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ESTRATÉGIAS DO PDE P.15
TEXTO DA LEI P.37
MAPAS P.165
Mapa 1 - Macrozoneamento P.166
Mapa 1A - Zona Urbana e Rural P.167
Mapa 2 - Macroáreas P.168
Mapa 2A - Setores da Macroárea de Estruturação Metropolitana P.169
Mapa 3 - Eixos de Estruturação da Transformação Urbana P.170
Mapa 3A - Eixos de Estruturação da Transformação Urbana Previstos P.171
Mapa 4 - Zonas Especiais de Interesse Social 1 P.172
Mapa 4A - Zonas Especiais de Interesse Social 2, 3, 4 e 5 P.173
Mapa 5 - Rede Hídrica Ambiental e Sistema de Áreas Protegidas, Verdes e Espaços Livres P.174
Mapa 6 - Ações Prioritárias no Sistema de Abastecimento de Água P.175
Mapa 7 - Ações Prioritárias no Sistema de Esgotamento Sanitário P.176
Mapa 8 - Ações Prioritárias no Sistema Viário Estrutural P.177
Mapa 9 - Ações Prioritárias no Sistema de Transporte Público Coletivo P.178
Mapa 10 - Ações Prioritárias nas Áreas de Risco P.179
Mapa 11 - Perímetros de Incentivo ao Desenvolvimento Econômico P.180
QUADROS P.181
Quadro 1 - Definições P.182
Quadro 2 - Características de Aproveitamento Construtivo das Áreas de Influência dos Eixos de Estruturação da
Transformação Urbana P.186
Quadro 2A - Características de Aproveitamento Construtivo por Macroárea P.187
Quadro 3 - Coeficientes de Aproveitamento em ZEIS P.188
Quadro 4 - Percentuais de Área Construída Total por Usos Residenciais e Não Residenciais em ZEIS P.188
Quadro 5 - Fator de Interesse Social (Fs) P.188
Quadro 6 - Fator de Planejamento (Fp) P.189
Quadro 7 - Parques Municipais Existentes e Propostos P.190
Quadro 8 - Ações Prioritárias do Sistema de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos P.195
Quadro 9 - Classificação das Vias da Rede Viária Estrutural P.196
Quadro 10 - Ações Prioritárias do Sistema de Equipamentos Urbanos e Sociais P.215
Quadro 11 - Polo de Economia Criativa – “Distrito Criativo Sé/República” P.223
Quadro 12 - Território Cultural Paulista Luz P.224
Quadro 13 - Perímetro do Parque Tecnológico Jaguaré P.225
VETOS P.227
ÍNDICE REMISSIVO P.236
CRÉDITOS P.243
08
UM PLANO PARA O Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo (PDE), aprovado e sancionado em 31 de
julho de 2014, traz um amplo conjunto de diretrizes, estratégias e medidas para ordenar a trans-
QUALIFICAR A VIDA EM formação da cidade. Representa um pacto da sociedade em direção à justiça social, ao uso mais
racional dos recursos ambientais, à melhoria da qualidade de vida e à intensa participação social
SÃO PAULO nas decisões sobre o futuro de São Paulo.
O impacto do PDE para a cidade, no dia a dia das pessoas, é grande e será cada vez maior. Por isso,
Prefeitura de São Paulo trazer o seu conteúdo para uma linguagem que facilite a compreensão de todos é o objetivo da
presente publicação. Quanto mais conhecido for e mais o cidadão se apropriar dele, mais perto
estaremos de sua efetiva implementação ao longo dos próximos 16 anos de sua vigência. Assim,
cada vez mais, caminharemos em direção a um novo paradigma de governo e de política urbana:
de governar para o cidadão a governar com o cidadão.
A construção de uma estratégia de desenvolvimento para São Paulo deve envolver, sob pena de
se transformar num instrumento sem legitimidade social e sem efetividade prática, um amplo
processo de mobilização da sociedade. No caso do PDE, esse processo teve que lidar com diversas
condicionantes. Por um lado, o sentido de urgência: a revisão do Plano em vigor, naquele mo-
mento, estava atrasada em 7 anos e, portanto, não havia tempo a perder. Ao mesmo tempo, era
claro o sentimento de insatisfação em relação às dinâmicas da cidade, sobretudo a partir da forte
produção imobiliária na década – a maior em pelo menos 30 anos. Ainda, era grande a demanda
para a realização de um processo verdadeiramente participativo e mobilizador, que desse espaço
e voz a todos os segmentos da sociedade e a todas as regiões da cidade.
O processo na Câmara Municipal contou com 60 audiências públicas (com ampla divulgação nos
meios de comunicação), consultas pela internet, direito à palavra assegurado a todos e transparência
dos documentos, por meio de sua publicação no site da Câmara. Da mesma forma, os substitutivos
e as emendas apresentadas pelos Vereadores foram publicadas antecipadamente às votações. Com
isso, além de marcar inovações nas práticas do Legislativo, o processo resultou em contribuições
na formulação de conteúdos de extrema importância para o Plano e na construção de um pacto
social que motiva e ampara a aprovação do plano, legitimando-o como tal.
09
da cidade, como mobilidade, meio ambiente, moradia e trabalho, extrapolam os limites adminis-
trativos do município. São Paulo – cidade e metrópole – exige uma visão sistêmica que reconheça
os vínculos estratégicos entre as ações estruturantes e as políticas de qualificação da escala local
e cotidiana da vida na cidade.
A busca por esse equilíbrio exige da regulação urbana a adoção de uma inteligência na intervenção
pública, amparada em uma concepção do planejamento como um processo dinâmico. Nesse sen-
tido, o PDE confere autoaplicabilidade aos seus principais instrumentos e diretrizes estruturantes.
O modelo de cidade que se adensa de forma concomitante e articulada à expansão das redes de
mobilidade, à demarcação das Zonas Especiais de Interesse Social e aos incentivos urbanísticos
para a doação de calçadas e promoção de fachada ativa e de fruição pública são alguns dos exem-
plos desse princípio que estrutura o Plano Diretor.
No centro da estratégia de transformação de São Paulo, o PDE trabalha com um conjunto de ins-
trumentos que buscam racionalizar as dinâmicas e o aproveitamento do solo urbano, no sentido
de socializar os ganhos da produção da cidade. A adoção do coeficiente de aproveitamento básico
1 para todo o território municipal significa que o proprietário de um lote urbano tem inerente
ao seu direito de propriedade a possibilidade de construir uma vez a área de seu terreno. Sendo
assim, o potencial construtivo adicional dos terrenos pertence à sociedade paulistana. Seu ganho
deve ser revertido para a coletividade e os recursos arrecadados serão investidos em melhorias
urbanas: equipamentos públicos, praças, transporte, drenagem, habitação.
O plano avança, também, com a destinação mínima de 30% do Fundo de Desenvolvimento Urba-
no (FUNDURB) para aquisição de imóveis bem localizados (onde há empregos e infraestrutura)
e para subsídios aos programas de produção habitacional, que se soma, para o mesmo fim, a, no
mínimo, 25% dos recursos arrecadados em Operações Urbanas Consorciadas (OUC), de forma
10
a garantir fontes de financiamento perenes para habitação de interesse social. Isto, combinado
com uma ampliação significativa das zonas especiais de interesse social (o dobro da superfície
demarcada no plano anterior, no caso das ZEIS 2 e 3, destinadas às novas unidades), marca um
claro compromisso de assegurar o direito à moradia digna para quem precisa.
Uma maior racionalidade comprometida com o sentido de justiça social na cidade significa também
efetivar o princípio da função social da propriedade urbana. O PDE traz, nesse sentido, instrumentos
de combate à ociosidade e à retenção especulativa dos imóveis, que não cumprem sua função so-
cial: o Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsórios (PEUC) e o IPTU Progressivo no Tempo.
A orientação do crescimento da cidade nas áreas com boa infraestrutura e, em especial, ao longo
dos eixos de transporte público é a principal proposta para compatibilizar o crescimento urbano
com um novo padrão de mobilidade. Nas áreas de influência, definidas em função da proximidade
com corredores de ônibus, estações de metrô e trem, será permitido otimizar o uso dos terrenos,
permitindo a construção de quatro vezes a sua área. Ao mesmo tempo, serão desestimuladas as
vagas de garagem, com o fim da obrigatoriedade de um número mínimo para os novos empreen-
dimentos. Há, ainda, o incentivo para que as novas construções melhorem a sua inserção urbana:
com uso misto, fachada ativa, espaço para fruição pública e calçadas maiores. Com isso, criamos
instrumentos para qualificar os espaços públicos e conferir maior qualidade urbana e ambiental
para as regiões de maior adensamento.
Acompanhado do maior adensamento ao longo dos eixos de transporte público, buscamos preservar
a qualidade urbana e ambiental e a dinâmica de vida nos miolos dos bairros, seja pela definição
de altura e número de andares máximos das edificações e de limites ao adensamento construtivo,
seja pelo estímulo ao uso misto (comércio, serviço e usos institucionais) no térreo das edificações,
com incentivos urbanísticos.
O PDE ainda busca reforçar o compromisso com a agenda ambiental, essencial para a melhoria da
qualidade de vida na cidade. A demarcação da Zona Rural traz uma nova concepção, multifuncional,
do meio rural: a área de produção dos alimentos e da água para o abastecimento; de manutenção
da biodiversidade e de serviços ambientais; e das unidades de conservação, mas também, a área
do lazer, do ecoturismo, da agroecologia, da produção orgânica e da geração de empregos. Os 167
parques propostos, somados aos 105 já existentes, ampliam os espaços verdes e livres da cidade,
tornando-a mais humana e equilibrada ambientalmente. Destaca-se também a criação de meca-
nismo inédito de cofinanciamento entre sociedade civil e poder público em que, para aquisição de
parques planejados no PDE, a cada real dos cidadãos, a Prefeitura contribui com o mesmo valor.
Valorizar as paisagens da cidade, a partir do seu reconhecimento como bem ambiental e elemen-
to de bem-estar e conforto individual e social, é a premissa para a definição de diretrizes para a
elaboração do Plano de Ordenamento e Proteção à Paisagem. Na mesma direção, atualizamos a
forma de cálculo da Transferência do Potencial Construtivo Adicional para estimular a preservação
de bens de interesse histórico, paisagístico, ambiental, social ou cultural.
Mais fundamental, porém, e como resultado concreto da ampla participação na elaboração desse
plano, é fortalecer a gestão democrática da cidade: composição do Conselho Municipal de Política
Urbana com maioria da sociedade civil e ampliação de suas atribuições; estruturação de conselho
paritário para gerir o FUNDURB; e regulamentação do Sistema de Monitoramento do PDE. Tais
mecanismos permitirão o aprimoramento da aplicação dos instrumentos de política urbana,
trazendo melhorias reais à cidade de São Paulo. Mais do que os avanços técnicos e políticos, o
maior engajamento da sociedade no debate sobre as questões relevantes da cidade emerge como
a grande conquista do novo Plano Diretor.
11
COMO LER O TEXTO DA Para facilitar a compreensão dos conteúdos do Plano Diretor Estratégico, estão presentes, junto
ao texto da lei, ilustrações que apresentam os principais elementos do PDE de forma clara e ob-
LEI ILUSTRADO? jetiva. Com isso, pretende-se fortalecer o caráter pedagógico da publicação, permitindo que seus
conteúdos sejam apreendidos com facilidade pelo leitor.
Na primeira parte, são apresentadas as estratégias ilustradas do Plano Diretor. Um conjunto de
10 infográficos organiza e resume os principais objetivos do Plano para melhorar a qualidade de
vida em São Paulo. Os infográficos articulam desenhos aos principais conceitos e ações, com o
intuito de apresentar uma visão global de cada uma das temáticas, como a melhoria da mobilidade
urbana ou a promoção do desenvolvimento econômico da cidade.
A seguir, o leitor encontra o texto da lei ilustrado, com a redação de todos os artigos do Plano Diretor
acompanhada de diagramas explicativos. Além disso, foram elaborados textos complementares que
explicam, de forma sucinta, as referências externas às quais o PDE se remete, como legislações,
órgãos públicos, políticas e programas.
Na seqüência, estão dispostos os mapas e quadros que compõem a lei, além dos vetos e suas res-
pectivas justificativas. Na parte final, há o índice remissivo, no qual estão listados os principais
termos que compõem o texto da lei, permitindo ao leitor realizar a busca por assuntos específicos.
Boa leitura!
12
INDICAÇÃO DE TÍTULO | CAPÍTULO INDICAÇÃO DE TÍTULO
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO II - DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA
referência um conjunto de lotes, contíguos ou § 1º Nos EZEIS serão consideradas não compu-
não, desde que: táveis as áreas destinadas a usos não residen-
ciais até o limite de 20% (vinte por cento) da
I - os lotes estejam localizados em ZEIS, na § 2º Em todas as demais zonas de uso, inclusive
área computável destinada a usos residenciais
mesma Subprefeitura; dentro dos perímetros de Operações Urbanas
e Operações Urbanas Consorciadas, aplica-se
TÍTULO II
II - sejam observados no conjunto de lotes, para
§ 2º Os usos não residenciais permitidos em à produção de HIS, nos tipos HIS 1 e HIS 2, o
cálculo do total de área construída destinada
fator de interesse social estabelecido no Quadro
para HIS 1 e HIS 2, as exigências estabelecidas à Parte III da Lei nº 13.885, de 25 de agosto de 5 anexo à presente lei.
no Quadro 4 para cada lote, conforme as ca-
2004, até a sua revisão, aplicando-se para a ZEIS
tegorias de ZEIS nas quais os lotes envolvidos
5 os mesmos parâmetros da ZEIS 3.
estiverem localizados. Subseção IV - Da Disciplina dos
§ 3º Todas as categorias de uso do solo integran- Empreendimentos EHIS e EHMP
§ 5º
tes de EZEIS, inclusive usos não residenciais,
totalidade das HIS exigidas nos termos deste
Art. 59. Os Empreendimentos de Habitação
artigo constitui condição para a emissão do
parcelamento, uso e ocupação do solo para de Interesse Social - EHIS e Empreendimentos
27
- EHIS e EHMP. de Habitação de Mercado Popular - EHMP são
respondentes aos demais usos licenciados.
permitidos em todo o território do Município,
REFERÊNCIAS EXTERNAS § 4º Nos EZEIS situados na Área de Proteção
com exceção das Macroáreas de Preservação dos
(Lei Municipal nº 11.228, de 25 de junho de e Recuperação dos Mananciais os parâmetros
27 Ecossistemas Naturais e de Contenção Urbana
1992) Documento expedido pela Prefeitura que urbanísticos e as características de dimensio-
e Uso Sustentável e das ZER-1.
atesta a conclusão, total ou parcial, de obra ou ser- namento, ocupação e aproveitamento dos lotes
viço para a qual tenha sido obrigatória a prévia deverão obedecer à legislação estadual, no que Art. 60. Nas zonas em que são permitidos em-
obtenção de Alvará de Execução.
couber. preendimentos habitacionais EZEIS, EHIS,
EHMP, HIS e HMP deverá ser observado:
§ 6º Será regulamentada por decreto a forma Art. 58. Nas ZEIS 1, 2, 3, 4 e 5 a concessão do
de comprovação do atendimento da demanda I-
habitacional, observados os valores máximos da -
renda familiar mensal e per capita estabelecidos te de aproveitamento máximo é gratuita para a)
nesta lei para HIS 1, HIS 2 e HMP. todas as categorias de uso integrantes das EZEIS. anexo à presente lei;
Art. 56. Em ZEIS, até a revisão da Lei nº 13.885, § 1º As disposições do “caput” aplicam-se tam- b) nas demais zonas de uso, conforme os má-
de 25 de agosto de 2004, nos imóveis que não bém no caso de ZEIS 1, 2, 3, 4 cujos limites
se enquadram nas exigências de destinação de estejam compreendidos dentro dos perímetros ou nas leis de operação urbana consorciada;
área construída para HIS, aplicam-se conjun- de Operações Urbanas e Operações Urbanas II -
tamente as disposições: e 2A desta lei ou das leis de operação urbana
a) do Quadro 2/j anexo à Parte III da Lei nº
13.885, de 2004, quanto às características de
HIS e HMP
aproveitamento, dimensionamento e ocupação
dos lotes;
HIS 1 HIS 2
b) do Quadro 2/i anexo à Parte III da Lei nº
13.885, de 2004, quanto às condições de insta- RENDA FAMILIAR NO MÁXIMO NO MÁXIMO
lação dos usos não residenciais nR permitidos MENSAL MÉDIA 3 SALÁRIOS MÍNIMOS 6 SALÁRIOS MÍNIMOS
em ZEIS.
63
*Estes conteúdos não fazem parte do texto da Lei do Plano Diretor Estratégico (Lei 16.050/2014)
ESTRATÉGIAS ILUSTRADAS DO PDE
SOCIALIZAR OS GANHOS DA PRODUÇÃO DA CIDADE
Imóvel com área superior Imóvel com área superior Edifícios e outros
a 500 m² cujo coeficiente a 500 m² cujo coeficiente imóveis que tenham no
de aproveitamento de aproveitamento mínimo 60% de sua área
utilizado é igual a zero utilizado é inferior ao construída desocupada
mínimo definido há mais de um ano
DEVEM DEVEM
EM ATÉ: EM ATÉ:
1 2 5 1
A NO AN O S ANOS ANO
IMPLEMENTAR A POLÍTICA
HABITACIONAL
destinados à aquisição de
PERMANENTES os terrenos bem localizados para
rs
re c u
d
CONSORCIADAS (OUC) e
25 ÁREA DE INTERVENÇÃO
os
os URBANA (AIU)
rs
re c u
d
Áreas caracterizadas por glebas ou Áreas com ocorrência de imóveis Áreas caracterizadas por glebas ou Lotes ou conjunto de lotes,
lotes não edificados ou subutilizados, ociosos, subutilizados, não utilizados, lotes não edificados e adequados à preferencialmente vazios ou
adequados à urbanização encortiçados ou deteriorados em urbanização e edificação situadas subutilizados, situados em áreas
regiões dotadas de serviços, nas Áreas de Proteção aos dotadas de serviços, equipamentos e
equipamentos e infraestrutura Mananciais infraestruturas urbanas
MELHORAR A
MOBILIDADE
URBANA
=
hidroviário e compartilhamento de automóveis) para
estruturação de uma matriz de deslocamentos mais
abrangente, eficiente e ambientalmente equilibrada.
1 ônibus 30 automóveis
QUALIFICAR AS CONDIÇÕES DE
MOBILIDADE E A INTEGRAÇÃO ENTRE
OS MEIOS DE TRANSPORTE
AMPLIAÇÃO DA REDE DE
MOBILIDADE URBANA NA CIDADE
DESESTIMULAR O USO DO TRANSPORTE
INDIVIDUAL MOTORIZADO
Rede de corredores de ônibus, metrô e trem
PMM
ELABORAR O PLANO MUNICIPAL DE
MOBILIDADE E DE INFRAESTRUTURA
AEROVIÁRIA
ESTIMULAR O COMPARTILHAMENTO DE
AUTOMÓVEIS PARA REDUZIR O
NÚMERO DE VEÍCULOS EM
CIRCULAÇÃO
Previstos
Existentes Existentes
Município Município
HIDROVIÁRIO
VIÁRIO
∞ Vias estruturais
∞ Vias não estruturais
(coletoras, locais
ciclovias e circulação
pedestres)
INFRAESTRUTURA
AEROVIÁRIA
∞ Helipontos
∞ Heliportos
LOGÍSTICA ∞ Aeródromos
∞ Aeroportos
∞ Vias, dutovias e
ferrovias segregadas
∞ Plataformas e
terminais
∞ Centros de
armazenamento e
distribuição
28m
(Térreo + 8 andares)
ÁREAS VERDES E
ESPAÇOS LIVRES
Parques urbanos,
praças, espaços livres,
arborização
REDE DE
EQUIPAMENTOS
URBANOS E SOCIAIS
Educação, Saúde,
Esportes, Cultura,
Assistência Social
ORIENTAR O RESIDENCIAL
CRESCIMENTO DA
INCENTIVO AO
CIDADE NAS USO MISTO
Comércio, serviços e
PROXIMIDADES DO equipamentos não serão
computáveis até 20% da
área total construída
TRANSPORTE PÚBLICO
COMÉRCIO,
Para reduzir a necessidade de grandes deslocamentos SERVIÇOS E
diários e aproximar emprego e moradia, o Plano Diretor EQUIPAMENTOS
organiza a ocupação da cidade através dos Eixos de
Estruturação da Transformação Urbana, otimizando o
aproveitamento do solo nas áreas próximas à rede de
transporte coletivo de média e alta capacidade (metrô,
trem, corredores de ônibus). Instrumentos foram
criados para vincular o adensamento habitacional e
construtivo ao longo destes eixos à qualificação e
ampliação dos espaços públicos e da oferta de serviços
e equipamentos urbanos e sociais, de modo a fazer de
São Paulo uma cidade mais humana.
PROMOVER ADENSAMENTO
HABITACIONAL E DE ATIVIDADES
URBANAS AO LONGO DO SISTEMA DE
TRANSPORTE PÚBLICO
QUALIFICAR CENTRALIDADES
EXISTENTES E ESTIMULAR A CRIAÇÃO
DE NOVAS CENTRALIDADES
400 m 300 m
DESESTIMULAR VAGAS DE GARAGEM:
MAIS QUE 1 VAGA DE GARAGEM POR 150 m
UNIDADE HABITACIONAL E 1 VAGA
PARA 70M² DE USOS NÃO RESIDENCIAIS
150 m
SERÃO CONSIDERADAS COMPUTÁVEIS
300 m
METROPOLITANAS
ou subutilizados.
EIXO
FERNÃO DIAS
EIXO
NOROESTE
Para melhorar a distribuição da oferta de trabalho e
moradia pelo território e articular os polos de emprego
localizados nos diversos municípios que compõem a
Região Metropolitana de São Paulo, o Plano Diretor
reconhece como estratégico o território que conecta
essas centralidades, definindo a Macroárea de
Estruturação Metropolitana. Nessas áreas, justamente ARCO
onde se localizam os sistemas de infraestruturas que TIETÊ
permitem o deslocamento de pessoas e produtos,
como ferrovias, avenidas estruturais e rodovias – e
também os rios – o Plano Diretor propõe que sejam Rio T
ietê
implementados Projetos de Intervenção Urbana para
promover as transformações urbanas necessárias e
reorganizar as dinâmicas metropolitanas.
ARCO
ARTICULAR OS MUNICÍPIOS DA
PINHEIROS
Ri
METRÓPOLE COM ARCOS, TERRITÓRIOS
o
Ta
CENTRO
ESTRATÉGICOS PARA REEQUILIBRAR AS
m
an
du
DINÂMICAS
at
eí
s
eiro
MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA
Pinh
COM PROJETOS URBANOS
FARIA LIMA-
Rio
ÁGUA ESPRAIADA
EIXO
CUPECÊ
Viário
estrutural
Trilhos
Rios
SETOR SETOR EIXOS DE
CENTRAL DESENVOLVIMENTO GRANDES TRANSFORMAÇÕES DEVERÃO
Região central da cidade, onde Áreas carentes de emprego e SER ORIENTADAS POR PROJETOS
está o centro histórico, com muito povoadas, localizadas ao
grande oferta de emprego, longo de importantes eixos de
comércio e serviços. transporte. Na Macroárea de Estruturação Metropolitana, melhorias
urbanísticas poderão ser realizadas por meio de Operações
Urbanas Consorciadas (OUC), Áreas de Intervenção Urbana
(AIU), Concessões Urbanísticas e Áreas de Estruturação Local
(AEL) de modo participativo, com objetivo de qualificar
determinadas áreas da cidade. Para isso, deverá ser elaborada
um Projeto de Intervenção Urbana (PIU), com propostas:
URBANÍSTICAS
• Elaboração de Projeto de Intervenção Urbana
(PIU) com etapas e fases
• Definição de parâmetros de uso e ocupação do
solo (quando aplicáveis)
SOCIAIS
• Atendimento das necessidades habitacionais
• Instalação de Equipamentos Urbanos e Sociais
AMBIENTAIS
• Soluções para áreas de risco e com solos
ARCO contaminados
LESTE • Intervenções para melhorar as condições
ambientais e paisagísticas
ARCO
JACU-PÊSSEGO
$ ECONÔMICO-FINANCEIRAS
• Estudo de viabilidade econômica das
intervenções urbanas
• Estratégias de financiamento
GESTÃO PARTICIPATIVA
ARCO • Mecanismos de participação e controle social
TAMANDUATEÍ • Instrumentos para monitoramento e avaliação
das ações
PRAZOS
Deverão ser encaminhados projetos de lei para implementar
Projetos de Intervenção Urbana (PIU) nas seguintes regiões
da cidade até:
GERAÇÃO DE EMPREGOS
PRÓXIMOS À MORADIA
Para ampliar a oferta de empregos nos perímetros
JACU-PÊSSEGO e CUPECÊ, foram definidos incentivos para
instalação de usos não residenciais:
DISTRIBUIR EQUITATIVAMENTE A
OFERTA DE EMPREGO NA CIDADE, COM
POLOS ESTRATÉGICOS DE
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
POTENCIALIZAR A CAPACIDADE
CRIATIVA E O CONHECIMENTO
CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO, COM
POLOS DE ECONOMIA CRIATIVA E
PARQUES TECNOLÓGICOS
PROMOVER A INFRAESTRUTURA
NECESSÁRIA AO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Centralidade
polar
Centralidade
linear
Rios
DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO
O Plano Diretor define a criação de áreas
estratégicas para ampliar a oferta de emprego de
forma descentralizada na cidade:
∞ Perímetros de Incentivo ao
Desenvolvimento Econômico
∞ Parques Tecnológicos
∞ Polos de Economia Criativa
∞ Polos Estratégicos de Desenvolvimento Econômico
∞ Centralidades Polares e Lineares
∞ Polo de Desenvolvimento Rural
APROXIMAR
EMPREGO E MORADIA
• público coletivo
• cicloviário
CIDADÃO • circulação de pesdestres
A dimensão ambiental desempenha papel fundamental ou
PREFEITURA
INICIATIVA
na estruturação e ordenação territorial do Plano Diretor, PRIVADA
e é tema transversal aos sistemas e políticas setoriais da
cidade. O Plano Diretor define uma área da cidade
como Zona Rural com mecanismos efetivos para sua
dinamização e proteção atrelados a fontes mínimas e
FUNDO MUNICIPAL
permanentes de financiamento, além de promover a DE PARQUES
ampliação de zonas de proteção e preservação
ambiental. Novos parques são propostos atrelados a um
novo fundo municipal, criado especialmente com a
finalidade de garantir a ampliação de áreas verdes e PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
espaços livres na cidade.
AMBIENTAIS
Mecanismo que viabiliza a conservação de
áreas que contribuem para manutenção da
qualidade ambiental da cidade, remunerando
AMPLIAR AS ÁREAS VERDES, COM 167 os proprietários dessas áreas.
PARQUES PROPOSTOS
PROIBIÇÃO DE NOVOS
PARCELAMENTOS PARA USOS URBANOS
PAGAMENTO
NA MACROÁREA DE CONTENÇÃO CONSERVAÇÃO PELA CONSERVAÇÃO
URBANA E USO SUSTENTÁVEL
PROPRIETÁRIO
CONTROLE PRODUÇÃO
DE INUNDAÇÃO DE ÁGUA
SÍTIOS, CHÁCARAS E
PROPRIEDADES
AGRÍCOLAS
Propriedades localizadas
na zona rural
PARQUES LINEARES
Áreas verdes associadas
aos cursos d'água
ZONA RURAL
INICIATIVAS
para a comunidade.
CULTURAIS
Para ampliar a proteção, articulação e dinamização de
espaços culturais, afetivos e simbólicos, de grande
importância para a memória, identidade e vida cultural
dos paulistanos, o Plano Diretor define quatro tipos de
Zonas Especiais de Preservação Cultural (ZEPEZ), além
de criar o Sistema Municipal de Patrimônio Cultural, os
Polos de Economia Criativa e os Territórios de Interesse
da Cultura e da Paisagem (TICP), que se articulam aos
Planos Regionais e Planos de Bairro. Foram também
incorporados instrumentos culturais para preservação
de bens de interesse histórico, paisagístico, ambiental,
social ou cultural da cidade.
TERRITÓRIOS DE INTERESSE
DA CULTURA E DA
PAISAGEM – TICP
TICP
Jaraguá/Perus
TICP
Paulista/Luz
PROCESSO PERMANENTE,
INSTRUMENTOS DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL
DESCENTRALIZADO E PARTICIPATIVO
DE PLANEJAMENTO Assim como as instâncias de participação popular, os instrumentos de participação social são mecanismos
de interação entre a população e o Poder Público, que garantem a efetiva presença da sociedade civil nos
processos decisórios dos rumos da cidade. Conheça os instrumentos de participação social:
i i
DIVULGAÇÃO À POPULAÇÃO DOS
i DOCUMENTOS E INFORMAÇÕES SOBRE
A IMPLEMENTAÇÃO DO
PLANO DIRETOR INICIATIVA POPULAR INICIATIVA POPULAR INSTRUMENTOS
AUDIÊNCIAS
PÚBLICAS DE PLANOS E PROJETOS DE DE PROJETOS DE LEI, DE PROMOÇÃO DA
DESENVOLVIMENTO URBANO PLEBISCITO E REFERENDO CIDADANIA
MECANISMOS DE FINANCIAMENTO
PARA REALIZAÇÃO DOS OBJETIVOS E
DIRETRIZES DO PLANO DIRETOR
ATRAVÉS DOS FUNDOS MUNICIPAIS
i i
MONITORAMENTO E
COMUNICAÇÃO
i SISTEMA GERAL
DE INFORMAÇÕES
ENTRE EXECUTIVO
E SOCIEDADE
AVALIAÇÃO DA
IMPLEMENTAÇÃO DO
PLANO DIRETOR
ÓRGÃOS
PÚBLICOS
Assegura a participação direta da população na tomada de decisões, controle e avaliação em todas as fases de planejamento e gestão das políticas urbanas.
Veja os componentes e suas relações com o Plano Diretor:
$ $ $
Plano Diretor
Estratégico - PDE
PRS
LPUOS
ZON
ao
A principal fonte de recurso do Administrado por um Habitação de Interesse Social
os
fundo é a Outorga Onerosa, valor CONSELHO GESTOR os
rs
re c u
d
pago para se construir além do paritário
coeficiente básico do terreno Equipamentos Urbanos e Sociais
Patrimônio Cultural
Coeficiente máximo
$
Planos de Bairro
menos
FUNDURB
ao
re
Sistema de Circulação de Pedestres
Espaços Públicos
Outras fontes de arrecadação,
como os rendimentos da aplicação
do fundo, repasses e doações, Unidades de Conservação Ambiental
também se constituem fonte de
receita para o FUNDURB.
Áreas Verdes
PRESTAÇÃ
LEI Nº 16.050, DE 31 DE JULHO DE 2014
CAPÍTULO I - DA Art. 2º A presente lei tem como base os funda- REFERÊNCIAS EXTERNAS
mentos expressos na Constituição Federal1, no Lei que define os programas e ações da Prefei-
ABRANGÊNCIA E DOS
4
Estatuto da Cidade2 e na Lei Orgânica do Mu- tura de São Paulo de 4 em 4 anos; deve ser ela-
CONCEITOS nicípio de São Paulo3. borada no primeiro ano da gestão e vale até o
primeiro ano da gestão seguinte.
REFERÊNCIAS EXTERNAS
5 É o instrumento de conexão entre o PPA e o
Art. 1º Esta lei dispõe sobre a Política de De- 1 (Constituição da República Federativa do Brasil de Orçamento Anual; estabele a ligação entre o curto
senvolvimento Urbano, o Sistema de Planeja- 1988) Lei fundamental do Brasil. Institui o país como prazo (orçamento) e o longo prazo (PPA) e orienta
mento Urbano e o Plano Diretor Estratégico do um Estado Democrático, destinado a assegurar o a elaboração da LOA.
Município de São Paulo e aplica-se à totalidade exercício dos direitos sociais e individuais, a liberda-
de, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a 6 As leis orçamentárias anuais (LOAs) são o de-
do seu território. talhamento das prioridades e metas definidas no
igualdade e a justiça como valores supremos.
PPA e expressas nas LDOs; prevê a receita e fixa a
2 (Lei Federal nº 10.257, de 10 de junho de 2001) despesa para o exercício de competência.
ABRANGÊNCIA DA LEI Estabelece diretrizes gerais da política urbana,
define função social da cidade e da propriedade e 7 É um instrumento inserido na Lei Orgânica do
estabelece instrumentos de planejamento e gestão Município de São Paulo que prevê que toda nova
Esta lei dispõe sobre:
urbana para os municipios, como o PDE. gestão apresente as metas prioritárias para seu
governo de forma regionalizada e com indicadores
POLÍTICA DE 3 (Lei Orgânica do Município de São Paulo) Lei de desempenho.
DESENVOLVIMENTO URBANO fundamental do Município de São Paulo. Tem o
objetivo de organizar o exercício do poder e for- 8 (Lei nº 13.885, de 25 de agosto de 2004 ) Dispõe
talecer as instituições democráticas e os direitos sobre o zoneamento, instrumento complementar
sociais e individuais. ao PDE, através do qual a cidade é dividida em
SISTEMA DE áreas sobre as quais incidem diretrizes diferen-
PLANEJAMENTO URBANO ciadas para o uso e ocupação do solo. Deverá ser
§ 1º O Plano Diretor deverá considerar o dis- objeto de revisão participativa em até 180 dias
posto nos planos e leis nacionais e estaduais após publicação deste PDE.
PDE
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO relacionadas às políticas de desenvolvimento 9 Instrumento complementar ao PDE, os Planos
urbano, incluindo saneamento básico, habita- Regionais de cada Subprefeitura contemplam pro-
ção, mobilidade e ordenamento territorial, e à posições considerando as especificidades regionais
e têm em vista a articulação de políticas setoriais
política de meio ambiente.
(habitação, mobilidade, meio ambiente, equipamentos
§ 2º O Plano Diretor deve se articular com o sociais, entre outras).
§ 1º A Política de Desenvolvimento Urbano é o
conjunto de planos e ações que tem como objeti- planejamento metropolitano e com os planos 10 As Subprefeituras e o Conselho de Representantes
vo ordenar o pleno desenvolvimento das funções dos demais municípios da Região Metropolitana. de cada Subprefeitura poderão propor Planos de
Bairro, com a finalidade de detalhar as diretrizes
sociais da cidade e o uso socialmente justo e
Art. 3º O Plano Diretor Estratégico orienta o pla- propostas e definidas pelos respectivos Planos
ecologicamente equilibrado e diversificado de Regionais das Subprefeituras. Os Planos de Bairro
nejamento urbano municipal e seus objetivos,
seu território, de forma a assegurar o bem-estar são regulamentados pelo PDE.
diretrizes e prioridades devem ser respeitados
e a qualidade de vida de seus habitantes.
pelos seguintes planos e normas: 11 As políticas públicas setoriais, em especial as
§ 2º O Sistema de Planejamento Urbano corres- urbanas e ambientais, integram a Política de De-
I - Plano Plurianual4, Lei de Diretrizes Orça- senvolvimento Urbano do Município e definem as
ponde ao conjunto de órgãos, normas, recursos
mentárias5, Lei Orçamentária Anual6 e o Plano ações que devem ser implementadas pelo Execu-
humanos e técnicos que tem como objetivo tivo para cumprir os objetivos estratégicos deste
de Metas7;
coordenar as ações referentes ao desenvolvi- PDE.
mento urbano, de iniciativa dos setores público II - Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do
e privado, integrando-as com os diversos pro- Solo8, Planos Regionais das Subprefeituras9,
gramas setoriais, visando à dinamização e à Planos de Bairros10, planos setoriais de políticas
PRAZOS PARA REVISÃO E OBJETIVOS
modernização da ação governamental. urbano-ambientais e demais normas correla-
tas11.
§ 3º O Plano Diretor Estratégico é o instrumento
básico da Política de Desenvolvimento Urbano Art. 4º Os objetivos previstos neste Plano Dire- A revisão participativa deste
revisão Plano Diretor Estratégico
do Município de São Paulo, determinante para tor devem ser alcançados até 2029. deverá ser encaminhada à
2021
todos os agentes públicos e privados que atuam Câmara Municipal em 2021
em seu território. Parágrafo único. O Executivo deverá encami-
nhar à Câmara Municipal proposta de revisão Os objetivos deste Plano
§ 4º Os conceitos utilizados nesta lei estão de- deste Plano Diretor, a ser elaborada de forma objetivos Diretor Estratégico devem ser
2029 alcançados até 2029
finidos no Quadro 1. participativa, em 2021.
40
TÍTULO I - DA ABRANGÊNCIA, DOS CONCEITOS, PRINCÍPIOS E OBJETIVOS | CAPÍTULO II - DOS PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS
TÍTULO I
PRINCÍPIOS DO PDE
PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E
I - justa distribuição dos benefícios e ônus do
OBJETIVOS Para estabelecer uma cidade plural, com processo de urbanização;
justiça social e equilibrada, o Plano Diretor
tem como princípios:
Art. 5º Os princípios que regem a Política de II - retorno para a coletividade da valorização
Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor de imóveis decorrente dos investimentos pú-
Estratégico são: FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE blicos e das alterações da legislação de uso e
ocupação do solo;
I - Função Social da Cidade;
FUNÇÃO SOCIAL DA III - distribuição de usos e intensidades de
II - Função Social da Propriedade Urbana; PROPRIEDADE URBANA
ocupação do solo de forma equilibrada, para
III - Função Social da Propriedade Rural; evitar ociosidade ou sobrecarga em relação
FUNÇÃO SOCIAL DA à infraestrutura disponível, aos transportes
PROPRIEDADE RURAL
IV - Equidade e Inclusão Social e Territorial; e ao meio ambiente, e para melhor alocar os
investimentos públicos e privados;
V - Direito à Cidade; EQUIDADE E INCLUSÃO
SOCIAL E TERRITORIAL IV - compatibilização da intensificação da ocu-
VI - Direito ao Meio Ambiente Ecologicamente
pação do solo com a ampliação da capacidade
Equilibrado;
DIREITO À CIDADE de infraestrutura para atender às demandas
VII - Gestão Democrática. atuais e futuras;
§ 1º Função Social da Cidade compreende o DIREITO AO MEIO AMBIENTE V - adequação das condições de uso e ocupação
ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO
atendimento das necessidades dos cidadãos do solo às características do meio físico, para
quanto à qualidade de vida, à justiça social, impedir a deterioração e degeneração de áreas
ao acesso universal aos direitos sociais e ao GESTÃO DEMOCRÁTICA do Município;
desenvolvimento socioeconômico e ambiental,
VI - proteção da paisagem dos bens e áreas de
incluindo o direito à terra urbana, à moradia
valor histórico, cultural e religioso, dos recursos
digna, ao saneamento ambiental, à infraestrutu- § 5º Direito à Cidade compreende o processo de
naturais e dos mananciais hídricos superficiais
ra urbana, ao transporte, aos serviços públicos, universalização do acesso aos benefícios e às
e subterrâneos de abastecimento de água do
ao trabalho, ao sossego e ao lazer. comodidades da vida urbana por parte de todos
Município;
os cidadãos, seja pela oferta e uso dos serviços,
§ 2º Função Social da Propriedade Urbana é equipamentos e infraestruturas públicas. VII - utilização racional dos recursos naturais,
elemento constitutivo do direito de propriedade
em especial da água e do solo, de modo a garan-
e é atendida quando a propriedade cumpre os § 6º Direito ao Meio Ambiente Ecologicamente
tir uma cidade sustentável para as presentes e
critérios e graus de exigência de ordenação Equilibrado é o direito sobre o patrimônio am-
futuras gerações;
territorial estabelecidos pela legislação, em biental, bem de uso comum e essencial à sadia
especial atendendo aos coeficientes mínimos qualidade de vida, constituído por elementos do VIII - adoção de padrões de produção e con-
de utilização determinados nos Quadros 2 e sistema ambiental natural e do sistema urbano sumo de bens e serviços compatíveis com os
2A desta lei. de forma que estes se organizem equilibrada- limites da sustentabilidade ambiental, social e
mente para a melhoria da qualidade ambiental econômica do Município;
§ 3º Função Social da Propriedade Rural é ele- e bem-estar humano.
mento constitutivo do direito de proprieda- IX - planejamento da distribuição espacial da
de e é atendida quando, simultaneamente, a § 7º Gestão Democrática é a garantia da par- população e das atividades econômicas de modo
propriedade é utilizada de forma racional e ticipação de representantes dos diferentes a evitar e corrigir as distorções do crescimento
adequada, conservando seus recursos naturais, segmentos da população, diretamente ou por urbano e seus efeitos negativos sobre o meio
favorecendo o bem-estar dos proprietários e intermédio de associações representativas, nos ambiente, a mobilidade e a qualidade de vida
dos trabalhadores e observando as disposições processos de planejamento e gestão da cidade, urbana;
que regulam as relações de trabalho. de realização de investimentos públicos e na
elaboração, implementação e avaliação de pla- X - incentivo à produção de Habitação de Interes-
§ 4º Equidade Social e Territorial compreende a nos, programas e projetos de desenvolvimento se Social, de equipamentos sociais e culturais e
garantia da justiça social a partir da redução das urbano. à proteção e ampliação de áreas livres e verdes;
vulnerabilidades urbanas e das desigualdades
sociais entre grupos populacionais e entre os Art. 6º A Política de Desenvolvimento Urbano XI - prioridade no sistema viário para o trans-
distritos e bairros do Município de São Paulo. porte coletivo e modos não motorizados;
41
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
XII - revisão e simplificação da legislação de alta e média capacidade e os modos não mo- XVII - garantir que os planos setoriais previstos
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e das torizados, racionalizando o uso de automóvel; neste Plano Diretor Estratégico sejam articula-
normas edilícias, com vistas a aproximar a legis- dos de modo transversal e intersetorial.
V - implementar uma política fundiária e de
lação da realidade urbana, assim como facilitar
uso e ocupação do solo que garanta o acesso à Parágrafo único. Os objetivos estratégicos se
sua compreensão pela população;
terra para as funções sociais da cidade e proteja desdobram em objetivos por porções homogê-
XIII - ordenação e controle do uso do solo, de o patrimônio ambiental e cultural; neas de território, estabelecidos por macroá-
forma a evitar: reas, e nos objetivos estratégicos das políticas
VI - reservar glebas e terrenos, em áreas dotadas urbanas setoriais, definidas nesta lei.
a) a proximidade ou conflitos entre usos in- de infraestrutura e transportes coletivos, em
compatíveis ou inconvenientes; quantidade suficiente para atender ao déficit
acumulado e às necessidades futuras de habi-
b) o parcelamento, a edificação ou o uso ex- tação social;
cessivos ou inadequados do solo em relação à
infraestrutura urbana; VII - promover a regularização e a urbanização
de assentamentos precários;
c) a instalação de empreendimentos ou ativida-
des que possam funcionar como polos geradores VIII - contribuir para a universalização do
de tráfego, sem a previsão da infraestrutura abastecimento de água, a coleta e o tratamen-
correspondente; to ambientalmente adequado dos esgotos e dos
resíduos sólidos;
d) a retenção especulativa de imóvel urbano, que
resulta na sua subutilização ou não utilização; IX - ampliar e requalificar os espaços públicos,
as áreas verdes e permeáveis e a paisagem;
e) a deterioração das áreas urbanizadas e os
conflitos entre usos e a função das vias que X - proteger as áreas de preservação perma-
lhes dão acesso; nente, as unidades de conservação, as áreas
de proteção dos mananciais e a biodiversidade;
f ) a poluição e a degradação ambiental;
XI - contribuir para mitigação de fatores an-
g) a excessiva ou inadequada impermeabili- tropogênicos que contribuem para a mudança
zação do solo; climática, inclusive por meio da redução e re-
h) o uso inadequado dos espaços públicos; moção de gases de efeito estufa, da utilização
de fontes renováveis de energia e da construção
XIV - cooperação entre os governos, a iniciativa sustentável, e para a adaptação aos efeitos reais
privada e os demais setores da sociedade no ou esperados das mudanças climáticas;
processo de urbanização, em atendimento ao
interesse social. XII - proteger o patrimônio histórico, cultural
e religioso e valorizar a memória, o sentimento
Art. 7º A Política de Desenvolvimento Urbano de pertencimento à cidade e a diversidade;
e o Plano Diretor Estratégico se orientam pelos
seguintes objetivos estratégicos: XIII - reduzir as desigualdades socioterritoriais
para garantir, em todos os distritos da cidade, o
I - conter o processo de expansão horizontal acesso a equipamentos sociais, a infraestrutura
da aglomeração urbana, contribuindo para e serviços urbanos;
preservar o cinturão verde metropolitano;
XIV - fomentar atividades econômicas sustentá-
II - acomodar o crescimento urbano nas áreas veis, fortalecendo as atividades já estabelecidas
subutilizadas dotadas de infraestrutura e no e estimulando a inovação, o empreendedorismo,
entorno da rede de transporte coletivo de alta a economia solidária e a redistribuição das
e média capacidade; oportunidades de trabalho no território, tanto
na zona urbana como na rural;
III - reduzir a necessidade de deslocamento,
equilibrando a relação entre os locais de em- XV - fortalecer uma gestão urbana integrada,
prego e de moradia; descentralizada e participativa;
IV - expandir as redes de transporte coletivo de XVI - recuperar e reabilitar as áreas centrais
da cidade;
42
TÍTULO II - D
A ORDENAÇÃO TERRITORIAL
CAPÍTULO I - DA ESTRUTURAÇÃO E ORDENAÇÃO TERRITORIAL
MACROZONAS
44
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO I - DA ESTRUTURAÇÃO E ORDENAÇÃO TERRITORIAL
c) rede hídrica e ambiental constituída pelo § 2º Os objetivos da Macrozona de Estruturação como pessoas em situação de rua, catadores e
conjunto de cursos d´água, cabeceiras de dre- e Qualificação Urbana são: trabalhadores ambulantes, a situações de riscos,
nagem e planícies aluviais, de parques urbanos, perigos e ameaças;
I - promoção da convivência mais equilibrada
lineares e naturais, áreas verdes significativas
entre a urbanização e a conservação ambiental, V - diminuição das desigualdades na oferta
e áreas protegidas e espaços livres, que cons-
entre mudanças estruturais provenientes de e distribuição dos serviços, equipamentos e
titui o arcabouço ambiental do Município e
TÍTULO II
grandes obras públicas e privadas e as condições infraestruturas urbanas entre os distritos;
desempenha funções estratégicas para garantir
de vida dos moradores;
o equilíbrio e a sustentabilidade urbanos; VI - desconcentração das oportunidades de
II - compatibilidade do uso e ocupação do solo trabalho, emprego e renda, beneficiando os
d) rede de estruturação local, que articula as
com a oferta de sistemas de transporte coletivo bairros periféricos;
políticas públicas setoriais no território indis-
e de infraestrutura para os serviços públicos;
pensáveis para garantir os direitos de cidada- VII - manutenção, proteção e requalificação das
nia e reduzir a desigualdade socioterritorial e III - orientação dos processos de reestruturação zonas exclusivamente residenciais consideradas
gerar novas centralidades em regiões menos urbana de modo a repovoar os espaços com pou- as disposições dos arts. 27 e 33 desta lei.
estruturadas, além de qualificar as existentes. cos moradores, fortalecer as bases da economia
local e regional, aproveitar a realização de inves-
Parágrafo único. Fica o território do Município Subseção I - Da Macroárea de
timentos públicos e privados em equipamentos
de São Paulo dividido nas seguintes macrozonas, Estruturação Metropolitana
e infraestruturas para melhorar as condições
cada uma delas subdividas em quatro macroá-
dos espaços urbanos e atender necessidades
reas, conforme Mapas 1 e 2, anexos: Art. 11. A Macroárea de Estruturação Metro-
sociais, respeitando as condicionantes do meio
I - Macrozona de Estruturação e Qualificação físico e biótico e as características dos bens e politana abrange áreas das planícies fluviais
Urbana; áreas de valor histórico, cultural, religioso e dos rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí, com
ambiental; articulação com o Centro e prolongamento junto
II - Macrozona de Proteção e Recuperação Am- às avenidas Jacu-Pêssego, Cupecê e Raimundo
biental. IV - eliminação e redução das situações de vul- Pereira de Magalhães e das rodovias Anhanguera
nerabilidades urbanas que expõem diversos e Fernão Dias e caracteriza-se pela existência de
grupos sociais, especialmente os de baixa renda vias estruturais, sistema ferroviário e rodovias
SEÇÃO I - DA MACROZONA DE
ESTRUTURAÇÃO E QUALIFICAÇÃO
ELEMENTOS ESTRUTURANTES DO ORDENAMENTO TERRITORIAL:
URBANA REDE DE ESTRUTURAÇÃO URBANA
Art. 10. A Macrozona de Estruturação e Quali- Para atingir de forma equilibrada as dimensões, objetivos, princípios e diretrizes do Plano Diretor, foi
ficação Urbana, situada integralmente na Zona definida uma Rede de Estruturação e Transformação Urbana, composta pelos seguintes elementos:
Urbana, apresenta grande diversidade de pa-
drões de uso e ocupação do solo, desigualdade
MACROÁREA DE ESTRUTURAÇÃO METROPOLITANA
socioespacial, padrões diferenciados de urba- Possui papel estratégico na reestruturação de São Paulo, pois em seu território se
nização e é a área do Município mais propícia localizam os principais eixos que articulam polos e municípios da Região Metropolitana
de São Paulo, além de possuir regiões que passam por intensos processos de mudança
para abrigar os usos e atividades urbanos. nos padrões de uso e ocupação, com grande potencial de transformação.
45
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
SETOR ORLA
FERROVIÁRIA E FLUVIAL
Área no entorno dos rios Tietê,
GRANDES
Pinheiros e Tamanduateí, onde
existem grandes terrenos ociosos TRANSFORMAÇÕES
ou subutilizados. ORIENTADAS POR
PROJETOS
SETOR Na Macroárea de Estruturação
CENTRAL Metropolitana, melhorias
urbanísticas deverão ser
Região central da cidade, onde orientadas por Projetos de
está o centro histórico, com Intervenção Urbana (PIUs) e
grande oferta de emprego, poderão ser realizadas por
comércio e serviços. meio de Operação Urbana
Consorciada (OUC), Área de
Intervenção Urbana (AIU),
SETOR EIXOS DE Concessão Urbanística ou
DESENVOLVIMENTO Área de Estruturação Local
(AEL), de modo participativo,
Áreas muito povoadas, mas com objetivo de melhorar a
carentes de emprego, ao longo de qualidade de vida de áreas
importantes eixos de transporte. específicas.
que articulam diferentes municípios e polos de c) Arco Tamanduateí; atendendo a critérios de sustentabilidade e
empregos da Região Metropolitana de São Paulo, garantindo a proteção do patrimônio arquite-
d) Arco Pinheiros;
onde se verificam processos de transformação tônico e cultural, em especial o ferroviário e
econômica e de padrões de uso e ocupação do e) Arco Faria Lima - Águas Espraiadas - Chucri o industrial;
solo, com a necessidade de equilíbrio na relação Zaidan;
entre emprego e moradia. II - recuperação da qualidade dos sistemas am-
f ) Arco Jurubatuba; bientais existentes, especialmente dos rios,
Parágrafo único. As porções dos territórios que córregos e áreas vegetadas, articulando-os
integram a Macroárea de Estruturação Metropo- II - Setor Eixos de Desenvolvimento, formado adequadamente com os sistemas urbanos,
litana passam por processos de mudanças nos pelos seguintes subsetores: principalmente de drenagem, saneamento
padrões de uso e ocupação e conversão econô- básico e mobilidade, com especial atenção à
a) Arco Jacu-Pêssego;
mica, com concentração de oportunidades de recuperação das planícies fluviais e mitigação
trabalho e emprego geradas pela existência de b) Avenida Cupecê; das ilhas de calor;
legados industriais herdados do passado, novas
atividades produtivas, polos de atividades terciá- c) Noroeste - Avenida Raimundo Pereira de III - manutenção da população moradora, in-
rias, grandes vias estruturais e infraestruturas Magalhães e Rodovia Anhanguera; clusive através da promoção da urbanização e
que fazem parte dos sistemas de transporte regularização fundiária de assentamentos pre-
d) Fernão Dias; cários e irregulares ocupados pela população de
coletivo de massa.
III - Setor Central, organizado a partir do ter- baixa renda com oferta adequada de serviços,
Art. 12. A Macroárea de Estruturação Metropo- ritório da Operação Urbana Centro e entorno. equipamentos e infraestruturas urbanas;
litana é composta por três setores, conforme
Mapa 2A, agregados a partir de dez subsetores § 1º Os objetivos específicos a serem alcançados IV - produção de HIS e HMP;
distintos: no Setor Orla Ferroviária e Fluvial da Macroárea V - incremento e qualificação da oferta de dife-
de Estruturação Metropolitana são: rentes sistemas de transporte coletivo, articulan-
I - Setor Orla Ferroviária e Fluvial, formado
pelos seguintes subsetores: I - transformações estruturais orientadas para do-os aos modos não motorizados de transporte
o maior aproveitamento da terra urbana com e promovendo melhorias na qualidade urbana
a) Arco Leste; o aumento nas densidades construtiva e de- e ambiental do entorno;
b) Arco Tietê; mográfica e implantação de novas atividades VI - regulação da produção imobiliária para
econômicas de abrangência metropolitana,
46
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO I - DA ESTRUTURAÇÃO E ORDENAÇÃO TERRITORIAL
captura, pela municipalidade, da valorização V - implantação de atividades não residenciais proximidade de diferentes tipologias residen-
imobiliária decorrente de investimentos pú- capazes de gerar emprego e renda; ciais para grupos de baixa, média e alta renda;
blicos, para financiamento de melhorias e be-
VI - redefinição dos parâmetros de uso e ocu- VII - revisão e atualização da Operação Urbana
nefícios públicos;
pação do solo para qualificação dos espaços Centro;
VII - redefinição dos parâmetros de uso e ocu- públicos e da paisagem urbana;
TÍTULO II
VIII - instituição de programas de requalificação
pação do solo para qualificação dos espaços
VII - minimização dos problemas das áreas urbana e integração entre os usos residenciais
públicos e da paisagem urbana;
com riscos geológico-geotécnicos e de inunda- e não residenciais para vários subsetores da
VIII - minimização dos problemas das áreas ções e solos contaminados, acompanhada da área central, considerando-se os usos não re-
com riscos geológico-geotécnicos e de inunda- prevenção do surgimento de novas situações sidenciais e suas especialidades, entre elas, a
ções e solos contaminados, acompanhada da de vulnerabilidade, em especial no que se re- zona cerealista, a área da Rua 25 de Março, o
prevenção do surgimento de novas situações fere à implantação de atividades em áreas de Mercado Municipal.
de vulnerabilidade; ocorrência de solos e rochas sujeitos a colapsos
§ 4º Para alcançar os objetivos previstos deverão
estruturais e subsidência, mapeados na Carta
IX - compatibilização de usos e tipologias de ser, nos prazos previstos no art. 76, elaborados
Geotécnica do Município de São Paulo;
parcelamento do solo urbano com as condicio- projetos de intervenção urbana nos subsetores
nantes geológico-geotécnicas e hidrológicas; VIII - incentivo à atividade econômico-industrial da Macroárea de Estruturação Metropolitana
de escala metropolitana. que poderão ser viabilizados através dos ins-
X - recuperação, preservação e proteção de trumentos urbanísticos previstos no Capítulo
imóveis relacionados ao patrimônio industrial § 3º Os objetivos específicos da Macroárea de Es- III do Título II desta lei.
e ferroviário, bem como locais de referência da truturação Metropolitana no Setor Central são:
memória operária, incentivando usos e ativida-
I - fortalecimento do caráter de centralidade mu- Subseção II - Da Macroárea de
des compatíveis com sua preservação;
nicipal, aumentando a densidade demográfica e
Urbanização Consolidada
XI - manutenção e estímulo ao emprego indus- a oferta habitacional, respeitando o patrimônio
trial e atividades econômicas de abrangência histórico, cultural e religioso, otimizando a
Art. 13. A Macroárea de Urbanização Consoli-
metropolitana. oferta de infraestrutura existente; renovando
dada localiza-se na região sudoeste do Municí-
os padrões de uso e ocupação e fortalecendo
§ 2º Os objetivos específicos a serem alcan- pio, é caracterizada por um padrão elevado de
a base econômica local;
çados no Setor Eixos de Desenvolvimento da urbanização, forte saturação viária, e elevada
Macroárea de Estruturação Metropolitana são: II - valorização das áreas de patrimônio cultu- concentração de empregos e serviços e é for-
ral com a proteção e recuperação de imóveis mada pelas zonas exclusivamente residenciais
I - promover transformações estruturais orien- e por bairros predominantemente residenciais
e locais de referência da população da cidade,
tadas para o maior aproveitamento da terra que sofreram um forte processo de transfor-
estimulando usos e atividades compatíveis com
urbana com o objetivo de ampliar a geração de a preservação e sua inserção na área central;
empregos e renda e intensificar as atividades
econômicas; III - qualificação da oferta de diferentes sis-
MACROÁREA DE
temas de transporte coletivo, articulando-os URBANIZAÇÃO CONSOLIDADA
II - recuperação da qualidade dos sistemas am- aos modos não motorizados de transporte e
bientais existentes, especialmente dos rios, promovendo melhorias na qualidade urbana
córregos e áreas vegetadas, articulando-os ade- e ambiental do entorno;
quadamente com os sistemas urbanos, princi-
palmente de drenagem, saneamento básico e IV - estímulo à provisão habitacional de inte-
mobilidade; resse social para a população de baixa e mé-
dia renda de modo a aproximar a moradia do
III - promoção da urbanização e regularização emprego;
fundiária de assentamentos precários e irregu-
lares ocupados pela população de baixa renda V - requalificação e reabilitação das áreas de-
com oferta adequada de serviços, equipamentos terioradas e subutilizadas, ocupadas de modo
e infraestruturas urbanas; precário pela população de baixa renda, como
cortiços, porões, quitinetes e moradias simila-
IV - incremento e qualificação da oferta de res, em bairros como Glicério, Cambuci, Liber-
diferentes sistemas de transporte coletivo, ar- Padrão elevado de urbanização, com grande
dade, Pari, Canindé, Brás, entre outros; concentração de empregos e serviços.
ticulando-os aos modos não motorizados de
transporte e promovendo melhorias na quali- VI - redefinição dos parâmetros de uso e ocu-
dade urbana e ambiental do entorno; pação do solo que promovam mescla e maior
47
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
mação, verticalização e atração de usos não padrão médio de urbanização e de oferta de racteriza-se pela existência de elevados índi-
residenciais, sobretudo serviços e comércio. serviços e equipamentos. ces de vulnerabilidade social, baixos índices
de desenvolvimento humano e é ocupada por
Parágrafo único. Os objetivos de ordenação do Parágrafo único. Os objetivos específicos da população predominantemente de baixa ren-
território na Macroárea da Urbanização Con- Macroárea da Qualificação da Urbanização são: da em assentamentos precários e irregulares,
solidada são:
I - controle dos processos de adensamento cons- que apresentam precariedades territoriais, ir-
I - controle do processo de adensamento cons- trutivo em níveis intermediários de modo a regularidades fundiárias, riscos geológicos e
trutivo e da saturação viária, por meio da con- evitar prejuízos para os bairros e sobrecargas de inundação e déficits na oferta de serviços,
tenção do atual padrão de verticalização, da no sistema viário local de áreas localizadas em equipamentos e infraestruturas urbanas.
restrição à instalação de usos geradores de pontos distantes dos sistemas de transporte
tráfego e do desestímulo às atividades não re- coletivo de massa; MACROÁREA DE REDUÇÃO DA
sidenciais incompatíveis com o uso residencial; VULNERABILIDADE URBANA
II - melhoria e complementação do sistema de
II - manutenção das áreas verdes significativas; mobilidade urbana, com integração entre os
sistemas de transporte coletivo, viário, ciclo-
III - estímulo ao adensamento populacional viário, hidroviário e de circulação de pedestres,
onde este ainda for viável, com diversidade dotando-o de condições adequadas de acessi-
social, para aproveitar melhor a infraestrutura bilidade universal e sinalizações adequadas;
instalada e equilibrar a relação entre oferta de
empregos e moradia; III - melhoria das condições urbanísticas dos
bairros existentes com oferta adequada de ser-
IV - incentivar a fruição pública e usos mistos viços, equipamentos e infraestruturas urbanas;
no térreo dos edifícios, em especial nas centra-
lidades existentes e nos eixos de estruturação IV - incentivo à consolidação das centralidades
da transformação urbana. de bairro existentes, melhorando a oferta de ser-
viços, comércios e equipamentos comunitários;
Elevado índice de áreas precárias, irregulares
Subseção III - Da Macroárea de V - ampliação da oferta de oportunidades de e de risco, com baixa oferta de infraestrutura
e equipamentos e com predominância de
Qualificação da Urbanização trabalho e emprego nos Eixos de Estruturação população de baixa renda.
da Transformação Urbana e centralidades exis-
Art. 14. A Macroárea de Qualificação da Urba- tentes, criando polos de atração em localidades
nização é caracterizada pela existência de usos intermediárias entre centro e periferia; § 1º Na Macroárea de Redução da Vulnerabi-
residenciais e não residenciais instalados em lidade Urbana, em decorrência do processo
VI - promoção da urbanização e regularização histórico de sua formação, predominam áreas
edificações horizontais e verticais, com um
fundiária de assentamentos precários e irregu- com baixa qualidade urbana e ambiental.
lares existentes, ocupados pela população de
baixa renda, com oferta adequada de serviços, § 2º Os objetivos específicos da Macroárea de
MACROÁREA DE QUALIFICAÇÃO DA
equipamentos e infraestruturas urbanas; Redução da Vulnerabilidade Urbana são:
URBANIZAÇÃO
VII - estímulo à provisão habitacional de inte- I - fortalecer as capacidades de proteção social
resse social para a população de baixa renda, a partir de melhorias nas condições de vida, de
incluindo pessoas que ocupam logradouros e convivência e de acesso às políticas públicas;
praças públicas, de forma a contribuir para a
II - incentivar usos não residenciais nos Eixos
redução do déficit habitacional existente;
de Estruturação da Transformação Urbana e
VIII - proteção, recuperação e valorização dos centralidades de bairro, para gerar empregos
bens e áreas de valor histórico, cultural e re- e reduzir a distância entre moradia e trabalho;
ligioso.
III - incentivar a consolidação das centralidades
de bairro existentes, melhorando a oferta dando
Subseção IV - Da Macroárea de prioridade à implantação de serviços, comér-
Redução da Vulnerabilidade Urbana cios e equipamentos comunitários, mediante
Combinação entre usos residenciais e não participação da população local nas decisões;
residenciais, com moderada oferta de
Art. 15. A Macroárea de Redução da Vulne-
equipamentos e serviços. IV - promover a urbanização e regularização
rabilidade Urbana localizada na periferia da
fundiária dos assentamentos urbanos precá-
área urbanizada do território municipal ca-
48
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO I - DA ESTRUTURAÇÃO E ORDENAÇÃO TERRITORIAL
rios, dotando-os de serviços, equipamentos e à segurança alimentar e à conservação dos REFERÊNCIAS EXTERNAS
infraestrutura urbana completa e garantindo serviços ambientais. 12 (Certificado conferido pela UNESCO, 9 de junho
a segurança na posse e a recuperação da qua- de 1994) Define a Reserva da Biosfera do Cinturão
§ 3º As características geológicas e geotécni- Verde da Cidade de São Paulo como parte inte-
lidade urbana e ambiental;
cas da Macrozona de Proteção e Recuperação grante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica,
V - promover a construção de Habitação de Ambiental demandam critérios específicos de que contém os principais remanescentes florestais
TÍTULO II
do domínio Mata Atlântica e os ecossistemas as-
Interesse Social; ocupação, admitindo diversas tipologias de as-
sociados. Também abrange áreas de recuperação
sentamentos urbanos e atividades econômicas, da cobertura vegetal, que se perdeu, e que torna-
VI - melhorar e completar o sistema de mo- inclusive agrícolas e de extração mineral. se necessário recuperar.
bilidade urbana, com a integração entre os
sistemas de transporte coletivo, ferroviário, § 4º A Macrozona de Proteção e Recuperação
viário, cicloviário e de circulação de pedestres, Ambiental divide-se em 4 (quatro) macroáreas VI - promoção de atividades econômicas com-
dotando-o de condições adequadas de acessibi- delimitadas no Mapa 1A, anexo: patíveis com o desenvolvimento sustentável;
lidade universal e sinalizações adequadas, nos
I - Macroárea de Redução da Vulnerabilidade VII - melhoria das condições urbanas e am-
termos da legislação vigente;
e Recuperação Ambiental; bientais nos assentamentos, promovendo a
VII - minimizar os problemas existentes nas compatibilização entre a garantia de mora-
II - Macroárea de Controle e Qualificação Ur-
áreas com riscos geológico-geotécnicos, de inun- dias dignas e sua regularização, preservação
bana e Ambiental;
dações e decorrentes de solos contaminados e da qualidade ambiental e dos bens e áreas de
prevenção do surgimento de novas ocupações III - Macroárea de Contenção Urbana e Uso valor histórico e cultural;
e de situações de vulnerabilidade; Sustentável;
VIII - levantamento cadastral dos assentamentos
VIII - compatibilizar usos e tipologias de parce- IV - Macroárea de Preservação de Ecossistemas urbanos consolidados que ainda não integram
lamento do solo urbano com as condicionantes Naturais. os cadastros municipais para efeitos tributários
geológico-geotécnicas e de relevo; e de controle de uso e ocupação do solo;
§ 5º As macroáreas de Contenção Urbana e
IX - proteger, recuperar e valorizar os bens e Uso Sustentável e de Preservação de Ecossis- IX - eliminação e redução das situações de vul-
áreas de valor histórico, cultural, paisagístico temas Naturais correspondem à zona rural do nerabilidade urbana que expõem diversos gru-
e religioso. Município. pos sociais, especialmente os de baixa renda, a
situações de riscos, perigos e ameaças;
Art. 17. Os objetivos específicos da Macrozona
SEÇÃO II - DA MACROZONA DE de Proteção e Recuperação Ambiental são: X - minimização dos problemas existentes nas
PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO áreas com riscos geológico-geotécnicos, de
AMBIENTAL I - conservação e recuperação dos serviços am- inundações e decorrentes de solos contami-
bientais prestados pelos sistemas ambientais nados e prevenção do surgimento de novas
Art. 16. A Macrozona de Proteção e Recupera- existentes, em especial aqueles relacionados situações de risco;
ção Ambiental, conforme Mapa 1 anexo, é um com a produção da água, biodiversidade, pro-
teção do solo e regulação climática; XI - contenção da expansão urbana sobre áreas
território ambientalmente frágil devido às suas
de interesse ambiental e de proteção e recu-
características geológicas e geotécnicas, à pre- II - proteção da biodiversidade, dos recursos peração dos mananciais hídricos e áreas de
sença de mananciais de abastecimento hídrico hídricos e das áreas geotecnicamente frágeis; produção agrícola sustentável;
e à significativa biodiversidade, demandando
cuidados especiais para sua conservação. III - compatibilização de usos e tipologias de XII - cumprimento das determinações previs-
parcelamento do solo urbano com as condicio- tas para as Unidades de Conservação de Prote-
§ 1º A Macrozona de Proteção e Recuperação nantes de relevo, geológico-geotécnicas, com a ção Integral, inclusive zona de amortecimento,
Ambiental tem função precípua de prestar ser- legislação de proteção e recuperação aos ma- e de Uso Sustentável13 existentes e as que vierem
viços ambientais essenciais para a sustentação nanciais e com a preservação de bens e áreas a ser criadas, nos termos da legislação federal,
da vida urbana das gerações presentes e futuras. de valor histórico, paisagístico, arqueológico, estadual e municipal pertinentes;
§ 2º A Macrozona de Proteção e Recuperação cultural e religioso;
Ambiental contém remanescentes florestais IV - respeito à legislação referente à Mata Atlân- REFERÊNCIAS EXTERNAS
significativos em diversos estágios sucessionais e tica, à proteção e recuperação dos mananciais 13 (Lei 9.985, de 18 de julho de 2000) Áreas com
áreas de produção agrícola que contribuem para e às Unidades de Conservação; características naturais relevantes a serem prote-
a manutenção da biodiversidade, conservação gidas, nas quais o objetivo básico é a preservação
do solo e manutenção dos recursos hídricos V - compatibilidade com as diretrizes socioam- da natureza, sendo admitido o uso indireto de seus
superficiais e subterrâneos, bem como para bientais da Reserva da Biosfera do Cinturão recursos naturais.
a produção de alimentos e serviços essenciais Verde da Cidade de São Paulo12;
49
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
XIII - gestão integrada das unidades de conser- biental, baixos índices de desenvolvimento nas áreas com riscos geológico-geotécnicos,
vação estaduais e municipais e terras indígenas; humano e assentamentos precários e irregu- de inundações e decorrentes de solos conta-
lares, como favelas, loteamentos irregulares, minados e prevenção do surgimento de novas
XIV - garantia de proteção das terras indígenas, conjuntos habitacionais populares, que apre- situações de vulnerabilidade;
delimitadas e em processo de homologação, sentam diversos tipos de precariedades territo-
imprescindíveis à preservação dos recursos VII - incentivo à consolidação das centralidades
riais e sanitárias, irregularidades fundiárias e
ambientais necessários ao bem-estar e à repro- de bairro existentes, facilitando a implantação
déficits na oferta de serviços, equipamentos e
dução física e cultural desses povos, segundo de serviços, comércios e equipamentos comu-
infraestruturas urbanas, ocupada predominan-
seus usos e costumes, de forma a coibir a ocu- nitários;
temente por moradias da população de baixa
pação dessas áreas; renda que, em alguns casos, vive em áreas de VIII - compatibilização de usos e tipologias
XV - articulação entre órgãos e entidades mu- riscos geológicos e de inundação. para o parcelamento e uso do solo urbano com
nicipais, estaduais e federais para garantir a as condicionantes geológico-geotécnicas e de
§ 1º Na Macroárea de Redução da Vulnerabi-
conservação, preservação e recuperação urbana relevo, com a legislação estadual de proteção
lidade e Recuperação Ambiental a ocupação
e ambiental, inclusive a fiscalização integrada e recuperação aos mananciais e a legislação
decorrente da produção pública e privada de
do território; referente às unidades de conservação existentes,
baixa renda, a falta de investimentos públi-
inclusive sua zona de amortecimento;
XVI - articulação com municípios vizinhos para cos articulados entre si e a irregularidade da
a construção de estratégias integradas de con- ocupação resultam em várias áreas com baixa IX - universalização do saneamento ambiental,
servação e recuperação ambiental; qualidade ambiental e comprometimento da inclusive para os assentamentos isolados, em
prestação de serviços ambientais. especial os assinalados nos Mapas 6 e 7 anexos,
XVII - proteção das zonas exclusivamente re- respeitadas as condicionantes de relevo, geológi-
sidenciais, observadas as disposições dos arts. § 2º Os objetivos específicos da Macroárea de
co-geotécnicas, a legislação estadual de proteção
27 e 33 desta lei. Redução da Vulnerabilidade e Recuperação
e recuperação aos mananciais e a legislação
Ambiental são:
referente às unidades de conservação existentes,
Subseção I - Da Macroárea de I - fortalecimento das capacidades de proteção incluindo sua zona de amortecimento;
Redução da Vulnerabilidade e social a partir de melhorias nas condições so-
X - proteção, recuperação e valorização dos bens
cioambientais, de convivência e de acesso às
Recuperação Ambiental e áreas de valor histórico, cultural, religioso e
políticas públicas;
ambiental;
Art. 18. A Macroárea de Redução da Vulnera- II - promoção da urbanização e regularização
bilidade e Recuperação Ambiental localiza-se XI - incentivar usos não residenciais nos eixos
fundiária dos assentamentos urbanos precá-
no extremo da área urbanizada do território de estruturação da transformação urbana e nas
rios, dotando-os de serviços, equipamentos e
municipal, e se caracteriza pela predominância centralidades de bairro, visando gerar empregos
infraestrutura urbana completa e garantindo
de elevados índices de vulnerabilidade socioam- e reduzir a distância entre moradia e trabalho.
a segurança na posse e a recuperação da qua-
lidade urbana e ambiental;
MACROÁREA DE REDUÇÃO DA VULNERABILIDADE Subseção II - Da Macroárea de
III - construção de Habitação de Interesse Social
URBANA E RECUPERAÇÃO AMBIENTAL
para reassentamento de populações moradoras Controle e Qualificação Urbana e
de áreas de risco, de áreas de preservação per- Ambiental
manente, quando não houver outra alternativa,
e das que residem em assentamentos precários Art. 19. A Macroárea de Controle e Qualificação
na Macrozona de Proteção Ambiental; Urbana e Ambiental é caracterizada pela existên-
cia de vazios intraurbanos com ou sem cober-
IV - articulação entre órgãos e entidades muni- tura vegetal e áreas urbanizadas com distintos
cipais e estaduais para garantir a conservação, padrões de ocupação, predominantemente
preservação e recuperação urbana e ambiental; horizontais, ocorrendo, ainda, reflorestamento,
áreas de exploração mineral, e algumas áreas
V - melhoria e complementação do sistema de
com concentração de atividades industriais,
mobilidade com a integração entre os sistemas
sendo este um território propício para a quali-
de transporte coletivo, viário, cicloviário e de
ficação urbanística e ambiental e para provisão
circulação de pedestres, dotando-o de condi-
Elevado nível de vulnerabilidade de habitação, equipamentos e serviços, respei-
ções adequadas de acessibilidade universal e
socioambiental, com presença de tadas as condicionantes ambientais.
assentamentos precários e irregulares. sinalizações adequadas;
Parágrafo único. Os objetivos específicos da
VI - minimização dos problemas existentes
50
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO I - DA ESTRUTURAÇÃO E ORDENAÇÃO TERRITORIAL
TÍTULO II
nicos e dos riscos decorrentes da contaminação que protegem e/ou impactam, em graus distin-
do solo e prevenção de novas situações de risco; tos, a qualidade dos recursos hídricos e da bio-
VIII - controle, qualificação e regularização das diversidade, com características geológico-
atividades não residenciais existentes, inclusive geotécnicas e de relevo que demandam critérios
as industriais, em especial na bacia hidrográfica específicos para ocupação, abrigando também
do córrego Aricanduva; áreas de exploração mineral, ativas e desativa-
das.
IX - recuperação das áreas mineradas e degra-
dadas suscetíveis a processos erosivos, minimi- § 1º A Macroárea de Contenção Urbana e Uso
zando a ocorrência de poluição difusa; Sustentável localiza-se integralmente na Área
Áreas vazias ou subutilizadas (com ou sem
cobertura vegetal) e áreas de reflorestamento de Proteção de Mananciais definida na legis-
e exploração mineral, com ocupação X - universalização do saneamento ambiental, lação estadual14, abrangendo o território das
predominantemente horizontal. por meio da expansão da rede de água e esgoto Áreas de Proteção Ambiental Capivari-Monos15
e de outras tecnologias adequadas a cada caso; e Bororé-Colônia16.
Macroárea de Controle e Qualificação Urbana XI - apoio e incentivo à agricultura urbana e REFERÊNCIAS EXTERNAS
51
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
com sustentabilidade ambiental, econômica e REFERÊNCIAS EXTERNAS II - preservação dos bens e áreas de interesse
social, e estímulo à agricultura orgânica; 17 Porções de ecossistemas naturais ou semina- histórico e cultural;
turais, ligando Unidades de Conservação com o
IV - conservação e recuperação dos fragmentos objetivo específico de promover a conectividade III - proteção das espécies vegetais e animais,
florestais, corredores ecológicos17 e das áreas entre estas áreas fragmentadas. especialmente as ameaçadas de extinção;
de preservação permanente;
18 (Lei Estadual nº 898, de 1 de novembro de IV - respeito às fragilidades geológico-geotéc-
V - manutenção da permeabilidade do solo e 1975) Disciplina o uso do solo para a proteção nicas e de relevo dos seus terrenos;
dos mananciais, cursos e reservatórios de água e
controle dos processos erosivos;
demais recursos hídricos de interesse da Região V - implementação e gestão das unidades de
Metropolitana da Grande São Paulo.
VI - compatibilização dos usos com as condi- conservação existentes;
cionantes geológico-geotécnicas e de relevo 19 (Lei Federal nº 11.428, 22 de dezembro de 2006)
VI - criação de novas unidades de conservação
dos terrenos, com a legislação de proteção e Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação
nativa do Bioma Mata Atlântica, com objetivo de de proteção integral;
recuperação aos mananciais18 e com a legisla-
promover o desenvolvimento sustentável, a defesa
ção referente à Mata Atlântica19; VII - promoção de atividades ligadas à pesquisa,
da biodiversidade, da saúde humana, dos valores
paisagísticos, estéticos e turísticos, do regime ao ecoturismo e à educação ambiental.
VII - gestão integrada das unidades de conser-
hídrico e da estabilidade social.
vação estaduais e municipais e terras indígenas;
20 (Decreto nº 5.746, 5 de abril de 2006) A Reser- MACROÁREA DE PRESERVAÇÃO DOS
VIII - garantia de proteção às terras indígenas, va Particular do Patrimônio Natural - RPPN é uni- ECOSSISTEMAS NATURAIS
delimitadas e em processo de homologação, dade de conservação de domínio privado, com o
de forma a coibir a ocupação dessas áreas até objetivo de conservar a diversidade biológica.
que sua situação seja definida pelo Ministério
da Justiça;
Subseção IV - Da Macroárea de
IX - garantia de saneamento ambiental com Preservação de Ecossistemas
uso de tecnologias adequadas a cada situação; Naturais
X - garantia de trafegabilidade das estradas
rurais, conservando a permeabilidade do solo Art. 21. A Macroárea de Preservação de Ecos-
e minimizando os impactos sobre os recursos sistemas Naturais, conforme Mapa 2 anexo,
hídricos e a biodiversidade; é caracterizada pela existência de sistemas
ambientais cujos elementos e processo ainda
XI - manutenção e recuperação dos serviços conservam suas características naturais.
ambientais prestados pelos sistemas ambientais Áreas de remanescentes florestais que
existentes, em especial aqueles relacionados § 1º Na Macroárea de Preservação de Ecossis- conservam suas características naturais e
com a produção da água, conservação da bio- temas Naturais predominam áreas de rema- ricas em biodiversidade; não inclui nenhum
assentamento urbano.
diversidade, regulação climática e proteção nescentes florestais naturais e ecossistemas
ao solo; associados com expressiva distribuição espacial
e relativo grau de continuidade e conservação,
XII - manutenção das áreas de mineração ati- mantenedoras da biodiversidade e conserva-
va, com controle ambiental, e recuperação ção do solo, bem como várzeas preservadas, SEÇÃO III - DA REDE
ambiental das áreas de mineração paralisadas cabeceiras de drenagem, nascentes e cursos DE ESTRUTURAÇÃO E
e desativadas; d’água ainda pouco impactados por atividades TRANSFORMAÇÃO URBANA
antrópicas e áreas com fragilidades geológico-
XIII - incentivo à criação de Reservas Particu-
geotécnicas e de relevo suscetíveis a processos
lares do Patrimônio Natural (RPPN)20;
erosivos, escorregamentos ou outros movimen- Subseção I - A Rede Estrutural de
XIV - cumprimento das determinações previstas tos de massa. Transporte Coletivo
para as Unidades de Conservação de Proteção
§ 2º A Macroárea de Preservação de Ecossiste-
Integral, inclusive zona de amortecimento, e Art. 22. A rede estrutural de transportes coleti-
mas Naturais integra a zona rural.
de Uso Sustentável existentes e as que vierem vos é o sistema de infraestrutura que propicia
a ser criadas, nos termos da legislação federal, § 3º Os objetivos específicos da Macroárea de a implantação dos eixos de estruturação da
estadual e municipal pertinente. Preservação de Ecossistemas Naturais são: transformação urbana.
§ 4º (VETADO) I - manutenção das condições naturais dos ele- § 1º As áreas que integram os eixos de estrutu-
mentos e processos que compõem os sistemas ração da transformação urbana estão definidas
ambientais; por faixas de influências do sistema estrutural de
52
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO I - DA ESTRUTURAÇÃO E ORDENAÇÃO TERRITORIAL
transporte coletivo de média e alta capacidade social na proximidade do sistema estrutural de des significativas e áreas protegidas, localizado
que atravessam as macroáreas que integram a transporte coletivo; em todo o território do Município, que constitui
zona urbana do Município, conforme Mapas 3 seu arcabouço ambiental e desempenha fun-
V - promover a qualificação urbanística e am-
e 3A anexos, considerando as linhas, ativas ou ções estratégicas para garantir o equilíbrio e a
biental, incluindo a ampliação de calçadas,
em planejamento, do trem, metrô, monotrilho, sustentabilidade urbanos.
enterramento da fiação e instalação de galerias
VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), VLP (Veículo
TÍTULO II
para uso compartilhado de serviços públicos; Art. 25. Os objetivos urbanísticos e ambientais
Leve sobre Pneus) e corredores de ônibus mu-
estratégicos relacionados à recuperação e prote-
nicipais e intermunicipais de média capacidade VI - garantir espaço para a ampliação da oferta ção da rede hídrica ambiental são os seguintes:
com operação em faixa exclusiva à esquerda de serviços e equipamentos públicos;
do tráfego geral. I - ampliar progressivamente as áreas permeá-
VII - desestimular o uso do transporte individual veis ao longo dos fundos de vales e cabeceiras
§ 2º Os eixos de estruturação da transforma- motorizado, articulando o transporte coletivo de drenagem, as áreas verdes significativas e
ção urbana são porções do território onde é com modos não motorizados de transporte; a arborização, especialmente na Macrozona
necessário um processo de transformação do
VIII - orientar a produção imobiliária da ini- de Estruturação e Qualificação Urbana, para
uso do solo, com o adensamento populacional
ciativa privada de modo a gerar: minimização dos processos erosivos, enchentes
e construtivo articulado a uma qualificação
e ilhas de calor;
urbanística dos espaços públicos, mudança dos
a) diversificação nas formas de implantação
padrões construtivos e ampliação da oferta de II - ampliar os parques urbanos e lineares para
das edificações nos lotes;
serviços e equipamentos públicos. equilibrar a relação entre o ambiente construído
b) maior fruição pública nos térreos dos em- e as áreas verdes e livres e garantir espaços de
Art. 23. Os objetivos urbanísticos estratégicos preendimentos; lazer e recreação para a população;
a serem cumpridos pelos eixos de estruturação
da transformação urbana são os seguintes: c) fachadas ativas no térreo dos edifícios; III - integrar as áreas de vegetação significativa
d) ampliação das calçadas, dos espaços livres, de interesse ecológico e paisagístico, protegi-
I - promover melhor aproveitamento do solo
das áreas verdes e permeáveis nos lotes; das ou não, de modo a garantir e fortalecer
nas proximidades do sistema estrutural de
sua proteção e preservação e criar corredores
transporte coletivo com aumento na densidade e) convivência entre os espaços públicos e priva- ecológicos;
construtiva21, demográfica22, habitacional23 e dos e entre usos residenciais e não residenciais;
de atividades urbanas; IV - proteger nascentes, olhos d´água, cabeceiras
f ) ampliação da produção de Habitação de In- de drenagem e planícies aluviais;
REFERÊNCIAS EXTERNAS teresse Social e de mercado popular;
21 Relação entre a quantidade de área construí- V - recuperar áreas degradadas, qualificando-as
IX - prever a implantação de mercados populares
da em uma determinada área e a superfície des- para usos adequados;
ta área. com áreas para o comércio ambulante e usos
complementares, em especial em locais com VI - articular, através de caminhos de pedestres
22 Relação entre a população total de uma deter-
grande circulação de pedestres e nas proximida- e ciclovias, preferencialmente nos fundos de
minada área e a superfície desta área.
des de estações de trem e metrô e terminais de vale, as áreas verdes significativas, os espaços
23 Relação entre a quantidade de unidades resi- ônibus, observando-se a compatibilidade entre livres e os parques urbanos e lineares;
denciais de uma determinada área e a superfície o equipamento, as instalações, o fluxo seguro
desta. VII - promover, em articulação com o Governo
de pedestres e as normas de acessibilidade.
Estadual, estratégias e mecanismos para dis-
Parágrafo único. Nos eixos de estruturação ciplinar a drenagem de águas subterrâneas.
II - compatibilizar o adensamento com o res-
da transformação urbana, poderão ser desen-
peito às características ambientais, geológico- § 1º Na hipótese de ser necessária remoção
volvidos Projetos de Intervenção Urbana para
geotécnicas e os bens e áreas de valor histórico, de população moradora em assentamentos
promover os objetivos estabelecidos no “caput”
cultural, paisagístico e religioso; informais para a implementação de quaisquer
desse artigo.
ações ligadas aos objetivos estabelecidos no
III - qualificar as centralidades existentes e
“caput” deverá ser garantida a construção de
estimular a criação de novas centralidades in- Subseção II - Da Rede Hídrica habitações de interesse social em local próxi-
crementando a oferta de comércios, serviços e
Ambiental mo na mesma região e, caso não seja possível,
emprego, em especial na Macroárea de Redução
preferencialmente na mesma Subprefeitura ou
da Vulnerabilidade Urbana e na Macroárea de
Art. 24. A rede hídrica ambiental, conforme na mesma macroárea.
Redução da Vulnerabilidade e Recuperação
Mapa 5 anexo, é constituída pelo conjunto de
Ambiental; § 2º Para implementar os objetivos estabelecidos
cursos d´água, cabeceiras de drenagem, nas-
centes, olhos d´água e planícies aluviais, e dos no “caput” desse artigo, deverá ser implemen-
IV - ampliar a oferta de habitações de interesse
parques urbanos, lineares e naturais, áreas ver- tado o Programa de Recuperação dos Fundos
53
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
de Vale, detalhado no art. 272 e criados instru- públicos, da moradia, da rede de equipamentos CAPÍTULO II - DA
mentos para permitir a implantação dos parques urbanos e sociais e de parques lineares, exis-
planejados, descritos no Quadro 7 anexo. tentes ou planejados; REGULAÇÃO DO
§ 3º Poderão ser desenvolvidos Projetos de In- III - aprimorar e articular o sistema de mobili- PARCELAMENTO, USO E
tervenção Urbana para garantir os objetivos dade local ao Sistema de Transporte Coletivo, OCUPAÇÃO DO SOLO E
estabelecidos no “caput” desse artigo. priorizando os modos de transporte não mo-
torizados;
DA PAISAGEM URBANA
§ 4º A Rede Hídrica Ambiental tem como uni-
dade territorial de estudo e planejamento a IV - promover o desenvolvimento econômi-
bacia hidrográfica, respeitadas as unidades co local visando ao incremento de atividades SEÇÃO I - DAS DIRETRIZES PARA A
político-administrativas do Município e consi- produtivas articuladas às transformações do REVISÃO DA LPUOS
deradas as diferentes escalas de planejamento território como mecanismo de inclusão social;
e intervenção. Art. 27. De acordo com os objetivos e diretrizes
V - garantir, em todos os distritos, no horizonte
expressos neste PDE para macrozonas, macroá-
temporal previsto nesta lei, a implantação da
reas e rede de estruturação da transformação
Subseção III - Da Rede de rede básica de equipamentos e de serviços pú-
urbana, a legislação de Parcelamento, Uso e
Estruturação Local blicos de caráter local nas áreas de educação,
Ocupação do Solo - LPUOS deve ser revista,
saúde, cultura, esporte, lazer, segurança, áreas
simplificada e consolidada segundo as seguin-
Art. 26. A Rede de Estruturação Local com- verdes e atendimento ao cidadão, dimensio-
tes diretrizes:
preende porções do território destinadas ao nados para atender à totalidade da população
desenvolvimento urbano local, mediante in- residente.
tegração de políticas e investimentos públicos REVISÃO DA LEI DE PARCELAMENTO,
§ 3º Os objetivos estabelecidos no “caput” desse USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
em habitação, saneamento, drenagem, áreas
artigo poderão ser implementados por meio de
verdes, mobilidade e equipamentos urbanos De acordo com os objetivos e diretrizes
Projeto de Intervenção Urbana.
e sociais, especialmente nas áreas de maior expressos neste PDE a Lei de Parcelamento,
vulnerabilidade social e ambiental. Uso e Ocupação do Solo (LPUOS) deve ser
revista, simplificada e consolidada.
§ 1º Esses territórios são caracterizados a partir
A LPUOS deverá ser encaminhada
da articulação dos elementos locais dos seguin- à Câmara Municipal no prazo de
tes Sistemas Urbanos e Ambientais: 180 180 dias a partir da entrada em
dias
vigor desta lei.
I - sistema de áreas protegidas, áreas verdes e
espaços livres;
I - evitar a dissociação entre a disciplina legal,
II - sistema de saneamento ambiental; a realidade urbana e as diretrizes de desenvol-
vimento urbano estabelecidas neste PDE;
III - sistema de mobilidade;
II - simplificar sua redação para facilitar sua
IV - sistema de equipamentos urbanos e sociais;
compreensão, aplicação e fiscalização;
V - polos e centralidades previstos na política
III - considerar as condições ambientais, da in-
de desenvolvimento econômico sustentável.
fraestrutura, circulação e dos serviços urbanos;
§ 2º Os objetivos da Rede de Estruturação Local
IV - estabelecer parâmetros e mecanismos
são:
relacionados à drenagem das águas pluviais,
I - promover a intervenção, mediante projetos que evitem o sobrecarregamento das redes,
urbanísticos que integrem as políticas e inves- alagamentos e enchentes;
timentos públicos, especialmente nas áreas de
V - criar parâmetros de ocupação do solo rela-
risco nos territórios de alta vulnerabilidade
cionados a aspectos geológicos, geotécnicos e
social e urbana;
hidrológicos;
II - requalificar os sistemas ambientais da ci-
VI - condicionar a implantação de atividades
dade, considerando as infraestruturas de sa-
que demandem a utilização de águas subterrâ-
neamento e drenagem, a partir da constituição
neas ou interferência com o lençol freático em
e articulação de espaços livres que contribua
terrenos e glebas localizados em área de ocor-
para a ampliação e requalificação dos espaços
54
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO II - DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA
rência de maciços de solo e rocha sujeitos a número máximo à compensação urbanística ser exigida a criação de RPPN municipal ou
riscos de colapsos estruturais e subsidência, por sua utilização; a doação para parque ou área verde pública
mapeados na Carta Geotécnica do Município municipal;
XV - evitar conflitos entre os usos impactantes
de São Paulo24, à apresentação de estudos geo-
e sua vizinhança; XXV - promover, nas macroáreas de Contenção
técnicos e hidrogeológicos que demonstrem a
Urbana e Uso Sustentável e de Preservação de
segurança da implantação;
TÍTULO II
XVI - criar formas efetivas para prevenir e mi- Ecossistemas Naturais, atividades ligadas à pes-
tigar os impactos causados por empreendi-
REFERÊNCIAS EXTERNAS quisa, ao ecoturismo e à educação ambiental;
mentos ou atividades classificados como polos
24 Documento cartográfico que traz informações geradores de tráfego ou geradores de impacto XXVI - considerar, na disciplina de uso e ocupa-
sobre as características do meio físico, sua estru-
de vizinhança; ção do solo, a compatibilidade com os planos de
tura geológica e geomorfológica, bem como pro-
blemas existentes ou esperados. Esta ferramenta manejo das unidades de conservação, inclusive
XVII - promover o adensamento construtivo
pode ser utilizada para o planejamento urbano de normas relativas às zonas de amortecimento
e populacional e a concentração de usos e ati-
determinada área, contribuindo para a elaboração dessas unidades;
de critérios de ocupação. vidades em áreas com transporte coletivo de
média e alta capacidade instalado e planejado; XXVII - evitar disciplinar de forma desigual
o uso e a ocupação do solo de áreas com as
VII - criar mecanismos para proteção da vege- XVIII - estimular a reabilitação do patrimônio mesmas características ao longo de avenidas
tação arbórea significativa; arquitetônico, especialmente na área central, que atravessam os limites de subprefeituras,
criando regras e parâmetros que facilitem a ou determinam os limites entre elas;
VIII - estimular a requalificação de imóveis reciclagem e retrofit das edificações para no-
protegidos pela legislação de bens culturais, vos usos; XXVIII - definir precisamente os limites dos
criando normas que permitam sua ocupação atuais e futuros corredores de comércio e ser-
por usos e atividades adequados às suas caracte- XIX - criar normas para a regularização de edi- viços em ZER, bem como as atividades neles
rísticas e ao entorno em todas as zonas de uso; ficações, de forma a garantir estabilidade e se- permitidas, adequando-os às diretrizes de equi-
gurança, para permitir sua adequada ocupação líbrio entre usos residenciais e não residenciais;
IX - proporcionar a composição de conjuntos pelos usos residenciais e não residenciais;
urbanos que superem exclusivamente o lote XXIX - adotar medidas para redução de veloci-
como unidade de referência de configuração XX - criar normas para destinação de área pú- dade dos veículos automotores, visando garantir
urbana, sendo também adotada a quadra como blica quando o remembramento de lotes for a segurança de pedestres e ciclistas, tais como
referência de composição do sistema edificado; utilizado para a implantação de empreendi- “traffic calming”;
mentos de grande porte;
X - promover a articulação entre espaço públi- XXX - estudar a possibilidade da instalação
co e espaço privado, por meio de estímulos à XXI - criar, nas áreas rurais, um padrão de uso e do funcionamento de instituições de longa
manutenção de espaços abertos para fruição e ocupação compatível com as diretrizes de de- permanência para idosos em áreas delimitadas
pública no pavimento de acesso às edificações; senvolvimento econômico sustentável previstas, e restritas em ZER, mantidas as características
em especial as relacionadas às cadeias produ- urbanísticas e paisagísticas dessa zona;
XI - estimular a implantação de atividades de tivas da agricultura e do turismo sustentáveis;
comércio e serviços nas regiões onde a densi- XXXI - criar formas efetivas para preservação e
dade populacional é elevada e há baixa oferta XXII - criar, nas áreas onde a rede viária ainda proteção das áreas verdes significativas;
de emprego, criando regras para a adequada é inadequada, principalmente nas macroáreas
convivência entre usos residenciais e não re- de redução da vulnerabilidade, uma relação XXXII - criar formas de incentivo ao uso de siste-
sidenciais; entre usos permitidos e características da via mas de cogeração de energia e equipamentos e
compatíveis com o tecido urbano local sem instalações que compartilhem energia elétrica,
XII - estimular o comércio e os serviços locais, impedir a instalação de atividades geradoras eólica, solar e gás natural, principalmente nos
especificamente os instalados em fachadas de renda e emprego; empreendimentos de grande porte;
ativas, com acesso direto e abertura para o
logradouro; XXIII - definir, nas áreas de proteção aos ma- XXXIII - garantir, na aprovação de projetos de
nanciais, disciplina compatível com a legislação parcelamento e edificação, o uso seguro das
XIII - fomentar o uso misto no lote entre usos estadual; áreas com potencial de contaminação e con-
residenciais e não residenciais, especialmente taminadas, inclusive águas subterrâneas, de
nas áreas bem servidas pelo transporte público XXIV - condicionar, na Macrozona de Proteção acordo com a legislação pertinente;
coletivo de passageiros; e Recuperação Ambiental, o parcelamento e a
urbanização de glebas com maciços arbóreos XXXIV - criar incentivos urbanísticos para os
XIV - estabelecer limites mínimos e máximos significativos à averbação prévia da área verde, proprietários que doarem ao Município áreas
de área construída computável destinada a es- que passará a integrar o Sistema de Áreas Prote- necessárias à ampliação do sistema viário e do
tacionamento de veículos, condicionando o gidas, Áreas Verdes e Espaços Livres, podendo sistema de áreas verdes, proporcionarem usos
55
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
mistos no mesmo lote, produzirem unidades mar e construir unidades complementares às Ocupação do Solo - LPUOS deverá apresentar
de Habitação de Interesse Social; instaladas nesses polos; estratégia para controle de:
XXXV - (VETADO) XLV - nos perímetros das zonas exclusivamente I - parcelamento do solo, englobando dimensões
residenciais ZER-1 e nos corredores existentes mínimas e máximas de lotes e quadras;
XXXVI - identificar áreas ZEPAG localizadas nas não incidirão índices e parâmetros urbanísticos
extremidades periféricas e próximas às áreas II - remembramento de lotes, englobando di-
menos restritivos do que aqueles atualmente
urbanas, incorporando-as às ZEIS para constru- mensões máximas do lote resultante e previsão
aplicados;
ção de moradias de interesse social, respeitadas das condições para destinação de áreas públicas;
as disposições da legislação ambiental; XLVI - criar condições especiais para a constru-
III - densidades construtivas e demográficas;
ção de edifícios-garagem em áreas estratégicas
XXXVII - prever, para garantir a fluidez do como as extremidades dos eixos de mobilidade IV - volumetria da edificação no lote e na quadra;
tráfego nas vias do sistema viário estrutural, urbana, junto às estações de metrô, monotrilho
restrições e condicionantes à implantação de V - relação entre espaços públicos e privados;
e terminais de integração e de transferência
empreendimentos nos lotes lindeiros a estas entre modais;
vias; VI - movimento de terra e uso do subsolo sujeito
XLVII - (VETADO) a aprovação do Plano de Intervenção pelo órgão
XXXVIII - rever a classificação de áreas locali- público competente, quando se tratar de terra
zadas em ZPI que já não têm mais atividades XLVIII - nos bairros tombados pela legislação de contaminada ou com suspeita de contaminação;
industriais, adequando seu enquadramento às bens culturais, serão observadas as restrições
diretrizes de desenvolvimento estabelecidas das resoluções dos órgãos municipal, estadual e VII - circulação viária, polos geradores de tráfego
para a região e às características predominantes federal de preservação do patrimônio cultural. e estacionamentos;
de ocupação do entorno;
§ 1º (VETADO) VIII - insolação, aeração, permeabilidade do
XXXIX - rever a classificação de áreas demar- solo e índice mínimo de cobertura vegetal;
§ 2º Os Planos de Bairro, quando existentes,
cadas como ZEPAM ocupadas com refloresta-
deverão ser considerados na revisão da legisla- IX - usos e atividades;
mento, agricultura ou extrativismo, que não
ção de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo
tenham os atributos que justificaram a criação X - funcionamento das atividades incômodas;
- LPUOS, Lei nº 13.885, de 25 de agosto de 2004.
da ZEPAM, adequando seu enquadramento às
diretrizes de desenvolvimento estabelecidas XI - áreas não edificáveis;
Art. 28. A legislação de Parcelamento, Uso e
para a região e às características de ocupação Ocupação do Solo - LPUOS, segundo os objeti- XII - fragilidade ambiental e da aptidão física à
do entorno, respeitado o disposto no art. 69 vos e diretrizes estabelecidos nesta lei, deverá urbanização, especialmente as áreas suscetíveis
desta lei; estabelecer normas relativas a: à ocorrência de deslizamentos, inundações ou
XL - retificar a delimitação de ZEPAM que tenha processos geológicos e hidrológicos correlatos
I - condições físicas, ambientais e paisagísticas
incluídos em seus perímetros loteamentos pro- indicados no Mapeamento de Áreas de Risco e
para as zonas e zonas especiais e suas relações
tocolados ou aprovados anteriores a sua criação; na Carta Geotécnica do Município de São Paulo;
com os sistemas de infraestrutura, obedecendo
às diretrizes estabelecidas para cada macroárea; XIII - bens e áreas de valor histórico, cultural,
XLI - prever as condições de controle para que as
atividades mineradoras possam continuar pro- paisagístico e religioso;
II - condições de acesso a serviços, equipa-
duzindo de forma ambientalmente adequada; mentos e infraestrutura urbana disponíveis e XIV - áreas de preservação permanente;
planejados;
XLII - garantir a manutenção e ampliação das XV - espaços para instalação de galerias para uso
áreas industriais compatíveis com o entorno III - parcelamento, usos e volumetria compatí- compartilhado de serviços públicos, inclusive
e prever a criação de novas áreas adequadas veis com os objetivos da política de desenvolvi- centrais de produção de utilidades energéticas
às especificidades do uso industrial, de modo mento urbano estabelecidos nesta lei; localizadas;
a garantir a preservação do nível de emprego
industrial na cidade; IV - condições de conforto ambiental; XVI - poluição atmosférica e qualidade do ar;
XLIII - identificar os polos de saúde, educação e V - (VETADO) XVII - poluição atmosférica sonora;
pesquisa, demarcando seus perímetros e áreas
VI - acessibilidade nas edificações e no espaço XVIII - interferências negativas na paisagem
de abrangência;
público. urbana.
XLIV - criar condições especiais de uso e ocu-
Parágrafo único. (VETADO)
pação do solo que permitam aos polos de saúde
SEÇÃO II - DA CLASSIFICAÇÃO DOS
e educação ocuparem áreas ou quadras no seu Art. 29. A legislação de Parcelamento, Uso e
entorno com o objetivo de regularizar, refor-
USOS E ATIVIDADES
56
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO II - DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA
Art. 30. A legislação de Parcelamento, Uso e § 3º Os usos e atividades serão classificados de pessoas e do número de vagas de estaciona-
Ocupação do Solo deverá classificar o uso do de acordo com os incisos do § 2º em razão do mento criadas.
solo em: impacto que causam, especialmente:
§ 4º A LPUOS poderá criar novas subcategorias
I - residencial, que envolve a moradia de um I - impacto urbanístico em relação à sobrecarga de uso e rever relação entre usos permitidos,
indivíduo ou grupo de indivíduos; da infraestrutura instalada e planejada para zonas de uso e categorias de via, adequando
TÍTULO II
os serviços públicos ou alteração negativa da essa disciplina às diretrizes expressas neste
II - não residencial, que envolve: paisagem urbana; PDE, especialmente as relacionadas nos incisos
a) atividades comerciais; do art. 27 desta lei.
II - poluição atmosférica sonora (não particu-
b) de serviços; lada), em relação ao conjunto de fenômenos
vibratórios que se propagam num meio físico SEÇÃO III - DO ZONEAMENTO
c) industriais; e elástico (ar, água ou sólido), gerando impacto
sonoro indesejável pelo uso de máquinas, uten- Art. 31. A divisão do território municipal em
d) institucionais.
sílios ruidosos, aparelhos sonoros ou similares, zonas deve observar os objetivos e as diretrizes
meios de transporte aéreo, hídrico ou terrestre definidos nesta lei para as macrozonas, macroá-
motorizado e concentração de pessoas ou ani- reas, rede de estruturação da transformação
CLASSIFICAÇÃO DO USO DO SOLO
mais em recinto fechado ou ambiente externo, urbana e rede hídrica ambiental.
que cause ou possa causar prejuízo à saúde, ao
Os tipos de uso do solo devem ser Art. 32. O zoneamento do Município deverá
classificados, na Lei de Parcelamento, Uso e bem-estar e/ou às atividades dos seres humanos,
incluir, dentre outras, as seguintes zonas:
Ocupação do Solo (Zoneamento), em: da fauna e da flora;
I - Zona Exclusivamente Residencial - ZER;
III - poluição atmosférica particulada relativa
ao uso de combustíveis nos processos de pro- II - Zonas Predominantemente Residenciais
RESIDENCIAL e NÃO RESIDENCIAL dução ou lançamento de material particulado - ZPR;
que, por sua vez, se divide em:
inerte e gases contaminantes prejudiciais ao
meio ambiente e à saúde humana na atmosfera III - Zonas Mistas - ZM;
COMERCIAL
acima do admissível; IV - Zonas de Centralidades - ZC;
SERVIÇOS IV - poluição hídrica relativa à geração de efluen- V - Zona de Desenvolvimento Econômico - ZDE;
tes líquidos incompatíveis ao lançamento na
INDUSTRIAL rede hidrográfica ou sistema coletor de esgotos VI - Zona Predominantemente Industrial - ZPI;
ou poluição do lençol freático;
VII - Zona de Ocupação Especial - ZOE;
INSTITUCIONAL
V - poluição por resíduos sólidos relativa à pro-
VIII - Zona de Preservação e Desenvolvimento
dução, manipulação ou estocagem de resíduos
Sustentável - ZPDS;
sólidos, com riscos potenciais ao meio ambiente
§ 1º As categorias de uso não residencial po- e à saúde pública; IX - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS;
derão ser subdivididas em subcategorias com VI - vibração por meio do uso de máquinas ou X - Zonas Especiais de Preservação Cultural -
regulação própria. equipamentos que produzam choque ou vibra- ZEPEC;
§ 2º As categorias de uso não residencial serão ção sensível além dos limites da propriedade;
XI - Zonas Especiais de Preservação Ambiental
classificadas segundo níveis de incomodidade e VII - periculosidade em relação às atividades - ZEPAM;
compatibilidade com o uso residencial, com a que apresentam risco ao meio ambiente e à
vizinhança e adequação ao meio ambiente em: XII - Zona Especial de Preservação - ZEP;
saúde humana, em função da radiação emitida,
I - não incômodas, que não causam impacto da comercialização, uso ou estocagem de ma-
XIII - Zona de Transição - ZT.
nocivo ao meio ambiente e à vida urbana; teriais perigosos compreendendo explosivos,
gás natural e liquefeito de petróleo (GLP), com- § 1º As zonas especiais são porções do território
II - incômodas compatíveis com o uso resi- bustíveis infláveis e tóxicos, conforme normas com diferentes características ou com destina-
dencial; que regulem o assunto; ção específica que requerem normas próprias de
uso e ocupação do solo, podendo estar situadas
III - incômodas incompatíveis com o uso re- VIII - geração de tráfego pela operação ou atra-
em qualquer macrozona do Município.
sidencial; ção de veículos pesados, tais como caminhões,
ônibus ou geração de tráfego intenso, em razão § 2º (VETADO)
IV - compatíveis com o desenvolvimento sus-
do porte do estabelecimento, da concentração
tentável. § 3º (VETADO)
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
ZDE
Zona de Desenvolvimento Econômico: destinada à manutenção e modernização de atividades Art. 36. As Zonas de Centralidades - ZC são
produtivas, em especial vinculadas ao desenvolvimento tecnológico.
porções do território destinadas à localização
Zona Predominantemente Industrial: destinada para implantação de usos industriais e usos não de atividades típicas de áreas centrais ou de sub-
ZPI residenciais incômodos a usos residenciais.
centros regionais ou de bairros, caracterizadas
ZOE Zona de Ocupação Especial: destinada para usos específicos, com características únicas na cidade.
pela coexistência entre os usos não residenciais
ZPDS
Zona de Preservação e Desenvolvimento Sustentável: destinadas a conservação da paisagem e a e a habitação, porém com predominância de
implantação de atividades compatíveis com a manutenção dos recursos ambientais.
usos não residenciais, podendo ser subdivididas
Zona Especial de Interesse Social: destinada, predominantemente, à moradia digna para em zonas de centralidades de baixa, média e
ZEIS população de baixa renda.
alta densidade.
ZEPEC Zona Especial de Preservação Cultural: destinada à preservação de bens de valor cultural.
Zona Especial de Proteção Ambiental: destinada à proteção de áreas que prestam serviços Art. 37. As Zonas de Desenvolvimento Eco-
ZEPAM ambientais. nômico - ZDE são porções do território com
Zona Especial de Preservação: destinada à preservação de Unidades de Conservação de Proteção predominância de uso industrial, destinadas à
ZEP Integral. manutenção, incentivo e modernização desses
ZT Zona de Transição: destinada à transição de densidade e volumetria e uso entre zonas distintas. usos, às atividades produtivas de alta intensidade
em conhecimento e tecnologia e aos centros de
pesquisa aplicada e desenvolvimento tecnológi-
§ 4º (VETADO) § 2º A vegetação das Zonas Exclusivamente co, entre outras atividades econômicas onde não
Residenciais, quando for considerada signifi- deverão ser permitidos os empreendimentos
Art. 33. As Zonas Exclusivamente Residenciais cativa pelo órgão ambiental, passará a integrar imobiliários para uso residencial.
- ZER são porções do território destinadas ex- o sistema de áreas verdes do Município.
clusivamente ao uso residencial de habitações Art. 38. As Zonas Predominantemente Indus-
unifamiliares e multifamiliares, tipologias di- § 3º A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação triais - ZPI são porções do território destinadas
ferenciadas, níveis de ruído compatíveis com do Solo e os Planos Regionais regulamentarão à implantação de usos diversificados onde a
o uso exclusivamente residencial e com vias de as interfaces das Zonas Exclusivamente Resi-
tráfego leve e local, podendo ser classificadas denciais através de dispositivos que garantam
ZONA EXCLUSIVAMENTE
em: a adequada transição de intensidade de usos,
RESIDENCIAL (ZER)
volumetrias, gabaritos e outros parâmetros
I - ZER-1, de baixa densidade construtiva e de- com as demais zonas. Porção do território destinada
mográfica; exclusivamente ao uso residencial, com
§ 4º Os corredores de comércio e serviços em tipologias diferenciadas e níveis de ruído
II - ZER-2, de média densidade construtiva e compatíveis com o uso e com vias de tráfego
ZER deverão manter as características paisa- leve e local. Há 3 tipos de ZER; veja abaixo
demográfica; e gísticas da zona. definições para a ZER-1, de baixa densidade
construtiva e demográfica:
III - ZER-3, de alta densidade construtiva e de- § 5º (VETADO)
mográfica.
Art. 34. As Zonas Predominantemente Resi- 10m Gabarito máximo na
§ 1º Nas ZER-1, o gabarito de altura máximo ZER-1 igual a 10m
denciais - ZPR são porções do território des-
da edificação é igual a 10 (dez) metros e ficam tinadas majoritariamente ao uso residencial
estabelecidos os seguintes coeficientes de apro- de habitações unifamiliares, multifamiliares Coeficientes de
veitamento: Aproveitamento Básico e
e aos serviços de moradia, tais como casas de
Máximo iguais a 1,0 na
I - mínimo igual a 0,05 (cinco centésimos); repouso e asilos, bem como atividades não re- ZER-1, o que significa que a
sidenciais compatíveis com o uso residencial, área da edificação =
II - básico igual a 1,0 (um); com densidades demográficas e construtivas 1x área do terreno
baixas e médias.
III - máximo igual a 1,0 (um).
58
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO II - DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA
preferência é dada aos usos industriais incô- à ampliação do sistema viário e do sistema de manter a população moradora e promover a
modos e às atividades não residenciais incô- áreas verdes, proporcionarem usos mistos no regularização fundiária e urbanística, recupe-
modas, restringindo empreendimentos de uso mesmo lote, produzirem unidades de Habitação ração ambiental e produção de Habitação de
residencial. de Interesse Social, destinarem a faixa resultante Interesse Social;
do recuo frontal para fruição pública, dentre
Parágrafo único. A produção de Habitação de II - ZEIS 2 são áreas caracterizadas por glebas ou
outras medidas estabelecidas em lei.
TÍTULO II
Interesse Social - HIS 1 poderá ser admitida lotes não edificados ou subutilizados, adequados
ouvida a CAEHIS. à urbanização e onde haja interesse público
SEÇÃO IV - DA ZONA ESPECIAL DE ou privado em produzir Empreendimentos de
Art. 39. As Zonas de Ocupação Especial - ZOE
INTERESSE SOCIAL (ZEIS) Habitação de Interesse Social;
são porções do território destinadas a abrigar
predominantemente atividades que, por suas III - ZEIS 3 são áreas com ocorrência de imóveis
características únicas, como aeroportos, centros Subseção I - Dos Conceitos e ociosos, subutilizados, não utilizados, encorti-
de convenção, grandes áreas de lazer, recreação çados ou deteriorados localizados em regiões
Classificação da ZEIS
e esportes, necessitem disciplina especial de dotadas de serviços, equipamentos e infraes-
uso e ocupação do solo. truturas urbanas, boa oferta de empregos, onde
Art. 44. As Zonas Especiais de Interesse So-
haja interesse público ou privado em promover
Art. 40. As Zonas de Transição - ZT são porções cial (ZEIS), demarcadas nos Mapas 4 e 4A, são
Empreendimentos de Habitação de Interesse
do território que têm como função a transição porções do território destinadas, predominan-
Social;
de densidade e volumetria e uso entre zonas temente, à moradia digna para a população
com densidades demográficas e construtivas da baixa renda por intermédio de melhorias IV - ZEIS 4 são áreas caracterizadas por glebas ou
distintas. urbanísticas, recuperação ambiental e regula- lotes não edificados e adequados à urbanização
rização fundiária de assentamentos precários e e edificação situadas na Área de Proteção aos
Art. 41. As Zonas de Preservação e Desenvol- irregulares, bem como à provisão de novas Ha- Mananciais das bacias hidrográficas dos reser-
vimento Sustentável - ZPDS são porções do bitações de Interesse Social - HIS e Habitações vatórios de Guarapiranga e Billings, exclusiva-
território destinadas à conservação da paisa- de Mercado Popular - HMP a serem dotadas de mente nas Macroáreas de Redução da Vulnera-
gem e à implantação de atividades econômicas equipamentos sociais, infraestruturas, áreas bilidade e Recuperação Ambiental e de Controle
compatíveis com a manutenção e recuperação verdes e comércios e serviços locais, situadas e Recuperação Urbana e Ambiental, destinadas
dos serviços ambientais por elas prestados, em na zona urbana. à promoção de Habitação de Interesse Social
especial os relacionados às cadeias produtivas para o atendimento de famílias residentes em
da agricultura e do turismo, de densidades de- § 1º Para efeito da disciplina de parcelamento,
assentamentos localizados na referida Área de
mográfica e construtiva baixas. uso e ocupação do solo, as disposições relativas
Proteção aos Mananciais, preferencialmente
às ZEIS prevalecem sobre aquelas referentes a
Parágrafo único. A revisão da LPUOS poderá em função de reassentamento resultante de
qualquer outra zona de uso incidente sobre o
incorporar aos perímetros das ZPDS as atuais plano de urbanização ou da desocupação de
lote ou gleba.
Zonas de Lazer e Turismo - ZLT e Zonas Espe- áreas de risco e de preservação permanente,
ciais de Produção Agrícola e Extração Mine- § 2º Nas ZEIS, o agente promotor público e com atendimento à legislação estadual;
ral - ZEPAG, quando as características dessas privado deve comprovar o atendimento aos
V - ZEIS 5 são lotes ou conjunto de lotes, prefe-
áreas e as diretrizes para sua ocupação forem percentuais mínimos de área construída por
rencialmente vazios ou subutilizados, situados
correspondentes às das ZPDS. faixas de renda, referente à HIS 1, em ZEIS
em áreas dotadas de serviços, equipamentos e
1, ZEIS 2, ZEIS 3 e ZEIS 4, e de HIS em ZEIS 5
Art. 42. A tipologia de zonas, descrita nos arts. infraestruturas urbanas, onde haja interesse
estabelecidos no Quadro 4 da presente lei.
32 a 40 desta lei, ressalvada a ZER-1, poderá ser privado em produzir empreendimentos habita-
ampliada na revisão da LPUOS com a criação § 3º Novas ZEIS podem ser demarcadas na cionais de mercado popular e de interesse social.
de novos tipos e com a divisão das zonas cita- revisão da legislação de Parcelamento, Uso e
§ 1º Deverá ser evitada a demarcação de novas
das em subtipos considerando características Ocupação do Solo.
ZEIS nas áreas que apresentem risco à saúde ou
físico-ambientais, densidades demográfica e
Art. 45. As ZEIS classificam-se em 5 (cinco) à vida, salvo quando saneados, e em terrenos
construtiva existentes e planejadas, tipologia
categorias, definidas nos seguintes termos: onde as condições físicas e ambientais não
de edificações e diversidade de atividades per- recomendem a construção.
mitidas, segundo os objetivos e as diretrizes de I - ZEIS 1 são áreas caracterizadas pela pre-
desenvolvimento urbano definidos neste PDE. sença de favelas, loteamentos irregulares e § 2º Não será admitida a demarcação de ZEIS
empreendimentos habitacionais de interesse 2, 3, 4 e 5 em áreas totalmente ocupadas por
Art. 43. A revisão da legislação de Parcela-
social, e assentamentos habitacionais populares, vegetação remanescente de Mata Atlântica ou
mento, Uso e Ocupação do Solo poderá prever
habitados predominantemente por população inseridas totalmente em Áreas de Preservação
incentivos urbanísticos para os proprietários
de baixa renda, onde haja interesse público em Permanente (APP).
que doarem ao Município áreas necessárias
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
As áreas demarcadas como ZEIS são porções do território destinadas, predominantemente, à promoção de moradia digna para população de baixa renda.
Foram definidos 5 tipos de ZEIS:
Áreas caracterizadas pela Áreas caracterizadas por glebas Áreas com ocorrência de Áreas caracterizadas por glebas Lotes ou conjunto de lotes,
presença de favelas e ou lotes não edificados ou imóveis ociosos, subutilizados, ou lotes não edificados, preferencialmente vazios ou
loteamentos irregulares e subutilizados, adequados à não utilizados, encortiçados ou adequados à urbanização e à subutilizados, situados em
habitadas predominantemente urbanização deteriorados em regiões edificação e situados nas Áreas áreas dotadas de serviços,
por população de baixa renda dotadas de serviços, de Proteção e Recuperação de equipamentos e infraestruturas
equipamentos e infraestrutura Mananciais urbanas
Art. 46. As definições de HIS e HMP, segundo produzidas a partir da aprovação desta lei será Art. 49. (VETADO)
as faixas de renda familiar a que se destinam, regulamentada pelo Executivo, com observância
Art. 50. Os planos de urbanização de ZEIS 1
estão no Quadro 1 anexo a esta lei, e se aplicam das normas específicas de programas habita-
deverão ser formulados preferencialmente pelo
a qualquer macroárea e zona de uso em que cionais que contam com subvenção da União,
Executivo, com a participação direta de seus
sejam permitidas. do Estado ou do Município.
respectivos moradores e conselhos gestores.
Parágrafo único. Os valores da renda familiar
Subseção II - Das Regras Aplicáveis § 1º Os moradores, suas entidades represen-
mensal para HIS e HMP definidos no Quadro 1
tativas e os membros do respectivo Conselho
anexo deverão ser atualizados anualmente pela às ZEIS
Gestor da ZEIS 1 poderão tomar a iniciativa
Prefeitura, a cada mês de janeiro, de acordo
de elaborar planos de urbanização, que serão
com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Art. 48. Nas ZEIS 1 e 3, quando habitadas por
submetidos à Prefeitura para aprovação.
Amplo (IPCA)25 ou o que vier a substituí-lo, e população de baixa renda, deverão ser cons-
publicados no Diário Oficial da Cidade, obser- tituídos Conselhos Gestores compostos por § 2º No caso de iniciativa definida no parágra-
vando-se que: representantes dos moradores, do Executivo e fo anterior, assim como para a realização de
REFERÊNCIAS EXTERNAS
da sociedade civil organizada, para participar da regularização fundiária, a Prefeitura poderá
formulação e implementação das intervenções disponibilizar assistência técnica, jurídica e
25 Índice oficial do Governo Federal para medi-
a serem realizadas em suas áreas. social à população moradora das ZEIS.
ção das metas inflacionárias; abrange, principal-
mente, as regiões metropolitanas.
§ 1º Moradores de áreas já ocupadas, poderão Art. 51. Os planos de urbanização em ZEIS 1
solicitar ao Executivo a criação de Conselhos devem conter, de acordo com as características
I - para HIS 1 o valor atualizado não poderá Gestores, desde que tenha a anuência expressa e dimensão da área, os seguintes elementos:
ultrapassar 3 (três) salários mínimos; de ao menos 20% (vinte por cento) dos mora-
dores da área da respectiva ZEIS. I - análise sobre o contexto da área, incluin-
II - para HIS 2 o valor atualizado não poderá do aspectos físico-ambientais, urbanísticos,
ultrapassar 6 (seis) salários mínimos; § 2º (VETADO) fundiários, socioeconômicos e demográficos,
entre outros;
III - para HMP o valor atualizado não poderá § 3º (VETADO)
ultrapassar 10 (dez) salários mínimos. II - cadastramento dos moradores da área,
§ 4º A instalação do Conselho Gestor deverá
a ser realizado pela Secretaria Municipal de
Art. 47. A indicação da demanda para as uni- preceder a elaboração do plano de urbanização,
dades de Habitação de Interesse Social - HIS que por ele deverá ser aprovado.
60
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO II - DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA
Habitação, consultado o Conselho Gestor da IX - formas de participação dos beneficiários § 3º Nas ZEIS 1 situadas em Áreas de Proteção
respectiva ZEIS; na implementação da intervenção; e Recuperação dos Mananciais, aplicam-se as
disposições das leis estaduais específicas.
III - diretrizes, índices e parâmetros urbanísticos X - plano de ação social e de pós-ocupação;
para o parcelamento, uso e ocupação do solo; Art. 52. Nas ZEIS 3 que contenham um conjunto
XI - soluções para a regularização fundiária do de imóveis ou de quadras deverá ser elaborado
TÍTULO II
IV - projeto para o remembramento e parcela- assentamento, de forma a garantir a segurança um projeto de intervenção contendo, de acordo
mento de lotes, no caso de assentamentos ocu- de posse dos imóveis para os moradores; com as características e dimensão da área, os
pados e para a implantação de novas unidades
XII - soluções e instrumentos aplicáveis para via- seguintes elementos:
quando necessário;
bilizar a regularização dos usos não residenciais I - análise sobre o contexto da área, incluin-
V - atendimento integral por rede pública de já instalados, em especial aqueles destinados à do aspectos físico-ambientais, urbanísticos,
água e esgotos, bem como coleta, preferen- geração de emprego e renda e à realização de fundiários, socioeconômicos e demográficos,
cialmente seletiva, regular e transporte dos atividades religiosas e associativas de caráter entre outros;
resíduos sólidos; social.
II - cadastramento dos moradores da área, quan-
VI - sistema de drenagem e manejo das águas § 1º Os planos de urbanização poderão abranger do ocupada, a ser realizado pela Secretaria Mu-
pluviais; áreas distintas demarcadas como ZEIS, bem nicipal de Habitação, validado pelos membros
como partes de uma única ZEIS.
VII - previsão de áreas verdes, equipamentos do Conselho Gestor da respectiva ZEIS;
sociais e usos complementares ao habitacional, § 2º Em ZEIS 1, a regularização do parcelamen- III - projeto com proposta para o parcelamento
a depender das características da intervenção; to do solo, bem como das edificações e usos ou remembramento de lotes e plano de massas
pré-existentes, deverá observar as diretrizes,
VIII - dimensionamento físico e financeiro das associado a quadro de áreas construídas por uso;
índices e parâmetros urbanísticos estabeleci-
intervenções propostas e das fontes de recursos dos pelo plano de urbanização aprovado pelo IV - previsão de áreas verdes, equipamentos
necessários para a execução da intervenção; respectivo Conselho Gestor e pela CAEHIS. sociais e usos complementares ao habitacional,
a depender das características da intervenção;
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
V - dimensionamento físico e financeiro das Art. 54. Nas ZEIS 4, além do disposto no artigo
intervenções propostas e das fontes de recursos anterior ficam estabelecidas as seguintes dis- ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL
necessários para a execução da intervenção; posições complementares: (ZEIS): USO E OCUPAÇÃO
VI - formas de participação dos moradores da I - atendimento às diretrizes e parâmetros da Empreendimentos em terrenos com área
superior a 1.000m2 em ZEIS 1, 2, 4 e 5 e
área, quando ocupada, e dos futuros benefi- legislação estadual de proteção aos mananciais; superior a 500m2 em ZEIS 3, devem destinar
ciários quando previamente organizados, na obrigatoriamente parte da área construída
II - atendimento por sistema completo de total para Habitação de Interesse Social.
implementação da intervenção;
abastecimento de água, coleta, tratamento e
VII - plano de ação social e de pós-ocupação; disposição final ou exportação de esgotos e
sistema de coleta regular de resíduos sólidos,
VIII - soluções para a regularização fundiária, incluindo programas de redução, reciclagem e
de forma a garantir a segurança de posse dos reúso desses resíduos, observadas as disposi-
imóveis para os moradores. INCENTIVO AO USO MISTO
ções específicas de cada subárea de ocupação
Áreas destinadas a usos não
§ 1º O projeto de intervenção, no caso das ZEIS dirigida, estabelecidas pelas leis estaduais de residenciais que ocupem até
3, poderá ser elaborado como uma Área de proteção e recuperação dos mananciais. 20% da área construída
computável total serão
Estruturação Local ou Área de Intervenção Ur- Parágrafo único. As ZEIS 4 inseridas nas APAs consideradas não computáveis
bana - AIU e poderá utilizar o Reordenamento Bororé-Colônia e Capivari-Monos serão desti-
Urbanístico Integrado, previstos no arts. 134, nadas exclusivamente ao reassentamento das INCENTIVO ECONÔMICO
145 e seguintes desta lei. famílias oriundas de ZEIS 1 situadas no interior Para promover a construção
§ 2º Nas ZEIS 3, em caso de demolição de edifica- da APA, garantido o acompanhamento do pro- moradia social, a outorga
cesso pelo respectivo Conselho Gestor. onerosa para HIS será gratuita
ção usada como cortiço, as moradias produzidas e haverá desconto para HMP
no terreno deverão ser destinadas prioritaria-
mente à população moradora no antigo imóvel. Subseção III - Da Disciplina de Uso
§ 3º Nas ZEIS 3, no caso de reforma de edificação e Ocupação do Solo em ZEIS construída para HIS 1 e HIS 2 de acordo com
existente para a produção de EHIS, serão ad- o “caput” e § 1º deste artigo, o licenciamento
mitidas, a critério da Comissão de Avaliação de Art. 55. Em ZEIS, o licenciamento de edificação de planos e projetos de parcelamento do solo,
Empreendimentos de HIS - CAEHIS, variações nova ou de reforma com mudança de uso de- em data posterior à aprovação desta lei, sub-
de parâmetros e normas edilícias, sem prejuízo verá atender à destinação de percentuais mí- meterá todos os lotes resultantes à exigência
das condições de estabilidade, segurança e nimos de área construída total para HIS 1 e HIS de destinação de área construída para HIS in-
salubridade das edificações e equipamentos. 2, conforme Quadro 4, anexo à presente lei. dependentemente das dimensões dos lotes
§ 1º As exigências estabelecidas no “caput” resultantes.
Art. 53. Nas ZEIS 2 e 4 ficam estabelecidas as
seguintes disposições complementares: aplicam-se aos imóveis dotados de área de ter- § 3º Em ZEIS, a reforma sem mudança de uso
reno superior a 1.000m2 (mil metros quadrados) que envolver a demolição ou ampliação de 50%
I - averbação prévia de área verde, podendo esta situados em ZEIS 1, 2, 4 e 5, bem como àqueles (cinquenta por cento) ou mais do total da área
ser doada para a criação de parque municipal dotados de área de terreno superior a 500m2 edificada no lote será considerada edificação
ou praça pública; (quinhentos metros quadrados) quando situados nova para fins de aplicação das exigências es-
em ZEIS 3, excetuados os imóveis: tabelecidas no “caput” deste artigo.
II - preservação, ou recuperação quando for o
caso, das áreas de preservação permanente; I - públicos destinados a equipamentos sociais § 4º As exigências estabelecidas no “caput”
de educação, saúde, assistência social, cultura, deste artigo poderão ser atendidas tendo por
III - atendimento integral por rede pública de
esportes e lazer, bem como à infraestrutura referência um conjunto de lotes, contíguos ou
água e esgotos, bem como coleta, preferen-
urbana; não, desde que:
cialmente seletiva, regular e transporte dos
resíduos sólidos; II - integrantes do Sistema Municipal de Áreas I - os lotes estejam localizados em ZEIS, na
Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres; mesma Subprefeitura;
IV - sistema de drenagem e manejo das águas
pluviais; III - classificados como ZEPEC-BIR, tombados II - sejam observados no conjunto de lotes, para
ou que tenham processo de tombamento aber- cálculo do total de área construída destinada
V - atendimento às condicionantes dos planos
to pelo órgão competente de qualquer ente para HIS 1 e HIS 2, as exigências estabelecidas
de manejo quando se tratar de área inserida
federativo. no Quadro 4 para cada lote, conforme as ca-
em unidade de conservação, inclusive zona de
amortecimento. § 2º Em ZEIS, no caso de imóveis que se en- tegorias de ZEIS nas quais os lotes envolvidos
quadram na exigência de destinação de área estiverem localizados.
62
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO II - DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA
§ 5º A emissão do Certificado de Conclusão da 2004, até a sua revisão, aplicando-se para a ZEIS Subseção IV - Da Disciplina dos
totalidade das HIS exigidas nos termos deste 5 os mesmos parâmetros da ZEIS 3. Empreendimentos EHIS e EHMP
artigo constitui condição para a emissão do
§ 3º Todas as categorias de uso do solo integran-
Certificado de Conclusão26 das edificações cor- Art. 59. Os Empreendimentos de Habitação
tes de EZEIS, inclusive usos não residenciais,
respondentes aos demais usos licenciados. de Interesse Social - EHIS e Empreendimentos
deverão obedecer à disciplina específica de
TÍTULO II
REFERÊNCIAS EXTERNAS parcelamento, uso e ocupação do solo para de Habitação de Mercado Popular - EHMP são
EHIS e EHMP. permitidos em todo o território do Município,
26 (Lei Municipal nº 11.228, de 25 de junho de
1992) Documento expedido pela Prefeitura que com exceção das Macroáreas de Preservação dos
atesta a conclusão, total ou parcial, de obra ou ser- § 4º Nos EZEIS situados na Área de Proteção Ecossistemas Naturais e de Contenção Urbana
viço para a qual tenha sido obrigatória a prévia e Recuperação dos Mananciais os parâmetros e Uso Sustentável e das ZER-1.
obtenção de Alvará de Execução. urbanísticos e as características de dimensio-
namento, ocupação e aproveitamento dos lotes Art. 60. Nas zonas em que são permitidos em-
deverão obedecer à legislação estadual, no que preendimentos habitacionais EZEIS, EHIS,
§ 6º Será regulamentada por decreto a forma EHMP, HIS e HMP deverá ser observado:
couber.
de comprovação do atendimento da demanda
habitacional, observados os valores máximos da Art. 58. Nas ZEIS 1, 2, 3, 4 e 5 a concessão do I - o coeficiente de aproveitamento máximo:
renda familiar mensal e per capita estabelecidos direito de construir acima do coeficiente de a) em ZEIS, conforme definido no Quadro 3
nesta lei para HIS 1, HIS 2 e HMP. aproveitamento básico até o limite do coeficien- anexo à presente lei;
te de aproveitamento máximo é gratuita para
Art. 56. Em ZEIS, até a revisão da Lei nº 13.885,
todas as categorias de uso integrantes das EZEIS. b) nas demais zonas de uso, conforme os má-
de 25 de agosto de 2004, nos imóveis que não
ximos definidos nos Quadros 2 e 2A desta lei
se enquadram nas exigências de destinação de § 1º As disposições do “caput” aplicam-se tam- ou nas leis de operação urbana consorciada;
área construída para HIS, aplicam-se conjun- bém no caso de ZEIS 1, 2, 3, 4 cujos limites
tamente as disposições: estejam compreendidos dentro dos perímetros II - o gabarito máximo definido nos Quadros 2
de Operações Urbanas e Operações Urbanas e 2A desta lei ou das leis de operação urbana
a) do Quadro 2/j anexo à Parte III da Lei nº
Consorciadas, observado o coeficiente máximo consorciada, excetuadas todas as categorias
13.885, de 2004, quanto às características de
estabelecido na lei específica de cada OUC. de ZEIS;
aproveitamento, dimensionamento e ocupação
dos lotes; § 2º Em todas as demais zonas de uso, inclusive III - as demais normas, índices e parâmetros
dentro dos perímetros de Operações Urbanas de parcelamento, uso e ocupação do solo es-
b) do Quadro 2/i anexo à Parte III da Lei nº
e Operações Urbanas Consorciadas, aplica-se tabelecidos em decreto específico para EZEIS,
13.885, de 2004, quanto às condições de insta-
à produção de HIS, nos tipos HIS 1 e HIS 2, o EHIS, EHMP, HIS e HMP.
lação dos usos não residenciais nR permitidos
fator de interesse social estabelecido no Quadro
em ZEIS. § 1º No caso de demolição ou reforma de edi-
5 anexo à presente lei.
ficação existente, para a construção de EHIS,
Parágrafo único. Até a revisão da Lei nº 13.885,
EHMP ou EZEIS é permitida a utilização da taxa
de 2004, aplicam-se para as ZEIS 5 os mesmos
parâmetros estabelecidos para a ZEIS 3 nos
quadros referidos no “caput”. HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (HIS) E
HABITAÇÃO DE MERCADO POPULAR (HMP)
Art. 57. Consideram-se Empreendimentos em
ZEIS - EZEIS aqueles que atendem à exigência HIS 1 HIS 2
de destinação obrigatória de área construída
RENDA FAMILIAR NO MÁXIMO NO MÁXIMO
para HIS 1 e HIS 2, conforme estabelecido no
MENSAL MÉDIA 3 SALÁRIOS MÍNIMOS 6 SALÁRIOS MÍNIMOS
Quadro 4, anexo à presente lei.
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
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TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO II - DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA
nico, paisagístico, artístico, arqueológico e/ou REFERÊNCIAS EXTERNAS talação e funcionamento e obtenção das auto-
cultural, inclusive os que tenham valor refe- 28 Trata-se de um ato administrativo realizado rizações e alvarás necessários na ZEPEC-APC.
rencial para a comunidade; pelo Poder Público, com objetivo de preservar
bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, am- Art. 66. A aplicação dos instrumentos de política
II - Áreas de Urbanização Especial (AUE) - por- biental e também de valor afetivo para a popula- urbana nas ZEPEC-BIR deve seguir as seguintes
ções do território com características singulares ção, impedindo a destruição e possíveis descarac- disposições:
TÍTULO II
do ponto de vista da morfologia urbana, ar- terizações.
§ 1º A transferência do direito de construir de
quitetônica, paisagística, ou do ponto de vista
imóveis classificados como ZEPEC-BIR se dará
cultural e simbólico, ou conjuntos urbanos § 1º A identificação de bens, imóveis, espaços de acordo com o disposto nos arts. 124, 125 e
dotados de identidade e memória, possuidores ou áreas a serem enquadrados na categoria 128 desta lei.
de características homogêneas quanto ao tra- de ZEPEC deve ser feita pelo órgão a partir de
çado viário, vegetação e índices urbanísticos, indicações apresentadas pelo próprio órgão § 2º A concessão de incentivo fiscal de IPTU para
que constituem documentos representativos do competente, assim como por munícipes ou imóvel classificado como ZEPEC-BIR, regula-
processo de urbanização de determinada época; entidades representativas da sociedade, a qual- mentada por lei específica, estará condicionada
quer tempo, ou, preferencialmente, nos Planos à sua restauração, conservação, manutenção e
III - Áreas de Proteção Paisagística (APPa) - sítios
Regionais das Subprefeituras e nos Planos de não descaracterização, tomando por referência
e logradouros com características ambientais,
Bairro. os motivos que justificaram o seu tombamento,
naturais ou antrópicas, tais como parques, jar-
atestado pelo órgão competente.
dins, praças, monumentos, viadutos, pontes, § 2º Para os casos de enquadramento em ZE-
passarelas e formações naturais significativas, PEC-BIR, AUE, APPa, as propostas deverão ser Art. 67. A edificação ou o espaço enquadrados
áreas indígenas, entre outras; analisadas por órgão competente, que poderá, como ZEPEC-APC e, preferencialmente, locali-
caso julgue a proposta pertinente, abrir pro- zados em Território de Interesse da Cultura e
IV - Área de Proteção Cultural (APC) - imóveis de
cesso de enquadramento e emitir parecer a ser da Paisagem, previsto no art. 314, poderão ser
produção e fruição cultural, destinados à forma-
submetido à aprovação do CONPRESP. protegidos pelos instrumentos previstos no art.
ção, produção e exibição pública de conteúdos
313, ficando a descaracterização do seu uso ou
culturais e artísticos, como teatros e cinemas § 3º As propostas de enquadramento em ZE- atividade, ou a demolição da edificação onde
de rua, circos, centros culturais, residências PEC-APC deverão ser analisadas por comissão está instalado sujeitos à autorização do órgão
artísticas e assemelhados, assim como espaços integrada por membros de órgão responsável competente, que deverá propor mecanismos ou
com significado afetivo, simbólico e religioso pela preservação do patrimônio e de órgão instrumentos previstos nesta lei para garantir
para a comunidade, cuja proteção é necessária responsável pelo desenvolvimento urbano, que sua proteção.
à manutenção da identidade e memória do deverá emitir parecer e encaminhar o processo
Município e de seus habitantes, para a dinami- à deliberação do órgão competente, a ser defi- § 1º A demolição ou ampliação do imóvel en-
zação da vida cultural, social, urbana, turística nido pelo Executivo. quadrado como ZEPEC-APC onde o uso ou a
e econômica da cidade. atividade enquadrada estiverem instalados,
§ 4º Fica permitida, nas ZEPEC, a instalação das poderá ser autorizada caso a nova edificação
Parágrafo único. Os bens ou áreas que se en- atividades classificadas como nR3, condicionada a ser construída no mesmo local destine área
quadram como ZEPEC poderão ser classificados à deliberação favorável do CONPRESP. equivalente, que mantenha as atividades e valo-
em mais de uma das categorias definidas no
Art. 65. Aplicam-se nas ZEPEC os seguintes res que geraram seu enquadramento, atestado
presente artigo.
instrumentos de política urbana e patrimonial: por parecer do órgão competente.
Art. 64. As ZEPEC deverão ser identificadas e
I - transferência do potencial construtivo nas § 2º Na hipótese referida no § 1º, a área ou es-
instituídas por meio dos seguintes instrumentos
ZEPEC-BIR e ZEPEC-APC; paço destinado às atividades que geraram seu
existentes e os a serem criados:
enquadramento como ZEPEC-APC, quando
I - tombamento28; II - outorga onerosa do potencial construtivo situado no nível do passeio público, não será
adicional; computável.
II - inventário do patrimônio cultural;
III - incentivos fiscais de IPTU e ISS nas ZE- § 3º Em caso de interrupção de atividades devido
III - registro das Áreas de Proteção Cultural e Ter- PEC-BIR e ZEPEC-APC, regulamentados por à demolição, reforma ou ampliação de imóvel
ritórios de Interesse da Cultura e da Paisagem; lei específica; enquadrado como ZEPEC-APC, o responsável
IV - registro do patrimônio imaterial; pelas obras poderá prover espaço provisório
IV - isenção de taxas municipais para instala-
que atenda às necessidades operacionais para
ção e funcionamento de atividades culturais
V - chancela da paisagem cultural; a manutenção das atividades enquanto o novo
na ZEPEC-APC;
espaço objeto do § 1º não estiver construído e
VI - Levantamento e Cadastro Arqueológico do
V - simplificação dos procedimentos para ins- apto a ser ocupado.
Município - LECAM.
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
§ 4º Fica autorizada a transferência do potencial aproveitamento básico e máximo, as taxas de especial as incluídas no Plano Municipal da
construtivo dos imóveis enquadrados como ocupação e permeabilidade e demais índices e Mata Atlântica;
ZEPEC-APC, nas mesmas condições aplicadas parâmetros relativos às ZEPAM estabelecidos
II - áreas priorizadas no Plano Municipal de
à ZEPEC-BIR, condicionada à manutenção dos na Lei nº 13.885, de 2004, até a sua revisão.
Áreas Prestadoras de Serviços Ambientais;
atributos que geraram o seu enquadramento
como ZEPEC-APC, atestado por parecer do ór- III - áreas onde ocorram deformações geomor-
gão competente. ZONA ESPECIAL DE PROTEÇÃO
AMBIENTAL (ZEPAM) fológicas de interesse ambiental como planícies
aluviais, anfiteatros e vales encaixados associa-
§ 5º Os imóveis e atividades enquadrados como
As áreas marcadas como ZEPAM são porções dos às cabeceiras de drenagem e outras ocor-
ZEPEC-APC se beneficiam de isenção fiscal de do território destinadas à proteção de áreas rências de fragilidade geológica e geotécnica
IPTU e ISS, regulamentada por lei específica, que prestam importantes serviços ambientais
como conservação da biodiversidade, assinaladas na Carta Geotécnica do Município
condicionada à manutenção dos atributos que
controle de erosão e inundação, produção de São Paulo;
geraram o seu enquadramento, atestado por de água e regulação microclimática. São
parecer do órgão competente. consideradas ZEPAMs: IV - áreas que contenham alta densidade de
nascentes.
Art. 68. Os proprietários de imóveis classifica- Remanescentes
dos como ZEPEC, que sofreram abandono ou de mata nativa § 1º As vedações de que trata este artigo não
alterações nas características que motivaram se aplicam no caso de implantação de obras,
a proteção, deverão firmar Termo de Ajusta- Vegetação significativa
empreendimentos, infraestrutura de utilidade
mento de Conduta Cultural - TACC visando à pública devidamente licenciados pelo órgão
recomposição dos danos causados ou outras Alto índice de ambiental competente.
compensações culturais. permeabilidade
§ 2º A inclusão ou exclusão de áreas na cate-
Existência de nascente goria de ZEPAM deverão ser acompanhadas de
SEÇÃO VI - DA ZONA ESPECIAL DE parecer consubstanciado emitido pelo órgão
PROTEÇÃO AMBIENTAL (ZEPAM) ambiental municipal.
Art. 69. As Zonas Especiais de Proteção Am- Art. 71. Com o objetivo de promover e incenti-
biental (ZEPAM) são porções do território do var a preservação das ocorrências ambientais SEÇÃO VII - DA ZONA ESPECIAL DE
Município destinadas à preservação e proteção que caracterizam as áreas demarcadas como PRESERVAÇÃO (ZEP)
do patrimônio ambiental, que têm como prin- ZEPAM, poderão ser aplicados os seguintes
cipais atributos remanescentes de Mata Atlân- instrumentos: Art. 74. As Zonas Especiais de Preservação
tica e outras formações de vegetação nativa, - ZEP são porções do território destinadas a
I - transferência do potencial construtivo nas ZE-
arborização de relevância ambiental, vegetação parques estaduais, parques naturais municipais
PAM localizadas na Macrozona de Estruturação
significativa, alto índice de permeabilidade e outras Unidades de Conservação de Proteção
e Qualificação Urbana, segundo as condições
e existência de nascentes, entre outros que Integral definidas pela legislação, existentes e
estabelecidas no art. 122 e seguintes desta lei;
prestam relevantes serviços ambientais, en-
tre os quais a conservação da biodiversidade, II - pagamento por serviços ambientais nas ZONA ESPECIAL DE PRESERVAÇÃO
controle de processos erosivos e de inundação, ZEPAM localizadas na Macrozona de Proteção e (ZEP)
produção de água e regulação microclimática. Recuperação Ambiental, segundo as condições
As áreas marcadas como ZEP são porções do
estabelecidas no art. 158 e seguintes desta lei.
Parágrafo único. As Zonas Especiais de Prote- território que abrangem as Unidades de
Conservação de Proteção Integral, com o
ção Ambiental - ZEPAM também poderão ser Art. 72. A transferência de potencial constru- objetivo de garantir a preservação dos
demarcadas em razão: tivo também poderá ser utilizada nos casos de ecossistemas presentes e conciliá-la com
doação ou de desapropriação amigável de áreas atividades de pesquisa, ecoturismo e
I - da ocorrência de formações geomorfológicas educação ambiental.
demarcadas como ZEPAM, localizadas na Ma-
de interesse ambiental como planícies aluviais, crozona de Estruturação e Qualificação Urbana,
anfiteatros e vales encaixados associados às para a implantação dos parques delimitados
cabeceiras de drenagem e outras ocorrências de no Quadro 7 anexo, nos termos e condições
fragilidade geológica e geotécnica assinaladas estabelecidos nos arts. 126 a 128 desta lei.
na Carta Geotécnica do MSP;
Art. 73. A revisão da Lei nº 13.885, de 25 de
II - do interesse da municipalidade na criação agosto de 2004, não poderá excluir das ZEPAM:
de Áreas Verdes Públicas.
I - áreas remanescentes de Mata Atlântica, em
Art. 70. Ficam mantidos os coeficientes de
66
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO II - DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA
que vierem a ser criadas no Município, tendo dos eixos prevalecem sobre o estabelecido na contidas entre linhas paralelas ao eixo das vias
por objetivo a preservação dos ecossistemas e LPUOS - Lei nº 13.885, de 2004. distanciadas 300m (trezentos metros) do eixo;
permitindo apenas a pesquisa, o ecoturismo e
Art. 76. As áreas de influência dos eixos delimi- III - nas linhas 1 Azul, 3 Vermelha do Metrô e
a educação ambiental.
tados nos Mapas 3 e 3A contêm quadras inteiras 15 Prata do Monotrilho, aplicam-se simultanea-
Parágrafo único. Independentemente de sua e são determinadas segundo as capacidades e mente os critérios estabelecidos nos incisos I
TÍTULO II
classificação, serão admitidos nas áreas de in- características dos modais: e II do “caput”.
fluência dos eixos os terminais rodoviários e
I - nas linhas de trem, metrô, monotrilho, Veí- § 1º Ficam excluídas das áreas de influência
hidroviários urbanos e interurbanos.
culos Leves sobre Trilhos (VLT) e Veículos Leves dos eixos:
sobre Pneus (VLP) elevadas, contêm:
SEÇÃO VIII - DOS EIXOS I - as Zonas Exclusivamente Residenciais - ZER;
a) quadras internas às circunferências com
DE ESTRUTURAÇÃO DA II - as Zonas de Ocupação Especial - ZOE;
raio de 400m (quatrocentos metros) centradas
TRANSFORMAÇÃO URBANA nas estações; e III - as Zonas Especiais de Preservação Am-
Art. 75. Os eixos de estruturação da transfor- biental - ZEPAM;
b) quadras alcançadas pelas circunferências
mação urbana, definidos pelos elementos es- citadas na alínea anterior e internas às circun- IV - as Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS;
truturais dos sistemas de transporte coletivo de ferências, centradas nos mesmos pontos, com
média e alta capacidade, existentes e planejados, raio de 600m (seiscentos metros); V - os perímetros das operações urbanas con-
determinam áreas de influência potencialmente forme estabelecido na legislação em vigor;
aptas ao adensamento construtivo e popula- II - nas linhas de Veículos Leves sobre Pneus
(VLP) não elevadas e nas linhas de corredores VI - as Zonas Especiais de Preservação Cultu-
cional e ao uso misto entre usos residenciais
de ônibus municipais e intermunicipais com ral - ZEPEC;
e não residenciais.
operação em faixa exclusiva à esquerda do trá-
VII - as áreas que integram o Sistema de Áreas
Parágrafo único. As disposições relativas à fego geral, contêm as quadras internas às linhas
Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres;
instalação e ao funcionamento de usos e ativida- paralelas ao eixo das vias distanciadas 150m
des, índices e parâmetros de ocupação do solo (cento e cinquenta metros) do eixo e as qua- VIII - as áreas contidas na Macroárea de Estru-
definidas neste PDE para as áreas de influência dras alcançadas por estas linhas e inteiramente turação Metropolitana, nos subsetores:
Com objetivo de orientar as transformações urbanas nas proximidades dos eixos de transporte foram definidas áreas de influência, que são determinadas pelas
características de cada meio de transporte:
ENTENDA A DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA DOS AS ÁREAS DE INFLUÊNCIA SÃO DETERMINADAS DE
EIXOS DE ESTRUTURAÇÃO DA TRANSFORMAÇÃO URBANA ACORDO COM O MEIO DE TRANSPORTE
Trem · Metrô · Monotrilho · Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) · Corredor de ônibus municipal e intermunicipal ·
Veículos Leves sobre Pneus (VLP) em vias elevadas Veículos Leves sobre Pneus (VLP) em vias não elevadas
600 m
400 m 300 m
+ 150 m
150 m
300 m
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
Com objetivo de conferir qualidade urbana aos Eixos, foram definidos os seguintes parâmetros e incentivos urbanísticos:
a) Arco Tietê; § 4º Os prazos estabelecidos no parágrafo an- IV - a inclusão de quadras lindeiras às vias es-
terior poderão ser prorrogados pelo prazo de truturais quando estas forem o limite das áreas
b) Arco Tamanduateí; 6 (seis) meses, desde que devidamente justifi- de influência demarcadas;
c) Arco Pinheiros; cados pelo Executivo, e, em caso de não cum-
primento dos referidos prazos, fica revogada a V - a exclusão de quadras cujas características
d) Arco Jurubatuba. não correspondam às diretrizes de transforma-
alínea correspondente ao respectivo subsetor
ção urbana expressas nesta lei;
no inciso VIII do § 1º.
§ 2º As áreas de influência dos eixos, definidas
segundo os critérios dispostos no “caput” e no VI - a revisão dos perímetros de forma que:
§ 5º (VETADO)
§ 1º deste artigo, estão delimitadas nos Mapas a) nas áreas de influência correspondentes às
3 e 3A anexos a esta lei. § 6º (VETADO)
estações de trem, metrô, monotrilho, VLT e VLP
§ 3º Deverão ser encaminhados à Câmara Mu- Art. 77. As áreas de influência dos eixos poderão elevadas, incluam quadras num raio de 600m
nicipal projetos de lei tratando de disciplina ter seus limites revistos pela legislação de par- (seiscentos metros) das estações;
especial de uso e ocupação do solo, operações celamento de uso e ocupação do solo - LPUOS,
b) nas áreas de influência correspondentes aos
urbanas consorciadas, áreas de intervenção com base em estudos que considerem:
corredores de ônibus e VLT em nível, incluam
urbana ou projetos de intervenção urbana para I - a exclusão de quadras ou imóveis conside- quadras contidas na faixa definida por linhas
os subsetores da Macroárea de Estruturação rados de interesse de preservação cultural ou paralelas a 300m (trezentos metros) do eixo
Metropolitana relacionados nas alíneas do inciso ambiental; das vias.
VIII do § 1º nos prazos máximos de:
II - a exclusão de quadras para corrigir períme- Art. 78. Nas áreas de influência dos eixos:
I - Arco Tamanduateí, até 2015; tros irregulares que gerem impacto negativo
I - é admitida a instalação dos usos residenciais R
II - Arco Tietê, até 2016; no entorno;
e não residenciais nR, exceto as atividades clas-
III - Arco Jurubatuba, até 2017; III - a inclusão de quadras não demarcadas que sificadas como geradoras de impacto ambiental
fiquem isoladas entre áreas de influência de na LPUOS e sua regulamentação, condicionada
IV - Arco Pinheiros, até 2018. dois ou mais eixos; ao atendimento das disposições relativas:
68
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO II - DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA
a) à largura mínima da via, de acordo com as REFERÊNCIAS EXTERNAS § 3º Nas áreas de influência dos eixos, quando
disposições dos arts. 178, 179 e 180 da Lei nº 29 (Decreto nº 47.824 de 27 de outubro de 2006) novos empreendimentos forem implantados
13.885, de 25 de agosto de 2004, até sua revisão; Vinculada à Secretaria Municipal de Licenciamen- em gleba ou lote com área superior a 40.000m²
to, esta comissão foi criada com o objetivo de (quarenta mil metros quadrados), devem ser
b) ao embarque, desembarque, carga e descarga coordenar a decisão dos processos de aprovação
atendidas as seguintes condições:
e aos parâmetros de incomodidade previstos no de projetos de empreendimentos que dependam
TÍTULO II
Quadro 2/c da Lei nº 13.885, de 25 de agosto de do exame de outras Secretarias Municipais. I - nos casos em que o parcelamento não for
2004, até sua revisão; exigido pela LPUOS, será obrigatória a doação
Art. 79. Nas áreas de influência dos eixos, a de área correspondente a 20% (vinte por cento)
II - é admitida a instalação do uso misto no lote construção e a ampliação de edificações deverão da área total da gleba ou lote, sendo no mínimo
e na edificação, sem a necessidade de previsão atender aos parâmetros de ocupação do solo 15% (quinze por cento) para área verde, poden-
de acessos independentes e compartimentação estabelecidos no Quadro 2 anexo. do o restante ser destinado para equipamento
das áreas destinadas à carga e descarga, circu- público, respeitadas as seguintes restrições:
lação, manobra e estacionamento de veículos, § 1º Nos empreendimentos de uso residencial,
desde que sejam demarcadas as vagas corres- o número mínimo de unidades habitacionais a) as áreas públicas deverão se localizar junto ao
pondentes às unidades residenciais e às áreas será calculado segundo a seguinte equação: alinhamento da via e por ela ter acesso em nível;
não residenciais;
N = (CAu x At) / (CAmax x Q), onde: b) as áreas públicas deverão ter sua localização
III - está dispensado o atendimento às dispo- aprovada pela municipalidade;
N - número mínimo de unidades;
sições relativas ao número mínimo de vagas
c) o percentual de área a ser doado poderá ser
para estacionamento estabelecidas pela LPUOS, CAu - coeficiente de aproveitamento utilizado atendido com a doação de 2 (duas) áreas não
desde que atendidas às exigências específicas no projeto; contíguas, desde que nenhuma delas tenha área
da legislação e normas técnicas de acessibili-
inferior a 5% (cinco por cento) da área total;
dade, atendimento médico de emergência e CAmax - coeficiente de aproveitamento máximo;
segurança contra incêndio; II - o órgão responsável pela aprovação do em-
At - área do terreno;
preendimento poderá exigir que uma parte
IV - é vedada, nos espaços destinados a esta-
Q - quota máxima de terreno por unidade habi- da área a ser doada se destine a circulação de
cionamento, a ocupação por vagas:
tacional, conforme Quadro 2 anexo a esta lei. pedestres entre logradouros, não estando esta
a) da área livre entre o alinhamento do lote e parcela sujeita ao disposto na alínea “c” deste
o alinhamento da edificação no pavimento ao parágrafo;
COTA PARTE
nível do passeio público, com exceção das vagas III - observar taxa de permeabilidade de no
exigidas pela legislação e normas técnicas de
Determina o número mínimo de mínimo 20% (vinte por cento) da área do lote;
acessibilidade, atendimento médico de emer- unidades habitacionais:
gência e segurança contra incêndio; IV - a vedação por muro não poderá exceder
25% (vinte e cinco por cento) da extensão das
b) de áreas cobertas no pavimento de acesso (CAu x At)
N= faces de quadra ou das testadas dos lotes.
até o limite de 15m (quinze metros) do alinha- (CAmax x Q)
mento da via; § 4º Nas áreas de influência dos eixos, quando
a área do lote for superior a 5.000m² (cinco mil
V - na instalação dos usos e atividades classifica- N Número mínimo de unidades
metros quadrados) e menor ou igual a 40.000m²
dos como polos geradores de tráfego, é vedado Coeficiente de
CAu (quarenta mil metros quadrados), será obri-
o acesso direto de veículos por vias onde estão aproveitamento do projeto
gatório:
implantados ou planejados os corredores de At Área do terreno
ônibus municipais e intermunicipais. I - destinar para fruição pública área equivalente
Coeficiente de
CAmax aproveitamento máximo
à no mínimo 20% (vinte por cento) da área do
§ 1º Independentemente de sua classificação, lote, em espaço livre ou edificado, ao nível do
são admitidos nas áreas de influência dos eixos Cota máxima de terreno por
Q passeio público ou no pavimento térreo;
os terminais rodoviários urbanos e interur- unidade habitacional
banos. II - observar taxa de permeabilidade de no mí-
nimo 20% (vinte por cento) da área do lote;
§ 2º O acesso de veículos mencionado no inci- § 2º Nas edificações destinadas ao uso misto, a
so V deste artigo poderá ser admitido pela cota máxima de terreno por unidade deverá ser III - observar limite de 25% (vinte e cinco por
CAIEPS29, após análise da CET, desde que seja aplicada à parcela de terreno correspondente cento) de vedação da testada do lote com muros.
prevista pista de acomodação no interior do ao potencial construtivo utilizado para o uso § 5º Aplica-se o benefício previsto no art. 82
lote. residencial.
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
desta lei à área destinada à fruição pública nos b) nos usos nR, 1 (uma) vaga para cada 70m² § 2º Quando o número de vagas de estaciona-
termos do parágrafo anterior. (setenta metros quadrados) de área construída mento ultrapassar os limites fixados no inciso
computável, excluídas as áreas computáveis III do “caput”, a área correspondente, incluindo
§ 6º Nas áreas de influência dos eixos, nas faces ocupadas por vagas, desprezadas as frações; as áreas de circulação e manobra dessas vagas,
de quadra lindeiras às ZER, não se aplicam o será considerada computável.
inciso VIII do § 1º do art. 158 e o art. 197 da Lei c) nos usos mistos, 1 (uma) vaga por unidade
nº 13.885, de 2004. habitacional e 1 (uma) vaga para cada 70m² § 3º Nas áreas de influência dos eixos, não se
(setenta metros quadrados) de área construída aplicam as disposições da Lei nº 14.044, de 2
§ 7º Nas áreas de influência dos eixos, nos lotes computável destinada ao uso nR, excluídas as de setembro de 2005.
com frente para os eixos relacionados nos inci- áreas computáveis ocupadas por vagas, despre-
sos II e III do art. 76, o passeio deverá ter largura Art. 81. Nas áreas de influência dos eixos, quan-
zadas as frações;
mínima de 5m (cinco metros), em contrapartida do uma parcela do imóvel for doada à muni-
à doação de área para este fim: cipalidade para execução de melhoramentos
públicos, os potenciais construtivos básico e
I - fica dispensado o recuo obrigatório de frente; VAGAS DE GARAGEM
máximo do remanescente do lote serão calcu-
II - os potenciais construtivos básico e máximo lados em função de sua área original e não será
Nas áreas de influência dos Eixos, será cobrada outorga onerosa do direito de construir
do remanescente do lote serão calculados em considerada área não computável:
função de sua área original e não será cobrada relativa ao potencial construtivo máximo cor-
outorga onerosa do direito de construir relativa respondente à área doada.
ao potencial construtivo máximo correspon- Até 1 vaga § 1º Quando a parcela doada ultrapassar 30%
dente à área doada. Para uso por unidade
(trinta por cento) da área do lote, o potencial
RESIDENCIAL habitacional (UH)
§ 8º Nas áreas de influência dos eixos, exceto construtivo máximo correspondente à área que
nas vias onde estão instalados os corredores de ultrapassou esse limite não poderá ser utilizado
ônibus municipais e intermunicipais, o passeio no remanescente do lote, esse potencial constará
Até 1 vaga de Declaração de Potencial Construtivo Passível
deverá ter largura mínima de 3m (três metros), Para uso a cada 70m² de
em contrapartida à doação de área para este fim: NÃO RESIDENCIAL área construída de Transferência que será emitida em nome do
proprietário do imóvel.
I - o recuo de frente será definido a partir do
alinhamento original do lote; e § 2º O proprietário do imóvel poderá optar entre
o benefício previsto no “caput” e a transferência
Até 1 Até 1
II - os potenciais construtivos básico e máximo vaga vaga a cada total ou parcial do direito de construir corres-
do remanescente do lote serão calculados em Para uso por UH 70m² de área pondente ao potencial construtivo relativo à
função de sua área original e não será cobrada MISTO construída nR
área doada, de acordo com as disposições dos
outorga onerosa do direito de construir relativa arts. 122 e seguintes desta lei.
ao potencial construtivo máximo correspon-
dente à área doada. IV - as áreas construídas no nível da rua com Art. 82. Nas áreas de influência dos eixos, quan-
acesso direto ao logradouro, em lotes com tes- do uma parcela do lote for destinada à fruição
Art. 80. Nas áreas de influência dos eixos, serão tada superior a 20m (vinte metros), até o limite pública, os potenciais construtivos básico e
consideradas não computáveis: de 50% (cinquenta por cento) da área do lote, máximo do remanescente do lote serão cal-
destinadas a usos classificados nas subcategorias culados em função de sua área original, e não
I - as áreas que atendam às condições previstas
de usos nR1 ou nR2; será cobrada outorga onerosa correspondente
nos incisos I, III e IV do art. 189 da Lei nº 13.885,
à metade do potencial construtivo máximo re-
de 25 de agosto de 2004, até sua revisão; V - a área destinada aos usos não residenciais lativo à área destinada à fruição pública, desde
II - as áreas assim consideradas na legislação nR, até o limite de 20% (vinte por cento) da área que atendidas simultaneamente as seguintes
edilícia; construída computável total do empreendimen- condições:
to, nos empreendimentos de uso misto e nos
III - as áreas cobertas, em qualquer pavimento, Empreendimentos de Habitação de Interesse I - a área destinada à fruição pública tenha no
ocupadas por circulação, manobra e estaciona- Social - EHIS. mínimo 250m² (duzentos e cinquenta metros
mento de veículos, desde que seja observada quadrados) e esteja localizada junto ao alinha-
a cota de garagem máxima fixada no Quadro 2 § 1º A parcela de área destinada à circulação, mento da via, ao nível do passeio público, sem
desta lei, e o número de vagas não ultrapasse: manobra e ao estacionamento de veículos que fechamento e não ocupada por construções ou
ultrapassar a área resultante da aplicação da estacionamento de veículos;
a) nos usos R, 1 (uma) vaga por unidade habi- cota máxima de garagem será considerada
tacional; computável. II - a área destinada à fruição pública deverá
permanecer permanentemente aberta;
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TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO II - DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA
III - a área destinada à fruição pública seja de- Art. 87. As ações públicas e privadas com inter- VII - facilitar o acesso e utilização das funções
vidamente averbada em Cartório de Registro ferência na paisagem deverão atender ao inte- e serviços de interesse coletivo nas vias e logra-
de Imóveis. resse público, conforme os seguintes objetivos: douros e o fácil e rápido acesso aos serviços de
emergência, tais como bombeiros, ambulâncias
Art. 83. As condições de instalação de usos e I - garantir o direito do cidadão à fruição da e polícia;
atividades e os índices e parâmetros de ocupa- paisagem;
TÍTULO II
ção estabelecidos nesta lei para as áreas de VIII - condicionar a regulação do uso e ocupação
II - propiciar a identificação, leitura e apreensão
influência dos eixos de estruturação da trans- do solo e a implantação de infraestrutura à pre-
da paisagem e de seus elementos constitutivos,
formação urbana planejados, delimitados no servação da paisagem urbana em seu conjunto
públicos e privados, pelo cidadão;
Mapa 3A anexo, somente passarão a vigorar e à melhora da qualidade de vida da população;
após a emissão da Ordem de Serviços das obras III - incentivar a preservação da memória e IX - condicionar a instalação de galerias com-
das infraestruturas do sistema de transporte do patrimônio histórico, cultural, religioso e partilhadas para os serviços públicos, prin-
que define o eixo, após a emissão pelos órgãos ambiental e a valorização do ambiente natural cipalmente energia elétrica, gás canalizado,
competentes de todas as autorizações e licenças, e construído; saneamento e telecomunicações, desde que
especialmente a licença ambiental, correspon-
IV - garantir a segurança, a fluidez e o conforto compatíveis.
dentes à obra em questão.
nos deslocamentos de veículos e pedestres, Art. 88. São diretrizes específicas para o orde-
§ 1º A vigência da disciplina de que trata o adequando os passeios às necessidades das namento e a gestão da paisagem:
“caput” será declarado por decreto, que indicará pessoas com deficiência e mobilidade reduzida;
qual a área de influência do eixo ou trecho de I - elaborar normas de ordenamento territorial
eixo, constante do Mapa 3A anexo, correspon- V - proporcionar a preservação e a visualização relacionadas à inserção de elementos na paisa-
dente à obra nos termos do “caput”. das características peculiares dos logradouros gem urbana que considere as diferentes porções
e das fachadas dos edifícios; da cidade em sua totalidade, a diversidade dos
§ 2º As áreas remanescentes das desapropria-
VI - contribuir para a preservação e a visuali- bairros, os bens culturais e ambientais de in-
ções necessárias à implantação de melhora-
zação dos elementos naturais tomados em seu teresse de preservação, o sistema edificado e
mentos viários, relacionados à implantação
conjunto e em suas peculiaridades ambientais; a infraestrutura;
de sistemas de transporte coletivo deverão,
quando a dimensão for suficiente, ser desti-
nadas à produção de Habitação de Interesse
Social com equipamentos sociais ou usos não ORDENAMENTO DA PAISAGEM
residenciais no pavimento térreo.
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
II - condicionar a implantação dos sistemas das ações públicas e privadas relacionadas ao CAPÍTULO III - DOS
de infraestrutura à sua adequada inserção na ordenamento da paisagem, a Prefeitura poderá
paisagem, especialmente no que se refere à elaborar Plano de Ordenamento da Paisagem do INSTRUMENTOS DE
fragilidade ambiental e aos condicionantes território municipal, considerando, quando for POLÍTICA URBANA E DE
geológico-geotécnicos, à diversidade dos bairros o caso, as determinações previstas nesta lei, de
da cidade, à preservação dos bens culturais e forma articulada com os municípios vizinhos. GESTÃO AMBIENTAL
ambientais de interesse para preservação e ao
sistema edificado existente; Art. 89. Os instrumentos de política urbana e
gestão ambiental serão utilizados para a efe-
III - identificar elementos significativos e re- tivação dos princípios e objetivos deste Plano
ferenciais da paisagem urbana e estabelecer Diretor Estratégico.
medidas de preservação de eixos visuais que
garantam sua apreensão pelos cidadãos; Parágrafo único. As intervenções no território
municipal poderão conjugar a utilização de dois
IV - garantir a participação da comunidade nos ou mais instrumentos de política urbana e de
processos de identificação, valorização, preser- gestão ambiental, com a finalidade de atingir os
vação e conservação dos territórios culturais e objetivos do processo de urbanização previsto
elementos significativos da paisagem; para o território.
V - promover o combate à poluição visual, bem
como à degradação ambiental; SEÇÃO I - DOS INSTRUMENTOS
INDUTORES DA FUNÇÃO SOCIAL
VI - proteger, recuperar e valorizar o patrimô-
nio cultural, paisagístico, bem como o meio DA PROPRIEDADE
ambiente natural ou construído da cidade;
Art. 90. O Executivo, na forma da lei, pode-
VII - estabelecer o regramento das caracterís- rá exigir do proprietário do solo urbano não
ticas de aproveitamento, dimensionamento e edificado, subutilizado, ou não utilizado, que
ocupação de lotes e glebas de forma compatível promova seu adequado aproveitamento, sob
aos objetivos e diretrizes desta lei, introduzindo pena, sucessivamente, de:
a paisagem urbana como critério de composição
do sistema edificado;
FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE
VIII - promover ações de melhoria da paisagem
urbana nos espaços públicos, em especial o PROPRIEDADE FUNÇÃO SOCIAL
enterramento do cabeamento aéreo, a arbo- PRIVADA DA PROPRIEDADE
rização urbana, o alargamento, qualificação
e manutenção de calçadas, em atendimento
às normas de acessibilidade universal, dentre
outras medidas que contribuam para a promo- Interesse Interesse
ção da cultura da sustentabilidade e garantam individual coletivo
o direito à cidade;
Para garantir que toda propriedade cumpra
IX - ordenar a inserção de anúncios nos es- sua função social, o Plano Diretor define a
aplicação de três instrumentos urbanísticos
paços públicos, proibindo a publicidade, em sucessivos:
atendimento aos objetivos expressos nesta lei;
PEUC Parcelamento, Edificação e Utilização
X - incentivar a recuperação da paisagem de- Compulsórios (PEUC)
gradada;
Imposto Predial Territorial Urbano
XI - assegurar a proteção da paisagem rural; IPTU
Progressivo no Tempo
XII - incentivar ações públicas e privadas de (IPTU Progressivo no Tempo)
recuperação, restauração e manutenção de fa-
chadas e passeios públicos em áreas degradadas. DESAP
Desapropriação Mediante Pagamento
em Títulos da Dívida Pública
Parágrafo único. Para contribuir na orientação
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TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE GESTÃO AMBIENTAL
I - parcelamento, edificação ou utilização com- “caput” não serão aplicadas enquanto o terreno (sessenta por cento) de sua área construída de-
pulsórios; não tiver acesso à infraestrutura básica, assim socupada por mais de 1 (um) ano ininterrupto.
definida pela legislação federal de parcelamento
II - Imposto Predial e Territorial Urbano Pro- § 1º Quando se tratar de edificação constituída
do solo urbano, ressalvados os casos em que os
gressivo no Tempo; por unidades autônomas para fins residenciais
equipamentos urbanos ali estabelecidos possam
ou não residenciais, a não utilização será aferida
ser exigidos no processo de licenciamento.
TÍTULO II
III - desapropriação com pagamento mediante pela desocupação de pelo menos 60% (sessenta
títulos da dívida pública. § 2º A tipificação estabelecida no “caput” se por cento) dentre elas, também pelo prazo de
Parágrafo único. (VETADO) estende aos lotes com metragem inferior a 1 (um) ano.
500m² (quinhentos metros quadrados), quando:
§ 2º A desocupação dos imóveis poderá ser
Subseção I - Do Âmbito de a) originários de desmembramentos aprovados comprovada, por meio de consulta às concessio-
Aplicação após a publicação desta lei; ou que, nárias, pela não utilização ou pela interrupção
do fornecimento de serviços essenciais como
b) somados a outros contíguos do mesmo pro-
Art. 91. Para aplicação dos instrumentos in- água, luz e gás.
prietário perfaçam área superior a 500m² (qui-
dutores da função social da propriedade, são nhentos metros quadrados). § 3º A classificação do imóvel como não utilizado
consideradas passíveis de aplicação dos instru- poderá ser suspensa devido a impossibilida-
mentos indutores do uso social da propriedade Art. 93. São considerados imóveis subutilizados des jurídicas momentaneamente insanáveis
os imóveis não edificados, subutilizados, ou os lotes e glebas com área superior a 500m² pela simples conduta do proprietário, e apenas
não utilizados localizados nas seguintes partes (quinhentos metros quadrados) que apresen- enquanto estas perdurarem, conforme regula-
do território: tem coeficiente de aproveitamento inferior ao mentação do Poder Executivo.
mínimo definido nos Quadros 2 e 2A anexos.
I - Zonas Especiais de Interesse Social 2, 3 e 5;
Art. 94. Ficam excluídos das categorias de não Subseção II - Do Parcelamento,
II - no perímetro da Operação Urbana Centro; edificados ou subutilizados os imóveis que:
Edificação e Utilização
III - áreas de influência dos Eixos de Estrutu- I - abriguem atividades que não necessitem de Compulsórios
ração da Transformação Urbana; edificação para suas finalidades, com exceção
IV - nos perímetros e perímetros expandidos de estacionamentos; Art. 96. Os imóveis não edificados, subutilizados
das Operações Urbanas Consorciadas; e não utilizados são sujeitos ao parcelamento,
II - integrem o Sistema Municipal de Áreas Pro- edificação e utilização compulsórios.
V - nos perímetros das Subprefeituras da Sé e tegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres, forem
da Mooca; classificados como ZEPAM ou cumpram função § 1º Os proprietários dos imóveis não parcela-
ambiental relevante; dos, não edificados ou subutilizados deverão
VI - nas Macroáreas de Urbanização Consolidada ser notificados pela Prefeitura e terão prazo
e de Qualificação da Urbanização; III - forem classificados como ZEPEC, tomba- máximo de 1 (um) ano a partir do recebimento
dos, ou que tenham processo de tombamento da notificação para protocolar, junto ao órgão
VII - na Macroárea de Redução da Vulnerabi- aberto pelo órgão competente de qualquer ente competente, pedido de aprovação e execução de
lidade Urbana, exclusivamente para glebas ou federativo, ou ainda cujo potencial construtivo projeto de parcelamento ou edificação desses
lotes com área superior a 20.000m² (vinte mil tenha sido transferido; imóveis, conforme o caso.
metros quadrados);
IV - estejam nestas condições devido a impos- § 2º Os proprietários dos imóveis notificados nos
VIII - em todas as áreas do perímetro urbano, sibilidades jurídicas momentaneamente insa- termos do parágrafo anterior deverão iniciar a
definidas como tal no Mapa 2A, nas quais não náveis pela simples conduta do proprietário, e execução do parcelamento ou edificação desses
incide o IPTU, ressalvadas as áreas efetivamente apenas enquanto estas perdurarem. imóveis no prazo máximo de 2 (dois) anos a
utilizadas para a exploração agrícola, pecuária,
Parágrafo único. As exceções previstas no contar da expedição do alvará de execução do
extrativa vegetal ou agroindustrial e as exceções
“caput” serão regulamentadas pelo Poder Exe- projeto, cabendo aos proprietários a comuni-
previstas nos arts. 92 e 94.
cutivo, considerando os princípios e objetivos cação à administração pública.
Art. 92. São considerados imóveis não edifica- desta lei. § 3º Os proprietários dos imóveis não utiliza-
dos os lotes e glebas com área superior a 500m²
Art. 95. São considerados imóveis não utilizados dos deverão ser notificados pela Prefeitura e
(quinhentos metros quadrados), com coeficiente
aqueles com coeficiente de aproveitamento terão prazo máximo de 1 (um) ano, a contar
de aproveitamento utilizado igual a 0 (zero).
utilizado igual ou superior ao coeficiente de do recebimento da notificação, para ocupá-los,
§ 1º As obrigações estabelecidas por esta lei aproveitamento mínimo definido nos Quadros cabendo aos proprietários a comunicação à
aos proprietários de imóveis caracterizados no 2 e 2A anexos e que tenham, no mínimo, 60% administração pública.
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
TIPOLOGIA DE O QUE O PROPRIETÁRIO DEVE FAZER PARA CUMPRIR PARA INDUZIR O USO DOS
IMÓVEIS OCIOSOS: A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE: IMÓVEIS OCIOSOS
A Prefeitura notificará os
proprietários de imóveis
Imóvel não edificado ociosos, que terão os seguintes
Imóvel com área e / ou prazos para cumprir a função
superior a 500 m² social da propriedade:
com coeficiente de Necessário Necessário Necessário
aproveitamento PARCELAR EDIFICAR UTILIZAR
utilizado igual a zero EM ATÉ:
1
ANO APRESENTAR
Imóvel subutilizado
PROJETO
Imóvel com área
superior a 500 m² e / ou
cujo coeficiente de EM ATÉ:
aproveitamento Necessário Necessário Necessário
utilizado é inferior ao PARCELAR EDIFICAR UTILIZAR
mínimo definido 2
ANOS INICIAR
OBRAS
Imóvel não utilizado
Edifícios e outros
imóveis que tenham EM ATÉ:
no mínimo 60% de
sua área construída Necessário 5
desocupada há mais PARCELADO EDIFICADO UTILIZAR ANOS CONCLUIR
de um ano OBRAS
§ 4º Caso o proprietário alegue como impossi- lei específica de reordenamento territorial da mento quando o proprietário for residente ou
bilidade jurídica a inviabilidade de ocupação região ou do setor onde esteja inserido o imóvel tiver sua sede fora do território do Município;
do imóvel não utilizado em razão de normas em questão.
III - por edital, quando frustrada, por 3 (três)
edilícias, o Executivo poderá conceder prazo
§ 8º Nas glebas ou lotes com área superior a vezes, a tentativa de notificação na forma pre-
de 1 (um) ano, a partir da notificação, exclu-
20.000m² (vinte mil metros quadrados) localiza- vista pelos incisos I e II deste artigo.
sivamente para promover a regularização da
dos na Macroárea de Redução da Vulnerabilida-
edificação se possível, nos termos da legislação § 1º A notificação referida no “caput” deste artigo
de Urbana, mencionados no inciso VII do art. 91,
vigente, ou a sua demolição, fluindo a partir de deverá ser averbada na matrícula do imóvel no
a notificação deverá se referir exclusivamente
então prazo igual para apresentação de projeto Cartório de Registro de Imóveis, pela Prefeitura
ao parcelamento compulsório.
de nova edificação ou documentação relativa do Município de São Paulo.
à regularização do imóvel. § 9º A transmissão do imóvel, por ato “inter
§ 2º Uma vez promovido, pelo proprietário, o
vivos” ou “causa mortis”, posterior à data da
§ 5º O proprietário terá o prazo de até 5 (cinco) adequado aproveitamento do imóvel na con-
notificação prevista nos §§ 1º e 3º, transfere
anos, a partir do início das obras previstas no § formidade do que dispõe esta lei, caberá à
as obrigações de parcelamento, edificação ou
2º para comunicar a conclusão do parcelamen- Prefeitura do Município de São Paulo efetuar
utilização sem interrupção de quaisquer prazos.
to do solo, ou da edificação do imóvel, ou da o cancelamento da averbação tratada no pará-
primeira etapa de conclusão de obras no caso Art. 97. A notificação de que trata o artigo an- grafo anterior.
de empreendimentos de grande porte. terior far-se-á:
§ 6º Os prazos previstos neste artigo serão conta- I - por funcionário do órgão competente do Subseção III - Do Imposto Predial
dos em dobro quando o proprietário notificado Poder Público Municipal, ao proprietário do e Territorial Urbano (IPTU)
for cooperativa habitacional ou associação sem imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, Progressivo no Tempo
fins lucrativos. a quem tenha poderes de gerência geral ou
administração; Art. 98. Caso os proprietários dos imóveis men-
§ 7º No setor Orla Ferroviária e Fluvial da
Macroárea de Estruturação Metropolitana, a cionados na subseção anterior não cumpram
II - por carta registrada com aviso de recebi-
notificação se dará a partir da aprovação da as obrigações nos prazos ali estabelecidos, a
74
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE GESTÃO AMBIENTAL
Enquanto o proprietário do imóvel ocioso não se adequar às obrigações para que seu imóvel cumpra a função social da propriedade,
o seu IPTU irá aumentar anualmente:
TÍTULO II
1º 2º 3º 4º 5º
A NO ANO A NO A NO AN O
x2 x2 x2 * Valores de
LIMITE MÁXIMO = 15%
porcentagens
exemplificativos
Caso o imóvel permaneça ocioso passados 5 anos da cobrança do IPTU Progressivo no Tempo,
A PREFEITURA PODERÁ DESAPROPRIAR O IMÓVEL MEDIANTE PAGAMENTO EM TÍTULOS DE DÍVIDA PÚBLICA
Prefeitura deverá aplicar alíquotas progressivas § 6º Observadas as alíquotas previstas neste indenização e os juros legais, nos termos do art.
de IPTU majoradas anualmente pelo prazo de 5 artigo, aplica-se ao IPTU Progressivo a legislação 8º da Lei Federal nº 10.257, de 2001.
(cinco) anos consecutivos até atingir a alíquota tributária vigente no Município de São Paulo.
§ 2º Findo o prazo do artigo anterior, a Prefei-
máxima de 15% (quinze por cento).
§ 7º Comprovado o cumprimento da obrigação tura deverá publicar o respectivo decreto de
§ 1º A alíquota a ser aplicada a cada ano será de parcelar, edificar ou utilizar o imóvel, ocor- desapropriação do imóvel em até 1 (um) ano,
igual ao dobro do valor da alíquota do ano an- rerá o lançamento do IPTU sem a aplicação salvo em caso de ausência de interesse públi-
terior. das alíquotas previstas nesta lei no exercício co na aquisição, que deverá ser devidamente
seguinte. justificada.
§ 2º Será adotada a alíquota de 15% (quinze por
cento) a partir do ano em que o valor calculado § 3º É vedado ao Executivo proceder à desapro-
venha a ultrapassar o limite estabelecido no Subseção IV - Da Desapropriação priação do imóvel que se enquadre na hipótese
“caput” deste artigo. Mediante Pagamento em Títulos da do “caput” de forma diversa da prevista neste
Dívida Pública artigo, contanto que a emissão de títulos da dí-
§ 3º Será mantida a cobrança do Imposto pela vida pública tenha sido previamente autorizada
alíquota majorada até que se cumpra a obrigação
Art. 99. Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos pelo Senado Federal.
de parcelar, edificar, utilizar o imóvel ou que
de cobrança do IPTU Progressivo no Tempo
ocorra a sua desapropriação. § 4º Adjudicada a propriedade do imóvel à Pre-
sem que os proprietários dos imóveis tenham
feitura, esta deverá determinar a destinação
§ 4º É vedada a concessão de isenções, anistias, cumprido a obrigação de parcelar, edificar ou
urbanística do bem, vinculada à implantação de
incentivos ou benefícios fiscais relativos ao utilizar, conforme o caso, a Prefeitura poderá
ações estratégicas do Plano Diretor, ou iniciar o
IPTU Progressivo de que trata esta lei. proceder à desapropriação desses imóveis com
procedimento para sua alienação ou concessão,
pagamento em títulos da dívida pública.
§ 5º Serão suspensas quaisquer isenções do nos termos do art. 8º do Estatuto da Cidade.
IPTU incidentes em um dado imóvel quando o § 1º Os títulos da dívida pública terão prévia
§ 5º Caso o valor da dívida relativa ao IPTU
proprietário for notificado para o parcelamento, aprovação do Senado Federal e serão resgatados
supere o valor do imóvel, a Prefeitura deverá
edificação ou utilização compulsórios. no prazo de até dez anos, em prestações anuais,
proceder à desapropriação do imóvel e, na hipó-
iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
tese de não ter interesse público para utilização
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
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TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE GESTÃO AMBIENTAL
II - analisar indicações de imóveis e áreas feitas ou edificadas com valor correspondente ao a partir da sua incorporação ao patrimônio
por pessoas físicas e jurídicas. valor do imóvel antes da execução das obras público.
de urbanização e edificação.
Parágrafo único. (VETADO) § 5º A proposta de consórcio imobiliário não
§ 3º O valor de referência a ser considerado suspende os prazos estipulados no art. 96, de-
para a realização do pagamento mencionado vendo o Poder Executivo expedir regulamento
Subseção VI - Do Consórcio
TÍTULO II
no parágrafo anterior deverá: sobre outros procedimentos acerca da aceitação
Imobiliário das propostas e viabilização dos ajustes.
I - refletir o valor de referência para pagamento
Art. 102. A Prefeitura poderá realizar consórcios de outorga onerosa, descontado o montante § 6º O Poder Executivo poderá adotar programas
imobiliários para fins de viabilizar financeira- incorporado em função das obras realizadas na que objetivem a aproximação entre proprietários
mente o aproveitamento de imóveis que estejam área onde se localiza o imóvel transferido para notificados para o parcelamento, edificação e
sujeitos ao parcelamento, edificação e utilização a realização do consórcio imobiliário; utilização compulsórios e agentes econômicos
compulsória nos termos desta lei, independen- interessados em empreendimentos imobiliários
II - excluir do seu cálculo expectativas de ganhos,
temente da notificação a seus proprietários. ou da construção civil, respeitados os princípios
lucros cessantes e juros compensatórios, bem que regem a administração pública.
§ 1º A Prefeitura poderá promover o aproveita- como eventuais custos para a recuperação da
mento do imóvel que receber nos termos deste área em razão da existência de passivos am-
artigo, diretamente ou por outra modalidade bientais. Subseção VII - Do Direito de
admitida em lei. Preempção
§ 4º A Prefeitura deverá proceder ao aproveita-
§ 2º O proprietário que transferir seu imóvel mento adequado das unidades imobiliárias que
Art. 103. A Prefeitura poderá exercer o direito
à Prefeitura para a realização de consórcio lhe cabem, resultantes do consórcio imobiliário,
de preempção, nos termos da legislação fede-
imobiliário receberá, como pagamento, uni- no prazo máximo de 5 (cinco) anos, contados
ral, para aquisição de imóvel urbano objeto de
dades imobiliárias devidamente urbanizadas alienação onerosa entre particulares sempre
que necessitar de áreas para cumprir os ob-
jetivos e implantar as ações prioritárias deste
CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO Plano Diretor.
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
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TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE GESTÃO AMBIENTAL
TÍTULO II
municipais; 20 mil m² deve:
III - não estiver na posse de outrem;
d) outras provas do estado de abandono do
IV - cessados os atos de posse, estar o proprietá- imóvel, quando houver;
rio inadimplente com o pagamento dos tributos Doar 10% de sua
e) cópias de ao menos 3 (três) notificações en- área construída para
municipais incidentes sobre a propriedade
caminhadas ao endereço do imóvel ou àquele produção de HIS
imóvel.
constante da matrícula ou transcrição imobi-
§ 2º A Prefeitura deverá adotar as providên- liária;
cias cabíveis à incorporação definitiva do bem
II - realizar atos de diligência, mediante elabo-
abandonado ao patrimônio público, nos termos
ração de relatório circunstanciado contendo a
estabelecidos pelo regulamento, cabendo ao
descrição das condições do imóvel;
Poder Executivo: no em doação
ou ou
próprio local outro local de terreno
III - confirmar a situação de abandono, com
I - tomar as medidas administrativas necessá-
a lavratura do respectivo Auto de Infração e a ou
rias para a arrecadação dos bens abandonados,
observando-se desde o início o direito ao con- instrução de processo administrativo.
traditório e à ampla defesa; § 2º (VETADO) Doar 10% do valor do terreno ao
FUNDURB,
II - adotar as medidas judiciais cabíveis para com destinação preferencial à
regularização do imóvel arrecadado junto ao Subseção IX - Da Cota de aquisição de terrenos bem localizados
Serviço Registrário Imobiliário, bem como para para moradia social
Solidariedade
sua destinação às finalidades previstas nesta lei.
Art. 109. O imóvel que passar à propriedade do Art. 111. Fica estabelecida como exigência para Interesse Social no empreendimento referido
Município em razão de abandono poderá ser o certificado de conclusão de empreendimen- no “caput” desse artigo será considerada não
empregado diretamente pela Administração, tos imobiliários de grande porte ou implantação computável.
para programas de habitações de interesse de planos e projetos urbanísticos a Cota de
Solidariedade, que consiste na produção de § 2º Alternativamente ao cumprimento da exi-
social, de regularização fundiária, instalação de
Habitação de Interesse Social pelo próprio pro- gência estabelecida no “caput” deste artigo, o
equipamentos públicos sociais ou de quaisquer
motor, doação de terrenos para produção de empreendedor poderá:
outras finalidades urbanísticas.
HIS ou a doação de recursos ao Município para I - produzir Empreendimento de Habitação de
Parágrafo único. Não sendo possível a destina- fins de produção de Habitação de Interesse Interesse Social com no mínimo a mesma área
ção indicada no artigo anterior em razão das Social e equipamentos públicos sociais com- construída exigida no “caput” desse artigo em
características do imóvel ou por inviabilidade plementares à moradia. outro terreno, desde que situado na Macrozona
econômica e financeira, o bem deverá ser alie-
Parágrafo único. A doação prevista no “caput” de Estruturação e Qualificação Urbana, excluída
nado e o valor arrecadado será destinado ao
não exime a necessidade de destinação de áreas a Macroárea de Redução da Vulnerabilidade
Fundo Municipal de Habitação para a aquisição
ao Município nos termos da legislação de par- Urbana e os Setores Jacu-Pêssego, Arco Leste,
de terrenos e glebas.
celamento do solo. Noroeste e Fernão Dias da Macroárea de Estru-
Art. 110. O procedimento para arrecadação turação Metropolitana;
terá início de ofício ou mediante denúncia, que Art. 112. Os empreendimentos com área cons-
truída computável superior a 20.000m² (vinte II - doar terreno de valor equivalente a 10% (dez
informará a localização do imóvel em cujos atos
mil metros quadrados) ficam obrigados a des- por cento) do valor da área total do terreno do
de posse tenham cessado.
tinar 10% (dez por cento) da área construída empreendimento, calculado conforme Cadastro
§ 1º Para dar seguimento ao procedimento de computável para Habitação de Interesse Social, de Valor de Terreno para fins de Outorga One-
arrecadação, a Prefeitura deverá: voltada a atender famílias com renda até 6 (seis) rosa, situado na Macrozona de Estruturação e
salários mínimos, de acordo com regulamen- Qualificação Urbana, excluída a Macroárea de
I - abrir processo administrativo que deverá Redução da Vulnerabilidade Urbana e os Setores
tação definida nesta lei.
conter os seguintes documentos: Jacu-Pêssego, Arco Leste, Noroeste e Fernão Dias
§ 1º A área construída destinada à Habitação de da Macroárea de Estruturação Metropolitana;
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
ao
o que significa que é permitida a construção Desenvolvimento Urbano Habitação de Interesse Social
os
equivalente à 1x a área do terreno. O (FUNDURB) os
rs
re c u
d
empreendimento que quiser construir mais,
poderá construir até atingir o potencial Equipamentos Sociais
construtivo máximo definido para seu $
terreno. No entanto, para construir além do $
potencial construtivo básico, o empreendedor COEFICIENTE MÁXIMO Patrimônio Cultural
terá que pagar uma contrapartida financeira, É necessário pagamento
chamada OUTORGA ONEROSA. $ da Outorga Onerosa
Espaços Públicos
$
$
Planos de Bairro
ao
Sistema Cicloviário, Sistema de
os
Os recursos obtidos com a Outorga Onerosa circulação de Pedestres os
rs
re c u
d
são destinados ao Fundo Municipal de
Desenvolvimento Urbano (FUNDURB), que
os aplica em melhorias urbanísticas. Unidades de Conservação Ambiental
III - depositar no Fundo de Desenvolvimento tável equivalente superior a 20.000m² (vinte SEÇÃO II - DO DIREITO DE
Urbano - FUNDURB, em sua conta segregada mil metros quadrados), calculada conforme a CONSTRUIR
para Habitação de Interesse Social, 10% (dez por equação a seguir:
cento) do valor da área total do terreno calculado
ACce = (ACc x ATo) / ATd, onde:
conforme Cadastro de Valor de Terreno para Subseção I - Do Direito de
fins de Outorga Onerosa, destinado à aquisição ACce - área construída computável equivalente; Superfície
de terreno ou subsídio para produção de HIS,
preferencialmente em ZEIS 3. ACc - área construída computável do terreno
Art. 113. O Município poderá receber em con-
desmembrado;
§ 3º Atendida a exigência estabelecida no cessão, diretamente ou por meio de seus ór-
“caput”, inclusive pelas alternativas previstas ATo - área do terreno original; gãos, empresas ou autarquias, nos termos da
no § 2º, o empreendimento poderá beneficiar- legislação em vigor, o direito de superfície de
ATd - área do terreno desmembrado; bens imóveis para viabilizar a implementação
se de acréscimo de 10% (dez por cento) na área
computável, obtida mediante o pagamento da b) (VETADO) de ações e objetivos previstos nesta lei, inclu-
outorga onerosa. sive mediante a utilização do espaço aéreo e
§ 6º A doação de área prevista do inciso II do subterrâneo.
§ 4º O Executivo deverá fiscalizar a destinação § 2º deste artigo só será aceita após a análise e
das unidades, garantindo o atendimento da aprovação do órgão competente. Art. 114. O Município poderá ceder, mediante
faixa de renda prevista no “caput” deste artigo. contrapartida de interesse público, o direito
§ 7º Os empreendimentos de uso não residencial de superfície de seus bens imóveis, inclusive o
§ 5º A obrigação estabelecida no “caput” se localizados em áreas onde o fator de planeja- espaço aéreo e subterrâneo, com o objetivo de
estende aos empreendimentos com área cons- mento para os usos nR é igual a zero, de acordo implantar as ações e objetivos previstos nesta
truída computável inferior a 20.000m² (vinte com o Quadro 6 desta lei, ficam dispensados da lei, incluindo instalação de galerias comparti-
mil metros quadrados), quando: obrigação determinada no “caput”. lhadas de serviços públicos e para a produção
de utilidades energéticas.
a) originários de desmembramentos aprovados
após a publicação desta lei, com área compu-
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TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE GESTÃO AMBIENTAL
Subseção II - Da Outorga Onerosa § 2º Para o cálculo do potencial construtivo definido pelas leis especiais relacionadas no
do Direito de Construir adicional deverão ser utilizados: art. 369 desta lei;
TÍTULO II
ao potencial construtivo adicional mediante II - o coeficiente de aproveitamento máximo 4 § 3º Leis específicas que criarem novas Opera-
contrapartida financeira a ser prestada pelos (quatro) estabelecido no Quadro 2 desta lei para ções Urbanas Consorciadas e Áreas de Inter-
beneficiários, nos termos dos arts. 28 a 31 e as áreas de influência dos Eixos de Estrutura- venção Urbana poderão fixar coeficientes de
seguintes do Estatuto da Cidade, e de acordo ção da Transformação Urbana, os perímetros aproveitamento máximo distintos dos limites
com os critérios e procedimentos estabelecidos de incentivo ao desenvolvimento econômico estabelecidos nesta lei mediante Projeto de
nesta lei. Jacu-Pêssego e Cupecê, observado o parágrafo Intervenção Urbana, mantendo o coeficiente
único do art. 362 desta lei; de aproveitamento básico 1 (um).
Parágrafo único. Os recursos auferidos com as
contrapartidas financeiras oriundas da outorga III - o coeficiente de aproveitamento máximo § 4º O impacto na infraestrutura e no meio
onerosa de potencial construtivo adicional serão 4 (quatro) estabelecido para as ZEIS 2, ZEIS 3 ambiente advindo da utilização do potencial
destinados ao Fundo Municipal de Desenvolvi- e ZEIS 5; construtivo adicional deverá ser monitorado
mento Urbano - FUNDURB. permanentemente pela Prefeitura, que publi-
IV - o coeficiente de aproveitamento máximo cará relatórios periodicamente.
Art. 116. O potencial construtivo adicional é bem fixado nas leis de operações urbanas em vigor;
jurídico dominical, de titularidade da Prefeitura, Art. 117. A contrapartida financeira à outorga
V - o coeficiente de aproveitamento máximo 2
com funções urbanísticas e socioambientais. onerosa de potencial construtivo adicional será
(dois) para as áreas não relacionadas nos incisos calculada segundo a seguinte equação:
§ 1º Considera-se potencial construtivo adi- II e III, estabelecido segundo cada macroárea
cional o correspondente à diferença entre o no Quadro 2A desta lei, exceto nas zonas onde C = (At / Ac) x V x Fs x Fp, onde:
potencial construtivo utilizado e o potencial a Lei nº 13.885, de 25 de agosto de 2004, fixou
C - contrapartida financeira relativa a cada m²
construtivo básico. índices menores;
de potencial construtivo adicional;
VI - o coeficiente de aproveitamento máximo
A contrapartida financeira (C) à outorga onerosa de potencial construtivo adicional é definida a partir de uma fórmula. Entenda cada um dos fatores da nova fórmula:
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
At - área de terreno em m²; somada à variação positiva nominal do PIB IV - a utilização de materiais de construção
acumuladas no período. sustentáveis.
Ac - área construída computável total pretendida
no empreendimento em m²; § 2º Quando a atualização dos valores dos terre- Art. 120. Os fatores de planejamento poderão
nos constantes do Cadastro de Valor de Terreno ser revistos a cada 4 (quatro) anos por meio de
V - valor do m² do terreno constante do Cadas- para fins de Outorga Onerosa for superior ao lei específica.
tro de Valor de Terreno para fins de Outorga limite definido no parágrafo anterior, o reajuste
Onerosa, conforme Quadro 14 anexo; Parágrafo único. A revisão da LPUOS poderá
do valor do cadastro correspondente à variação
estabelecer fatores de planejamento para incen-
Fs - fator de interesse social, entre 0 (zero) e 1 excedente deverá ser aprovado por lei.
tivar tipologias urbanas e ambientais desejáveis
(um), conforme Quadro 5 anexo; § 3º Na hipótese prevista no parágrafo anterior, e de acordo com as diretrizes previstas nesta lei.
Fp - fator de planejamento entre 0 (zero) e 1,3 o Executivo deverá enviar projeto de lei ao Le-
Art. 121. (VETADO)
(um e três décimos), conforme Quadro 6 anexo. gislativo, até 30 de setembro de cada ano, e até
a aprovação ou rejeição desse projeto a Sessão
§ 1º A contrapartida financeira total calcula-se Ordinária da Câmara Municipal não será inter- Subseção III - Da Transferência do
pela multiplicação da contrapartida financeira rompida. Direito de Construir
relativa a cada m² pelo potencial construtivo
adicional adquirido. § 4º O Quadro 14 anexo a esta lei contém o Ca-
dastro de Valor de Terreno para fins de Outorga Art. 122. A transferência do direito de construir
§ 2º Em caso de não cumprimento da destinação Onerosa que passará a valer a partir da data de correspondente ao potencial construtivo pas-
que motivou a utilização dos fatores Fs e Fp, a publicação desta lei. sível de ser utilizado em outro local, prevista
Prefeitura procederá à cassação da licença ou nos termos do art. 35 da Lei Federal nº 10.257,
ao cancelamento da isenção ou redução, bem Art. 119. De acordo com o art. 31 da Lei nº de 2001 - Estatuto da Cidade e disciplinada em
como a sua cobrança em dobro a título de multa, 14.933, de 5 de junho de 2009, que instituiu a lei municipal, observará as disposições, con-
acrescida de juros e correção monetária. Política de Mudança do Clima no Município de dições e parâmetros estabelecidos neste Plano
São Paulo32, lei específica deverá estabelecer Diretor Estratégico.
§ 3º Na hipótese de um empreendimento en- fator de redução da contrapartida financeira
volver mais de um imóvel, deverá prevalecer à outorga onerosa para empreendimentos que Art. 123. Fica autorizada a transferência do po-
o maior valor de metro quadrado dos imóveis adotem tecnologias e procedimentos constru- tencial construtivo de imóveis urbanos privados
envolvidos no projeto. tivos sustentáveis, considerando, entre outros: ou públicos, para fins de viabilizar:
§ 4º Ficam mantidos os critérios de cálculo I - o uso de energias renováveis, eficiência ener- I - a preservação de bem de interesse histórico,
das contrapartidas financeiras estabelecidos gética e cogeração de energia; paisagístico, ambiental, social ou cultural;
nas leis de Operações Urbanas e Operações
II - a utilização de equipamentos, tecnologias ou II - a execução de melhoramentos viários para
Urbanas Consorciadas em vigor.
medidas que resultem redução significativa das a implantação de corredores de ônibus;
§ 5º Para empreendimentos residenciais locali- emissões de gases de efeito estufa ou ampliem a III - a implantação de parques planejados si-
zados nos Eixos de Estruturação da Transforma- capacidade de sua absorção ou armazenamento; tuados na Macrozona de Estruturação e Qua-
ção Urbana, onde há incidência da cota parte
III - o uso racional e o reúso da água; lificação Urbana;
máxima de terreno por unidade, a definição
do valor do fator Fs a ser aplicado no cálculo IV - a preservação de áreas de propriedade
da contrapartida financeira deverá ser esta- particular, de interesse ambiental, localizadas
belecido proporcionalmente às unidades do REFERÊNCIAS EXTERNAS em ZEPAM, situadas na Macrozona de Estrutu-
empreendimento. ração e Qualificação Urbana, que atendam os
31 (Lei Federal nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976)
Autarquia federal com a finalidade de disciplinar parâmetros estabelecidos na LPUOS;
Art. 118. O Cadastro de Valor de Terreno para
o funcionamento do mercado de valores mobi-
fins de Outorga Onerosa deverá ser atualizado liários e a atuação dos diversos integrantes do V - programas de regularização fundiária e
anualmente pelo Executivo, ouvida a Comissão mercado. urbanização de áreas ocupadas por população
de Valores Imobiliários31 e deverá ser publica- de baixa renda;
32 (Lei Municipal nº14.933, de 5 de junho de 2009)
do até o dia 31 de dezembro de cada ano, com
A Política Municipal de Mudança do Clima tem VI - programas de provisão de Habitação de
validade a partir do dia 1º de janeiro do ano como objetivo assegurar o cumprimento dos pro-
seguinte. Interesse Social.
pósitos da Convenção-Quadro das Nações Uni-
das sobre Mudança do Clima, estabilizando as con- § 1º A Prefeitura poderá receber imóveis para
§ 1º A atualização por ato do Executivo de que centrações de gases de efeito estufa na atmosfe-
trata o “caput” ficará limitada à variação do o atendimento às finalidades previstas nes-
ra para permitir aos ecossistemas uma adaptação
Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) natural à mudança do clima. te artigo, oferecendo como contrapartida ao
proprietário a possibilidade de transferência
82
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE GESTÃO AMBIENTAL
TÍTULO II
bados em Área de Urbanização Especial (AUE)
Preservação de bens culturais Implantação de corredores de ônibus e das Áreas de Proteção Paisagística (APPa).
Habitação de Interesse Social e Implantação de parques e preservação § 3º Quando o potencial construtivo passível de
regularização fundiária de áreas de interesse ambiental transferência ultrapassar 50.000m2 (cinquenta
mil metros quadrados), a transferência do que
exceder este limite se dará de forma gradativa
em dez parcelas anuais, incluindo as declarações
já emitidas anteriormente à publicação desta lei.
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
Art. 126. A transferência do potencial constru- III - 0,8 (oito décimos) para programas de re- quadrado), da contrapartida da outorga onerosa
tivo poderá ser utilizada nos casos de doação gularização fundiária e urbanização de áreas no imóvel receptor;
de imóveis ou nos casos de desapropriação ocupadas por população de baixa renda;
CAmaxcd - coeficiente de aproveitamento má-
amigável para viabilizar:
IV - 1,4 (um e quatro décimos) para implantação ximo do imóvel cedente ou doado, vigente na
I - melhoramentos viários para implantação de de parques. data de referência ou de doação, conforme
corredores de ônibus; consta da declaração expedida pela Secretaria
§ 2º Na Declaração de Potencial Construtivo Municipal de Desenvolvimento Urbano.
II - programas de provisão de Habitação de Passível de Transferência expedida pela Secre-
Interesse Social; taria Municipal de Desenvolvimento Urbano, § 1º Nos casos em que o potencial construti-
deverá constar no mínimo: vo passível de transferência foi originado nas
III - programas de regularização fundiária e hipóteses dispostas no art. 125, o potencial
urbanização de áreas ocupadas por população I - potencial construtivo passível de transfe- construtivo equivalente a ser recebido no imó-
de baixa renda; rência; vel receptor (PCr) será calculado adotando-se
IV - implantação de parques planejados, de II - a data da doação; o coeficiente de aproveitamento máximo do
acordo com o Quadro 7 anexo a esta lei, situados imóvel cedente (CAmaxcd) igual a 4 (quatro).
III - coeficiente de aproveitamento máximo
na Macrozona de Estruturação e Qualificação
do terreno doado, vigente na data de doação; § 2º Para fins do cálculo disposto no “caput”
Urbana. deste artigo, o valor do terreno cedente ou doa-
IV - valor unitário, valor por 1m² (um metro
§ 1º Nos casos em que a doação for propos- do vigente na data de referência ou doação, de
quadrado), do terreno doado de acordo com
ta pelo proprietário para uma das finalidades acordo com o Cadastro de Valor de Terreno para
o Cadastro de Valor de Terreno para fins de fins de Outorga Onerosa conforme consta da
descritas nos incisos do “caput”, deverá ser Outorga Onerosa, vigente na data de doação;
avaliada a conveniência e o interesse público declaração expedida pela Secretaria Municipal
no recebimento da área. V - Informação de que o potencial construtivo de Desenvolvimento Urbano será corrigido pelo
passível de transferência foi originado com IPCA acumulado entre o mês imediatamente
§ 2º Nos casos de desapropriação amigável, doação de terreno. posterior ao mês de referência ou de doação que
com a concordância do proprietário, os bens consta da Declaração de Potencial Construtivo
poderão ser indenizados exclusivamente me- § 3º Será considerada como data de doação a Passível de Transferência e o último mês ante-
diante a transferência do potencial construtivo data de emissão da Declaração de Potencial rior à data de protocolo do pedido de Certidão
calculado nos termos do art. 127. Construtivo Passível de Transferência à Secre- de Transferência de Potencial Construtivo para
taria Municipal de Desenvolvimento Urbano. o qual o IPCA estiver disponível.
Art. 127. Nos casos de utilização da transferência
do direito de construir nas desapropriações ami- Art. 128. Nos casos de transferência do direito § 3º Para cálculo do valor unitário, valor por
gáveis e doações, previstos no art. 126 desta lei, de construir com ou sem doação, previstos nos 1m² (um metro quadrado), da contrapartida
o potencial construtivo passível de transferência arts. 125 e 127 desta lei, o potencial construtivo correspondente à outorga onerosa no imóvel
será calculado segundo a equação a seguir: a ser transferido para o imóvel receptor será receptor (Cr), será considerada a equação de-
calculado segundo a equação a seguir: finida no art. 117, adotando-se:
PCpt = Atc x CAmax x Fi, onde:
PCr = (PCpt x VTcd) / (Cr x CAmaxcd), onde: I - a área construída computável total pretendida
PCpt - potencial construtivo passível de trans-
ferência; PCr - potencial construtivo equivalente a ser no terreno receptor, em m²;
recebido no imóvel receptor; II - o fator social no imóvel receptor correspon-
Atc - área do terreno doado;
PCpt - potencial construtivo passível de transfe- dente ao seu uso ou atividade, de acordo com
CAmax - coeficiente de aproveitamento máximo
rência, conforme consta da declaração expedida o Quadro 5 desta lei;
do terreno doado, vigente na data de doação;
pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento III - o fator de planejamento correspondente ao
Fi - fator de incentivo à doação, vigente na data Urbano; uso e à macroárea onde está localizado o imóvel
da doação.
VTcd - valor unitário, valor por 1m2 (um metro receptor, na data de transferência;
§ 1º Segundo a finalidade de transferência, quadrado), do terreno cedente ou doado de IV - valor unitário, valor por 1m² (um metro
ficam definidos os seguintes fatores de incen- acordo com o Cadastro de Valor de Terreno quadrado), do terreno receptor de acordo com
tivo à doação: para fins de Outorga Onerosa vigente na data o Cadastro de Valor de Terreno para fins de Ou-
I - 2,0 (dois) para melhoramentos viários para de referência ou doação, conforme consta da torga Onerosa, vigente na data de transferência.
implantação de corredores de ônibus; declaração expedida pela Secretaria Municipal
de Desenvolvimento Urbano; § 4º Será considerada como data de transferên-
II - 1,9 (um e nove décimos) para programas de cia a data do protocolo do pedido de Certidão de
construção de Habitação de Interesse Social; Cr - valor unitário, valor por 1m2 (um metro
84
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE GESTÃO AMBIENTAL
Transferência de Potencial Construtivo à Secre- potencial construtivo passível de transferência IV - previsão de contrapartida a ser exigida de
taria Municipal de Desenvolvimento Urbano. estabelecidos nesta lei. forma equitativa a todos os proprietários dos
imóveis contidos no perímetro de intervenção;
Art. 129. A expedição da Certidão de Trans-
ferência de Potencial Construtivo de imóveis SEÇÃO III - DOS INSTRUMENTOS V - previsão de mecanismos de participação,
enquadrados como ZEPEC-BIR fica condicio- DE ORDENAMENTO E monitoramento e controle envolvendo obrigato-
TÍTULO II
nada à comprovação do estado de conservação REESTRUTURAÇÃO URBANA riamente a sociedade, os proprietários afetados
do imóvel cedente, mediante manifestação do e o Executivo Municipal;
proprietário e anuência do órgão municipal de Art. 134. Com o objetivo de promover trans-
VI - previsão de solução habitacional definitiva
preservação. formações estruturais o Município deverá de-
dentro do perímetro para a população de baixa
senvolver Projetos de Intervenção Urbana para
§ 1º Quando o imóvel cedente apresentar estado renda que estiver inserida no perímetro do pro-
promover o ordenamento e a reestruturação ur-
de conservação inadequado ou insatisfatório, jeto de Reordenamento Urbanístico Integrado.
bana em áreas subutilizadas e com potencial de
deverá ser exigida do proprietário a adoção de
transformação, preferencialmente localizadas § 3º Lei específica poderá autorizar a Prefei-
medidas de restauro ou de conservação.
na Macroárea de Estruturação Metropolitana, tura a estabelecer, nos perímetros definidos
§ 2º Nos casos enquadrados no disposto no para maior aproveitamento da terra urbana e pelos Projetos de Intervenção Urbana, medidas
parágrafo anterior, a expedição da certidão o consequente aumento nas densidades cons- preventivas destinadas a evitar a alteração das
de transferência de potencial construtivo fica trutivas e demográficas, implantação de novas circunstâncias e das condições de fato existen-
condicionada à verificação das condições de atividades econômicas e emprego e atendimento tes que possam comprometer ou tornar mais
conservação e preservação do imóvel cedente. às necessidades de habitação e de equipamentos onerosa a intervenção prevista para o local.
sociais para a população.
Art. 130. São passíveis de receber o potencial § 4º As medidas preventivas referidas no § 3º
construtivo transferido, até o limite do potencial § 1º As intervenções a serem realizadas nas áreas serão apenas as necessárias para a garantia
construtivo máximo, os imóveis localizados em referidas no “caput” desse artigo deverão estar da integridade dos Projetos de Intervenção
áreas onde o coeficiente de aproveitamento baseadas em Projetos de Intervenção Urbana, Urbana, respeitando-se os alvarás de execução
máximo for maior que 1,0 (um), desde que não a serem elaborados de forma participativa, sob já expedidos pela Municipalidade.
estejam localizados nos perímetros de abran- responsabilidade do Poder Público Municipal.
§ 5º Para implementar os Projetos de Inter-
gência das operações urbanas consorciadas
§ 2º Nas áreas contidas nos perímetros dos venção Urbana, previstos no § 1º, o Município
em vigor.
Projetos de Intervenção Urbana, o Executivo poderá utilizar os seguintes instrumentos:
Art. 131. Será possível a expedição de sucessivas Municipal poderá promover, a pedido dos pro-
prietários ou por iniciativa própria, o Reorde- I - Operações Urbanas Consorciadas;
Certidões de Transferência de Potencial Cons-
trutivo derivadas de uma mesma Declaração de namento Urbanístico Integrado, que trata do II - Concessão Urbanística;
Potencial Construtivo Passível de Transferência, processo de reorganização fundiária associado
ficando a expedição das certidões, nos casos à implantação de projetos de reconhecido inte- III - Áreas de Intervenção Urbana;
previstos no art. 125, condicionadas à compro- resse público, no qual os registros imobiliários
IV - Áreas de Estruturação Local.
vação do estado de conservação e preservação dos terrenos afetados poderão ser objeto de
do imóvel. unificação para posterior reparcelamento, com Art. 135. Para promover os objetivos estabele-
a implantação do projeto urbanístico autoriza- cidos no art. 134 fica a Prefeitura autorizada a
Art. 132. Permanecem válidas as Declarações dor da medida, e este instrumento deverá ser constituir ou delegar instituição de fundo de
de Potencial Construtivo Passível de Transfe- regulamentado por lei específica que deverá investimento imobiliário, instituído nos termos
rência e as Certidões de Potencial Construtivo conter no mínimo: da Lei Federal nº 8.66834, de 25 de junho de 1993,
Transferido emitidas até a data de entrada em
ou legislação que venha a sucedê-la, com as
vigor desta lei. I - definição de percentual mínimo de adesão
seguintes finalidades:
ao projeto de Reordenamento Urbanístico In-
Parágrafo único. Decreto do Executivo estabele- tegrado referenciado preferencialmente no REFERÊNCIAS EXTERNAS
cerá as regras para expedição das Certidões de número de proprietários e de imóveis contidos 34 (Lei Federal n°8.668, de 25 de junho de 1993)
Potencial Construtivo Transferido com base nas no perímetro de intervenção; Dispõe sobre a constituição e o regime tributário
Declarações de Potencial Construtivo Passível dos Fundos de Investimento Imobiliário.
de Transferência expedidas anteriormente à II - definição do conteúdo mínimo do projeto
publicação desta lei. de Reordenamento Urbanístico Integrado;
I - instalar a infraestrutura necessária à im-
Art. 133. Lei específica poderá redefinir os fa- III - definição dos mecanismos de execução do plantação dos planos urbanísticos e projetos
tores de incentivo, seus critérios de aplicação, projeto de Reordenamento Urbanístico Integra- de intervenção urbana;
bem como rever os perímetros de aplicação do do, em especial as formas de financiamento;
II - viabilizar eventuais desapropriações;
85
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
III - viabilizar a utilização do Reordenamento I - estudo do perímetro para a realização do partir das demandas existentes, do incremento
Urbanístico Integrado; Projeto de Intervenção Urbana; de novas densidades habitacionais e constru-
tivas e da transformação nos padrões de uso e
IV - realizar incorporações imobiliárias; II - indicações, por meio de mapas, desenhos ocupação do solo;
ou outras formas de representação visual, das
V - implantar projetos de Habitação de Interesse intervenções propostas; VII - soluções para as áreas de risco e com solos
Social e equipamentos sociais. contaminados;
III - indicações, por meio de quadros, mapas,
desenhos ou outras formas de representação VIII - estudo sobre a viabilidade econômica
Subseção I - Dos Projetos de
visual, dos parâmetros de controle do uso, das intervenções propostas na modelagem ur-
Intervenção Urbana ocupação e parcelamento do solo propostos, banística com estimativas de custo, previsão
quando aplicável, para o perímetro do Projeto das dificuldades de execução e avaliação dos
Art. 136. Os Projetos de Intervenção Urbana, ela- de Intervenção Urbana; impactos positivos e negativos decorrentes das
borados pelo Poder Público objetivam subsidiar intervenções propostas sobre a economia local;
e apresentar as propostas de transformações IV - intervenções urbanas para melhorar as
urbanísticas, econômicas e ambientais nos pe- condições urbanas, ambientais, morfológicas, IX - estratégias de financiamento das interven-
rímetros onde forem aplicados os instrumentos paisagísticas, físicas e funcionais dos espaços ções previstas na modelagem urbanística, com
de ordenamento e reestruturação urbana, como públicos; identificação de fontes de recursos passíveis de
as operações urbanas, as áreas de intervenção serem utilizadas e proposta, se for o caso, de
V - atendimento das necessidades habitacionais
urbana, áreas de estruturação local e concessão parcerias com outras esferas do setor público
e sociais da população de baixa renda residen-
urbanística. e com o setor privado para a implantação das
te na área, afetada ou não pelas intervenções intervenções previstas;
§ 1º O Projeto de Intervenção Urbana deverá mencionadas no inciso anterior, com prioridade
indicar os objetivos prioritários da intervenção, para o atendimento das famílias moradoras de X - priorização do atendimento das necessidades
as propostas relativas a aspectos urbanísticos, favelas e cortiços que possam ser realocadas; sociais, da realização das intervenções urbanas
ambientais, sociais, econômico-financeiros e e da realização dos investimentos previstos;
VI - instalação de serviços, equipamentos e
de gestão democrática, dentre as quais:
infraestruturas urbanas a serem ofertadas a
SOCIAIS
ÁREA DE
ECONÔMICO-FINANCEIRAS INTERVENÇÃO
URBANA
$ • Estudos de viabilidade econômica
• Estratégias de financiamento
86
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE GESTÃO AMBIENTAL
XI - etapas e fases de implementação da inter- Projeto de Intervenção Urbanística elaborado § 2º Os Planos Regionais das subprefeituras
venção urbana; para a área. deverão observar o disposto nas respectivas
leis de operações urbanas consorciadas nos
XII - instrumentos para a democratização da Parágrafo único. Novas operações urbanas perímetros localizados em seu território de
gestão da elaboração e implementação dos pro- consorciadas poderão ser criadas, por lei es- abrangência.
jetos de intervenção urbana, com mecanismos pecífica, apenas na Macroárea de Estruturação
TÍTULO II
de participação e controle social; Metropolitana, com prioridade para a realização Art. 140. Nos perímetros de abrangência de-
de estudos nos seguintes subsetores: limitados pelas leis específicas de criação das
XIII - instrumentos para o monitoramento e operações urbanas consorciadas, a outorga
avaliação dos impactos da intervenção urbana. I - Arco Tamanduateí; onerosa do potencial construtivo adicional será
§ 2º Os instrumentos de ordenamento e reestru- II - Arco Tietê; regida, exclusivamente, pelas disposições de
turação urbana poderão estabelecer requisitos suas leis específicas.
III - Arco Jurubatuba;
adicionais para os Projetos de Intervenção Ur- Art. 141. A lei específica que regulamentar cada
bana, a depender das características e escala IV - Arco Pinheiros. Operação Urbana Consorciada deve atender
de cada intervenção proposta. aos objetivos e diretrizes estabelecidos nesta
Art. 138. As Operações Urbanas Consorciadas
lei e conter no mínimo:
têm por finalidade:
Subseção II - Das Operações
I - delimitação do perímetro de abrangência
Urbanas Consorciadas I - otimizar a ocupação de áreas subutilizadas,
da Operação Urbana Consorciada;
por meio de intervenções urbanísticas;
Art. 137. A Prefeitura poderá realizar Opera- II - delimitação do perímetro expandido no
II - implantar equipamentos estratégicos para
ções Urbanas consorciadas, de acordo com a qual serão realizados investimentos, com recur-
o desenvolvimento urbano;
Lei Federal nº 10.257, de 2001, com o objetivo sos da própria Operação Urbana Consorciada,
de promover, em um determinado perímetro, III - ampliar e melhorar o sistema de transporte que atendam às necessidades habitacionais da
transformações urbanísticas estruturais, melho- coletivo, as redes de infraestrutura e o sistema população de baixa renda e melhorem as con-
rias sociais e valorização ambiental, previstas no viário estrutural; dições dos sistemas ambientais, de drenagem,
de saneamento e de mobilidade, entre outros;
IV - promover a recuperação ambiental de áreas
contaminadas e áreas passíveis de inundação; III - finalidade da Operação Urbana Consorciada;
OPERAÇÕES URBANAS
CONSORCIADAS (OUC) V - implantar equipamentos públicos sociais, IV - plano urbanístico;
espaços públicos e áreas verdes;
Instrumento definido na Lei Federal V - programa básico de intervenções urbanas
10.257/2001 (Estatuto da Cidade) para VI - promover Empreendimentos de Habitação articulado com as finalidades da Operação Urba-
viabilizar projetos elaborados pelo poder
público, com o objetivo de promover de Interesse Social e urbanizar e regularizar na Consorciada e com o seu plano urbanístico;
transformações urbanísticas estruturais, assentamentos precários;
melhorias sociais e valorização ambiental. VI - estudo prévio de impacto ambiental, de
VII - proteger, recuperar e valorizar o patrimônio vizinhança, quando couber, associado aos es-
ambiental, histórico e cultural; tudos necessários à área de intervenção;
ELABORADO PELO GESTÃO VIII - promover o desenvolvimento econômico VII - programa de atendimento econômico,
PODER PÚBLICO PARTICIPATIVA
e a dinamização de áreas visando à geração de social e habitacional para a população direta-
• Otimização de áreas subutilizadas empregos. mente afetada pela operação;
• Qualificação do espaço público
Art. 139. A lei específica que regulamentar cada VIII - previsão de glebas e terrenos para a pro-
• Promoção de Habitação de Interesse Social
Operação Urbana Consorciada poderá prever, dução habitacional de interesse social dentro
• Promoção do desenvolvimento econômico
e dinamização de áreas visando a geração de mediante contrapartida: de seu perímetro de abrangência ou perímetro
empregos expandido;
I - a modificação de índices e características de
parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, IX - a regulamentação das condições específi-
bem como alterações das normas edilícias; cas de aplicação do parcelamento, edificação
e utilização compulsórias para glebas, lotes e
II - formas de regularização de edificações exe- edificações subutilizadas, não utilizadas e não
cutadas em desacordo com a legislação vigente. edificadas, de acordo com o previsto nesta lei;
§ 1º (VETADO) X - mecanismos de garantia de preservação dos
imóveis e espaços urbanos de especial valor
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
histórico, cultural, arquitetônico, paisagístico e REFERÊNCIAS EXTERNAS V - o limite mínimo dos recursos destinados
ambiental, protegidos por tombamento ou lei; 35 São títulos mobiliários emitidos pela Prefei- para aquisição de terrenos para implantação
1
tura, utilizados como meio de pagamento de con- de Empreendimentos de Habitação de Inte-
XI - instrumentos urbanísticos complementares trapartida para a Outorga Onerosa dentro do
2 resse Social.
e de gestão ambiental a serem utilizados na perímetro de uma Operação Urbana Consorciada.
implantação da Operação Urbana Consorciada; Cada
3 CEPAC equivale a determinado valor de m² § 6º A Prefeitura poderá estabelecer mecanismos
para utilização em área adicional de construção que estimulem a implementação do Projeto
4
XII - contrapartidas a serem exigidas dos pro- ou em modificação de usos e parâmetros de um
de Intervenção Urbana da operação urbana
prietários, usuários permanentes e investidores terreno ou projeto.
por meio da vinculação dos CEPACs, podendo
privados em função dos benefícios recebidos;
como oferecidos em garantia para obtenção de prever estímulos e desestímulos em função do
XIII - estoques de potencial construtivo adi- financiamentos para a implementação da ope- tempo decorrido entre o leilão do CEPAC e a
cional; ração. sua vinculação.
XIV - forma de controle e gestão da operação § 1º Os Certificados de Potencial Adicional de § 7º A Prefeitura editará norma geral regula-
urbana consorciada, com a previsão de um Construção - CEPAC serão livremente negocia- mentando as operações relativas aos Certifi-
conselho gestor paritário, formado por repre- dos, mas convertidos em direito de construir cados de Potencial Construtivo Adicional de
sentantes do Poder Público e da sociedade civil; unicamente na área objeto da Operação Urbana Construção - CEPAC.
Consorciada.
XV - fundo específico que deverá receber os
recursos de contrapartidas financeiras e cor- § 2º A vinculação dos Certificados de Potencial Subseção III - Da Concessão
rentes dos benefícios urbanísticos concedidos; Adicional de Construção - CEPAC poderá ser Urbanística
realizada no ato da aprovação de projeto de
XVI - regras de transição do regime jurídico da Art. 144. Com base em autorização legislati-
edificação específico para o terreno.
operação urbana consorciada para o regime va específica, poderá ser realizada concessão
jurídico ordinário da Lei de Parcelamento, Uso § 3º A pedido do interessado os Certificados para implantar Projeto de Intervenção Urbana
e Ocupação do Solo, aplicáveis ao final de cada de Potencial Adicional de Construção - CEPAC elaborado pelo Poder Público, consideradas as
Operação Urbana Consorciada. poderão ser vinculados diretamente ao terre- diretrizes do Plano Diretor Estratégico.
no, de modo desvinculado da aprovação da
Parágrafo único. O perímetro expandido men- edificação, o que deverá ser objeto de certidão.
cionado no inciso II poderá extrapolar os limites
da Macroárea de Estruturação Metropolitana. § 4º Apresentado pedido de licença para cons- CONCESSÃO URBANÍSTICA
truir ou para modificação de uso, os Certificados
Art. 142. Os recursos obtidos pelo Poder Público de Potencial Adicional de Construção - CEPAC Concessão para implantação do
na forma do inciso XII do artigo anterior serão serão utilizados no pagamento da contrapartida Projeto de Intervenção Urbanística (PIU)
aplicados exclusivamente na implantação do correspondente aos benefícios urbanísticos
Programa De Intervenções Urbanas previsto na concedidos, respeitados os limites estabelecidos
lei de criação da Operação Urbana Consorciada. nas leis de cada Operação Urbana Consorciada.
§ 1º No mínimo 25% (vinte e cinco por cento) § 5º A lei a que se refere o “caput” deverá es- PIU ELABORADO PELO
dos recursos arrecadados deverão ser aplicados PODER PÚBLICO
tabelecer:
em Habitação de Interesse Social no perímetro IMPLANTADO POR
de abrangência ou no perímetro expandido da I - a quantidade de Certificados de Potencial EMPRESA ESTATAL
MUNICIPAL OU
Operação Urbana Consorciada, preferencial- Construtivo Adicional de Construção - CEPAC EMPRESA / CONSÓRCIO
mente na aquisição de glebas e lotes. a ser emitida, obrigatoriamente proporcional
ao estoque de potencial construtivo adicional CONSELHO GESTOR
§ 2º Os recursos a que se refere o § 1º deverão ser PARITÁRIO
previsto para a Operação Urbana Consorciada
em sua origem depositados em conta específica. e de acordo com critérios de flexibilização de
Art. 143. A lei específica que criar a Operação parâmetros e regularizações previstas na OUC; A concessionária poderá obter sua
remuneração mediante exploração de:
Urbana Consorciada poderá prever a emissão II - o valor mínimo do CEPAC;
pelo Município de quantidade determinada de ∞ Terrenos
Certificados de Potencial Adicional de Cons- III - as formas de cálculo das contrapartidas; ∞ Potencial construtivo
trução - CEPAC35, que serão alienados em leilão ∞ Edificações de uso privado
IV - as formas de conversão e equivalência dos
ou utilizados diretamente no pagamento das
CEPAC em metros quadrados de potencial cons- ∞ Renda derivada da exploração de
obras, das desapropriações necessárias à im- espaços públicos
trutivo adicional e de metros quadrados de
plantação do programa de intervenções, bem
terreno de alteração de uso;
88
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE GESTÃO AMBIENTAL
§ 1º A implantação poderá ser delegada à em- Art. 145. As áreas de intervenção urbana são
presa estatal municipal ou, mediante licita- porções de território definidas em lei destinadas ÁREA DE INTERVENÇÃO URBANA
ção, a empresa ou a conjunto de empresas em à reestruturação, transformação, recuperação (AIU)
consórcio. e melhoria ambiental de setores urbanos com Porções de território destinadas à
efeitos positivos na qualidade de vida, no aten- reestruturação, transformação, recuperação
§ 2º O Projeto de Intervenção Urbana a que e melhoria ambiental.
dimento às necessidades sociais, na efetivação
TÍTULO II
faz referência o “caput” deverá ser elaborado de direitos sociais e na promoção do desenvol- ∞ Ocupação mais intensa, qualificada,
pelo Executivo previamente à solicitação de inclusiva do espaço urbano
vimento econômico, previstas no Projeto de
autorização à Câmara Municipal. ∞ Desenvolvimento econômico
Intervenção Urbanística elaborado para a área.
∞ Racionalização da infraestrutura
§ 3º A concessionária poderá obter sua remu- § 1º São territórios passíveis de serem quali- ∞ Destinação mínima de 25% dos recursos
neração mediante exploração: para Habitação de Interesse Social
ficados como áreas de intervenção urbana os
perímetros que se caracterizem como: ∞ Preservação dos sistemas ambientais
I - dos terrenos;
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
mentos e infraestruturas urbanas articuladas da própria AIU, que atendam às necessidades local, associando medidas de reestruturação
com o incremento de novas densidades habi- habitacionais da população de baixa renda e me- fundiária e promoção de infraestrutura e equi-
tacionais e construtivas e com a transformação lhorem as condições dos sistemas ambientais, pamentos urbanos e sociais;
nos padrões de uso e ocupação do solo; de drenagem, de saneamento e de mobilidade,
II - qualificação da oferta de Habitação de Inte-
entre outros.
VII - mecanismos para integração de políticas resse Social, promovendo regularização urba-
setoriais de diferentes níveis de governo, em Art. 146. No caso de criação de conta segre- nística e fundiária de assentamentos precários,
especial relacionada com os elementos estru- gada, conforme previsto no inciso III do § 5º considerando a necessidade de reassentamento
turadores do território; do artigo anterior, os recursos serão aplicados de populações que residem em áreas de risco,
exclusivamente na implantação do Programa de forma integrada às melhorias urbanas e
VIII - mecanismos para a implantação com- De Intervenções Urbanas previsto na lei de ambientais;
partilhada das intervenções propostas e de criação da Área de Intervenção Urbana.
arrecadação de receitas mediante parcerias do III - integração do desenvolvimento urbano
Poder Público com o setor privado; Parágrafo único. No mínimo 25% (vinte e cinco local com o Sistema de Transporte Coletivo,
por cento) dos recursos arrecadados deverão garantindo a acessibilidade pela previsão de
IX - soluções para a provisão de Habitação de ser aplicados em Habitação de Interesse So- novas conexões e transposições, considerando
Interesse Social para a população de baixa renda cial, incluindo infraestrutura e equipamentos modos motorizados e não motorizados, com
residente dentro das áreas de intervenção urba- sociais para atender à população moradora, previsão de transporte vertical mecanizado,
na ou em sua vizinhança, com prioridade para preferencialmente na aquisição de glebas e tais como teleféricos, funiculares, elevadores
o atendimento das necessidades habitacionais terras no perímetro de abrangência ou no pe- e escadas rolantes, quando couber;
das famílias moradoras de favelas e cortiços, rímetro expandido.
que possam ser realocadas, e das pessoas que IV - ampliação da oferta de equipamentos ur-
ocupam logradouros e praças públicas; Art. 147. Cada Área de Intervenção Urbana banos e sociais, articulando-os no território à
poderá prever a quantidade de potencial cons- rede existente;
X - regulamentação das condições específicas trutivo adicional utilizável em seu perímetro
de aplicação do parcelamento, edificação e V - qualificação e fortalecimento das centrali-
de intervenção, com base na estrutura, forma,
utilização compulsórias para glebas, lotes e dades locais por meio de sua articulação aos
paisagem, características e funções urbanas
edificações subutilizadas, não utilizadas e não previstas para o local bem como nos parâmetros
edificadas, de acordo com o previsto nesta lei; de uso, ocupação, parcelamento e edificação
XI - mecanismos de garantia de preservação propostos. ÁREAS DE ESTRUTURAÇÃO LOCAL
dos imóveis e espaços urbanos de especial valor (AEL)
Art. 148. Os Projetos de Intervenção Urbana
histórico, cultural, arquitetônico, paisagístico poderão ser elaborados e implantados utili- Porções do território destinadas à
e ambiental, protegidos por tombamento ou transformação local e associadas à Rede de
zando-se quaisquer instrumentos de política Estruturação da Transformação Urbana.
lei, quando couber. urbana e de gestão ambiental previstos neste
∞ Desenvolvimento urbano, especialmente
§ 4º Até a aprovação das leis específicas de cada Plano Diretor Estratégico, além de outros deles
nas áreas de maior vulnerabilidade
Área de Intervenção Urbana, prevalecem as decorrentes. ∞ Fortalecimento das centralidades locais
condições estabelecidas pela legislação de Par- ∞ Integração com transporte coletivo
celamento, Uso e Ocupação do Solo. Subseção V - Das Áreas de ∞ Ampliação de áreas verdes
∞ Oferta de HIS e regularização fundiária
§ 5º As leis específicas que regulamentarão as Estruturação Local (AEL)
∞ Oferta de equipamentos urbanos e sociais
Áreas de Intervenção Urbana poderão definir:
Art. 149. As Áreas de Estruturação Local são
I - valor específico para a outorga onerosa do Conforme diretrizes
porções do território destinadas à transformação estabelecidas nos Planos
direito de construir, mediante Fp e Fs próprios; urbana local mediante integração de políticas Regionais das Subprefeituras
públicas setoriais, associadas à Rede de Estru-
II - possibilidade de realização de leilão de ou-
turação da Transformação Urbana, implantadas
torga onerosa do direito de construir;
por meio de Projetos de Intervenção Urbana,
III - conta segregada no Fundo de Desenvolvi- destinadas ao desenvolvimento urbano espe-
mento Urbano - FUNDURB para vincular o in- cialmente nas áreas de maior vulnerabilidade
vestimento do valor arrecadado nos perímetros social e ambiental.
de abrangência e expandido;
§ 1º São objetivos das Áreas de Estruturação
IV - delimitação do perímetro expandido no qual Local:
serão realizados investimentos, com recursos
I - qualificação integrada de desenvolvimento
90
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE GESTÃO AMBIENTAL
TÍTULO II
pedestres e áreas de lazer; EIV TAC vier a substituí-la.
RIV
VII - mecanismos de gestão e participação
articulados aos Conselhos Gestores de ZEIS REFERÊNCIAS EXTERNAS
91
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
Impacto de Vizinhança durante o seu processo II - as demandas por serviços, equipamentos e pública promovida pela Prefeitura, previamente
de licenciamento urbano e ambiental. infraestruturas urbanas e comunitárias; à decisão final sobre o seu licenciamento urbano
e ambiental, nos termos do art. 332.
§ 2º A lei municipal mencionada no parágrafo III - as alterações no uso e ocupação do solo e
anterior deverá detalhar os objetivos do EIV/RIV seus efeitos na estrutura urbana; § 9º (VETADO)
e definir os seus parâmetros, procedimentos,
IV - os efeitos da valorização imobiliária no
prazos de análise, competência, conteúdos e
perfil sócioeconômico da área e da população Subseção III - Do Estudo de
formas de gestão democrática a serem adotadas
na sua elaboração, análise e avaliação. moradora e usuária; Viabilidade Ambiental
V - os efeitos na valorização ou desvalorização
§ 3º O Estudo e Relatório de Impacto de Vizi- Art. 152. No processo de licenciamento am-
imobiliária;
nhança tem por objetivo, no mínimo: biental de empreendimentos e atividades com
VI - a geração de tráfego e de demandas por menor potencial de degradação ambiental,
I - definir medidas mitigadoras e compensa-
melhorias e complementações nos sistemas de conforme disposto na Resolução 61/CA-
tórias em relação aos impactos negativos de
transporte coletivo e de circulação não moto- DES/200137 ou a norma que vier a sucedê-la, o
empreendimentos, atividades e intervenções
rizada, em especial de bicicletas e pedestres; Executivo poderá exigir previamente a elabo-
urbanísticas;
ração de estudo de viabilidade ambiental.
VII - os efeitos da volumetria do empreendimen-
II - definir medidas intensificadoras em relação
to e das intervenções urbanísticas propostas REFERÊNCIAS EXTERNAS
aos impactos positivos de empreendimentos,
sobre a ventilação, iluminação, paisagem ur- 37 (Resolução 61/CADES/2001) Dispõe sobre a
atividades e intervenções urbanísticas; aprovação do Relatório Final da Comissão Especial
bana, recursos naturais e patrimônios culturais
de Estudos sobre a competência do Município de
III - democratizar o processo de licenciamento do entorno;
São Paulo para o Licenciamento Ambiental na 46ª
urbano e ambiental; Reunião Ordinária do CADES.
VIII - a geração de poluição ambiental e sonora
IV - orientar a realização de adaptações aos na área;
projetos objeto de licenciamento urbano e am- Parágrafo único. O estudo de viabilidade am-
IX - as águas superficiais e subterrâneas exis-
biental, de forma a adequá-los às características biental deverá analisar, no mínimo, os possíveis
tentes na área;
urbanísticas, ambientais, culturais e socioeco- impactos ambientais dos empreendimentos e
nômicas locais; X - o acúmulo de impactos urbanos, ambientais, atividades mencionados no “caput”, conside-
socioeconômicos e culturais gerados tanto pelos rando sua abrangência, características e loca-
V - assegurar a utilização adequada e sustentável
empreendimentos, atividades e intervenções lizações específicas.
dos recursos ambientais, culturais, urbanos e
urbanísticas propostas quanto já existentes.
humanos;
§ 5º A elaboração do Estudo e Relatório de Im- Subseção IV - Da Avaliação
VI - subsidiar processos de tomadas de decisão
relativos ao licenciamento urbano e ambiental; pacto de Vizinhança não substitui a elaboração Ambiental Estratégica
do Estudo de Impacto Ambiental.
VII - contribuir para a garantia de boas condi- Art. 153. O Executivo, caso julgue necessário,
§ 6º Fica mantida a exigência de elaboração de
ções de saúde e segurança da população; poderá realizar a Avaliação Ambiental Estratégi-
EIV/RIV para empreendimentos, atividades e
ca (AAE) com o objetivo de auxiliar, antecipada-
VIII - evitar mudanças irreversíveis e danos intervenções urbanísticas, mesmo que estejam
mente, os tomadores de decisões no processo de
graves ao meio ambiente, às atividades culturais inseridos em áreas de Operações Urbanas Con-
identificação e avaliação dos impactos e efeitos
e ao espaço urbano. sorciadas e Áreas de Intervenção Urbana que
que a implementação de políticas, planos ou
já tenham sido licenciadas por meio de EIA/
§ 4° O Estudo e Relatório de Impacto de Vizi- programas pode desencadear na sustentabili-
RIMA ou outro instrumento de licenciamento
nhança deverão contemplar os efeitos positivos dade ambiental, social, econômica e urbana.
ambiental.
e negativos do empreendimento, atividade e
§ 1º A AAE poderá ser realizada de forma par-
intervenção urbanística sobre a qualidade de § 7º A Prefeitura deverá exigir dos responsá-
ticipativa e se constitui em processo contínuo,
vida da população residente, usuária e circulante veis pela realização dos empreendimentos,
devendo ser realizada previamente à implemen-
na área e em suas proximidades incluindo, no instalação de atividades e implantação das in-
tação de políticas, planos e programas.
mínimo, a análise sobre: tervenções urbanísticas públicas e privadas,
obrigados à apresentação do estudo e relatório § 2º Ato do Executivo regulamentará a abran-
I - o adensamento populacional e seus efeitos nos termos do § 1º, a execução das medidas gência da aplicação da AAE e os conteúdos,
sobre o espaço urbano e a população moradora mitigadoras, compensatórias e adaptativas de- parâmetros, procedimentos e formas de gestão
e usuária da área; finidas no EIV/RIV. democrática a serem observados na sua elabo-
ração, análise e avaliação.
§ 8º O EIV/RIV deverá ser objeto de audiência
92
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE GESTÃO AMBIENTAL
TÍTULO II
municipal integrante do SISNAMA38 e pessoas tariamente aplicados para a viabilização da fiscalização e defesa do meio ambiente.
físicas ou jurídicas, referente a contrapartidas, implantação de áreas verdes públicas, e para
obrigações e compensações nos casos de: a implantação do instrumento do Pagamento que deverão cumprir rigorosamente as obriga-
REFERÊNCIAS EXTERNAS
por Serviços Ambientais, em conformidade ções e condicionantes referidas no parágrafo
38 (Lei Federal n° 6.938, de 31 de agosto de 1981)
com o art. 158 e os pressupostos do Sistema anterior de modo a cessar, adaptar, recompor,
Constituído por órgãos e entidades do Poder Pú- Municipal de Áreas Protegidas, Espaços Livres corrigir ou minimizar os efeitos negativos do
blico responsáveis pela proteção e melhoria da e Áreas Verdes, definidos nesta lei. dano ambiental ocasionado.
qualidade ambiental.
§ 2º As obrigações e condicionantes técnicos
Subseção VI - Do Termo de decorrentes de empreendimentos situados no
I - autorização prévia para supressão de espé- Compromisso de Ajustamento de interior de unidades de conservação de uso
cies arbóreas; sustentável ou na zona de amortecimento de
Conduta Ambiental
II - intervenções em área de preservação per- unidades de conservação de proteção integral,
manente, com ou sem manejo arbóreo; Art. 156. Para cumprimento do disposto nesta as medidas mitigadoras e compensatórias de-
lei, o órgão ambiental municipal poderá cele- verão atender ao disposto nos seus planos de
III - licenciamento ambiental de empreendi- brar, com força de título executivo extrajudicial, manejo, priorizando a viabilização de ações e
mentos com significativa emissão de gases de nos termos da lei federal, termo de compro- projetos previstos no mesmo, sujeitas à apro-
efeito estufa; misso de ajustamento de conduta ambiental vação dos respectivos Conselhos Gestores.
93
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
94
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE GESTÃO AMBIENTAL
nos incisos II e IV, além das penalidades previs- equacionada e resolvida por obras e outras
tas nos respectivos instrumentos, acarretará a INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO intervenções.
suspensão dos pagamentos e a exclusão do inte- FUNDIÁRIA
§ 2º O Executivo poderá assegurar o exercício do
ressado do cadastro de provedores de serviços
direito de concessão de uso especial para fins
ambientais até a comprovação do cumprimento
de moradia, individual ou coletivamente, em
das obrigações vencidas.
TÍTULO II
ZEIs Zonas Especiais de Interesse
Social (ZEIS)
local diferente daquele que gerou esse direito,
Art. 162. O contrato de pagamento por servi- nas hipóteses de:
ços ambientais será regulamentado por ato do Concessão do Direito Real I - ser área de uso comum do povo com outras
Executivo. de Uso
destinações prioritárias de interesse público,
Art. 163. O monitoramento e fiscalização da definidas no Plano Diretor;
Concessão de Uso Especial
aplicação deste instrumento serão exercidos Para Fins de Moradia
II - ser área onde houver necessidade de desa-
pela SVMA, e os resultados deverão ser apre-
Usucapião Especial de densamento por motivo de projeto e obra de
sentados anualmente ao Conselho Municipal de
Imóvel Urbano, Individual urbanização;
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável ou Coletivo
- CADES e ao Conselho do Fundo Especial de III - ser área de comprovado interesse da de-
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Demarcação Urbanística fesa nacional, da preservação ambiental e da
- CONFEMA. proteção dos ecossistemas naturais;
95
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
culado ao atendimento definitivo em programa precários existentes e à regularização fundiária Lei Municipal nº 10.032, de 198543, e alterações
de produção de Habitação de Interesse Social. e ambiental dos imóveis rurais. posteriores, assim como às legislações estadual
e federal que regulam esse instrumento, no
Art. 166. A concessão de uso especial para fins
que couber.
de moradia poderá ser outorgada mediante re- SEÇÃO VI - DOS INSTRUMENTOS
querimento do interessado, dirigido à Secretaria DE PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO § 2º O inventário como instrumento de promo-
Municipal de Habitação. CULTURAL ção e proteção do patrimônio cultural obedecerá
ao disposto em legislação municipal específica,
Art. 167. O atendimento habitacional em pro-
Art. 172. Os instrumentos de identificação, que se submeterá às disposições constantes no
gramas de apoio habitacional, tais como bol-
proteção e valorização do patrimônio cultural § 1º do art. 216 da Constituição Federal44.
sa-aluguel, parceria social, ou por intermédio
paulistano visam à integração de áreas, imó-
de indenização por benfeitorias, dentre outros, § 3º O registro das áreas de proteção cultural e
veis, edificações e lugares de valor cultural e
será realizado por período determinado e vin- Territórios de Interesse da Cultura e da Paisagem
social aos objetivos e diretrizes do Plano Dire-
culado ao atendimento definitivo em programa obedecerá ao disposto em legislação específica,
tor Estratégico, e correspondem aos seguintes
de produção de Habitação de Interesse Social. que se submeterá às disposições constantes no
instrumentos legais:
§ 1º do art. 216 da Constituição Federal44.
Parágrafo único. O aluguel social deverá ser
previsto em programa específico, como atendi- § 4º O registro de bens imateriais obedecerá
INSTRUMENTOS DE PROTEÇÃO AO
mento definitivo nos termos do Serviço de Mo- PATRIMÔNIO CULTURAL ao disposto na Lei Municipal nº 14.40645, de
radia Social previsto nos arts. 295 e 296 desta lei. 2007, e alterações posteriores, assim como às
legislações estadual e federal que regulam esse
Art. 168. O Executivo promoverá o plano de ur-
instrumento, baseado na Constituição Federal, e
banização com a participação dos moradores de
que consiste em um conjunto de procedimentos
áreas usucapidas para a melhoria das condições Tombamento
técnicos, administrativos e jurídicos realizados
habitacionais e de saneamento ambiental nas
pelo Executivo, com vistas ao reconhecimento
áreas habitadas por população de baixa renda,
Inventário do Patrimônio do patrimônio imaterial, sua inscrição em Livros
usucapidas coletivamente por seus possuidores Cultural de Registro (dos Saberes, Celebrações, Formas
para fim de moradia, nos termos da Lei Federal
Registro das Áreas de de Expressão, Sítios e Espaços46)e definição de
nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Proteção Cultural e políticas públicas de salvaguarda como forma
Cidade. Territórios de Interesse da
de apoiar sua continuidade.
Cultura e da Paisagem
Art. 169. A regularização fundiária de interesse
Registro do Patrimônio
social que envolva apenas a regularização ju- Imaterial REFERÊNCIAS EXTERNAS
rídica da situação dominial do imóvel poderá,
43 (Lei Municipal nº 10.032, de 1985) Dispõe so-
a critério da administração, dispensar a apre- bre a criação de um Conselho Municipal de Pre-
Chancela da Paisagem
sentação do plano mencionado no art. 47 desta Cultural servação do Patrimônio Histórico, Cultural e
lei, hipótese em que serão exigíveis apenas Ambiental de São Paulo - Conpresp, responsável
os documentos necessários à viabilização do Levantamento e Cadastro por formular diretrizes e estratégias para garantir
Arqueológico do Município a preservação de bens culturais e naturais.
registro do projeto de regularização.
(LECAM)
44 (Constituição da República Federativa do Brasil
Art. 170. A regularização fundiária em áreas de 1988) O Poder Público, com a colaboração da
ambientalmente protegidas deverá observar os comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio
dispositivos previstos em legislação pertinente. cultural brasileiro, por meio de inventários, registros,
I - tombamento; vigilância, tombamento e desapropriação, e de
Art. 171. Cabe à Prefeitura garantir assistência outras formas de acautelamento e preservação.
técnica, jurídica, urbanística e social gratuita II - inventário do patrimônio cultural;
45 (Lei Municipal nº 14.406, 21 de maio de 2007)
à população, indivíduos, entidades, grupos co- III - registro das áreas de proteção cultural e Ter- Institui o Programa Permanente de Proteção e
munitários e movimentos na área de Habitação ritórios de Interesse da Cultura e da Paisagem; Conservação do Patrimônio Imaterial do Municí-
de Interesse Social e de Agricultura Familiar, pio de São Paulo, com a finalidade de identificar,
IV - registro do patrimônio imaterial; inventariar, fomentar a transmissão das expressões
buscando promover a inclusão social, jurídica,
culturais da cidade como bens do Patrimônio de
ambiental e urbanística da população de baixa Natureza Imaterial.
V - chancela da paisagem cultural;
renda à cidade, na garantia da moradia digna e
46 (Decreto nº 3.551/2000) Corresponde à iden-
no reconhecimento dos serviços ambientais e VI - Levantamento e Cadastro Arqueológico do tificação e contextualização da produção de co-
sociais prestados pelos agricultores familiares, Município - LECAM. nhecimento sobre o bem cultural de natureza
particularmente nas ações visando à regulariza- imaterial, de acordo com sua categoria.
ção fundiária e qualificação dos assentamentos § 1º O tombamento obedecerá ao disposto na
96
TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL | CAPÍTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE GESTÃO AMBIENTAL
TÍTULO II
atribuíram valores. Tem a finalidade de atender ao
marcas ou atribuíram valores, e deve obedecer interesse público e contribuir para a preservação
ao disposto em legislação específica, assim como do patrimônio cultural.
as legislações estadual e federal que regulam
48 (Decreto nº 54.805/2014) Regulamenta o Fun-
esse instrumento. do de Proteção do Patrimônio Cultural e Ambien-
tal Paulistano - FUNCAP, destinado à execução de
§ 6º O Levantamento e Cadastro Arqueológico
serviços e obras de conservação, restauração,
do Município de São Paulo - LECAM-SP é um reparos, aquisição e manutenção dos bens tom-
sistema de informações que deverá servir como bados pelo Conselho Municipal de Preservação
base de planejamento da cidade, visando à pre- do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de
servação e à valorização das áreas de interesse São Paulo - Conpresp.
arqueológico do Município, e que obedecerá ao
disposto em legislação municipal específica, que
se submeterá às disposições constantes no § 1º
do art. 216 da Constituição Federal.
Subseção I - Do Termo de
Ajustamento de Conduta Cultural -
TACC
97
TÍTULO III - DA POLÍTICA E DOS
SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS
CAPÍTULO I - DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL
Art. 174. As políticas públicas setoriais, em espe- VIII - Política de Proteção ao Patrimônio Ar- CAPÍTULO I - DA POLÍTICA
cial as urbanas e ambientais, integram a Política quitetônico e Urbano;
de Desenvolvimento Urbano do Município e DE DESENVOLVIMENTO
IX - Sistema de Infraestrutura.
definem as ações que devem ser implementa- ECONÔMICO SUSTENTÁVEL
das pelo Executivo para cumprir os objetivos
estratégicos deste Plano Diretor Estratégico. Art. 175. São objetivos da Política de Desen-
Parágrafo único. As políticas e os sistemas volvimento Econômico Sustentável reforçar
urbanos e ambientais tratados nesta lei são as o papel do Município como centro industrial,
que se relacionam direta ou indiretamente com comercial, de serviços, de conhecimento, de
questões de ordenamento territorial, a saber: criação e inovação, promover atividades eco-
nômicas sustentáveis na zona rural e estimular
I - Política de Desenvolvimento Econômico atividades econômicas que permitam equilibrar
Sustentável; a relação emprego/moradia em todas as regiões
da cidade na perspectiva de reduzir as desigual-
II - Política e Sistema de Mobilidade;
dades socioterritoriais e reduzir a quantidade
III - Política e Sistema Ambiental; de viagens e o tempo médio de deslocamento
no Município.
IV - Política e Sistema de Saneamento Ambien-
tal; Parágrafo único. Para alcançar o objetivo des-
crito no “caput” deste artigo, o Município de-
V - Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes verá articular-se com os demais municípios da
e Espaços Livres; Região Metropolitana de São Paulo e instâncias
do governo estadual e federal.
VI - Desenvolvimento Social e Sistema de Equi-
pamentos Urbanos e Sociais; Art. 176. São objetivos específicos da Política
de Desenvolvimento Econômico Sustentável:
VII - Política de Habitação Social;
I - induzir uma distribuição mais equitativa
do emprego, desconcentrando as atividades
POLÍTICA E SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS econômicas;
100
TÍTULO III - DA POLÍTICA E DOS SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS | CAPÍTULO I - DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL
TÍTULO III
Parques Tecnológicos
III - Polo Noroeste, correspondente ao subsetor
Polos de Economia Criativa
Raimundo Pereira de Magalhães/Anhanguera;
Polos de Desenvolvimento
Econômico IV - Polo Norte, correspondente ao subsetor
Sezefredo Fagundes até a Marginal Tietê;
Centralidades Polares e Lineares
V - Polo Fernão Dias, correspondente ao sub-
Polo de Desenvolvimento
Rural Sustentável
setor Fernão Dias.
101
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
102
TÍTULO III - DA POLÍTICA E DOS SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS | CAPÍTULO I - DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL
TÍTULO III
em áreas de risco, ocupações irregulares e si- $ estabelecimentos
d) criação de centros comerciais populares em contribuintes de ISS
tuação de rua;
áreas de grande circulação, como terminais de
$ Isenção de IPTU
transporte coletivo e estações de metrô e trem; VIII - consolidação, fortalecimento e crescimen-
to dos polos de saúde, educação e pesquisa, por Simplificação dos procedimentos
e) estímulo ao uso comercial e cultural no nível para instalação e funcionamento
meio da criação de disciplina especial de uso e
do passeio público dos edifícios, em detrimento ocupação do solo que permita a regularização, 24h Estabelecimento de ruas com
de sua ocupação por estacionamentos; a reforma e a construção de unidades comple- funcionamento 24h de comércio
103
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
104
TÍTULO III - DA POLÍTICA E DOS SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS | CAPÍTULO I - DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL
TÍTULO III
cional da Colonização e Reforma Agrária51 para ambiental para proteger o uso e a
Art. 188. Fica criada a Área de Intervenção promover o recadastramento e a regularização paisagem rural
Urbana - AIU Parque Tecnológico Jaguaré, a fundiária das propriedades; PSA Implementar o pagamento por
ser regulamentada por lei específica, delimi- serviços ambientais
tada de acordo com o perímetro descrito no IV - firmar convênios com o Governo Federal
Melhorar a oferta de
Quadro 13, com o objetivo de criar as condições objetivando implantar no Município as políticas equipamentos e serviços
urbanísticas e de infraestrutura necessárias à e programas federais voltados à agricultura públicos na região
implantação integral. familiar e à agroecologia, de acordo com a Po- Criar mecanismos para a proteção
lítica Nacional de Agricultura Familiar52 e o e conservação da biodiversidade
§ 1º A AIU Parque Tecnológico Jaguaré deverá Plano Nacional de Agroecologia e Produção
ser integrada ao plano urbanístico do subsetor Orgânica53;
Arco Pinheiros da Macroárea de Estruturação
Metropolitana, quando este vier a ser elaborado. REFERÊNCIAS EXTERNAS
105
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
56 (Lei Federal nº 11.445, 5 de janeiro de 2007) V - garantia de proteção dos recursos hídricos
Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento e mananciais de abastecimento;
básico e para a política nacional de saneamento
básico, conceituando-o como o conjunto de servi- VI - priorização de medidas de adaptação às
ços, infraestruturas e instalações de abastecimento mudanças climáticas;
de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas VII - incentivo à adoção de hábitos, costumes
pluviais urbanas. e práticas que visem à proteção dos recursos
57 (Lei Federal nº 12.305, 2 de agosto de 2010) ambientais;
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos,
com objetivo de reduzir a geração de resíduos e
VIII - produção e divulgação de informações
estimular a prática de hábitos de consumo sus- ambientais organizadas e qualificadas;
tentável e um conjunto de instrumentos para
propiciar o aumento da reciclagem e da reutiliza- IX - estímulo às construções sustentáveis.
ção dos resíduos sólidos e a destinação ambien-
talmente adequada dos rejeitos.
Art. 195. São diretrizes da Política Ambiental:
106
TÍTULO III - DA POLÍTICA E DOS SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS | CAPÍTULO II - DA POLÍTICA AMBIENTAL
I - conservar a biodiversidade, os remanescentes das ilhas de calor e da impermeabilização do XIX - articular, no âmbito dos Comitês de Bacias
da flora e da fauna; solo; Hidrográficas, ações conjuntas de conservação
e recuperação e fiscalização ambiental entre os
II - melhorar a relação de áreas verdes por ha- XII - adotar medidas de adaptação às mudanças municípios da Região Metropolitana e a Secre-
bitante do Município; climáticas; taria Estadual do Meio Ambiente;
III - conservar e recuperar a qualidade am- XIII - reduzir as emissões de poluentes atmos- XX - implantar estratégias integradas com outros
biental dos recursos hídricos, inclusive águas féricos e gases de efeito estufa; municípios da Região Metropolitana e articula-
subterrâneas, e das bacias hidrográficas, em
XIV - promover programas de eficiência ener- das com outras esferas de governo para redução
especial as dos mananciais de abastecimento;
gética, cogeração de energia e energias reno- da poluição e degradação do meio ambiente;
TÍTULO III
IV - aprimorar mecanismos de incentivo à re- váveis em edificações, iluminação pública e XXI - compatibilizar a proteção ambiental com
cuperação e proteção ambiental; transportes; o desenvolvimento econômico sustentável e a
V - criar mecanismos e estratégias para a pro- XV - criar, por lei específica, incentivos fiscais qualidade de vida da população.
teção da fauna silvestre; e urbanísticos às construções sustentáveis, in- Parágrafo único. Para estimular as construções
clusive na reforma de edificações existentes;
VI - reabilitar as áreas degradadas e reinseri-las sustentáveis, lei específica poderá criar incenti-
na dinâmica urbana; XVI - adotar procedimentos de aquisição de bens vos fiscais, tais como o IPTU Verde, destinados a
e contratação de serviços pelo Poder Público apoiar a adoção de técnicas construtivas voltadas
VII - minimizar os impactos da urbanização so- à racionalização do uso de energia e água, gestão
Municipal com base em critérios de sustenta-
bre as áreas prestadoras de serviços ambientais; sustentável de resíduos sólidos, aumento da
bilidade;
permeabilidade do solo, entre outras práticas.
VIII - minimizar os processos de erosão e de XVII - estimular a agricultura familiar, urbana e
escorregamentos de solo e rocha; periurbana, incentivando a agricultura orgânica
IX - contribuir para a redução de enchentes; e a diminuição do uso de agrotóxicos;
POLÍTICA AMBIENTAL
A Política Ambiental do Município tem caráter transversal e se articula com as diversas políticas públicas,
sistemas e estratégias de desenvolvimento econômico.
Principais objetivos:
Incentivar hábitos e
práticas que visem a proteção Minimizar as ilhas de calor
dos recursos ambientais
107
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
CAPÍTULO III - DO SISTEMA autorizados pelo Poder Público, podendo ser rios e prestadores de serviços e assegurando a
instalados em qualquer das macrozonas, ma- preservação das condições ambientais urbanas;
DE INFRAESTRUTURA croáreas e zonas de uso, exceto na Macroárea
VI - estabelecer mecanismos de gestão entre
Art. 196. O Sistema de Infraestrutura é inte- de Preservação de Ecossistemas Naturais.
Município, Estado e União para serviços de
grado pelo Sistema de Saneamento Ambiental, Art. 197. São objetivos da Política e do Sistema interesse comum, tais como abastecimento de
definido no Capítulo IV deste Título, pela rede de Infraestruturas: água, tratamento de esgotos, destinação final
estrutural de transportes coletivos definida na de lixo, energia e telefonia;
Subseção I da Seção III do Título II desta lei, e é I - racionalizar a ocupação e a utilização da
também composto pelos serviços, equipamen- infraestrutura instalada e por instalar; VII - garantir o investimento em infraestrutura;
tos, infraestruturas e instalações operacionais
II - assegurar a equidade na distribuição terri- VIII - garantir a justa distribuição dos ônus e
e processos relativos a:
torial dos serviços; benefícios decorrentes das obras e serviços de
I - abastecimento de gás; infraestrutura urbana;
III - coordenar e monitorar a utilização do sub-
II - rede de fornecimento de energia elétrica; solo pelas concessionárias de serviços públicos; IX - coordenar o cadastramento das redes de
água, esgoto, telefone, energia elétrica, cabos
III - rede de telecomunicação; IV - incentivar a pesquisa e o desenvolvimento e demais redes que utilizam o subsolo e o es-
de novas tecnologias, buscando otimizar o uso
IV - rede de dados e fibra ótica; paço aéreo, mantendo Sistema de Informações
dos recursos dos sistemas de infraestrutura e Integrado de Infraestrutura Urbana, incluindo
V - outros serviços de infraestrutura de utili- dos serviços de utilidade pública, garantindo base cartográfica georreferenciada das redes
dade pública. um ambiente equilibrado e sustentável; de infraestrutura;
Parágrafo único. As obras, empreendimentos e V - promover a gestão integrada da infraestru- X - estimular a implantação de sistemas de
serviços de infraestrutura de utilidade pública tura e o uso racional do subsolo e do espaço cogeração de energia a serem instalados em
são destinados à prestação de serviços de utili- aéreo urbano, garantindo o compartilhamento espaços urbanos definidos nos projetos de es-
dade pública, nos estritos termos e condições das redes, coordenando ações com concessioná- truturação urbana, e nos complexos multiusos.
108
TÍTULO III - DA POLÍTICA E DOS SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS | CAPÍTULO IV - DA POLÍTICA E DO SISTEMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL
sível aos moradores e usuários do local, bem CAPÍTULO IV - DA IV - a coleta, inclusive a coleta seletiva, o trans-
como exigindo a reparação das vias, calçadas porte, o transbordo, o tratamento e a destinação
e logradouros públicos; POLÍTICA E DO SISTEMA DE final dos resíduos domiciliares, da varrição e
TÍTULO III
de telecomunicações emissores de radiação posto pelos serviços, equipamentos, infraestru- lização, reciclagem, o tratamento dos resíduos
eletromagnética; turas e instalações operacionais e processos sólidos e a disposição final ambientalmente
necessários para viabilizar: adequada dos rejeitos por meio do manejo di-
VII - a proibição da deposição de material ra-
I - o abastecimento público de água potável, ferenciado, da recuperação dos resíduos reu-
dioativo no subsolo e a promoção de ações que
desde a captação até as ligações prediais, com tilizáveis e recicláveis e da disposição final dos
visem preservar e descontaminar o subsolo.
seus respectivos instrumentos de medição, rejeitos originários dos domicílios e da varrição
incluindo os sistemas isolados; e limpeza de logradouros e vias públicas.
Principais objetivos:
109
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
110
TÍTULO III - DA POLÍTICA E DOS SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS | CAPÍTULO IV - DA POLÍTICA E DO SISTEMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL
tecimento de Água devem ter como objetivo a V - complementar, ajustar e aperfeiçoar o siste- II - eliminar os lançamentos de esgotos nos
universalização e segurança no acesso à água ma de abastecimento público de água potável; cursos d’água e no sistema de drenagem e de
potável, em qualidade e quantidade. coleta de águas pluviais, contribuindo para a
VI - desenvolver programas educativos e de recuperação de rios, córregos e represas;
Art. 206. São diretrizes do Sistema de Abaste- capacitação para o manejo das águas destina-
cimento de Água: das ao abastecimento humano e à agricultura III - complementar os sistemas existentes, in-
na zona rural. clusive com a implantação de sistema isolados;
I - articular a expansão das redes de abasteci-
mento com as ações de urbanização e regulari- Art. 208. O Executivo regulamentará, por decre- IV - manter e cadastrar as redes existentes.
zação fundiária nos assentamentos precários; to, os procedimentos, valoração e metodologia
Art. 212. São ações prioritárias para a com-
TÍTULO III
de cálculo e formas de aplicação dos recursos re-
II - definir e implantar estratégias para o abas- plementação e melhoria do Sistema de Esgo-
lativos à obrigação do órgão ou empresa, público
tecimento de água potável nos assentamentos tamento Sanitário:
ou privado, responsável pelo abastecimento
urbanos isolados, em especial na Macroárea de água ou que faça uso de recursos hídricos, I - expandir as redes de esgotamento sanitário;
de Redução da Vulnerabilidade e Recuperação quando beneficiário da proteção proporcionada
Ambiental; II - implantar, em articulação com outras pre-
por unidade de conservação municipal, em
contribuir financeiramente para sua proteção feituras e órgãos públicos, caso necessário,
III - implantar medidas voltadas à redução de
ou implementação. novos interceptores e coletores-tronco para a
perdas e desperdícios de água potável;
ampliação do sistema de afastamento, conforme
IV - implantar medidas voltadas à manuten- Mapa 7 anexo;
ção e recuperação das águas utilizadas para SEÇÃO IV - DO SISTEMA DE
abastecimento humano e atividade agrícola na ESGOTAMENTO SANITÁRIO III - implantar novos módulos de tratamento
nas Estações de Tratamento de Esgotos - ETEs;
Macroárea de Contenção Urbana e Uso Susten-
tável, em conformidade com o Plano Municipal Art. 209. O Sistema de Esgotamento Sanitário
IV - implantar, em articulação com os órgãos
de Desenvolvimento Rural Sustentável; é composto pelos sistemas necessários ao afas-
competentes, sistemas isolados de esgotamen-
tamento e tratamento dos efluentes sanitários,
to sanitário na Macroárea de Contenção Urba-
V - expandir as redes de abastecimento de água; incluindo as infraestruturas e instalações de
na e Uso Sustentável e nos assentamentos iso-
coleta, desde as ligações prediais, afastamento,
VI - manter e cadastrar as redes existentes. lados na Macroárea de Redução da Vulnerabi-
tratamento e disposição final de esgotos.
lidade Urbana e Recuperação Ambiental, com
Art. 207. As ações prioritárias para a comple- tecnologias adequadas a cada situação, inclu-
mentação e melhoria do Sistema de Abasteci-
SISTEMA DE sive tratamento biológico, em conformidade
mento de Água são:
ESGOTAMENTO SANITÁRIO com a legislação estadual de proteção e recu-
I - expandir as redes e sistemas isolados de peração de mananciais, com o Plano Municipal
Composto pelas infraestruturas e instalações de Desenvolvimento Rural Sustentável e com
abastecimento de água potável, conforme Mapa necessárias ao afastamento e tratamento dos
6 anexo; efluentes sanitários. os Planos de Manejo das Unidades de Conser-
vação63;
II - ampliar a disponibilidade hídrica por meio
do incentivo ao consumo racional da água, da REFERÊNCIAS EXTERNAS
conservação da capacidade de produção de 63 Toda Unidade de Conservação deve ter um
água das bacias hidrográficas Guarapiranga, plano de manejo, que deve ser elaborado em
Billings e Capivari-Monos, e da implantação função dos objetivos gerais pelos quais ela foi
criada. Estabelece as normas, restrições ao uso, às
de novas adutoras;
ações a serem desenvolvidas com os recursos
III - implantar, em articulação com outras pre- naturais da Unidade de Conservação e, quando
feituras e órgãos públicos, caso necessário, Art. 210. Os programas, ações e investimentos, for o caso, aos corredores ecológicos a ela asso-
públicos e privados, no Sistema de Esgotamento ciados.
módulos de tratamento avançado de água nas
Estações de Tratamento de Água - ETAs Taiaçu- Sanitário devem ter como objetivo a universali-
peba (Sistema Alto Tietê), Rio Grande (Sistema zação do atendimento de esgotamento sanitário.
V - iniciar, em articulação com outras prefeituras
Rio Grande) e ABV (Sistema Guarapiranga); Art. 211. São diretrizes do Sistema de Esgota- e órgãos públicos, caso necessário, a implan-
mento Sanitário: tação de módulos de tratamento terciário nas
IV - implantar, em articulação com os órgãos
ETEs Barueri, ABC, Parque Novo Mundo, São
competentes, medidas para controle e moni- I - articular a expansão das redes de esgotamento Miguel e Suzano.
toramento das águas subterrâneas; sanitário às ações de urbanização e regulari-
zação fundiária nos assentamentos precários;
111
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
SEÇÃO V - DO SISTEMA DE Art. 216. São diretrizes do Sistema de Drenagem: II - criar um órgão municipal de planejamento
DRENAGEM e gestão de drenagem e dos recursos hídricos;
I - adequar as regras de uso e ocupação do solo
ao regime fluvial nas várzeas; III - elaborar mapeamento e cartografia geor-
Art. 213. O Sistema de Drenagem é definido referenciados das áreas de risco de inunda-
como o conjunto formado pelas características II - preservar e recuperar as áreas com inte- ções e aprimorar os sistemas de alerta e de
geológico-geotécnicas e do relevo e pela in- resse para drenagem, principalmente várzeas, emergência;
fraestrutura de macro e microdrenagem ins- faixas sanitárias, fundos de vale e cabeceiras
taladas. de drenagem; IV - elaborar mapeamento e cartografia georre-
ferenciados dos elementos de macrodrenagem,
III - respeitar as capacidades hidráulicas dos incluindo canais naturais e artificiais, galerias
SISTEMA DE DRENAGEM corpos d´água, impedindo vazões excessivas; e reservatórios de retenção ou contenção;
IV - recuperar espaços para o controle do es-
Elementos que garantem o escoamento das V - implantar sistemas de detenção ou retenção
coamento de águas pluviais;
águas de chuva e evitam enchentes. temporária das águas pluviais que contribuam
V - adotar as bacias hidrográficas como uni- para melhoria do espaço urbano, da paisagem
Fundos de vale, linhas e canais dades territoriais de análise para diagnóstico, e do meio ambiente;
de drenagem, planícies aluviais
planejamento, monitoramento e elaboração
e talvegues VI - implantar o Programa de Recuperação
de projetos; Ambiental de Fundos de Vale;
Elementos de microdrenagem VI - adotar critérios urbanísticos e paisagísticos VII - desassorear os cursos d’água, canais, ga-
que possibilitem a integração harmônica das lerias, reservatórios e demais elementos do
infraestruturas com o meio ambiente urbano;
Elementos de macrodrenagem sistema de drenagem;
VII - adotar tecnologias avançadas de mode- VIII - revisar a legislação referente aos sistemas
lagem hidrológica e hidráulica que permitam
Sistema de áreas protegidas, de retenção de águas pluviais;
áreas verdes e espaços livres mapeamento das áreas de risco de inundação,
considerando diferentes alternativas de inter- IX - implementar medidas de controle dos lan-
venções; çamentos na fonte em áreas privadas e públicas;
Art. 214. São componentes do Sistema de Dre- VIII - promover a participação social da popula- X - adotar medidas que minimizem a poluição
nagem: ção no planejamento, implantação e operação difusa carreada para os corpos hídricos;
das ações de drenagem e de manejo das águas
I - fundos de vale, linhas e canais de drenagem, XI - adotar pisos drenantes nas pavimentações
pluviais, em especial na minoração das inun-
planícies aluviais e talvegues; de vias locais e passeios de pedestres.
dações e alagamentos;
II - os elementos de microdrenagem, como § 1º O Plano Diretor de Drenagem é o instru-
IX - promover junto aos municípios, aos con-
vias, sarjetas, meio-fio, bocas de lobo, galerias mento para a gestão sustentável da drenagem,
sórcios intermunicipais e ao Estado o planeja-
de água pluvial, entre outros; atendendo aos objetivos e diretrizes dos arts.
mento e as ações conjuntas necessárias para
215 e 216 desta lei.
o cumprimento dos objetivos definidos para
III - os elementos de macrodrenagem, como
este sistema; § 2º O Plano Diretor de Drenagem deverá conter,
canais naturais e artificiais, galerias e reser-
vatórios de retenção ou contenção; no mínimo:
X - promover a participação da iniciativa privada
na implementação das ações propostas, desde I - plano de gestão com ações de desenvolvimen-
IV - o sistema de áreas protegidas, áreas verdes e
que compatível com o interesse público; to institucional, com estruturação de entidade
espaços livres, em especial os parques lineares.
específica para planejamento e gestão do Sis-
XI - promover a articulação com instrumentos
Art. 215. São objetivos do Sistema de Drenagem: tema de Drenagem, fortalecimento da relação
de planejamento e gestão urbana e projetos re-
entre o Município e os órgãos e entidades dos
I - redução dos riscos de inundação, alagamento lacionados aos demais serviços de saneamento.
demais entes federativos, identificação de fontes
e de suas consequências sociais;
Art. 217. As ações prioritárias no Sistema de de financiamento, proposição de estratégias
II - redução da poluição hídrica e do assorea- Drenagem são: para o desenvolvimento tecnológico e para a
mento; formação e a capacitação dos quadros técnicos;
I - elaborar o Plano Diretor de Drenagem e Ma-
III - recuperação ambiental de cursos d’água e nejo de Águas Pluviais, consideradas as ações II - programa de bacias com propostas de ações
dos fundos de vale. de limpeza urbana previstas no Plano de Gestão estruturais e não estruturais planejadas com
Integrada de Resíduos Sólidos; base em estudos multidisciplinares, cadastros,
112
TÍTULO III - DA POLÍTICA E DOS SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS | CAPÍTULO IV - DA POLÍTICA E DO SISTEMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL
cartografias, modelagens matemáticas e monito- Parágrafo único. Compõem também o Siste- X - realizar processos participativos efetivos
ramento hidráulico e hidrológico de cada bacia; ma de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos que envolvam representantes dos diversos se-
os serviços, equipamentos, infraestruturas e tores da sociedade civil para apoiar, aprimorar
III - caracterização e diagnóstico dos sistemas instalações operacionais privadas destinadas e monitorar o Sistema de Gestão Integrada de
de drenagem, avaliando seus impactos nas con- ao manejo de resíduos. Resíduos Sólidos;
dições de vida da população, a partir de indica-
dores sanitários, epidemiológicos, ambientais Art. 220. São objetivos do Sistema de Gestão XI - articular as diferentes ações de âmbito
e socioeconômicos; Integrada de Resíduos Sólidos: metropolitano relacionadas com a gestão de
resíduos sólidos.
IV - metas de curto, médio e longo prazo para I - não geração, redução, reutilização, recicla-
TÍTULO III
melhorar o sistema de drenagem do Município, gem e tratamentos dos resíduos sólidos, bem Art. 222. São componentes do Sistema de Ges-
observando a compatibilidade com os demais como a disposição final adequada dos rejeitos; tão Integrada de Resíduos Sólidos os seguintes
planos setoriais e identificando possíveis fontes serviços, equipamentos, infraestruturas, ins-
II - estímulo à adoção de padrões sustentáveis
de financiamento. talações e processos pertencentes à rede de
de produção e consumo de bens e serviços; infraestrutura urbana:
Art. 218. As intervenções de macrodrenagem,
III - articulação entre as diferentes instituições
tais como sistemas de detenção ou retenção I - coletas seletivas de resíduos sólidos;
públicas e destas com o setor empresarial, vi-
temporária das águas pluviais, deverão consi-
sando à cooperação técnica e financeira para II - processamento local de resíduos orgânicos;
derar previamente a adoção de medidas não
a gestão integrada de resíduos sólidos;
estruturais na mesma sub-bacia, como a im- III - centrais de processamento da coleta seletiva
plantação de parques lineares. IV - universalização da coleta de resíduos só- de resíduos secos e orgânicos;
lidos; IV - estabelecimentos comerciais e industriais
SEÇÃO VI - DA GESTÃO INTEGRADA V - redução do volume de resíduos sólidos des- de processamento de resíduos secos e orgânicos;
DE RESÍDUOS SÓLIDOS tinados à disposição final, principalmente nos V - áreas de triagem, transbordo e reciclagem
aterros. de resíduos da construção civil e resíduos vo-
Art. 219. O Sistema de Gestão Integrada de
Art. 221. São diretrizes do Sistema de Gestão lumosos;
Resíduos Sólidos é definido como o conjunto
de serviços, equipamentos, infraestruturas e Integrada de Resíduos Sólidos: VI - unidades de compostagem e biodigestão
instalações operacionais públicas voltadas ao anaeróbia “in situ”;
I - seguir as diretrizes e determinações da Po-
manejo diferenciado, recuperação dos resíduos
lítica Nacional de Resíduos Sólidos, instituída VII - estações de transbordo para resíduos do-
sólidos reutilizáveis e recicláveis e disposição
pela legislação federal; miciliares e da limpeza urbana;
final dos rejeitos originários dos domicílios e
da varrição e limpeza de logradouros e vias II - promover ações que visem minorar a gera- VIII - postos de entrega de resíduos obrigados
públicas, estabelecidos pelo Plano de Gestão ção de resíduos; à logística reversa;
Integrada de Resíduos Sólidos, além das nor-
mativas municipais pertinentes. III - promover a máxima segregação dos resí- IX - centrais de tratamento de resíduos de ser-
duos nas fontes geradoras; viços da saúde;
113
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
integrada de resíduos sólidos descritos neste mia solidária e apoiar os catadores isolados de mecanismos para diferenciação do tratamento
artigo. materiais reaproveitáveis e recicláveis; tributário referente às atividades voltadas à
valorização de resíduos resultantes das coletas
REFERÊNCIAS EXTERNAS X - definir estratégia para formalização contra- seletivas.
64 (Lei Municipal n° 13.478, de 30 de dezembro tual do trabalho das cooperativas e associações
2002) Órgão gerenciador dos serviços de limpeza de catadores, para sustentação econômica do Art. 224. O Plano de Gestão Integrada de Resí-
urbana prestados na cidade de São Paulo, como seu processo de inclusão social e dos custos da duos Sólidos, elaborado com base na legislação
coleta de resíduos de saúde, domiciliares e sele-
logística reversa de embalagens; federal, municipal e estadual vigente, deverá
tiva, varrição de vias públicas, lavagem de monu-
mentos e escadarias e remoção de entulho.
contemplar ações de responsabilidade pública,
XI - fomentar a implantação de unidades, públi- privada e compartilhada, relativas aos resíduos
cas e privadas, voltadas à valorização de resíduos gerados no território do Município.
secos e orgânicos, resíduos da construção civil,
Art. 223. São ações prioritárias do Sistema de
e outros, conforme a ordem de prioridades de- § 1º O Plano de Gestão Integrada de Resíduos
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos:
finida na Política Nacional de Resíduos Sólidos; Sólidos deverá atender aos objetivos e diretrizes
I - implementar o Plano de Gestão Integrada dos arts. 220 e 221 desta lei, e conter, no mínimo:
XII - apoiar a formalização de empreendimen-
de Resíduos Sólidos;
tos já estabelecidos, voltados ao manejo de I - análises sobre a situação atual da gestão de
II - orientar os Planos de Gerenciamento de Resí- resíduos sólidos; resíduos sólidos no Município, avaliando seus
duos Sólidos e monitorar a sua implementação; impactos nas condições de vida da população
XIII - estabelecer procedimentos de compra e dimensionando as demandas sociais a partir
III - universalizar a coleta seletiva de resíduos pública sustentável para agregados reciclados de indicadores sanitários, epidemiológicos,
secos e orgânicos com atendimento de todo o e composto orgânico; ambientais e socioeconômicos;
território de cada distrito da cidade, precedido
XIV - estabelecer parcerias com instituições
de campanhas; II - metas de curto, médio e longo prazo, para
locais para o desenvolvimento de ações de edu- garantir maior sustentabilidade na gestão de
IV - implantar os ecoparques, centrais de proces- cação ambiental e comunicação social voltadas resíduos sólidos, admitidas soluções graduais
samento da coleta seletiva de secos, centrais de à implementação do Plano de Gestão Integrada e progressivas, observando a compatibilidade
processamento da coleta seletiva de orgânicos, de Resíduos Sólidos; com os demais planos setoriais e as referências
estações de transbordo e ecopontos, conforme
XV - assinar termo de compromisso para logísti- apresentadas no Quadro 8 anexo;
Quadro 8 anexo;
ca reversa junto aos fabricantes, importadores, III - programas, projetos, ações e investimentos
V - implantar ou requalificar as centrais de comerciantes e distribuidores dos materiais pre- necessários para atingir as metas mencionadas
processamento da coleta seletiva de secos, as vistos na Política Nacional de Resíduos Sólidos; no inciso anterior de modo compatível com os
centrais de processamento da coleta seletiva respectivos planos plurianuais e com planos
XVI - incentivar e acompanhar a implementa-
de orgânicos e os ecoparques para tratamento
ção das ações para o manejo diferenciado dos setoriais correlatos, identificando possíveis
dos remanescentes da coleta seletiva, conforme
resíduos sólidos nas Unidades Educacionais fontes de financiamento;
Quadro 8 anexo;
da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, em IV - ações emergenciais e de contingência rela-
VI - integrar a gestão de resíduos sólidos, in- conformidade com o Plano de Gestão Integrada tivas às ocorrências que envolvem os sistemas
clusive os componentes de responsabilidade de Resíduos Sólidos; de gestão integrada de resíduos sólidos;
privada;
XVII - implementar programa que vise à sus- V - ações para implantação de uma rede de
VII - introduzir o manejo diferenciado dos re- tentabilidade ambiental das feiras livres, em equipamentos para recebimento de resíduos
síduos orgânicos, componente principal dos conformidade com o Plano de Gestão Integrada sólidos;
resíduos urbanos, possibilitando sua retenção de Resíduos Sólidos.
na fonte e alternativas de destinação que permi- VI - mecanismos e procedimentos para o moni-
§ 1º A administração municipal estabelecerá
tam sua valorização como composto orgânico toramento e avaliação dos resultados alcançados
mecanismos para incentivar política de compras
e como fonte de biogás e energia; com a implementação dos projetos, ações e
públicas sustentáveis que vise à aquisição pú- investimentos programados;
VIII - estabelecer novas instalações públicas blica de produtos e suas embalagens fabricados
para a destinação final de resíduos sólidos se- com materiais que propiciem a reutilização ou VII - ações que compatibilizem com as políti-
gundo determinações da Política Nacional de a reciclagem e estabelecerá a negociação pelo cas relativas aos sistemas de abastecimento de
Resíduos Sólidos; reconhecimento das responsabilidades pelos água, de esgotamento sanitário e de drenagem.
custos de coleta, transporte, processamento e
IX - expandir as ações de inclusão social, gerar § 2º O Plano de Gestão Integrada de Resíduos
disposição final de rejeitos em aterros sanitários.
oportunidades de trabalho e obtenção de rendas, Sólidos deverá ser revisto a cada 4 (quatro) anos.
incentivar as cooperativas no campo da econo- § 2º A administração municipal estabelecerá
114
TÍTULO III - DA POLÍTICA E DOS SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS | CAPÍTULO IV - DA POLÍTICA E DO SISTEMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL
CAPÍTULO V - DA POLÍTICA E
POLÍTICA E SISTEMA DE MOBILIDADE
DO SISTEMA DE MOBILIDADE
O Sistema de Mobilidade é formado pelo conjunto dos meios de transporte, serviços, infraestruturas e
SEÇÃO I - DOS OBJETIVOS E instalações necessárias para garantir a mobilidade de pessoas e deslocamento de cargas na cidade.
DIRETRIZES DO SISTEMA DE
MOBILIDADE
VIÁRIO CIRCULAÇÃO TRANSPORTE TRANSPORTE
DE PEDESTRES COLETIVO PÚBLICO COLETIVO PRIVADO
Art. 225. O Sistema de Mobilidade é definido
TÍTULO III
como o conjunto organizado e coordenado dos
modos de transporte, serviços, equipamentos,
infraestruturas e instalações operacionais ne- CICLOVIÁRIO HIDROVIÁRIO INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA E
AEROVIÁRIA TRANSPORTE DE CARGA
cessários à ampla mobilidade de pessoas e
deslocamento de cargas pelo território muni- Principais objetivos:
cipal, visando garantir a qualidade dos serviços,
a segurança e a proteção à saúde de todos os Qualificar as condições de
Reduzir o tempo de
mobilidade e integração entre os
usuários, principalmente aqueles em condição meios de transporte
viagem da população
de vulnerabilidade social, além de contribuir
para a mitigação das mudanças climáticas. Priorizar o transporte público Ampliar o acesso e a distribuição
coletivo, cicloviário e a de infraestrutura de mobilidade
Art. 226. São componentes do Sistema de Mo- circulação de pedestres urbana na cidade
bilidade:
Desestimular o uso do PMM Elaborar do Plano
I - sistema viário; transporte individual motorizado Municipal de Mobilidade
IV - sistema de transporte coletivo privado; VI - promoção do desenvolvimento sustentável atendam a maioria da população, sobretudo
com a mitigação dos custos ambientais e so- os extratos populacionais mais vulneráveis;
V - sistema cicloviário; cioeconômicos dos deslocamentos de pessoas
III - promover integração física, operacional
e cargas na cidade, incluindo a redução dos
VI - sistema hidroviário; e tarifária dos diferentes modos de transporte
acidentes de trânsito, emissões de poluentes,
que operam no Município, reforçando o caráter
VII - sistema de logística e transporte de carga; poluição sonora e deterioração do patrimônio
de rede única com alcance metropolitano e
edificado;
VIII - sistema aeroviário. macrometropolitano;
VII - promover o compartilhamento de auto-
Art. 227. Os objetivos do Sistema de Mobili- IV - promover os modos não motorizados como
móveis;
dade são: meio de transporte urbano, em especial o uso
VIII - melhoria das condições de circulação das de bicicletas, por meio da criação de uma rede
I - melhoria das condições de mobilidade da po- cargas no Município com definição de horários estrutural cicloviária;
pulação, com conforto, segurança e modicidade, e caracterização de veículos e tipos de carga.
incluindo os grupos de mobilidade reduzida; V - promover a integração entre os sistemas de
Art. 228. Os programas, ações e investimentos, transporte público coletivo e os não motorizados
II - homogeneização das condições de ma- públicos e privados, no Sistema de Mobilidade e entre estes e o transporte coletivo privado
croacessibilidade entre diferentes regiões do devem ser orientados segundo as seguintes rotineiro de passageiros;
Município; diretrizes:
VI - promover o compartilhamento de automó-
III - aumento da participação do transporte I - priorizar o transporte público coletivo, os veis, inclusive por meio da previsão de vagas
público coletivo e não motorizado na divisão modos não motorizados e os modos compar- para viabilização desse modal;
modal; tilhados, em relação aos meios individuais
VII - complementar, ajustar e melhorar o siste-
motorizados;
IV - redução do tempo de viagem dos munícipes; ma viário em especial nas áreas de urbanização
II - diminuir o desequilíbrio existente na apro- incompleta, visando sua estruturação e ligação
V - melhoria das condições de integração entre
priação do espaço utilizado para a mobilidade interbairros;
os diferentes modais de transporte;
urbana, favorecendo os modos coletivos que
115
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
VIII - complementar, ajustar e melhorar o siste- de gases de efeito estufa e a poluição sonora, Município, considerando todos os seus compo-
ma de transporte público coletivo, aprimorando e a redução de gastos com combustíveis com a nentes, como infraestrutura viária, terminais e
as condições de circulação dos veículos; utilização de veículos movidos com fontes de estações, sistemas de monitoramento remoto,
energias renováveis ou combustíveis menos material rodante, entre outros;
IX - complementar, ajustar e melhorar o sistema poluentes;
cicloviário; III - modelo institucional para o planejamento
XXI - promover o transporte de passageiros e da mobilidade, promovendo maior integração
X - aumentar a confiabilidade, conforto, segu- cargas por meio do sistema hidroviário; entre as esferas municipal e estadual, tanto no
rança e qualidade dos veículos empregados no âmbito da formulação de políticas setoriais,
sistema de transporte coletivo; XXII - criar estacionamentos públicos ou priva- como na esfera do desenvolvimento técnico
dos nas extremidades dos eixos de mobilidade
XI - promover o uso mais eficiente dos meios dos trabalhos, buscando uma maior integração
urbana, em especial junto às estações de me-
de transporte com o incentivo das tecnologias metropolitana;
trô, monotrilho e terminais de integração e de
de menor impacto ambiental; transferência entre modais; IV - programa para o gerenciamento dos es-
XII - elevar o patamar tecnológico e melhorar tacionamentos no Município com controle de
XXIII - implantar dispositivos de redução da
os desempenhos técnicos e operacionais do estacionamento nas vias públicas, limitação de
velocidade e acalmamento de tráfego nas vias
sistema de transporte público coletivo; estacionamentos nas áreas centrais e implan-
locais, especialmente nas ZER; tação de estacionamentos públicos associados
XIII - incentivar a renovação ou adaptação da com o sistema de transporte público coletivo,
XXIV - evitar o tráfego de passagem nas vias
frota do transporte público e privado urbano, o compartilhamento de automóveis, as centra-
locais em zonas exclusivamente residenciais.
visando reduzir as emissões de gases de efeito lidades urbanas e as rodovias;
estufa e da poluição sonora, e a redução de
gastos com combustíveis com a utilização de SEÇÃO II - DO PLANO MUNICIPAL V - estratégias tarifárias para melhorar as con-
veículos movidos com fontes de energias reno- DE MOBILIDADE URBANA dições de mobilidade da população, em especial
váveis ou combustíveis menos poluentes, tais de baixa renda;
como gás natural veicular, híbridos ou energia Art. 229. A Prefeitura elaborará o Plano Mu- VI - ações para garantir a acessibilidade univer-
elétrica; nicipal de Mobilidade Urbana, de acordo com sal aos serviços, equipamentos e infraestruturas
os prazos e determinações estabelecidas pela de transporte público coletivo, com adequações
XIV - promover o maior aproveitamento em
legislação federal que institui a Política Nacional das calçadas, travessias e acessos às edificações;
áreas com boa oferta de transporte público
de Mobilidade Urbana65, bem como dos objetivos
coletivo por meio da sua articulação com a
e diretrizes dos arts. 227 e 228 desta lei. VII - promoção da ligação de regiões da cidade
regulação do uso e ocupação do solo; por meio da ampliação de pontes sobre os rios
REFERÊNCIAS EXTERNAS
XV - estabelecer instrumentos de controle da Tietê e Pinheiros;
65 (Lei Federal nº 12.587, 3 de janeiro de 2012)
oferta de vagas de estacionamento em áreas
Institui as diretrizes da Política Nacional de Mobi- VIII - intervenções para complementação, ade-
públicas e privadas, inclusive para operação lidade Urbana, instrumento da política de desen- quação e melhoria do sistema viário estrutural
da atividade de compartilhamento de vagas; volvimento urbano que objetiva a integração necessárias para favorecer a circulação de trans-
entre os diferentes modos de transporte e a me-
XVI - articular e adequar o mobiliário urbano portes coletivos e não motorizados e promover
lhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas
novo e existente à rede de transporte público e cargas no território do Município. ligações mais eficientes entre os bairros e as
coletivo; centralidades;
XVII - aprimorar o sistema de logística e cargas, § 1º O Plano Municipal de Mobilidade Urbana, IX - sistema de monitoramento integrado e
de modo a aumentar a sua eficiência, reduzindo cuja elaboração é uma ação prioritária do Sis- remoto dos componentes do Sistema de Mo-
custos e tempos de deslocamento; tema de Mobilidade, deverá ser elaborado de bilidade;
forma participativa e conter, no mínimo:
XVIII - articular as diferentes políticas e ações X - estratégias para a configuração do sistema
de mobilidade urbana, abrangendo os três níveis I - análise sobre as condições de acessibilidade de circulação de carga no Município, abran-
da federação e seus respectivos órgãos técnicos; e mobilidade existentes no Município e suas gendo as esferas de gestão, regulamentação e
conexões entre bairros e com os municípios infraestrutura e definição do sistema viário de
XIX - promover ampla participação de setores da região metropolitana a fim de identificar os interesse do transporte de carga;
da sociedade civil em todas as fases do plane- diferentes tipos de demandas urbanas, sociais,
jamento e gestão da mobilidade urbana; XI - estratégias para a configuração do sistema
demográficas, econômicas e ambientais que
de circulação de transporte coletivo privado
deverão nortear a formulação das propostas;
XX - incentivar a utilização de veículos auto- rotineiro e não rotineiro de passageiros no
motores movidos à base de energia elétrica II - ações para a ampliação e aprimoramento Município, abrangendo as esferas de gestão,
ou a hidrogênio, visando reduzir as emissões do sistema de transporte público coletivo no regulamentação e infraestrutura e definição
116
TÍTULO III - DA POLÍTICA E DOS SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS | CAPÍTULO IV - DA POLÍTICA E DO SISTEMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL
do sistema viário de interesse do transporte Art. 232. As ações estratégicas do Sistema de coletivo com o sistema de circulação de pe-
coletivo privado de passageiros; Circulação de Pedestres são: destres, por meio de conexões entre modais de
transporte, calçadas, faixas de pedestre, trans-
XII - intervenções para a implantação do sistema I - melhoria do acesso e do deslocamento de posições, passarelas e sinalização específica,
cicloviário integrado ao sistema de transporte qualquer pessoa com autonomia e segurança visando à plena acessibilidade do pedestre ao
público coletivo de alta e média capacidade; pelos componentes do Sistema de Circulação espaço urbano construído;
de Pedestres;
XIII - ações para implantação de políticas de IV - adaptar as calçadas e os outros componentes
controle de modos poluentes e menos eficientes II - integração do sistema de transporte público do sistema às necessidades das pessoas com
de transporte. coletivo com as calçadas, faixas de pedestre, deficiência visual e mobilidade reduzida;
TÍTULO III
transposições e passarelas, visando ao pleno
§ 2º Para garantir os recursos necessários para acesso do pedestre ao transporte público co- V - instituir órgão responsável pela formulação
investir na implantação da rede estrutural de letivo e aos equipamentos urbanos e sociais; e implementação de programas e ações para o
transporte coletivo, prevista neste Plano Diretor, Sistema de Circulação de Pedestres;
o Executivo deve realizar estudos visando obter III - ampliação das calçadas, passeios e espaços
fonte alternativa de receita. de convivência; VI - utilizar o modelo de desenho universal
para a execução das políticas de transporte
IV - redução de quedas e acidentes relacionados não motorizado;
SEÇÃO III - DO SISTEMA DE à circulação de pedestres junto aos componen-
CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES tes do sistema; VII - eliminar barreiras físicas que possam
representar riscos à circulação do usuário, so-
V - padronização e readequação dos passeios
Art. 230. O Sistema de Circulação de Pedestres bretudo de crianças e pessoas com mobilidade
públicos em rotas com maior trânsito de pe-
é definido como o conjunto de vias e estruturas reduzida e portadoras de necessidades especiais;
destres;
físicas destinadas à circulação de pedestres.
VIII - aumentar o tempo semafórico nas tra-
VI - integração entre o sistema de estacionamen- vessias em locais de grande fluxo de pedestres;
to de bicicletas (paraciclos e bicicletários) e as
SISTEMA DE calçadas, visando ao pleno acesso de ciclistas IX - priorizar a circulação de pedestres sobre os
CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES
aos estabelecimentos. demais modais de transportes, especialmente
em vias não estruturais;
Art. 233. Os programas, ações e investimentos,
Calçadas
públicos e privados, no Sistema de Circulação X - garantir a implantação de estruturas de acal-
de Pedestres devem ser orientados segundo as mamento de tráfego e redução de velocidade,
Vias de pedestres (calçadões) seguintes diretrizes: especialmente em vias não estruturais.
117
PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
Art. 236. Calçadas, faixas de pedestres, transpo- II - locais, com função predominante de pro- V - as diretrizes e regras para o compartilha-
sições e passarelas deverão ser gradualmente porcionar o acesso aos imóveis lindeiros, não mento e estacionamento de bicicletas;
adequadas para atender à mobilidade inclusiva, classificadas como coletoras ou estruturais;
VI - a circulação e a presença de resíduos e
visando a sua autonomia, conforme normas
III - ciclovias; cargas perigosas;
técnicas regulamentares pertinentes.
IV - de circulação de pedestres. VII - a utilização e a manutenção dos passeios
Parágrafo único. O Executivo deverá elaborar
públicos e das vias de pedestres;
plano de adequação, recuperação e manutenção § 3º As vias abertas ou que foram objeto de
de passeios públicos. alargamento e/ou melhoramentos pelo Poder VIII - a instalação de mobiliário urbano nos
Público após a vigência da Lei nº 13.885, de passeios públicos e vias de pedestre;
SEÇÃO V - DO SISTEMA VIÁRIO 2004, poderão ser classificadas pela Câmara
IX - a realização de atividades e a implantação
Técnica de Legislação Urbanística - CTLU, após
e o funcionamento de estabelecimentos gera-
Art. 237. O Sistema Viário é definido como o análise e parecer da Companhia de Engenharia
dores de tráfego, por transporte coletivo ou
conjunto de infraestruturas necessárias para de Tráfego - CET.
individual, de pessoas ou de cargas.
a circulação de pessoas e cargas. § 4º A circulação de ciclistas não deverá sofrer
§ 1º O estacionamento de veículos e a implanta-
restrição em virtude da classificação do viário.
ção de pontos de táxi somente serão permitidos
Art. 239. Os proprietários de imóveis localizados nas vias locais, coletoras e nas vias estruturais
SISTEMA VIÁRIO
na Macrozona de Estruturação e Qualificação de Nível 3, desde que:
Urbana poderão propor o alargamento da via,
no mínimo ao longo de uma quadra, doan- I - seja respeitada a prioridade para o transpor-
te público coletivo e para a fluidez de tráfego
Vias estruturais (N1, N2, N3) do a parcela de seus lotes à Municipalidade
geral registrado no uso das vias coletoras e
e arcando com todas as despesas relativas ao
estruturais de Nível 3;
Vias não estruturais (coletoras, alargamento da via.
locais, ciclovias, circulação de II - seja garantida a segurança e o acesso das
pedestres) § 1º A proposta de alargamento deverá ser anali-
pessoas aos lotes lindeiros.
sada e aprovada pelo órgão técnico responsável,
que estabelecerá os parâmetros, as especifica- § 2º As vias estruturais e não estruturais recebe-
Vias abertas ou que foram
objeto de alargamento ções técnicas para sua execução e autorizará o rão adaptações, quando necessário, para atender
início das obras. à circulação de ciclistas por meio da implantação
de infraestrutura cicloviária adequada.
§ 2º Executada a obra de alargamento e verifica-
da e aceita sua execução pelo órgão responsável, Art. 241. As ações estratégicas do Sistema Viá-
Art. 238. São componentes do Sistema Viário:
poderão ser feitas as doações das parcelas de rio são:
§ 1º As vias estruturais, classificadas em 3 (três) cada lote à Municipalidade, o que facultará aos
níveis, conforme Quadro 9 anexo: proprietários os benefícios similares descritos I - complementar as vias estruturais do Mu-
no “caput” do art. 81 desta lei. nicípio;
I - as vias de nível 1 (N1) são aquelas utilizadas
como ligação entre o Município de São Paulo, Art. 240. O Município regulamentará através II - implantar ajustes pontuais nas vias estru-
os demais municípios do Estado de São Paulo de instrumentos específicos: turais do Município;
e demais Estados da Federação;
I - a circulação e o estacionamento de veículos III - abrir novas vias no sistema estrutural per-
II - as vias de nível 2 (N2) são aquelas não incluí- privados e de transporte coletivo privado nas mitindo a interligação entre bairros e a conexão
das no nível anterior, utilizadas como ligação vias; com rodovias, entre elas, a interligação entre o
entre os municípios da Região Metropolitana bairro de Perus e a Rodovia dos Bandeirantes;
II - o serviço de táxis;
de São Paulo e com as vias de nível 1;
IV - alargar e melhorar as vias estruturais do
III - os serviços de motofrete e propostas para Município;
III - as vias de nível 3 (N3) são aquelas não in-
a circulação segura de motocicletas;
cluídas nos níveis anteriores utilizadas como
V - modernizar a rede semafórica, priorizando
ligação entre distritos, bairros e centralidades IV - a abertura de rotas de ciclismo, bicicletá- o enterramento das redes aéreas, e aprimorar
do Município de São Paulo. rios e compartilhamento de bicicletas e vagas a sinalização vertical e horizontal em todo o
especiais para compartilhamento de automóveis Sistema Viário;
§ 2º As vias não estruturais, classificadas como:
e similares;
I - coletoras, com função de ligação entre as VI - padronizar, readequar e garantir acessi-
vias locais e as vias estruturais;
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TÍTULO III - DA POLÍTICA E DOS SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS | CAPÍTULO IV - DA POLÍTICA E DO SISTEMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL
bilidade dos passeios públicos em rotas com SEÇÃO VI - DO SISTEMA DE capacidade nas intersecções semaforizadas e
maior trânsito de pedestres; TRANSPORTE COLETIVO PÚBLICO das vias com faixas segregadas ou exclusivas;
VII - adequar pontes, viadutos e passarelas E PRIVADO c) elaboração de planos semafóricos e de co-
para a travessia segura de pedestres e ciclistas; municação com controladores para viabilizar
Art. 243. O Sistema de Transporte Público Co- a fluidez no trânsito com priorização para o
VIII - implantar, nas vias de tráfego local, letivo é o conjunto de modais, infraestruturas transporte público coletivo;
medidas de engenharia de tráfego de forma e equipamentos que realizam o serviço de trans-
a disciplinar o uso do espaço entre pedestres, porte de passageiros, acessível a toda a popu- d) elaboração de projeto operacional adequan-
bicicletas e veículos; lação, com itinerários e preços fixados pelo do a oferta dos corredores à demanda social e
TÍTULO III
Poder Público. urbana;
IX - adaptar as condições da circulação de trans-
portes motorizados a fim de garantir a segurança II - implantar terminais, estações de trans-
e incentivar o uso de modais não motorizados, SISTEMA DE TRANSPORTE ferência e conexões, preferencialmente, nas
especialmente nas vias estruturais N3, inclu- PÚBLICO COLETIVO localizações que:
sive com medidas de acalmamento de tráfego
a) apresentarem os maiores volumes de trans-
e redução da velocidade;
Veículos que realizam o serviço ferência entre linhas nos horários de pico;
X - redução do espaço de estacionamentos de de transporte público coletivo
b) tiverem cruzamentos significativos entre
automóveis para implantação de estrutura ci-
Estações, pontos de parada e corredores de ônibus existentes ou a implantar;
cloviária e ampliação de calçadas. terminais de integração e
Art. 242. As ações prioritárias do Sistema Viário a) viabilização de estrutura viária adequada em c) uso racional de energia, incluindo eficiência
estão descritas nos Mapas 8 e 9. eixos de transporte ou em vias que concentrem energética;
linhas de ônibus;
V - garantir o transporte público coletivo aces-
b) execução de obras em toda a extensão dos sível a pessoas com deficiência e mobilidade
eixos selecionados com vistas à ampliação da reduzida;
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
VI - aperfeiçoar a bilhetagem eletrônica exis- II - integração física e operacional com o Sis- tos, infraestruturas e instalações operacionais
tente, mantendo-a atualizada em relação às tema de Transporte Público Coletivo existente, por parte do Sistema Coletivo Privado será re-
tecnologias disponíveis e implantar o bilhete incluindo-se o transporte hidroviário; gulamentada por ato do Executivo de modo a
mensal; integrar esse sistema aos modais de transporte
III - integração física e operacional com outros público.
VII - adotar novas formas de operação e estraté- modos de transporte, em especial com o sistema
gias operacionais para o Sistema de Transporte cicloviário, por meio de implantação de bicicle-
Público Coletivo Municipal; tários, permissão de embarque de bicicletas em SEÇÃO VII - DO SISTEMA
veículos do sistema, priorização de travessias CICLOVIÁRIO
VIII - colaborar com a implantação de novos de pedestres, entre outras medidas;
corredores metropolitanos, conforme o Mapa
Art. 248. O Sistema Cicloviário é caracterizado
10 anexo, além de terminais, estacionamentos e IV - integração com serviços de compartilha-
por um sistema de mobilidade não motorizado
estações de transferência de ônibus municipais mento de automóveis, possibilitando a realiza-
e definido como o conjunto de infraestruturas
e metropolitanos; ção de viagens articuladas com outros modais;
necessárias para a circulação segura dos ciclis-
IX - colaborar com a implantação de novas V - posicionamento dos pontos de parada e, tas e de ações de incentivo ao uso da bicicleta.
linhas e estações do Sistema de Transporte quando couber, de estações, terminais, pátios
Art. 249. São componentes do Sistema Ciclo-
Público Coletivo de Alta Capacidade, conforme de manutenção e estacionamento e outras ins-
viário:
Mapa 10 anexo; talações de apoio;
I - ciclovias;
X - ampliar a frota de veículos de transporte VI - melhorias nos passeios e espaços públicos,
coletivo, utilizando soluções tecnológicas avan- mobiliário urbano, iluminação pública e paisa- II - ciclofaixas;
çadas e tecnologias sustentáveis; gem urbana, entre outros elementos;
III - ciclorrotas;
XI - implantar o Sistema de Transporte Coletivo VII - instalação de sinalizações que forneçam
Hidroviário. informações essenciais para o deslocamento IV - bicicletários e demais equipamentos ur-
do passageiro nos terminais, estações de trans- banos de suporte;
§ 1º A construção de estacionamentos públicos ferência e conexões; V - sinalização cicloviária;
e privados deverá ocorrer preferencialmente
junto a terminais de integração e estações de VIII - articulação com ofertas de Habitação de VI - sistema de compartilhamento de bicicletas.
transferência. Interesse Social;
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TÍTULO III - DA POLÍTICA E DOS SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS | CAPÍTULO IV - DA POLÍTICA E DO SISTEMA DE SANEAMENTO AMBIENTAL
TÍTULO III
Portos fluviais e lacustres e
estruturação de uma rede complementar de terminais de integração e
Art. 252. Os programas, ações e investimentos,
transporte, associada às redes de transporte transbordo
públicos e privados, no Sistema Cicloviário
público coletivo de alta e média capacidade e
deverão estar acompanhados de campanhas Orla dos canais
às redes cicloviárias.
de conscientização e incentivo do uso de trans-
portes não motorizados. Embarcações
§ 3º (VETADO)
Instalações e edificações
Art. 253. A ação prioritária será implantar a rede
de apoio ao sistema
cicloviária integrada com o Plano Municipal de SEÇÃO IX - DO SISTEMA
Mobilidade Urbana, a partir dos Planos Regio- HIDROVIÁRIO
nais das Subprefeituras e dos Planos de Bairro.
por meio da articulação com os demais modais
Art. 255. O Sistema Hidroviário é o conjunto de transporte;
SEÇÃO VIII - DO de componentes necessários para realização
do serviço de transporte de cargas e passagei- III - colaborar com o desenvolvimento e a imple-
COMPARTILHAMENTO DE
ros por vias navegáveis. mentação do transporte de cargas e passageiros;
AUTOMÓVEIS
Art. 256. São componentes do Sistema Hidro- IV - implementar o transporte de passageiros,
Art. 254. O compartilhamento de automóveis, viário: em especial travessias lacustres, integrando-o
definido como o serviço de locação de automó- ao sistema de bilhetagem eletrônica;
veis por curto espaço de tempo, será estimulado I - rios e represas;
como meio de reduzir o número de veículos V - desenvolver os projetos das hidrovias de for-
II - canais e lagos navegáveis; ma integrada à requalificação da orla dos canais,
em circulação.
III - barragens móveis e eclusas; represas e lagos navegáveis, transformando-os
em espaços de convivência e embarque de pas-
COMPARTILHAMENTO DE IV - portos fluviais e lacustres e terminais de sageiros e/ou portos de carga;
AUTOMÓVEIS integração e transbordo;
VI - incorporar o Sistema Hidroviário nos Planos
O serviço de locação de automóveis por V - orla dos canais; Municipais de Mobilidade Urbana, ao Plano
curto espaço de tempo é um meio de
reduzir o número de veículos em circulação. de Saneamento Ambiental Integrado, ao Pla-
VI - embarcações;
no Diretor de Drenagem e ao Plano de Gestão
VII - instalações e edificações de apoio ao sis- Integrada de Resíduos Sólidos.
tema.
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
I - incentivar o melhor uso da infraestrutura lo- Art. 263. O conteúdo do Plano de Infraestrutura
gística instalada no Município, aumentando sua Aeroviária será definido pelo Executivo.
eficiência e reduzindo seu impacto ambiental; Art. 264. A instalação, reforma e ampliação de
II - planejar, implantar e ampliar a cadeia logís- aeródromos e heliportos ficará condicionada
tica de diferentes modais, incluindo os modais à apresentação de Estudo e Relatório de Im-
rodoviário, hidroviário e ferroviário; pacto Ambiental - EIA/RIMA e Estudo e Rela-
tório de Impacto de Vizinhança - EIV/RIV, no
III - planejar, implantar e ampliar a infraes- âmbito do processo de licenciamento ambien-
trutura logística em conjunto com as demais tal até a emissão da competente Licença Prévia
esferas de governo; - LP67.
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TÍTULO III - DA POLÍTICA E DOS SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS | CAPÍTULO VI - DO SISTEMA DE ÁREAS PROTEGIDAS, ÁREAS VERDES E ESPAÇOS LIVRES
CAPÍTULO VI - DO SISTEMA livres e áreas verdes referidos no “caput” deste d) outras categorias de parques a serem defi-
artigo é considerado de interesse público para nidas pelo Executivo;
DE ÁREAS PROTEGIDAS, o cumprimento de funcionalidades ecológicas,
e) espaços livres e áreas verdes de logradouros
ÁREAS VERDES E ESPAÇOS paisagísticas, produtivas, urbanísticas, de lazer
públicos, incluindo praças, vias, vielas, ciclo-
e de práticas de sociabilidade.
LIVRES vias, escadarias;
§ 3º Para a implementação do Sistema Muni-
f ) espaços livres e áreas verdes de instituições
Art. 265. O Sistema de Áreas Protegidas, Áreas cipal de Áreas Protegidas, Espaços Livres e
públicas e serviços públicos de educação, saú-
Verdes e Espaços Livres é constituído pelo con- Áreas Verdes, além de recursos orçamentários,
de, cultura, lazer, abastecimento, saneamento,
junto de áreas enquadradas nas diversas cate- deverão ser utilizados prioritariamente recursos
TÍTULO III
transporte, comunicação e segurança;
gorias protegidas pela legislação ambiental, do Fundo Especial de Meio Ambiente e Desen-
de terras indígenas, de áreas prestadoras de volvimento Sustentável - FEMA, em especial g) espaços livres e áreas verdes originárias de
serviços ambientais, das diversas tipologias os oriundos do Termo de Compromisso Am- parcelamento do solo;
de parques de logradouros públicos, de espa- biental - TCA, aplicado na hipótese de manejo
ços vegetados e de espaços não ocupados por da vegetação, nos termos definidos nesta lei e h) Áreas de Preservação Permanente inseridas
edificação coberta, de propriedade pública ou pela legislação específica. em imóveis de propriedade pública;
particular. i) cemitérios públicos;
Art. 266. São componentes do Sistema Mu-
§ 1º A organização das áreas protegidas, espaços nicipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e
II - áreas privadas:
livres e áreas verdes como Sistema compete Espaços Livres:
ao Executivo, ouvidos os órgãos estaduais e a) Unidades de Conservação de Uso Sustentável;
I - áreas públicas:
federais, e se configura em estratégia de qua-
b) Áreas de Preservação Permanente inseridas
lificação, de preservação, de conservação, de a) Unidades de Conservação de Proteção Integral
em imóveis privados;
recuperação e de ampliação das distintas tipo- que compõem o Sistema Nacional de Unidades
logias de áreas e espaços que o compõe, para de Conservação; c) espaços livres e áreas verdes de instituições e
as quais está prevista nesta lei a aplicação de serviços privados de educação, saúde, cultura,
instrumentos de incentivo. b) parques urbanos;
lazer, abastecimento, saneamento, transporte,
c) parques lineares da rede hídrica; comunicação, segurança e cemitérios;
§ 2º O conjunto de áreas protegidas, espaços
d) espaços livres e áreas verdes com vegetação
nativa em estágio avançado em imóveis resi-
SISTEMA DE ÁREAS PROTEGIDAS, ÁREAS VERDES E ESPAÇOS LIVRES
denciais e não residenciais isolados;
O Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres abrange as diversas categorias de áreas e) espaços livres e áreas verdes com vegetação
ambientais protegidas, prestadoras de serviços ambientais, espaços vegetados e espaços não ocupados nativa em estágio avançado em imóveis resi-
por edificação coberta, seja de propriedade pública ou particular.
denciais e não residenciais em condomínios;
f ) clubes de campo;
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
SEÇÃO I - DOS OBJETIVOS E conservação de espaços livres e de áreas verdes XVIII - priorizar o uso de espécies nativas e
DIRETRIZES DO SISTEMA DE ÁREAS particulares previstos no Estatuto da Cidade e úteis à avifauna na arborização urbana;
na legislação ambiental;
PROTEGIDAS, ÁREAS VERDES E XIX - aprimorar a gestão participativa das Uni-
ESPAÇOS LIVRES IX - incentivar e apoiar a criação de Reservas dades de Conservação e dos Parques Urbanos
Particulares do Patrimônio Natural - RPPN e Lineares;
Art. 267. São objetivos do Sistema de Áreas municipal;
XX - compatibilizar a proteção e recuperação
Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres:
X - utilizar as áreas remanescentes de desa- das áreas verdes com o desenvolvimento so-
I - proteção da biodiversidade; propriação para ampliação de espaços livres cioambiental e com as atividades econômicas,
e áreas verdes públicas, quando não for viável especialmente as de utilidade pública.
II - conservação das áreas prestadoras de ser- seu aproveitamento para projetos de interesse
viços ambientais; social;
SEÇÃO II - DAS ÁREAS DE
III - proteção e recuperação dos remanescentes XI - estruturar mecanismos de proteção à bio- PRESERVAÇÃO PERMANENTE
de Mata Atlântica; diversidade, em consonância aos preceitos da
IV - qualificação das áreas verdes públicas; Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Art. 269. Área de Preservação Permanente - APP
Biodiversidade69 e ao Plano Municipal de Es- são as porções do território, protegida nos ter-
V - incentivo à conservação das áreas verdes tratégias e Ações Locais pela Biodiversidade da mos da legislação federal específica, revestida
de propriedade particular; Cidade de São Paulo; ou não com cobertura vegetal, com a função
ambiental de preservar os recursos hídricos,
VI - conservação e recuperação dos corredores REFERÊNCIAS EXTERNAS
a permeabilidade do solo, a paisagem, a esta-
ecológicos na escala municipal e metropolitana;
69 Tratado da Organização das Nações Unidas bilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo
que abarca o que se refere direta ou indiretamen-
VII - cumprimento das disposições do Sistema gênico de fauna e flora, o solo e de assegurar
te à biodiversidade. Estrutura-se sobre três bases
Nacional de Unidades de Conservação. principais: a conservação da diversidade biológi-
o bem-estar das populações humanas.
ca, o uso sustentável da biodiversidade e a repar-
Art. 268. São diretrizes do Sistema de Áreas § 1º A delimitação das Áreas de Preservação
tição justa e equitativa dos benefícios
Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres: provenientes da utilização dos recursos genéticos. Permanente deverá obedecer aos limites fixados
pela norma federal específica.
I - ampliar a oferta de áreas verdes públicas;
XII - controlar as espécies vegetais e animais § 2º As intervenções em Área de Preservação
II - recuperar os espaços livres e as áreas verdes Permanente apenas poderão ser admitidas nos
degradadas, incluindo solos e cobertura vegetal; invasoras e a presença de animais domésticos
errantes em benefício da fauna silvestre; casos de interesse social, utilidade pública ou
III - recuperar áreas de preservação perma- baixo impacto, de acordo com a norma federal
nente; XIII - adotar mecanismos de compensação am- específica.
biental para aquisição de imóveis destinados
IV - implantar ações de recuperação ambiental à implantação de áreas verdes públicas e de Art. 270. Os projetos urbanos e planos que en-
e de ampliação de áreas permeáveis e vegetadas ampliação das áreas permeáveis; volvam intervenções em Áreas de Preservação
nas áreas de fundos de vale e em cabeceiras de Permanente, em áreas urbanas consolidadas,
drenagem e planícies aluviais indicadas na Carta XIV - condicionar o parcelamento e utilização deverão apresentar estudo técnico que demons-
Geotécnica, em consonância com o Programa de glebas com maciços arbóreos significati- tre a manutenção e/ou recuperação das funções
de Recuperação de Fundos de Vale; vos à averbação prévia da área que os contém, socioambientais dessas áreas, cuja abrangência
podendo esta ser doada para a implantação deverá ser regulamentada por norma específica.
V - promover interligações entre os espaços de área verde pública ou gravada como RPPN,
livres e áreas verdes de importância ambiental quando seu valor biológico assim o justificar; § 1º O Executivo deverá regulamentar o escopo
regional, integrando-os através de caminhos mínimo do estudo referido no “caput”, poden-
verdes e arborização urbana; XV - compensar os proprietários ou detentores do exigir, de acordo com a escala, dimensão e
de posse justa e de boa fé, de áreas com ecos- caráter da intervenção, os seguintes aspectos:
VI - compatibilizar, nas áreas integrantes do sistemas prestadores de serviços ambientais e
sistema, os usos das áreas verdes com a con- áreas de soltura de animais silvestres; I - a caracterização socioambiental da bacia
servação ambiental; ou sub-bacia hidrográfica em que está inse-
XVI - conservar áreas permeáveis, com vegeta- rida a APP, incluindo passivos e fragilidades
VII - estimular parcerias entre os setores público ção significativa em imóveis urbanos e proteção ambientais;
e privado para implantação e manutenção dos da paisagem;
espaços livres e áreas verdes; II - a especificação e a avaliação dos sistemas de
XVII - apoiar e incentivar a agricultura urbana infraestrutura urbana e de saneamento básico
VIII - implementar instrumentos de incentivo à nos espaços livres; implantados, de outros serviços e equipamentos
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TÍTULO III - DA POLÍTICA E DOS SISTEMAS URBANOS E AMBIENTAIS | CAPÍTULO VI - DO SISTEMA DE ÁREAS PROTEGIDAS, ÁREAS VERDES E ESPAÇOS LIVRES
TÍTULO III
Raio de 50m ao redor das nascentes
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PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO LEI Nº 16.050/2014 TEXTO DA LEI ILUSTRADO
V - integrar na paisagem as áreas de preservação III - conectar áreas verdes e espaços públicos; SEÇÃO V - DAS ÁREAS VERDES
permanente com as demais áreas verdes, públi-
IV - controlar enchentes;
cas e privadas, existentes na bacia hidrográfica; Art. 274. Os parques urbanos e naturais, exis-
V - evitar a ocupação inadequada dos fundos tentes e em implantação, e as áreas verdes pú-
VI - aprimorar o desenho urbano, ampliando e
de vale; blicas integram o Sistema Municipal de Áreas
articulando os espaços de uso público, em es-
Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres.
pecial os arborizados e destinados à circulação VI - propiciar áreas verdes destinadas à con-
e bem-estar dos pedestres; servação ambiental, lazer, fruição e atividades
culturais; ÁREAS VERDES
VII - priorizar a utilização de tecnologias so-
cioambientais e procedimentos construtivos VII - ampliar a percepção dos cidadãos sobre
sustentáveis na recuperação ambiental de fun- o meio físico. Conjunto de áreas que apresentam cobertura
vegetal, arbórea, arbustiva ou rasteira e que
dos de vale;
contribuem de modo significativo para a
§ 1º Os parques lineares são parte integrante do qualidade de vida e o equilíbrio ambiental nas
VIII - melhorar o sistema viário de nível local, Programa de Recuperação Ambiental de Fundos cidades.
dando-lhe maior continuidade e proporcio- de Vale e sua plena implantação pressupõe a
nando maior fluidez à circulação entre bairros articulação de ações de saneamento, drenagem,
contíguos; sistema de mobilidade, urbanização de interesse
social, conservação ambiental e paisagismo.
IX - integrar as unidades de prestação de ser-
viços em geral e equipamentos esportivos e § 2º Os parques lineares em planejamento inte-
sociais aos parques lineares previstos; grantes do Mapa 5 anexo estão delimitados na
escala de planejamento, não se constituindo em
X - construir, ao longo dos parques lineares, vias
perímetros definitivos até que sejam elaborados § 1º Os parques lineares em planejamento
de circulação de pedestres e ciclovias;
os respectivos projetos. passarão a integrar o sistema, quando forem
XI - mobilizar a população do entorno para o implantados.
§ 3º O projeto dos parques lineares deverá ser
planejamento participativo das intervenções
elaborado de forma participativa, ouvido o Con- § 2º Por lei ou por solicitação do proprietário,
na bacia hidrográfica, inclusive nos projetos
selho Participativo da Subprefeitura. áreas verdes particulares poderão ser incluídas
de parques lineares;
no Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes
§ 4º A LPUOS ou lei específica, após a definição
XII - desenvolver atividades de educação am- e Espaços Livres.
precisa do perímetro do parque linear, deverá
biental e comunicação social voltadas ao manejo
enquadrá-lo como ZEPAM. Art. 275. Nas áreas verdes públicas, existentes
das águas e dos resíduos sólidos;
e futuras, integrantes do Sistema Municipal de
XIII - criar condições para que os investidores Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres,
e proprietários de imóveis beneficiados com o poderão ser implantadas instalações de lazer
Programa de Recuperação Ambiental de Fundos PARQUES LINEARES e recreaç