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A Experiência da Água Benta na Creche

POR DOUGLAS RAINHO · 02/10/2017

Para quem não sabe o Perdido em Pensamentos já deixou de ser um blog há tempos para ser um
projeto cheio de ramificações. Dentre elas podemos destacar o Grupo de Estudos no Facebook –
anterior a modinha dos Patreons e grupos secretos – o canal do Perdido no Youtube, os dois podcasts
que mantemos (Caminhos Podcast e Papo na Encruza) e o círculo de estudos Humaitá, onde
estudamos Magia Folclórica (Folk Magick).

Dentro da proposta do Humaitá – que leva a rigidez dos estudos ao extremo – criamos círculos de
estudo, e no primeiro círculo passamos por diversas diretrizes básicas do que envolve magia e também
treinamentos de visualização e compreensão do que é magia. Separado em seis monografias por
círculo, em todas monografias são requeridas atividades e relatórios para serem avaliados pelos tutores.
Nestes relatórios podemos encontrar coisas bem interessantes, como é o caso exposto a seguir.

Em uma das monografias, estudávamos benzimentos e como eles se processam, sempre chamando
para a prática e também para a avaliação metodológica dos efeitos daquela prática. Nesse caso, uma
das atividades consistia em aprender a benzer a água e oferecer a mesma para pessoas que sabiam
que estavam ingerindo água benta e para outras que não sabiam, para avaliar as implicações e os
efeitos da mesma. Além é claro de fazer a experiência própria e ingerir também da mesma água.

Uma de nossas postulantes, que sempre nos brinda com relatórios bem feitos, muito bem produzidos e
com uma profundidade de detalhes ímpar, relatou que fizera o teste as cegas em uma creche. Sua mãe
como é cozinheira de referida creche iria preparar o suco das criança com água benta, para observar os
efeitos nas mesmas. Lembrando que elas de nada sabiam.

O resultado foi muito interessante, a princípio ela notou que todas as crianças que consumiram o suco
ficaram mais calmas e serenas, principalmente as crianças que eram mais agitadas. Os adultos
(colaboradores da creche) ficaram serenos e a comunicação entre eles melhorou muito, fluindo mais.
Mesmo quando a exposição deveria ser muito difícil, nas palavras duras e nos temas mais “maduros”
não presenciou-se melindres, levando os mesmos a um nível de compreensão melhor para ouvirem o
que se necessitava ouvir e não se desesperarem. Demonstrando assim um efeito de psique fortalecida.
Apenas uma colaboradora que apresentou um efeito contrário, ficando irritada, impaciente e discutindo
com todos, buscando incessantemente chamar atenção para si. Porém, essa pessoa já tem essas
atitudes normalmente, só acabou extrapolando o mesmo.

O que notou-se então foi que o benzimento, bem simples e ingênuo, pode proporcionar bem-estar a
todos da creche, mesmo que eles não soubessem o que estavam ingerindo. Isso nos leva a desdobrar
pensamentos e reflexões maiores a cerca do ocorrido e postular como isso poderia ser uma ferramenta
viável de educação se adotada – conscientemente liberado pelos pais – essas técnicas para os sistemas
de educação, para o auxílio psicológico e afins.

Podemos notar que os efeitos religiosos, efeitos de crença, podem ser um grande auxiliar no tratamento
de distúrbios (ou tidos como distúrbios) que acabam sendo encaminhados para profissionais de saúde,
para que essas crianças possam tomar medicamentos, logo no início de suas vidas. Poderíamos
substituir, em um teste controlado, tais interferências medicamentosas de crianças hiperativas, irritadiças
e algumas com sentimentos negativos dentro de si, por um tratamento com água benta? Poderíamos
incluir a mesma dentro do escopo da escola, creche ou instituição paralelamente ao tratamento
medicamentoso, objetivando na redução da medicação?

Essas perguntas se colocam em minha mente e eu fico imaginando um mundo diferente, onde
encontramos nosso verdadeiro eu. E vocês, o que acharam desta experiência?

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