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Paciente: Micael Botteon - Idade: 10 anos

Diagnostico: Paralisia Cerebral Diplegia Espástica

1. INTRODUÇÃO

O paciente Micael Botteon, de 10 anos de idade, foi realizado a observação no


atendimento domiciliar no 6 ° período de Fisioterapia neste tempo realizei na área de
Pediatria, o estágio foi realizado no horário de 09:00h ás 10:00h nas segunda-feira e nas
quarta-feira, o paciente possui um diagnóstico com Paralisia Cerebral Diplegia
Espástica, no primeiro momento foi feita uma avaliação do paciente para o tratamento.
As técnicas de exercícios usadas no paciente teve como objetivo do tratamento foi
trabalhar no sentido de melhorar a força muscular, equilíbrio, alongamentos,
propriocepção, controle motor e outras intervenções que será citada durante o
tratamento fisioterapêutico.

2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Paralisia Cerebral Diplegia Espastica
A Paralisia Cerebral Diplegia Espastica, é caracterizada pela presença de rigidez
muscular e dificuldade de movimento. Ocasionada por uma lesão no sistema piramidal,
a paralisia cerebral espástica é consequente do nascimento prematuro.
A criança com paralisia cerebral diplégica apresenta comprometimento nos quatro
segmentos do corpo; entretanto, os membros inferiores são mais afetados que os
superiores. A distribuição da espasticidade é mais ou menos simétrica. As crianças
geralmente possuem um bom controle de cabeça e um comprometimento de moderado
a leve nos membros superiores. O estrabismo está presente em certo número de
crianças e a fala normalmente não é afetada.
As crianças diplégicas possuem espasticidade, que é o aumento do tônus, causado
pela lesão do neurônio motor superior, que pode ser observada com o crescimento da
velocidade do movimento passivo. A espasticidade, que faz com que os movimentos da
criança diminuam, apresenta as seguintes características: hiperreflexia, fraqueza
muscular, clônus, padrões motores anormais, diminuição da destreza, pobre
estabilidade postural, flexão dos membros superiores e extensão dos membros
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inferiores. Como a espasticidade é predominante em alguns grupos musculares e não


em outros, as deformidades articulares aparecem com freqüência.
Crianças na pré-adolescencia, estão aptas a desenvolver habilidades como pular
corda, correr com facilidade, subir e descer escada sem apoio das mãos e alternando os
pés, saltar, andar de bicicleta, chutar e arremessar bolas grandes. Crianças com
paralisia cerebral diplégica nesta idade apresentam padrão típico de flexão, rotação
interna e adução do quadril, flexão dos joelhos e pé eqüino e em rotação interna,
levando a outras compensações corporais, lordose lombar/escoliose que prejudicam o
desenvolvimento de outras habilidades como levantar e andar.
A postura típica, conseqüente da hipertonia e da espasticidade, dificulta a
realização de uma marcha normal, o que possivelmente influência nos picos de força, na
capacidade de amortecimento dos membros, fazendo-os cair, de forma inesperada
sobre o chão. A repetição de um movimento faz com que a criança adquira percepção
do estímulo e aprenda a responder de acordo com suas capacidades motoras. É por
meio das tentativas de respostas, com erros e sucessos, que a criança irá processar as
informações e aprender as atividades propostas.

2.2 Tratamento fisioterapêutico


O paciente em 2017 teve uma aplicação de Botóx e 2017 cirurgia nos joelhos para
o espaçamento que ele possui, mas por a aplicação ser muito pouca o paciente não
percebeu minha alteração nesta época ele praticava atividades de Hidroterapia, com o
tratamento Fisioterapêutico realizou alongamentos nas pernas de miofacial de tríceps
sural bilateral, possui bom controle seletivo dorsi dos joelhos e da extensão e flexão. No
início o paciente possuía dificuldades nos alongamentos apenas só fazia curtos, mas
sua dificuldade maior era na perna esquerda e fraqueza nos músculos causando a
perda de equilíbrio mas com os exercícios praticados no tratamento suas dores
musculares principalmente posteriores das perna diminuiu mas ele ainda sentiu algumas
dores dependendo do exercício na região posterior do joelho e da coxa.
Com as facilidades que o paciente passou a ter ao realizar as atividades sua
fisioterapêutica passou a dificultar um pouco alguns tipos de exercícios e suas series
também aumentaram durante o período do tratamento, alguns exercícios com a perna
esquerda o paciente dependendo da atividade ele não consegui esticar totalmente a
perna isso ocorre por causa de seu encurtamento muscular, ao passar de algumas
sessões de fisioterapia com o tempo o paciente passou a evoluir.
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O tratamento baseou-se no método Bobath. Além desse método, foram utilizadas


técnicas cinesioterápicas que visam melhorar a função motora e a eficácia da marcha e
integração sensorial para integrar os sistemas do organismo, favorecendo o
desenvolvimento das habilidades motoras. O tratamento foi realizado de forma
motivando as crianças a realizar atividades que exijam coordenação motora, equilíbrio,
agilidade, além da correção postural, mobilizações e alongamentos.
Foram utilizados, durante a intervenção, rolo pequeno e grande, bola suíça grande
e pequena, faixa elástica, cama elástica, brinquedos ((bola de futebol, bolas pequenas,
e outros).

2.3 Atividades realizadas


Sentado na bola terapêutica, mantém os braços livres, alcançar brinquedo em
várias direções, quicar na bola terapêutica, manuseios sobre o rolo e sobre a bola
terapêutica visando ao controle postural, exercício de ponte com auxílio da bola
terapêutica, treino de equilíbrio e de força dos extensores de quadril, fortalecimento de
adutores de quadril, dos inclinadores de tronco e dos abdominais na bola terapêutica,
alongamento de adutores de quadril e dos isquiotibiais na bola terapêutica, andar em
uma linha reta equilibrando-se, andar em uma linha reta com os olhos vendados, andar
desviando obstáculos, andar em uma linha reta e arremessar a bola, subir e descer no
rolo grande inclinado com o terapeuta auxiliando na coxa para impedir rotação externa
de quadril, subir e descer degraus, treino na cama elástica, entre outros.

3. RESULTADO DA OBSERVÇÃO
Na postura sentada no chão, a posição da cabeça evoluiu de anteriorizada e fletida
para neutra, e os ombros, cotovelos, punhos e dedos, de semifletidos para posição
neutra e relaxados. O tronco, que se encontrava com hipercifose torácica e hiperlordose
lombar, apresentou com curvas. A pelve melhorou a anteversão, permanecendo com
leve retroversão. Os quadris, de semifletidos, aduzidos e rodados evoluíram para
posição neutra. Os joelhos semifletidos diminuíram a flexão. Os tornozelos de flexão
plantar e inversão evoluíram para leve inversão.
Na postura em pé, melhorou a posição da cabeça, evoluindo de anteriorizada e
inclinada à direita para posição simétrica os ombros evoluíram de aduzidos e rodados
para aduzidos com leve rotação interna, os cotovelos, de semifletidos para estendidos e
membros superiores relaxados, e os punhos e dedos fletidos demonstraram posição
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neutra. O tronco semifletido apresentou posição neutra. Os quadris, de semifletidos,


aduzidos e rodados, evoluíram para estendidos. Os tornozelos direito e esquerdo, de
evertidos passaram à posição neutra e leve eversão, os pés, de aduzidos para
abduzidos em uma postura relaxada, e os dedos, de fletidos para semifletidos.
Nas funções dinâmicas como andar, além da evolução postural, observou-se
melhora no equilíbrio, força muscular, coordenação motora, propriocepção, treino de
marcha.

4. CONCLUSÃO
A intervenção fisioterapêutica, com base no conceito Bobath e no tratamento
cinesioterápico, associada às atividades, podendo contribuir para a evolução do
desempenho funcional. Na conversa que tive com o paciente relatou-me que ele
possuía muitas dores nas pernas e dificuldades para se locomover citando no
desenvolvimento do relatório realizou 1 cirurgia nos joelhos em 2014 além do Botóx em
2017.
Antes de realizar a cirurgia obteve muito desequilíbrio pois acredita ele que seja por
fraqueza muscular, logo após a cirurgia sentia muita dificuldade ao andar, pois
necessitou a voltar a andar mas no geral sempre sentiu dificuldade sua marcha sofreu
alterações por isso então relatou mais dificuldade até voltar a se locomover, hoje em dia
com as realizações dos exercícios praticados na Fisioterapia Pediatrica ele se senti
muito bem ainda tendo dores mas tendo mais segurança ao andar. Recentemente
realizou uma consulta com seu médico ortopedista dizendo que seu paciente está muito
bem, mas recomendou a aplicação de Botóx de 6 a 6 meses para auxiliar no
alongamento e fortalecimento.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERRAZ, P. M. D. P. et al. Leucomalácia periventricular e diplegia es pástica:
implicações nas habilidades psicolinhuisticas. Pró-FonoRev.At.Cient. v. 19, n. 4, p. 358
– 361, out/dez. 2007.
ALLEGRETTI, K. M. G. et al. Os efeitos no treino de equilíbrio em crianças com paralisia
cerebral diparética espástica. Rev.Neurocienc. v. 15, n. 12, p. 110 – 112, 2007.
COSTIN, A. C. M. S. et al. O PediaSuit ™ na reabilitação da diplegia espástica: um
estudo de caso. n. 166, p. 2 – 6, 2015.
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FONTELES, V. R. et al. Efeitos da estimulação elétrica neuromuscular em pacientes


com paralisia cerebral do tipo diplegia espástica. Rev.FisioterapiaBrasil. v. 6, n. 1, p. 7
– 9, jan/fev. 2005.

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