrições aos usos mais intensivos e índices de
básicas: ocupação máxima para cada propriedade.
I - A elaboração do diagnóstico ambiental considerando: § 2º. Nas Áreas de Proteção aos Mananciais não será
a) as condições dos recursos ambientais e da qualidade permitida a instalação de novas indústrias, devendo
ambiental, as fontes poluidoras, o uso e a ocupação do as já existentes ser estimuladas a transferir-se para
solo no território do Município de Epitaciolândia; outros locais.
b) as características locais e regionais de desenvolvimento § 3º. A recuperação das faixas de mata ciliar e a
sócio-econômico; despoluição e descontaminação dos corpos hídricos,
c) o grau de degradação dos recursos naturais; deve ser objeto de programa prioritário a ser elaborado
II - A definição das metas anuais e plurianuais a e coordenado pela SEMAT.
serem atingidas para a qualidade da água, do ar, do § 4º. O COMDEMA manifestar-se-á sobre a definição,
parcelamento, uso e ocupação do solo e da cobertura implantação criação e controle das Unidades de
vegetal; Conservação, que poderão ser criadas por Decreto, bem
III - A determinação de índices da capacidade de suporte como das Áreas de Proteção aos Mananciais, devendo
dos ecossistemas, bem como o grau de saturação das considerar a possibilidade de construir parcerias com
zonas urbanas, indicando limites de absorção dos a iniciativa privada, organizações não governamentais,
impactos provocados pelas atividades produtivas e de universidades e instituições de pesquisa para a gestão
obras de infra-estrutura. compartilhada destas áreas, bem como a parceria com
os demais municípios do Vale do Alto Acre.
SEÇÃO I § 5º. As áreas de cinturão verde do Município, mesmo
Do Zoneamento Ecológico - Econômico as destinadas aos pólos agro-florestais, deverão ter sua
destinação inalterada, proibindo-se qualquer alteração
Art. 29. O Zoneamento Ecológico - Econômico é o de sua vocação ainda que venham a ser tituladas e
instrumento legal que ordena a ocupação do espaço emancipadas.
no território do Município, segundo suas características Art. 34. São Unidades de Conservação Municipais:
ecológicas e econômicas. I - Reserva Biológica - com a finalidade de preservar
Art. 30. O Zoneamento Ecológico - Econômico tem ecossistemas naturais;
como objetivo principal orientar o desenvolvimento II - Áreas de Relevante Interesse Ecológico que abrigam
sustentável, através da definição de zonas ambientais exemplares raros da biota, exigindo cuidados especiais
classificadas de acordo com suas características físico- de proteção por parte do poder público;
bióticas, considerando-se as atividades antrópicas sobre III - Parques Municipais, conciliando a proteção
elas exercidas. ambiental com atividades de pesquisa científica e
paisagística, educação ambiental e visitação para lazer
Art. 31. O Zoneamento Ecológico Econômico, a ser
Leis e Decretos
e turismo;
estabelecido por lei, deverá considerar:
IV - Estações Ecológicas - áreas de valor ecológico
Municipais
265
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
266
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
sua totalidade, até a data do vencimento. cuja finalidade é a aplicação dos recursos e respectiva
Art. 50. Os valores constantes dos autos de infração prestação de contas.
poderão ser parcelados em até 10 vezes, quando iguais
ou superiores a 500 (quinhentas) UFIR’s. CAPÍTULO V
Art. 51. No caso de reincidência, a multa será aplicada Da Educação Ambiental
em dobro.
Art. 52. O infrator terá prazo de 10 (dez) dias Art. 56. A Educação Ambiental é considerada um
úteis para apresentar recurso à SEMAT, com efeito instrumento indispensável para a implementação
suspensivo, contados da lavratura do auto de infração, dos objetivos da Política Municipal de Meio Ambiente
formulado por escrito diretamente ao Secretário estabelecida nesta Lei, devendo permear todas as ações
Municipal de Meio Ambiente e Turismo, facultada a do Poder Executivo Municipal.
juntada de documentos. Art. 57. A SEMAT criará condições para garantir a
§ 1º. A SEMAT proferirá decisão no prazo de 10 (dez) implantação de programas de educação ambiental,
dias úteis. assegurando o caráter interinstitucional e multidisciplinar
§ 2º. Da decisão da SEMAT caberá recurso ao Conselho das ações envolvidas.
Municipal de Defesa do Meio Ambiente, com idênticos Art. 58. A Educação Ambiental será promovida para
prazos e efeito. toda a comunidade e em especial:
I - Na rede municipal de ensino, em todas as áreas
CAPÍTULO IV de conhecimento e no decorrer de todo o processo
Do Fundo Municipal de Meio Ambiente educativo devendo conformar com os currículos e
programas elaborados pela Secretaria Municipal da
Art. 53. Fica criado o Fundo Municipal de Meio Educação;
Ambiente - FMMA - vinculado ao orçamento da II - Em parceria com a rede Estadual de Ensino, em
SEMAT com o objetivo de concentrar recursos para articulação com a Secretaria de Estado da Educação
o financiamento de projetos de interesse ambiental e Cultura;
que visem: III - Em apoio às atividades da rede particular através
I - a promover a conservação do meio ambiente; de parcerias;
II - ao uso racional e sustentável de recursos IV - Para outros segmentos da sociedade civil
naturais; organizada, em especial aqueles que possam atuar
III - à manutenção, melhoria e recuperação da qualidade como agentes multiplicadores;
ambiental; V - Junto às entidades e associações ambientalistas;
IV - à promoção de Educação Ambiental em todos os VI - Junto a moradores de áreas contíguas às bacias
seus níveis; hidrográficas;
V - à reparação de danos causados ao meio VII - Junto às Prefeituras vizinhas, membros do
ambiente; CONDIAC.
VI - manutenção e consolidação de áreas verdes § 1º. Fica estabelecido o prazo de 60 dias a contar
municipais; da publicação da presente lei para que o Executivo
VII - zoneamentos e mapeamento das fontes de Municipal crie Grupo Conjunto de Trabalho entre a
poluição; SEMAT e a Secretaria Municipal de Educação com o
VIII - reflorestamento das áreas de preservação objetivo de indicar as ações que deverão ser executados
permanente; para iniciar o processo de adequação dos currículos e
IX - fomento à agricultura orgânica; programas escolares referido no inciso I.
X - o reforço das ações de fiscalização e
monitoramento; TÍTULO III
XI - planos de manejo sustentável dos recursos Do Uso e Proteção dos Recursos Naturais
naturais.
Art. 54. Constituem receitas do Fundo Municipal de CAPÍTULO I
Meio Ambiente: Do Solo
I - Arrecadação de multas e taxas previstas em leis e
regulamentos; Art. 59. O solo e o subsolo somente serão utilizados
II - Contribuições, subvenções e auxílios da UNIÃO, para destinação final de substâncias degradáveis ou
do Estado e do próprio Município e de suas respectivas não degradáveis de qualquer natureza, com autorização
autarquias, empresas públicas, sociedades de economia concedida pela SEMAT, após análise e aprovação do
mista e fundações; projeto apresentado.
III - As arrecadações resultantes de consórcios, Art. 60. O Plano Diretor e o Zoneamento Ambiental
convênios, contratos, e acordos específicos celebrados definirão as áreas propícias para o tratamento e
entre o Município e instituições públicas ou privadas, disposição final dos resíduos sólidos e líquidos no
nacionais ou internacionais cuja execução seja de território municipal.
competência da SEMAT, observadas as obrigações Art. 61. O Município através da SEMAT exercerá o
contidas nos respectivos instrumentos; controle e a fiscalização das atividades de destinação
Leis e Decretos
físicas e jurídicas ou de organismos públicos ou privados, agrotóxicos e outros biocidas, bem como de suas
nacionais ou internacionais; embalagens.
V - Rendimentos de qualquer natureza que venha a § 1º. As empresas que comercializam e fazem uso
auferir como remuneração decorrente de aplicação de de agrotóxicos e defensivos químicos no território
seu patrimônio; do Município, deverão estar cadastradas na SEMAT
VI - Outros rendimentos que por sua natureza possam e terão suas atividades constantemente fiscalizadas
ser destinados ao FMMA. pela mesma.
Parágrafo único. A SEMAT sempre que solicitada deverá §2°. As áreas rurais destinadas às atividades agro-
dar ciência ao COMDEMA das receitas destinadas ao pecuárias utilizadoras de defensivos e biocidas serão
FMMA e à sua destinação final. objeto de fiscalização conjunta entre a SEMAT e a
Art. 55. A gestão do FMMA será realizada pelo Secretaria Municipal de Produção, Abastecimento e
COMDEMA, sendo de responsabilidade do Secretário Desenvolvimento Sustentável.
Municipal de Meio Ambiente e Turismo a sua presidência, § 3º. Este artigo deverá ser regulamentado por decreto
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
requeridas ao Cadastro e Banco de Dados Ambientais ambiental, previamente analisados e aprovados pelo
gerados pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e
Turismo e pelo Cadastro Técnico Municipal de Atividades Turismo;
e investimentos de Defesa Ambiental; II – na aquisição de material permanente e de consumo
IX – Taxas cobradas pelo licenciamento ambiental; e de outros instrumentos necessários à aplicação da
X – Transferências efetuadas pela União, Estado e Política Municipal do Meio Ambiente;
Município; III – na contratação de serviços de terceiros objetivando
XI – Rendimentos e juros provenientes de aplicações a execução de programas e projetos da Secretaria
financeiras; Municipal do Meio Ambiente e Turismo;
XII – Doações em espécie e outras receitas; IV – em projetos, programas, pesquisas, promoções,
XIII – De outros recursos que, pela sua natureza, eventos e concursos com a finalidade de fomentar
possam ser destinados ao Fundo Municipal do Meio e estimular a defesa, recuperação e conservação do
Ambiente; meio ambiente natural e criado na área do Município
XIV – Recursos provenientes do ICMS Verde, nos termos de Epitaciolândia.
da Lei estadual 1.530, de 22 de janeiro de 2004 e suas V – no enriquecimento do acervo bibliográfico e
regulamentações; fonovideográfico da Secretaria Municipal do Meio
XV – Recursos provenientes do Município (3% do IPTU Ambiente e Turismo;
e ISS). VI – na produção de vídeos, filmes, discos, boletins,
§ 1° As receitas descritas neste artigo serão depositadas, jornais e revistas relacionados com questões
obrigatoriamente, em conta especial aberta e mantida ambientais;
em agência de estabelecimento oficial de crédito. (Banco VII – na edição de obras na área da educação ambiental
do Brasil 001 – Agência em Epitaciolândia-Ac 3952-7 e formal, não formal, informal e interinstitucional e do
Conta Corrente n° 14.838-5 conhecimento ambiental;
§ 2° A aplicação, em projetos e ações de interesse IX – no desenvolvimento e aperfeiçoamento de
ambiental, dos recursos de natureza financeira do Fundo instrumentos de gestão, planejamento, administração e
Municipal do Meio Ambiente, dependerá da existência da controle das ações envolvendo questões ambientais;
respectiva disponibilidade, em função do cumprimento X – no atendimento de despesas diversas, de caráter
de programação. de urgência e inadiáveis, necessárias à execução da
§ 3° O saldo financeiro, apurado em balanço anual ao política Municipal do Meio Ambiente;
final de cada exercício, será transferido para o exercício XI – no pagamento de despesas relativas a valores e
seguinte, a crédito do próprio Fundo Municipal do Meio contrapartidas estabelecidas em convênios e contratos
Ambiente. com órgãos públicos e privados de pesquisa e de
proteção ao meio ambiente.
DOS ATIVOS XII – no pagamento pela prestação de serviços a
entidades de direito privado, para a execução de
Art. 4° Constituem ativos de Fundo Municipal do programas ou projetos específicos do setor de meio
Meio Ambiente: ambiente;
I – Disponibilidades monetárias originárias das receitas XIII – em outras questões de interesse e comprovada
especificadas; relevância ambiental;
II – Direitos que porventura vier a constituir; XIII – em custeios de diárias e passagens, desde que
III – Bens patrimoniais. em atividades de interesse ambiental;
§ 1° Os recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente
DOS PASSIVOS poderão, também, ser aplicados para o atendimento
de convênios a serem celebrados entre o Município de
Art. 5° Constituem passivos do Fundo Municipal do Epitaciolândia e órgãos ou entidades integrantes da
Meio Ambiente as obrigações de qualquer natureza, Administração Direta e Indireta da União, do Estado e
que porventura venha a assumir, para a manutenção dos Municípios, bem assim com entidades privadas, e
e funcionamento da Política Municipal do Meio cujos objetivos, desde que não possuam fins lucrativos,
Ambiente. estejam associados aos objetivos do Fundo Municipal
do Meio Ambiente.
DO ORÇAMENTO § 2° O Secretário Municipal do Meio Ambiente e Turismo,
através de instrumento legal, declarará incorporados
ao patrimônio do Fundo Municipal do Meio Ambiente
Art. 6° O orçamento do Fundo Municipal do Meio
os equipamentos que vierem a ser adquiridos pela
Ambiente evidenciará as políticas e o programa de
Administração Municipal, ou obtidos através de doações
trabalho governamental, e de apoio a projetos de
ou qualquer outra forma Municipal do Meio Ambiente.
Organizações Não Governamentais devidamente
aprovados pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio
DA ADMINISTRAÇÃO
Ambiente e Turismo (COMDEMATUR), observados o
Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias, e
os princípios da universalidade e do equilíbrio. Art. 8° O Fundo Municipal de Meio Ambiente será
Leis e Decretos
§ 1° O orçamento do Fundo Municipal do Meio Ambiente administrado pela Secretaria Municipal do Meio
integrará o orçamento do Município, em obediência ao Ambiente e Turismo, a quem caberá:
Municipais
principio da unidade, e observará na sua elaboração I – estabelecer e executar políticas de aplicação dos
e execução, os padrões e normas estabelecidas na recursos do Fundo, observadas as diretrizes básicas e
legislação pertinente. prioritárias definidas pela Administração Municipal, em
§ 2° Os recursos orçamentários e extra-orçamentários conjunto com o Conselho Municipal de Defesa do Meio
que integram o Fundo Municipal do Meio Ambiente Ambiente e Turismo;
somente poderão ser aplicados na consecução de ações II – submeter ao Conselho Municipal de Defesa do Meio
da Política do Meio Ambiente. Ambiente e Turismo o plano de aplicação dos recursos
do Fundo, em consonância com a Política Municipal do
DA APLICAÇÃO DOS RECURSOS Meio Ambiente;
III – acompanhar, avaliar e decidir sobre a realização das
ações previstas na Política Municipal do Meio Ambiente,
Art. 7° Os recursos do Fundo Municipal do Meio
em consonância com as deliberações do Conselho
Ambiente serão aplicados:
Municipal de Defesa do Meio Ambiente e Turismo;
I – em projetos, programas e ações de interesse
269
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
270
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Meio Ambiente é o órgão consultivo, deliberativo e de XVII- Deliberar sobre qualquer matéria concernente às
assessoramento do Poder Executivo, no âmbito de sua questões ambientais dentro do território municipal e
competência, sobre as questões ambientais propostas acionar, quando necessário, os organismos federais e
nesta e demais lei correlatas do município. estaduais para a implantação das medidas pertinentes
Parágrafo 2º- O Conselho Municipal de Defesa do Meio à proteção ambiental local;
Ambiente terá como objetivo assessorar a gestão da XVIII- Analisar e relatar sobre os possíveis casos de
Política Municipal do Meio Ambiente, com o apoio dos degradação e poluição ambientais que ocorram dentro
serviços administrativos da Prefeitura Municipal. do território municipal, diligenciando no sentido de sua
Art. 2° O Conselho Municipal de Defesa do Meio apuração e, sugerir ao Prefeito as providências que
Ambiente deverá observar as seguintes diretrizes: julgar necessárias;
I- Interdisciplinaridade no trato das questões ambientais; XIX- Incentivar a parceria do Poder Público com os
II- Participação comunitária; segmentos privados para gerar eficácia no cumprimento
III- Promoção da saúde pública e ambiental; da legislação ambiental;
IV- Compatibilização com as políticas do meio ambiente XX- Deliberar sobre a coleta, seleção, armazenamento,
nacional e estadual; tratamento e eliminação dos resíduos domiciliares,
V- Compatibilização entre as políticas setoriais e demais industriais, hospitalares e de embalagens de fertilizantes
ações do governo; e agrotóxicos, no município, bem como a destinação
VI- Exigência de continuidade, no tempo e no espaço, final de seus efluentes em mananciais;
das ações de gestão ambiental; XXI- Deliberar sobre a instalação ou ampliação de
VII- Informação e divulgação obrigatória e permanente indústrias nas zonas de uso industrial saturadas ou em
de dados, condições e ações ambientais; vias de saturação;
VIII- Prevalência do interesse público sobre o XXII- Sugerir vetos a projetos inconvenientes ou nocivos
privado; à qualidade de vida municipal;
IX- Propostas de reparação do dano ambiental XXIII- Cumprir e fazer cumprir as leis, normas e
independentemente de outras sanções civis ou diretrizes municipais, estaduais e federais de proteção
penais. ambiental;
Art. 3° Ao Conselho Municipal de Defesa do Meio XXIV- Zelar pela divulgação das leis, normas, diretrizes,
Ambiente compete: dados e informações ambientais inerentes ao patrimônio
I- Propor diretrizes para a Política Municipal do Meio natural, cultural e artificial municipal;
Ambiente; XXV- Deliberar sobre o licenciamento ambiental na fase
I I- C o l a b o ra r n o s e s t u d o s e e l a b o ra ç ã o d o s prévia, instalação, operação e ampliação de qualquer
planejamentos, planos, programas e ações de tipo de empreendimento que possa comprometer a
desenvolvimento municipal e em projetos de lei sobre qualidade do meio ambiente;
parcelamento, uso e ocupação do solo, plano diretor e XXVI- Recomendar restrições a atividade agrícolas ou
ampliação de área urbana; industriais, rurais ou urbanas, capazes de prejudicar o
III- Estimular e acompanhar o inventário dos bens que meio ambiente;
deverão constituir o patrimônio ambiental (natural, XXVII- Decidir, em instância de recurso, sobre as multas
étnico e cultural) do município; e outras penalidades impostas pelo órgão municipal
IV- Propor o mapeamento das áreas críticas e a competente;
identificação de onde se encontram obras ou atividade XXVIII- Analisar anualmente o relatório de qualidade
utilizadoras de recursos ambientais, consideradas do meio ambiente municipal;
efetiva ou potencialmente poluidoras; XXIX- Criar mecanismos que incentivem a organização
V- Avaliar, definir, propor e estabelecer normas (técnicas da sociedade civil em cooperativas, associações e outras
e legais), critérios e padrões relativos ao controle e formas legais para democratizar a participação popular
a manutenção da qualidade do meio ambiente, com no Conselho de Defesa do Meio Ambiente;
vistas ao uso racional dos recursos ambientais, de XXX- Gerir e participar das decisões sobre a aplicação
acordo com a legislação pertinente, supletivamente ao dos recursos destinados ao Meio Ambiente, propondo
Estado e à União; critérios para a sua programação e avaliando os
VI- Promover e colaborar na execução de programas programas, projetos, convênios, contratos e quaisquer
intersetoriais de proteção ambiental do município; outros atos que serão subsidiados pelo mesmo;
VII- Fornecer informações e subsídios técnicos relativos XXXI- Fazer gestão junto aos organismos estaduais
ao conhecimento e defesa do meio ambiente, sempre e federais quando os problemas ambientais dentro
que for necessário; do território municipal ultrapassem sua área de
VIII- Propor e acompanhar os programas de educação competência ou exija medidas mais tecnológicas para
ambiental; se tornarem mais efetivas;
IX- Promover e colaborar em campanhas educacionais e XXXII- Convocar ordinariamente a cada dois (02)
na execução de um programa de formação e mobilização anos, ou extraordinariamente, por maioria absoluta de
ambiental; seus membros a Conferência Municipal Ambiental, que
X- Manter intercâmbio com as entidades públicas e terá a atribuição de avaliar a situação da preservação,
privadas de pesquisa e atuação na proteção do meio conservação e efetivação de medidas voltadas ao meio
ambiente e, como conseqüência propor diretrizes a
Leis e Decretos
ambiente;
XI- Identificar e comunicar aos órgãos competentes serem tomadas;
Municipais
as agressões ambientais ocorridas nos municípios, XXXIII- Acompanhar e avaliar a gestão dos recursos,
sugerindo soluções reparadoras; bem como os ganhos sociais e de desempenho dos
XII- Assessorar os consórcios intermunicipais de programas a serem tomadas;
proteção ambiental; XXXIV- Elaborar e aprovar seu Regimento Interno.
XIII- Convocar as audiências públicas nos termos da Art. 4° O Conselho Municipal de Defesa do Meio
legislação; Ambiente será constituído por conselheiros que formarão
XIV- Propor a recuperação dos recursos hídricos e das o colegiado, obedecendo-se à distribuição paritária entre
matas ciliares; Poder Público e Sociedade Civil Organizada.
XV- Proteger o patrimônio histórico, estético, Parágrafo 1º- O número de conselheiros será proporcional
arqueológico, paleontológico e paisagístico; ao número de habitantes do município, obedecendo-se
XVI- Exigir, para exploração dos recursos ambientais, ao mínimo de 10 e o máximo de 20 membros.
prévia autorização mediante análise de estudos Parágrafo 2º- Será membro nato do Conselho
ambientais;
271
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
272
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
VIII. Preservar e conservar as áreas protegidas no manutenção dos ecossistemas existentes, garantindo-se
Município; a biodiversidade;
IX. Estimular o desenvolvimento de pesquisas e uso X. Manejo: técnica de utilização racional e controlada
adequado dos recursos ambientais, naturais ou não; de recursos ambientais mediante a aplicação de
X. Promover a educação ambiental na sociedade e conhecimentos científicos e técnicos, visando atingir
especialmente na rede de ensino municipal; os objetivos de conservação da natureza;
XI. Promover o zoneamento ambiental. XI. Gestão ambiental: tarefa de administrar e controlar
os usos sustentados dos recursos ambientais, naturais
SEÇÃO III ou não, por instrumentação adequada - regulamentos,
DOS INSTRUMENTOS normatização e investimentos públicos - assegurando
racionalmente o conjunto do desenvolvimento produtivo
Art. 4º - São instrumentos da política municipal de social e econômico em benefício do meio ambiente;
meio ambiente: XII. Áreas de Preservação Permanente: porções
I. Zoneamento ambiental; do território municipal, incluídas as ilhas costeiras
II. Ordenamento Territorial Local; e oceânicas, de domínio público ou privado,
III. Educação ambiental; destinadas à preservação de suas características
IV. Criação e manutenção de espaços territoriais ambientais relevantes, assim definidas em lei;
especialmente protegidos; XIII. Unidades de Conservação: parcelas do território
V. Licenciamento ambiental; municipal, incluindo as áreas com características
VI. Controle e fiscalização ambiental; ambientais relevantes de domínio público ou privado
VII. Monitoramento ambiental; legalmente constituídas ou reconhecidas pelo Poder
VIII. Recuperação ambiental; Público, com objetivos e limites definidos, sob regimes
IX. Fundo Municipal do Meio Ambiente e Turismo; especiais de administração, às quais se aplicam
X. Manejo sustentável dos recursos naturais; garantias adequadas de proteção;
XI. Desenvolvimento científico e tecnológico e sua
divulgação; CAPÍTULO II
XII. Instrumentos econômicos; DO SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
XIII. Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável;
XIV. Fomento a participação social nas questões SEÇÃO I
ambientais. DA ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DO SISTEMA
DE MEIO AMBIENTE:
atividade causadora de poluição ou degradação efetiva
I. Participar do planejamento das políticas públicas do
ou potencial;
Município;
VI. Recursos ambientais: a atmosfera, as águas
II. Elaborar o Plano de Ação de Meio Ambiente e a
interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o
respectiva proposta orçamentária;
mar territorial, o solo, o subsolo, a fauna e a flora;
III. Coordenar as ações dos órgãos integrantes do
VII. Proteção: procedimentos integrantes das práticas
SIMMA;
de conservação e preservação da natureza;
IV. Exercer o controle, o monitoramento e a avaliação
VIII. Preservação: proteção integral do atributo natural,
dos recursos naturais do Município;
admitindo apenas seu uso indireto;
V. Realizar o controle e o monitoramento das atividades
IX. Conservação: uso sustentável dos recursos naturais,
produtivas e dos prestadores de serviços quando
tendo em vista a sua utilização sem colocar em risco a
potencial ou efetivamente poluidores ou degradadores
do meio ambiente;
273
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
274
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
constituídas, serão indicados pelos dos fóruns governamentais para o desenvolvimento de ações
representativos das mesmas. educativas na área ambiental no Município, incluindo a
§ 4º - Os membros do CMATUR e seus respectivos formação e capacitação de recursos humanos;
suplentes serão indicados pelas entidades nele V. Desenvolver ações de educação ambiental junto à
representadas e designadas por ato do Prefeito Municipal, população do Município.
para mandato de 02 (dois) anos, permitida a recondução.
§ 5º - O mandato para membro do CMATUR será gratuito SEÇÃO III
e considerado serviço relevante para o Município. DA CRIAÇÃO E MANUTENÇÃO DE ESPAÇOS
§ 6º - A Secretaria Executiva é órgão de suporte TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS
administrativo da Presidência, do Plenário e das Câmaras
Especializadas e a função de Secretário Executivo do Art. 22 - Os espaços territoriais especialmente
CMATUR é exercida pelo Secretario da SECRETARIA protegidos, sujeitos a regime jurídico especial, são
MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE. os definidos nesta seção, cabendo ao Município sua
§ 7º - As regras de funcionamento do CMATUR serão delimitação, quando não definidos em lei.
previstas em seu Regimento Interno. Art. 23 - São espaços territoriais especialmente
Art. 15 - O CMATUR deverá dispor de câmaras protegidos:
especializadas como órgãos de apoio técnico às suas I. As áreas de preservação permanente em conformidade
ações consultivas, deliberativas e normativas, caso seja com o disposto no Código Florestal;
necessário e determinado em plenária. II. As unidades de conservação;
Art. 16 - A estrutura necessária ao funcionamento III. As áreas verdes públicas e particulares, com
do CMATUR será de responsabilidade da SECRETARIA vegetação relevante ou florestada;
MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE. IV. Os recursos hídricos do município;
V. Outros espaços públicos definidos por ato
CAPÍTULO III administrativo ou lei.
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA Art. 24 - As unidades de conservação são criadas por
MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE ato do Poder Público e definidas dentre outras, segundo
as seguintes categorias:
SEÇÃO I I. Estação ecológica;
NORMAS GERAIS II. Reserva biológica;
III. Parque municipal;
Art. 17 - Os instrumentos da política municipal de IV. Monumento natural;
meio ambiente, elencados no artigo 4º desta Lei, serão V. Refúgio de vida silvestre;
definidos e regulamentados neste capitulo. VI. Reserva particular do patrimônio natural;
Art. 18 - Cabe ao Município a implementação dos VII. Floresta municipal;
instrumentos da política municipal de meio ambiente, VIII. Área de relevante interesse ecológico;
para a perfeita consecução dos objetivos definidos no IX. Reserva da fauna;
capítulo I, seção II, desta Lei. X. Reserva de desenvolvimento sustentável;
XI. Área de proteção ambiental.
SEÇÃO II Parágrafo único - Deverá constar no ato do Poder Público
DO ZONEAMENTO AMBIENTAL a que se refere o caput deste artigo diretrizes para
a regularização fundiária, demarcação e fiscalização
Art. 19 - O zoneamento ambiental consiste na definição adequada, bem como a indicação da respectiva área
de áreas doterritório do Município, de modo a regular do entorno.
atividades bem como definir ações para a proteção e Art. 25 - A alteração adversa, a redução da área ou
melhoria da qualidade do ambiente, considerando as a extinção de unidades de conservação somente será
características ou atributos das áreas. possível mediante lei municipal.
§1º - O Zoneamento Ambiental será definido a partir Art. 26 - O Poder Público poderá reconhecer, na forma
das informações levantadas pelo Zoneamento Ecológico da lei, unidades de conservação de domínio privado.
Econômico do Governo do Estado, devendo ser
detalhado de forma participativa com a comunidade. SEÇÃO IV
§2º - O Zoneamento Ambiental deverá instrumentalizar DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
a elaboração do zoneamento do uso do solo, especifico
para a sede do município. Art. 27 - A execução de planos, programas, obras, a
localização, a instalação, a operação e a ampliação de
SEÇÃO II atividade e o uso e exploração de recursos ambientais
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL de qualquer espécie, de iniciativa privada ou do Poder
Público Federal, Estadual ou Municipal, consideradas
Art. 20 - A educação ambiental, em todos os níveis efetiva ou potencialmente poluidoras, ou capazes,
de ensino da rede municipal, e a conscientização pública de qualquer forma, de causar degradação ambiental,
para a preservação e conservação do meio ambiente, dependerão de prévio licenciamento municipal,
Leis e Decretos
são instrumentos essenciais e imprescindíveis para a com anuência da SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO
Municipais
garantia do equilíbrio ecológico e da sadia qualidade AMBIENTE, sem prejuízo de outras licenças legalmente
de vida da população. exigíveis.
Art. 21 - O Poder Público, na rede escolar municipal Art. 28 – A emissão das licenças ambientais
e na sociedade, deverá: pelo município serão efetuadas tendo por base os
I. Apoiar ações voltadas para introdução da educação instrumentos regulatórios firmados com o órgão
ambiental em todos os níveis de educação formal e estadual de meio ambiente.
não formal; Art. 29 – A SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO
II. Promover a educação ambiental em todos os níveis AMBIENTE expedirá as seguintes licenças:
de ensino da rede municipal; I. Licença Municipal Prévia - LMP;
III. Fornecer suporte técnico/conceitual nos projetos ou II. Licença Municipal de Instalação - LMI;
estudos interdisciplinares das escolas da rede municipal III. Licença Municipal de Operação – LMO.
voltados para a questão ambiental; Art. 30 – Considera-se para efeito desta Lei os
IV. Articular-se com entidades jurídicas e não
275
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
dispositivos federais e estaduais existentes para sólidos urbanos, incluindo coleta seletiva, segregação,
definição das diretrizes dos procedimentos para reciclagem, compostagem e outras técnicas que
emissão das licenças ambientais, sendo que o CMATUR promovam a redução do volume total dos resíduos
estabelecerá prazos de validade das licenças emitidas, sólidos gerados.
taxas de licenciamento e procedimentos administrativos Art. 39 - O controle da emissão de ruídos no Município
para o licenciamento. visa garantir o sossego e bem-estar público, evitando
Art. 31 - Considera-se impacto ambiental qualquer sua perturbação por emissões excessivas ou incômodas
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas de sons de qualquer natureza ou que contrariem os
do meio ambiente, causada por qualquer forma de níveis máximos fixados em lei ou regulamento.
matéria ou energia, resultante das atividades humanas Art. 40 - Fica proibida a utilização ou funcionamento
que, direta ou indiretamente, afetem: de qualquer instrumento ou equipamento, móvel ou
I. A saúde, a segurança e o bem-estar da população; imóvel, que produza, reproduza ou amplifique o som, no
II. As atividades sociais e econômicas; período diurno ou noturno, sem a prévia autorização da
III. A biota; SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE.
IV. As condições estéticas e sanitárias do meio Art. 41 - A exploração ou utilização de veículos de
ambiente; divulgação presentes na paisagem urbana e visíveis
V. A qualidade e quantidade dos recursos ambientais; dos logradouros públicos poderá ser promovida por
VI. Os costumes, a cultura e as formas de sobrevivência pessoas físicas ou jurídicas, desde que autorizadas pelo
das populações. órgão competente.
Art. 32 - Para os efeitos desta lei, denomina- Art. 42 - É considerada poluição visual qualquer
se auditoria ambiental o desenvolvimento de um limitação à visualização pública de monumento natural
processo documentado de inspeção, análise e avaliação e de atributo cênico do meio ambiente natural ou criado,
sistemática das condições gerais e específicas de sujeitando o agente, a obra, o empreendimento ou a
funcionamento de atividades ou desenvolvimento atividade ao controle ambiental.
de obras, causadores de impacto ambiental, com o
Art. 43 - É dever do Poder Público controlar e fiscalizar
objetivo de verificação de desvios ocorridos nos sistemas
a produção a estocagem, o transporte, a comercialização
de controle ambiental propostos em processos de
e a utilização de substâncias ou produtos perigosos,
licenciamento ambiental.
bem como as técnicas, os métodos e as instalações
Parágrafo único – O processo de auditoria poderá ser
que comportem risco efetivo ou potencial para a sadia
realizado sob supervisão da SECRETARIA MUNICIPAL
qualidade de vida e do meio ambiente.
DE MEIO AMBIENTE ou pelo órgão estadual de meio
ambiente, conforme estabelecido por termo de Art. 44 - Os veículos, as embalagens e os
cooperação especifico. procedimentos de transporte de cargas perigosas
devem seguir as normas pertinentes da ABNT e a
SEÇÃO V legislação em vigor, e encontrar-se em perfeito estado
DO CONTROLE E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL de conservação, manutenção e regularidade e sempre
devidamente sinalizados.
Art. 33 - É vedado o lançamento ou a liberação nas Art. 45 - É vedado o transporte de cargas perigosas
águas, no ar ou no solo, de toda e qualquer forma de dentro do Município sem a prévia autorização da
matéria ou energia, que cause comprovada poluição SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE.
ou degradação ambiental, ou acima dos padrões Art. 46 - A fiscalização do cumprimento das
estabelecidos pela legislação. disposições desta lei e das normas dela decorrentes
Art. 34 - O Poder Executivo, através da SECRETARIA será realizada pelos agentes de proteção ambiental da
MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, tem o dever de SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, pelos
determinar medidas de emergência a fim de evitar demais servidores públicos para tal fim designados.
episódios críticos de poluição ou degradação do meio Art. 47 – SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO
ambiente ou impedir sua continuidade, em casos de AMBIENTE, no exercício da fiscalização ambiental,
grave ou iminente risco para a saúde pública e o meio articular-se-á, mediante convênio, com os órgãos
ambiente, observado a legislação vigente. federais e estaduais que direta ou indiretamente
Art. 35 - Não será permitida a implantação, ampliação exerçam atribuições de proteção, conservação e
ou renovação de quaisquer licenças ou alvarás melhoria do meio ambiente, visando promover a
municipais de instalações ou atividades em débito com coordenação de atividades de forma a resguardar as
o Município, em decorrência da aplicação de penalidades respectivas áreas de competência.
por infrações à legislação ambiental. Art. 48 - É assegurado a qualquer cidadão o direito de
Art. 36 - As revisões periódicas dos critérios e padrões exercer a fiscalização ambiental, mediante comunicação
de lançamentos de efluentes poderão conter novos do ato ou fato de que decorra infração à legislação
padrões bem como substâncias ou parâmetros não ambiental à SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO
incluídos anteriormente no ato normativo. AMBIENTE ou à autoridade policial, que adotarão as
providências cabíveis, sob pena de responsabilidade.
Art. 37 - Ficam vedadas:
I. A queima ao ar livre de materiais que comprometam Art. 49 - No exercício da ação fiscalizadora serão
de alguma forma o meio ambiente ou a sadia qualidade assegurados aos agentes fiscais credenciados o livre
de vida; acesso e a permanência, pelo tempo necessário, nos
II. A emissão visível de poeiras, névoas e gases, estabelecimentos públicos ou privados.
excetuando-se o vapor d’água, em qualquer operação Parágrafo único – O agente de fiscalização municipal é
de britagem, moagem e estocagem; um agente do SIMMA tendo dentre outras atribuições a
III. A emissão de odores que possam criar incômodos de fazer cumprir a Lei de Crimes Ambientais.
à população; Art. 50 - Mediante requisição da SECRETARIA
IV. A emissão de substâncias tóxicas, conforme MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, o agente credenciado
enunciado em legislação específica; poderá ser acompanhado por força policial no exercício
V. A transferência de materiais que possam provocar da ação fiscalizadora.
emissões de poluentes atmosféricos acima dos padrões Art. 51 - Aos agentes de proteção ambiental
estabelecidos pela legislação. credenciados compete:
Art. 38 - O Município deverá implantar adequado I. Efetuar visitas e vistorias;
sistema de coleta, tratamento e destinação dos resíduos II. Verificar a ocorrência da infração;
276
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
poder público municipal deverão ser previstos recursos VII. Biotecnologia de qualquer natureza;
Municipais
financeiros para recuperação ambiental de áreas que VIII. Manejo e ecossistemas naturais.
estejam comprometendo a saúde publica e atrativos
Art. 63 – A SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO
naturais.
AMBIENTE deverá coletar, processar, analisar e,
SEÇÃO VIII
obrigatoriamente, divulgar dados e informações
DO FUNDO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE
referentes ao meio ambiente.
Art. 64 - O banco de dados de interesse ambiental
Art. 56 - O Fundo Municipal do Meio Ambiente e e desenvolvimento sustentável serão organizados,
Turismo - FMATUR tem como objetivo financiar planos,
mantidos e atualizados sob responsabilidade da
projetos, programas, pesquisas e atividades que visem
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE para
o uso racional e sustentado dos recursos ambientais,
utilização, pelo Poder Público e pela sociedade.
bem como prover os recursos necessários ao controle,
fiscalização, defesa e recuperação do meio ambiente e
às ações de fortalecimento institucional.
277
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
SEÇÃO XI CAPÍTULO IV
DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 65 - O Município implantará instrumento Art. 76 - Aos infratores desta Lei, de seu Regulamento
institucionais, econômicofinanceiros, creditícios, fiscais, e das demais normas de proteção e conservação do meio
de apoio técnico-científico e material, dentre outros, ambiente, aplicam-se as seguintes penalidades, sem
como forma de estímulo a terceiros, pessoas físicas prejuízo das sanções cíveis e penais cabíveis:
ou jurídicas, de direito público, sem fins lucrativos, I. Notificação;
que atuam sistematicamente no desenvolvimento de II. Multa simples;
ações de cunho sustentável, preservação e controle III. Multa diária;
ambiental. IV. Interdição temporária ou definitiva de atividade;
Art. 66 – A Câmara de Vereadores estabelecerá norma V. Apreensão de instrumentos utilizados na prática
especifica para definição de critérios de cobrança de da infração e dos produtos dela decorrentes, animais,
taxas municipais para empresas que em sua atividade produtos e subprodutos da fauna e flora;
promovam a degradação ou/ e a poluição ambiental, VI. Destruição e inutilização do produto;
estas serão transferidas para o FMATUR. VII. Suspensão parcial ou total das atividades;
Art. 67 – A Câmara de Vereadores estabelecerá norma VIII. Embargo de obra ou atividade;
especifica de diminuição de impostos e taxas municipais IX. Demolição de obra;
para empresas que em sua atividade gerem benefícios X. Perda ou suspensão de financiamentos, incentivos e
ambientais e/ou utilizem de forma sustentável os benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público.
recursos naturais. XI. Restritiva de direitos
§ 1º - Ressalvado o disposto no inciso VIII deste artigo,
Art. 68 – O CMATUR estabelecerá os princípios para
as penalidades por infração à legislação ambiental
classificação das atividades descritas nos artigos 68
serão aplicadas pela SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO
e 69.
AMBIENTE.
SEÇÃO XII
§ 2º - As penalidades previstas nos incisos IV a IX
DO PLANO DIRETOR DE
poderão ser aplicadas sem prejuízo das previstas nos
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
incisos I, II e III deste artigo.
Art. 77 - Constatada a irregularidade, será lavrado o
Art. 69 – O poder público municipal atenderá
auto correspondente, dele constando:
as diretrizes do Plano Diretor de Desenvolvimento
I. O nome da pessoa física ou jurídica autuada, com
Sustentável visando à melhoria da qualidade de vida
respectivo endereço;
da população, promover transformações econômicas e
II. O fato constitutivo da infração e o local, hora e data
sociais, garantir o progresso municipal, a conservação
respectivos;
do meio- ambiente e viabilizar a integração estadual
III. O fundamento legal da autuação;
e municipal.
IV. A penalidade aplicada e, quando for o caso, o prazo
Art. 70 – Deverá ser utilizada as diretrizes do para correção da irregularidade;
Zoneamento Ecológico Econômico como instrumento de V. Nome, função e assinatura do autuante;
diagnóstico do município, devendo este ser detalhado, VI. Prazo para apresentação da defesa.
para a definição das estratégias sócio-econômicas e
Art. 78 - Na lavratura do auto, as omissões ou
ambientais a serem estabelecidas no Plano.
incorreções não acarretarão nulidade, se do processo
Art. 71 – O poder público municipal incentivará a constarem elementos suficientes para determinação da
participação da comunidade, empresários, políticos, infração e do infrator.
associações, ONG’s e do poder público é obrigatória
Art. 79 - A assinatura do infrator ou seu representante
na implementação do plano diretor que materialize a
não constitui formalidade essencial à validade do auto,
vocação natural da sociedade e do meio-ambiente, como
nem implica em confissão, nem a recusa constitui
meio de garantir um futuro desejável e factível.
agravante.
Art. 72 - A revisão e atualização do Plano Diretor
Art. 80 - Para fins de aplicação das penalidades a que
de Desenvolvimento Sustentável, referente a Linha
se refere o artigo anterior, as infrações classificam-se
Estratégica do Uso sustentável e proteção do meio
como leves, graves e gravíssimas.
ambiente natural a partir de uma gestão ambiental
§ 1º - São consideradas infrações leves:
eficiente, caberão ao CMATUR, com apoio operacional
1. Instalar, construir, testar ou ampliar empreendimento
da SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE.
ou atividade efetiva ou potencialmente poluidora ou
degradadora do meio ambiente em desacordo com
SEÇÃO XIII
as condições estabelecidas na Licença Prévia e de
DO FOMENTO A PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Instalação;
NAS QUESTÕES AMBIENTAIS
2. Deixar de atender a convocação para licenciamento
ou procedimento corretivo, formulada pela SECRETARIA
Art. 73 – O poder publico municipal, através da MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE.
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, deverá § 2º - São consideradas infrações graves:
estimular a participação social nas questões ambientais 1. Instalar, construir, testar ou ampliar empreendimento
como meio de garantir o sucesso na implementação dos ou atividade efetiva ou potencialmente poluidora
instrumentos descritos nesta lei. ou degradadora do meio ambiente sem Licença de
Art. 74 – O CMATUR assumirá o processo de Instalação;
elaboração da Agenda 21 Local, com apoio operacional 2. Exercer atividade licenciada em desacordo com as
da SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE. condições estabelecidas na Licença de Operação;
Art. 75 – Os acordos firmados nos processo de 3. Sonegar dados ou informações solicitadas pela
negociação promovidos pela Agenda 21 Local, estão SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE;
materializados no Plano Diretor de Desenvolvimento 4. Emitir ou lançar efluentes líquidos, gasosos ou
Sustentável. resíduos sólidos, causadores de degradação ambiental,
em desacordo com o estabelecido em deliberações
normativas do CMATUR;
5. Contribuir para que um corpo d’água fique em
278
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
será fixado no regulamento desta Lei e corrigido Art. 91 - O produto da arrecadação das multas
periodicamente, com base nos índices estabelecidos constituirá receita do Fundo Municipal do Meio Ambiente
na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 e Turismo - FMATUR.
(cinqüenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 Art. 92 - As multas não pagas administrativamente
(cinqüenta milhões de reais). serão inscritas em dívida ativa do Município, para
Art. 84 - O valor das multas será graduado de acordo posterior cobrança judicial.
com as seguintes circunstâncias: Art. 93 - Os débitos relativos às multas impostas,
I. Atenuantes: não recolhidas no prazo regulamentar, ficarão sujeitos
a) Menor grau de compreensão e escolaridade do ao acréscimo de 10% (dez por cento), quando inscritos
infrator; para a cobrança executiva.
b) Arrependimento eficaz do infrator manifestado Art. 94 - As multas poderão ter sua exigibilidade
pela espontânea reparação do dano ou limitação da suspensa quando o infrator, por Termo de Compromisso
279
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
280
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
CAPÍTULO V
Art. 18 A coleta e remoção do lixo domiciliar far-se-
HIGIENE DA ALIMENTAÇÃO
ão pela Prefeitura, ou concessionária desta, em ruas
dotadas de guias e sarjetas ou naquelas determinadas
pelo Prefeito, de acordo com a tabela e horário por Art. 32 A Prefeitura exercerá, supletivamente, e em
estes aprovados. colaboração com as autoridades sanitárias do Estado,
Parágrafo único. A remoção de lixo processar-se-á por rigorosa fiscalização sobre a produção, comércio e
meio de veículos apropriados, preferentemente de consumo de bebidas e gêneros alimentícios em geral.
tração mecânica. Parágrafo único. Consideram-se gêneros alimentícios
quaisquer substâncias comestíveis, o leite e bebidas
Art. 19 Todos os prédios, situados em ruas onde haja
não alcoólicas.
o serviço de coleta de lixo, deverão possuir recipientes
Art.33 As bebida ou gêneros alimentícios deteriorados,
Leis e Decretos
Parágrafo único. O tipo do recipiente será aprovado apreendidos e removidos para sua inutilização em local
pela Prefeitura, podendo esta determinar, quando determinado pela Prefeitura.
conveniente o uso de sacos plásticos de acordo com § 1° A apreensão não eximirá o responsável do
modelos padronizados. pagamento das multas lavradas, nem da prática de ato
ou abstenção de fato exigida.
Art. 20 Os recipientes somente serão colocados nas
§ 2° A reincidência além da aplicação da multa em
ruas, à hora da passagem dos veículos destinados a
dobro, acarretará a cassação da licença para localização,
remoção do lixo.
funcionamento e instalação da atividade.
Art. 21 Quando no recipiente adotado não couber o
Art. 34 As quitandas e estabelecimentos congêneres,
lixo a ser removido, o morador do prédio solicitará com
ou os que possuam secções para venda de hortaliças
antecedência mínima de doze horas, a sua remoção pela
e frutas deverão, além das exigências constantes do
repartição competente, pago o preço fixado.
Código de Obras para os estabelecimentos comerciais
Art. 22 O disposto no artigo anterior aplica-se na obedecer ao seguinte:
281
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
TÍTULO III
Art. 40 Os hotéis, pensões, restaurantes, bares,
ABASTECIMENTO
botequim, cafés e estabelecimentos congêneres deverão
observar o seguinte:
CAPÍTULO I
I - efetuar a lavagem de louças, copos e talheres em
FEIRAS LIVRES
água quente corrente, vedada a utilização de baldes,
tonéis ou quaisquer vasilhames;
II - os guardanapos e toalhas serão de uso individual; Art. 47 As feiras livres destinam-se à venda a varejo
III - os açucareiros, saleiros e continentes de especiarias de gêneros alimentícios de primeira necessidade e de
devem permitir a retiradas do conteúdo sem a produto agrícolas; de pequena criação; de horticultura;
deslocação das tampas; pomicultura e floricultura, bem como de artigos de
IV - todo o material de uso deverá ser guardado em pequena indústria caseira e de artigos de uso domestico
móveis apropriados, ventilados, que devem a entrada ou pessoal.
de poeira e insetos. Art. 48 As feiras livres funcionarão nos locais e dias
V - m a n t e r g a r ç o n s e e m p r e g a d o s t ra j a d o s designados pela Prefeitura, divididas nos seguintes
convenientemente, de preferência com uniformes. setores:
Art. 41 Os salões de barbeiro e cabeleireiros I - gêneros alimentícios de primeira necessidade e
manterão toalhas e golas individuais, devendo os produtos enlatados, inclusive óleos e gorduras;
oficiais e empregados, durante o trabalho, usar blusas, II - verduras e legumes;
adequadas, rigorosamente limpa. III - lacticínios, salsichas, salames e lingüiças;
IV - doces, biscoitos e conservas;
Art. 42 A instalação de necrotérios ou capelas
V - frutas;
mortuárias, inclusive em hospitais, sem prejuízo do
VI - flores cortadas ou em mudas;
disposto no Código de obras, far-se-á, em construções
VII - peixes;
isoladas, distantes no mínimo vinte metros das
VIII - ovos e aves;
edificações vizinhas, de modo que o seu interior não
IX - artigos de usos domésticos ou pessoal;
seja devassado ou descortinado.
perfumaria;
Art. 43 As infrações a este capítulo serão punidas X - tecidos, roupas feitas e calçados;
com multas no valor de 30% (trinta por cento) do XI - brinquedos;
salário mínimo vigente no Município, elevada ao dobro XII - louças e vidros;
na reincidência. XIII - a r t i g o s d a p e q u e n a i n d u s t r i a c a s e i ra ;
artesanato.
§ 1º Obedecidas às normas de higiene, poderão ser
admitidos, nas feiras livres, serviços de lanche, em
barracas especiais ou em cestos e tabuleiros apropriados
282
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
283
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Art. 71 Os ocupante de “box” ou de área, no Mercado auxiliares e empregados, sem exceção, obrigados ao uso
Municipal, não poderão cede-los a terceiros, sem de aventais brancos, com mangas, evitando qualquer
autorização da Prefeitura, ainda que se trate de firma contacto da mercadoria com a sua roupa comum, que
comercial em que remanesça sócio. por sua vez deverão observar rigorosas condições de
Art. 72 A cessão de ocupação somente será asseio: na cabeça levarão gorros de brim branco ou
autorizada, nos seguintes casos e após o pagamento fazenda similar, a juízo da Prefeitura.
do preço fixado pelo Prefeito, quando: Art. 83 O mercado Municipal será franqueado ao
I - ocorrer doença grave que impossibilite o ocupante publico das cinco às doze horas, fechando aos domingos
para o trabalho; e feriados às doze horas.
II - falecer o ocupante, hipótese em que terá preferência Art. 84 Para entrada de mercadorias, arrumação e
o cônjuge supérstite, os filhos pela ordem de idade, e limpeza os ocupantes e seus empregados, bem como os
os ascendentes. carregadores, terão entrada uma hora antes da abertura
Parágrafo único - Para os efeitos do item II deste e permanência até uma hora após o fechamento ao
artigo, o interesse apresentará à Prefeitura os seguintes público.
documentos: Parágrafo único - As pessoas a que se refere o artigo não
I - tratando-se do cônjuge sobrevivente - certidão de poderão, sob qualquer pretexto, antecipar ou prorrogar
casamento e a de óbito; o horário fixado, nem pernoitar no Mercado Municipal.
II - tratando-se de descendente - alvará judicial ou Art. 85 Após a hora do fechamento ao público, não
termo de concordância dos demais, se houver; poderá permanecer mercadoria, ou qualquer volume, no
III - tratando-se de ascendente - certidão de óbito e a chão, os quais deverão ficar sobre estrados ou suportes
de nascimento do ocupante falecido; suspensos pelo menos de trinta centímetros, de modo
IV - tratando-se de doença grave - com a prova desta, que facilitem a limpeza e lavagem completas do piso.
por atestado do serviço médico da Secretaria de Estado Art. 86 É vedado a abate de quaisquer animais ou
de Saúde e Serviço Social. aves no recinto do Mercado Municipal.
Art. 73 O termo de ocupação não será renovado ou Art. 87 O disposto no Capítulo anterior quanto as
será rescindido, em casos de: feiras livres, aplica-se no que couber, sob as mesmas
I - falta de pagamento do preço fixado; penas, aos ocupantes de “Box” ou de área no Mercado
II - desistência do ocupante, devidamente formalizada; Municipal.
III - reincidência em infração às normas aplicáveis;
IV - condenação judicial;
Art. 88 As infrações ao presente Capítulo punir-
se-ão com multa no valor de um quarto do salário
V - cessão da ocupação da área ou Box, a que se refere
mínimo vigente no Município elevada ao dobro na
o artigo 71 desta Lei.
reincidência.
Art. 74 Nenhuma ocupação de “box” ou área poderá
ser autorizada: CAPÍTULO III
I - a mais de uma pessoa física ou jurídica; MATADOURO MUNICIPAL
II - a pessoa jurídica da qual faça parte, como sócio ou
empregado, pessoa física já ocupante de “Box” ou área
do Mercado Municipal.
Art. 89 Nenhum abate de bovino, suíno ou caprino
poderá efetuar-se no Município, fora do Matadouro
Art. 75 Os auxiliares ou empregados dos ocupantes Municipal ou de estabelecimento onde haja fiscalização
do Mercado Municipal terão seus nomes registrados na federal ou estadual da carne verde para consumo da
Secção competente da Prefeitura e somente poderão população.
ser admitidos ao trabalho com a apresentação de
documento de identidade e atestado medido de que não
Art. 90 A Prefeitura manterá médico veterinário para
exame da carne dos animais abatidos, apondo, nesta,
sofrem de moléstias infecto-contagiosas.
marca ou sinal indicativo da realização daquele.
Art. 76 Os ocupantes serão obrigadas a manter os
“boxes” ou as bancas em perfeito estado de limpeza,
Art. 91 Os donos dos animais, a serem abatidos, serão
registrados na repartição competente da Prefeitura,
asseio e conservação pintando-os ou executando os
recebendo numero relativo a esse registro, que constará
reparos que a Prefeitura determinar quando o julgar
da marca ou sinal aposto pelo veterinário e a que se
necessário.
refere o artigo anterior.
Art. 77 É obrigatória a indicação, em visível, dos
preços das mercadorias expostas, com obediência
Art. 92 Nenhuma carne de animal abatido no
Matadouro poderá deste ser retirada, sem a prova de
as aprovados pela Prefeitura, segundo as respectivas
pagamento dos preços fixados pelo Executivo.
tabelas semanais publicadas e afixadas, em lugar de
destaque, no Mercado Municipal. Art. 93 A Prefeitura manterá o Matadouro sob
rigorosas condições de limpeza e higiene, diligenciando
Art. 78 Não será a colocação de qualquer mercadoria
prioritariamente, e de acordo com as suas possibilidades
ou volume fora do limita de cada “Box”ou de cada área,
financeiras, a instalação de câmaras frigoríficas
nem a empilhação dentro destes em altura maior que a
suficientes para a conservação da carne necessária ao
das paredes divisórias ou das bancas, vedado o depósito
abastecimento da população.
de caixas, sacaria ou vazilhame vazios.
Art. 79 As mercadorias que entrarem no Mercado TÍTULO IV
Municipal deverão estar, tanto quanto possível, em ORDENAMENTO DAS ATIVIDADES URBANAS
condições de exposição para a venda, não sendo
permitida a sua limpeza nos locais de ocupação. CAPÍTULO I
Art. 80 Os ocupantes dentro da respectiva área, LOCALIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO E
em lugar conveniente, deverão manter recipientes, INSTALAÇÃO DE ATIVIDADES COMERCIAIS,
desinfetados diariamente, proporcionais às necessidades E SIMILARES
do seu comércio, para o recolhimento de detritos.
Art. 81 é vedado o emprego de jornais, papeis SEÇÃO I
velhos ou quaisquer impressos para embrulhar gêneros LICENCIAMENTO
alimentícios, desde que estes fiquem ou possam ficar
em contacto com aqueles. Art. 94 Nenhuma atividade comercial, industrial,
Art. 82 São os ocupantes do Mercado Municipal, profissional ou de prestação de serviços poderá
localizar-se, funcionar ou instalar-se no Município
284
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
com inobservância das prescrições constantes da I deste artigo os escritórios comerciais, em geral, as
Lei de Zoneamento e sem a prova de sua inscrição secções de vendas dos estabelecimentos industriais, os
e licenciamento na forma da legislação tributária depósitos de mercadorias e tudo o mais que, embora
municipal. sem caráter de estabelecimento, seja mantido para fins
Art. 95 O licenciamento de atividade comercial comerciais ou de prestação de serviços.
ou industrial e o de prestação de serviços, salvo de Art. 102 Fora do horário normal será permitido
profissionais liberais ou profissionais autônomos mediante a licença especial, que compreende as
depende de previa vistoria, realizada pela Prefeitura. seguintes modalidades:
Art. 96 Ao preencher o formulário de inscrição, I - de antecipação, para funcionamento da hora de
dependendo o funcionamento e a instalação de vistoria, fechamento às duas (2) horas de abertura;
pagará o interessado o preço desta, que será realizada, II - de prorrogação, para funcionamento da hora de
dentro de trinta dias, por engenheiro municipal. fechamento às duas (2) do dia imediato;
Art. 97 Realizada a vistoria e tornando-se necessário III - de dias excetuados, para funcionamento em
o preenchimento de determinadas condições ou a feriados e domingos, no horário normal.
realização de obras ou serviços, as exigências serão Art. 103 A licença especial de dias excetuados, para
comunicadas, em três dias da conclusão da vistoria, funcionamento nos feriados nacionais e municipais e aos
ao interessado, que as satisfará, a fim de obter o domingos somente será outorgada estabelecimentos:
licenciamento. I - industriais, quando considerados de trabalho contínuo
§ 1º Aprovada a vistoria, expedir-se-á ao interessado pela legislação trabalhista ou de trabalho permitido
o aviso-recido da taxa de licença. por esta;
§ 2º Se não realizada vistoria, no prazo fixado, o II - comerciais varejistas, quando exploram os seguintes
interessado poderá dar inicio à atividade, comunicando ramos:
a circunstância à Divisão de Finanças da Prefeitura, a a) gêneros ou produtos alimentícios em geral;
qual promoverá as seguintes medidas: supermercados, quanto aos produtos que se enquadram
I - transmitirá o fato à Secretaria a que estiver como auto-serviço;
subordinado o engenheiro; b) restaurantes, pensões, bares, botequins, cafés,
II - determinará a efetivação da vistoria, que deverá confeitarias, sorveterias, bilhares, charutarias e
concluir-se dentro em cinco dias. bomboniéres;
§ 3º Se licenciável a atividade, nos termos da vistoria c) livrarias, casas de discos, agências ou bancas de
realizada, expedir-se-á o aviso-recibo da taxa de jornais, revistas e livros;
licença: se não licenciável ao engenheiro aplicar-se-á a d) floriculturas e agência funerárias;
penalidade cabível, ficando regressivamente responsável e) postos de gasolina; borracheiros; distribuidores e
pelas conseqüências da omissão, promovendo a vendedores de gás liquefeito;
Prefeitura a cessação da atividade. III - de prestação de serviços:
Art. 98 O pedido de inscrição e realização de vistoria a) de prestação de serviços;
será sumariamente indeferido se contrariara localização, b) barbeiros, cabeleireiros e institutos de beleza.
funcionamento e instalação da atividade qualquer das Art. 104 A licença especial de antecipação e
disposições da Lei de Zoneamento. prorrogação poderá ser concedida ao comércio
Art. 99 A licença de localização, funcionamento varejistas dos ramos especificados no artigo anterior e
e instalação de atividades comerciais, industriais, daqueles que, a juízo do Prefeito, ainda que atacadistas,
profissionais, de prestação de serviços e similares será se tornem necessários à expansão do comércio local ou
cassada pelo Prefeito, nos seguintes casos: ao interesse da população.
I - de instalação de gêneros de negócio ou atividade Art. 105 O horário de funcionamento facultado pelas
diversas do constante no formulário de inscrição; licenças especiais da antecipação e prorrogação de dias
II - de representação da autoridade policial, quando se excetuados poderá ser limitado pelo Prefeito, sempre
tratar de desvirtuamento da finalidade, com ofensa à que julgar a limitação de conveniência ou interesse
moral e aos bons costumes; público.
III - de expedição irregular, que se seguirá de imediata Art. 106 Nenhuma licença especial será outorgada
responsabilização funcional e de representação às a atividade ou a estabelecimento que não estiver
autoridades competentes se na apuração dos fatos, em licenciado para funcionamento normal.
processo administrativo, deparar-se existência de crime Art. 107 Não estão sujeitos ao horário fixado no artigo
imputável a servidor municipal. 101, os seguintes estabelecimentos:
Art. 100 Será cessado o exercício da atividade I - aqueles instalados rigorosamente no interior das
e fechado o estabelecimento que for encontrado estações aéreas, ferroviárias ou rodoviárias, das casas
funcionando sem inscrição e prova de realização da de diversões com cobrança de ingresso e dos clubes
vistoria. legalmente constituídos, os quais deverão obedecer o
§ 1º O fechamento preceder-se-á de termo administrativo horário do estabelecimento principal, inclusive nos dias
lavrado pelo agente da fiscalização, que intimidará o excetuados, desde que a atividade exercia tenha relação
responsável a cessar a atividade no prazo máximo de com quaisquer dos ramos de comércio especificados no
noventa dias, improrrogáveis. item II do artigo 103;
Leis e Decretos
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
estabelecimento, quando este estiver fechado apenas autoridade policial do Estado, admitida também na
por porta envidraçada interna. hipótese, na esfera municipal, defesa do indicado,
Parágrafo único. Não se considera infração a abertura do dentro do prazo de quinze dias contados da notificação
estabelecimento para lavagem ou limpeza, ou quando expedida pela Prefeitura.
o responsável, não tendo outra comunicação com via
pública, conservar aberta uma das portas de entrada, SEÇÃO IV
para efeito de carga ou descarga de mercadorias, BARBEIROS, CABELEIREIROS E
durante o tempo estritamente necessários à efetivação INSTITUTOS DE BELEZA
desses atos.
Art. 109 O comércio eventual não poderá ser Art. 116 Para fins de licenciamento os salões de
licenciado por mais de trinta dias. barbeiros, cabeleireiros e institutos de beleza são
Art. 110 Aos estabelecimentos industriais ou de classificados em classe “A” e classe “E”, conforme se
prestação de serviços poderão ser concedidas quaisquer localizem no 1º Distrito ou fora deste.
das lideranças, desde que, a juízo da secção competente Art. 117 Os salões e institutos da classe “A”
da Prefeitura, não causem incômodo à vizinhança, nem funcionarão, nos dias úteis, das oito às dezenove horas,
perturbem o bem-estar público. com exceção das segundas-feiras, em que o horário será
Parágrafo único - A licença especial,em quaisquer das das treze as dezenove horas.
suas modalidades, será concedida a título precário, Art. 118 Os salões e institutos da classe “B” somente
podendo ser limitada no horário, a critério do Prefeito. poderão funcionar, nos dias úteis das treze às vinte e
Art. 111 As infrações ao disposto nessa Secção serão duas horas.
punidas com multa no valor de 20% (vinte por cento) Art. 119 Os salões de barbeiros, cabeleireiros e
do salário mínimo vigente no Município, elevada ao institutos de beleza, localizados no interior de hotéis,
dobro na reincidência. clubes e casas de diversões, desde que sejam para uso
Parágrafo único - será cassada a licença do estabelecimento privativo dos hóspedes, associados e freqüentadores,
reincidente que praticar novamente a mesma infração. respectivamente, terão o mesmo horário fixado no
artigo anterior.
SEÇÃO III Art. 120 Nos feriados nacionais e municipais que
HOTÉIS, PENSÕES E HOSPEDARIAS coincidam com sábado ou segunda-feira os salões
e institutos poderão funcionar das oito às catorze
Art. 112 A licença inicial para localização, horas.
funcionamento e instalação de hotéis, pensões Art. 121 As infrações ao disposto nesta Secção serão
ou hospedarias de qualquer natureza deverá ser punidas com multa no valor de 20% (vinte por cento)
requerida antecipadamente ao inicio da atividade, por do salário mínimo vigente no Município, elevada ao
meio de requerimento acompanhado de atestado de dobro na reincidência.
antecedentes criminais, fornecido pela Polícia Estadual,
do proprietário individual ou de todas as pessoas SEÇÃO V
responsáveis pela direção da sociedade ou empresa a FARMÁCIAS E DROGARIAS
que pertencer o estabelecimento, cujos nomes deverão
ser mencionados no requerimento.
Art. 122 A secção varejista das farmácias e drogarias
§ 1º Somente serão aceitos atestados de antecedentes
funcionará, nos dias úteis, no período das oito às
quando expedido no máximo, quinze dias antes da data
vinte e duas horas, ficando instituído, para esses
de entrada do requerimento da Prefeitura.
estabelecimentos, períodos de plantão aos domingos
§ 2º A prova da constituição da sociedade ou empresa
e feriados, com inicio às oito horas e término as vinte
far-se-á por cópia do contrato social ou da publicação
e duas horas.
deste, por extrato, na imprensa oficial.
§ 3º A exigência do atestado de antecedentes, no Art. 123 Durante os períodos de plantão, os
caso de estabelecimento de propriedade individual, estabelecimentos designados para este não poderão
é extensiva a pessoa ou pessoas incumbidas da sua cerrar as suas portas, devendo os demais permanecerem
gerência, ainda que procuração. fechados.
Parágrafo único - sempre que, a juízo da repartição
Art. 113 O disposto no artigo anterior aplicar-se-á à
municipal competente, o estabelecimento localizar-
renovação anual da licença, devendo o requerimento
se em lugar ermo e sem suficiente proteção policial,
apresentar-se à Prefeitura até o último dia útil de janeiro
poderá ser suspenso o plantão pelo tempo julgado
de cada ano.
necessário.
Art. 114 A transferência da propriedade de hotéis,
Art. 124 A escala de plantões obrigatórios obedecerá
pensões ou hospedarias de qualquer natureza
o sistema de rodízio e será organizada pela Prefeitura e
comprovar-se-á por meio de contrato de compra e venda
divulgada por publicação na imprensa oficial.
devidamente registrado.
§ 1º - os estabelecimentos, para esse fim serão
Art. 115 Será cassada a licença de localização, agrupados em zonas, de acordo com a sua situação.
funcionamento e instalação da atividade de hotéis, § 2 º - as farmácias, e drogarias, localizadas em zona
pensões, hospedarias, casas de cômodos ou qualquer que não possuam mais que um estabelecimento,
denominação tenham, que: poderão funcionar, no horário normal, aos domingos
I - inobservarem qualquer exigência constante desta e feriados.
Secção, para licenciamento ou sua renovação anual;
Art. 125 As farmácias e drogarias, que não estiverem
II - atentarem contra:
de plantão, afixarão, em lugar visível na porta do
a) a saúde, higiene e o bem-estar público;
estabelecimento, cartaz contendo o nome e o endereço
b) a moral e os bons costumes.
das que estiverem de plantão dentro da mesma zona.
§ 1º Nos casos da letra “a” do item II deste artigo, o
funcionário que verificar a ocorrência lavrará, no próprio Art. 126 É permitida à Secção varejista de qualquer
local, termo circunstanciado que perfeitamente a falta farmácias e drogaria, que mantenha serviços de
assegurada a falta assegurada ao responsável pelo laboratório, funcionamento além do horário normal,
estabelecimento ampla defesa, dentro do prazo de cinco ficando excluída do sistema de plantão, desde que
dias da data do termo. funcione regularmente aos domingos e feriados.
§ 2º Nos casos da letra “b”, a cassação da licença Parágrafo único - Para os efeitos deste artigo, deverão
somente se efetivará mediante representação da os estabelecimentos mencionar o fato na solicitação
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
sem prejuízo da multa e demais sanções legais. salas de espetáculos, contendo a norma proibitiva do
Art. 136 Nenhum teatro, cinema sala de espetáculo, artigo 142.
Municipais
salão de bailes, parques de diversões, circo, pavilhão, Art. 145 São as casas de espetáculo cinematográfico,
feiras particulares, campos de esportes ou de atletismo, teatrais e circenses obrigadas a efetuar a desinfestação
piscina, ringe, cassino, cabaré, boate ou qualquer quinzenal nos recintos destinados ao público e aos
construção, de caráter permanente ou não, destinados artistas, na presença do encarregado municipal.
a divertimentos públicos, com ou sem cobrança de Art. 146 A secção competente da Prefeitura marcará,
ingresso, poderá ser aberto ao público sem a realização para efeito do dispositivo no artigo precedente,
de previa vistoria pela Prefeitura, fim de verificar-se a mediante aviso prévio à empresa responsável pela
existência das necessárias condições de segurança, casa de espetáculos ou à gerência, o dia e hora para a
higiene, comodidade e conforto. aspersão, que obedecerá as seguintes normas:
Parágrafo único. A vistoria a que se refere o artigo será I - Será efetuada com emulsão aquosa a 5% (cinco
efetivada por engenheiro municipal, aplicando-se o por cento) de D.D.T., preparada a partir de produtos
disposto nos artigos 96 a 98 deste Código. que contenham esse inseticida e produzam suspensão
uniforme;
287
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
§ 1° - Os apreendidos serão removidos ao Depósito Art. 170 O primeiro pagamento do preço mensal relativo
Municipal e somente devolvidos após o pagamento de à ocupação far-se-á no ato da outorga da permissão,
multa e dos preços fixados pelo Executivo para condução sendo os subseqüentes pagos adiantadamente, até o dia
e diárias do depósito. cinco de cada mês, sob pena de cassação da permissão e
§ 2° - Não efetuado o pagamento a que se refere o recolhimento das mesas e cadeiras ao Deposito Municipal,
parágrafo anterior, serão os bens apreendidos levados a de onde somente poderão ser retirados após o pagamento
leilão, dentro de oito dias de apreensão, para pagamento das despesas da remoção e deposito, procedendo-se a
da multa e demais despesas; se deterioráveis, dentro seguir na forma dos parágrafos 2° e 3° do art. 163.
de vinte e quatro horas, ou encaminhados a associação Art. 171 A permissão de ocupação será outorgada
beneficente à escolha do Prefeito. sempre a titulo precatório, podendo cassar-se a
§ 3° - Se o produto do leilão, que será efetuado de uma qualquer tempo, - a juízo da Prefeitura ou quando se
só vez e com prévio anúncio publicado na imprensa tornar inconveniente aos proprietários, inquilinos ou
oficial, não for suficiente para o pagamento da multa ocupantes de imóveis situados nas imediações - sem
e despesas, será a diferença inscrita como divida para direito à restituição dos preços pagos e ao ressarcimento
cobrança, nos termos da legislação aplicável. de quaisquer despesas efetuadas pelo permissionário.
§ 4° - Os bens que apresentarem sinais de deterioração Parágrafo único - A permissão é pessoal e intransferível,
serão inutilizados, a critério da Divisão das Finanças. não podendo o permissionário aliená-la a qualquer
Art. 164 Os materiais de construção de obras titulo.
particulares, quando não retirados para o interior das Art. 172 Finda a permissão, ou cassada esta, o
obras, no ato de descarregamento, apenas poderão logradouro deverá ser entregue à Prefeitura nas mesmas
permanecer em parte do passeio durante o máximo condições anteriores à sua outorga.
de vinte e quatro horas, sob pena de sua remoção Parágrafo único. Para os fins do artigo, exigir-se-á do
ao Depósito Municipal e cominação de multa cabível, permissionário prestação de caução idônea, em dinheiro
sendo somente devolvidas após o pagamento desta e ou títulos públicos.
das despesas da remoção, aplicando-lhe o disposto nos
parágrafos do artigo precedente. SEÇÃO III
Parágrafo único - Em caso algum permitir-se-á a BANCAS DE JORNAIS, REVISTAS E LIVROS
ocupação total do passeio ou de qualquer área do leito
carroçável das vias e logradouros públicos, sob pena
Art. 173 Os locais para instalação de bancas de
do artigo.
jornais, revistas e livros serão designados pelo
Executivo, obedecido o seguinte:
SEÇÃO II
I - nas proximidades dos cruzamentos de ruas e
PERMISSÕES DE OCUPAÇÃO
avenidas e afastados, no mínimo, cinco metros de
intersecção dos alinhamentos dos prédios;
Art. 165 Somente poderá ser admitida a armação II - nas calçadas dos recantos ajardinados e refúgios
de coretos ou palanques desmontáveis nas vias e de pedestres nas praças e largos.
logradouros públicos, para fins eleitorais, patrióticos, § 1° Nas ruas e avenidas somente será permitida, em
religiosos ou festividades populares, satisfeitas as cada cruzamento, a instalação de duas bancas, nas
seguintes condições: imediações das esquinas diagonalmente opostas e junto
I - autorização prévia da Prefeitura quanto ao local e às respectivas guias.
mediante apresentação de requerimento e anexação de § 2° Nas praças e largos, o numero de bancas não
croquis da instalação e suas medidas; poderá ultrapassar a oito, uma oposta a outra, em cada
II - não perturbe o livre trânsito de transeuntes; uma das quatro extremidades do logradouro.
III - prestação de caução arbitrada para ocorrer às § 3° A localização das bancas efetuar-se-á de maneira a
despesas com a eventual reparação do calçamento ou que não criem embaraços à circulação de pedestres, ao
do bem público; embarque e desembarque de passageiros dos veículos
IV - remoção dentro em vinte e quatro horas do término de transportes coletivos e ao transito em geral, a critério
da comemoração ou festividade. da Prefeitura nem poderá situar-se a menos de cem
Art. 166 A instalação de mesas, cadeiras e toldos, metros de agência do mesmo gênero de comércio.
para o serviço de bar e confeitaria ao ar livre, é Art.174 Nenhuma permissão será outorgada para
permitida, a título precário em trechos determinados instalação de bancas para venda de jornais, revistas e
pela Prefeitura e situados na parte interna dos parques, livros em conjunto, sem previa concorrência pública,
largos e praças públicas, ajardinados ou não. designando o Executivo independen-temente de
Art. 167 Em casos excepcionais poderá a permissão licitação, até cinco pontos, para localização de bancas
referida no artigo anterior estender-se a ruas cujos para a venda exclusiva de livros usados, literários,
passeios possuam largura suficiente, a juízo da didáticos, técnicos e científicos por meio de bancas de
Prefeitura, para a passagem de pedestre. modelo e dimensões aprovados.
Parágrafo único. Na hipótese do artigo, a ocupação não Parágrafo único. O edital da concorrência fixará o preço
poderá exceder a dois terços do passeio, nem embaraçar mínimo mensal pela área a ser utilizada, não podendo
de nenhuma forma os acessos a propriedades o interessado possuir mais que um ponto.
Leis e Decretos
Art. 168 A permissão a que se referem os artigos desenho da respectiva banca à aprovação da Prefeitura,
166 e 167 proceder-se-á de concorrência pública, que poderá negá-la, exigindo as modificações necessárias
devendo constar do edital o preço mínimo por metro ao lugar a ser ocupado às condições de trafego e estética.
quadrado da área a ocupar-se, não podendo aquele Art. 176 Aprovado o modelo da banca, a Divisão das
ser inferior ao valor das locações das lojas existentes Finanças expedirá o aviso recibo da taxa de licença para
nas imediações. localização, funcionamento e instalação da atividade que
Art. 169 Em frente aos estabelecimentos que será paga independentemente do preço da ocupação
explorem o comercio de bar e confeitaria, será permitida da área.
a colocação de mesas, cadeiras e toldos ultrapassando a Art. 177 O primeiro preço pela ocupação será pago
testada do imóvel, desde que pago o preço mensal pela quando da expedição da taxa de licença, e os demais
ocupação do passeio fixado pelo Executivo e não exceda adiantamente, até o dia cinco de cada mês, observando-
área superior a dois terços da largura do passeio e não se o disposto no artigo 170 deste Código.
haja embaraço ao transito de pedestres.
289
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
290
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Art. 196 O adquirente do veículo, cujo vendedor III - atestado médico, fornecido pela repartição
possua o alvará de permissão de estacionamento, municipal competente, de que não sofre de moléstia
poderá obter a transferência daquele para o seu infecto-contagiosa.
nome, mediante requerimento acompanhado dos Parágrafo único. Tratando-se de menor de idade, deverá
comprovantes da aquisição, de fotocópia do alvará de ser exibida autorização do pai, tutor, responsável ou do
permissão e de declaração de anuência de proprietário Juizado de Menores, para o exercício da profissão, sendo
anterior, além de satisfazer, no que couber, os artigos o atestado de antecedentes suprido com declaração de
190 e 191 deste Código. boa conduta atestada por três pessoas idôneas com as
Parágrafo único - Aprovada a transferência e apresentado firmas devidamente reconhecidas.
o cartão de inscrição a que se refere o artigo 194, Art. 203 A Prefeitura, ao designar os pontos,
cancelar-se-á o alvará de permissão de estacionamento assegurará preferência aos interessados mais
existente, expedido-se outro em nome do novo necessitados e concedê-los a sem prejuízo do trânsito,
proprietário, após pago o preço pelos serviços de estética e higiene locais, em lugar distante cem metros
expediente da transferência. dos salões de engraxate eventualmente existentes.
Art. 197 O alvará de permissão de estacionamento Art. 204 Os pontos de trabalho serão mantidos pelos
será renovado anualmente, mediante requerimento engraxates em boas condições de asseio e limpeza, não
instruído com os seguintes documentos: lhes sendo permitido, além da caixa própria, aprovada
I - alvará de permissão de estacionamento relativo ao pela Prefeitura, o emprego de cadeiras, bancos, caixões
exercício anterior; ou objetos semelhantes.
II - fotocópia autenticada do verso e anverso do Art. 205 A licença é pessoal e intransferível valendo
Certificado de propriedade do veículo; somente para o ponto designado e para o exercício
III - atestado de antecedentes criminais, com firma em que for concedida, só podendo ser renovada,
reconhecida da autoridade expedidora; anualmente, até o último dia útil de março, com o
IV - fotocópia autenticada de Carteira Nacional de atestado médico fornecido pela Prefeitura e a que se
Habilitação, com o respectivo comprovante de sanidade, refere o item III do artigo 202.
ou na hipótese de o requerente não dirigir o veículo, Art. 206 No ato do licenciamento, que será isento de
fotocópia autenticada de sua Cédula de Identidade, qualquer retribuição ou tributo, o engraxate receberá
verso e anverso; gratuitamente duas placas, de uso obrigatório, uma
V - prova de quitação do imposto sobre serviços, das quais colocará à altura do peito e a outra afixada
quando cabível. na caixa de trabalho.
Parágrafo único - O requerente, no caso de outro
motorista dirigir o veículo, juntará também, TÍTULO V
relativamente aquele; os documentos referidos nos TRANQUILIDADE E SEGURANÇA PÚBLICAS
itens III e IV deste artigo.
Art. 198 As entradas dos requerimentos de renovação CAPÍTULO I
de alvará de permissão de estabelecimento obedecerão POLUIÇÃO SONORA
os seguintes prazos:
I - veículo para transporte de passageiro: Seção I
a) - durante o mês de janeiro - permissionário dos Proibições em Geral
pontos ns. 1 a 20;
b) - durante o mês de fevereiro - permissionário dos Art. 207 É expressamente vedado perturbar o bem-
pontos ns. 21 a 40; estar e o sossego público ou da vizinhança, com ruído,
c) - durante o mês de março - permissionário dos pontos barulhos ou sons de qualquer natureza, produzidos por
ns. 41 em diante; qualquer forma, que ultrapassem os níveis máximos de
II - veículos para transporte de cargas, durante o mês intensidade tolerados por este Código.
de abril. Parágrafo único. Os níveis de intensidade do som
§ 1° - Até 30 (trinta) dias além dos prazos constantes ou ruído, a que se refere este artigo, obedecerão as
deste artigo, a renovação de alvará poderá ser normas da “ASA” (American Standard Association.
autorizada, com o pagamento, a título de multa, de 50% Sociedade Americana de Padrões) e serão medidos pelo
(cinqüenta por cento) do valor do preço da ocupação “Medidor de Intensidade do Som”, padronizado, por essa
de área fixado pelo Executivo. Sociedade, em decibeis ou decibéis (db).
§ 2° Expirados os trinta dias suplementares referidos
no parágrafo anterior, a permissão caducará.
Art. 208 Os níveis máximos de som ou ruído
permitidos são os seguintes:
Art. 199 Qualquer ponto de estacionamento poderá I - por veículo: 85 db (oitenta e cinco decibéis),
ser, por conveniência ou interesse publico, ser extinto, medidos na curva “B” do Medidor de Intensidade do
transferido, ampliado ou diminuído. Som, a distancia de 7,00 (sete metros) do veículo,
Art. 200 As infrações a qualquer dispositivo desta ao ar livre;
Seção serão punidas com multa no valor de 30% (trinta II - por máquina, motores, compressores e geradores
por cento) do salário mínimo vigente no Município, estacionários, salvo os do item anterior deste artigo: 55
elevada ao dobro na reincidência. db (cinqüenta e cinco decibéis) no período diurno ou no
Leis e Decretos
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
destas;
Art. 226 Os animais apreendidos serão registrados, III - pombos no forro das casas.
Municipais
no Depósito Municipal em livro especial, com menção Art. 235 A ninguém é lícito maltratar animais
do dia local e hora da apreensão, raça, sexo, pelo, sinais ou praticar atos de crueldade contra aqueles,
característicos e, sendo cão, o numero de sua placa da especialmente:
matrícula, se houver. I - fazer os de tiro ou tração transportar carga ou
§ 1° Se o cão apreendido possuir na coleira, placa passageiros do peso superior as suas forças;
de identificação, será o respectivo dono avisado, por II - carregá-los com peso além de cento e cinqüenta
escrito, cobrando-se recibo da entrega do aviso. quilos;
§ 2° Em todos os demais casos a apreensão de animais III - montá-los, quando carregados com a carga
será comunicada por edital publicado na imprensa permitida;
oficial. IV - fazer trabalhar os doentes, feridos, aleijados,
Art. 227 A matrícula de cães poderá fazer-se em extenuados ou extremamente magros;
qualquer época do ano, pagos os preços fixados pelo V - obrigá-los a tiro ou trabalho de duração superior a
Executivo devendo constar do seu registro: oito horas continuas ou seis sem água e alimentação
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
a prática de cerimônias religiosas de qualquer culto, em terrenos de concessão de uso especial a prazo
sem emblema ou dístico permanentes que distingam indeterminado em que tenham sido feitos carneiros ou
qualquer credo, podendo os adeptos de qualquer deles em que ainda na tenham sepultamentos, ou depois de
levar os objetos de sua religião para o ato fúnebre, que decorridos os prazos legais de sepultamento.
deverão ser registrados logo após o sepultamento. § 2º Os carneiros somente poderão ser construídos
pela administração pública municipal, e as muretas por
Seção II empreiteiros particulares devidamente licenciados para
Enterramento trabalharem no cemitério.
Art. 262 Nos terrenos de concessão de uso especial
Art. 256 Nos cemitérios serão feitos os enterramentos a prazo fixo ou indeterminado serão inumados:
sem indagação de crença religiosa do falecido, e I- só a pessoa indicada, quando a concessão de uso for
mediante apresentação de certidão de óbito do escrivão feita a pessoa determinada;
do distrito de paz em que se tiver dado o falecimento, II- apenas os membros da família, quando a esta for
sendo ela transcrita no livro próprio de registro de feita a concessão;
enterramentos com os dizeres que contiver. III- os sócios, membros, irmãos ou confrades, e os filhos
Art. 257 Os enterramentos não poderão, em regra menores destes, quando a concessão de uso for feita a
geral, ser feitos antes de vinte e quatro horas do sociedade, instituição, irmandade ou confraria.
falecimento, exceto se: Parágrafo único. Por família, para os fins do item II deste
I- a causa da morte for moléstia epidêmica ou contagiosa; artigo, entende-se o marido e a mulher, os ascendentes
II- o cadáver apresentar evidentes sinais de princípio e os descendentes, entre estes compreendidos os
de putrefação. respectivos cônjuges.
Parágrafo único. Não poderá, igualmente, qualquer
cadáver permanecer insepulto, no cemitério, após trinta
Art. 263 Nos terrenos de concessão de uso especial
a prazo indeterminado, além das pessoas referidas
e seis horas do falecimento, salvo se o corpo estiver
nos itens I e II e parágrafo único do artigo anterior,
embalsamado ou se houver ordem expressa do Prefeito
poderão ser sepultados quaisquer outras mediante
ou de autoridade jurídica ou policial.
Art. 258 Cada cadáver será sempre inumado no autorização especial para cada enterramento, assinada
caixão próprio, e em cada sepultura se enterrará um pelo concessionário seu sucessor ou pelo representante
corpo de cada vez, exceto o da mãe com o recém- dos sucessores.
nascido. Parágrafo único. Por sucessores, para os efeitos deste
Capítulo, entendem-se os parentes mais próximos, na
Seção III ordem de vocação hereditária do Código Civil.
Sepulturas Art. 264 As concessões de terrenos a prazo fixo o
indeterminado serão única e exclusivamente utilizadas
Art. 259 Os enterramentos serão feitos em sepulturas para o uso especial a que foram feitas, não podendo ser
abertas, em terrenos obtidos pelos interessados, objeto de qualquer transação, comércio ou alienação,
por concessões de uso especial a prazo fixo ou não tendo, junto à Prefeitura, qualquer efeito as
indeterminado, mediante pagamento dos preços fixados estipulações nesse sentido.
pelo Executivo. Parágrafo único. O disposto neste artigo transcrever-
§ 1º A concessão de uso especial a prazo fixo entende- se-á nos títulos de concessão e, se positivada a
se por cinco anos para os adultos e três anos para os alienação será a concessão cancelada por ato do Prefeito
menores de doze anos, findo os quais deverão ser cedida a outrem, observando o disposto no artigo 271
removidos os restos mortais do cadáver sepultado, deste Código.
dentro de trinta dias do edital para esse fim publicado Art. 265 As sepulturas para enterramento de
na imprensa oficial. cadáveres terão as seguintes medidas:
§ 2º Não obedecido o prazo constante do edital, o I- destinadas a adultos: profundidade mínima de
administrador promoverá a remoção dos restos mortais 1,55m (um metro e cinqüenta e cinco centímetros);
do ossário. comprimento de 2,20 (dois metros e vinte centímetros),
§ 3º Os prazos constantes do § 1º deste artigo poderão e largura de 0,80 (oitenta centímetros);
variar, de acordo com as condições geológicas ou II- destinados a menores:
químicas do terreno. a)de doze anos a maiores de sete: profundidade
Art. 260 As concessões de uso especial a prazo fixo ou mínima de 1,32 (um metro e trinta e dois centímetros);
indeterminado poderão ser feitas a particulares, famílias, comprimento de 1,80 (um metro e oitenta centímetros),
sociedades civis, instituições, irmandades ou confrarias e largura de 0,50 (cinqüenta centímetros);
religiosas, mediante requerimento apresentado b) de sete anos: profundidade de 1,10 (um metro e
à Prefeitura, e sob as seguintes imprescindíveis dez centímetros), comprimento de 1,30 (um metro
condições: e trinta centímetros), e largura de 0,40 (quarenta
I- nome, profissão, domicílio do requerente; centímetros).
II- nome e residência da pessoa ou família, ou Parágrafo único. Entre as sepulturas, nas quadras
designação e sede da sociedade civil, instituição, haverá intervalo mínimo de 0,44 (quarenta e quatro
irmandade ou confraria religiosa à qual é destinada centímetros) entre os lados do comprimento, e de
Leis e Decretos
295
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
à rua em que se localizarem (I, II, III, etc.). Art. 276 É vedada, no Cemitério, a entrada de ébrios,
§ 1º Os números das sepulturas serão postos mercadores ambulantes, crianças desacompanhadas
horizontalmente no meio da mureta, na parte e de pessoas seguidas por cães ou quaisquer outros
correspondente aos pés; não existindo mureta, serão animais.
colocados em pequenos postes. Art. 277 É ainda proibido:
I- escalar os muros do Cemitério e as grades das
Seção IV sepulturas;
Sepulturas em abandono ou em ruínas II- subir às árvores ou aos túmulos e jazigos;
III- pisar nas sepulturas;
Art. 269 Os concessionários de terrenos ou seus IV- caminhar ou deitar-se nas partes ajardinadas;
representantes são obrigados a diligenciar a limpeza, V- cortar ou arrancar plantas ou flores;
a conservação e os reparos das muretas, carneiros, VII- transitar entre as sepulturas;
túmulos, jazigos, mausoléus ou cenotáfios a fim de VIII- prejudicar, estragar, sujar ou rabiscar qualquer
evitar-lhes o abandono e a ruína, bem como a extinção túmulo ou sepultura;
da concessão. IX- efetuar quaisquer divertimentos ou instalações para
Art. 270 Serão consideradas em abandono e em vendas de qualquer natureza;
ruínas as sepulturas que, após vistoria realizada por X- gravar inscrições ou epitáfios nas sepulturas sem o
engenheiro municipal, e decurso do prazo, não inferior visto da administração, que o poderá recusar, se não
a 180 (cento e oitenta) dias, fixado por edital publicado estiverem convenientemente redigidos;
na imprensa oficial, não forem objeto dos serviços de XI- praticar atos que danifiquem quaisquer partes do
limpeza, conservação e reparação especificados. Cemitério.
Parágrafo único. O laudo do engenheiro será arquivado Art. 278 Nos dias de Finados, não será permitida a
na repartição competente, a disposição dos interessados, permanência de quaisquer negociantes ambulantes,
que dele poderão recorrer ao Secretário de Obras, e a ainda que de flores, à porta ou à frente do Cemitério.
seguir ao Prefeito, que decidirá em última e final
instância, não suspendendo os recursos o prazo Seção VII
constante do edital. Dispositivos Gerais
Art. 271 Declarada em abandono as sepulturas,
serão estas desfeitas e enterrados os restos mortais Art. 279 O concessionário de sepultura ainda não
nelas encontrados a uma profundidade, no mesmo utilizada poderá desistir da concessão, restituindo-lhe
lugar, abaixo de 1,55 (um metro e cinqüenta e cinco a Prefeitura o preço pago.
centímetros), de modo que se permitam acima novas Art. 280 Salvo a hipótese do artigo seguinte, a
inumações. Prefeitura poderá transferir a concessão de uso especial
Parágrafo único. Com a declaração de abandono será a prazo indeterminado, no caso de falecimento do
extinta a concessão, publicada, o fato, isoladamente ou concessionário e do seu cônjuge, se casado for:
em relação, na Imprensa Oficial. I- ao seu parente mais próximo, segundo a ordem da
vocação hereditária constante da legislação civil;
Seção V II- a um dos seus parentes, mediante desistência
Exumações expressa dos demais com parentesco no mesmo grau
ou em grau mais próximo.
Art. 272 Nenhuma exumação poderá ser efetuada, § 1º O cônjuge sobrevivo do concessionário é
a não ser: considerado, para todos os efeitos deste Capítulo,
I- por autorização escrita do Prefeito; administrador da concessão, e convolado novas núpcias
II- por requisição expressa da autoridade judiciária ou a administração passará ao mais idoso dos sucessores
policial, em diligência no interesse da justiça; na linha hereditária do concessionário.
III- após o transcurso de tempo de consumpção do § 2º Não havendo acordo entre os sucessores após a
cadáver a que se refere o parágrafo primeiro do artigo morte do cônjuge sobrevivo, para a transferência da
259 deste Código. concessão, a administração desta será exercida na
§ 1º Nos casos do item I do presente artigo, o forma da parte final do parágrafo precedente deste
interessado, em requerimento, declarará a qualidade artigo, e assim sucessivamente.
que o autoriza a fazer o pedido de exumação, a razão Art. 281 Poderá também a concessão ser transferida
deste e a causa de morte, juntando consentimento àquele, para tanto, haja sido designado por disposição
da autoridade policial do Estado para transladação do de última vontade do concessionário, expressa em
cadáver a outro Município, ou da autoridade consultar, testamento lavrado e processado em forma regular.
se para outro país.
Art. 282 Por disposição testamentária, poderá também
§ 2º A exumação a que se refere o item III deste artigo
o concessionário instituir ou estabelecer cláusulas,
não se fará, se a pessoa falecida o foi por moléstia
condições ou restrições relativas a sepultamentos e
contagiosa, salvo se a autorização for precedida de
a construções funerárias, as quais serão averbadas
imprescindível autorização da repartição sanitária
junto à administração do cemitério, desde que não
estadual competente.
colidam com disposições legais ou regulamentares, e
Art. 273 Nenhuma exumação far-se-á em tempo de mediante requerimento do interessado na averbação ou
epidemia, nem transportados restos mortais para outros quando comunicadas por ofício da autoridade judiciária
locais sem que sejam aqueles encerrados em caixões competente, perante a qual haja sido processado o
apropriados, segundo determinações da autoridade testamento ou inventário do falecido.
sanitária.
Art. 283 Independentemente do disposto no
Art. 274 As exumações serão precedidas sempre do artigo precedente, os concessionários do terreno
recibo de quitação dos preços fixados pelo Executivo. poderão, mediante requerimento ao Prefeito, autorizar
previamente sepultamentos.
Seção VI Parágrafo único. A autorização, revogável a qualquer
Polícia Interna tempo, será averbada provisoriamente e a título precário
até manifestação do novo titular da concessão.
Art. 275 O Cemitério Municipal será aberto das sete Art. 284 As transferências serão solicitadas ao Prefeito
às dezoito horas diariamente, mantendo a Prefeitura em requerimento que mencionará os dados quanto à
guarda diurna e noturna para vigilância.
296
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
O PREFEITO MUNICIPAL DE RIO BRANCO - ACRE Art. 11. A Prefeitura Municipal propiciará os meios
FAZ SABER que a Câmara Municipal aprovou e ele necessários ao funcionamento do CODEMA e à execução
Municipais
297
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
LEI Nº 1.188, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1994 Art. 4° Ficam criados para atender as necessidades
administrativas da Secretaria Municipal de Meio
“DISPOE SOBRE A CRIAÇÃO, ESTRUTURAÇAO, Ambiente, os seguintes cargos:
COMPETÊNCIA E ATRIBUICOES DA SECRETARIA I - 1 (hum) Secretario Municipal - CC-6;
MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE - SEMEIA DE RIO II - 1 (hum) Chefe de Gabinete do Secretario - CC-3;
BRANCO-ACRE E DA OUTRAS PROVI DENCIAS.” III - 2 (dois) Diretores - CC-5;
0 PREFEITO MUNICIPAL DE RIO BRANCO - ACRE IV - 3 (três) Chefes de Serviços - CC-4;
FAÇO SABER que a Câmara Municipal de Rio Branco V - 4 (quatro) Chefes de Seção - CC-3.
aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1° Fica criada a Secretaria Municipal de CAPÍTULO III
Meio Ambiente - SEMEIA, ficando estabelecida sua DAS ATRIBUIÇÕES
competência, estrutura organizacional e atribuições.
Art. 5° O Secretário Municipal de Meio Ambiente,
CAPÍTULO I no seu âmbito administrativo terá as seguintes
DA COMPETÊNCIA atribuições:
I - Definição das instâncias e mecanismos de controle,
Art. 2° A Secretaria Municipal de meio ambiente de avaliação e fiscalização das ações e serviços de meio
Rio Branco compete: ambiente;
I - Promover o bem estar da população, elevando o II - Administração dos recursos orçamentários e
nível da qualidade de vida através de práticas que financeiros destinados ao Meio Ambiente, em cada
zelem pela utilização racional e sustentada dos recursos exercício;
naturais e, em especial pela integridade do patrimônio III - Acompanhamento, avaliação e divulgação das
ecológico, paisagístico, histórico, arquitetônico, cultural condições ambientais do Município;
e arqueológico; IV - Organização e coordenação do sistema de
II - Proteger o meio ambiente e combater a poluição informação em meio ambiente;
em qualquer de suas formas; V - Fazer cumprir as normas técnicas e padrões de
III - Preservar as florestas, fauna e a flora; qualidade referentes ao meio ambiente do Município;
IV - Planejar, organizar, controlar, executar e avaliar as VI - Fazer cumprir as normas técnicas e padrões de
ações de proteção do meio ambiente no município; qualidade para a promoção da saúde do trabalhador;
V - Propor e gerenciar a política ambiental do VII - Coordenar a formulação da política ambiental do
município; Município e colaborar na execução das ações de proteção
VI - Gerar estudos e projetos para subsidiar os e recuperação do meio ambiente;
programas ambientais do Município; VIII - Coordenar a elaboração e atualização periódica
VII - Definir e implementar mecanismos de controle e do Plano Municipal de Meio Ambiente;
monitoramento das ações ambientais; IX - Participar na formulação da política e colaborar
VIII - Implementar e efetivar a educação ambiental nos- na execução das ações de proteção e recuperação do
diferentes segmentos comunitários do Município; meio ambiente;
IX - Implementar atividades de conservação e criação X - Promover a atualização periódica do Plano Municipal
de novas áreas de proteção ambiental no Município: de Meio Ambiente;
áreas verdes, parques, jardins, praças e arborização XI - Participar na formulação e na execução política
urbana; de formação e desenvolvimento de recursos humanos
X - Colaborar, apoiar e interagir com os programas voltados ao meio ambiente;
ambientais implementados pelas demais secretarias XII - Elaboração da proposta ornamentaria da Secretaria
municipais; Municipal de Meio Ambiente;
XI - Colaborar, apoiar e interagir com os diferentes XIII - Colaborar no cumprimento de normas que
setores Estaduais e Federais responsáveis pela regulem as atividades de meio ambiente;
implementação de políticas ambientais; XIV - Cooperar com a Secretaria Municipal de Obras,
XII - Celebrar contratos e convênios com entidades, Viação e Urbanismo, Secretaria Municipal de Saúde e a
órgãos públicos e privados que atuam na área Secretaria Municipal de Agricultura, na implementação
ambiental; de ações relativas à proteção ambiental, bem como na
XIII - Manter intercambio com as entidades oficiais adoção de medidas de controle ao código de posturas,
e privadas de pesquisa e de atividades ligadas ao relativas ao licenciamento de atividades econômicas e
conhecimento e proteção do meio ambiente; de preservação ambiental;
XIV - Instalar, implementar e gerir o Conselho Municipal XV - Cooperar com a Secretaria Municipal de Educação
de Defesa do Meio Ambiente - COMDEMA e o Fundo e Fundação Municipal de Cultura na implementação de
Municipal de Meio Ambiente; ações de Educação Ambiental;
XV - Elaborar e gerenciar o Plano de Meio Ambiente XVI - Elaborar proposta orçamentária anual, observando
do município. as diretrizes estabelecidas pela Assessoria de
Planejamento e Coordenação Geral;
CAPÍTULO II XVII - Colaborar no planejamento municipal, através
DA ESTRUTURA de estudos dos aspectos relativos à conservação e
preservação do meio ambiente;
Art. 3° A estrutura administrativa da Secretaria XVIII - Estudar, definir e propor normas, procedimentos
Municipal de Meio Ambiente, demonstrada no e programas visando à proteção ambiental do
organograma (anexo I), e a seguinte: Município;
I - Secretario Municipal de Meio Ambiente; XIX - Promover o levantamento e caracterização
II - Diretoria de Controle e Educação Ambiental; do patrimônio ambiental e recursos naturais do
III - Diretoria de Conservação Ambiental; Município.
IV - Serviço Escola de Meio Ambiente; Art. 6° A Seção Administrativa e Financeira tem as
V - Serviço de Controle Ambiental; seguintes atribuições:
VI - Serviço de Parques, Jardins e Áreas Verdes; I - Executar as atividades financeiras, técnicas e
VII - Seção Administrativa e Financeira; contábeis relativas aos recursos de qualquer natureza
VIII - Seção Horto Florestal; destinados a SEMEIA, o controle contábil desses
IX - Seção Parque Urbano Capitão Círiaco; recursos, a promoção de auditorias ordinárias e
X - Seção Viveiros.
298
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
extraordinárias, a elaboração de prestação de contas IV - Promover campanhas educativas com temas que
e assessoramento de quaisquer unidade da secretaria, tenham relevância para a comunidade local;
além de manter estreito contato com a secretaria V - Implementar atividades educativas junto a
Municipal de Finanças da prefeitura; comunidade, principalmente as atividades relacionadas
II - Execução das ações relativas à pessoal, com o uso adequado das vias e logradouros públicos;
cadastramento, controle e freqüência, avaliação, VI - Divulgar as legislações municipais como: Plano
promoção, elaboração da folha de pagamento, Diretor, Código de Posturas, Código de Obras, Usos e
movimentação, concessão de benefícios e produtividade Parcelamento do Solo, para que a comunidade tome
com perfeito entrosamento com a Secretaria Municipal conhecimento;
de Administração; VII - Participar e apoiar os movimentos ambientalistas e
III - Zelar pela guarda, conservação, cadastramento populares na defesa dos recursos naturais e populações
e inventário dos materiais, equipamentos e imóveis tradicionais;
da secretaria; VIII - Estabelecer ações conjuntas com associações
IV - Manter registros de veículos, distribuí-los de bairros, grupos de jovens, igrejas e escolas, no
pelas unidades da Secretaria, controlar e verificar diagnostico de problemas ambientais prioritários e
periodicamente o estado de conservação dos mesmos. auxiliar na resolução dos mesmos;
Elaborar escalas de serviços e controlar o desempenho IX - Incentivar e orientar a formação de Núcleos de
funcional dos motoristas; Educação Ambiental nas comunidades;
V - Conservação e manutenção da rede física da X - Promover cursos com temas que sejam relevantes
Secretaria, nas instalações elétricas e hidráulicas; à comunidade local com objetivo de formar agentes
VI - Manutenção e reparos de aparelhos diversos e multiplicadores;
demais materiais permanentes; XI - Formar acervo bibliográfico com temas ambientais
VII - Manter o serviço de higiene e limpeza da e bibliografias, bem como arquivar documentos
Secretaria; específicos da Educação Ambiental;
VIII - Coordenar a elaboração da proposta orçamentária XII - Implementar a coleta seletiva e a reciclagem, em
anual, observando as diretrizes estabelecidas pela escala experimental, visando a difusão e multiplicação
Assessoria de Planejamento e Coordenação Geral. destas praticas junto a comunidade.
Art. 7° A Diretoria de Controle e Educação Ambiental, Art. 9° 0 Serviço de Controle Ambiental, tem as
tem as seguintes atribuições: seguintes atribuições:
I - Coordenar a execução dos programas de controle e I - Fiscalizar o cumprimento dos dispositivos relativos
educação ambiental no Município de Rio Branco; a questão ambiental contidos na legislação municipal
II - Realizar estudos e pesquisas, e aplicar no vigente, particularmente o Código de Posturas, Lei de
desenvolvimento de tecnologias alternativas que Uso e Parcelamento do Solo, Plano Diretor e Código
venham promover a melhoria da qualidade de vida da de Obras;
comunidade; II - Fiscalizar o cumprimento dos procedimentos
III - Colaborar com autoridades sanitárias, municipais, estabelecidos para o Licenciamento Ambiental dos
estadual e da união, na fiscalização de atividades empreendimentos que pretendem se instalar no
do comercio, indústria, principalmente feiras livres, município, baseado nas Leis Federais e Estaduais;
entrepostos e ambulantes; III - Informar os demais setores da comunidade sobre
IV - Promover campanhas educativas, objetivando o possíveis atividades poluidoras que venham por em risco
envolvimento da comunidade nas questões ambientais o ambiente e populações locais;
do município; IV - Manter rotina de fiscalização do uso dos espaços
V - Assessorar e coordenar as ações dos setores que lhes públicos, principalmente praças, parques, áreas de
são subordinados, bem como elaborar relatório anual do preservação permanente, áreas verdes, arborização
conjunto de atividades da Diretoria, e propor sugestões urbana e vias públicas;
para aumentar a eficiência dos serviços; V - Colaborar com outros órgãos Municipais, Estaduais e
VI - Analisar a Legislação Ambiental vigente no Federais na adoção de medidas de controle de atividades
município, propor sua reformulação e adequação; econômicas e de proteção ambiental;
VII - Definir mecanismos de monitoramento as ações VI - Estabelecer convênios com órgãos Estaduais
de controle e educação ambiental que estiverem sendo e Federais para o desempenho de atividades de
implementadas; Fiscalização Ambiental quando estas se fizerem
VIII - implementar estratégias de controle de atividades necessárias.
que estejam gerando poluição sonora, poluição hídrica, Art. 10. A Diretoria de Conservação Ambiental, tem
poluição do ar e do solo; as seguintes atribuições:
IX - Localizar e mapear áreas critica em que se I - Coordenar a execução dos serviços de recuperação,
desenvolvem atividades utilizadoras de recursos conservação e manutenção de parques, praças, jardins,
naturais, consideradas efetiva ou potencialmente arborização e áreas protegidas;
poluidoras, bem como empreendimentos capazes de II - Coordenar as atividades referentes à criação e
causar degradação ambiental; implantação de novas áreas de proteção ambiental
X - Organizar e coordenar um sistema de informação do município;
Leis e Decretos
(Banco de Dados) sobre o meio ambiente do III - Promover programas e campanhas que auxiliem
município; no desenvolvimento dos serviços de parques, jardins,
Municipais
299
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
no desenvolvimento de tecnologias alternativas que da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos criados pela
venham promover a melhoria da qualidade de vida da Lei n° 1.034 de 22 de junho de 1992 - anexo III; 01
comunidade; (um) cargo comissionado CC-6 - Assessor de Gabinete
X - Elaborar projetos na área ambiental abrangendo II do Gabinete do Prefeito criado pela Lei n° 968 de 14
temas de Conservação Ambiental. de outubro de 1991.
Art. 11. O Serviço de Parques, Jardins e Áreas Verdes, Art. 17. Esta Lei entrara em vigor a partir da data
temas seguintes atribuições: de sua publicação, revogadas as disposições em
I - executar e manter a jardinagem e a arborização na contrario.
cidade de Rio Branco; GABINETE DO PREFEITO DE RIO BRANCO, ESTADO DO
II - Manter limpa praças e jardins; ACRE, EM 22 DE DEZEMBRO DE 1994.
III - Zelar pela conservação de praças, jardins e áreas
arborizadas; JORGE VIANA
IV - Fazer poda de arvores; PREFEITO DE RIO BRANCO
V - Adotar medidas de proteção às árvores;
VI - Traçar diagnóstico para a realização dos serviços
de jardinagem e arborização; LEI N°. 1.299, DE 24 DE AGOSTO DE 1998
VII - Estimular o plantio de árvore no município;
VIII - Realizar estudos visando definir espécies “DISPÕE SOBRE A INSPEÇÃO SANITÁRIA E
adequadas para arborização urbana; INDUSTRIAL DOS PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL,
IX - Traçar critérios de arborização para a cidade; CONFORME DETERMINA O ART. 4°, ALÍNEA “C” DA
X - Administrar os parques urbanos; LEI FEDERAL N°. 7.889, DE 23.11.89”,
XI - Zelar pelo patrimônio ecológico, cultural e histórico O PREFEITO MUNICIPAL DE RIO BRANCO, CAPITAL DO
dos parques e áreas protegida; ESTADO DO ACRE, nos termos do Art. 4° da Lei 7.889,
XII - Implementar medidas de proteção e conservação de 23.11.89, combinado com os Arts. 23, II, 30, I e II
da CF; Arts. 10, I e II, 36, 117 e segs. Da LOMRB.
das áreas protegidas;
FAÇO SABER que a Câmara Municipal de Rio Branco
Art. 12. A Seção Viveiros, cem as seguintes decretou e eu sanciono a seguinte Lei:
atribuições: Art. 1° Fica estabelecida a obrigatoriedade da prévia
I - Produzir mudas para atender os serviços de praças, inspeção sanitária e industrial, de todos os produtos
jardins, arborização e áreas protegidas; de origem animal, comestível e não comestível, sejam
II - Adaptar e gerar técnicas de produção de mudas; ou não adicionados de produtos vegetais, preparados,
III - Zelar e manter os materiais e equipamentos da transformados, manipulados, recebidos adicionados
seção. e depositados produzidos no Município de Rio Branco
Art. 13. A Seção Horto Florestal, tem as seguintes e destinados ao comércio nos limites de sua área
atribuições: geográfica.
I - Funcionar como centro de pesquisa, esporte, cultura, Art. 2° São sujeitos a fiscalização prevista nesta Lei:
lazer e educação ambiental para a população; a) os animais destinados à matança, seus produtos e
II - Manter o espaço em condições de uso pela subprodutos e matérias-primas;
população com segurança, limpeza e instalações em b) o pescado e seus derivados;
funcionamento; c) o leite e seus derivados;
III - Orientar a população quanto ao uso do espaço e d) o ovo e seus derivados;
equipamentos; e) o mel e cera de abelha e seus derivados.
IV - Manter em funcionamento as estruturas e Art. 3° A fiscalização, de que trata esta Lei, exercida
equipamentos. nos limites territoriais do Município, far-se-á:
Art. 14. A Seção Parque Urbano Capitão Círiaco, tem a) nos estabelecimentos industriais especializados e
as seguintes atribuições: na s propriedades urbanas e rurais com instalações
I - Funcionar como centro de pesquisa, esporte, cultura, adequadas para a matança de animais e seu preparo ou
lazer e educação ambiental para a população; industrialização, sob qualquer forma para o consumo;
II - Manter o espaço em condições de uso pela b) nos entreposto de recebimento e distribuição do
população com segurança, limpeza e instalações em pescado e nas fábricas que o industrializem;
funcionamento; c) nas usinas de beneficiamento de leite, nas fábricas
III - Orientar a população quanto ao uso do espaço e de laticínios, nos postos de recebimento, refrigeração
equipamentos; e desnatagem do leite ou de recebimento, refrigeração
IV - Manter em funcionamento as estruturas e e manipulação dos seus derivados e nos respectivos
equipamentos. entrepostos;
d) nos entrepostos de ovos e nas fábricas de produtos
CAPÍTULO V derivados;
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS e) nos entrepostos que, de modo geral, recebem,
manipulam, armazenam, conservam ou a acondicionam
Art. 15. Os recursos orçamentários para a implantação produtos de origem animal;
desta estrutura organizacional e operacionalização das f) nas propriedades rurais.
atividades da Secretaria Municipal de Meio Ambiente Art. 4° A inspeção sanitária e industrial estabelecida
são os especificados no Programa “Manutenção das na presente Lei, é da competência exclusiva da
Atividades para Proteção ao Meio Ambiente” (Gabinete Secretaria Municipal de Agricultura, por intermédio de
do Prefeito) da Lei 1.129 de 15 de dezembro de 1993, seu órgão competente.
que estima a receita e fixa a despesa do Município de Art. 5° Quando a Secretaria Municipal de Agricultura
Rio Branco para o exercício financeiro de 1994. não dispuser de aparelhamento ou organização para a
Art. 16. Ficam extintos 04 (quatro) cargos eficiente realização da fiscalização nos estabelecimentos
comissionados CC-4 da Secretaria Municipal de Saúde previstos no Art. 3°, a juízo do Chefe do Executivo
criados pelo art. 3° da Lei 1.028 de 03 de junho de 1992; Municipal, a inspeção sanitária e fiscalização respectivas
03 (Três) cargos comissionados CC-4 - Departamento de poderão ser realizadas, mediante convênio, pela
Pavimentação Pública - Departamento de Terraplenagem Secretaria Municipal de Saúde.
- Departamento de Estudos e Projetos e 02 (dois) cargos Art. 6° Para os fins desta Lei, nos termos do Art. 6°
comissionados CC-3 - Divisão de Recursos Humanos e da Lei Federal n°. 1.283/50, é vedada a duplicidade
Divisão de Parques e Jardins da estrutura organizacional da fiscalização industrial e sanitária em qualquer
300
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
estabelecimento industrial ou entreposto de produtos § 3° Se a interdição não for levantada nos termos
de origem animal, que será exercida no município de Rio do parágrafo anterior, decorrido doze meses, será
Branco, pela Secretaria Municipal de Agricultura. cancelado o respectivo registro.
Art. 7° Nenhum estabelecimento industrial ou § 4° Compete a Secretaria Municipal de Agricultura, ou
entreposto de produtos de origem animal, cuja produção a Secretaria Conveniada, a aplicação das penalidades
tenha por objeto apenas o comércio municipal, poderá previstas neste artigo.
funcionar no Município de Rio Branco, sem que seja Art. 10. Ao Poder Executivo Municipal, incumbe
previamente registrada na Secretaria Municipal de expedir os demais atos complementares para a inspeção
Agricultura, na Forma da regulamentação e demais atos e reinspeção sanitária e industrial dos estabelecimentos
complementares, que venham a ser baixados pelo Poder mencionados no art. 3° desta lei, os quais, entretanto,
Executivo Municipal. não poderão contrariar a regulamentação de que cogita
Art. 8° O Poder Executivo Municipal baixará, no prazo esta lei e a legislação Federal e Estadual.
de 60 (sessenta) dias, contados a partir da data da Art. 11. Os produtos, de que tratam as alíneas “c”
publicação desta Lei, o regulamento sobre a inspeção e “d” do art. 2°, desta lei, produzidos e destinados
sanitária e industrial dos estabelecimentos referidos no ao consumo no Município de Rio Branco, que não
art. 3°, e instituindo o órgão competente de fiscalização puderem ser fiscalizados nos centros de produção
previsto no art. 4°. ou nos pontos de embarque, serão inspecionados em
§ 1° A regulamentação de que trata este artigo entrepostos ou outros estabelecimentos localizados nos
abrangerá: centros consumidores, antes de serem dados ao consumo
a) a classificação dos estabelecimentos; público, na forma que for estabelecida na regulamentação
b) as obrigações e exigências para registro e prevista no art. 8°.
relacionamento, como também para as respectivas Art. 12. As autoridades de saúde pública, em função de
transferências de propriedade; policiamento de alimentação, comunicaram a Secretaria
c) a higiene dos estabelecimentos; Municipal de Agricultura, os resultados das fiscalizações
d) as obrigações dos proprietários, responsáveis ou que realizarem, se das mesmas resultarem apreensão
seus prepostos; ou condenação dos produtos e subprodutos.
e) a inspeção “ante” e “post-mortem” dos animais Art. 13. As regulamentações, de que cogitam os
destinados a matança; arts. 8° e 10 desta lei, poderão ser alterados, no todo
f) a inspeção e reinspeção de todos os produtos ou em parte, sempre que a aconselharem a prática e o
e matérias-primas de origem animal durante as desenvolvimento da industria e do comércio de produtos
diferentes fases da industrialização, transporte e de origem animal.
comercialização;
Art. 14. Esta lei entrará em vigor na data de sua
g) a fixação dos tipos e padrões e aprovações de
publicação.
fórmulas de produtos de origem animal;
h) as penalidades a serem aplicadas por infrações Art. 15. Revogam-se a Lei Municipal n°. 1.296 de 01
cometidas; de Julho de 1998, e demais disposições em contrário.
i) as análises de laboratórios;
j) destinação de produto de arrecadação de taxas e Gabinete do Prefeito Municipal de Rio Branco, 20 de
multas eventualmente impostas; Agosto de 1998, 95° do Tratado de Petrópolis e 36°
k) quaisquer outras determinações, que se tornarem do Estado do Acre.
necessárias para maior eficiência dos trabalhos de
fiscalização e inspeção sanitária e industrial. MAURI SÉRGIO MOURA DE OLIVEIRA
Prefeito Municipal
Art. 9° Sem prejuízo da responsabilidade civil e
penal cabíveis, a infração às disposições a presente Lei
acarretará, isolada ou cumulativamente, as seguintes
sanções:
LEI Nº 1.330, DE 23 DE SETEMBRO DE 1999
I - advertência, quando o infrator for primário e não
tiver agido com dolo ou má-fé;
“Dispõe sobre a Política Municipal de Meio
II - multa de 100 até 25.000 UFIR`s, nos casos não
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e
compreendidos no inciso anterior;
aplicação, instituindo o Sistema Municipal de Meio
III - apreensão ou condenação das matérias-primas,
Ambiente e alterando as competências da SEMEIA
produtos, subprodutos e derivados de origem animal,
e do COMDEMA, e dá outras providências”
quando não apresentarem condições higiênico-
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO:
sanitárias adequadas ao fim que se destinam, ou forem
Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu
adulterados;
sanciono, na forma dos artigos 163 a 168 da Lei
IV - suspensão de atividade que cause risco ou ameaça
Orgânica do Município, a seguinte lei:
da natureza higiênico-sanitárias ou no caso de embaraço
à ação fiscalizadora;
TÍTULO I
V - interdição, total ou parcial, do estabelecimento,
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
quando a infração consistir em adulteração ou
Leis e Decretos
301
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
302
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
do Acre;
Art. 7º - O COMDEMA, enquanto órgão consultivo, IX - Um representante da FIEAC - Federação das
Municipais
303
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
304
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
VII - exigir daquele que utilizar ou explorar recursos como para a instalação de atividades e empreendimentos
naturais a recuperação do meio ambiente degradado, de que possam causar impactos de vizinhança, tais como
acordo com solução técnica mais viável a ser aprovada alterações e/ou complementações do sistema viário;
pelo COMDEMA; produção de ruídos e vibrações; poluição atmosférica;
VIII - exigir relatório técnico de auditoria ambiental para volumosa geração de resíduos; e elevada demanda
analisar a conveniência da continuidade de obras ou de água;
atividades, potencialmente poluidoras, já instaladas no XXIV - promover as medidas administrativas e requerer
Município anteriormente às exigências desta lei, como as judiciais cabíveis para coibir, punir e responsabilizar
condição de validade da renovação dos seus Alvarás de os agentes poluidores e degradadores do meio
Localização e Funcionamento; ambiente;
IX - promover o inventário, a avaliação, o controle e XXV - propor medidas para disciplinar a restrição à
o monitoramento dos recursos naturais do Município participação em concorrências públicas e acesso aos
construindo índices de capacidade suporte dos benefícios fiscais e créditos oficiais às pessoas físicas e
ecossistemas municipais; jurídicas condenadas por atos de degradação ambiental,
X - manifestar-se, quando requerido, mediante estudos administrativa ou judicialmente;
e pareceres técnicos sobre questões de interesse XXVI - apoiar iniciativas do Ministério Público na defesa
ambiental para a população do Município, encaminhando do meio ambiente;
em casos de graves ocorrências ambientais, seus laudos XXVII - fiscalizar as atividades produtivas e comerciais
ao Ministério Público; ou de prestação de serviços utilizadoras de recursos
XI - informar a população sobre os níveis de poluição, naturais pelo poder público ou pelo particular;
a qualidade do meio ambiente, a presença de XXVIII - elaborar programas e projetos ambientais, e
substâncias potencialmente nocivas à saúde, no meio promover gestões, articulando com órgãos e entidades
ambiente e nos alimentos, bem como resultados dos nacionais e internacionais para viabilizar os recursos
monitoramentos e auditorias; financeiros necessários à sua implementação;
XII - promover a educação ambiental não formal através XXIX - instituir banco de dados informatizado, se
da Escola de Meio Ambiente; possível geo-referenciado e interligado a outros de
XIII - incentivar e executar a pesquisa, o desenvolvimento, instituições congêneres, bem como sistema de difusão
a difusão tecnológica, e a capacitação técnica dos e troca de informações ambientais com órgãos nacionais
quadros de pessoal da SEMEIA e demais órgãos do e internacionais de defesa do meio ambiente;
SIMMA para a resolução de problemas ambientais XXX - firmar termos de cooperação técnica com
e promover a informação sobre estas questões entidades nacionais e internacionais de pesquisa ou a
fomentando práticas de vigilância ambiental pela outras atividades voltadas à proteção ambiental;
sociedade; XXXI - integrar as ações relacionadas ao meio ambiente,
XIV - articular-se com órgãos federais, estaduais desenvolvidas por órgãos municipais, organizações não
e municipais, bem como com organizações não governamentais e empresas privadas de forma a evitar
governamentais para a execução integrada de ações duplicidade e permitir que os esforços empreendidos
voltadas a proteção do patrimônio ambiental, histórico, nesta área contribuam relevantemente para a
artístico, turístico, arquitetônico e arqueológico, bem consecução dos objetivos sócio-econômicos e ecológicos
como das áreas de preservação permanente, em fixados na PMMA;
conformidade com a Lei Federal nº 4771 de 15 de XXXII - zelar pelo cumprimento da legislação ambiental
setembro de 1965; dos três níveis de poder.
XV - coordenar a gestão do Fundo Municipal de Meio
Ambiente - FMMA, criado por esta lei nos aspectos CAPÍTULO IV
técnicos, administrativos, e financeiros segundo as DOS ÓRGÃOS SECCIONAIS
diretrizes que vierem a ser fixadas pelo COMDEMA;
XVI - apoiar as organizações da sociedade civil que Art. 22. As normas e diretrizes estabelecidas nesta
tenham a questão ambiental entre os seus objetivos, lei ou dela decorrentes condicionam a elaboração de
promovendo sua capacitação e desenvolvimento planos, programas e projetos, bem como, de ações
de projetos bem concebidos relativos ao manejo de todos os órgãos da Administração Pública direta ou
dos recursos naturais; à educação ambiental; e à indireta do Município de Rio Branco.
fiscalização das atividades antrópicas; Art. 23. Os objetivos dos órgãos integrantes da
XVII - definir, implantar e administrar espaços territoriais Administração direta ou indireta do Município deverão
e seus componentes a serem especialmente protegidos ser compatibilizados com aqueles estabelecidos pela
tais como Unidades de Conservação e Áreas de Proteção PMMA por meio do PAAI - Plano de Ação Ambiental
aos Mananciais, implementando zoneamentos e planos Integrada.
de manejo, observando possibilidades técnicas e
Art. 24. Os Órgãos Seccionais deverão:
legais de gestão compartilhada destes espaços com a
- ajustar seus Planos de Ação às diretrizes e instrumentos
sociedade civil;
da PMMA;
XVIII - preservar a diversidade e o patrimônio genético
- atuar em articulação com a SEMEIA e o COMDEMA;
do Município e fiscalizar as entidades dedicadas à
- promover a sistematização e intercâmbio de
pesquisa e manipulação de material genético;
Leis e Decretos
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
II - proteger espécies raras, endêmicas, vulneráveis em são destinadas a compatibilizar a exploração dos
perigo ou ameaçadas de extinção, biótipos, comunidades recursos naturais com sua conservação e preservação,
Municipais
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
d’água, cavernas, formações rochosas, e espécies únicas apresentado pelo empreendedor quando formatado
de fauna e flora, possibilitando atividades educacionais o pertinente projeto básico, contendo a descrição de
de interpretação da natureza, pesquisa e turismo. empreendimento, bem como, a caracterização do sítio
§ 1º. Fica o Poder Executivo autorizado a proceder, pretendido e seu entorno, para balizar posicionamento
através da SEMEIA, entendimentos com a UNIÃO, para pela SEMEIA sobre a obrigatoriedade ou não de EPIA’s
transferência formal do domínio e administração da área /RIMA’s - Estudos Prévios de Impacto Ambiental/
do Parque Chico Mendes a esta Municipalidade, que Relatórios de Impacto de Meio Ambiente - ou de estudos
deverá por lei consolidar tal Unidade de Conservação mais sucintos e específicos sobre determinados recursos
elaborando seu plano de manejo. ambientais;
§ 2º. Outras categorias de manejo das Unidades de II - Definição pela SEMEIA do Termo de Referência, que
Conservação poderão ser criadas de acordo com as compreende roteiro de orientação para a elaboração
necessidades de preservação e conservação das áreas de estudos específicos ou de EPIA/RIMA aplicado ao
do Município. caso concreto;
§ 3º. O Poder Público estimulará a criação e manutenção III - Elaboração dos estudos específicos ou do EPIA/
de Unidades de Conservação privadas tais como as RIMA, pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica,
RPPN - Reserva Particular de Patrimônio Natural, desde pública ou privada, conforme pautado na legislação
que suas características assegurem funções ecológicas federal e estadual, observando-se as recomendações
relevantes, bem como a prática de pesquisa científica e exigências municipais referendadas no Termo de
e educação ambiental, observando-se na zona urbana Referência;
as exigências e diretrizes do Plano Diretor. IV - Análise do EPIA/RIMA pelas equipes técnicas da
§ 4º. O Poder Público Municipal deverá estudar SEMEIA, ou por técnicos por ela requisitados;
possibilidades de redução, descontos ou isenção do V - Realização de Audiências Públicas, caso necessário,
IPTU para incentivar, quando em zona urbana, a criação presididas obrigatoriamente pela SEMEIA;
das áreas referidas no parágrafo anterior, bem como, VI - Decisão argumentada em parecer técnico-científico
de outros mecanismos de incentivo financeiro para os sobre a viabilidade ambiental, deferindo ou indeferindo
particulares que vierem a assumir tarefas ambientais o pedido para realização do empreendimento;
consideradas relevantes pela SEMEIA. VII - Implementação do Plano de Controle Ambiental
§ 5º. O Horto Florestal do Município manterá acervo contendo monitoramento e auditorias públicas
de mudas da flora típica local, priorizando espécies periódicas.
arbóreas raras e em extinção, bem como aquelas Parágrafo Único: O RAP - Relatório Ambiental Preliminar
dotadas de alto valor econômico, para projetos públicos deverá ser regulamentado no prazo de 180 dias a
e comunitários de arborização ou exploração sustentável contar da promulgação da presente lei, e deverá conter
das florestas. no mínimo:
- a descrição sucinta do estado de conservação
CAPÍTULO II dos recursos ambientais presentes na área do
DAS AVALIAÇÕES DE IMPACTO AMBIENTAL empreendimento e sua vizinhança;
- a relação dos impactos ambientais adversos que o
Art. 37. Impacto Ambiental é toda alteração empreendimento poderá causar considerando suas fases
significativa produzida pelo homem no meio ambiente de instalação e operação;
natural ou construído. - o rol de medidas mitigatórias e compensatórias que
§ 1º. Quando em áreas urbanas os impactos representam serão adotadas;
significativa alteração no entorno da vizinhança, - as estratégias de controle da poluição e monitoramento
podendo alterar a qualidade do ar; da água, o nível de das condições ambientais.
ruídos existentes; as demandas na infra-estrutura viária Art. 40. O Estudo Prévio de Impacto Ambiental,
sobrecarregando sua capacidade; na rede de serviços respeitadas as legislações estaduais e federais a respeito
públicos; ou alterando a paisagem urbana. do tema, obedecerá às seguintes diretrizes:
Art. 38. A Avaliação de Impactos Ambientais é I - contemplar todas as alternativas tecnológicas e de
uma atividade técnico-científica apta a determinar localização do projeto de empreendimento, confrontando-
a viabilidade ambiental de empreendimentos as com a hipótese de sua não execução;
potencialmente causadores de significativa degradação II - definir os limites das áreas direta e indiretamente
ambiental, de forma sistemática e previamente às afetadas pelos impactos;
conseqüências da sua implantação e operação, e tem III - realizar o diagnóstico ambiental da área de
como principais finalidades instrumentais: influência do empreendimento, caracterizando a
I - permitir a compatibilização do desenvolvimento situação antes de sua implantação;
sócio-econômico e urbano com a proteção ambiental; IV - identificar e avaliar sistematicamente os impactos
II - subsidiar o processo de tomada de decisão pela ambientais previstos nas fases de planejamento,
SEMEIA, e em ultima instância pelo COMDEMA; implantação, operação e desativação, para cada
III - favorecer a concepção final de planos, programas alternativa locacional e tecnológica anteriormente
e projetos menos agressivos ao meio ambiente, elencadas;
incorporando alternativas, recomendações, medidas V - considerar os planos, programas e projetos
mitigadoras e compensatórias, e o desenvolvimento governamentais, existentes ou propostos co-localizados,
de tecnologias mais adaptadas às condições dos locais observando efeitos cumulativos e sinérgicos;
onde serão implementados; VI - definir medidas mitigadoras e/ou compensatórias
IV - incrementar processos de mediação e solução de para os impactos negativos;
conflitos de uso dos recursos naturais por meio dos VII - propor medidas maximizadoras para os impactos
esclarecimentos sobre os impactos positivos e negativos positivos;
dos empreendimentos, auxiliando a negociação social; e VIII - estabelecer programas de monitoramento e
V - apontar formas de controle e monitoramento auditorias;
eficazes dos recursos naturais demandados pelos IX - indicar a alternativa apta a conferir a melhor forma
empreendimentos, ao poder público e aos particulares, de proteção dos recursos ambientais.
reforçando a gestão ambiental. Art. 41. O RIMA- Relatório de Impacto do Meio
Art. 39. O processo de avaliação de impacto ambiental Ambiente é o documento que resume e sintetiza os
compreende as seguintes etapas: estudos técnico-científicos da avaliação de impactos
I - Relatório Ambiental Preliminar - RAP, a ser ambientais e deverá:
308
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Art. 49. A SEMEIA solicitará quando entender pólo gerador de tráfego tais como garagens de empresas
necessário ou em virtude de obrigação legal imposta de transporte, terminais de ônibus, clubes, centros de
pelas legislações federal, estadual e municipal compras e outros;
a realização de EPIA/RIMA, para decidir sobre o IV - aqueles tidos como de “usos especiais” em
licenciamento ambiental das seguintes atividades: conformidade com as categorias previstas na
I - projetos agropecuários acima de 1000 ha; legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo
II - atividades minerarias, com extração e/ou do município.
beneficiamento, com ênfase para extração de areias Art. 51. A Licença Ambiental Municipal é dividida em
e argilas; três categorias:
III - oleodutos, gasodutos e minerodutos; I - Licença Prévia (LP), na fase preliminar do
IV - sistemas de tratamento de esgotos; planejamento da atividade, contendo requisitos básicos
V - obras hidráulicas para sistemas: de captação, a serem atendidos nas fases de locação, instalação e
abastecimento e tratamento de água; de derivação para operação, observados os planos municipais, estaduais
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
310
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Art. 61. A SEMEIA criará condições para garantir a com a Comissão Municipal de Defesa Civil - COMDEC.
implantação de programas de educação ambiental, Art. 68. Em qualquer caso de poluição e contaminação
assegurando o caráter interinstitucional e multidisciplinar do solo por acidentes a SEMEIA deverá ser imediatamente
das ações envolvidas. comunicada para aplicação de sanções e propositura de
Art. 62. A Educação Ambiental será promovida para medidas cabíveis e por sua vez, dar ciência ao Ministério
toda a comunidade e em especial: Público para abertura do competente inquérito.
I - Na rede municipal de ensino, em todas as áreas Art. 69. As atividades de mineração, no Município
de conhecimento e no decorrer de todo o processo de Rio Branco, que venham a se instalar estarão
educativo devendo conformar com os currículos e sujeitas à licenciamento ambiental pela SEMEIA sendo
programas elaborados pela Secretaria Municipal da obrigatório a apresentação de EPIA/RIMA; aquelas
Educação; já existentes deverão apresentar à SEMEIA o PRAD-
II - Na rede Estadual de Ensino, em articulação com a Plano de Recuperação de Área Degradada, bem como
Secretaria de Estado da Educação e Cultura; provas factíveis que o mesmo vem sendo executado
III - Em apoio às atividades da rede particular através paulatinamente e concomitantemente à mineração,
de parcerias; contemplando aspectos de contenção de impactos,
IV - Para outros segmentos da sociedade civil monitoramento, recomposição da cobertura vegetal,
organizada, em especial aqueles que possam atuar e usos futuros quando do encerramento de suas
como agentes multiplicadores; atividades.
V - Junto às entidades e associações ambientalistas; Art. 70. As Atividades de extração de areia e
VI - Junto a moradores de áreas contíguas às bacias argilas deverão considerar efeitos cumulativos
hidrográficas; quando instaladas na mesma microbacia hidrográfica,
VII - Junto às Prefeituras vizinhas. ficando a SEMEIA autorizada a determinar entre os
§ 1º. Fica estabelecido o prazo de 60 dias a contar mineradores estudos e planos conjuntos de recuperação
da publicação da presente lei para que o Executivo ambiental.
Municipal crie Grupo Conjunto de Trabalho entre a Art. 71. Fica instituído junto à SEMEIA e às Secretarias
SEMEIA e a SEMEC com o objetivo de indicar os estudos da Agricultura e Educação Programa Conjunto de
que deverão ser executados para iniciar o processo Conservação de Microbacias Hidrográficas destinado
de adequação dos currículos e programas escolares a todos os usuários de um mesmo corpo hídrico para
referido no inciso I. implementar através de praticas associativistas e
cooperativistas a adoção de técnicas racionais de uso
TÍTULO IV do solo aptas a evitar sua erosão e assoreamento
DO USO E PROTEÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS das águas, bem como, sua poluição e contaminação
por qualquer meio e que deverá ser detalhado pelos
CAPÍTULO I referidos órgãos municipais no prazo de um ano a contar
DO SOLO da publicação da presente lei.
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
padrões estabelecidos pela legislação federal, estadual da legislação vigente na utilização e/ou supressão
e municipal em qualquer curso d’água existente em de qualquer espécie de vegetação, sem autorização
território municipal. dos órgãos públicos competentes constitui infração
Art. 80. Os estabelecimentos industriais utilizadores gravíssima e uso lesivo da propriedade.
de águas em seus processos produtivos, que vierem Art. 92. A SEMEIA deverá promover entendimentos com
a se instalar em território municipal, estão obrigados os órgãos estaduais e federais de meio ambiente para
a operar seus pontos de captação à jusante do ponto atuação conjunta, através de convênios, na fiscalização
de lançamento de seus próprios efluentes, logo após o de desmatamentos e combate às queimadas.
cone de dispersão destes. Parágrafo único. A retirada de espécimes da flora
Art. 81. Ficam instituídos junto à SEMEIA, programa ou da fauna, de qualquer ecossistema existente
de monitoramento da qualidade das águas e programa em território municipal para tarefas de educação
de prevenção à eventos hidrológicos críticos que deverá ambiental ou de pesquisa científica, só será admitida,
promover a identificação, delimitação e impor restrições quando devidamente autorizada pela SEMEIA , IMAC
à ocupação de áreas inundáveis; bem como de proteção ou IBAMA.
às águas subterrâneas. Art. 93. A SEMEIA deverá instituir um programa de
Art.82. Fica o Executivo Municipal autorizado a revitalização das áreas de preservação permanente
celebrar consórcios intermunicipais para proteção ao longo dos rios, riachos e igarapés, através de seu
de bacias hidrográficas de interesse para a SAERB reflorestamento com espécimes nativas, destacando o
e/ou para a navegação, intervindo se necessário, viveiro municipal como banco de sementes enquanto
junto às comunidades ribeirinhas para a satisfação experiência a ser observada e multiplicada.
de suas necessidades e eventual reassentamento e Art. 94. Na zona urbana, as árvores com mais de 30
reorganização de suas atividades produtivas. cm de DAP ficam imunes ao corte, podendo-se aceitá-lo,
Art.83. Fica proibido o lançamento de efluentes sob prévia autorização da SEMEIA, e dos órgãos estadual
compostos por óleos, combustíveis, tintas e graxas, e federal competentes, em casos excepcionais a serem
solventes ou quaisquer outros produtos químicos regulamentados, ou em face de empreendimentos de
provenientes de consertos ou lavagem de veículos no interesse social e/ou utilidade pública.
solo ou em corpos hídricos, devendo a SEMEIA com Art. 95. A implantação, manutenção, reforma
as Secretarias de Educação e de Obras promoverem e supressão de jardins em espaços públicos, será
campanhas de conscientização para os estabelecimentos gerenciada e realizada pela SEMEIA, que poderá contar
que se destinam a tais atividades, bem como mutirões com apoio da iniciativa privada.
de fiscalização para imposição das sanções cabíveis.
Art. 84. A SEMEIA manterá público, em articulação CAPÍTULO IV
com os demais órgãos setoriais, estaduais e federais, o DA FAUNA
registro permanente de informações sobre a qualidade
das águas. Art. 96. Todos os espécimes da fauna silvestre nativa
local, bem como seus ninhos, abrigos, e criadouros
SEÇÃO I naturais estão sob a proteção do Poder Público
DOS ESGOTOS SANITÁRIOS Municipal, sendo proibido em todo o Município a sua
utilização, perseguição, destruição, mutilação, caça
Art. 85. É obrigação do proprietário do imóvel a ou captura.
execução de adequadas instalações domiciliares Art. 97. É proibida, em território municipal, sob
de abastecimento, armazenamento distribuição e qualquer forma, a prática de comércio de espécies
esgotamento das águas, cabendo ao usuário do imóvel silvestres, devendo a SEMEIA realizar sua apreensão
necessária conservação. e encaminhamento para o zoológico municipal ou
Art. 86. Os esgotos sanitários deverão ser coletados, instituições congêneres onde a possibilidade de
tratados e receber destinação adequada, de forma a reintrodução em seu ambiente natural deverá ser
se evitar contaminação de qualquer natureza, sendo observada, comunicando o fato aos órgãos ambientais
proibido o seu lançamento “in natura” em quaisquer estaduais e federais para suas providências, e aplicando
corpos hídricos. a céu aberto ou na rede de águas aos autores da infração outras sanções administrativas
pluviais. cabíveis.
Art. 87. É obrigatória a existência de instalações Parágrafo único: No caso previsto a SEMEIA deverá
sanitárias nas edificações e a sua ligação á rede pública
promover encaminhamento de denúncia formal ao
coletora
Ministério Público, para o pertinente processo criminal
Parágrafo único: Quando não existir rede coletora
de esgotos, as medidas adequadas ficam sujeitas á com base nas tipificações formatadas pela Lei Federal
aprovação da SEMEIA, sem prejuízo das de outros nº. 9605/98, sem prejuízo de sanções administrativas
órgãos, que fiscalizará a sua execução e manutenção. e multas pela municipalidade.
Art. 88. Fica estabelecida a distância mínima de 15 Art. 98. Fica proibida a introdução de espécies
metros entre poços artesianos e fossas negras. exóticas nos ecossistemas que existem em território
Art. 89. O Poder Público Municipal, através da SEMEIA municipal.
e das Secretarias de Obras e Serviços Urbanos bem
como junto à SAERB deverá promover estudos técnicos CAPÍTULO V
e para captação de recursos financeiros visando DO AR
elaborar, em 240 dias a contar da publicação da presente
Lei, estratégias para implantação e operação sistemas
Art. 99. Poluente do ar é qualquer forma de energia
de coleta e tratamento de esgotos.
ou substância, em qualquer estado físico que, direta ou
indiretamente, seja lançada na atmosfera, alterando
CAPÍTULO III
sua composição natural e que seja efetivamente ou
DA FLORA
potencialmente danosa ao meio ambiente e à saúde
pública.
Art. 90. As florestas, os bosques, e quaisquer formas
Art. 100. Cabe a SEMEIA fiscalizar e controlar as
de vegetação existentes no território municipal, são de
fontes de poluição que possam comprometer a qualidade
interesse comum da população.
do ar com ênfase para as queimadas proibidas pela
Art. 91. A ação ou omissão que contrarie as normas legislação federal e estadual.
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Parágrafo único. O COMDEMA fixará por resolução os ambientais; introduzindo conceitos e técnicas de coleta
parâmetros de produção de vibrações, sons e ruídos seletiva e reciclagem, de modo a diminuir a incidência
no Município. de disposição inadequada de lixo em locais clandestinos,
Art. 108. Os bares, boates e demais estabele- através de campanhas de publicidade e mutirões de
cimentos observarão, em suas instalações, normas fiscalização com aplicação de multas e demais sanções
técnicas de isolamento de modo a não incomodar a administrativas.
vizinhança. Art. 117. O Poder Público Municipal estimulará através
Art. 109. Fica proibida a emissão de ruídos e de programas específicos a serem desenvolvidos pela
vibrações em zonas predominante ou exclusivamente SEMEIA, o empresariado na investigação de matérias
residenciais após as vinte e duas horas até seis horas primas e tecnologias que minimizem a geração de
do dia seguinte. resíduos e privilegiará a coleta seletiva dos resíduos
Parágrafo único. Ficam ressalvadas dessa restrição domiciliares e reciclagem de lixo, bem como a
as emissões sonoras produzidas em obras públicas implantação de um sistema descentralizado de usinas
313
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
314
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
XVI - exercer outras atividades que lhes vierem a ser regulamento, normas, padrões, e exigências técnicas
designadas. dela decorrentes, serão classificadas em: leves, graves
Parágrafo único. Todas as atividades previstas neste e gravíssimas, levando-se em conta:
artigo deverão ser executadas por fiscal ambiental do I - A intensidade do dano, efetivo ou potencial;
quadro permanente de funcionários da administração II - As circunstâncias atenuantes ou agravantes;
pública legalmente revestida de poder de polícia, ou III - Os antecedentes do infrator;
quando executada por outros funcionários, agentes IV - A situação econômica do infrator.
credenciados ou conveniados, obrigatoriamente §1º. Constituem circunstâncias atenuantes:
ratificadas por aqueles. I - Ter bons antecedentes com relação à disposições
Art. 130. Os fiscais ambientais do quadro permanente legais relativas à defesa do meio ambiente;
de funcionários da SEMEIA deverão ter qualificação II - Ter procurado de modo efetivo e comprovado,
especifica e nível superior, exigindo-se, para sua evitar ou atenuar as conseqüências danosas do fato,
admissão, concurso público de provas e títulos. ato ou omissão;
Art. 131. Não poderão ter exercício na fiscalização III - comunicar, imediatamente, a SEMEIA, a ocorrência
ambiental do município quer como funcionários do do fato, ato ou omissão que coloque ou possa colocar
quadro permanente, quer como agentes conveniados em risco o meio ambiente;
ou credenciados, aqueles que sejam sócios, acionistas IV - ser o infrator primário e a falta cometida pouco
majoritários, empregados a qualquer titulo, consultores significativa para o equilíbrio ambiental;
ou interessados em empreendimentos, atividades, obras V - O baixo grau de instrução ou escolaridade do
ou serviços sujeitos ao regime desta lei. infrator.
§ 2º. Constituem circunstâncias agravantes:
CAPÍTULO II I - Ter cometido, anteriormente, infração à legislação
DO AUTO MONITORAMENTO E DAS ambiental;
AUDITORIAS AMBIENTAIS II - Prestar informações inverídicas, alterar dados
técnicos e documentos;
III - Dificultar o atendimento dos fiscais e agentes
Art. 132. Com o objetivo de verificar o
credenciados da SEMEIA por ocasião da inspeção à fonte
cumprimento da legislação, normas, regulamentos
de poluição ou à área de degradação ambiental;
e técnicas relativas à proteção do meio ambiente,
IV - deixar de comunicar, de imediato, à SEMEIA, a
os estabelecimentos, públicos ou privados, cujas
ocorrência de fato, ato, ou omissão que coloque ou
atividades sejam potencialmente causadoras de impacto
possa colocar o meio ambiente e a saúde pública em
ambiental, deverão obrigatoriamente proceder ao
risco;
auto-monitoramento dos padrões e índices de suas
V - deixar de atender de forma reiterada as exigências
emissões gasosas; de lançamento de efluentes; e de
da SEMEIA;
disposição final de resíduos sólidos; bem como de
VI - adulterar produtos, matérias primas, equipamentos,
seus sistemas de controle de poluição; e à realização
componentes e combustíveis, ou utilizar artifícios e
de públicas e periódicas auditorias ambientais de
processos que provoquem o aumento da emissão de
responsabilidade técnica e financeira do empreendedor.
poluentes ou prejudiquem a correta avaliação dos
Art. 133. As Licenças de Instalação e Operação níveis de poluição;
deverão conter os parâmetros a serem monitorados, VII - praticar qualquer infração durante a vigência das
indicando locais, freqüências de coleta, métodos de medidas de emergência disciplinadas nesta lei;
análise que deverão ser obedecidos, e as datas em que VIII - cometer infrações com impacto direto ou indireto
deverão ser remetidos à SEMEIA os relatórios de auto- em Unidades de Conservação, em Áreas de Preservação
monitoramento ou os veredictos finais das auditorias. Permanente, Reservas Legais ou Áreas de Proteção
dos Mananciais;
CAPÍTULO III IX - cometer infrações com impacto sobre qualquer
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES espécie da fauna ou da flora ameaçadas de extinção;
X - cometer a infração para obter vantagem pecuniária
Art. 134. Constitui infração ambiental toda ação ou ou com o emprego de coação, fraude, abuso de
omissão, voluntária ou involuntária: confiança, ou abuso do direito de licença, permissão
I - que resulte em efetiva poluição ambiental; ou autorização ambiental.
II - consistente no descumprimento de exigências Art. 136. O infrator poderá solicitar prazo para
técnicas ou administrativas formuladas pela SEMEIA, correção da irregularidade junto a SEMEIA, que
ou dos prazos estabelecidos; submeterá ao COMDEMA, para decisão num prazo de
III - que cause impedimento, dificuldade ou embaraço 20 dias, ao final do qual, a SEMEIA concederá ou não o
à fiscalização da SEMEIA; prazo, conforme avaliação técnica do dano ambiental, de
IV - o exercício de atividades efetivas ou potencialmente sua possibilidade de recuperação e do tempo necessário
poluidoras, sem a licença ambiental legalmente exigível para que isso ocorra sem prejuízo das penalidades
ou em desacordo com a mesma; previstas em lei.
V - o descumprimento no todo ou em parte de Termos Parágrafo único. A Avaliação técnica efetuada pela
de Compromisso ou de Termos de Ajuste de Conduta
Leis e Decretos
VI - a inobservância dos preceitos estabelecidos pela em que será possível a isenção das penalidades.
legislação ambiental;
Art. 137. Toda reclamação da população relacionada
VII - o fornecimento de informações incorretas à SEMEIA
às questões ambientais deverá ser devidamente
ou em caso de falta de apresentação quando devidas;
apurada pelos agentes da fiscalização, do quadro
VIII - de importação e comercialização de
próprio, ou pelos agentes credenciados ou conveniados
equipamentos, máquinas, meios de transporte, peças,
da SEMEIA, no mais curto prazo de tempo.
materiais, combustíveis, produtos, matérias-primas e
Parágrafo único. Fica o Executivo Municipal autorizado a
componentes em desconformidade ou que provoquem a
instituir junto a SEMEIA a Ouvidoria Ambiental.
desconformidade com a legislação ambiental vigente.
Parágrafo único. Responderá pela infração quem, Art. 138. A pessoa física ou jurídica, de direito
comprovadamente, por qualquer modo a cometer ou público ou privado, que infringir qualquer dispositivo
concorrer para sua prática ou dela se beneficiar. desta Lei de seus regulamentos e demais normas
decorrentes, bem como de qualquer outro diploma legal
Art. 135. As infrações a esta Lei, bem como ao
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
atinente à proteção ambiental, fica sujeita às seguintes II - pelo correio ou via postal;
penalidades, independentemente da obrigação de III - por edital, se estiver em lugar incerto ou não
reparar os danos causados ou de outras sanções civis sabido.
ou penais: § 1º. Se o infrator for notificado pessoalmente e se
I - advertência por escrito, em que o infrator será recusar a exarar ciência, deverá essa circunstância
notificado para fazer cessar a irregularidade, sob pena ser mencionada expressamente pela autoridade que
de imposição de outras sanções previstas nesta Lei; efetuou a notificação.
II - multa de R$-50,00 (cinqüenta reais) a R$ § 2º. O edital referido no inciso III deste artigo
10.000.000,00 (dez milhões); será publicado uma única vez, na imprensa oficial,
III - suspensão total ou parcial de suas atividades, até considerando-se efetivada a notificação 5 (cinco) dias
a correção das irregularidades; após a publicação.
IV - suspensão de fabricação e venda do produto; Art. 145. O infrator poderá oferecer à SEMEIA defesa
V - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais ou impugnação do auto de infração no prazo de 10 (dez)
concedidos pelo Município, que avisará aos órgãos dias contados da ciência da autuação.
ambientais da UNIÃO e do ESTADO para que o mesmo Parágrafo único. Antes do julgamento de defesa ou
se dê em seus níveis de poder; de impugnação a que se refere este artigo, deverá a
VI - apreensão e destruição ou inutilização do produto, autoridade julgadora ouvir o autuante, que terá o prazo
equipamento, ou matéria prima, ou impedimento da de 5 (cinco) dias para se pronunciar a respeito.
prestação de serviço; Art. 146. A instrução do processo deverá ser
VII - embargo ou demolição da obra ou atividade; conduzida por funcionário(s) da SEMEIA especialmente
VIII - cassação do Alvará e da Licença concedidos, a designado(s) para tal fim que não pertença(m) ao
ser executada pelos órgãos do Executivo; quadro de polícia ambiental do município e deverá ser
IX - proibição de contratar com a administração pública concluída no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, salvo
municipal pelo prazo de 3 anos. prorrogação autorizada pelo Secretário Municipal de
§ 1º. As penalidades previstas neste artigo serão Meio Ambiente, mediante despacho fundamentado.
objeto de especificação em regulamento, de forma a § 1º. A SEMEIA poderá, se necessário, determinar ou
compatibilizar cada penalidade com a infração cometida, admitir quaisquer meios lícitos de prova, tais como
levando-se em consideração sua natureza, gravidade e perícias, exames de laboratório, pareceres técnicos,
conseqüência para a coletividade. informações cadastrais, testes ou demonstrações de
§ 2º. Nos casos de reincidência, as multas poderão ser caráter científico ou técnico, oitiva de testemunhas e
aplicadas por dia ou em dobro. outros meios disponíveis e aplicáveis ao caso.
§ 3 º. As penalidades serão aplicadas, sem prejuízo § 2º. Cabe à SEMEIA fazer a designação de especialistas,
daquelas que possam ser impostas pelo Estado e pela pessoas físicas ou jurídicas, para a realização de
UNIÃO. provas técnicas, sendo facultado ao autuado indicar
CAPÍTULO IV assistentes.
DO PROCESSO
Art. 147. A defesa ou impugnação serão julgados pelo
Secretário Municipal de Meio Ambiente, publicando-se
Art. 139. As infrações à legislação ambiental serão a decisão no Diário Oficial do Município.
apuradas em processo administrativo próprio, iniciado
Art. 148. No prazo de 5 (cinco) dias após a publicação
com a lavratura do auto de infração, observados o rito
da decisão, caberá, em última instância, recurso ao
e prazos estabelecidos nesta Lei.
COMDEMA, por parte do infrator ou por quem demonstre
Art. 140. O auto de infração será lavrado pela interesse legítimo.
autoridade ambiental devendo conter: § 1º. A demonstração do interesse legítimo será
I - nome do infrator, seu domicílio e residência, apreciada como preliminar durante o julgamento do
bem como os demais elementos necessários a sua recurso pelo COMDEMA.
qualificação e identificação civil;
Art. 149. Os recursos interpostos das decisões não
II - local, data e hora da infração;
definitivas terão efeitos suspensivos relativamente ao
III - descrição da infração e menção do dispositivo legal
pagamento da penalidade pecuniária, não impedindo
ou regulamentar transgredido;
a imediata exigibilidade do cumprimento da obrigação
IV - penalidade a que está sujeito o infrator e o respectivo
subsistente, salvo para as penas de inutilização ou
preceito legal que autoriza a sua imposição;
destruição de matérias primas ou produtos e de
V - ciência, pelo autuado, de que responderá pelo fato
demolição.
em processo administrativo;
VI - assinatura do autuado ou, na sua ausência ou Art. 150. Os servidores são responsáveis pelas
recusa, de duas testemunhas e do autuante; declarações que fizeram nos autos de infração, sendo
VII - prazo para apresentação de defesa. passíveis de punição, por falta grave, em caso de
falsidade ou omissão dolosa.
Art. 141. No caso de aplicação das penalidades de
apreensão e de suspensão de venda do produto, do Art. 151. Ultimada a instrução do processo, uma
auto de infração deverá constar, ainda, a natureza, vez esgotados os prazos para recursos, a autoridade
quantidade, nome e/ou marca, procedência; local onde ambiental proferirá a decisão final, dando o processo
o produto ficará depositado e o seu fiel depositário. por concluso, notificando o infrator.
Art. 142. As omissões ou incorreções na lavratura do Art. 152. Quando aplicada a pena de multa, esgotados
auto de infração não acarretarão nulidade do mesmo os recursos administrativos, o infrator será notificado
quando do processo constar os elementos necessários para efetuar o pagamento no prazo de 5 (cinco) dias,
à determinação da infração e do infrator. contados da data do recebimento da notificação,
recolhendo o respectivo valor à conta do FMMA - Fundo
Art. 143. Instaurado o processo administrativo, a
Municipal de Meio Ambiente.
SEMEIA, determinará ao infrator, desde logo, a correção
§ 1º. O valor estipulado da pena de multa cominado
da irregularidade, ou medidas de natureza cautelar,
no auto de infração será corrigido pelos índices oficiais
tendo em vista a necessidade de evitar a consumação
vigentes, por ocasião da expedição da notificação para
de dano mais grave.
o seu pagamento.
Art. 144. O infrator será notificado para ciência da § 2º. A notificação para pagamento da multa será feita
infração: mediante registro postal ou por meio de edital publicado
I - pessoalmente; na imprensa oficial, se não localizado o infrator.
§ 3º. O não recolhimento da multa, dentro do prazo
316
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
fixado neste artigo, implicará a sua inscrição para políticas nacionais, estaduais, municipais e os interesses
cobrança judicial, na forma da legislação pertinente. e expectativas da comunidade local;
CONSIDERANDO que a elaboração de tais instrumentos
TÍTULO VI deve ser conduzida como um amplo movimento social
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS pelo desenvolvimento sustentável do Município;
CONSIDERANDO que o Zoneamento Econômico,
Art. 153. Fica o Poder Executivo autorizado a Ambiental, Social e Cultural de Rio Branco, tem
determinar medidas de emergência a fim de evitar como objetivo geral contribuir para o planejamento e
episódios críticos de poluição ambiental ou impedir a reorientação das políticas públicas, dando suporte à
continuidade em caso grave ou iminente risco para vidas gestão territorial e subsidiando a tomada de decisões
humanas ou recursos ambientais. do setor privado e da sociedade em geral, visando
Parágrafo único. Para a execução das medidas de promover o desenvolvimento sustentável e eqüitativo
emergência de que trata este artigo, poderá ser reduzida no município de Rio Branco;
ou impedida a atividade de qualquer fonte poluidora na CONSIDERANDO que é prioridade do Município de Rio
área atingida pela ocorrência, durante o período crítico, Branco, o restabelecimento da capacidade institucional
respeitadas as competências da UNIÃO e do Estado. do poder público para oferecer serviços públicos de
Art. 154. A Procuradoria Jurídica do Município qualidade e promover políticas de inserção social,
manterá sub-procuradoria especializada em tutela assegurando o resgate da cidadania da população;
ambiental, defesa de interesses difusos e do patrimônio CONSIDERANDO a necessidade de adequar a estrutura
histórico, cultural, paisagístico, arquitetônico e organizacional (Político-Administrativa e Técnica)
urbanístico, como forma de apoio técnico-jurídico à de gestão do Programa Municipal de Zoneamento
implantação dos objetivos desta lei e demais normas Econômico, Ambiental, Social e Cultural de Rio
ambientais vigentes. Branco;
DECRETA:
Art. 155. Para a realização das atividades decor-
rentes desta Lei e seus regulamentos, a SEMEIA Art. 1º. Fica instituído o Programa Municipal de
poderá utilizar-se, além de seus próprios recursos, Zoneamento Econômico, Ambiental, Social e Cultural de Rio
do concurso de outros órgãos e entidades públicas e Branco, sob a Coordenação Geral da Secretaria Municipal
privadas, mediante convênios, especialmente junto ao de Governo por meio de uma Secretaria Executiva.
IMAC e à Polícia Florestal do Estado, para as tarefas de Art. 2º. A Secretaria Executiva é composta pelos
licenciamento e fiscalização. seguintes órgãos executores do Zoneamento Econômico,
Art. 156. As despesas com a execução deste diploma Ambiental, Social e Cultural de Rio Branco:
correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, I.Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMEIA,
ficando o Poder Executivo autorizado a abertura de II.Secretaria Municipal de Agricultura e Floresta –
orçamento suplementar se necessário. SAFRA;
III.Secretaria Municipal de Planejamento – SEPLAN
Art. 157. Fica a SEMEIA autorizada a expedir normas
IV.Fundação Municipal de Cultura Garibaldi Brasil.
técnicas, padrões e critérios destinados a complementar
esta lei, sempre que aprovados pelo COMDEMA. Art. 3º. São atribuições da Secretaria Executiva do
Zoneamento Econômico, Ambiental, Social e Cultural
Art. 158. O Município poderá, através da SEMEIA,
de Rio Branco:
ouvido o COMDEMA, conceder ou repassar auxilio
I – Coordenar, acompanhar e avaliar a execução dos
financeiro a instituições públicas ou privadas sem fins
trabalhos temáticos para a obtenção do Zoneamento
lucrativos, para a execução de serviços de relevante
Econômico, Ambiental, Social e Cultural do Município
interesse ambiental, mediante convênio.
de Rio Branco;
Art. 159. O Poder Executivo, mediante decreto, II - Secretariar a Comissão Municipal do Zoneamento
regulamentará os procedimentos necessários para a Econômico, Ambiental, Social e Cultural - COMZEAS;
implementação desta Lei num prazo de 240 dias a contar III – Promover a articulação entre os atores
de sua publicação, sem prejuízo daqueles legalmente envolvidos;
auto-aplicáveis. IV – Sistematizar os produtos gerados pelos órgãos
Art. 160. Serão aplicadas subsidiariamente aos executores objetivando a consolidação do Zoneamento
casos omissos as disposições constantes da Legislação Econômico, Ambiental, Social e Cultural do Município;
Estadual e Federal. V – Estabelecer e preparar os termos de referência para
Art. 161. Esta lei entra em vigor na data de sua obtenção dos produtos imprescindíveis à consolidação
publicação, revogando-se as disposições em contrário, do Zoneamento Econômico, Ambiental, Social e Cultural
especialmente as contidas nas Leis nº. 1047/92; nº. do Município;
1172/94; e nº. 1188/94. VI – Compatibilizar os trabalhos do Programa de
Zoneamento Econômico, Ambiental, Social e Cultural
GABINETE DO PREFEITO DE RIO BRANCO - ESTADO DO do Município de Rio Branco com os desenvolvidos pelo
ACRE EM 25 DE SETEMBRO DE 1999. Governo do Estado do Acre, junto à Comissão Estadual
do Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado, e
Mauri Sérgio Moura de Oliveira pelo Governo Federal, junto à Comissão Coordenadora
Leis e Decretos
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
e jurídica gratuita para os cidadãos, comunidades IV - o não comprometimento dos usos rurais lenheiros
e grupos sociais menos favorecidos, nos moldes do ao perímetro urbano estabelecidos nesta Lei, seja
parágrafo único do artigo 202 desta Lei. através de ocupação urbana irregular, seja através de
processos poluentes;
Seção II V - A observância dos parâmetros e normas quanto à
Do Princípio da Função Social da Cidade salubridade, segurança e acessibilidade das edificações
e assentamentos urbanos.
Art. 7º Para os efeitos desta Lei, constituem-se
funções sociais do Município de Rio Branco: Seção IV
I - viabilizar o acesso de todos os cidadãos aos bens e Do Princípio do Desenvolvimento Sustentável
aos serviços urbanos, assegurando-se-lhes condições
de vida e moradia compatíveis com o estágio de Art. 10. Sustentabilidade consiste no desen-volvimento
desenvolvimento do Município; local socialmente justo, ambientalmente equilibrado e
II - promover a conservação ambiental como forma economicamente viável, visando garantir qualidade de
valorizada de uso do solo, através da implementação vida para as presentes e futuras gerações.
de mecanismos de compensação ambiental; Parágrafo único. O Município promoverá o desenvolvimento
III - promover programas de habitação popular, sustentável, propiciando, de forma efetiva e irrevogável,
destinados a melhorar as condições de moradia da às presentes e futuras gerações, o direito a terra, à
população carente; moradia, ao meio ambiente, ao saneamento ambiental,
IV - promover programas de saneamento básico à infra-estrutura urbana, ao transporte, aos serviços
destinado a melhorar as condições sanitárias e públicos, ao trabalho, ao lazer e à identidade cultural.
ambientais do seu território e os níveis de saúde da
população; Seção V
V - garantir qualidade ambiental e paisagística aos Do Princípio da Participação Popular
seus habitantes;
VI - articular com os demais municípios de sua região e Art. 11. O Município propiciará ampla e irrestrita
com o Estado a racionalização da utilização dos recursos participação da população na formulação, execução
hídricos e das bacias hidrográficas; e acompanhamento de planos, programas e projetos
VII - garantir às pessoas portadoras de deficiência física de desenvolvimento municipal, assegurando que
condições estruturais de acesso a serviços públicos e os diversos setores da sociedade tenham igual
particulares de freqüência ao público, a logradouros e oportunidade de expressar suas opiniões e de tomar
ao transporte coletivo. parte dos processos decisórios.
Art. 8° A propriedade urbana deverá exercer Art. 12. Constituem objetivos do Plano Diretor de
plenamente a função social que lhe impõe o § 2º Rio Branco:
do artigo 182 da Constituição Federal, combinado I - consolidar entre os cidadãos conceitos fundamentais
com o disposto no parágrafo único do artigo 1.º do de ordenação territorial;
Estatuto da Cidade, devendo o exercício dos direitos II - dissociar o direito de propriedade do direito de
inerentes à propriedade se sujeitar aos interesses da construir, condicionado este ao interesse público,
coletividade. explicitado nas regras de uso, ocupação e parcelamento
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, a propriedade do território municipal;
cumpre sua função social quando não se encontrar III - definir o Macrozoneamento Municipal fundamentado
subutilizada ou utilizada de maneira especulativa e nas características de uso e ocupação e no patrimônio
irracional e estiver compatibilizando o seu uso e porte ambiental;
com: IV - definir o zoneamento municipal fundamentado
I - a infra-estrutura, equipamentos e serviços públicos em ações específicas para cada um dos territórios
disponíveis; delimitados, que facilite os processos de consolidação,
II - o direito de construir, os interesses sociais e os reestruturação, requalificação e regularização
padrões mínimos de parcelamento, uso e ocupação do urbana, assim como a conservação ambiental e o
solo e de construção estabelecidos em Lei; desenvolvimento econômico;
III - a preservação da qualidade do ambiente, bem como V - definir as Áreas Especiais estabelecendo os planos
do equilíbrio ecológico; e programas pertinentes;
IV - a segurança, bem-estar e a saúde de seus usuários VI - ordenar e controlar a expansão das áreas
e vizinhos. urbanizadas e edificadas de forma a:
Art. 9° A função social da propriedade deverá a) evitar a ocupação do solo urbano em padrões anti-
subordinar-se ao ordenamento territorial do Município econômicos de densidade, incentivando o uso da infra-
expresso neste Plano, compreendendo: estrutura instalada;
I - a distribuição de usos e intensidades de ocupação do b) coibir a abertura indiscriminada de novos
solo evitando tanto a ociosidade quanto a sobrecarga loteamentos;
dos investimentos públicos, sendo equilibrados em c) incentivar processos de conservação ambiental
relação à infra-estrutura disponível, aos transportes e através da criação de zonas receptoras de áreas
à preservação do equilíbrio ecológico; verdes.
II - a melhoria da paisagem urbana e a conservação VII - orientar os investimentos do Poder Público de
dos sítios históricos; acordo com os objetivos estabelecidos neste Plano
III - sua utilização como suporte de atividades ou Diretor;
usos de interesse urbano, que incluem habitação, VIII - delimitar áreas específicas dirigidas para a
comércio, prestação de serviços e produção industrial produção habitacional de interesse social e do mercado
com processos não poluentes, bem como a expansão popular, criando atrativos de uso e ocupação do solo,
e manutenção de terrenos cobertos por vegetação, inclusive em áreas centrais;
para fins de lazer ao ar livre e proteção de recursos IX - viabilizar a incorporação à cidade legal dos
naturais; assentamentos precários, mediante sua regularização
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
VI - Direito de Preempção;
VII - Outorga Onerosa; CAPÍTULO II
Municipais
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
e os prazos para implementação da referida obrigação, § 2º Caso a obrigação de parcelar, edificar e utilizar não
sob pena de incidirem no imóvel, sucessivamente, nos esteja atendida no prazo de 05 (cinco) anos o Município
termos dos artigos 5°, 6°, 7° e 8° do Estatuto da Cidade, manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se
os seguintes instrumentos urbanísticos: cumpra a referida obrigação, garantida a aplicação do
I - parcelamento, edificação ou utilização instrumento previsto no artigo 24, desta Lei.
compulsória; § 3º É vedada a concessão de isenções ou de anistias
II - imposto predial e territorial urbano progressivo relativas à tributação progressiva de que trata este
no tempo; artigo.
III - desapropriação com pagamento mediante títulos Art. 24. Decorridos cinco anos de cobrança do IPTU
da dívida pública. progressivo no tempo sem que o proprietário tenha
Art. 19. Considera-se solo urbano não edificado, lotes cumprido a obrigação de parcelamento, edificação e
e glebas com área igual ou superior a 250 m² (duzentos utilização, o Município poderá proceder à desapropriação
e cinqüenta metros quadrados), onde o coeficiente de do imóvel com pagamento em títulos da dívida
aproveitamento utilizado é igual a zero, excepcionando- pública.
se os imóveis: Parágrafo único. Lei baseada no artigo 8º do Estatuto
I - utilizados como suporte para atividades econômicas da Cidade estabelecerá as condições para aplicação do
que não necessitam de edificação para serem instituto estabelecido no caput deste artigo.
exercidas;
II - integrantes do sistema de áreas verdes do CAPÍTULO III
município; DO DIREITO DE PREEMPÇÃO
III - localizados nas áreas de preservação ambiental;
IV - declarados de interesse para desapropriação e aqueles Art. 25. O Município de Rio Branco poderá exercer
sujeitos ao exercício de direito de preempção; o direito de preempção para aquisição de imóvel
V - cuja ocupação dependa de solução judicial. urbano, objeto de alienação onerosa entre particulares,
Art. 20. Considera-se solo urbano subutilizado lotes conforme disposto nos artigos 25 a 27 do Estatuto da
e glebas que: Cidade, sempre que necessitar de áreas para:
I - mesmo edificados possuam área construída inferior I - regularização fundiária;
a 5% (cinco por cento) de sua área bruta; II - execução de programas e projetos habitacionais
II - possuam edificações em ruínas ou que tenham de interesse social;
sido objeto de demolição, abandono, desabamento III - constituição de reserva fundiária;
ou incêndio, ou que, de outra forma, não cumpram a IV - ordenamento e direcionamento da expansão
função social da propriedade por um período superior urbana;
a cinco anos; V - implantação de equipamentos urbanos e
III - possuam edificações “em osso”, abandonadas por comunitários;
um período superior a cinco anos. VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas
Art. 21. Considera-se solo urbano não utilizado verdes;
lotes e glebas com unidade imobiliária autônoma VII - criação de unidades de conservação ou proteção
desocupada por um período superior a cinco anos, de outras áreas de interesse ambiental;
ressalvados os casos em que a desocupação decorra de VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural
impossibilidades jurídicas ou resultantes de pendências ou paisagístico.
judiciais incidentes sobre o imóvel. Art. 26. Lei municipal específica delimitará as áreas
Art. 22. Os instrumentos previstos nesta seção onde o Poder Público Municipal poderá exercer o Direito
aplicam-se à Zona de Ocupação Prioritária - ZOP e de Preempção nos termos previstos nesta Lei e no
Zona de Urbanização Qualificada - ZUQ, definidas nos Estatuto da Cidade.
artigos 117 e 126 desta Lei, respectivamente, sendo que
as áreas prioritárias são aquelas fixadas por esta Lei CAPÍTULO IV
e classificadas como APEUCs - Áreas de Parcelamento, DA OUTORGA ONEROSA
Edificação e Utilização Compulsórios, previstas no artigo
150 desta Lei, compreendendo imóveis não edificados, Art. 27. Fica dissociado o direito de propriedade
subutilizados ou não utilizados elencados segundo os do direito de construir dentro do perímetro urbano e
critérios definidos nos artigos 19 a 21 desta Lei e artigo será concedido a todos os proprietários um potencial
5 º do Estatuto da Cidade. construtivo básico equivalente à área da propriedade.
§ 1º Os proprietários dos imóveis de que trata este Art. 28. É fixado para todo o perímetro urbano o
artigo poderão propor ao Executivo o estabelecimento coeficiente de aproveitamento - CA igual a 1 (um)
de consórcio imobiliário, conforme as disposições do que permite ao proprietário construir o equivalente
artigo 46 do Estatuto da Cidade. à metragem quadrada do terreno, sem qualquer
§ 2º Comunicada pelo proprietário do imóvel a pagamento relativo à criação do solo.
impossibilidade financeira de promover o adequado Art. 29. O Executivo poderá outorgar, de forma
aproveitamento do solo urbano, o Executivo poderá, onerosa, o exercício do direito de construir nas Áreas
a seu critério, adotar outro instrumento urbanístico de Requalificação Urbana - ARU, definidas no artigo
adequado visando possibilitar o aproveitamento do 154 e delimitadas no Anexo XI, até o coeficiente
imóvel ou aplicar de imediato o instrumento previsto máximo estabelecido nesta Lei, mediante contrapartida
no artigo 23, desta Lei. financeira a ser prestada pelo beneficiário.
Art. 23. Nos casos de não cumprimento da obrigação Art. 30. O potencial construtivo adicional passível de
de promover o adequado aproveitamento do imóvel nas ser obtido mediante outorga onerosa será limitado:
etapas, condições e prazos previstos em Lei, o Município I - nos lotes, pelo Coeficiente de Aproveitamento
aplicará alíquotas progressivas de Imposto Predial Máximo definido para a área;
e Territorial Urbano - IPTU, majoradas anualmente, II - pelo Estoque de Potencial Construtivo Adicional.
pelo prazo de 05 (cinco) anos consecutivos até que Parágrafo único. O estoque de potencial construtivo
o proprietário cumpra com a obrigação de parcelar, adicional a ser concedido através da outorga onerosa,
edificar ou utilizar conforme o caso. será fixado por ato do Executivo, calculado e
§ 1º Lei específica baseada no artigo 7º do Estatuto da periodicamente reavaliado, em função da capacidade do
Cidade, estabelecerá a gradação anual das alíquotas sistema de circulação, da infra-estrutura disponível, das
progressivas e a aplicação deste instituto.
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
III - definir as condições e parâmetros para a c) PGT 3: locais de grande concentração de pessoas,
regularização dos assentamentos irregulares, em especial estádios, ginásios, salas para espetáculos,
incorporando-os à estrutura urbana, respeitando o locais para culto, escolas e congêneres, hospitais e
interesse público e o meio ambiente; pronto-socorros, pavilhões para feiras ou exposições.
IV - regularizar os parcelamentos irregulares resultantes V - GRN - Geradores de Ruído Noturno, estabelecimentos
do sub-parcelamento do módulo rural mínimo nos locais de comércio, serviços, indústrias ou instituições com
indicados por esta Lei; atividades que geram movimento externo, sons ou
V - estabelecer as regras de uso e ocupação do solo ruídos no horário compreendido entre 22 e 6 horas,
urbano; notadamente:
VI - evitar a segregação de usos promovendo a a) salões de baile, salões de festas, locais de ensaios
diversificação e mesclagem de usos compatíveis; de escolas de samba e congêneres;
VII - coibir e rever a prática de construção e uso irregular b) campos ou edifícios para esportes e espetáculos;
das edificações; c) locais de culto que utilizem equipamento eletrônico
VIII - rever a legislação de parcelamento do solo, ou de som em cerimônias noturnas.
adequando-a à diversidade das situações existentes VI - GRD - Geradores de Ruído Diurno, estabe-lecimentos
e futuras. de comércio, serviços, indústrias ou instituições com
atividades que geram sons ou ruídos no horário diurno,
CAPÍTULO II notadamente indústria e oficina que operam máquinas
DO USO E DA OCUPAÇÃO DO SOLO ruidosas tais como serralheria, serraria, carpintaria ou
marcenaria que utilizam serra elétrica;
Seção I VII - UTL - Turismo e Lazer, compreendendo hotéis,
Das Categorias de Uso do Solo pousadas, restaurantes, clubes de campo e congêneres,
não enquadrados nas categorias anteriores;
Art. 57. Para os efeitos desta Lei, os diversos usos VIII - CSI - Estabelecimentos de comércio, serviços
urbanos são classificados, sendo instituídas as seguintes e instituições, não enquadrados nas categorias
categorias: anteriores;
I - UPE - Usos Perigosos, compreendendo exercício IX - RES - Residencial, correspondendo a locais
de atividades que representem riscos provocados por de moradia permanente, que incluem: residências
explosão, incêndio ou outro sinistro, notadamente: unifamiliares isoladas, geminadas ou agrupadas,
a) estabelecimentos de exploração mineral; edifícios de apartamentos, “apart-hotéis” e congêneres,
b) fabricação e depósito de fogos de artifício; conjuntos residenciais implantados em lotes, habitações
c) campos de tiro e congêneres; coletivas de permanência prolongada, tais como
d) depósitos ou lojas com estoques de explosivos, gás de internatos, conventos, asilos e casas de repouso.
cozinha (GLP), tóxicos ou inflamáveis e radioativos; § 1º Os estabelecimentos enquadrados na categoria
e) postos de gasolina. de Usos Perigosos - UPEs deverão estar localizados
II - UES - Usos Especiais, compreendendo na Macrozonas de Expansão Urbana. A venda de gás
estabelecimentos potencialmente incômodos ou de cozinha (GLP), autorizada pela concessionária, e
de risco ambiental, cuja localização é definida em combustíveis poderão estar localizadas na Macrozona
função de condicionantes técnicas, estando sujeitos de Urbanização Específica.
a licenciamento, na forma da Lei e segundo critérios § 2º Os estabelecimentos enquadrados na categoria
fixados pelos órgãos ambientais competentes, a de Usos Especiais - UES poderão estar localizados
exemplo de: nas Macrozonas de Expansão Urbana, de Urbanização
a) estações de tratamento de esgotos; Específica ou Rural, ficando proibidos na Macrozona de
b) cemitérios; Consolidação Urbana.
c) antenas de radiodifusão e rádio-base e congêneres; § 3º Os estabelecimentos enquadrados na categoria
d) estabelecimentos de exploração mineral sem de Usos de Risco Ambiental - URA, poderão estar
utilização de explosivos. localizados na Macrozona Rural, e nas Áreas de
III - URA - Usos de Risco Ambiental, compre-endendo Desenvolvimento Econômico I e II, nos termos dos
estabelecimentos que representam risco ambiental artigos 170 e 182, desta Lei.
oriundo de atividades voltadas para industrialização de § 4º A classificação dos usos do solo encontra-se
produtos, estando sujeitos a licenciamento, na forma da discriminada na tabela constante do Anexo II.
Lei e segundo critérios fixados pelos órgãos Ambientais
competentes, notadamente: Sub-seção I
a) aterros sanitários e outros estabelecimentos para Do Uso Residencial
depósito e processamento de detritos;
b) beneficiamento de borracha; Art.58. O uso Residencial classifica-se em:
c) fabricação de peças e artefatos de concreto. I - R1: 1 (uma) unidade habitacional unifamiliar por
IV - PGT - Pólos Geradores de Tráfego, compre-endendo lote;
estabelecimentos de grande porte, industriais, de II - R2: conjunto de 2 (duas) ou mais unidades
comércio ou serviços, geradores de tráfego intenso ou habitacionais, agrupadas horizontal ou verticalmente,
pesado, classificando-se em: com no máximo 2 (dois) pavimentos, todas com entrada
a) PGT 1: indústrias, companhias transportadoras independente e com frente para via oficial existente
ou distribuidoras de mercadorias, de mudanças e (casas geminadas ou casas sobrepostas);
congêneres; entrepostos, depósitos, armazéns de III - R3: conjunto de 2 (duas) ou mais unidades
estocagem de matérias primas; estabelecimentos habitacionais em lote, agrupadas horizontal ou
atacadistas ou varejistas de materiais como sucata, verticalmente, com no máximo 2 (dois) pavimentos,
materiais de construção e insumos para agricultura em condomínio, e todas com entrada independente com
que operem com frotas de caminhões, madeireira, ferro frente para a via interna de pedestre ou de veículos;
velho, oficinas, entulhos, garagens para caminhões e IV - R4: 1 (uma) unidade habitacional multifamiliar
frota de caminhões e ônibus, dentre outros; vertical, com mais de 2 (dois) pavimentos, por lote;
b) PGT 2: estabelecimentos de comércio ou serviços V - R5: conjunto de 2 (duas) ou mais unidades
de grande porte, tais como supermercados, lojas de habitacionais multifamiliares verticais por lote.
departamentos, centros de compras, mercados e Art. 59. O uso residencial R2 deverá atender às
varejões; seguintes disposições:
I - máximo de 60m (sessenta metros) de extensão,
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
m (seis metros), para condomínios com mais de 200 Art. 69. Os empreendimentos a serem construídos em
(duzentas) unidades habitacionais; qualquer uma das zonas urbanas devem ser dotados de
V - recuos, coeficiente de aproveitamento, taxa de vagas para estacionamento de automóveis, conforme
ocupação e demais índices de ocupação do solo serão disposto no Anexo IV.
regidos pela Zona e Área em que o empreendimento § 1º Será admitido, dentro dos critérios desta Lei,
estiver inserido. a contabilização do recuo frontal como área para
Art. 62 . No condomínio em que for permitido estacionamento.
estacionamento nas vias de circulação de veículos, as § 2º Na impossibilidade física de instalação de
larguras destas deverão ser as seguintes 6,0m (seis estacionamento no mesmo imóvel, deverá ser indicado
metros) para a pista de rolamento e 2,20 m (dois metros novo local nas imediações do empreendimento,
e vinte centímetros) para cada faixa de estacionamento distante do lote até 200m (duzentos metros), mediante
em fila indiana, além de 1,20 m (um metro e vinte
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
pluviais e outras obras exigidas pelo Poder Público dos logradouros lindeiros ao lote, o proprietário
e concessionárias de serviços públicos, desde que a providenciará, às suas expensas, a execução da infra-
intervenção seja de baixo impacto ambiental e não estrutura faltante como pré-condição para a aprovação
descaracterize a totalidade da APP. do projeto de desmembramento pela Prefeitura
Art. 79. As áreas de uso comum do povo e as Municipal.
destinadas a usos institucionais devem ter frente § 2º A execução dos elementos de infra-estrutura
para via oficial de circulação, não sendo permitida sua referidos no parágrafo anterior deverá obedecer
destinação em terrenos: a projetos previamente aprovados pelos órgãos
I - alagadiços ou sujeitos a inundação; municipais competentes ou pelas concessionárias dos
II - com declividade superior a 15%. respectivos serviços.
Art. 80. As vias de circulação de qualquer loteamento Art. 85. O requerimento de desmembramento será
devem: feito pelo interessado com a apresentação dos seguintes
I - garantir a continuidade de vias coletoras e locais, documentos:
existentes ou projetadas pelo Poder Público, conforme I - título de propriedade da gleba e certidão atualizada
diretrizes expedidas pela Prefeitura; da matrícula do imóvel;
II - adotar seções-tipo indicadas pelas diretrizes II - certidão vintenária do imóvel expedida pelo Cartório
expedidas pela Prefeitura. Imobiliário;
§ 1º Caso a área destinada ao sistema de circulação, III - projeto urbanístico especificando a situação atual e
atendendo às diretrizes expedidas e aos gabaritos a pretendida, e levantamento planialtimétrico para área
fixados pela Prefeitura, resulte em área inferior às maior que 1000m² (mil metros quadrados);
definidas nos quadros das respectivas zonas, a diferença IV - certidão negativa de tributos incidentes sobre o
deverá ser incorporada às áreas destinadas como imóvel.
espaços livres de uso comum. Art. 86. O desdobro de lote será permitido quando
§ 2º As servidões de passagem que porventura se localizado em vias oficiais dotadas com as seguintes
situem em terrenos a parcelar devem ser garantidas benfeitorias:
na rede viária do loteamento. I - solução de abastecimento de água potável;
Art. 81. As quadras resultantes de loteamento não II - rede de energia elétrica pública e domiciliar.
poderão ter extensão superior a 200 m (duzentos Parágrafo único. O lote resultante deverá respeitar a
metros). metragem mínima estipulada nas Zonas e Áreas.
Art. 82. São de responsabilidade do loteador a Art. 87. O requerimento de desdobro será feito
execução e o custeio das obras e instalações de infra- pelo interessado com a apresentação dos seguintes
estrutura, devendo os projetos ser apresentado, pelo documentos:
interessado com os elementos, a saber: I - título de propriedade;
I - demarcação das vias e dos terrenos, a serem II - certidão atualizada da matrícula do imóvel;
transferidos ao Município, dos lotes e das áreas não III - planta do imóvel, especificando a situação atual e
edificáveis; a pretendida, e levantamento planialtimétrico para área
II - abertura das vias de circulação e terraplenagem; superior a 1000m² (mil metros quadrados);
III - rede de escoamento de água pluvial aprovada IV - certidão negativa de tributos municipais.
previamente pela concessionária; Art. 88. Para que o lote resultante do desdobro
IV - dispositivos de drenagem e de prevenção da seja edificável deverá ser servido de infra-estrutura
erosão; mínima, a saber:
V - rede de distribuição de energia elétrica, aprovada I - rede de distribuição de energia elétrica domiciliar;
previamente pela concessionária; II - rede de abastecimento de água potável e/ou solução
VI - rede de iluminação pública, aprovada previamente individual;
pela concessionária; III - sistema de esgotamento sanitário com solução
VII - meio-fio e sarjeta e delimitação da calçada; coletiva ou individual aprovada pela concessionária
VIII - pavimentação do leito carroçável das vias em local.
pavimentação rígida, asfáltica ou intertravada; Art. 89. Considera-se remembramento a fusão de
IX - rede de abastecimento de água e de coleta de dois ou mais lotes para formar uma única unidade
esgoto, mediante prévia aprovação; fundiária.
X - tratamento de esgoto condominial aprovado Art. 90. O remembramento de lotes será possível
previamente pela concessionária; em qualquer zona.
XI - memorial descritivo.
Art. 91. O requerimento de remembramento será feito
Art. 83. Lei municipal específica, a ser editada no prazo pelo interessado com a apresentação da documentação
máximo de 60 (sessenta) dias, disporá sobre o processo listada no artigo 85.
de aprovação de loteamentos e das respectivas obras.
Seção IV
Seção III Dos Conjuntos de Edificações
Do Desmembramento, Desdobro e
Remembramento
Leis e Decretos
Art. 84. O desmembramento de gleba somente será estabelecido no artigo 58, incisos III e V, desta Lei.
admitido em vias oficiais dotadas com as seguintes
Art. 93. Os projetos de empreendimentos para
benfeitorias:
implantação de edificações, em regime de condomínio
I - rede de distribuição de energia elétrica pública e
ou de propriedade indivisa, deverão ser apresentados
domiciliar;
à Prefeitura na fase de estudo preliminar para obtenção
II - dispositivos de escoamento de águas pluviais;
de diretrizes.
III - rede de abastecimento de água potável e ou
solução individual; Art. 94. Nenhum conjunto de edificações poderá ser
IV - sistema de esgotamento sanitário com solução construído em terreno que apresente qualquer das
coletiva ou individual, aprovada pela concessionária características estabelecidas no artigo 74, desta Lei.
local. Art. 95. As diretrizes expedidas pela Prefeitura poderão:
§ 1° Inexistindo, no todo ou em parte, a infra- I - limitar as dimensões de área fechada do empreendimento
estrutura listada no caput deste artigo, em qualquer e condicionar a aprovação à existência de uma ou mais
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
330
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
CAPÍTULO II
DO ZONEAMENTO
Seção I
Da Macrozona de Consolidação Urbana
Art. 120. As limitações referentes ao uso do solo são
Art. 115. A Macrozona de Consolidação Urbana aquelas estabelecidas no Quadro II que segue:(Redação
corresponde à porção de território urbanizado, com dada pela Lei n° 1.727 de 18 de dezembro de 2008)
infra-estrutura de água e esgoto melhor instalada, Art. 121. As limitações referentes ao parcelamento do
apresentando concentração de população localizada solo são aquelas estabelecidas no Quadro III que segue:
em compartimento geotécnico adequado para o
assentamento. QUADRO III
Parágrafo único. São objetivos para esta macrozona:
I - estimular a ocupação das áreas efetivamente
urbanizadas e não edificadas;
II - promover a melhoria das condições das áreas
já ocupadas através da complementação da infra-
estrutura;
III - proteger as áreas de preservação e a rede de
drenagem natural.
Art. 116. A Macrozona de Consolidação Urbana - Art. 122. A destinação de área para sistema viário
MZCU está subdividida em duas zonas, cujos limites público não poderá ser inferior a 15% da área total
estão representados no cartograma Zoneamento da gleba, sendo que o partido do projeto do sistema
Urbano, Anexo VIII, a saber: viário principal, será definido de comum acordo com a
I - Zona de Ocupação Prioritária - ZOP; Prefeitura, conforme Certidão de Diretrizes.
II - Zona de Preservação Histórico-Cultural - ZPHC. Parágrafo único. Caso a área total destinada ao sistema
Art. 117. A ZOP corresponde à zona com principal viário não atinja o percentual definido, a diferença
concentração de comércio, equipamentos, serviços e deverá ser incorporada ao sistema de áreas verdes,
moradia, da cidade com melhores condições de infra- hipótese em que a área a ser transferida ao domínio
estrutura, contendo ao mesmo tempo vazios urbanos. do Município será calculada através da seguinte
Parágrafo único. Os principais objetivos da disciplina de equação:
uso e ocupação do solo e de utilização dos instrumentos
de política urbana são os seguintes:
I - a ocupação dos lotes vagos e o parcelamento das
áreas remanescentes;
II - o uso eficiente dos investimentos existentes em
infra-estrutura;
III - a aplicação prioritária do instrumento do
Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios e
Consórcio Imobiliário.
Art. 118. A ZPHC corresponde ao território com Art. 123. (Revogado pela Lei n° 1.727 de 18 de
edificações e ambiências de valor histórico e áreas com dezembro de 2008)
elevado valor cultural, sistema viário característico da
ocupação original, com baixa capacidade de tráfego. Seção II
Parágrafo único. Os principais objetivos da disciplina de Da Macrozona de Urbanização Específica
uso e ocupação do solo e de utilização de instrumentos
urbanísticos são: Art. 124. A Macrozona de Urbanização Específica
I - preservar, revitalizar e conservar o patrimônio corresponde ao território pouco urbanizado, com infra-
histórico, paisagístico, ambiental e cultural; estrutura incipiente, desconexo ou não da mancha
II - promover a identidade cultural; urbana consolidada, com características peculiares
III - incentivar o uso artístico-cultural; de estruturação urbana e paisagística, exigindo um
IV - complementar a infra-estrutura existente. tratamento urbanístico específico.
Art. 119. As regras de ocupação do solo nas zonas Parágrafo único. São objetivos para esta macrozona:
definidas nesta seção estão sintetizadas no Quadro I - promover ações de regularização, requalificação e
I, abaixo: (Redação dada pela Lei n° 1.727 de 18 de preservação ambiental;
dezembro de 2008) II - definir padrões de uso e ocupação do solo específicos
Leis e Decretos
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
QUADRO V
Seção III
Da Macrozona de Expansão Urbana
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
prioritários são aqueles indicados como APEUCs no gabarito de até 12 (doze) pavimentos, sujeita a EIV
Anexo XI, a saber: para unidades habitacionais multifamiliares verticais
I - APEUC 1. Antônio da Rocha Viana / Getúlio acima de 4 (quatro) pavimentos, propiciando melhor
Vargas; adensamento e distribuição das vantagens locacionais
II - APEUC 2. Bosque; promovidas pelos investimentos concentrados naquela
III - APEUC 3. Parque da Maternidade; área. (Redação dada pela Lei n° 1.727 de 18 de
IV - APEUC 4. Estação Experimental / Tangará; dezembro de 2008)
V - APEUC 5. Estrada da Usina (Invernada). Art. 157. O coeficiente de aproveitamento básico
Parágrafo único. Fica suspensa a aplicação deste desta área é igual a 1 (um), podendo atingir o índice 4
instrumento nas áreas definidas na Seção II deste (quatro) com outorga onerosa do direito de construir.
Capítulo, até a efetiva regularização. Art. 158. Novos parcelamentos e remembramentos
só serão permitidos após a conclusão do Plano de
Seção II Requalificação Urbana.
Das Áreas de Regularização Prioritária– ARPs § 1° Nos lotes localizados parcialmente na ARU 1
- Parque da Maternidade, prevalecerão às normas
Art. 151. As Áreas de Regularização Prioritária - ARPs condizentes com esta área.
correspondem aos loteamentos irregulares, conforme § 2° Os empreendimentos com usos R2, R3, R4 e R5
definido no artigo 96, inciso I, desta Lei, localizados nas lindeiros ao Parque da Maternidade não poderão ter o
Macrozonas de Consolidação Urbana ou de Urbanização acesso de veículos pela Via Parque, podendo, contudo,
Específica. ter o acesso de pedestres.
Art. 152. Constituem objetivos prioritários para essas Art. 159. Na ARU 1 - Parque da Maternidade, as
áreas a adoção de providências visando à regularização limitações referentes a novos parcelamentos,usos e
do parcelamento, bem como a identificação e diagnóstico ocupações do solo são aquelas estabelecidas no quadro
dos lotes caucionados para sua efetiva utilização pelo que segue:
Poder Público visando à promoção de programas de
Habitação de Interesse Social.
Art. 153. Todos os loteamentos irregulares são
classificados como ARPs e deverão ser objeto de estudo
e diagnóstico pelo Município.
Seção III
Das Áreas de Requalificação Urbana
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
recusar a exarar ciência, deverá essa circunstância ser nem obsta a iniciativa do Poder Público em promover
Municipais
mencionada expressamente pelo agente que efetuou a ação judicial necessária para a demolição da obra ou
a notificação. para desfazimento do parcelamento irregular.
§ 2° O edital, referido no inciso III deste artigo,
será publicado uma única vez, na imprensa oficial, Seção I
considerando-se efetivada a notificação 05 (cinco) dias Da Multa
após a publicação.
Art. 216. Na lavratura do auto, as omissões ou Art. 222. A pena de multa consiste na aplicação de
incorreções não acarretarão nulidade se do processo sanção pecuniária a ser paga pelo infrator, no prazo de
constarem elementos suficientes para determinação 30 (trinta) dias.
da infração e do infrator. § 1º As multas serão fixadas em Unidades Fiscais do
Parágrafo único. A aposição da assinatura do infrator ou Município de Rio Branco – UFMRB, classificando-se da
de seu representante no auto de infração não constitui seguinte forma:
formalidade essencial à sua validade, nem implica em I - Classe I, de 05 a 20 UFMRB;
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
340
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
forma que, após este prazo, iniciará nova contagem. Parágrafo único. Aplicam-se nos casos omissos as
disposições concernentes aos casos análogos, e, não
CAPÍTULO III as havendo, os princípios gerais de Direito.
DAS DEMAIS INFRAÇÕES E Art. 245. O Poder Executivo divulgará, de forma
RESPECTIVAS PENALIDADES ampla e didática o conteúdo desta Lei visando o acesso
da população aos instrumentos de política urbana e
Art. 235. Pelo descumprimento de outros preceitos rural que orientam a produção e organização do espaço
desta Lei, das normas complementares e de seus habitado.
regulamentos, não especificados no Anexo V, o Art. 246. É parte integrante desta Lei, para todos os
infrator deve ser punido com advertência e, no caso efeitos legais, o conteúdo dos seguintes Anexos:
de reincidência, com Multa Classe I, sem prejuízo da
aplicação de outras penalidades previstas no artigo Anexo I Glossário
220 desta Lei, conforme necessário para fazer cessar Anexo II Usos do solo
a irregularidade decorrente da infração ou evitar a Anexo III Hierarquização do Sistema Viário
consumação de dano mais grave. Anexo IV Vagas para Estacionamento
Anexo V Infrações e Penalidades
TÍTULO II Anexo VI Perímetro Urbano (Memorial Descritivo)
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Anexo VII Macrozoneamento Municipal - MZ.
Anexo VIII Zoneamento Urbano
Art. 236. O projeto regularmente submetido à Anexo IX Zoneamento Rural
apreciação do Poder Público Municipal em data anterior a Anexo X Áreas para Projetos Estruturantes
entrada em vigor desta Lei será analisado de acordo com Anexo XI Áreas de Parcelamento e Edificação
a legislação vigente à época de sua protocolização. Compulsória - APEUC
Parágrafo único. O projeto de que trata este artigo Áreas de Promoção de Habitação - APH
poderá, a pedido do interessado, ser examinado Anexo XII Áreas de Requalificação Urbana - ARU
conforme as disposições desta Lei. Áreas de Desenvolvimento Econômico - ADE
Art. 237. Ficam assegurados os direitos decorrentes de Áreas de Receptoras de Áreas Verdes - ARV
Alvarás de Aprovação e de Execução já concedidos. Anexo XIII Áreas de Especial Interesse Ambiental -
AEIA
Art. 238. Os parcelamentos aprovados em data
Anexo XIV Áreas de Especial Interesse Social - AEIS
anterior à vigência desta Lei ficam sujeitos às exigências
Anexo XV Áreas de Especial Interesse Histórico
da legislação anterior.
Cultural - AEIHC
Art. 239. Todos as solicitações de diretrizes para Anexo XVI Estrutura Viária Proposta.
loteamentos em apreciação, mas ainda não expedidas
Art. 247. Esta Lei entra em vigor na data de sua
formalmente, deverão ser apreciadas de acordo com
publicação, revogando-se as disposições em contrário,
a nova Lei.
especialmente a Lei n° 612, de 19 de junho de 1986 e
Art. 240. As atividades não conformes com esta Lei suas posteriores alterações.
serão toleradas desde que a edificação e uso estejam
regularizados conforme a legislação anterior. Rio Branco-Acre, 27 de outubro de 2006, 118º da
Parágrafo único. Não serão admitidas ampliações das República, 104º do Tratado de Petrópolis, 45º do Estado
edificações utilizadas para atividades não conformes. do Acre e 97º do Município de Rio Branco.
Art. 241. Os casos de edificações irregulares, que não
atendem aos parâmetros de uso e ocupação do solo da Raimundo Angelim Vasconcelos
legislação anterior, poderão ser regularizados desde que Prefeito de Rio Branco
atendam aos parâmetros estabelecidos por esta Lei e
a atividade exercida no imóvel esteja de acordo com o
artigo 240, desta Lei.
Art. 241-A Os Projetos de empreendimentos para LEI Nº 1.727, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2008
implantação de unidades habitacionais multifamiliares
de interesse social e HIMS, serão passíveis de “Altera os artigos 119, 120, 128, 129, 156,
flexibilização, quanto às limitações de índices e outros 159, 161, 164, 165, 166, 167, 173, 182, 183,
parâmetros urbanísticos estabelecidos neste Plano 188, 241-A, revoga os artigos 123 e 130,
Diretor, dado o interesse público e o caráter nitidamente 60, inc. I, 61 inciso I e modifica o Mapa do
social desses empreendimentos. (Incluído pela Lei n° Perímetro Urbano e o Anexo XI, todos da Lei
1.727 de 18 de dezembro de 2008) municipal n.º 1.611, de 27 de outubro de 2006.”
Art. 242. Visando a adequada aplicação desta Lei, o
Executivo deverá, no primeiro ano de vigência do Plano, O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO -
promover as revisões dos seguintes instrumentos: ACRE, usando das atribuições que são conferidas
I - Planta Genérica de Valores, considerando as por Lei, FAÇO SABER, que a Câmara Municipal de
potencialidades e restrições instituídas através desta Rio Branco aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
Leis e Decretos
Lei;
Municipais
II - Cadastro Municipal corrigindo eventuais irregu- Art. 1º Os artigos 119, 120, 128, 129, 156, 159,
laridades; 161, 164, 165, 166, 167, 173, 182, 183, 188, 241-A
III - Código Tributário Municipal, adequando-o à nova da Lei Municipal n.º 1.611, de 27 de outubro de 2006,
realidade imobiliária estabelecida pelo Plano; passam a vigorar com a seguinte redação:
IV - Código de Posturas;
V - Código de Obras. Art. 119. As regras de ocupação do solo nas zonas
Art. 243. A composição, divisão e descrição de definidas nesta seção estão sintetizadas no Quadro
limites dos bairros serão estabelecidas através de Lei I, abaixo:
específica.
Art. 244. Os casos omissos da presente Lei serão
dirimidos pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento
e Gestão Urbana, depois de ouvido o Conselho Municipal
de Urbanismo.
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
QUADRO I
QUADRO V
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Art. 173. Na Área de Desenvolvimento de Pequenas Rio Branco-Acre, 18 de dezembro de 2008, 120º
Indústrias as limitações referentes a parcelamento, da república, 106º do Tratado de Petrópolis, 47º do
uso e ocupação do solo são aquelas estabelecidas no Estado do Acre e 125º do Município de Rio Branco.
quadro que segue:
Raimundo Angelim Vasconcelos
Prefeito de Rio Branco
RODRIGUES ALVES
TÍTULO I
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
343
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
344
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
XV. Identificar e garantir proteção aos bens que de estudos ambientais específicos;
compõem o patrimônio natural; artístico; histórico; VII. apreciar e aprovar, quando solicitado, os estudos
estético; arqueológico e paisagístico do Município. prévios de impacto ambiental que vierem a ser
apresentados no processo de licenciamento, decidindo
TITULO II sobre a convocação de audiência pública;
DO SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE VIII. propor ou opinar sobre projetos de leis de relevância
ambiental ou que tenham por objeto a ocupação do solo
CAPÍTULO I e o uso dos recursos naturais do Município; estabelecer
DA ESTRUTURA critérios básicos e fundamentados para a elaboração do
zoneamento ecológico econômico do Município;
Art. 5º Constituirão o SIMMA - Sistema Municipal de IX. propor e colaborar na definição e implantação
Meio Ambiente os órgãos e entidades da Administração de espaços territoriais e seus componentes a serem
Municipal, as entidades públicas ou privadas especialmente protegidos;
encarregadas direta ou indiretamente do planejamento, X. propor e colaborar na execução de atividades voltadas
implementação, controle, e fiscalização de políticas à educação ambiental bem como de campanhas voltadas
públicas, serviços ou obras que afetam o meio ambiente, à conscientização dos principais problemas ambientais
bem como a elaboração e aplicação das normas a ele do município;
pertinentes, e as organizações não governamentais XI. manter intercâmbio com entidades públicas e
dedicadas à proteção ambiental. privadas, nacionais e internacionais, dedicadas à
Parágrafo Único: O Sistema Municipal de Meio Ambiente pesquisa ou a outras atividades que visem a defesa do
é composto pela seguinte estrutura, assim definida: meio ambiente;
I. Órgão superior: o COMDEMA - Conselho de Defesa XII. regulamentar as diretrizes de gestão do FMMA -
do Meio Ambiente, órgão colegiado, autônomo, de Fundo Municipal de Meio Ambiente fixadas nesta lei e
composição paritária entre representantes do poder apreciar sua prestação de contas bem como relatório
público e da sociedade civil organizada, de caráter de atividades;
consultivo, normativo e deliberativo, responsável XIII. decidir, em última instância administrativa sobre
pelo acompanhamento da implementação da Política recursos relacionados a atos e penalidades aplicadas
Municipal de Meio Ambiente, bem como dos demais pela SEMMAT;
planos, programas e projetos afetos à área; XIV. elaborar e aprovar seu Regimento Interno;
II. Órgão central: a SEMMAT - Secretaria Municipal Art. 8º COMDEMA será presidido pelo Secretário
de Meio Ambiente e Turismo, órgão de execução, Municipal de Meio Ambiente e será integrado pelos
coordenação e controle da política ambiental seguintes membros:
III. Órgãos seccionais: as Secretarias Municipais REPRESENTANTES DO PODER PÚBLICO
e organismos da administração municipal direta e I. Um representante da Secretaria Municipal de Meio
indireta, bem como as instituições governamentais e Ambiente e Turismo;
não-governamentais com atuação no Município, cujas II. Um representante da Secretaria Municipal de
ações, enquanto órgãos seccionais, interferirão na Saúde;
conformação da paisagem, nos padrões de apropriação e III. Um representante da Secretaria Municipal de
uso, conservação, preservação e pesquisa dos recursos Obras;
naturais; IV. Um representante da Secretaria Municipal de
Art. 6º Os órgãos e entidades que compõe o SIMMA Educação;
atuarão de forma harmônica e integrada, sob a V. Um representante da Secretaria Municipal de
coordenação da SEMMAT, por meio do Plano de Ação Agricultura;
Ambiental Integrado observada a competência do VI. Um representante da Procuradoria Jurídica do
COMDEMA. Município;
VII. Um representante da SEAPROF;
CAPÍTULO II REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL
DO ÓRGÃO SUPERIOR – COMDEMA I. Um representante da Câmara Municipal de
Vereadores;
Art. 7º O COMDEMA, enquanto órgão consultivo, II. Um representante do Sindicato de Trabalhadores
deliberativo e normativo do SIMMA, em questões Rurais;
referentes à preservação, conservação, defesa, III. Um representante dos Trabalhadores em
recuperação e melhoria do meio ambiente natural, Educação;
construído e do trabalho, passará a ter as seguintes IV. Um representante da Associação dos Pequenos
competências: Produtores de Agricultura e Pecuária;
I. contribuir na formulação da política municipal de V. Um representante do Setor Comercial;
meio ambiente `a luz do conceito de desenvolvimento VI. Um representante da Colônia de Pescadores;
sustentável, por meio de diretrizes, recomendações e VII. Um representante do Conselho Consultivo do PNSD-
propositura de planos, programas e projetos; Parque Nacional da Serra do Divisor;
II. aprovar o Plano de Ação Ambiental Integrado da VIII. Um representante da igreja Católica;
Leis e Decretos
SEMMAT - PGAIm, e acompanhar sua execução; IX. Um representante das igrejas Evangélicas;
III. colaborar na elaboração de planos, programas e X. Um representante do Santo Daime;
Municipais
projetos inter setoriais, regionais, locais, e específicos § 1º- Participarão das reuniões do COMDEMA, na
de desenvolvimento do Município; qualidade de observador especial, 1 representante do
IV. aprovar por meio de resoluções as normas, critérios, COMDEC - Comissão Municipal de Defesa Civil, bem
parâmetros, padrões e índices de qualidade ambiental, como seu suplente, indicado pela respectiva autoridade
bem como métodos para o uso dos recursos ambientais superior.
do Município, observadas as legislações estadual e § 2º - Os representantes dos órgãos da Administração
federal; Municipal, bem como seus respectivos suplentes,
V. conhecer os processos de licenciamento ambiental serão designados pelo Prefeito, mediante indicação
do Município estabelecendo, se entender conveniente, dos Secretários;
exigências e recomendações; § 3º - Os membros da sociedade civil, e seus respectivos
VI. apreciar e aprovar , quando solicitado pela SEMMAT, suplentes, serão designados pelo Prefeito, mediante
Termo de Referência para elaboração de EPIA/RIMA ou indicação dos órgãos ou entidades ali mencionados;
Art. 9º As funções de membro do Conselho serão
345
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
exercidas pelo prazo de 2 (dois) anos, permitida a Presidente e presididas por 1 (um) dos Conselheiros,
recondução por 2(duas) vezes, por igual período. e terão a função de apreciar propostas apresentadas
Art. 10 - As funções de membro do Conselho não ao Conselho de acordo com o estabelecido em seu
serão remuneradas, sendo, porém, consideradas como Regimento Interno.
de relevante interesse público; Art 16 As Comissões Especiais serão criadas pelo
Art. 11 - A condução do Conselho será exercida Presidente, na forma do Regimento Interno, e serão
por: de caráter temático e consultivo, extinguindo-se com
I.Presidência que será sempre do Secretário Municipal o atingimento de seus objetivos.
de Meio Ambiente e Turismo; Art. 17 O COMDEMA reunir-se-á, ordinariamente, na
II.Secretaria Executiva; forma estabelecida em seu Regimento Interno e, em
III.Plenário; caráter extraordinário, sempre que convocado pelo
IV.Câmaras Técnicas; Prefeito ou pelo seu Presidente, por iniciativa própria ou
V.Comissões Especiais; a requerimento de 50% de seus membros titulares.
Art. 12 - O Presidente do Conselho tem as seguintes Art. 18 As sessões plenárias do COMDEMA serão
atribuições: sempre públicas permitidas à manifestação oral de
I. Representar o Conselho; representantes de órgãos, entidades e empresas ou
II. Dar posse e exercício aos Conselheiros; autoridades, quando convidados pelo presidente ou
III. Presidir as reuniões do Plenário; pela maioria dos conselheiros.
IV. Votar como Conselheiro e exercer o voto de Parágrafo Único: O quorum das Reuniões Ordinárias do
qualidade; COMDEMA será de 1/3 (um terço) de seus membros
V. Resolver questões de ordem nas reuniões de para abertura das sessões e de maioria simples para
Plenário; deliberações.
VI. Determinar a execução das Resoluções de Plenário, Art. 19 A SEMMAT prestará ao COMDEMA o necessário
através do Secretário Executivo; suporte técnico - administrativo e financeiro, sem
VII. Convocar pessoas ou entidades para participar das prejuízo da colaboração dos demais órgãos e entidades
reuniões plenárias, sem direito a voto, esclarecendo nele representados.
antecipadamente se lhes será dado voz; Art. 20 No prazo de 90 (noventa) dias a contar de
VIII. Tomar medidas de caráter urgente, submetendo-as sua efetiva instalação o Conselho deverá elaborar seu
à homologação do Plenário; Regimento Interno.
IX. Criar Câmaras Técnicas Temporárias ou Permanentes;
X. Criar Comissões Especiais. CAPÍTULO III
Art. 13 São atribuições do Secretário Executivo: DO ÓRGÃO CENTRAL – SEMMAT
I. Organizar e garantir o funcionamento do Conselho;
II. Coordenar as atividades necessárias para a Art. 21 A SEMMAT - Secretaria Municipal de Meio
consecução das atribuições do Conselho; Ambiente e Turismo, passará a ter as seguintes
III. Cumprir e fazer cumprir as determinações legais e competências:
as normas estatutárias e regimentais; I. Elaborar e executar estudos e projetos para subsidiar
IV. Fazer publicar, no Diário Oficial do Estado, as a proposta da PMMA-Política Municipal de Meio
Resoluções do Conselho; Ambiente, bem como para subsidiar a implementação
VI. Coordenar as reuniões do Plenário, das Câmaras e permanente revisão das normas, padrões e critérios
Técnicas e das Comissões Especiais. de uso dos recursos naturais a serem baixados pelo
Parágrafo Único: O Secretário Executivo poderá, COMDEMA;
mediante justificativa, requerer ao Presidente o apoio II. participar do planejamento das políticas públicas
administrativo e de pessoal necessário. do Município;
Art. 14 O Plenário será constituído nos termos do III. Elaborar, anualmente, o Plano de Ação Ambiental
artigo 8º desta lei e seus membros terão as seguintes Integrado do Município – PGAIM e a respectiva proposta
atribuições: orçamentária;
I. Discutir e votar todas as matérias submetidas ao IV. Coordenar no âmbito do SIMA as ações dos órgãos
Conselho; que o integram;
II. Deliberar sobre propostas apresentadas por qualquer V. exercer o controle, a fiscalização e o monitoramento
de seus membros; das atividades produtivas e dos prestadores de serviços,
III. Dar apoio ao Presidente, no cumprimento de suas quando potencial ou efetivamente poluidores ou
atribuições; degradadores do meio ambiente;
IV. Solicitar ao Presidente a convocação de reuniões VI.exigir e aprovar, para instalação de obras e atividades
extraordinárias, na forma do Regimento Interno; potencialmente causadoras de significativa degradação
V. Propor a inclusão de matérias na ordem do dia e, ambiental, prévio licenciamento alicerçado em estudos
justificadamente, a discussão prioritária de assuntos de impacto ambiental e respectivo relatório, a que se
delas constantes; dará publicidade;
VI. Discutir as questões ambientais dentro das VII.exigir daquele que utilizar ou explorar recursos
respectivas áreas de atuação da instituição que naturais a recuperação do meio ambiente degradado, de
representa, especialmente aquelas que exijam a atuação acordo com solução técnica mais viável a ser aprovada
integrada ou que se mostrem controvertidas; pelo COMDEMA;
VII. Sugerir o convite de profissionais de notório VIII.exigir relatório técnico de auditoria ambiental para
conhecimento para subsidiar as resoluções do analisar a conveniência da continuidade de obras ou
Conselho; atividades, potencialmente poluidoras, já instaladas no
VIII. Apresentar indicações, na forma do Regimento Município anteriormente às exigências desta lei, como
Interno; condição de validade da renovação dos seus Alvarás de
IX. Deliberar a respeito de eventual exclusão de Localização e Funcionamento;
membro titular ou suplente que não comparecer a 3 IX.promover o inventário, a avaliação, o controle e
(três) reuniões consecutivas ou 5 (cinco) alternadas, o monitoramento dos recursos naturais do Município
sem justificativas; construindo índices de capacidade suporte dos
X. Propor a criação de Câmaras Técnicas ou Comissões ecossistemas municipais;
Especiais. X. Manifestar-se, quando requerido, mediante estudos
Art. 15 As Câmaras Técnicas serão criadas pelo e pareceres técnicos sobre questões de interesse
346
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
ambiental para a população do Município, encaminhando XXVII. Fiscalizar as atividades produtivas e comerciais
em casos de graves ocorrências ambientais, seus laudos ou de prestação de serviços utilizadores de recursos
ao Ministério Público; naturais pelo poder público ou pelo particular;
XI. Informar a população sobre os níveis de poluição, XXVIII. Elaborar programas e projetos ambientais, e
a qualidade do meio ambiente, a presença de promover gestões, articulando com órgãos e entidades
substâncias potencialmente nocivas à saúde, no meio nacionais e internacionais para viabilizar os recursos
ambiente e nos alimentos, bem como resultados dos financeiros necessários à sua implementação;
monitoramentos e auditorias; XXIX. Instituir banco de dados informatizado, se possível
XII. Promover a educação ambiental não formal através geo-referenciado e interligado a outros de instituições
da Universalidade Municipal de Meio Ambiente; congêneres, bem como sistema de difusão e troca
XIII. Incentivar e executar a pesquisa, o desenvolvimento, de informações ambientais com órgãos nacionais e
a difusão tecnológica,e a capacitação técnica dos quadros internacionais de defesa do meio ambiente.
de pessoal da SEMMAT e demais órgãos do SIMA para XXX. Firmar termos de cooperação técnica com
a resolução de problemas ambientais e promover a entidades nacionais e internacionais de pesquisa ou a
informação sobre estas questões fomentando práticas outras atividades voltadas à proteção ambiental;
de vigilância ambiental pela sociedade. XXXI. Integrar as ações relacionadas ao meio ambiente,
XIV. Articular-se com órgãos federais, estaduais desenvolvidas por órgãos municipais, organizações
e municipais, bem como com organizações não não governamentais e empresas privadas de forma
governamentais para a execução integrada de ações a evitar duplicidade e permitir que os esforços
voltadas a proteção do patrimônio ambiental, histórico, empreendidos nesta área contribuam relevantemente
artístico, turístico, arquitetônico e arqueológico, bem para a consecução dos objetivos sócios econômicos e
como das áreas de preservação permanente, em ecológicos fixados na PMMA;
conformidade com a Lei Federal nº 4771 de 15 de XXXII. Zelar pelo cumprimento da legislação ambiental
setembro de 1965; dos três níveis de poder.
XV. Coordenar a gestão do Fundo Municipal de Meio
Ambiente - FMMA, criado por esta lei nos aspectos CAPÍTULO IV
técnicos, administrativos, e financeiros segundo as DOS ÓRGÃOS SECCIONAIS
diretrizes que vierem a ser fixadas pelo COMDEMA;
XVI. Apoiar as organizações da sociedade civil que Art. 22 As normas e diretrizes estabelecidas nesta
tenham a questão ambiental entre os seus objetivos, lei ou dela decorrentes condicionam a elaboração de
promovendo sua capacitação e desenvolvimento planos, programas e projetos, bem como, de ações
de projetos bem concebidos relativos ao manejo de todos os órgãos da Administração Pública direta ou
dos recursos naturais; à educação ambiental; e à indireta do Município de Rodrigues Alves.
fiscalização das atividades antrópicas; Art. 23 Os objetivos dos órgãos integrantes da
XVII. Definir, implantar e administrar espaços territoriais Administração direta ou indireta do Município deverão
e seus componentes a serem especialmente protegidos ser compatibilizados com aqueles estabelecidos pela
tais como Unidades de Conservação e Áreas de Proteção PMMA por meio do PAI - Plano de Ação Ambiental
aos Mananciais, implementando zoneamentos e planos Integrada.
de manejo, observando possibilidades técnicas e
Art. 24 Os Órgãos Seccionais deverão:
legais de gestão compartilhada destes espaços com a
a) ajustar seus Planos de Ação às diretrizes e
sociedade civil;
instrumentos da PMMA;
XVIII. Preservar a diversidade e o patrimônio genético
b ) a t u a r e m a r t i c u l a ç ã o c o m a S E M M AT e o
do Município e fiscalizar as entidades dedicadas à
COMDEMA;
pesquisa e manipulação de material genético;
c) promover a sistematização e intercâmbio de
XIX. Preservar e restaurar os processos ecológicos
informações de interesse ambiental para subsidiar a
essenciais e promover o manejo ecológico das espécies
implementação e permanente revisão da PMMA;
e ecossistemas;
d) compatibilizar planos, programas e projetos com o
XX. Proteger e preservar a biodiversidade;
PAI - Plano de Ação Ambiental Integrada;
XXI. Promover periodicamente o inventário das espécies
e) auxiliar no controle e fiscalização do meio ambiente
endêmicas e ameaçadas de extinção, cuja presença seja
relacionado com os respectivos campos de atuação;
registrada no Município, estabelecendo medidas e áreas
f) garantir a promoção e difusão das informações de
para sua proteção;
interesse ambiental.
XXII. Promover, com a participação dos demais órgãos
do SIMA, o zoneamento ecológico econômico do
TÍTULO III
Município;
DOS INSTRUMENTOS DA PMMA
XXIII. Fixar diretrizes ambientais para elaboração de
projetos de parcelamento do solo urbano, com ênfase
para o percentual de áreas verdes e institucionais, bem Art. 25 São instrumentos de gestão da Política
como para a instalação de atividades e empreendimentos Municipal de Meio Ambiente:
que possam causar impactos de vizinhança, tais como I. o planejamento e a gestão ambiental;
alterações e/ou complementações do sistema viário; II. o estabelecimento de normas, padrões, critérios e
Leis e Decretos
347
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
348
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
estes de domínio público ou privado, definidos como § 3º - As áreas dos Pólos Agro florestais, responsáveis
Unidades de Conservação Ambiental. por assentamentos de trabalhadores rurais e pelo
§ 1º Excepcionam-se as Áreas de Proteção aos abastecimento de produtos agrícolas, enquanto
Mananciais que embora sejam espaços territoriais cinturão verde do Município, deverão ter sua destinação
especialmente protegidos não constituem propriamente inalterada, proibindo-se qualquer alteração de
Unidades de Conservação conforme tipificado pela sua vocação ainda que venham a ser tituladas e
legislação federal e estadual. emancipadas.
§ 2º As Áreas de Proteção aos Mananciais, deverão § 4º- A SEMMAT deverá identificar áreas vegetadas
ser demarcadas pelo poder público através de lei que tenham a função de corredores ecológicos, unindo
específica, mediante proposta da SEMMAT, ouvidas áreas especialmente protegidas, áreas de preservação
as Secretarias de Obras e da Agricultura e a DEAS, e permanente, reservas legais das propriedades e outros
considerará as ocupações e usos já existentes, para remanescentes florestais significativos, propondo ao
através de zoneamento impor restrições aos usos mais COMDEMA formas de regulamentação aptas a consolidá-
intensivos, bem como, índices de impermeabilização las, bem como estímulos à criação pelos particulares de
do solo e coeficientes de ocupação máxima para cada Reservas Particulares do Patrimônio Natural - RPPN’s.
propriedade. Art. 36 São Unidades de Conservação Municipais:
§ 3º Nas Áreas de Proteção aos Mananciais não será I. Reserva Biológica - com a finalidade de preservar
permitida a instalação de novas indústrias, devendo ecossistemas naturais ímpares;
as já existentes ser estimuladas a transferir-se para II. Reserva Arqueológica - com a finalidade de proteger
outros locais. sítios arqueológicos ou formações de interesse
§ 4º A recuperação das faixas de mata ciliar, arqueológico;
consideradas pelo Código Florestal como áreas de III. Área de Relevante Interesse Ecológico - ARIE
preservação permanente, bem como a despoluição e aquelas , inferiores a 5 ha, que possuem características
descontaminação dos corpos hídricos, nas Áreas de naturais extraordinárias ou que abrigam exemplares
Proteção aos Mananciais,deve ser objeto de programa raros da biota, exigindo, pela sua fragilidade, cuidados
prioritário a ser elaborado e coordenado pela SEMMAT, especiais de proteção por parte do poder público;
ficando o Poder Executivo Municipal autorizado IV. Parques Municipais - com a finalidade de preservar
a estabelecer consórcios intermunicipais para a os atributos excepcionais da natureza conciliando a
recuperação e preservação das bacias hidrográficas proteção integral da flora , da fauna e das belezas
como tal consideradas. naturais com atividades de pesquisa científica, educação
§ 5º Integram as Unidades de Conservação: o solo, o ambiental e recreativas;
subsolo, a água, a fauna e a flora. V. Estações Ecológicas - áreas de valor ecológico
§ 6º As Unidades de Conservação Municipais deverão excepcional onde só são admitidas pesquisas
dispor de um plano de manejo onde se definirá o científicas;
zoneamento de acordo com as características naturais e VI. Horto Florestal - área pública , destinada à
a categoria da unidade já existente ou que venha a ser reprodução de espécimes da flora; a projetos de
criada, com revisão no prazo máximo de 5 anos. experimentação científica e paisagismo, bem como à
Art. 35 São objetivos do poder público ao definir as visitação para lazer e turismo, à educação ambiental e
Unidades de Conservação: à pesquisa científica;
I. proteger a diversidade de ecossistemas, assegurando VII. Áreas de Proteção Ambiental - APA’s- compreendendo
seu processo evolutivo; áreas de domínio público e/ou privado, são destinadas a
II.proteger espécies raras, endêmicas, vulneráveis em compatibilizar a exploração dos recursos naturais com
perigo ou ameaçadas de extinção, biótipos, comunidades sua conservação e preservação, dotadas de atributos
bióticas, formações geológicas e geomorfológicas; bióticos, estéticos ou culturais, para a melhoria da
paleontológicas e arqueológicas; qualidade de vida da população local;
III.preservar o patrimônio genético, objetivando a VIII. Áreas de Interesse Especial - AIE’s- destinam-se às
redução das taxas de extinção de espécies a níveis atividades de turismo ecológico e educação ambiental
naturais; podendo também compreender áreas de domínio
IV.proteger os recursos hídricos e edáficos, minimizando público e privado;
a erosão, o assoreamento e a contaminação dos corpos IX. Reservas Extrativistas - áreas de domínio público,
d’água bem como a ictiofauna; objeto de manejo sustentado dos recursos naturais pelas
V.conservar as paisagens de relevante beleza cênica, populações tradicionais;
naturais ou alteradas, visando à pesquisa, à educação X. Monumentos Naturais - destinados a proteger e
ambiental, ao turismo ecológico e à recreação; preservar ambientes naturais em razão de seu interesse
VI. conservar valores culturais, históricos e arqueológicos especial ou características ímpares tais como queda
para pesquisa e visitação; d’água, cavernas, formações rochosas, e espécies únicas
VII. fomentar o uso racional e sustentável dos recursos de fauna e flora, possibilitando atividades educacionais
naturais implementando formas alternativas, já de interpretação da natureza, pesquisa e turismo.
consolidadas, de manejo. § 1º- Outras categorias de manejo das Unidades de
§ 1º - O COMDEMA - Conselho Municipal de Defesa Conservação poderão ser criadas de acordo com as
Leis e Decretos
do Meio Ambiente, manifestar-se-á sobre a definição, necessidades de preservação e conservação das áreas
implantação criação e controle das Unidades de do Município.
Municipais
Conservação, que poderão ser criadas por Decreto, bem § 2º- O Poder Público estimulará a criação e manutenção
como das Áreas de Proteção aos Mananciais, devendo de Unidades de Conservação privadas tais como as
considerar a possibilidade de construir parcerias com RPPN - Reserva Particular de Patrimônio Natural, desde
a iniciativa privada, organizações não governamentais, que suas características assegurem funções ecológicas
universidades e instituições de pesquisa para a gestão relevantes, bem como a prática de pesquisa científica
compartilhada destas áreas. e educação ambiental, observando-se na zona urbana
§ 2º - A alteração ou supressão das Unidades de as exigências e diretrizes do Plano Diretor.
Conservação já existentes, bem como daquelas que § 3º- O Poder Público Municipal, deverá estudar
vierem a ser criadas, só será admitida em caso de possibilidades de redução, descontos ou isenção do
necessidade pública, através de lei, que deverá indicar IPTU para incentivar, quando em zona urbana, a criação
os mecanismos compensatórios do ato, tendo em vista das áreas referidas no parágrafo anterior, bem como,
a qualidade ambiental do município. de outros mecanismos de incentivo financeiro para os
particulares que vierem a assumir tarefas ambientais
349
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
consideradas relevantes pela SEMMAT. Parágrafo Único: O RAP - Relatório Ambiental Preliminar,
§ 4º - O Horto Florestal do Município, manterá acervo deverá ser regulamentado no prazo de 180 dias a
de mudas da flora típica local, priorizando espécies contar da promulgação da presente lei, e deverá conter
arbóreas raras e em extinção, bem como aquelas no mínimo:
dotadas de alto valor econômico, para projetos públicos a) a descrição sucinta do estado de conservação
e comunitários de arborização ou exploração sustentável dos recursos ambientais presentes na área do
das florestas. empreendimento e sua vizinhança;
b) a relação dos impactos ambientais adversos que o
CAPÍTULO II empreendimento poderá causar considerando suas fases
DAS AVALIAÇÕES DE IMPACTO AMBIENTAL de instalação e operação;
c) o rol de medidas mitigatórias e compensatórias que
Art. 37 Impacto Ambiental é toda alteração significativa serão adotadas;
produzida pelo homem no meio ambiente natural ou d) as estratégias de controle da poluição e monitoramento
construído. das condições ambientais.
§ 1º Quando em áreas urbanas os impactos representam Art. 40 O Estudo Prévio de Impacto Ambiental,
significativa alteração no entorno da vizinhança, respeitadas as legislações estadual e federal a respeito
podendo alterar a qualidade do ar; da água, o nível de do tema , obedecerá às seguintes diretrizes:
ruídos existentes; as demandas na infra-estrutura viária I. contemplar todas as alternativas tecnológicas e de
sobrecarregando sua capacidade; na rede de serviços localização do projeto de empreendimento, confrontando-
públicos; ou alterando a paisagem urbana. as com a hipótese de sua não execução;
Art. 38 A Avaliação de Impactos Ambientais é II. definir os limites das áreas direta e indiretamente
uma atividade técnico-científica apta a determinar afetadas pelos impactos;
a viabilidade ambiental de empreendimentos III. realizar o diagnóstico ambiental da área de influência
potencialmente causadores de significativa degradação do empreendimento, caracterizando a situação antes
ambiental, de forma sistemática e previamente às de sua implantação;
conseqüências da sua implantação e operação, e tem IV. identificar e avaliar sistematicamente os impactos
como principais finalidades instrumentais: ambientais previstos nas fases de planejamento,
I. permitir a compatibilização do desenvolvimento sócio- implantação, operação e desativação, para cada
econômico e urbano com a proteção ambiental; alternativa locacional e tecnológica anteriormente
II. subsidiar o processo de tomada de decisão pela elencadas;
SEMMAT, e em ultima instância pelo COMDEMA; V. considerar os planos, programas e projetos
III. favorecer a concepção final de planos, programas governamentais, existentes ou propostos co-localizados,
e projetos menos agressivos ao meio ambiente, observando efeitos cumulativos e sinérgicos;
incorporando alternativas, recomendações, medidas VI.definir medidas mitigadoras e/ou compensatórias
mitigadoras e compensatórias, e o desenvolvimento para os impactos negativos;
de tecnologias mais adaptadas às condições dos locais VII.propor medidas maximizadoras para os impactos
onde serão implementados; positivos;
IV. incrementar processos de mediação e solução de VIII.estabelecer programas de monitoramento e
conflitos de uso dos recursos naturais por meio dos auditorias;
esclarecimentos sobre os impactos positivos e negativos IX.indicar a alternativa apta a conferir a melhor forma
dos empreendimentos, auxiliando a negociação social; e de proteção dos recursos ambientais.
V. apontar formas de controle e monitoramento Art. 41 O RIMA - Relatório de Impacto do Meio
eficazes dos recursos naturais demandados pelos Ambiente é o documento que resume e sintetiza os
empreendimentos, ao poder público e aos particulares, estudos técnico-científicos da avaliação de impactos
reforçando a gestão ambiental. ambientais e deverá:
Art. 39 O processo de avaliação de impacto ambiental I.definir perfeitamente a significância dos impactos;
compreende as seguintes etapas: II.refletir de forma objetiva e sem omissão os elementos
I. Relatório Ambiental Preliminar - RAP, a ser fundamentais do EPIA;
apresentado pelo empreendedor quando formatado III.usar linguagem acessível e recursos visuais de modo
o pertinente projeto básico, contendo a descrição de que a comunidade possa entender o projeto, suas
empreendimento, bem como, a caracterização do sítio vantagens e desvantagens, bem como as consequências
pretendido e seu entorno, para balizar posicionamento ambientais de sua implantação.
pela SEMMAT sobre a obrigatoriedade ou não de EPIA’s Art. 42 Os EPIA’s/RIMA’s deverão ser realizados por
/RIMA’s - Estudos Prévios de Impacto Ambiental/ equipe multidisciplinar, coordenada por técnico com
Relatórios de Impacto de Meio Ambiente - ou de estudos ART - Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao
mais sucintos e específicos sobre determinados recursos órgão representativo de sua categoria profissional,
ambientais. responsável administrativa, civil e criminalmente pelos
II. Definição pela SEMMAT do Termo de Referência, que resultados e pelas informações apresentadas.
compreende roteiro de orientação para a elaboração Art. 43 Correrão por conta do proponente do projeto
de estudos específicos ou de EPIA/RIMA aplicado ao os custos referentes à realização do EPIA/RIMA.
caso concreto; Art. 44 Em caso de omissão ou uso de dados e
III.Elaboração dos estudos específicos ou do EPIA/RIMA, informações enganosas, a SEMMAT poderá instituir
pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, pública um Contra EPIA/RIMA, às custas do empreendedor,
ou privada, conforme pautado na legislação federal e determinando a realização de novos estudos prévios
estadual, observando-se as recomendações e exigências de impacto ambiental por entidades ou empresas de
municipais referendadas no Termo de Referência; ilibada reputação.
IV. Análise do EPIA/RIMA pelas equipes técnicas da
Art. 45 Por solicitação do COMDEMA, da população
SEMMAT, ou por técnicos por ela requisitados.
através de abaixo assinado, subscrito no mínimo
V.Realização de Audiências Públicas, caso necessário,
por 50 pessoas moradoras de Rodrigues Alves que
presididas obrigatoriamente pela SEMMAT.
tenham legítimo interesse por serem afetados pelo
VI.Decisão argumentada em parecer técnico-científico
empreendimento; ou por qualquer entidade sem fins
sobre a viabilidade ambiental, deferindo ou indeferindo
lucrativos legalmente constituída; dos proponentes
o pedido para realização do empreendimento;
do empreendimento; pelo Ministério Público, ou por
VII.Implementação do Plano de Controle Ambiental
determinação da própria SEMMAT, deverá ser realizada
contendo monitoramento e auditorias públicas periódicas.
350
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
audiência pública, que será convocada através de edital Rio Juruá, Paraná dos Mouras, Apuí e seus afluentes;
junto aos atos oficiais do Município. XV. projetos de exploração comercial de insumos
florestais;
CAPÍTULO III XVI. estudos, pesquisas e manipulação de material
DO LICENCIAMENTO genético;
XVII. empreendimentos turísticos que utilizem área de
Art. 46 Dependem de licença ambiental municipal, relevante interesse ambiental ou seu entorno;
expedida pela SEMMAT, com ciência ao COMDEMA, XVIII. cemitérios, necrotérios e crematórios.
quaisquer empreendimentos, públicos ou privados, Parágrafo Único: Para efeito de enquadramento
em que o Poder Executivo Municipal entenda existir definitivo, a regulamentação da presente lei deverá
potencial de impacto ambiental local. observar as atividades acima listadas, tipificando-as
Parágrafo Único: Considera-se empreendimento a em função de seu potencial poluidor e porte. Até que
construção, instalação, ampliação, funcionamento, seja promulgada a referida regulamentação caberá a
reforma, recuperação, alteração e/ou operação de SEMMAT, observada a legislação ambiental estadual e
estabelecimento, execução de obras ou de atividades, federal em vigor, decidir para estas atividades sobre a
assim como as propostas legislativas ou políticas exigência de EPIA/RIMA.
que impliquem em planos, programas e projetos Art. 50 Na zona urbana do Município, além dos
governamentais do Município. empreendimentos listados no artigo anterior, dependerão
Art. 47 O processo de licenciamento ambiental será também de licenciamento ambiental com lastro em
iniciado com a entrega , pelo interessado, à SEMMA de EPIA/RIMA aprovado pela SEMMAT, sem prejuízo de
requerimento para licenciamento ambiental previamente outras licenças ou autorizações legalmente exigíveis
instruído com a caracterização do empreendimento e o por outros órgãos públicos, e observados o Plano
RAP - Relatório Ambiental Preliminar referido no artigo Diretor e as atividades relacionadas com os seguintes
39 parágrafo único, desta lei. empreendimentos:
Art. 48 Ressalvado o sigilo industrial, os pedidos de I. empreendimentos para fins residenciais com área
licenciamento, em qualquer das suas modalidades, sua construída igual ou superior a 5.000m²;
renovação e a respectiva concessão de licença serão II. empreendimentos para fins de uso comercial,
objeto de publicação resumida, paga pelo interessado, industrial ou institucional, com área construída igual
no jornal oficial do Estado e em periódico de grande ou maior a 5.000 m² ou com área de estacionamento
circulação local, concomitantemente ao início do maior ou igual a 10.000 m;
processo de licenciamento ambiental e conforme modelo III. empreendimentos que possam ser tipificados como
a ser aprovado pelo COMDEMA. pólo gerador de tráfego tais como garagens de empresas
de transporte, terminais de ônibus, clubes, centros de
Art. 49 A SEMMAT solicitará quando entender
compras e outros;
necessário ou em virtude de obrigação legal imposta
IV. aqueles tidos como de “usos especiais” em
pelas legislações federal, estadual e municipal
conformidade com as categorias previstas na
a realização de EPIA/RIMA, para decidir sobre o
legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo
licenciamento ambiental das seguintes atividades:
do município.
I. projetos agropecuários acima de 1000 ha;
II. atividades minerarias, com extração e/ou Art. 51 A Licença Ambiental Municipal é dividida em
beneficiamento, com ênfase para extração de areias três categorias:
e argilas; I - Licença Prévia (LP), na fase preliminar do
III. oleodutos, gasodutos e minerodutos; planejamento da atividade, contendo requisitos básicos
IV. sistemas de tratamento de esgotos; a serem atendidos nas fases de locação, instalação e
V. obras hidráulicas para sistemas: de captação, operação, observados os planos municipais, estaduais
abastecimento e tratamento de água; de derivação para ou federais de uso do solo;
a irrigação ou abastecimento industrial; de construção II - Licença de Instalação (LI), autorizando o início
de diques ou açudes; de drenagem e galerias de águas da implantação, de acordo com as especificações
pluviais; constantes do Projeto Executivo aprovado, e
VI. complexo e unidades industriais, bem como distritos III - Licença de Operação (LO), autorizando, após as
e zonas industriais; verificações necessárias, o início da atividade licenciada
VII. sistemas de coleta, transporte, tratamento e e o funcionamento de seus equipamentos de controle da
disposição final de resíduos sólidos, sejam estes poluição, de acordo com o previsto nas licenças prévia
domiciliares, provenientes de serviços de saúde ou e de instalação.
industriais. § 1º As licenças ambientais expedidas pela SEMMAT
VIII. estações e terminais de passageiros e/ou de terão o prazo máximo de validade de 3 anos e serão
cargas; renováveis, devendo ser submetidas ao processo de
IX. rodovias e novas obras viárias que impliquem em reavaliação e revalidação com antecedência mínima de
movimentação de terra acima de 150 (cento e ciquenta) 120 dias da expiração do prazo de sua validade.
m3, cortes e aterros, ou que interceptem importantes § 2º Salvo necessidade de complementação das
corpos hídricos; informações, a SEMMAT terá o prazo máximo de 90
Leis e Decretos
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
VI. O armazenamento em edificação inadequada; Art. 121 Para os fins desta lei entende-se por poluição
VII. E utilização do lixo “in natura” para a alimentação visual a alteração adversa dos cursos paisagísticos e
Municipais
355
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Art. 123 A SEMMAT deverá estudar a questão IV. Lavrar autos de infração;
da exploração e utilização de anúncios ao ar livre, V. Lavrar termos de embargos e interdição;
por meio de “outdoors”, placas faixas, tabuletas e VI. Lavrar termos de apreensão de animais, produtos
similares, revendo a legislação de postura, obras, uso e subprodutos da fauna e da flora, instrumentos,
e ocupação do solo urbano para proposição de normas petrechos, equipamentos ou veículos de quaisquer
específicas. naturezas utilizados na infração;
VII. Lavrar termos de depósitos ou guarda de
CAPÍTULO X instrumentos petrechos, equipamentos ou veículos de
DO TURÍSMO quaisquer naturezas utilizados na infração;
VIII. Lavrar termos de suspensão de venda ou de
Art. 124 O turismo será incentivado pelo Poder Público fabricação de produtos;
Municipal de modo a não prejudicar o Meio Ambiente. IX. Elaborar laudos técnicos de inspeção;
§ 1º. Caberá ao município planejar a compatibilização X. Intimar, por escrito, os responsáveis pelas fontes da
entre as atividades turísticas e a proteção ambiental em poluição e apresenta documentos ou esclarecimentos
seu território, sem prejuízos da competência Federal em local e data previamente determinados;
e Estadual, mediante estudos, planos urbanísticos, XI. Desenvolver operações e controle aos ilícitos
projetos, resoluções e elaborações de normas técnicas. ambientais;
§ 2º. No âmbito de sua competência o Município XII. Prestar atendimento a acidentes ambientais,
observará os seguintes princípios: encaminhando providencias no sentido de sanar os
I. Desenvolvimento da competência ecológica da problemas ambientais ocorridos;
população e do turista, dos seguimentos profissionais e XIII. Vistoriar instalações hidráulicas e sanitárias de
empresariais envolvidos com a atividade turística. imóveis;
II. Orientação ao turista a respeito da conduta que XIV. Fiscalizar estabelecimentos que exercem exploração
deva adotar para prevenir qualquer dano ao Meio econômica dos recursos hídricos;
Ambiente; XV. Fiscalizar a circulação de veículos com cargas
III. Incentivo ao turismo ecológico em parques,bosques perigosas;
e unidades de conservação. XVI. Exercer outras atividades que lhe vierem a ser
designadas;
Art. 125 O Poder Público Municipal criará Áreas
Parágrafo Único: Todas as atividades previstas neste
Especiais de Interesse Turístico e fomentará a
artigo deverão ser executadas por fiscal ambiental do
implantação de seus equipamentos urbanísticos.
quadro permanente de funcionários da administração
Parágrafo Único: As Áreas Especiais de Interesse Turístico,
pública legalmente revestida de poder de policia, ou
a serem criadas por Lei Municipal, são destinadas a:
quando executada por outros funcionários, agentes
I. Promover o desenvolvimento turístico ambiental;
credenciados ou conveniados, obrigatoriamente
II. Assegurar a preservação e valorização do patrimônio
ratificadas por aqueles.
cultural e natural;
III. Zelar pela conservação das características Art. 129 Os fiscais ambientais do quadro permanente
urbanas,históricas e ambientais que tenham justificado de funcionários da SEMMAT deverão ter qualificação
a criação da unidade turística. específica e nível superior, exigindo-se, para sua
admissão,concurso público de provas e títulos.
TÍTULO V Art. 130 Não poderão ter exercício da fiscalização
DO PODER DA POLÍTICA AMBIENTAL ambiental do município quer como funcionários do
quadro permanente,que como agentes conveniados
CAPÍTULO I ou credenciados,aqueles que sejam sócios acionistas
DA FISCALIZAÇÃO majoritários,empregados a qualquer título, consultores
ou interessados em empreendimentos, atividades, obras
Art. 126 A fiscalização do disposto nesta Lei e ou serviços sujeitos ao regime desta Lei.
nos regulamento e normas dela decorrentes será
exercida pela SEMMAT, através de quadros próprios, de CAPÍTULO II
servidores legalmente empossados para tal fim e através DO AUTOMONITORAMENTO E DAS
de agentes credenciados ou conveniados. AUDITORIAS AMBIENTAIS
Parágrafo Único: A SEMMAT divulgará através do
órgão oficial de divulgação a relação de seus agentes Art. 131 Com o objeto de verificar o cumprimento da
credenciados ou conveniados. legislação, normas, regulamentos e técnicos relativas
Art.127 No exercício da ação fiscalizadora ficam a proteção do meio ambiente, os estabelecimentos,
assegurados aos funcionários da SEMMAT e aos seus públicos ou privados, cujas atividades sejam
agentes credenciados ou por esta conveniados, a potencialmente causadoras de impactos ambiental,
entrada a qualquer dia e hora, e a permanência pelo d e ve r ã o o b r i g a t o r i a m e n t e p r o c e d e r a o a u t o -
tempo que se fizer necessário, mediante as formalidades monitoramento dos padrões e índices de suas emissões
legais, em quaisquer estabelecimentos públicos ou gasosas;de lançamento de efluentes; e de disposição
privados, não se lhe podendo negar informações, visitas final de resíduos sólidos; bem como de seus sistema
a projetos, instalações, dependências, maquinários e de controle de poluição; e a realização de publicas e
equipamentos ou produtos na formas da lei. de periódicas auditorias ambientais de responsabilidade
Parágrafo Único: Nos casos de embaraço a ação técnica e financeira do empreendedor.
fiscalizadora a ação fiscalizadora, os agentes solicitarão Art. 132 As licenças de Instalação e Operação
a intervenção policial para a execução da medida deverão conter os parâmetros a serem monitoradas,
ordenada, sem prejuízo da aplicação das penalidades indicadas locais, freqüências de coleta, métodos de
cabíveis. analises que deverão ser obedecidos, e as datas em que
Art. 128 Aos funcionários da SEMMAT ou aos seus deverão ser remetidos a SEMMAT os relatórios de auto-
agentes credenciados ou conveniados compete: monitoramento ou os veredictos finais das auditorias.
I. Efetuar vistorias, levantamentos e avaliações;
II. Lavrar Autos de Constatação e informar CAPÍTULO III
III. Lavar o termo de advertência circunstanciando DAS INFRAÇOES E PENALIDADES
comunicado a informação cometida e as penalidades
a que está sujeito; Art. 133 Constituir infração ambiental toda ação ou
356
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
de poluentes ou prejudiquem a correta avaliação dos apuradas em processo administrativo próprio ,iniciando
níveis de poluição; com a lavratura do auto de infração, observado o rito
VII. Praticar qualquer infração durante a vigência das e prazos estabelecidos nesta Lei.
medidas de emergência disciplinadas nesta lei;
Art. 140 O auto de infração será lavrado pela
VIII. Cometer infração com impacto direto ou indireto
autoridade ambiental devendo conter:
em Unidades de Conservação em Áreas de Preservação
I. Nome do infrator, seu domicílio e residência,
Permanente,Reservas Legais ou Áreas de Proteção
bem como os demais elementos necessários a sua
dos Mananciais;
qualificação e identificação civil;
IX. Cometer infrações com impacto sobre qualquer
II. Local, data e hora da infração;
espécie de Fauna ou da Flora ameaçadas de
III. Descrição da infração e menção do dispositivo legal
extinção;
ou regulamentar transgredido;
X. Cometer a infração para obter vantagem pecuniária
IV. Penalidade a que será sujeito o infrator e o respectivo
357
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
preceito legal que autoriza a sua imposição; destruição de matérias primas ou produtos e de
V. Ciência pelo autuado,de que responderá pelo fato em demolição.
processo administrativo; Art. 150 Os servidores são responsáveis pelas
VI. Assinatura do autuado ou, na sua ausência ou declarações que fizerem nos autos de infração, sendo
recusa, de duas testemunhas e do autuante; passíveis de punição, por falta grave, em caso de
VII. Prazo para apresentação de defesa; falsidade ou omissão dolosa.
Art. 141 No caso de aplicação das penalidades de Art. 151 Ultimada a instrução do processo, uma
apreensão e de suspensão da venda do produto, do vez esgotados os prazos para recursos, a autoridade
auto de infração deverá constar, ainda a natureza, ambiental proferirá a decisão final, dando o processo
quantidade,nome e/ou marca, procedência;local onde o por concluso, notificando o infrator.
produto ficará depositado e o seu fiel depositário. Art. 152 Quando aplicada a pena de multa, esgotados
Art. 142 As omissões ou incorreções na lavratura os recursos administrativos, o infrator será notificado
do auto de infração não acarretarão nulidade do para efetuar o pagamento no prazo de 5(cinco) dias,
mesmo quando do processo constarem os elementos contado da data do recebimento da notificação,
necessários à determinação da infração e do infrator. recolhendo o respectivo valor a conta do FMMA-Fundo
Art. 143 Instaurado o processo administrativo, a Municipal de Meio Ambiente.
SEMMAT, determinará ao infrator, desde logo, a correção § 1º. O valor estipulado da pena de multa cominado
da irregularidade, ou medidas de natureza cautelar, no auto da infração será corrigido pelos índices oficiais
tendo em vista a necessidade de evitar a consumação vigentes, por ocasião da expedição da notificação para
de plano mais grave. o seu pagamento.
Art. 144 O infrator será notificado para a ciência § 2º. A notificação para o pagamento da multa será feito
da infração mediante registro postal ou por meio de edital publicado
I. Pessoalmente; na imprensa oficial, se não localizado o infrator.
II. Pelo correio ou via postal; § 3º. O não recolhimento da multa, dentro do prazo
III. Por edital, se estiver em lugar incesto ou não fixado neste artigo, implicará a sua cobrança judicial,
sabido. na forma de legislação pertinente.
§ 1°. Se o infrator for notificado pessoalmente e se
recusar a exarar ciência, deverá essa circunstância TÍTULO VI
ser mencionada expressamente pela autoridade que DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
efetuou a notificação.
§ 2°. O edital referido no inicio III deste artigo Art. 153 Fica o poder executivo autorizado a
será publicado uma única vez, na imprensa oficial determinar medidas de emergência a fim de evitar
considerando-se efetivada a notificação 5 (cinco) dias episódios críticos de poluição ambiental ou impedir a
após a publicação. continuidade em caso grave ou iminente risco para vidas
Art. 145 O infrator poderá oferecer à SEMMAT defesa humanas ou recursos ambientais.
ou impugnação do auto de infração no prazo de 10 (dez) Parágrafo Único: Para a execução das medidas de
dias contados da ciência da autuação. emergência de que trata esse artigo, poderá ser
Parágrafo Único: Antes de julgamento de defesa ou reduzida ou impedida a atividade de qualquer fonte
de impugnação a que se refere este artigo, deverá a poluidora na área atingida pela ocorrência, durante o
autoridade julgadora ouvir o autuante, que terá o prazo período crítico, respeitadas s competências da UNIÃO
de 5 (cinco) dias para se pronunciar a respeito. e do ESTADO.
Art. 146 A instrução do processo deverá ser Art. 154. A Procuradoria Jurídica do Município
conduzida por funcionário(s) da SEMMAT especialmente manterá subprocuradoria especializada em tutela
designado(a) para tal fim que não pertença(m) ao ambiental, defesa de interesses difusos e do patrimônio
quadro de polícia ambiental do município e deverá ser histórico, cultural,paisagístico, arquitetônico e
concluída no prazo Máximo de 60 (sessenta)dias,salvo urbanístico, como forma de apoio técnico jurídico à
prorrogação autorizada pelo Secretário Municipal de implantação dos objetivos desta Lei e demais normas
Meio Ambiente,mediante despacho fundamentado. ambientais vigentes.
§ 1º. A SEMMAT poderá, se necessário, determinar Art. 155 Para a realização das atividades decorrentes
ou admitir quaisquer meios lícitos de prova, tais como desta Lei e seus regulamentos,a SEMMAT poderá utilizar
perícias,exames de laboratório,pareceres técnicos, se, além de seus próprios recursos, do concurso de
informações cadastrais, testes ou demonstrações outros órgãos e entidades públicas e privadas, mediante
de caráter científico ou técnico ou técnico, oitiva de convênios, especialmente junto ao IMAC e a Polícia
testemunhas e outros meios disponíveis e aplicáveis ao caso. Florestal do Estado, parra as tarefas de licenciamento
§ 2º. Cabe à SEMMAT fazer designação de especialistas, e fiscalização.
pessoas físicas ou jurídicas, para a realização de Art. 156 As despesas com a execução deste diploma
provas técnicas, sendo facultado ao autuado indicar correrão por conta das dotações orçamentárias próprias,
assistentes. ficando o Poder Executivo autorizado a abertura de
Art. 147 A defesa ou impugnação serão julgados pelo orçamento suplementar se necessário.
Secretário Municipal de Meio Ambiente, publicando-se Art. 157 Fica a SEMMAT autorizada a expedir normas
a decisão no Diário Oficial do Município. técnicas, padrões e critérios destinados a complementar
Art. 148 No prazo de 5 (cinco) dias após a publicação esta Lei, sempre que aprovados pelo COMDEMA.
da decisão, caberá em ultima instancia, recurso ao Art. 158 O Município poderá, através da SEMMAT,
COMDEMA por parte do infrator ou por quem demonstre ouvido o COMDEMA, conceder ou repassar auxílio
interesse legítimo. financeiro a instituições públicas ou privadas sem fins
§ 1º A demonstração do interesse legítimo será lucrativos para a execução de serviços de relevante
apreciada como preliminar durante o julgamento do interesse ambiental, mediante convênio.
recurso pelo COMDEMA. Art. 159 O Poder Executivo, mediante Decreto ou
Art. 149 Os recursos interpostos das decisões não Lei Complementar, regulamentará os procedimentos
definitivas terão efeitos suspensivos relativamente ao necessários para a implementação desta Lei num prazo
pagamento da penalidade pecuniária, não impedindo de 240 dias a contar de sua publicação, sem prejuízo
a imediata exigibilidade do cumprimento da obrigação daqueles legalmente auto-aplicáveis.
subsistente, salvo para as penas de inutilização ou Art. 160 Serão aplicados subsidiariamente aos
358
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
359
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
Art.10 – O Plenário será constituído nos termos Art.18 – Este decreto entrará em vigor na data de sua
do artigo 4º deste decreto e seus membros terão as publicação, revogadas as disposições em contrário.
seguintes atribuições
Parágrafo único – O Coordenador Geral poderá, José Altamir Taumaturgo Sá
mediante justificativa, requerer ao Presidente o apoio Prefeito
administrativo e de pessoal necessário.
Art.10 – O Plenário será constituído nos termos
do artigo 4º deste decreto e seus membros terão as LEI N°. 006, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2008
seguintes atribuições:
I. Discutir e votar todas as matérias submetidas ao DISPÕE SOBRE A ADMINISTRAÇÃO DO FUNDO
conselho; MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE E DÁ OUTRAS
II. Deliberar sobre as propostas apresentadas por PROVIDÊNCIAS.
qualquer de seus membros; A Câmara Municipal de Santa Rosa do Purus, Estado do
III. Dar apoio ao Presidente, no cumprimento de suas Acre, faz saber a toda a população do Município, que
atribuições; aprovou e o Prefeito sancionará a seguinte lei:
IV. Solicitar ao Presidente a convocação de reuniões Art. 1° - O Fundo Municipal do Meio Ambiente,
extraordinárias, na forma do Regimento Interno; instituído pela Lei nº 006/2008, de natureza contábil
V. Propor a conclusão das matérias na ordem do dia e e financeira, tem por finalidade concentrar fontes de
justificadamente, a discussão prioritária de assuntos recursos para o desenvolvimento de projetos destinados
delas constantes; a proteção ambiental e melhorias da qualidade de vida
VI. Apresentar as questões ambientais dentro de suas da população.
respectivas áreas de atuação, especialmente aquelas Art. 2° - O Fundo será gerenciado pelo Secretário do
que exijam a atuação integrada ou que se mostrem Meio Ambiente, a quem caberá:
controvertidas; I – Estabelecer e executar a política de aplicação
VII. Sugerir o convite de profissionais de notório dos recursos do Fundo, observadas as diretrizes
conhecimento, para subsidiar as Resoluções do básicas e prioritárias definidas pela Administração
Conselho; Municipal e referendadas pelo Conselho Municipal de
VIII. Apresentar indicações na forma do Regimento Interno; Desenvolvimento;
IX. Deliberar a respeito de eventual exclusão de II – Acompanhar e avaliar a realização de ações e
membro titular ou suplente que não comparecer a 3 projetos relativos à proteção do meio ambiente;
(três) reuniões consecutivas ou a 5 (cinco) alternadas, III – Elaborar o Plano Orçamentário e de Aplicação a
sem justificativas; cargo do Fundo, em consonância com a Lei de Diretrizes
X. Propor a criação de Câmaras Técnicas ou Comissões Orçamentárias, observadas os prazos legais do exercício
Especiais. financeiro a que se referirem;
Art.11 – As Câmaras Técnicas serão criadas pelo IV – Aprovar as demonstrações mensais de receita e
Presidente e presididas por 01 (um) Conselheiro e despesa do Fundo;
terão a função de apreciar propostas apresentadas ao V – Encaminhar as prestações de contas anuais do
Conselho, de acordo com o estabelecimento em seu Fundo à Câmara Municipal, conforme exigido em relação
Regimento Interno. aos recursos gerais do Município;
Art.12 – As Comissões Especiais serão criadas pelo VI – Firmar convênios e contratos, juntamente com o
Presidente, na força do Regimento Interno, e serão Prefeito Municipal, referentes aos recursos que serão
de caráter temático e consultivo extinguido-se com o administrados pelo Fundo.
atingimento de seus objetivos. Parágrafo Único – A gestão administrativa se dará
Art.13 – O Conselho reunir-se-á, ordinariamente, mediante a utilização da estrutura organizacional da
na forma estabelecida em seu Regimento e em caráter Prefeitura, assim distribuída:
extraordinário, sempre que convocado pelo Prefeito I – Da Secretaria de Meio Ambiente: enquanto ao
ou pelo seu Presidente, por iniciativa própria ou a aspecto operacional;
requerimento de 50% (cinqüenta por cento) de seus II – Do Departamento de Finanças: quanto às atividades
membros titulares. de ordem orçamentária, financeira e contábil;
§ 1º - As reuniões do Conselho serão realizadas com a III – Do Departamento de Administração: quanto à
presença de membros efetivos e seus suplentes com a aquisição de materiais e equipamentos.
presença de pelo menos metade de seus membros, e Art. 3° - Constituem receitas do Fundo:
as deliberações serão por maioria simples, cabendo ao I – As transferências feitas pelo Governo Federal;
Presidente o voto de qualidade. II – As transferências feitas pelo Governo do Estado do
§ 2º - A critério do Presidente do Conselho, poderão Acre, diretamente para este Fundo;
participar convidados, esclarecendo-se antecipadamente III – As transferências feitas pelo Município de Santa
se lhes será concedido o direito de voz. Rosa do Purus;
IV – Os rendimentos e juros provenientes de aplicação
CAPÍTULO IV financeira;
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS V – O produto resultante de consórcios e convênios
celebrados com entidades públicas ou privadas,
Art.14 – A Secretaria Municipal do Meio Ambiente nacionais e internacionais;
prestará ao Conselho o necessário suporte técnico– VI – As multas administrativas e condenações judiciais
administrativo e financeiro, sem prejuízo da colaboração por atos lesivos ao meio ambiente e as taxas incidentes
dos demais órgãos ou entidades nele representados. sobre a utilização de recursos ambientais;
Art.15 – No prazo de até 90 (noventa) dias, contados VII – As doações em espécie e outras receitas.
da data da publicação deste decreto, o conselho § 1° - As receitas descritas neste artigo serão
elaborará o seu Regimento Interno. depositadas obrigatoriamente em conta especial, a
ser aberta e mantida em agência de estabelecimento
Art.16 – Os casos omissos serão resolvidos pelo
oficial de Crédito.
Presidente nos limites de suas atribuições regimentais.
§ 2° - A aplicação dos recursos de natureza financeira
Art.17 – As despesas com execução deste decreto dependerá da existência de disponibilidade, em função
correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, do cumprimento de programação.
suplementadas se necessário. § 3° - O saldo financeiro do Fundo, apurado em balança
360
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
anual ao final de cada exercício, será transferido para o Parágrafo único – Os programas serão periodicamente
exercício seguinte, a crédito do mesmo Fundo. revistos de acordo com os princípios e diretrizes da
Art. 4º - Constituem ativos do Fundo Municipal do política municipal do meio ambiente, devendo ser
Meio Ambiente: anualmente submetidos ao Conselho Municipal do
I – Disponibilidade monetária em bancos ou em caixas Meio Ambiente.
oriundas das receitas especiais; Art. 15 – A execução orçamentária das receitas se
II – Direitos que porventura vierem a constituir. processará através da obtenção do seu produto nas
Art. 5° - Constituem passivos do Fundo Municipal fontes determinadas em lei.
do Meio Ambiente as obrigações de qualquer natureza Art. 16 – Esta Lei entrará em vigor na data de sua
que porventura venha a assumir para a manutenção e publicação, revogadas as disposições em contrário.
o funcionamento da política do meio ambiente.
Art. 6° - O orçamento do Fundo evidenciará as Gabinete do Prefeito Municipal de Santa Rosa do Purus
políticas e o programa de trabalho governamental, – Acre, 04 de Dezembro de 2008.
observados o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes
Orçamentárias, e os princípios da universalidade e do
equilíbrio.
§ 1° - O orçamento do Fundo integrará o orçamento do SENA MADUREIRA
Município, em obediência ao princípio da unidade.
§ 2° - O orçamento do Fundo observará, na sua
elaboração e execução, os padrões e normas LEI N° 240, DE 03 DE DEZEMBRO DE 2008
estabelecidos na legislação pertinente.
Art. 7° - A contabilidade do Fundo tem por objetivo Cria o Sistema Municipal de Meio Ambiente
evidenciar a sua situação financeira, patrimonial e Desenvolvimento Sustentável-SIMMADS
e orçamentária observada os padrões e normas do Município de Sena Madureira e dá outras
estabelecidas na legislação pertinente. providências.
Art. 8° - A contabilidade será organizada de forma O Prefeito Municipal de Sena Madureira-Acre,
a permitir o exercício das suas funções de controle Faço saber que a Câmara Municipal de Sena Madureira
prévio, concomitante e subseqüente e de informar, aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
inclusive de apropriar e apurar custos dos serviços e,
conseqüentemente, de concretizar seu objetivo, bem CAPÍTULO I
como interpretar e analisar os resultados obtidos.
Art. 9° - A escrituração contábil será feita pelo método Art.1º. Fica criado o Sistema Municipal de Meio
das partidas dobradas. Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – SIMMADS
§ 1° - A contabilidade emitirá relatórios mensais de do Município de Sena Madureira composto pela
gestão, inclusive dos custos do serviço. Secretaria Municipal do Meio Ambiente-SEMAM, criada
§ 2º - Entende-se por relatório de gestão os balancetes pela Lei n° 046, de 28 de dezembro de 1999, Conselho
mensais de receita e de despesa do Fundo Municipal Municipal de Meio Ambiente-CONSEMMA e o Fundo
do Meio Ambiente e demais e demais demonstrações Municipal de Meio Ambiente – FMMA.
exigidas pela Administração Municipal e legislação
pertinente. CAPÍTULO II
DO CONSELHO MUNICIPAL DE
Art. 10 - Imediatamente após a promulgação da
MEIO AMBIENTE-CONSEMMA
Lei de Orçamento, o Secretário de Meio Ambiente
aprovará o quadro de costas trimestrais, para executar
Seção I
as ações previstas no plano de Aplicação dos recursos
Da Constituição, Objetivos e Competências
do Fundo.
Parágrafo Único – As cotas trimestrais poderão ser
alteradas durante o exercício, observados o limite fixado Art.2°. Fica constituído, por meio desta Lei, o Conselho
no orçamento e o comportamento de sua execução. Municipal de Meio Ambiente (CONSEMMA), do Município
de Sena Madureira, com a composição e competências
Art. 11 - Nenhuma despesa será realizada sem a
definidas nesta Lei.
necessária autorização orçamentária.
Parágrafo Único – Para os casos de insuficiências Art.3°. O CONSEMMA é um órgão municipal de caráter
orçamentárias poderão ser utilizados os créditos consultivo, deliberativo e normativo da Política e Gestão
adicionais suplementares e especiais, autorizados por Municipal de Meio Ambiente em questões referentes
lei e abertos por decreto do Executivo. à preservação, conservação, defesa, recuperação,
planejamento e melhoria do meio ambiente.
Art. 12 - A ordenação da despesa caberá ao Secretário
de Meio Ambiente e/ou ao Diretor do Departamento Art.4°. São competências do CONSEMMA:
de Finanças. I – contribuir para a formação, atualização e o
aperfeiçoamento de políticas e programas municipais de
Art. 13 - Os recursos do Fundo poderão ser aplicados
meio ambiente e desenvolvimento sustentável;
mediante convênios a serem celebrados pelo Município
Leis e Decretos
361
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
362
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
CAPÍTULO IV
Seção II Das Disposições Finais
Dos Recursos
Art.21. As despesas desta Lei correrão por conta de
Art.17. Constituirão recursos do FMMA aqueles a ele dotação orçamentária da Secretaria Municipal de Meio
destinados provenientes de: Ambiente e do Fundo Municipal do Meio Ambiente.
I – dotações orçamentárias e créditos adicionais;
Art.22. Esta Lei entra em vigor na data de sua
II – taxas e tarifas ambientais, bem como penalidades
publicação revogando-se as disposições em contrário.
pecuniárias delas decorrentes;
Leis e Decretos
363
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
364
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Art. 7º. Os órgãos e entidades municipais, voltados XII - Propor e colaborar na definição e implantação
para as questões ambientais, atuarão de forma de espaços territoriais e seus componentes a serem
Municipais
365
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
XVI - Decidir, em última instância administrativa Parágrafo único. A vaga decorrente da exclusão de
sobre recursos relacionados a multas e penalizações um membro será ocupada por entidade congênere,
provenientes de infrações ambientais aplicadas pela após aprovação do Conselho em plenário, por maioria
Secretaria Municipal de Meio Ambiente; absoluta.
XVII – Decidir sobre aprovação de pedidos de
suspensão temporária da multa, quando expedida por SEÇÃO III
instância municipal, nos casos em que o infrator se DA ESTRUTURA
propuser recuperar o dano causado ou a executar ação
compensatória do dano ambiental; Art. 16. A estrutura do CONSEMMA será definida em
XVIII - Elaborar seu regimento interno. seu Regime Interno, observadas as diretrizes desta Lei.
§1° Com a finalidade de oferecer suporte técnico
SEÇÃO II adequado às deliberações do CONSEMMA, o mesmo
DA COMPOSIÇÃO poderá instituir Câmaras Técnicas, provisórias ou
permanentes.
Art. 11. O CONSEMMA será composto, de forma §2° As Câmaras Técnicas referidas no parágrafo
paritária, por representantes do poder publico e da anterior terão por objetivo estudar, subsidiar e propor
sociedade civil organizada, a saber: formas e medidas de harmonizar e integrar as normas,
I - Representantes do Poder Público: padrões, parâmetros, critérios e diretrizes, objetos
a) Dois representantes da Prefeitura Municipal de Sena das deliberações, e serão compostas por técnicos
Madureira, designados pelo Prefeito; devidamente habilitados, integrantes do CONSEMMA
b) Um representante da Câmara Municipal, designado ou indicados por estes.
pelos vereadores;
c) Um representante do Ministério Público Estadual; SEÇÃO IV
d) Os titulares dos órgãos do executivo municipal, DO FUNCIONAMENTO
abaixo mencionados:
d.1) Um representante da área de Saúde; Art. 17. A atividade dos membros e o funcionamento
d.2) Um representante da área de Obras e Transporte; do CONSEMMA serão definidos em seu Regime Interno,
d.3) Um representante da área de Educação; observadas as disposições desta Lei.
d.4) Um representante da área de Produção ou Parágrafo único. O exercício da função de conselheiro
Agricultura; é considerado serviço público relevante e não será
d.5) Um representante da área de Serviços Urbanos; remunerado.
d.6) Um representante da área de Cultura; Art. 18. O Município, por meio da Secretaria Municipal
e) Um representante de órgão da administração pública de Meio Ambiente, prestará o apoio administrativo
estadual ou federal que tenha em suas atribuições necessário ao funcionamento do CONSEMMA.
a proteção ambiental ou o saneamento básico e que
Art. 19. Para melhor desempenho de suas funções,
possuam representação no município, tais como:
o CONSEMMA poderá recorrer a pessoas e entidades,
e.1) Da área de Meio Ambiente;
mediante os seguintes critérios:
e.2) Da área da Saúde;
I – Consideram-se colaboradoras do CONSEMMA as
e.3) Do setor de extensão e assistência técnica.
instituições formadas de recursos humanos para o meio
II - Representantes da Sociedade Civil:
ambiente e as entidades representativas de profissionais
a) Dois representantes de sindicatos;
e usuários dos serviços de meio ambiente, sem embargo
b) Um representante do setor de produção agrope-
de sua condição de membro;
cuária;
II – Poderão ser convidadas pessoas ou instituições de
c) Um representante do setor florestal;
notória especialização para assessorar o CONSEMMA
d) Um representante do setor comercial;
em assuntos específicos;
e) Um representante do setor industrial;
III – Poderão ser criadas comissões internas, constituídas
f) Dois representantes religiosos;
por entidades membros do CONSEMMA e outras
g) Um representante de associações de moradores;
instituições para promover estudos, emitir pareceres a
h) Um representante da comunidade estudantil;
respeito de temas específicos e subsidiar as propostas
i) Um representante de ONG ambiental instalada ou que
das Câmaras Técnicas.
desenvolva ações no Município.
Art. 20. As decisões do CONSEMMA serão
Art. 12. O Conselho Municipal de Meio Ambiente
consubstanciadas em resoluções.
será presidido pelo Secretário(a) Municipal de Meio
Ambiente, e na sua ausência ou impedimento, pelo Art. 21. Todas as sessões do CONSEMMA serão
seu suplente. públicas e precedidas de ampla divulgação.
Parágrafo único. As resoluções do CONSEMMA, bem
Art. 13. Cada membro do CONSEMMA terá um
como os temas tratados em plenários, serão objetos
suplente, devendo ser obrigatoriamente da mesma
de ampla e sistemática divulgação.
entidade, que o substituirá em caso de impedimento
ou qualquer ausência, e serão nomeados por ato do
CAPÍTULO V
Prefeito Municipal, mediante indicação das respectivas
DO ÓRGÃO CENTRAL - SEMAM
entidades, por escrito.
Parágrafo único. O Conselho Municipal de Meio
Ambiente considerar-se-á constituído quando se Art. 22. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente -
acharem empossados pelo Prefeito, a maioria dos seus SEMAM, além de suas atribuições já estabelecidas em
membros. lei, passará a ter as seguintes competências:
I - Elaborar e executar estudos e projetos para subsidiar
Art. 14. O mandato dos membros será de 02 (dois)
a Política Municipal de Meio Ambiente - PMMA, e para
anos, permitida uma única recondução por igual
a implementação e revisão das normas, padrões e
período.
critérios de uso dos recursos naturais a serem baixados
Parágrafo único. Este artigo não se aplica ao Presidente
pelo CONSEMMA;
do CONSEMMA.
II - Elaborar, anualmente, o Plano de Ação Ambiental
Art. 15. A substituição de membros deste Conselho Integrado do Município e a respectiva proposta
dar-se-á nas situações previstas no seu Regimento orçamentária;
Interno. III - Exercer o controle, a fiscalização e o monitoramento
das atividades produtivas e dos prestadores de serviços,
366
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
quando potencial ou efetivamente poluidores ou que possam causar impactos de vizinhança, tais como
degradadores do meio ambiente; alterações e/ou complementações do sistema viário;
IV - Exigir e aprovar, para instalação de obras e produção de ruídos e vibrações; poluição atmosférica;
atividades potencialmente causadoras de significativa volumosa geração de resíduos; e elevada demanda
degradação ambiental, prévio licenciamento alicerçado de água;
em estudos de impacto ambiental e respectivo relatório, XXI - Promover as medidas administrativas e requerer
a que se dará publicidade; as judiciais cabíveis para coibir, punir e responsabilizar
V - Exigir daquele que utilizar ou explorar recursos os agentes poluidores e degradadores do meio
naturais a recuperação do meio ambiente degradado, de ambiente;
acordo com a solução técnica mais viável a ser aprovada XXII - Propor medidas para disciplinar a restrição à
pelo CONSEMMA; participação em concorrências públicas e acesso aos
VI - Exigir relatório técnico de auditoria ambiental para benefícios fiscais e créditos oficiais às pessoas físicas e
analisar a conveniência da continuidade de obras ou jurídicas condenadas por atos de degradação ambiental,
atividades, potencialmente poluidoras, já instaladas no administrativa ou judicial;
Município anteriormente às exigências desta lei, como XXIII - Apoiar iniciativas do Ministério Público na defesa
condição de validade da renovação dos seus Alvarás de do meio ambiente;
Localização e Funcionamento; XXIV - Fiscalizar as atividades produtivas e comerciais
VII - Promover o inventário, a avaliação, o controle e ou de prestação de serviços utilizadoras de recursos
o monitoramento dos recursos naturais, construindo naturais;
índices de capacidade suporte dos ecossistemas XXV - Elaborar programas e projetos ambientais, e
municipais; promover gestões, articulando com órgãos e entidades
VIII - Manifestar-se, mediante estudos e pareceres nacionais e internacionais para viabilizar os recursos
técnicos sobre questões de interesse ambiental para financeiros necessários à sua implementação;
a população do Município, encaminhando em casos XXVI - Instituir banco de dados informatizado, se
de graves ocorrências ambientais, seus laudos ao possível geo-referenciado e interligado a outros de
Ministério Público; instituições congêneres, bem como sistema de difusão
IX - Informar a população sobre os níveis de poluição, e troca de informações ambientais com órgãos nacionais
a qualidade do meio ambiente, a presença de e internacionais de defesa do meio ambiente;
substâncias potencialmente nocivas à saúde, no meio XXVII - Firmar termos de cooperação técnica com
ambiente e nos alimentos, bem como resultados dos entidades nacionais e internacionais de pesquisa ou a
monitoramentos e auditorias; outras atividades voltadas à proteção ambiental;
X - Promover a educação ambiental nas escolas e nos XXVIII - Integrar as ações relacionadas ao meio
meios de comunicação; ambiente, desenvolvidas por órgãos municipais,
XI - Incentivar e executar a pesquisa, o desenvolvimento, organizações não governamentais e empresas privadas
a difusão tecnológica e a capacitação técnica dos de forma a evitar duplicidade e permitir que os esforços
quadros de pessoal da SEMAM para a resolução de empreendidos nesta área contribuam relevantemente
problemas ambientais e promover a informação sobre para a consecução dos objetivos sócio econômicos e
estas questões, fomentando práticas de vigilância ecológicos fixados na PMMA;
ambiental pela sociedade; XXIX - Zelar pelo cumprimento da legislação ambiental
XII - Articular-se com órgãos federais, estaduais e dos três níveis de poder.
municipais e com organizações não governamentais
para a execução integrada de ações voltadas a proteção CAPÍTULO VI
do patrimônio ambiental, histórico, artístico, turístico, DO FUNDO MUNICIPAL DE
arquitetônico e arqueológico, e das áreas de preservação MEIO AMBIENTE - FMMA
permanente, em conformidade com a Legislação;
XIII - Coordenar a gestão do Fundo Municipal de SEÇÃO I
Meio Ambiente - FMMA, nos aspectos técnicos, DA NATUREZA E FINALIDADE
administrativos e financeiros segundo as diretrizes que
vierem a ser fixadas pelo CONSEMMA; Art. 23. Fica instituído o Fundo Municipal de Meio
XIV - Apoiar as organizações da sociedade civil que Ambiente – FMMA, de natureza contábil e financeira
tenham a questão ambiental entre os seus objetivos, e com a finalidade de mobilizar e gerir recursos para
promovendo o desenvolvimento de projetos relativos ao o financiamento de planos, programas, projetos,
manejo dos recursos naturais, à educação ambiental e pesquisas e atividades que visem o uso adequado dos
à fiscalização das atividades antrópicas; recursos naturais e a gestão ambiental, à melhoria
XV - Definir, implantar e administrar espaços territoriais da qualidade do meio ambiente, à prevenção de
e seus componentes a serem especialmente protegidos danos ambientais e à promoção do desenvolvimento
tais como Unidades de Conservação e Áreas de Proteção sustentável.
às fontes e Mananciais, implementando zoneamentos e SEÇÃO II
planos de manejo, observando possibilidades técnicas DOS RECURSOS
e legais de gestão compartilhada destes espaços com
a sociedade civil;
Leis e Decretos
367
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
VI – Multas cobradas por infração às normas ambientais, Art. 29. O orçamento do FMMA privilegiará as políticas
na forma da lei; e os programas de trabalho governamentais, observados
VII - Recursos oriundos de condenações judiciais o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias,
e termos de ajustamento de empreendimentos o Plano de Ação Ambiental Integrado e os princípios da
ou atividades sediados no Município que afetem a universalidade e do equilíbrio ambiental.
população e o território municipal, decorrentes de
crimes praticados contra o meio ambiente; CAPÍTULO VII
VIII – Por receitas resultantes do ICMS - Verde; DOS ÓRGÃOS SECCIONAIS
IX - Outros recursos, créditos e rendas adicionais ou
extraordinárias que, por sua natureza, possam ser Art. 30. As secretarias afins e organismos da
destinados ao Fundo Municipal do Meio Ambiente; administração municipal direta e indireta são os que
X – Rendimento de qualquer natureza, que venha a desenvolvem atividades que interferem direta ou
auferir como remuneração decorrente de aplicação de indiretamente sobre a qualidade ambiental e/ou de vida
seu patrimônio; dos habitantes do município.
XI - Outros destinados por lei.
Art. 31. Os objetivos dos órgãos integrantes da
Art. 25. São considerados prioritários para a aplicação Administração direta ou indireta do Município deverão
dos recursos do FMMA os planos, programas e projetos ser compatibilizados com aqueles estabelecidos pela
destinados a: Política Municipal de Meio Ambiente – PMMA por meio de
I – Criação, manutenção e gerenciamento de praças, um Plano de Ação Ambiental Integrado – PAAI.
unidades de conservação e demais áreas verdes ou de
Art. 32. Os Órgãos Seccionais deverão:
proteção ambiental;
I. Ajustar seus Planos de Ação às diretrizes e
II – Educação ambiental;
instrumentos da PMMA;
III – Desenvolvimentos e aperfeiçoamento de instrumentos
I I . At u a r e m a r t i c u l a ç ã o c o m a S E M A M e o
de gestão, planejamento e controle ambiental;
CONSEMMA;
IV – Pesquisas e desenvolvimento cientifico e tecnológico;
III. Promover a sistematização e intercâmbio de
V – Manejo dos ecossistemas e extensão florestal;
informações de interesse ambiental para subsidiar a
VI – Aproveitamento econômico adequado e sustentável
implementação e permanente revisão da PMMA;
da flora e fauna nativas;
IV. Compatibilizar planos, programas e projetos com as
VII – Desenvolvimento institucional e capacitação de
diretrizes estabelecidas pelo CONSEMMA;
recursos humanos da SEMAM ou de órgãos ou entidades
V. Auxiliar no controle e fiscalização do meio ambiente
municipais com atuação na área do meio ambiente;
relacionado com os respectivos campos de atuação;
VIII – Pagamento pela prestação de serviços para
VI. Garantir a promoção e difusão das informações de
execução de projetos específicos na área do meio
interesse ambiental.
ambiente;
IX – Aquisição de material permanente e de consumo
TÍTULO II
necessário ao desenvolvimento de seus projetos;
DOS INSTRUMENTOS DA PMMA
X – Contratação de consultoria especializada;
XI – Financiamento de programas de projetos de
pesquisa e de qualificação de recursos humanos; Art. 33. São instrumentos de gestão da Política
XII – Pagamentos de diárias e outros custeios para Municipal de Meio Ambiente:
servidores, técnicos, agentes e consultores da I. O planejamento e a gestão ambiental;
SEMAM. II. Zoneamento Ecológico Econômico;
III. O estabelecimento de normas, padrões, critérios e
SEÇÃO III parâmetros de qualidade ambiental;
DA ADMINISTRAÇÃO IV. A avaliação de impactos ambientais;
V. O licenciamento ambiental e a revisão de atividades
efetiva ou potencialmente poluidoras;
Art. 26. O Fundo Municipal de Meio Ambiente é VI. O controle, a fiscalização, o monitoramento e a
vinculado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente –
auditoria ambientais das atividades, processos e obras
SEMAM, competindo a sua administração ao respectivo
que causem ou possam causar impactos ambientais;
secretário (a).
VII. A educação ambiental;
Art. 27. São atribuições do administrador do FMMA: VIII. Os mecanismos de estímulos e incentivos que
I-Gerir o fundo e estabelecer políticas de aplicação dos promovam a recuperação, a preservação e a melhoria
seus recursos em conjunto com o CONSEMMA e em do meio ambiente;
conformidade com a Política Municipal de Meio Ambiente IX. O cadastro técnico de atividades potencialmente
e as prioridades estabelecidas nesta lei; poluidoras e o sistema de informações ambientais;
II-Submeter ao CONSEMMA o plano de aplicação dos X. O Ordenamento Territorial Local – OTL.
recursos do Fundo, em consonância com a Política
Municipal do Meio Ambiente; CAPÍTULO I
III-Acompanhar, avaliar e decidir sobre a realização das DO PLANEJAMENTO AMBIENTAL
ações previstas na Política Municipal do Meio Ambiente,
em consonância com as deliberações do CONSEMMA;
Art. 34. O Planejamento Ambiental é o instrumento da
IV-Firmar convênios e contratos, juntamente com
Política Ambiental, que estabelece as diretrizes visando
o Prefeito, no que se refere aos recursos que serão
o desenvolvimento sustentável do Município e deve
administrados pelo Fundo;
observar os seguintes princípios:
V-Ordenar empenhos e pagamentos das despesas
I - O recorte territorial das microbacias hidrográficas
executadas com recursos do fundo;
como unidades básicas de planejamento;
VI-Fazer a prestação de contas dos recursos arrecadados
II – As tecnologias disponíveis e alternativas para
e aplicados.
preservação e conservação do meio ambiente, visando
Parágrafo único. A SEMMA sempre que solicitada deverá
reduzir o uso dos recursos naturais, e incentivando o
dar ciência ao CONSEMMA das receitas destinadas ao
reaproveitamento e a reciclagem dos resíduos gerados
FMMA.
nos processos produtivos e ainda o uso econômico da
Art. 28. O saldo positivo do FMMA, apurado em floresta sob o regime do manejo sustentável;
Balanço Financeiro, será transferido para o exercício III - A indução e viabilização de processos gradativos de
seguinte. mudança da forma de uso dos recursos naturais através
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
369
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
adequada, bem como a indicação da respectiva área próximas fases de sua implementação, observados
do entorno. os planos municipais, estaduais ou federais de uso
§ 2º. Fica o Poder Executivo autorizado a criar Unidades do solo;
de Conservação de acordo com as necessidades de II - Licença de Instalação (LI), autoriza a instalação
preservação e conservação das áreas do Município, do empreendimento ou atividade de acordo com as
observando-se o Zoneamento Ecológico-Econômico e especificações constantes dos planos, programas e
Plano Diretor do Município de Sena Madureira. projetos aprovados, incluindo as medidas de controle
Art. 43. As unidades de conservação municipais ambiental e demais condicionantes, da qual constituem
deverão ser integradas aos sistemas estadual e motivo determinante;
nacional. III - Licença de Operação (LO), autoriza a operação
Parágrafo único. As Unidades de Conservação Municipais da atividade ou empreendimento, após a verificação
deverão dispor de um plano de manejo onde se definirá do efetivo cumprimento do que consta das licenças
o zoneamento de acordo com as características naturais anteriores, com as medidas de controle ambiental e
e a categoria de unidade estabelecida e em consonância condicionantes determinados para a operação.
com o Sistema Nacional de Unidade de Conservação. § 1º. As licenças ambientais expedidas pela SEMAM
Art. 44. A alteração adversa, a redução da área ou terão o prazo máximo de validade de 02 (dois) anos e
a extinção de unidades de conservação somente será serão renováveis, devendo ser submetidas a processo
possível mediante aprovação no CONSEMMA e posterior de reavaliação e revalidação com antecedência mínima
lei municipal. de 120 (cento e vinte) dias da expiração do prazo de
sua validade.
Art. 45. O Poder Público poderá reconhecer, na forma
§ 2º. Salvo necessidade de complementação das
da lei, unidades de conservação de domínio privado.
informações, a SEMAM terá o prazo máximo de 90
(noventa) dias para emissão das respectivas licenças.
CAPÍTULO IV
§ 3º. As licenças ambientais municipais não suprimem as
DO LICENCIAMENTO
demais licenças exigidas por outros órgãos públicos.
§ 4º. Os custos referentes às etapas de vistorias e análise
Art. 46. A execução de planos, programas, obras, a dos EPIA/RIMA’s, para fins de licenciamento ambiental
localização, a instalação, a operação e a ampliação de das atividades relacionadas nos artigos anteriores, será
atividade e o uso e exploração de recursos ambientais correspondente ao tipo de licença requerido, ao porte do
de qualquer espécie, de iniciativa privada ou do Poder empreendimento e ao seu potencial poluidor, segundo
Público Federal, Estadual ou Municipal, consideradas valores a serem regulamentados por decreto.
efetiva ou potencialmente poluidoras, ou capazes, de
Art. 52. O licenciamento ambiental de empreendimentos
qualquer forma, de causar degradação ambiental local,
públicos revestidos de notado interesse social e/ou
dependerão de prévio licenciamento municipal, com
utilidade pública terão preferência a quaisquer outros
anuência da Secretaria Municipal de Meio Ambiente
que estejam tramitando na SEMAM.
de Sena Madureira, sem prejuízo de outras licenças
legalmente exigíveis. Art. 53. A SEMAM, para fins de controle da poluição
Parágrafo único. A emissão das licenças ambientais ambiental e conservação dos recursos naturais, através
pelo município serão efetuadas tendo por base os de sua fiscalização, terá livre acesso, a qualquer
instrumentos regulatórios firmados com o órgão dia e hora, às instalações industriais, comerciais,
estadual de meio ambiente, quando necessário. agropecuárias, florestais ou outras particulares ou
públicas, que exerçam atividades capazes de agredir
Art. 47. O processo de licenciamento ambiental será
o meio ambiente.
iniciado com a entrega pelo interessado, à SEMAM, de
requerimento para licenciamento ambiental previamente Art. 54. Os agentes fiscalizadores poderão:
instruído com a caracterização do empreendimento e os I - realizar levantamentos, vistorias e avaliações;
documentos necessários exigidos pela SEMAM. II - efetuar medições e coletar amostras;
III - elaborar relatório técnico de inspeção;
Art. 48. Ressalvado o sigilo industrial, os pedidos de
IV - requisitar força policial, quando obstados;
licenciamento, em qualquer das suas modalidades, sua
V - lavrar termo de interdição ou de embargo na
renovação e a respectiva concessão de licença serão
execução da penalidade.
objeto de publicação resumida, paga pelo interessado,
nos meios de comunicação locais, que dêem ciência Art. 55. Os procedimentos referentes a licenciamento
a todos os interessados, do início do processo de ambiental municipal, não contemplados nesta Lei, serão
licenciamento ambiental, conforme modelo a ser regulados por normativa ou decreto específicos.
adotado pela SEMAM.
CAPÍTULO V
Art. 49. A SEMAM solicitará quando entender
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
necessário ou em virtude de obrigação legal, a
realização de EPIA/RIMA (Estudo Prévio de Impacto
Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental), para Art. 56. A pessoa física ou jurídica, de direito público
decidir sobre o licenciamento ambiental das atividades ou privado, que infringir qualquer dispositivo desta Lei,
potencialmente degradadoras do meio ambiente. de seus regulamentos e demais normas decorrentes,
bem como de qualquer outro diploma legal atinente
Art. 50. O CONSEMMA regulamentará as atividades
à proteção ambiental, fica sujeita às seguintes
sujeitas ao licenciamento ambiental municipal,
penalidades, independentemente da obrigação de
tipificando-as em função de seu potencial poluidor e
reparar os danos causados ou de outras sanções civis
porte, em consonância com a Resolução CONAMA nº
ou penais:
237, de 16 de Dezembro, de 1997, e tendo por base
I – Notificação por escrito, para fazer cessar a
os instrumentos regulatórios firmados com o órgão
irregularidade, sob pena de imposição de outras sanções
estadual de meio ambiente, quando necessário.
previstas nesta Lei;
Art. 51. A Licença Ambiental Municipal é dividida em II – Multa simples, de R$ 50,00 (cinqüenta reais) a R$
três categorias: 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais);
I - Licença Prévia (LP), concedida na fase preliminar III – Multa diária;
do planejamento do empreendimento ou atividade IV – Suspensão total ou parcial de suas atividades, até
aprovando sua localização e concepção, atestando a a correção das irregularidades;
viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos V – Suspensão de fabricação e venda do produto;
básicos e condicionantes a serem atendidos nas VI – Apreensão e destruição ou inutilização do produto,
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
ambiental, bem como métodos para o uso dos recursos Convocar pessoas ou entidades sempre que necessário,
ambientais do Município, observadas as legislações para participar das reuniões plenárias;
estadual e federal; Tomar medidas de caráter urgente, submetendo-as à
V - conhecer os processos de licenciamento ambiental homologação da Plenária;
do Município estabelecendo, se entender conveniente, Criar Câmaras Técnicas Temporárias ou Permanentes;
exigências e recomendações; Criar Comissões Especiais.
VI - apreciar e aprovar , quando solicitado pela SEMEIA, Art. 13. São atribuições do Secretário Executivo:
Termo de Referência para elaboração de EPIA/RIMA ou Organizar e garantir o funcionamento do Conselho;
de estudos ambientais específicos; Coordenar as atividades necessárias para a consecução
VII - apreciar e aprovar, quando solicitado, os estudos das atribuições do Conselho;
prévios de impacto ambiental que vierem a ser Cumprir e fazer cumprir as determinações legais e as
apresentados no processo de licenciamento, decidindo normas estatutárias e regimentais;
sobre a convocação de audiência pública; Fazer publicar, no Diário Oficial do Estado, as Resoluções
VIII - propor ou opinar sobre projetos de leis de do Conselho;
relevância ambiental ou que tenham por objeto a Coordenar as reuniões do Plenário, das Câmaras
ocupação do solo e o uso dos recursos naturais do Técnicas e das Comissões Especiais.
Município; Parágrafo único: O Secretário Executivo poderá,
IX - estabelecer critérios básicos e fundamentados para mediante justificativa, requerer ao Presidente o apoio
a elaboração do zoneamento ecológico econômico do administrativo e de pessoal necessário.
Município; Art. 14. A Plenária será constituída nos termos do
X - propor e colaborar na definição e implantação artigo 8º desta lei e seus membros terão as seguintes
de espaços territoriais e seus componentes a serem atribuições:
especialmente protegidos; I - Discutir e votar todas as matérias submetidas ao
XI - propor e colaborar na execução de atividades Conselho;
voltadas à educação ambiental bem como de campanhas II - Deliberar sobre propostas apresentadas por
voltadas à conscientização dos principais problemas qualquer de seus membros;
ambientais do município; III - Dar apoio ao Presidente, no cumprimento de suas
XII - manter intercâmbio com entidades públicas atribuições;
e privadas, nacionais e internacionais, dedicadas à IV- Solicitar ao Presidente a convocação de reuniões
pesquisa ou a outras atividades que visem a defesa do extraordinárias, na forma do Regimento Interno;
meio ambiente; V - Propor a inclusão de matérias na ordem do dia e,
XIII - regulamentar as diretrizes de gestão do FMMA - justificadamente, a discussão prioritária de assuntos
Fundo Municipal de Meio Ambiente fixadas nesta lei e delas constantes;
apreciar sua aplicação e prestação de contas bem como VI - Discutir as questões ambientais dentro das
relatório de atividades; respectivas áreas de atuação da instituição que
XIV - decidir, em última instância administrativa sobre representa, especialmente aquelas que exijam a atuação
recursos relacionados a atos e penalidades aplicadas integrada ou que se mostrem controvertidas;
pela SEMEIA; VII - Sugerir o convite de profissionais de notório
XV - elaborar seu Regimento Interno. conhecimento para subsidiar as resoluções do Conselho;
Art. 8º - COMDEMA será presidido por um membro da VIII - Apresentar indicações, na forma do Regimento
sociedade civil organizada e terá composição paritária Interno;
entre membros do Poder Público e da sociedade civil IX - Deliberar sobre exclusão de membro titular
organizada, conforme lei específica. ou suplente que não comparecer a três reuniões
§ 1º. Os representantes dos órgãos da Administração consecutivas ou cinco alternadas, sem justificativas;
Municipal, bem como seus respectivos suplentes, X - Propor a criação de Câmaras Técnicas ou Comissões
serão designados pelo Prefeito, mediante indicação dos Especiais.
Secretários Municipais. Art. 15. As Câmaras Técnicas serão criadas pelo
§ 2º. Os representantes das entidades e organizações Presidente e presididas por um dos Conselheiros, e
não governamentais e da esfera estadual e federal terão a função de apreciar propostas apresentadas
e seus respectivos suplentes, serão designados pelo ao Conselho de acordo com o estabelecido em seu
Prefeito, mediante indicação dos órgãos ou entidades Regimento Interno.
ali mencionados;
Art. 16. As Comissões Especiais serão criadas pelo
Art.9º - As funções de membro do Conselho serão Presidente, na forma do Regimento Interno, e serão
exercidas pelo prazo de 02 (dois) anos, permitida a de caráter temático e consultivo, extinguindo-se com
recondução por 02 (duas) vezes, por igual período. o alcance de seus objetivos.
Art.10. As funções de membro do Conselho não serão Art. 17. O COMDEMA reunir-se-á, ordinariamente,
remuneradas, sendo, consideradas como de relevante na forma estabelecida em seu Regimento Interno,
interesse público. convocado pelo Prefeito ou pelo seu Presidente, por
Art. 11. O Conselho terá a seguinte direção: iniciativa própria ou a requerimento de 50% de seus
Presidência que será formada por membros da sociedade membros titulares.
Leis e Decretos
civil organizada eleita entre os seus membros; Art. 18. As sessões plenárias do COMDEMA serão
Municipais
Secretaria Executiva, escolhida entre os seus membros; sempre públicas, permitida a manifestação oral de
Plenária composta pela maioria de seus membros; representantes de órgãos, entidades e empresas ou
Câmaras Técnicas; autoridades, quando convidados pelo presidente ou
Comissões Especiais. pela maioria dos conselheiros.
Art. 12. O Presidente do Conselho tem as seguintes Parágrafo único: O quorum das Reuniões Ordinárias do
atribuições: COMDEMA será de 1/3 (um terço) de seus membros
Representar o Conselho; para abertura das sessões e de maioria simples para
Dar posse e exercício aos Conselheiros; deliberações.
Presidir as reuniões da Plenária; Art. 19. A SEMEIA prestará ao COMDEMA o neces-
Votar como Conselheiro e exercer o voto de qualidade; sário suporte técnico - administrativo e financeiro, sem
Resolver questões de ordem nas reuniões Plenárias; prejuízo da colaboração dos demais órgãos e entidades
Determinar a execução das Resoluções da Plenária, nele representados.
através do Secretário Executivo;
Art. 20. No prazo de 90 (noventa) dias a contar de
375
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
sua efetiva instalação o Conselho deverá elaborar seu às fontes e Mananciais, implementando zoneamentos e
Regimento Interno. planos de manejo, observando possibilidades técnicas
e legais de gestão compartilhada destes espaços com
CAPÍTULO V a sociedade civil;
Do Órgão Central - SEMEIA XVI - Preservar a diversidade e o patrimônio genético do
Município e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa
Art. 21. A SEMEIA - Secretaria Municipal de Meio e manipulação de material genético;
Ambiente, além de suas atribuições já estabelecidas em XVII - Proteger e preservar a biodiversidade;
lei, passará a ter as seguintes competências: XVIII - Promover periodicamente o inventário das
I - Elaborar e executar estudos e projetos para subsidiar espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, cuja
a PMMA- Política Municipal de Meio Ambiente, e para presença seja registrada no Município, estabelecendo
a implementação e revisão das normas, padrões e medidas e áreas para sua proteção;
critérios de uso dos recursos naturais a serem baixados XIX - Promover em parceria com os órgãos estaduais, o
pelo COMDEMA; zoneamento ecológico econômico do Município;
II - Elaborar, anualmente, o Plano de Ação Ambiental XX - Fixar diretrizes ambientais para elaboração de
Integrado do Município e a respectiva proposta projetos de parcelamento do solo urbano, com ênfase
orçamentária; para o percentual de áreas verdes e institucionais, bem
III - Exercer o controle, a fiscalização e o monitoramento como para a instalação de atividades e empreendimentos
das atividades produtivas e dos prestadores de serviços, que possam causar impactos de vizinhança, tais como
quando potencial ou efetivamente poluidores ou alterações e/ou complementações do sistema viário;
degradadores do meio ambiente; produção de ruídos e vibrações; poluição atmosférica;
IV - Exigir e aprovar, para instalação de obras e volumosa geração de resíduos; e elevada demanda
atividades potencialmente causadoras de significativa de água;
degradação ambiental, prévio licenciamento alicerçado XXI - Promover as medidas administrativas e requerer
em estudos de impacto ambiental e respectivo relatório, as judiciais cabíveis para coibir, punir e responsabilizar
a que se dará publicidade; os agentes poluidores e degradadores do meio
V - Exigir daquele que utilizar ou explorar recursos ambiente;
naturais a recuperação do meio ambiente degradado, XXII - Propor medidas para disciplinar a restrição à
de acordo com a solução técnica mais viável a ser participação em concorrências públicas e acesso aos
aprovada pelo COMDEMA; benefícios fiscais e créditos oficiais às pessoas físicas e
jurídicas condenadas por atos de degradação ambiental,
VI - Exigir relatório técnico de auditoria ambiental para
administrativa ou judicial;
analisar a conveniência da continuidade de obras ou
XXIII - Apoiar iniciativas do Ministério Público na defesa
atividades, potencialmente poluidoras, já instaladas no
do meio ambiente;
Município anteriormente às exigências desta lei, como
XXIV - Fiscalizar as atividades produtivas e comerciais
condição de validade da renovação dos seus Alvarás de
ou de prestação de serviços utilizadoras de recursos
Localização e Funcionamento;
naturais;
VII - Promover o inventário, a avaliação, o controle e o
XXV - Elaborar programas e projetos ambientais, e
monitoramento dos recursos naturais, construindo índices
promover gestões, articulando com órgãos e entidades
de capacidade suporte dos ecossistemas municipais;
nacionais e internacionais para viabilizar os recursos
VIII - Manifestar-se, mediante estudos e pareceres
financeiros necessários à sua implementação;
técnicos sobre questões de interesse ambiental para
XXVI - Instituir banco de dados informatizado, se
a população do Município, encaminhando em casos possível geo-referenciado e interligado a outros de
de graves ocorrências ambientais, seus laudos ao instituições congêneres, bem como sistema de difusão
Ministério Público; e troca de informações ambientais com órgãos nacionais
IX - Informar a população sobre os níveis de poluição, e internacionais de defesa do meio ambiente.
a qualidade do meio ambiente, a presença de XXVII - Firmar termos de cooperação técnica com
substâncias potencialmente nocivas à saúde, no meio entidades nacionais e internacionais de pesquisa ou a
ambiente e nos alimentos, bem como resultados dos outras atividades voltadas à proteção ambiental;
monitoramentos e auditorias; XXVIII - Integrar as ações relacionadas ao meio
X - Promover a educação ambiental nas escolas e nos ambiente, desenvolvidas por órgãos municipais,
meios de comunicação; organizações não governamentais e empresas privadas
XI - Incentivar e executar a pesquisa, o desenvolvimento, de forma a evitar duplicidade e permitir que os esforços
a difusão tecnológica e a capacitação técnica dos empreendidos nesta área contribuam relevantemente
quadros de pessoal da SEMEIA para a resolução de para a consecução dos objetivos sócio econômicos e
problemas ambientais e promover a informação sobre ecológicos fixados na PMMA;
estas questões, fomentando práticas de vigilância XXIX - Zelar pelo cumprimento da legislação ambiental
ambiental pela sociedade; dos três níveis de poder.
XII - Articular-se com órgãos federais, estaduais e
municipais e com organizações não governamentais CAPÍTULO VI
para a execução integrada de ações voltadas a proteção Dos Órgãos Seccionais
do patrimônio ambiental, histórico, artístico, turístico,
arquitetônico e arqueológico, e das áreas de preservação Art. 22. As normas e diretrizes estabelecidas nesta
permanente, em conformidade com a Legislação; lei ou dela decorrentes condicionam a elaboração de
XIII - Coordenar a gestão do Fundo Municipal de planos, programas e projetos, bem como, de ações
Meio Ambiente - FMMA, nos aspectos técnicos, de todos os órgãos da Administração Pública direta ou
administrativos e financeiros segundo as diretrizes que indireta do Município de Xapuri.
vierem a ser fixadas pelo COMDEMA; Art. 23. Os objetivos dos órgãos integrantes da
XIV - Apoiar as organizações da sociedade civil que Administração direta ou indireta do Município deverão
tenham a questão ambiental entre os seus objetivos, ser compatibilizados com aqueles estabelecidos pela
promovendo o desenvolvimento de projetos relativos ao PMMA.
manejo dos recursos naturais, à educação ambiental e Art. 24. Os Órgãos Seccionais deverão:
à fiscalização das atividades antrópicas; I - Ajustar seus Planos de Ação às diretrizes e
XV - Definir, implantar e administrar espaços territoriais instrumentos da PMMA;
e seus componentes a serem especialmente protegidos II - Atuar em articulação com a SEMEIA e o
tais como Unidades de Conservação e Áreas de Proteção COMDEMA;
376
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
IV - Fixar diretrizes para a orientação dos processos de A rt. 33. Incumbe à SEMEIA, a definição,
alteração do meio ambiente;
Municipais
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
CAPÍTULO II
Das Águas
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
nível de complexidade igual a 9, será passível de licenciamento ambiental convencional (Licença Prévia – LP, Licença
de Instalação – LI e Licença de Operação – LO), com a exigência de elaboração do Estudo de Impacto Ambiental –
EIA juntamente com Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, conforme termo de referência fornecido pelo IMAC.
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
Encarte
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
c) Licença de Operação
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
pelo interessado sem a necessidade de contratação de que aprova o cultivo de tilápia-do-Nilo (Oreochromus
profissionais, desde que atenda orientações do IMAC; niloticus) no território acreano, respeitando os critérios
O Responsável Técnico deverá informar seu nome, técnicos e científicos estabelecidos em normativas
titulação e número do registro profissional junto ao seu específicas e nos Pareceres contidos no Processo
respectivo órgão de classe, na ART; CEMACT nº 12/2009;
Dúvidas quanto ao preenchimento ou apresentação RESOLVE:
de documentos, procurar o Departamento/Divisão Art. 1º Fica autorizado o cultivo da espécie tilápia-
de Licenciamento Ambiental do IMAC para maiores do-nilo (Oreochromus niloticus) no Estado Acre para
esclarecimentos; fins de aqüicultura.
e) Cobrança do Licenciamento Parágrafo único. O cultivo deverá sempre ocorrer
Para cada fase do Licenciamento Ambiental (Licença em tanques apropriados, na forma estabelecida pelo
Prévia, Licença de Instalação, Licença de Operação e Instituto de Meio Ambiente do Estado do Acre - IMAC,
Licença de Operação – Renovação) é cobrada a taxa sendo vedada a aqüicultura da espécie em ambientes
correspondente ao custo: aquáticos naturais, inclusive em represamentos de
- Custos de vistoria técnica curso d’água.
Varia de acordo com: Art. 2º Não serão permitidos o transporte, o
- Distância entre o local em análise, e a sede do IMAC; recebimento e o cultivo de exemplares vivos da espécie
- Tipo de transporte a ser utilizado pelos técnicos no tilápia-do-nilo provenientes de fora do Estado.
deslocamento; Parágrafo único. Excepcionalmente poderá ser
- Quantidade de técnicos x dias necessários para autorizada a reintrodução de exemplares que se
avaliação do empreendimento. destinarem às seguintes finalidades:
- Custos do licenciamento I - melhoramento genético;
- Porte do empreendimento (pequeno, médio ou grande) II - bio-ensaios;
- Grau de degradação (impacto ambiental – baixo, III - bio-indicação.
médio e alto) Art. 3º A autorização de cultivo fica vinculada ao
- Documentação fotográfica. licenciamento junto ao IMAC, à aplicação das normativas
federais do CONAMA, do IBAMA, do Ministério
ANEXO II Aquicultura e Pesca e dos demais órgãos federais, bem
como ao respeito às recomendações decorrentes do
Parecer Científico aprovado pela Câmara Técnica de
Recursos Hídricos do CEMACT, anexo a esta Resolução.
Art. 4º O IMAC fica autorizado a estabelecer os
procedimentos administrativos e critérios técnicos que
se fizerem necessários para o licenciamento do cultivo
da espécie tilápia-do-nilo.
Art. 5º Os produtores que já desenvolvem o cultivo
da espécie objeto desta Resolução deverão licenciar
sua atividade junto ao IMAC no prazo de trezentos
e sessenta dias, sob pena de aplicação das sanções
prevista na legislação.
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de
sua publicação.
RESOLUÇÃO/CEMACT N° 004,
DE 17 DE AGOSTO DE 2010
387
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
§ 1º A outorga não implica alienação total ou parcial III - lançamento em corpo d’água de efluentes e demais
das águas, mas o simples direito de uso. resíduos líquidos ou gasosos, com o fim de diluição,
§ 2º A outorga não exime o seu titular da obtenção do transporte ou disposição final em corpos d’água;
licenciamento ambiental e da observância da legislação IV - uso de recursos hídricos com fins de aproveitamento
vigente. de potenciais hidrelétricos;
Art. 3º A outorga tem como objetivo assegurar o V - outros usos que alterem significativamente o regime
controle quantitativo e qualitativo dos usos da água de vazão, a quantidade ou a qualidade da água existente
e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água, em um corpo de água, nos termos da regulamentação.
vinculando-se aos objetivos da Política Estadual e Parágrafo único. Quando a outorga abranger direito
Nacional de Recursos Hídricos. de uso múltiplo e/ou integrado de recursos hídricos,
Parágrafo único. A outorga preventiva será concedida superficiais e subterrâneos, o outorgado ficará
na forma desta Resolução bem como na forma do art. responsável pela observância concomitante das
22 da Lei nº 1.500, de 15 de Julho de 2003 e de norma condições estabelecidas para todos os usos outorgados.
expedida pelo IMAC.
Seção I
CAPÍTULO II Dos Casos de Inexigência de Outorga
COMPETÊNCIAS
Art. 10. Não dependem de outorga as seguintes
Art. 4º Compete ao IMAC a emissão de outorgas atividades:
preventiva e de direito de uso de recursos hídricos de I - o uso de recursos hídricos para satisfação das
domínio do Estado do Acre. necessidades de pequenos núcleos populacionais
§ 1º Definem-se como águas de domínio do Estado isolados, distribuídos no meio rural, nos limites
do Acre as águas superficiais e subterrâneas, fluentes, estabelecidos na regulamentação;
emergentes e em depósito - ressalvadas, nesse caso, II - as derivações, captações e lançamentos considerados
as decorrentes de obras da União - de corpos hídricos insignificantes, tanto no ponto de vista de vazão como
situados exclusivamente no território do Estado e que de carga poluente;
não sirvam de limites com outros países. III - as acumulações de volumes de água decorrentes
§ 2º O IMAC poderá conceder a outorga preventiva e de de captação pluvial ou que sejam considerados
direito de uso de recursos hídricos de domínio da União insignificantes;
cuja gestão a ele venha a ser delegada nos termos do IV - os usos não-consuntivos de recursos hídricos, salvo
parágrafo 1º do artigo 14 da Lei Federal nº 9.433, de previsão expressa nesta Resolução.
8 de janeiro de 1997. § 1º Poderão ser objeto de outorga os usos dos
Art. 5º A outorga será concedida por meio de Termo recursos hídricos elencados acima quando ocorrerem
de Outorga expedido pelo IMAC, o qual deverá ser em bacias hidrográficas consideradas críticas do ponto
assinado por seu Presidente ou substituto designado e de vista de disponibilidade ou qualidade hídrica ou
publicada no Diário Oficial do Estado. quando o somatório dos usos citados nos itens I, II ou
Art. 6º Compete ao IMAC a constituição do Cadastro III representarem percentual elevado de consumo em
Estadual de Usuários de Recursos Hídricos CEURH, o relação a vazão do respectivo corpo d´água, a critério
qual deverá estar articulado com o Sistema Nacional de do IMAC.
Informações sobre Recursos Hídricos – SNIRH. § 2º O total de uso de um mesmo interessado,
§ 1º O IMAC manterá permanente articulação com a possuidor de vários pontos de captação num mesmo
Agência Nacional de Águas – ANA e com os municípios corpo d’água, corresponderá ao somatório de suas
com a finalidade de constituir e manter um cadastro captações.
unificado de usuários de água cujas atividades se Art. 11. As atividades que independam de Outorga,
situem nos limites do Estado do Acre, independente da como o aproveitamento de água mineral, deverão
dominialidade do seu uso. ser cadastradas no Cadastro Estadual de Usuários de
§ 2º O IMAC poderá utilizar diretamente o Cadastro Recursos Hídricos – CEURH por solicitação do usuário,
Nacional de Recursos Hídrico - CNARH, mantido pela o qual receberá um documento comprobatório de
ANA, em substituição ao CEURH. sua inscrição, devendo-se proceder à atualização de
informações sempre que houver alteração no uso
CAPÍTULO III cadastrado.
DA OUTORGA
Seção II
Art. 7º A outorga preventiva e de direito de uso dos Dos usos insignificantes
recursos hídricos será conferida em conformidade com
os respectivos Planos de Bacia, quando existentes, Art. 12. Na ausência de disposição específica do
e estará condicionada à disponibilidade hídrica e a respectivo comitê de bacia, serão considerados os
eventual regime de racionamento. seguintes limites como de uso insignificante:
Parágrafo único. O IMAC expedirá normas técnicas I - captações de águas superficiais com vazão inferior
estabelecendo os critérios para determinação da a 0,4 litros por segundo ou volume máximo diário de
disponibilidade hídrica de cada corpo d’água. 34.56 m³;
Art. 8º Todos os usuários inclusos no cadastro de II - extração de água subterrânea com vazão inferior a
usuários de água de domínio do Estado do Acre que 0,4 litros por segundo ou volume máximo diário de 5 m³.
não estejam outorgados deverão requerer a respectiva III - os usos de água para geração de energia elétrica
outorga junto ao IMAC, excetuando-se os usos em Central de Geração Hidrelétrica (CGH), com potência
insignificantes e o aproveitamento de água mineral, instalada de até 1MW (um megawatt);
nos termos desta Resolução. IV - as acumulações de volumes de água com captação
Art. 9º Estão sujeitos à outorga os seguintes usos: fluvial de até 100.000 m³.
I - derivação ou captação de parcela de água existente Parágrafo único. Os usos considerados insignificantes
em um corpo d’água para consumo final, inclusive serão isentos da cobrança de taxas e emolumentos.
abastecimento público, ou como insumo de processo Art. 13. O IMAC emitirá a declaração de uso insignificante
produtivo; com base nos dados informados pelo usuário no CEURH,
II - extração de água de aqüíferos subterrâneos para ficando o usuário sujeito a posterior fiscalização
consumo final, inclusive abastecimento público, ou como e apresentação dos documentos comprobatórios.
insumo de processo produtivo;
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
IV - modificações substanciais nas características prazo determinado, ou revogada, sem qualquer direito
do corpo d’água explorado, de acordo com critérios de indenização ao usuário, nas seguintes circunstâncias:
estabelecidos pelo IMAC; I - não cumprimento pelo outorgado dos termos da
V - superveniência de caso fortuito ou força maior. outorga;
Parágrafo único. A alteração das condições de II - ausência de uso por três anos consecutivos;
outorga de que trata o inciso III deste artigo somente III - necessidade premente de água para atender a
será atendida se estiver em conformidade com as situações de calamidade, inclusive as decorrentes de
normas, critérios e prioridades vigentes e considerado condições climáticas adversas;
o respectivo Plano de Bacia Hidrográfica, quando IV - necessidade de se prevenir ou reverter significativa
existente. degradação ambiental;
V - necessidade de se atender a usos prioritários de
CAPÍTULO IX interesse coletivo para os quais não se disponha de
RENOVAÇÃO DAS OUTORGAS fontes alternativas;
VI - necessidade de serem mantidas as condições de
Art. 24. O outorgado interessado em renovar a navegabilidade do corpo d’água;
outorga deverá apresentar requerimento ao IMAC VII - comprometimento do ecossistema aquático ou
com antecedência mínima de noventa dias da data de do aqüífero;
término da outorga. VIII - indeferimento ou cassação da licença ambiental.
§ 1º O pedido de renovação somente será atendido se § 1º A suspensão da outorga só poderá ser efetivada
o uso objeto da outorga estiver em conformidade com mediante estudos técnicos que demonstrem a
as normas, critérios e prioridades vigentes à época da necessidade do ato.
renovação e considerando o respectivo Plano de Bacia § 2º A suspensão de outorga de uso dos recursos
Hidrográfica, quando existente. hídricos, prevista neste artigo, implica automaticamente
§ 2º Caso não haja manifestação expressa do IMAC a no corte ou na redução dos usos outorgados.
respeito do pedido de renovação até a data de término Art. 28. A outorga de direito de uso dos recursos
da outorga, fica esta automaticamente prorrogada até hídricos extingue-se, sem qualquer direito de
que ocorra deferimento ou indeferimento do referido indenização ao usuário, nas seguintes circunstâncias:
pedido. I - morte do usuário - pessoa física
II - liquidação judicial ou extrajudicial do usuário -
CAPÍTULO X pessoa jurídica, e
CONSULTA PRÉVIA III - término do prazo de validade de outorga, sem que
tenha havido tempestivo pedido de renovação.
Art. 25. Qualquer pessoa física ou jurídica poderá Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, os
efetuar consulta prévia ao IMAC quanto à disponibilidade herdeiros ou inventariante do usuário outorgado, se
hídrica de um corpo hídrico em uma determinada seção. interessados em prosseguir com a utilização da outorga,
Parágrafo único. A consulta prévia se destina, deverão solicitar em até cento e oitenta dias da data do
exclusivamente, ao conhecimento pelo requerente óbito, a retificação do ato administrativo da portaria,
da vazão passível de outorga, possibilitando o que manterá seu prazo e condições originais, quando da
planejamento de empreendimentos que necessitem definição do(s) legítimo(s) herdeiro(s), sendo emitida
desses recursos. nova portaria, em nome deste(s).
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COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
CAPÍTULO I CAPÍTULO II
Da Política Estadual de Assistência Técnica e Do Programa Estadual de Assistência Técnica
Extensão Agroflorestal Rural para a Produção e Extensão Agroflorestal Rural na
Familiar - PEATER Produção Familiar - PROATER
Art. 1º Fica instituída a Política Estadual de Assistência Art. 5º Fica instituído, como principal instrumento de
Técnica e Extensão Agroflorestal Rural para a Produção implementação da PEATER, o Programa Estadual de
Familiar -PEATER, cuja formulação e supervisão são Assistência Técnica e Extensão Agroflorestal Rural na
de competência da Secretaria de Estado de Extensão Produção Familiar - PROATER.
Agroflorestal e Produção Familiar - SEAPROF. Art. 6º O PROATER terá como objetivos a organização
§ 1º Na destinação dos recursos financeiros da PEATER e a execução dos serviços de ATER ao público
será priorizado o apoio às entidades e aos órgãos beneficiário previsto no art. 4º desta lei, respeitadas
públicos e oficiais de Assistência Técnica e Extensão suas disponibilidades orçamentária e financeira.
Agroflorestal Rural - ATER. Art. 7º As entidades executoras do PROATER
§ 2º O Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do compreendem as instituições ou organizações públicas
Acre - ZEE é o instrumento norteador desta política, ou privadas, com ou sem fins lucrativos, previamente
levando em consideração a valorização do ativo credenciadas na forma desta lei, e que preencham os
ambiental florestal e o programa de certificação de requisitos previstos na Lei Federal nº 12.188, de 11
unidades produtivas familiares do Estado. de janeiro de 2010, que Institui a Política Nacional de
Art. 2º Para os fins desta lei, entende-se por: Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura
I - Assistência Técnica e Extensão Agroflorestal Rural Familiar e Reforma Agrária - PNATER e o Programa
- ATER: serviço de educação não formal, de caráter Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na
continuado, no meio rural, que promove processos de Agricultura Familiar e na Reforma Agrária - PRONATER.
gestão, produção, beneficiamento e comercialização
das atividades e dos serviços agropecuários e não CAPÍTULO III
agropecuários, inclusive das atividades agroflorestais, Do Credenciamento das Entidades Executoras
agroextrativistas, florestais e artesanais; e
II -Produção Familiar: atividades produtivas rurais Art. 8º O credenciamento de entidades executoras
realizadas com o objetivo de geração de renda e/ou do PROATER será realizado pelo Conselho Estadual
soberania e segurança alimentar e nutricional, com de Desenvolvimento Rural e Florestal Sustentável -
Encarte
391
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO DO ACRE
392
COLETÂNEA DE NORMAS AMBIENTAIS DO ESTADO DO ACRE
articulação com Conselho Estadual de Desenvolvimento § 3º Os custos com a elaboração da proposta serão de
Rural e Florestal Sustentável - CEDRFS. responsabilidade da entidade executora, inexistindo
Art. 3º Para requerer o credenciamento na qualidade direito à indenização em caso de anulação ou revogação
de entidade executora da PEATER, a instituição ou da chamada pública.
organização deverá cumprir os requisitos estabelecidos Art. 9º A chamada pública para seleção das entidades
no art. 9º da Lei nº 2.302, de 11 de agosto de 2010, e executoras deverá observar o disposto no art. 12 da Lei
demonstrar que possui: nº 2.302, de 2010, e considerar os seguintes requisitos:
I - infraestrutura e capacidade operacional; I - a capacidade e experiência da entidade para lidar com
II - conhecimento técnico e científico na área de o público beneficiário da Política Estadual de Assistência
atuação; e Técnica e Extensão Agroflorestal Rural para Produção
III - experiência na execução de serviços na área de Familiar - PEATER;
atuação, por mais de cinco anos. II - a qualidade técnica da proposta, que deverá
§ 1º O prazo previsto no inciso III não se aplica às compreender metodologia, organização, tecnologias e
entidades públicas. recursos materiais a serem utilizados nos trabalhos; e
Art. 4º Para fins de comprovação dos requisitos III - a qualificação das equipes técnicas a serem
mínimos do credenciamento, na forma do art. 9º da Lei mobilizadas para a execução dos serviços de ATER.
nº 2.302, de 2010 e do art. 3º deste Decreto, deverão Art. 10. Os beneficiários da PEATER deverão atestar
ser apresentados formalmente ao CEDRFS, com as o recebimento dos serviços de assistência por meio de
devidas comprovações, as seguintes informações e formulário próprio numerado e devidamente assinado
documentos: pelo agricultor familiar ou representante legal do
I - estatuto social; empreendimento familiar rural.
II - Cartão do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica; Parágrafo único. O formulário previsto no caput, após
III - relação e formação do corpo técnico com os assinatura, deverá ser encaminhado eletronicamente
respectivos números de registro no órgão de classe ou à SEAPROF pela entidade executora, facultando-se
número do diploma registrado no MEC; a utilização de digitalização, para fins de elaboração
IV - relação de suas instalações e aparelhamento da do Relatório de Execução dos Serviços Contratados, a
sua capacidade técnica e operacional; ser definido pelos órgãos responsáveis pela execução
V - currículo da entidade; e da PEATER.
VI - declaração, relativa a serviços realizados nos Art. 11. A SEAPROF designara servidor e respectivo
últimos cinco anos, subscrita por pessoa jurídica ou substituto para acompanhamento dos contratos
de grupo de no mínimo 10 (dez) pessoas físicas, que firmados com as entidades executoras.
ateste a prestação de serviços de assistência técnica § 1º O acompanhamento de cada serviço contratado
e extensão rural pela entidade solicitante por mais de será exercido por monitoramento e fiscalização, na
dois anos; forma disciplinada pelos órgãos previstos no caput,
§ 1º O corpo técnico mencionados no inciso III deverá periodicamente, em sistema eletrônico e in loco, por
conter, no mínimo, três profissionais com formações meio de amostragens.
distintas, sendo pelo menos um graduado na área de § 2º Será permitida a contratação de terceiros para
ciências agronômicas ou veterinárias e um na área de assistir e subsidiar a fiscalização dos contratos, nos
ciências humanas ou sociais. termos do art. 67 da Lei nº 8.666, de 21 de junho
§ 2º Considera-se base geográfica de atuação, para os de 1993.
fins do art. 9º, inciso III, da Lei nº 2.302, de 2010, aquela Art. 12. Além dos requisitos previstos no art. 16 da Lei
prevista no estatuto social e as informações contidas no nº 2.302, de 2010, para fins de liquidação de despesa,
currículo da instituição ou aquela comprovada por meio será exigido o atesto do servidor público designado para
de documentos de prestação de serviços de assistência acompanhamento do contrato firmado com a unidade
técnica e extensão rural. executora, na forma do art. 11 deste Decreto.
§ 3º Para os fins de comprovação dos dois anos de Parágrafo único. O atesto mencionado no caput poderá
experiência referidos no inciso VI será admitido o ser realizado por meio do sistema eletrônico utilizado
somatório das declarações. para o acompanhamento da execução dos serviços.
Art. 5º Serão consideradas aptas ao credenciamento Art. 13. A prestação dos serviços de ATER será
para os fins da Lei nº 2.302, de 2010, as entidades executada por meio dos seguintes instrumentos:
executoras credenciadas nos termos da Lei Federal nº I - contratos realizados na forma do art. 24, inciso XXX,
12.188, de 11 de janeiro de 2010. da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e art. 13 da
Art. 6º As entidades executoras deverão solicitar, a Lei nº 2.302, de 2010; e
cada dois anos, a renovação do credenciamento junto II - termos de cooperação, convênios e outros.
ao Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Art. 14. O relatório anual consolidado de execução da
Florestal Sustentável - CEDRFS, competindo a este a PEATER, previsto no art. 18 da Lei nº 2.302, de 2010,
avaliação dos resultados dos projetos assistidos pela deverá ser encaminhado ao CEDRFS em até cento e
entidade solicitante. oitenta dias após o término do exercício financeiro.
Art. 7º A critério do órgão responsável pelo creden- Art. 15. O CEDRFS coordenará a realização da
ciamento ou pela contratação, serão descredenciadas Conferência Estadual sobre a Política Estadual de
as entidades que: Assistência Técnica e Extensão Agroflorestal Rural
I - deixem de atender a qualquer dos requisitos de para Produção Familiar, que será realizada a cada
credenciamento estabelecidos no art. 9º da Lei 2.302, quatro anos.
de 2010; e § 1º O CEDRFS definirá a forma de seleção dos
II - descumprirem qualquer das cláusulas ou condições representantes que comporão a Conferência Estadual,
estabelecidas em contrato. assegurada a participação paritária de representantes
Art. 8º A contratação de serviços de Assistência da sociedade civil e dos municípios.
Técnica e Extensão Agroflorestal Rural - ATER será Art. 16. A SEAPROF disporá sobre os procedimentos
antecedida de chamada pública, destinada a classificar complementares a este Decreto.
propostas técnicas apresentadas pelas entidades Art. 17. Este Decreto entra em vigor na data de sua
executoras. publicação.
§ 1º A classificação da proposta técnica não gera
obrigação de contratação por parte do Poder Público. Rio Branco-Acre, 14 de setembro de 2010, 122° da
§ 2º As contratações dos serviços de ATER pelo Poder República, 108° do Tratado de Petrópolis e 49° do
Público, quando necessárias, deverão observar a ordem Estado do Acre.
de classificação e o prazo de validade da proposta das
entidades executoras. Arnóbio Marques de Almeida Júnior
Encarte
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FOTO CAPA
Pintura em tinta óleo sobre tela, de Fernando de Castro. É Arquiteto e Artista plástico.
Sua arte é inspirada nos rios e igarapés da Amazônia, por ele visitados nas suas
constantes pescarias.
Impressão - BRILHOGRAF
Rio Branco - Acre
2010