Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
01
NEUROCIENTIFICA_MENTE
Introdução à Psicologia PosiCva
© COPYRIGHT CENTRO SOFIA BAUER 2018
Todos os direitos reservados. Este material é para seu uso pessoal. Este material não
pode ser copiado, emprestado, licenciado, distribuído ou reproduzido em qualquer
forma eletrônica ou manual, colocada em websites, servidores ou qualquer lugar
privado sem a permissão expressa do Centro Sofia Bauer.
Seligman, depois de muito pesquisar, conseguiu ver que podemos optar por ser
mais felizes! Nem todo mundo nasce oTmista como ele observou em seus
achados. Mas há como mudar. E foi assim, que ele desenvolveu seus achados
que se tornaram a Psicologia PosiTva. E graças a sua filha de 5 anos, pode
atentamente observar uma críTca e com ela descobrir um vasto universo que
hoje falamos muito: como se tornar mais feliz!
A Psicologia Tradicional está calcada em ver o passado e as nossas patologias, e
sem desmerecer este valor, podemos e devemos seguir os passos de Seligman.
Ao ver que também podemos seguir pessoas mais felizes e com elas aprender
novos caminhos a trilhar nesta vida. Este livro se dedica em grande parte a
ensinar você a trilhar este caminho, de focar no que funciona, ver o belo, fazer
preditores do oTmismo, e assim se tornar mais feliz e a quem esTver com você!
Você irá aprender a potencializar as qualidades que cada ser humano tem,
aumentar a resiliência daqueles que você cuida e a melhorar a saúde em geral de
todos aqueles que você passar os ensinamentos que vai aprender a parTr de
agora. 6
© COPYRIGHT CENTRO SOFIA BAUER
A Ciência da Felicidade
Um primeiro aspecto a destacar é que a Psicologia PosiTva funciona! Funciona e atrai
muitos alunos, empresas, enfim todos que querem aprender sobre a felicidade!
Um dos moTvos da sua popularidade é que a Psicologia PosiTva promete e cumpre,
por ser uma teoria com forte sustentação, bem analisada e cienTficamente
comprovada.
Uma grande vantagem é que ela traz para o coTdiano os seus estudos, que não ficam
concentrados na academia em textos que não são lidos. Sabemos que dos arTgos
cien[ficos produzidos apenas sete pessoas os lêem, e com uma boa dose de humor,
incluindo a própria mãe. A Psicologia PosiTva (PP) faz a conexão entre o rigor
cien[fico e acadêmico com a práTca do dia-a-dia.
A PP faz parte da vida atual de cada um, é acessível, transforma pessoas. É uma
ciência que pode ser aplicada na vida pessoal, com amigos, nas empresas, em nossa
comunidade.
PP é sobre focar no que funciona!
Sabemos que a psicologia Tnha três missões até a Segunda Guerra Mundial: curar as
doenças mentais, tornar a vida das pessoas mais agradável e culTvar talentos
superiores. Infelizmente as duas úlTmas missões foram esquecidas, e somente no final
do século XX começaram a ser retomadas. O fato é que precisamos focar no que
funciona e não mais no que não funciona ou que está errado. E nesse caso, a PP foi
além desta questão.
O enfoque agora é:
² O que é bom em sua vida?
² No que você é bom?
² O que funciona na sua vida?
É importante ressaltar que a PP não ignora o que não funciona, a questão é que ela
prioriza o que vai bem na vida, nas relações, na pessoa. Busca ver onde pode haver
mais alegria, amor e felicidade. Pode ser no nível pessoal, nas empresas, nas
comunidades e também no país.
© COPYRIGHT CENTRO SOFIA BAUER 7
Daí surge uma questão:
Como podemos fazer as pessoas focarem no que funciona?
Geralmente, a maioria das pessoas pergunta:
Por que essas pessoas falham?
Por que se drogam?
Por que desistem do trabalho?
E por aí formulam muitas perguntas sobre o que não funciona!
Qual a pergunta mais comum entre psiquiatras e psicólogos quando recebem seus
pacientes em seus consultórios? Geralmente é: qual é o seu problema?
Mas com o enfoque da Psicologia PosiTva já mudamos. As perguntas agora são: em
que posso ajudar? O que você deseja mudar?
A Psicologia PosiTva provoca essa mudança de olhar, simplesmente ao mudar as
perguntas, que agora focam os recursos, o que há de bom, o que sugere o poder
das perguntas.
O poder das perguntas
As perguntas direcionaram nosso olhar para um determinado foco, e assim
deixamos de enxergar as demais informações disponíveis.
Assim é a vida! Muitas vezes, deixamos passar baTdo coisas que são mais
importantes do que os problemas que estamos vivendo. E de repente, a solução
está em outro ponto que não estamos dando atenção. Ficamos tão focados
quesTonando o problema que não quesTonamos a solução.
A Psicologia PosiTva vem ensinar este modo de olhar para aquilo que funciona e
descobrir qualidades, habilidades, e saídas que se ficarmos presos às patologias não
vamos encontrar saída.
As perguntas têm o poder de criar novas realidades! Nos ajudam a focar naquilo
que realmente é importante - lembrando que conseguimos ver apenas uma
pequena parte da realidade.
© COPYRIGHT CENTRO SOFIA BAUER 8
Aquilo que focamos é o que vemos e assim perdemos muito daquilo que não está
sob o nosso enfoque, mesmo que esteja embaixo do nosso nariz. É preciso
entender que a nossa experiência no mundo é influenciada pelo nosso foco, por
aquilo que olhamos e desTnamos nossa atenção.
Focar no PosiCvo
Você já ouviu falar de Marva Collins?
Marva é uma norte americana nascida em 1936, negra, que viveu em um momento
da história dos EUA de muito racismo. Seu pai acreditava muito nela, e disse que
ela poderia ser uma óTma secretária (que era a melhor opção para uma mulher
negra naquela época). Ela realmente se tornou uma excelente secretária, mas após
alguns anos trabalhando ela decidiu que queria dar aula, decidiu que queria ser
professora...
Ela começou a estudar à noite para se preparar e gradualmente conseguiu sua
formação para ser professora, se casou e mudou para Chicago com seu marido,
para uma região onde havia muita criminalidade, crianças se envolvendo com
roubos, drogas, gangues, engravidando cedo, etc.
A esperança dos professores era manter essas crianças na escola a maior parte do
tempo possível, para que elas Tvessem menos acesso àquilo que acontecia nas ruas
de Chicago, protegendo-as.
Marva Collins chegou a estas escolas dizendo que as coisas poderiam ser
diferentes... e desde o primeiro dia de aula ela dizia às crianças que acreditava
nelas, e que elas deveriam acreditar em si mesmas. Ao longo das aulas ela
conTnuava repeTndo isso:
Eu acredito em você!
Eu sei que você pode fazer!
Eu espero muito de você!
Tome responsabilidade pela sua vida!
Pare de culpar seus pais, professores, o governo... eu sei que você pode!!!
© COPYRIGHT CENTRO SOFIA BAUER 9
E milagres começaram a acontecer! Com o tempo, essas crianças que eram
consideradas "incapazes de aprender" começaram a ler, recitar poemas, crianças
com 10 anos fazendo cálculos matemáTcos.
E ela começou a fazer sucesso!
Desencantada com o ensino público, ela saiu do sistema de governo e abriu sua
própria escola, em sua própria casa: com 8 alunos (3 deles eram seus filhos). Para
isso, resgatou o seu fundo de pensão e transformou o segundo andar da sua casa em
uma escola. Inicialmente ela pegava os alunos que as escolas desisTam, aqueles
considerados incapazes pelo sistema escolar oficial. Ela era sua úlTma tentaTva antes
de ir para as ruas.
Sua escola foi crescendo e ela alugou um espaço muito simples, desapropriado, mas
ela era movida pela sua crença de melhorar essas crianças! Todos os seus alunos se
formaram no ensino fundamental e foram para o ensino médio. Acreditem, todos se
formaram!! Foram pra faculdade, se formaram!
Em 1979, um produtor na CBS, fez um vídeo sobre ela, que assim se tornou famosa
de um dia para o outro. Ela foi convidada para ser secretária de educação pelo
presidente Ronald Reagan, mas não aceitou, pois acreditava que o seu chamado era
dar aulas. Foi convidada novamente pelo presidente seguinte, George Bush pai, e
novamente ela negou. Anos depois invesTdores deram a ela U$1.000.000,00 e ela
montou várias escolas, onde professores também iam aprender com ela!
Qual era o segredo de Marva Collins?
Por que as crianças com ela aprendiam e Cnham êxito na vida?
O seu perfil era de levantar altas expectaTvas: “Eu acredito em você! Eu espero
muito de você!” Mas um detalhe importante e fundamental: sua posiTvidade era
real (pé no chão), ela não falava como Polyana, ela realmente enxergava e destacava
o que cada um Tnha de bom e parTr daí ela cuidava dessa semente. Sua ação
educaTva era pautada no real. Ela jamais falaria com uma criança que escreve mal
que ela seria um autor famoso. Ela olhava para algo que realmente exisTa! E invesTa
naquilo. Ela idenTficava a semente e cuidava dela.