Você está na página 1de 13

0

Albertina Martins
Diamantino armando
Lurdes Mário Guilherme
Marcelino Américo Mussaraica
Matias Rosalina João da silva

Coloides e interfaces entre nanotecnologia e o meio ambiente


Licenciatura em Ensino de Química e com Habilitações em Gestão Laboratorial

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2021
1

Albertina Martins
Diamantino armando
Lurdes Mário Guilherme
Marcelino Américo Mussaraica
Matias Rosalina João da silva

Coloides e interfaces entre nanotecnologia e o meio ambiente

Trabalho de carácter avaliativo a ser entregue ao


Departamento de Ciências Naturais e Matemática,
Curso de Licenciatura em Ensino de Química com
Habilitação em Gestão Laboratorial, no curso de
Química 4º ano do 2º semestre.

Msc: Alfredo Bartolomeu

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2

2021
ii

Índice
Introdução..........................................................................................................................3

Coloides.............................................................................................................................4

Características do disperso................................................................................................4

Preparação de coloides......................................................................................................4

Nanotecnologia..................................................................................................................6

Historial de nanotecnologia...............................................................................................6

Definição de nanotecnologia.............................................................................................7

São exemplos de utilizações das nanotecnologias:...........................................................7

Interface entre nanotecnologia e o meio ambiente............................................................8

As três principais áreas nas quais podemos esperar grandes benefícios provenientes
dananotecnologia são.........................................................................................................9

Conclusão........................................................................................................................11

Bibliografia......................................................................................................................12
3

Introdução

O presente trabalho da cadeira de química coloidal, desemboca de: coloides e interface


de nanotecnologia e o ambiente. Nanomateriais são os principais produtos das
nanotecnologias. Neste trabalho são descritos alguns desses materiais, Discute-se
também a história das nanopartículas e a complexidade na classificação desses
materiais, necessária para sua regulamentação e avaliação de impactos na sociedade.

Objectivo geral

 Explicar coloides e interface de nanotecnologia e o ambiente.

Objectivos específicos

 Conceituar os coloides e interface de nanotecnologia e o ambiente


 Enumerar os interfaces de nanotecnologia e o ambiente.

A metodologia usada para a elaboração do mesmo foi a consulta bibliográfica que


consistiu na leitura; análise e a interpretação de dados e usando a nova norma de
publicação científica, cujos autores das respectivas obras encontram – se
devidamente citados ao longo do desenvolvimento do trabalho e patentes na
respectiva bibliografia.
4

Coloides

Coloides são sistemas nos quais um ou mais componentes apresentam dimensões dentro
do intervalo de 1 nm a 1 µm. Ou seja: basicamente sistemas de nanopartículas. Uma
parte interessante dessa história foi construída pelas nanopartículas de prata,

Também pode se dizer que é uma dispersão heterogênea (vem do grego kolla, significa
goma ou cola, e de eidos, significa semelhante), estruturas esféricas com dimensões
típicas na faixa de 1 um a 1 nm.

Dispersões coloidais são compostas por uma fase dispersa (colóides) e uma fase
contínua. Exemplos maionese, fumaça, Amanda e outros (Brasil. 1988).

Características do disperso
 Apresenta tamanho entre 10 A a 1000 A.
 Só pode ser visualizado com ultramicroscópico.
 Só pode ser filtrados com ultrafiltro.
 Só pode ser sedimentado com ultracentrifuga.
 Coloides dispersam fortemente a luz, pois as partículas dispersas têm tamanhos
semelhantes ao comprimento de onda da luz visível → efeito de Tyndall

Preparação de coloides

 Métodos de aglomeração

Os processos de aglomeração consistem emaglutinar partículas de dimensões


inferiores às do estado coloidal até que elas atinjam o tamanho necessário para
constituir o colóide desejado. Existem três técnicas principais de formação de
coloides baseadas na aglomeração. São elas: reacção química, lavagem e

mudança de dispersante (Brandão, 2010).

Reacção Química:

Em geral toda reacção química que forma um precipitado pode dar origem a essa
mesma substância na forma coloidal, se as condições forem apropriadas. Segundo a Lei
de Weimarn “É possível obter um sistema coloidal quando, numa reacção de formação
de um composto pouco solúvel, as soluções reagentes apresentam concentrações
extremas, muito diluídas ou muito concentradas”.
5

Como exemplos de dispersões coloidais formadas a partir de reacções químicas, temos:

KI + AgNO3→KNO3+ AgI Coloidal

2 H2S + O2→2 H2O + 2 S coloidal

BaCl2+ Na2SO4→2 NaCl + BaSO4 Coloidal

Lavagem

Tal processo consiste em submeter um precipitado a sucessivas lavagens por


uma solução que contenha ao menos um íon em comum (com o precipitado).
Dessa maneira, lentamente vão se formando partículas com dimensões
micelares, as quais ficam retidas na solução de lavagem. Como exemplo de
dispersões obtidas dessa maneira, temos o cloreto de prata -AgCl (sólido), que
pode ser lavado com uma solução de cloreto de sódio (NaCl) ou de ácido
clorídrico (HCl), proporcionando uma dispersão coloidal de cloreto de prata.

(Berger, 2007).

Mudança de dispersante

Esse processo é feito, inicialmente, a partir do preparo de uma solução da substância


que desejasse transformar em colóide. Em seguida, adiciona-se um líquido imiscível e
agita-se o sistema. Com a agitação, as partículas se dispersam pelo líquido imiscível
com o solvente, aglomeram-se e formam o colóide.

Um exemplo de colóide formado a partir desse processo ocorre quando, ao


adicionarmos água em excesso a uma solução de enxofre dissolvido em sulfeto de
carbono, após agitação, formam-se micelas de enxofre que se dispersam pela água
(Beck, 1992).

 Métodos de fragmentação

Pulverização mecânica

Esse método consiste em reduzir as partículas para tamanhos entre 1 ηm e 1μm


(dimensões para formação de um colóide), através de trituração mecânica. O
equipamento mais utilizado para esse processo é o moinho coloidal, que é formado por
dois discos rígidos ranhurados que giram a uma distância ínfima (entre 5 e 50
6

micrómetros) um do outro, gerando tensões de cisalhamento reproduzindo o efeito


desejado.

Diversos compostos industriais são obtidos a partir desse processo, como por
exemplo: maioneses, pastas de frutas, condimentos (mostarda), tintas e outros
produtos químicos. O processo também é utilizado de base para
homogeneização para bebidas, concentrados de suco de frutas, geleias, balas,

bombons, molhos para saladas, leite e produtos de leite. (Bbc r. N, 2013).

Pulverização Elétrica (Arco Elétrico de Bredig)

O processo consiste em colocar em recipiente apropriado: o líquido dispersante e


mergulhados nesse líquido, dois fios do material que constituirá o disperso. Aplica-se
então uma diferença de potencial entre os fios, provocando uma centelha, que faz com
que partículas do disperso com dimensões coloidais sejam liberadas.

Esse método só pode ser utilizado na preparação de coloides metálicos, pois é


necessário que o material seja um bom condutor de corrente eléctrica.

 Nanotecnologia

Historial de nanotecnologia

O termo “nanotecnologia” compõe-se dos radicais gregos nános, que significa “anão”,
techne, que equivale a “ofício”, e logos, que expressa “conhecimento”. Um nanômetro
equivale a um milionésimo de milímetro, medida tão pequena que são necessários cerca
de 400.000 átomos amontoados para atingir a espessura de um fio de cabelo.

Essa tecnologia corresponde à investigação e ao desenvolvimento tecnológico


em nível atómico, molecular ou macromolecular, utilizando uma escala de
comprimento de um a cem nanômetros em qualquer dimensão; a criação e a
utilização de estruturas, dispositivos e sistemas que têm novas propriedades e
funções por causa de seu tamanho reduzido; e a capacidade de controlar ou

manipular a matéria em escala atómica (Barretto, 2013).

Um dos princípios básicos da nanotecnologia é a construção de estruturas e novos


materiais a partir dos átomos. O objectivo é elaborar estruturas estáveis e melhores do
que se estivessem em sua forma "normal". Isso porque os elementos se comportam de
maneira diferente em nanoescala.
7

Note-se que não se trata de uma tecnologia única, mas um agrupamento


multidisciplinar de física, química, engenharia biológica, materiais, aplicações e
conceitos em que tamanho é a definição característica (Ayala, 2011).

Definição de nanotecnologia

Com isso, utilizar o termo no plural (“nanotecnologias”) expressa de maneira mais


completa essa tecnologia.

Nesse sentido, as nanotecnologias podem ser conceituadas como um conjunto de acções


de pesquisa, desenvolvimento e inovação, obtidas em função das especiais propriedades
da matéria organizada a partir de estruturas de dimensões nanométricas.

Nanotecnologia é o entendimento e controle da matéria em nanoescala, em


escala atómica e molecular. Ela atua no desenvolvimento de materiais e
componentes para diversas áreas de pesquisa como medicina, electrónica,

ciências, ciência da computação e engenharia dos materiais (Britto, 2012).

Existem muitas controvérsias acerca das medidas que devem ser consideradas para a
categorização de um produto ou processo trabalhado em nanoescala. Adota-se aqui a
definição desenvolvida pelo ISO TC 229 (International Organization for
Standardization), em que se verificam duas características fundamentais:

a) Produtos ou processos que estejam tipicamente, mas não exclusivamente, abaixo de


100nm (cem nanômetros);

b) Nessa escala, as propriedades físico-químicas são diferentes dos produtos ou


processos em escalas maiores.

Exemplos de utilizações das nanotecnologias:

Memórias flash e leds luminosos, aditivos alimentares e defensivos agrícolas, válvulas


cardíacas e implantes ortopédicos, tecidos que não sujam e não molham, cremes e
pomadas com nanocápsulas contendo a substância cosmética (a qual penetrará mais
fundo e actuará mais rápido na pele), protectores solares, pó bactericida, tintas e
vernizes com aplicação mais fácil e mais resistentes a bolhas e rachaduras, massa para
assentamento de tijolos ou blocos na construção de paredes, células para energia solar e
hidrogênio combustível para produção e estocagem de energia de fontes limpas,
8

películas comestíveis para revestimento de frutas e de legumes (usadas para retardar seu
amadurecimento e aumentar seu tempo nas prateleiras), polímeros nanoestruturados e
semicondutores usados como sensores gustativos e olfativos para reconhecimento de
padrões de sabor em líquidos como café, vinho e água.

Entre as maiores áreas de aplicação e ampliação do uso das nanotecnologias


estão os sectores farmacêuticos e de cosméticos. Com o desenvolvimento de
novos materiais biocompatíveis, tem-se a “nanobiotecnologia”, considerada
uma disciplina revolucionária dado seu enorme potencial na solução de muitos

problemas relacionados à saúde, (Buzby, 2010).

Interface entre nanotecnologia e o meio ambiente

A funcionalização de nanopartículas é uma ferramenta importante para o autoarranjo de


nanoestruturas, uma das estratégias “bottom up”, enquanto a miniaturização da
“nanoeletrônica convencional” é uma estratégia “top-down”.

Tratar –se da possibilidade de minimizar impactos ambientais e sociais do processo


produtivo, através da inovação (incremental ou revolucionária) decorrente do emprego
das nanotecnologias nos processos produtivos, (Canotilho, 1991).

Antes de proporem instrumentos específicos de política ambiental, os evolucionistas se


preocupam em precisar o que se entende por uma trajectória de desenvolvimento
ecologicamente sustentável. Esta envolve uma reestruturação económica baseada na
difusão de tecnologia Ambiental, definida como: termo genérico que abarca uma ampla
variedade de técnicas, processos e produtos, os quais ajudam a evitar ou limitar os danos
sobre meio ambiente.

Não há dúvida de que a nanotecnologia oferece a perspectiva de


grandes avanços que permitam melhorar a qualidade de vida e ajudar a
preservar o meio ambiente. Entretanto, como qualquer área da
tecnologia que faz uso intensivo de novos materiais e substâncias
químicas, ela traz consigo alguns riscos ao meio ambiente e à saúde
humana, (Araújo, 2010).

Os autores fazem distinção entre este tipo de tecnologia (também denominada de


clean/cleaner technology) e a tecnologia de controlo/redução da poluição (cleaning
technology). Esta basicamente cuida da remoção de poluentes e, muitas vezes, apenas
9

desloca o problema ambiental (da água, para o solo ou ar). Em essência, a poluição não
é evitada, o que é possível com a clean–process–integrated–technology, pelas quais as
consequências ambientais de um produto são pesadas desde o momento de sua
concepção, envolvendo desde o seu design, passando pela selecção da matéria prima e
insumos em geral, o processo produtivo, embalagem, distribuição, consumo, até a
disposição final de seus resíduos (remoção, destinação e reciclagem do lixo).

As três principais áreas nas quais podemos esperar grandes benefícios


provenientes da nanotecnologia são

A) Na prevenção de poluição ou dos danos indirectos ao meio ambiente. Por exemplo, o


uso de nanomateriais catalíticos que aumentam a eficiência e a selectividade de
processos industriais resultaria num aproveitamento mais eficiente de matérias-primas,
com consumo menor de energia e produção de quantidades menores de resíduos
indesejáveis. A nanotecnologia vem contribuindo para o desenvolvimento de sistemas
de iluminação de baixo consumo energético.

Na área da informática, o uso de nanoestruturas de origem biológica pode


oferecer uma estratégia alternativa para a fabricação de dispositivos
microeletrônicos. A nanotecnologia também vem aprimorando o
desenvolvimento de displays (como, por exemplo, monitores de computador ou
displays dobráveis de plástico que podem ser lidos como uma folha de papel)
que, além de serem mais leves e possuírem melhor definição, apresentam as
vantagens da ausência de metais tóxicos na sua fabricação e de terem um

consumo menor de energia. (Aragão, 2008).

B) No tratamento ou remediação de poluição. A grande área superficial das


nanopartículas lhes confere, em muitos casos, excelentes propriedades de adsorção de
metais e substâncias orgânicas.

A etapa subsequente de colecta das partículas e remoção de poluentes pode ser


facilitada pelo uso, por exemplo, de nanopartículas magnéticas. As
propriedades redox e/ou de semicondutor de nanopartículas podem ser
aproveitadas em processos de tratamento de efluentes industriais e de águas e
solos contaminados baseados na degradação química ou fotoquímica de
poluentes orgânicos. Num cenário futurístico, um exército de nano-bots
poderia ser utilizado para descontaminar microscopicamente sítios de derrame

de produtos químicos (Alvarenga, 2009,).


10

C) Na detecção e monitoramento de poluição. A nanotecnologia vem permitindo a


fabricação de sensores cada vez menores, mais selectivos e mais sensíveis para a
detecção e monitoramento de poluentes orgânicos e inorgânicos no meio ambiente.
Avanços em sensores para a detecção de poluentes implicam directamente num melhor
controlo de processos industriais; na detecção mais precoce e precisa da existência de
problemas de contaminação; no acompanhamento, em tempo real, do progresso dos
procedimentos de tratamento e remediação de poluentes; num monitoramento mais
efectivo dos níveis de poluentes em alimentos e outros produtos de consumo humano;
na capacidade técnica de implementar normas ambientais mais rígidas, etc
11

Conclusão

Depôs de varias consultas electrónica e bibliográficas que consistiu na discussão dos


resultados os elementos deste grupo conclui que: Interface entre nanotecnologia e o
meio ambiente Tratar –se da possibilidade de minimizar impactos ambientais e sociais
do processo produtivo, através da inovação (incremental ou revolucionária) decorrente
do emprego das nanotecnologias nos processos produtivos

O grupo conclui também que Coloides são sistemas nos quais um ou mais componentes
apresentam dimensões dentro do intervalo de 1 nm a 1 µm. Ou seja: basicamente
sistemas de nanopartículas. Uma parte interessante dessa história foi construída pelas
nanopartículas de prata,
12

Bibliografia

1. Alvarenga, 2009, O direito do trabalho como dimensão dos direitoshumanos. São


Paulo: Ltr.

2. Aragão, A 2008. Princípio da precaução: manual de instruções. Revista do Centrode


Estudos Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente, Coimbra, (n. 22,
anoXI, 2).

3. Araújo, F. A 2010.saúde do trabalhador como direito fundamental (noBrasil).


Justiça do Trabalho, (n. 317, p. 7-32,) .

4. Ayala, P 2011. Transdisciplinaridade e os novos desafios para a proteçãojurídica do


meio ambiente nas sociedades de risco: entre direito, ciência e participação.Revista de
Direito Ambiental, (ano 16, n. 61, p. 17-35).

5. Barretto, V , 2013.O fetiche dos direitos humanos e outros temas. PortoAlegre:


Livraria do Advogado,

6. Bbc r. N, 2013, a realistic market assessment [Internet]. Wellesley: Research,

7. Beck, U. R, 1992. society: towards a new modernity. London: Sage,

8. Berger M. D, 2007. the trillion dollar nanotechnology market size hype [Internet].
Berlin: Nanowerk;

9. Brandão, C, M. 2010. Protecção jurídica à saúde do trabalhador: umanecessária


(re)leitura constitucional. Revista LTr, São Paulo, (v. 74, n. 1, p. 24-29).

10. Brasil. 1988. Constituição Constituição da República Federativa do Brasil de

11. Britto, R, S, 2012. Effects of carbon nanomaterials fullerene C60 and fullerol C60
on gills of fish Cyprinus carpio (Cyprinidae) exposed to ultraviolet radiation. Aquatic
Toxicology, (v. 114–115)

12. Buzby, J, C. 2010.Nanotechnology for food applications: more questions than


answers. The Journal of Consumer Affairs, (v. 44, n. 3).

13. Canotilho, J,J, G. 1991. Direito constitucional. Coimbra: Almedina, (5. ed).

Você também pode gostar