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RESUMO: Estruturas apoiadas sobre solos potencialmente expansivos poderão sofrer movimentos
de levantamento e de recalque devido à mudança da umidade e, conseqüentemente da sucção
resultante dos processos de infiltração e evaporação da água no solo. Quando se estuda solo
expansivo a variação de sucção passa a ser um fator de vital importância no comportamento do
mesmo. Alguns pesquisadores, dentre eles citem-se: Johnson et al (1973) e Wilson (1997), têm
observado que sob áreas cobertas, tipo residência, pavimentos entre outros, existe uma tendência de
estabilização da umidade no centro e variação na área próximo das bordas da superfície
impermeabilizada, causando, desta forma, movimentos diferenciais. O movimento se dá de forma
sazonal. A área da pesquisada situa-se na estação de tratamento de esgotos do Janga (ETE-Janga) da
Companhia de Saneamento do Estado de Pernambuco (COMPESA), no Município de Paulista – PE,
latitude de 7° 55’ 35 “e longitude de 34° 50’ 49”. A área foi dividida em três tipos de cobertura (solo
nú, vegetado, placa de asfalto) e 24 células geoestatísticas de 9m2 cada. Durante o período de
monitoramento foram realizadas leituras mensais deslocamento vertical, umidade volumétrica com
uso da sonda de nêutrons e leitura da variação do nível do lençol freático, os dados climáticos foram
obtidos da estação meteorológica Recife Curado. Foram realizadas cinco campanhas de extração de
amostras tipo “Shelby”, nos meses de dezembro 2005, março, julho, setembro e dezembro de 2006 e
fevereiro de 2007, para a verificação do comportamento dos parâmetros estudados durante os
períodos seco e chuvoso. O comportamento da sucção matricial da área foi estudado considerando
o efeito isolado e interação entre as três condições diferentes de cobertura, utilizando a técnica do
planejamento fatorial tipo 22 (dois fatores e dois níveis com adição de pontos centrais) e da
superfície resposta para a verificação gráfica de todo o processo. Consideraram-se como variáveis
controladas o tipo de cobertura e as dimensões da área, dividida em três valores absolutos de 9,18 e
27 m2. Os resultados apresentaram um comportamento bem diferenciado da sucção matricial em
função do tipo de cobertura e das características climáticas (período seco e chuvoso). Para o período
seco o fator tamanho das áreas foi estatisticamente insignificante, não houve efeito de interação entre
os fatores, todavia, o fator tipo de cobertura foi determinante para o aumento da dispersão dos
valores das variáveis estudadas. Já para o período chuvoso todas as condições de controle (tipo de
cobertura e tamanho das áreas) foram estatisticamente insignificantes e também não houve interação
estatística entre as mesmas. Isso mostra que para o período seco dependendo do tipo de cobertura, a
área pode apresentar grandes variações volumétricas causadas por grandes variações da sucção
matricial, essas variações volumétricas podem levar a edificação assente neste solo a ruína.
0,5
Administração da Compesa
Profundidade (m)
12,0 m LEGENDA 1
Placa de deslocamento superficial
Nível de referência
1,5
Sonda de neutrôns
m
3,0 Piezômetro
2
Linhas imaginárias
3,0
8,5 m
para geoestatística Pluviógrafo manual
m Evaporímetro manual
12,0 m
2,5
N.M
Placa de concreto 3,5
asfáltico
Área com
vegetação
vegetação perene predominante, após análise
tração no laboratório de botânica da Universidade
m
11,5
m
8,5 m
Pluviógrafo manual
m
11,5
m
Silte argilosa vermelha
0.60
0.80 Argila siltosa cinza com traços vermelhos
1.00
Argila siltosa cinza com traços amarelos e vermelhos
3.10
Argila cinza
2,7
2,8 Argila arenosa cinza
3.10 argila siltosa cinza com traços vermelhos
REFERÊNCIAS