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(“Forming of Metals”)
1. BIBLIOGRAFIA
1- Alting, L., Manufacturing Engineering Processes, Marcel Dekker, Inc, New York, 1982.
2- Avitzur, B., Metal Forming: Processes and Analysis, Tata MacGraw-Hill Publishing
Company Ltda, New Delhi, 1977.
3- Backofen, W.A., Deformation Processing, Addison-Wesley Publishing Company, 1972.
4- Dieter, G. E., Metalurgia Mecânica, Guanabara Dois, R.J., 1981.
5- Gruning, K., Técnica da Conformação, Editora Polígono, S.P., 1973.
6- Helman, H., Cetlin, P. R., Fundamentos da Conformação Mecânica dos Metais, Guanabara
Dois, R.J., 1983.
7- Hosford, W. F.; Caddell, R. M. Metal Forming Mechanics and Metalurgy. Prentice-Hall,
Inc. London, 1983
8- Johnson, W. and Mellor, P.B., Engineering Plasticity, Van Nostrand Reinhold, Company,
London, 1973.
9- Kobayashi, S., Yang, C.T. and Thomsen, E.G., Mechanics of deformation in Metal
Processing, The Mac Millan Company, New York, 1965.
10- Marciniak, Z.; Duncan, J. Mechanics of Sheet Metal Forming. Edward Arnold, London,
1992.
11- Mendelson, A., Plasticity: Theory and Application, The Mac Millan Company, New York,
1970.
12- Rone, G. W. Conformado de los Metales. Ediciones Urmo, Bilbao, 1972.
13- Rone, G. W.; Sturgess, C. E. N.; Hartley, P.; Pillinger. Finite Element Plasticity and
Metalforming Analysis. Cambridge University Press, Cambridge, 1991.
2. GENERALIDADES
Nosso estudo será dirigido ao estudo da deformação do metal. Tendo em vista a grande
variação existente de equipamentos (prensas, laminadores, extrusoras, etc.) estes aspectos podem
ser cobertos em visitas e estágios.
Com relação à deformação do metal, sabemos que metais deformam-se elástica e
plasticamente.
A deformação elástica é reversível. Na conformação plástica dos metais toda a atenção é
dirigida à deformação plástica, a qual é residual.
Como introdução da disciplina, há necessidade de um enfoque matemático.
2
3. ANÁLISE TENSORIAL
Em geral, as forças internas de um corpo sólido que atuam em áreas infinitesimais em uma
secção do corpo têm magnitudes e direções variadas. Essas forças mantêm o equilíbrio com forças
externas aplicadas. Na mecânica dos sólidos é particularmente significativo definir a intensidade
dessas forças nas várias partes do corte, como a resistência à deformação.
Em geral elas variam de ponto para ponto e são inclinadas em relação ao plano de corte. É
costume decompor-se essas forças em componentes paralelas e perpendiculares à secção
investigada. Como exemplo, a Figura 01(b) mostra as componentes do vetor força ∆F que age sobre
a área ∆A.
Figura 01 - Corpo seccionado. (a) Corpo livre com algumas forças internas. (b) Vista ampliada
com componentes de ∆F.
∆Fx ∆F y ∆Fz
σ xx = lim ∆ A→ 0 ; σ xy = lim ∆ A→ 0 e σ xz = lim ∆ A→ 0 (01)
∆A ∆A ∆A
Sendo o primeiro índice de σ, nos três casos, indica que o plano considerado é perpendicular ao
eixo x, e o segundo índice (x, y, z) designa a direção da componente da tensão.
A intensidade da força perpendicular ou normal à secção é chamada de tensão normal em
um ponto.
As tensões normais serão indicadas por σ (sigma) no lugar de σ com duplo índice. Apenas
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um índice será suficiente para designar a direção do eixo. Os demais componentes da intensidade da
força agem paralelamente ao plano da área elementar. Esses componentes são chamados de tensão
de cisalhamento e necessitam de duplo índice para serem determinados.
Deve-se observar que as tensões multiplicadas pelas respectivas áreas em que atuam,
resultam em forças, e a soma dessas forças em uma secção imaginária mantém o corpo em
equilíbrio.
Se além do plano de corte indicado no corpo livre da Figura 01, passássemos outro plano a
uma distância infinitesimal, paralelo ao primeiro, isolaríamos uma fatia elementar. Então, se dois
outros pares de planos fossem passados normalmente ao primeiro par, seria isolado do corpo um
cubo de dimensões infinitesimais. Tal cubo é mostrado na Figura 02. Todas as tensões que agem
sobre o cubo estão identificadas na Figura 02. As indicações para tensões na Fig. 2 são bastante
usadas nas teorias matemáticas de elasticidade e plasticidade.
Figura 02 - Estado de tensão mais geral sobre um elemento infinitesimal de um corpo sólido.
O exame dos símbolos de tensão na figura 02 mostra que existem três tensões normais, σx x
= σx, σy y= σy, σz z = σz e seis tensões de cisalhamento σx y , σy x , σy z , σz y, σx z e σz x .
Em contraste, num vetor F tem apenas três componentes Fx , Fy , Fz. Essas podem ser escritas
de maneira ordenada, como um vetor coluna:
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⎡ Fx ⎤
⎢ ⎥
Fi = ⎢ F y ⎥ (02)
⎢F ⎥
⎣ z⎦
⎡σ 11 σ 12 σ 13 ⎤ ⎡σ xx σ xy σ xz ⎤ ⎡ σ x σ xy σ xz ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
σ ij = ⎢σ 21 σ 22 σ 23 ⎥ = ⎢σ yx σ yy σ yz ⎥ = ⎢σ yx σy σ yz ⎥ (03)
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢⎣σ 31 σ 32 σ 33 ⎥⎦ ⎢σ zx σ zy σ zz ⎥⎦ ⎢σ zx σ zy σ z ⎥⎦
⎣ ⎣
Logo o estado de tensão num ponto (σi j) é dado por um tensor de 2ª ordem. O número de
componentes, C, de um tensor em um espaço qualquer, D, é dado por:
C = Dn (04)
Sendo n a ordem do tensor. Logo, um tensor no espaço tridimensional é dado por 3n componentes, e
pode ser representado por uma matriz 3x3, para um tensor de 2ª ordem.
Assim o tensor das tensões, o qual é um tensor de 2ª ordem ou categoria e necessita de dois
índices para identificar seus elementos ou componentes, é dado por 9 componentes. Um vetor é um
tensor de primeira ordem, e é dado por 31 componentes. Um escalar é um tensor de ordem zero, e é
dado por 30 componentes. Geralmente, para abreviar, indica-se o tensor das tensões pela forma σi j,
onde se entende que i e j podem adquirir designações x, y e z conforme observado anteriormente.
A tensão resultante (Sr) atuante em um plano do corpo sólido pode ser decomposta nas
componentes Sn e St; normal e tangencial ao plano considerado, de tal forma que:
r r r
Sr = Sn + St ou Sr 2 = Sn 2 + St 2 ; (05)
∂Fn ∂Ft
sendo: Sn = lim ∂A→0 (Tensão normal) St = lim ∂A→0 (Tensão de cisalhamento) (06)
∂A ∂A
r r r r
Sendo: Sr = Sx + Sy + Sz (07)
Um plano fica determinado num sistema cartesiano quando se conhece a direção de sua
normal. Os ângulos que a normal do plano faz com os eixos x, y, z, são chamados ângulos do plano.
Os co-senos desses ângulos são chamados como co-senos diretores.
l = cos( n , x )
m = cos( n , y ) (08)
n = cos( n , z )
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3.1.2.1. Decomposição da tensão normal Sn.
r r r r
Sn = Sn x + Sn y + Sn z ou Sn 2 = Sn x 2 + Sn y 2 + Sn z 2 (09)
Supondo que a tensão resultante Sr, coincida com a normal ao plano ABC, considerado na
Figura 07 e que o estado de tensão seja definido por σi j, o plano ABC tem ângulos (n,x), (n,y) e
(n,z). Para equilíbrio de forças temos:
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Ζ
Snz
Sn = Sr
σx
σxy Sny
σyx
σy
σxz
Y
σyz σzx
Snx σzy
σz
X
Figura 07 - Tensão resultante normal a um plano qualquer
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∂σ ij
= taxa de variação de tensão com respeito às coordenadas x, y, z.
∂xi
δy
δz
δx
De acordo com a Figura 08, considerando o equilíbrio de forças na direção Ox, tem-se:
⎛ 1 ∂σ x ⎞ ⎛ 1 ∂σ yx ⎞ ⎛ 1 ∂σ zx ⎞
⎜σ x − δx ⎟δyδz + ⎜⎜ σ yx − δy ⎟⎟δx.δz + ⎜ σ zx − δz ⎟δx.δy =
⎝ 2 ∂x ⎠ ⎝ 2 ∂y ⎠ ⎝ 2 ∂z ⎠
⎛ 1 ∂σ x ⎞ ⎛ 1 ∂σ yx ⎞ ⎛ 1 ∂σ zx ⎞
= ⎜σ x + δx ⎟δy.δz + ⎜⎜ σ yx + δy ⎟⎟δx.δz + ⎜ σ zx + δz ⎟δx.δy
⎝ 2 ∂x ⎠ ⎝ 2 ∂y ⎠ ⎝ 2 ∂z ⎠
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Supondo-se que as forças de corpo não sejam operativas, simplificando, vem:
∂σ x ∂σ yx ∂σ zx
+ + =0 (14)
∂x ∂y ∂z
ou, numa forma mais compacta usando a notação de subíndices de Einstein,
∂σ ij
=0 (15)
∂xi
∂σ xy ∂σ y ∂σ zy
+ + =0 (16)
∂x ∂y ∂z
∂σ xz ∂σ yz ∂σ z
+ + =0 (17)
∂x ∂y ∂z
Se fosse desejado incluir forças de corpo agindo na direção j, (15) seria escrito da seguinte
maneira:
∂σ ij
+ Fj = 0 (18)
∂xi
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