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Índice
1.Introdução ............................................................................................................................... 3
1.1.Pavimentos ...................................................................................................................... 3
1.2.Problemas nos pavimentos .............................................................................................. 5
2.Constituição e funcionamento dos pavimentos....................................................................... 6
2.1.Sub - base ........................................................................................................................ 6
2.1.1.Função e materiais de construção ............................................................................ 6
2.1.2.Critérios de aceitação .............................................................................................. 6
2.2.Base ................................................................................................................................. 7
2.2.1.Constituição e funcionamento ................................................................................. 7
3.Base betuminosa ..................................................................................................................... 9
3.1.Constituição..................................................................................................................... 9
3.2.Utilização ........................................................................................................................ 9
4.Base granular estabilizada mecanicamente ........................................................................... 10
4.1.Diferentes tipos e Critérios de aceitação ....................................................................... 10
5.Base estabilizadas quimicamente .......................................................................................... 12
5.1.Constituição e utilização ............................................................................................... 12
6.Considerações finais ............................................................................................................. 13
7.Referências bibliográficas ..................................................................................................... 14
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Geologia de Engenharia – Estradas e Obras Especiais
Pavimentos rígidos e flexíveis
Índice de Figuras
FIGURA 1 ‐ CONSTITUIÇÃO DO PAVIMENTO .......................................................................................... 3
FIGURA 2 ‐ DISTRIBUIÇÃO DAS CARGAS EM PAVIMENTOS RÍGIDOS E FLEXÍVEIS .............................................. 4
FIGURA 3 ‐ ALGUNS EXEMPLOS DOS PROBLEMAS NO PAVIMENTO ............................................................. 5
FIGURA 4 ‐ BETÃO ........................................................................................................................... 7
FIGURA 5 ‐ MACADAME ................................................................................................................... 7
FIGURA 6 ‐ BASES DE PAVIMENTOS FLEXÍVEIS: A)ALVENARIA POLIÉDRICA; B)SOLO BRITA; C)MACADAME
HIDRÁULICO; D) PARALELEPÍPEDO; E) BRITA GRADUADA .................................................................. 8
FIGURA 8 ‐ TOUT ‐ VENANT ............................................................................................................. 10
FIGURA 7 ‐ MACADAME (AGREGADO + BETUME) ................................................................................ 10
Índice de Quadros
QUADRO 1 ‐ CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO DOS MATERIAIS PARA SUB‐BASE (EP) .............................................. 6
QUADRO 2 ‐ VALORES LIMITES NA MARCAÇÃO CE ............................................................................... 11
QUADRO 3 ‐ CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO DE AGREGADOS DE GRANULOMETRIA INTEGRAL ................................. 11
QUADRO 4 ‐ TABELA RESUMO DOS MATERIAIS A UTILIZAR NOS DIFERENTES PAVIMENTOS ............................. 13
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Geologia de Engenharia – Estradas e Obras Especiais
Pavimentos rígidos e flexíveis
1.Introdução
1.1.Pavimentos
Desde cedo que se sentiu necessidade de melhorar as condições das estradas para
que possa ser utilizada por qualquer tipo de veículo. As estradas sofreram grande evolução
visto serem apenas de terra batida o que por vezes tornaria muito difícil a circulação dos
veículos, por exemplo no caso de a estrada estar cheia de água com as constantes
passagens dos veículos iria criar buracos que danificariam esses mesmos veículos. Assim
sendo muitos foram as mudanças operadas até se chegar a um consenso e a uma concepção
tipo de pavimento, como é apresentado na figura abaixo.
Superfície do pavimento
Camada de desgaste
Camada
Camada dede base
base
Camada de
regularização
(ligação) Camada de sub-base
Fundação
Fundação
Figura 1: Constituição do pavimento
Figura 1 ‐ Constituição do pavimento
De um modo geral, um pavimento é constituído pelas camadas de desgaste, de
regularização (por vezes inexistente), de base e de sub‐base.
A camada de desgaste deve possuir características para que a circulação rodoviária de
faça em adequadas condições de conforto, economia e segurança. Esta camada deverá
também promover a impermeabilização do pavimento. Pode ser constituída por betões
betuminosos ou de cimento, revestimentos superficiais ou misturas de agregados naturais
(apenas em estradas florestais).
A camada de regularização (em estradas de baixa intensidade de tráfego poderá não
existir) é utilizada para corrigir eventuais anomalias que poderão existir na camada de base,
regularizando assim a superfície final do pavimento. Esta camada pode ser de betões
betuminosos (mistura betuminosa densa) ou macadame betuminoso.
A camada de base é o elemento estrutural mais importante em pavimentos de
estradas, pois promove a degradação das cargas transmitidas à fundação. Esta importante
camada pode ser constituída por materiais granulares de natureza pétrea, macadame
betuminoso, macadame, betões pobres ou misturas de agregados de granulometria extensa
com cimento.
A camada de sub‐base tal como a camada de desgaste pode por vezes não existir no
caso do material da camada de fundação e de base serem os adequados. É a primeira
camada a ser colocada acima do terreno de fundação, com funções semelhantes à base,
desempenhando o papel de protecção da fundação do pavimento durante a fase de
construção. Pode ser composta por solos seleccionados ou camadas de materiais granulares
de natureza pétrea.
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Pavimentos rígidos e flexíveis
Poder‐se‐á definir pavimento como sendo uma estrutura construída sobre a
terraplenagem e destinada a:
• Resistir a esforços horizontais e tornar mais duradoura a superfície de
circulação;
• Melhorar as condições de conforto e segurança;
• Resistir a intempéries e proteger as camadas inferiores da água;
• Resistir e distribuir esforços verticais no sub‐base.
Os pavimentos distinguem‐se basicamente em dois grupos: flexível, semi‐rígidos e
rígido, mas apenas será referido neste trabalho os pavimentos flexíveis e rígidos.
Os pavimentos flexíveis são denominados assim, uma vez que sofre uma flexão na sua
estrutura quando sujeita a cargas de tráfego sendo constituídos por uma camada de
desgaste em mistura betuminosa cuja camada de base não é tratada ou então é tratada por
um ligante betuminoso.
Relativamente aos pavimentos rígidos são formados por uma camada de desgaste
constituída por um betão de cimento de elevada resistência tornando estes pavimentos
mais rígidos que os anteriores. Estes pavimentos poderão ser reforçados por barras ou telas
aço que são utilizadas para aumentar o espaçamento entre as juntas utilizado
habitualmente ou para reforçar a estrutura.
Figura 2 ‐ Distribuição das cargas em pavimentos rígidos e flexíveis
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Pavimentos rígidos e flexíveis
1.2.Problemas nos pavimentos
Os principais problemas nos pavimentos prendem‐se com a má qualidade dos
materiais utilizados quer na base e/ou sub‐base, pela deficiente compactação do terreno,
pela drenagem não ser a mais correcta ou mesmo pela ausência desta, também pelas
mudanças de temperatura, pela alteração do tráfego.
Figura 3 ‐ Alguns exemplos dos problemas no pavimento
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Pavimentos rígidos e flexíveis
2.Constituição e funcionamento dos pavimentos
2.1.Sub base
2.1.1.Função e materiais de construção
Camada complementar à base, com as mesmas funções deste (funções enunciadas no
subcapítulo 2.2 Base) e executada para reduzir a espessura da base por razões económicas.
O material a usar nas sub‐bases dos pavimentos podem ser:
• Tout‐venant;
• Solos.
2.1.2.Critérios de aceitação
Valores limite Valores aconselháveis
LL < 25% NP
(tipo saibro)
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2.2.Base
2.2.1.Constituição e funcionamento
Base é a camada colocada acima da sub‐base e de grande importância estrutural. As
tensões e deformações de flexão induzidas na camada asfáltica pelas cargas do tráfego,
estão associadas ao truncamento por fadiga desta camada.
As bases dos pavimentos rígidos podem ser:
• Betão;
• Betão cilindrado compactado (BCC);
• Macadame cimentado.
Figura 4 ‐ Betão
Figura 5 ‐ Macadame
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Pavimentos rígidos e flexíveis
Por outro lado as bases de pavimentos flexíveis podem ser:
• Brita graduada;
• Solo brita;
• Alvenaria poliédrica;
• Paralelepípedo;
• Macadame hidráulico;
• Macadame betuminoso;
• Solo estabilizado: ‐ Pela correcção granulométrica;
‐ Com adição de ligantes betuminosos;
‐ Com adição de sais minerais;
‐ Com adição de resinas.
a) b)
c) d)
e)
Figura 6 ‐ Bases de pavimentos flexíveis: a)Alvenaria poliédrica; b)Solo brita;
c)Macadame hidráulico; d) Paralelepípedo; e) Brita graduada
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Pavimentos rígidos e flexíveis
3.Base betuminosa
3.1.Constituição
Este tipo de base é caracterizado pela mistura de agregado mineral e de material
betuminoso (betume asfáltico ‐ ligante). Este ligante é um betume espesso, de material
aglutinante escuro e luzidio, obtendo‐se a partir da destilação do petróleo bruto, que é uma
mistura de hidrocarbonetos não voláteis de elevada massa molecular e por substâncias
minerais, resíduo da destilação do petróleo bruto em vácuo.
O material mineral constitui cerca de 90% a 95% da totalidade da mistura suportando
e transmitindo cargas as cargas aplicadas pelos veículos e resiste ao desgaste imposto pelas
solicitações.
Relativamente ao material betuminoso compõe entre 5% e 10% da mistura e serve
para fazer a ligação entre os agregados. Neste tipo de material é necessário estudar as suas
características de estabilidade, durabilidade, flexibilidade, resistência à fadiga, aderência,
impermeabilidade e trabalhabilidade. Actualmente utiliza‐se um betume asfáltico
melhorado, cujas características foram melhoradas através da dissolução de aditivos, de
forma a satisfazer algumas exigências que foram surgindo, tais como: maiores tráfegos,
temperaturas mais elevadas, menor ruído, melhor estabilidade, entre outras.
3.2.Utilização
Estas bases betuminosas vieram trazer melhorias significativas de tal forma que
são utilizadas para:
• Melhoria das características de drenagem superficial;
• Diminuição do ruído provocado pelo tráfego;
• Maior flexibilidade;
• Redução da frequência da manutenção em zonas de rápida degradação dos
pavimentos;
• Melhor adesividade aos agregados;
• Melhor colagem entre camadas;
• Maior resistência ao envelhecimento;
• Menor susceptibilidade térmica.
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4.Base granular estabilizada mecanicamente
4.1.Diferentes tipos e Critérios de aceitação
As bases granulares estabilizadas mecanicamente são bases que como o próprio nome
indica são estabilizadas através de equipamentos que compacta o material até terem as
características pretendidas. Estas bases podem ser de:
• Macadame: Camada de pavimento, fortemente comprimida, essencialmente
constituída por pedra britada aglutinada. Pode ser de vários tipos, conforme a
natureza do aglutinante: Hidráulico (cujo aglutinante é saibro ou outro
material similar e água); Betuminoso (aglutinante é um betume) e de Cimento
(aglutinante é argamassa de cimento).
Figura 7 ‐ Macadame (Agregado + Betume)
• Tout – venant: Camada de material proveniente apenas de um andar de
britagem, fixando‐se só a dimensão máxima dos elementos. Estes materiais
têm maior quantidade de finos e de elementos de granulometria media que o
macadame. Não é uma granulometria extensa pelo que normalmente dá
origem, quando colocados em obra a muitos vazios.
Figura 8 ‐ Tout ‐ venant
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Pavimentos rígidos e flexíveis
Segundo a marcação CE estão apresentados os valores limites para o material
constituinte do Tout‐venant
Peneiros Limites Limites
(mm) mínimos (%) máximos (%)
80 100 100
63 100 100
45 100 100
40 94 100
20 67 87
0.063 2.2 8.2
Quadro 2 ‐ Valores limites na marcação CE
• Agregados de granulometria integral: devem ser constituídos pelo produto de
britagem de material pétreo explorado em formações homogéneas e serem
isentos de argilas, matéria orgânica ou quaisquer outras substancias nocivas.
Relativamente aos critérios de aceitação da EP (Estradas de Portugal) referente
à percentagem granulométrica são:
Abertura da malha do Percentagem acumulada
peneiro ASTM do material passado
37,5 mm (1 ½”) 100
31.5 mm (1 ¼”) 75 – 100
19,0 mm (¾”) 55 – 85
9,5 mm (⅜”) 40 – 70
6,3 mm (¼”) 33 – 60
4,75 mm (nº 4) 27 – 53
2,00 mm (nº 10) 22 – 45
0,425 mm (nº 40) 11 – 28
0,180 mm (nº 80) 7 – 19
0.075 mm (nº 200) 2 – 10
Quadro 3 ‐ Critério de aceitação de agregados de granulometria integral
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5.Base estabilizadas quimicamente
5.1.Constituição e utilização
As bases estabilizadas quimicamente são camadas constituídas por agregados finos
(solo) e por um ligante que no neste caso é o cimento (entre 4% e 12%), denominadas por
base de solo‐cimento. Esta base é uma mistura de solo e cimento com uma quantidade de
cimento suficiente para provocar o seu endurecimento, sendo preparada com a quantidade
de água ideal para a compactação adequada e hidratação do cimento. Este utiliza‐se na
construção de camadas de base e de sub‐base de pavimentos de estradas de aeródromos,
pavimentos de estradas de pequeno tráfego entre outras. Relativamente às bases de
pavimentos rodoviários, inicialmente tem um comportamento rígido, passando a
comportar‐se como flexível ao fim de algum tempo com a habitual fendilhação do
pavimento
Este tipo de base é muito apreciada quando se pretende melhorar as propriedades do
solo do local sendo uma alternativa de projecto existente.
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6.Considerações finais
Manter um pavimento em bom estado de conservação é benéfico pois:
• Diminui o consumo de combustível;
• Reduz os índices de acidentes;
• Reduz o custo de transporte;
• Aumenta o conforto e segurança;
• Reduz o tempo de viagem.
Para finalizar apresenta‐se um quadro resumo com os materiais a serem utilizados nas
diferentes camadas da constituição dos pavimentos.
Camada Materiais
Pavimento rígido Pavimento flexível
Sub‐base Mistura com ligantes hidráulicos Mistura com ligantes hidráulicos
Materiais granulares
Base ‐ Misturas betuminosas
Misturas granulares
Camada de regularização ‐ Misturas betuminosas
Quadro 4 ‐ Tabela resumo dos materiais a utilizar nos diferentes pavimentos
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7.Referências bibliográficas
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Dissertação apresentada para obtenção do grau de Mestre em Geologia de
Engenharia, FCT/UNL;
REBELO, V., ABREU, R., (1999) – Auto‐Estrada A2 – Estudos Geológicos e Geotécnicos
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