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1. CAPÍTULO I.......................................................................................................................................2
1.1. Introdução....................................................................................................................................2
1.2. Objectivos....................................................................................................................................3
1.3. Metodologia.................................................................................................................................4
2. CAPÍTULO II (INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTO).........................5
2.1. Considerações Iniciais.................................................................................................................5
2.1.1. Incerteza...............................................................................................................................5
2.1.2. Retorno................................................................................................................................5
2.1.3. Risco....................................................................................................................................5
2.1.4. Avaliação.............................................................................................................................5
2.1.5. Investimento........................................................................................................................5
2.1.5.1. Avaliação de investimento...............................................................................................6
2.1.5.1.1. Métodos de avaliação de investimentos...........................................................................6
1. Período de Payback (PB) Simples e Descontado.............................................................................7
2. Valor Presente Liquido (VPL).........................................................................................................7
3. Taxa Interna de Retorno (TIR)........................................................................................................8
4. Análise do Risco (analise de sensibilidade).....................................................................................9
Fluxo da caixa descontado...........................................................................................................................9
2.2. Incerteza e risco na avaliação de investimentos...........................................................................9
2.2.1. Incerteza na avaliação de investimentos.............................................................................10
2.2.2. Risco na avaliação de investimento...................................................................................10
2.2.2.1. Classificação dos riscos.................................................................................................12
2.2.2.1.1. Subáreas do risco de mercado e do risco de crédito.......................................................14
Quadro 1 - Principais subáreas do risco de mercado..........................................................................14
2.2.2.2. Gestão do risco...............................................................................................................16
3. CAPÍTULO III..................................................................................................................................17
3.1. Conclusão..................................................................................................................................17
3.2. Referências bibliográficas..........................................................................................................18
1. CAPÍTULO I
1.1. Introdução
Mercado financeiro é como se denomina todo o universo que envolve as operações de compra e
venda de activos financeiros, tais como valores mobiliários (acções, obrigações, etc.),
mercadorias (pedras preciosas, etc.) e câmbio. É também o ambiente que envolve as operações
de investimento financeiros. Um projecto de negócio pressupõe uma seria de decisões de
efectuar investimento, ou explorar o capital e/ou outros recursos existentes, com objectivo de
obter os benefícios. Para evitar os riscos, optimizar os resultados ou escolher o melhor projecto a
decisão de investimento é necessário efectuar uma análise financeira dos fluxos geridos, Poitan
(2014). Ao recorrer ao mercado financeiro para realizar um investimento é necessário analisar a
instituição financeira e os activos financeiros que estão sendo adquiridos, assim como avaliar os
riscos de cada operação, o que possibilitará que os retornos possam ter suas probabilidades
distribuídas diante das diversas variáveis, passando-se de uma situação de incerteza para uma
situação de risco, destaca Pereira (2014). Embora o mercado financeiro esteja cada vez mais
regulado, nenhuma estratégia de investimento é livre de risco e os investidores necessitam
estarem atentos à dinâmica e a evolução das normas e regras específicas de cada mercado,
condição para um investimento seguro e eficiente, refere Pereira (2014). O propósito da
avaliação de investimentos é estimar as oportunidades económicas de um projecto de
investimento proposto. Ela é uma metodologia para se calcular os retornos esperados baseados
nas projecções dos fluxos de caixa de muitas variáveis do projecto, frequentemente inter-
relacionadas. O risco surge da incerteza envolvendo estas variáveis do projecto. A avaliação do
risco do projecto depende, portanto, por um lado da nossa habilidade em identificar e entender a
natureza da incerteza envolvendo as principais variáveis do projecto, e por outro lado, em termos
das ferramentas e metodologias para processar suas implicações no risco sobre o retorno do
projecto, refere (Bertolo). Pretende-se com o presente trabalho realizar uma abordagem acerca da
incerteza e riscos na avaliação de investimentos.
1.2. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Compreender as incertezas e riscos na avaliação de investimentos.
1.1.2. Objectivos específicos
Conceituar incerteza e riscos na avaliação de investimento;
Identificar as incertezas e riscos na avaliação de investimento;
Descrever as incertezas e riscos na avaliação de investimento.
1.3. Metodologia
Para a concretização dos objectivos deste trabalho utilizamos como metodologia a pesquisa
bibliográfica. Pois o presente trabalho de pesquisa foi meramente de revisão de literatura. O tipo
de pesquisa utilizado neste presente trabalho foi o expositivo-descritivo, porque o que se
pretende com o presente trabalho é apresentar as incertezas e riscos na avaliação de
investimentos. A técnica de pesquisa adoptada neste trabalho foi a de levantamento
bibliográfico: através da consulta de manuais, que abordam assuntos ligados a análise de
investimentos, economia e finanças, fez-se também a consulta de artigos científicos, teses,
dissertações, monografias, pesquisas científicas, e algumas explanações ou definições de
conceitos importantes utilizados durante a pesquisa desse trabalho, e por outro lado foi feita a
pesquisa na internet como forma de conhecer as actuais abordagens acerca das incertezas e riscos
na avaliação de investimentos.
2. CAPÍTULO II (INCERTEZA E RISCO NA AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTO)
2.1.1. Incerteza
Incerteza é uma situação de dúvida ou insegurança de resultados, sem forma de quantificar
possibilidades de situações positivas ou negativas.
A incerteza está associada à ausência de conhecimentos ou de informação sobre os
acontecimentos futuros, o que não possibilita conhecer com antecipação o resultado de um
investimento (MEGLIORINI; VALLIM, 2009, p. 68) apud Pereira (2014).
2.1.2. Retorno
O retorno corresponde aos ganhos ou prejuízos proporcionados por um investimento,
destaca Pereira (2014).
2.1.3. Risco
Risco é a possibilidade de prejuízo financeiro. É uma medida de probabilidade de
ocorrência de prejuízo. É a variabilidade de retornos de um activo.
O risco está associado à variabilidade do retorno de um investimento e resulta na
possibilidade de ganhos ou prejuízos, refere Pereira (2014).
2.1.4. Avaliação
Avaliação, denota o acto ou efeito de avaliar (-se), apreciação, análise; determinação de
um valor por avaliadores. Como processo a avaliação é realizada no decorrer de um programa
visando aperfeiçoá-lo ou julga-lo.
2.1.5. Investimento
Investimento é a aplicação de capital (em dinheiro, títulos, acções, imóveis, etc.), com o
propósito ou expectativa de obter ganhos ou benefícios futuros.
Um projecto de investimento é qualquer plano ou parte de um plano, para investir
recursos que possam ser racionalmente analisados e avaliados como uma unidade independente.
Para Bodie, Kane e Marcus (2010) apud Pereira (2014), investimento está voltado para a
selecção de activos, podendo ser activos seguros, de risco ou a combinação dos dois. Assim, os
activos de investimento são classificados em uma ampla categoria, como acções, títulos de
dívida, imóveis e commodities, dentre outros. Desta forma, o investidor precisa tomar a decisão
de alocação dos activos, que é a escolha entre as amplas categorias de activos existentes e a
selecção de activos, que é a escolha dos títulos específicos.
Para que a escolha seja adequada, o investidor necessita conhecer as alternativas
existentes e obter as informações necessárias, a fim de mitigar o risco e realizar uma escolha
mais racional possível. Necessita-se, ainda, da análise das características dos activos escolhidos,
para que tenha segurança nas decisões tomadas.
Segundo Reilly e Norton (2008, p. 3) apud Pereira (2014), “investimento é o
comprometimento actual de recursos por um período na expectativa de receber recursos futuros
que compensarão o investidor”. Na compensação, para os autores, considera-se o tempo durante
os quais os recursos estão comprometidos, a taxa de inflação esperada no período e as incertezas
voltadas ao recebimento. Tais factores são preponderantes para a exigência dos investidores, pois
quanto maior o tempo, taxa de inflação e incertezas no recebimento, maior o retorno exigido.
Corroborando com esta classificação, Assaf Neto (2011) apud Pereira (2014) define o risco
sistemático como inerente a todos os activos negociados em mercado, decorrente de eventos de
natureza política, económica e social e o risco não-sistemático como aquele identificado nas
características do próprio activo, não se alastrando para os demais activos da carteira.
Mesmo havendo uma diferença conceitual entre risco e incerteza, a literatura financeira
dedica-se ao estudo do risco, considerando-o com uma incerteza decorrente com comportamento
do mercado, o qual apresenta um comportamento imprevisível e aleatório, que não pode ser
determinado mesmo com o conhecimento do seu desempenho passado. Assim, nenhuma
operação está livre de risco, pois o mesmo é inerente às operações no mercado financeiro.
Para Bodie, Kane e Marcus (2010) apud Pereira (2014), apenas o governo pode emitir títulos
de dívida livres de risco devido ao poder de tributar e controlar a emissão de moeda. Contudo, o
título de dívida pública estaria sujeito ao risco da taxa de juros, que em termos reais muda com o
passar do tempo, tornando o valor futuro do título também incerto.
Além do argumento apresentado pelo autor, a inflação apresentada por algumas economias
representa um risco para o retorno real de um investimento, pois a variação de sua taxa em um
determinado período fará com que o retorno real de um investimento sofra variações.
De acordo com Duarte Júnior (2005, p. 2) apud Pereira (2014), “o risco global está
presente em qualquer operação financeira. Portanto, é importante classificá-lo pelos factores que
o causam para que se possa estudar melhor cada classe de risco separadamente”. Assim, o autor,
além de classificar os riscos em quatro dimensões: risco de mercado, risco operacionais, riscos
de crédito e riscos legais e apresenta as principais subáreas das dimensões do risco de mercado e
do risco de credito.
Risco Definição
Inadimplência Perdas potenciais decorrentes de uma contraparte não poder fazer os
pagamentos devidos de juros ou principal no vencimento destes.
Degradação Perdas potenciais devido à redução do rating de uma contraparte.
Garantia Perdas potenciais devido à redução do valor de mercado das garantias de
um empréstimo.
Soberano Perdas potenciais decorrentes de uma mudança na política nacional de um
país que afecte sua capacidade de honrar seus compromissos.
Concentração Perdas potenciais diante da concentração da exposição de crédito em
poucas contrapartes.
Fonte: Duarte Júnior (2005, p. 5-6) apud Pereira (2014).
Para Reilly e Norton (2008) apud Pereira (2014), as fontes de risco de qualquer
investimento podem causar flutuações do rendimento esperado, flutuações no preço futuro
esperado do activo e na quantia disponível para reinvestimento, prejudicando os retornos. Para os
autores, a variabilidade dos fluxos de caixa, incertezas sobre a forma de financiamentos dos
activos e incapacidade de dispor de um activo pelo valor justo de mercado são os riscos
empresariais que afectam os investimentos.
Como o mercado financeiro é segmentado, a regulamentação sobre a gestão do risco é
estratificada para os diversos segmentos, sendo as principais normas e princípios voltados ao
mercado monetário e de capitais, regulando o funcionamento das instituições financeiras e de
valores mobiliários. O grau de regulação varia de acordo com a maturidade de cada segmento de
mercado.
3. Transferência de risco, na qual o investidor que não esteja disposto a assumir riscos
pode transferi-los para outros que se disponha assumi-los. Uma das alternativas dessa estratégia é
o uso de derivativos, como os contratos futuros e opções.
4. Redução do risco, por meio da diversificação em activos e instituições financeiras ou
até mesmo entre países. O risco de uma carteira diversificada geralmente é menor do que o de
um único activo de risco.
Para Duarte Júnior (2005) apud Pereira (2014), o processo de tomada de decisão na gestão de
risco é dividido em três fases, as quais compõem o programa de gestão de risco:
2. Medição dos riscos. Está relacionada com as exposições presentes. O objectivo desta fase
é identificar e medir a exposição actual das carteiras administradas pela empresa, mapeando a
exposição aos factores de risco (tais como taxas de juros, preços de acções, probabilidade de
inadimplência, concentração de crédito em sectores da economia, etc.).
3.1. Conclusão
Respondendo aos objectivos que guiaram realização do presente trabalho, pode-se concluir que a
incerteza na análise de investimento está associada à ausência de conhecimentos ou de
informação sobre os acontecimentos futuros, o que não possibilita conhecer com antecipação o
resultado de um investimento e o risco na análise de investimento está associado à variabilidade
do retorno de um investimento e resulta na possibilidade de ganhos ou prejuízos. Partindo do
princípio de que a incerteza não é conhecida, não pode ser identificada, mas já o risco é
conhecido e podem ser identificados segundo a literatura financeira tradicional dois tipos de
riscos: risco não-sistemático e risco sistemático. Risco não-sistemático é risco relacionado ao
próprio desempenho do investimento. Também chamado de risco “diversificável”, devido à
possibilidade de sua diluição em uma carteira (ou seja, junto com outros investimentos), é
identificado nas características do próprio activo, não se alastrando para os demais activos da
carteira e risco “do negócio”. Risco sistemático: também chamado de risco “não-diversificável”,
risco de “mercado” e risco “comum”. A princípio, é um risco relacionado às condições
macroeconómicas (decorrente de eventos de natureza política, económica e social) e está fora do
controle do investidor individual, afectando todos os seguimentos económicos.
3.2. Referências bibliográficas
1. POITAN, Roxalana. Análise do Projecto de Investimento: Projecto de
Empreendedorismo Construção e Exploração do Hotel de 5* estrelas «Pousada da Serra
do Bouro». Lisboa. 2014
2. PEREIRA, Alonso Luiz. Riscos e incertezas associados aos investimentos no mercado
financeiro. Mestrado em Gestão Financeira. Portugal, Dezembro. 2014
3. BERTOLO, L.A. Análise de Risco na Avaliação de Investimentos