Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Florianópolis
2015
A Elsa Isabel Conrad
AGRADECIMENTOS
Agradeço, primeiramente, ao meu orientador, Dr. Ronaldo Lima,
pelo seu apoio sempre respeituoso com a liberdade de escolha e de
expressão dos seus orientandos, que sinalizou-me os caminhos da
Paratradução que o texto do Popol Wuj representa amplamente.
A elaboração desta tese nasceu com o interesse que me despertou
o Manuscrito Ayer 1515 (1700-1704), cuja digitalização encontrei na
página Web da Universidade de Ohio. Naquele momento eu tinha uma
curiosidade específica por manuscritos, inspirada nas inquietudes do
professor Sergio Romanelli, a quem sou grata por ensinar-me a apreciar
a centelha de vida implícita na caligrafia de um tradutor.
O Professor Dr. Carlos López, da Marshall University, co-
orientador desta tese, autoridade em epistemologia maia, oportunizou-me
a descoberta da sofisticada lógica dos K’iches’ através de explicações
simples e claras. Todos os acadêmicos que contactei para inteirar-me
sobre algum aspecto do Popol Wuj foram absolutamente receptivos e
desinteressados: A Professora Michela Craveri, da Universidade de
Milão; o Dr. Oswaldo Chinchilla Mazariegos, da Universidade Francisco
Marroquin da Guatemala, atualmente docente na Universidade de Yale;
o curador Adolfo Cantú, jornalista e crítico de arte no México; o Dr.
Ricardo Falla, antropólogo e renomado teólogo da Guatemala, todos me
encaminharam materiais valiosíssimos por e-mail e correios. Sou grata
pelo privilégio de tê-los conhecido, mesmo que não tenha sido
pessoalmente.
Com o texto do Popol Wuj fui até a Universidade Artesis de
Antwerpen, na Bélgica, onde existe a biblioteca mais completa da Europa
em Estudos da Tradução. Lá, fui atendida pela professora Dra. Christiane
Stallaert, que me abriu as portas da Instituição e para quem dedico meu
mais sincero agradecimento.
Agradeço aos meus amigos do doutorado: Rosane de Souza,
Adriano Mafra e Esteban Campanela pelo companheirismo, pelas
jornadas de trabalho acadêmico compartilhadas com alegria. Agradeço a
Jorge Dyuri Gubitsch pelo seu apoio incondicional, carinho e paciência.
Agradeço ao meu filho, Francisco Aléxis Sackl, por ter sido
compreensivo e altruista nas minhas ausências por causa dos estudos.
Finalmente sou grata aos maias K‘iches’, ao primeiro copista do
códice no século XV, e aos tradutores através dos quais conheci esta
cosmogonia.
O dia que nasce, a véspera que vai se fortificar e
dominar parece mais o fim de alguma coisa, o
entardecer do instável. Não é ainda certo que o dia
vá continuar e afirmar-se sobre todas as coisas.
Este sonho está ainda em equilíbrio reversível com
o nada. (VALÉRY, 1916, tradução nossa1)
1
Le jourqui se lève, laveillequivadurcir et dominersemblentplutôtlafin de
quelquechose - lecouchant de l'instable. Il n'est pas encore tout à fait sur que ce
jour va se continuer et s'affirmer sur toutes les choses.Ce rêve est encore en
équilibre réversible avec le rien. (VALÉRY, 1916)
RESUMO
The goal of this research is the analysis and critical study of a corpus that
contains the Paratexts and fragments of the genesis of three translations
of the Popol Wuj, the book that describes the mythic Maya Pre-hispanic
cosmogony that originated in Mesoamerica between the second and
seventh century after Christ. The first one, called the “Manuscript of
Chichicastenango”, was translated by Ximénez between 1700 and 1704,
is bilingual (K’iche'-Spanish); the second one, made by Don Adrián Inés
Chavez (1979) is a phonetic revision, creates new symbols and translates
the text into Spanish in a meticulous way that he organized in four parts;
the third translation, authored by Sam Colop (2011) is bilingual K’iche'-
Spanish and is written in a poetical way. The analysis and critical study
is based on the theory of paratranslation of Yuste Frias (2014), the
Descriptive Studies of Translation, Stallaert's researches (2006) that
combine anthropology and translation, notions of the Studies of
Colonialism (MIGNOLO, 2001) and the epistemological analysis of the
Popol Wuj (LÓPEZ, 1999). The hypothesis here defended seeks to
demonstrate if the translators imprint in the text the cultural and linguistic
polysistem from the target language and the historical context of the times
that the texts were translated. Finally, it is emphasized that this research
is developed in a "comprehensive paraliterary perspective," because
Popol Wuj is a mythical text. In fact, it is a linguistic relic of
anthropological value that the notion of paratranslation considered here
seems to be able to embrace satisfactorily
INTRODUÇÃO...............................................................................................23
1 POPOL WUJ....................................................................................33
1.1 COMENTÁRIO SOBRE O ENREDO ..................................................... 33
1.2 CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DAS TRADUÇÕES. PARATRADUÇÃO ....... 36
1.3 PERSPECTIVA DA PARATRADUÇÃO ................................................. 42
7 CONCLUSÃO.................................................................................187
REFERÊNCIAS............................................................................................195
ANEXO I: MAPA.........................................................................................209
8
“relaciones binarias, antagonismos simétricos y reversibles, postulados de
multiplicidades y ciclos que subyacen en todos los episodios.” (LÓPEZ, 2009, p.
111).
26
11
…entender el PW desde dentro, […] desde su momento, como si estuviéramos
naciendo a ese mundo de creencias y símbolos y participáramos con las personas
de entonces: Entender desde dentro significa aprender, tener humildad y no venir
con deseos de corregir y enseñar. Dejemos el lápiz rojo por un momento guardado
en la gaveta. […] Si hay ideas nuevas del PW que se vienen a la mente, no las
recortemos para que puedan entrar en la cabeza, sino hagamos el intento de
reajustar los casilleros de nuestra mente para que entren tal y como son. Es una
tarea difícil, pero es la que nos va a hacer crecer para sacar del PW, no solo un
montón de conocimientos con los que podemos presumir y palabras raras que se
pueden amontonar pero no cambian nuestra perspectiva, sino ojos nuevos. Los
ojos nuevos son los que nos harán crecer. (FALLA, 2013, p. 14).
27
14
“ ...un grupo de intelectuales nacidos en países de América del Sur y el Caribe, cuyo
trabajo se realiza en dichos países y en universidades de los Estados Unidos, ha
29
poderia ser possível ter acesso a informações mais objetivas a respeito das
bases de constituição do documento maia-k’iche’: o Popol Wuj. A teoria
da Inflexão Decolonial (RESTREPO; ROJAS, 2010) parece anunciar a
valorização da “diferença epistêmica como projeto universal e não mais
a busca dos universais abstratos” (MIGNOLO, 2001, p. 18, tradução
nossa16). No campo da antropologia, abordaremos alguns conceitos de
Stallaert (2006) como forma de ampliar o arcabouço ideológico que
permeia o pensamento na Espanha da conquista, como o casticismo
vigente após a diáspora de 1492, presente na catequese colonizadora das
Américas e reminiscente até nossos dias.
As traduções “Pop Wuj, libro del tiempo” (CHÁVEZ, 1979) e
“Popol Wuj Traducción al Español de Sam Colop” (COLOP, 2011), são
trabalhos de autores falantes nativos da língua K’iche’ que remetem ao
processo de “descolonização”e o de “decolonização”, respectivamente,
de acordo com a teoria de Walsh (2005) que “marca a chegada à
concorrência internacional de protagonistas até então excluídos da própria
idéia de literatura” (CASANOVA, 2002, p. 68). “Estamos perante o
surgimento da consciência histórica, étnica e cultural dos povos nativos
do continente. Este novo fenômeno coloca em evidência que textos como
o Popol Wuj não são relíquias do passado, e sim integram o presente”.
(LÓPEZ, 2009, p. 126, tradução nossa17)
As considerações de Octavio Paz (2008) e Stallaert (2006) sobre
a constituição da ideologia e cultura colonial espanhola permitem
compreender alguns dos parâmetros da tradução de Ximénez (1701-
18
Literatura americana pré-hispânica e hispânica.
19
“Intenta un acercamiento interdisciplinario y comparatista a nuestras letras,
examinando el diálogo entre literatura y antropología y vinculando textualmente
los dos polos temporales de nuestro que hacer literario: el momento inicial y el
actual.” (LÓPEZ-BARALT, 2005, p. 19).
32
20
“Si se si se tiene en mente el origen común de todas estas formas expresivas, se
podrá evaluar el peso de su traducibilidad y su complementariedad. Se
justipreciarán así las técnicas destinadas a descubrir y evaluar las equivalencias
semióticas entre los distintos ámbitos.” (LÓPEZ-AUSTIN, 1996, p. 10).
21
“Un mito – lo sabemos – nunca es contado dos veces de igual manera. La
pluralidad de versiones hace de cada una de ellas una fuente de
complementariedad en el estudio comparativo.” (LÓPEZ-AUSTIN, 1996, p. 14).
1 POPOL WUJ
22
Ave sagrada.
23
Serpente emplumada.
34
24
Fragmento de los Murales de San Bartolo Guatemala, pintados por el año 100 a.
C por dos maestros y cuatro ayudantes quienes los impermeabilizaron con Holol,
la resina de un árbol de la Selva Maya que sellaba cristalizando los frescos de tal
suerte que se vitrificaron con los siglos. Los dignatarios mayas los gozaron
durante 50 años y luego los sepultaron al agrandar un templo piramidal adyacente
hasta que en marzo de 2001 fueron descubiertos por el arqueólogo William
Saturno. Narran el Mito de la Creación.
25
Crescentia alata.
35
26
“El danzante debajo del ave en vuelo la invoca, y emite un canto o palabras
sagradas con el hilo negro que emerge de su boca, lo acompaña un texto jeroglífico
aún no descifrado y debajo a la cola del Ave que se creía el Sol, aparece el glifo
"Ik" que se traduce como viento o hálito sagrado. Justamente, a partir de ese glifo
y la danza del individuo con pico de pato (similar a imágenes mexicah – aztecas -
relacionadas con Quetzalcóatl), las aves cantan como lo indica el hilo negro que
emerge de sus picos, en anteriores imágenes del mismo mural, otras aves aparecen
en la composición y vuelan en silencio, entonces la danza chamánica, la evocación
y el glifo "Ik" dieron inicio al sonido” (NOWOTNY, 1992, p. 10).
27
Dioses de las artes y de las palabras.
36
28
“A todo esto su abuela Ixcumane quema copal frente a las plantas de maiz que
ellos dejaron sembradas y luego ascienden al Cielo donde uno se vuelve Sol y el
outro Luna. De ahí en adelante empieza lo que se conoce como parte “histórica”;
pero de nuevo, hay una transición porque la parte mitológica continúa y se va
diluyendo entre la creación humana y los sucesos posteriores. Así cuatro animales
descubren el maíz que será esencia de la humanidad, son cuatro los primeros
varones creados cuya visión cubría la faz de la Tierra y por eso se les tuvo que
nublar la vista para que solo vieran lo que estaba cercano. Fueron también cuatro
las mujeres creadas y de ellas se originaron pueblos y casas reales.” (COLOP,
2011, p. XXI).
37
29
“El ideal de la identidad nacional moderna abarca un gran período de la historia
europea, cuyos marcos más identificados son las fechas emblemáticas de 1492 y
1942. La primera fecha se vincula con el inicio de la construcción de una nación
homogénea en España y la segunda marca el inicio del holocausto”
(STALLAERT, 2006, p. 174).
39
o Popol Wuj foi descoberto por Ximénez. Octavio Paz comenta que “uma
sociedade se define, não somente, pela sua atitude perante o futuro, mas
(principalmente) perante o passado: suas lembranças não são menos
reveladoras do que seus projetos” (PAZ, 2008 p. 23, tradução nossa30).
Segundo o autor, entre o México pré-hispânico e o México moderno há
uma continuidade e uma identidade. O Novo México configura-se tão
somente como um parêntese no período de cativeiro que viveu a nação
mexicana. As raízes do México atual remetem ao mundo pré-hispânico,
os três séculos da Nova Espanha correspondem ao período de gestação, e
a Independência à sua fase adulta. Mencionamos o México pelo simples
motivo de se tratar de uma região na qual a cultura se desenvolveu
concomitantemente, envolvendo a civilização dos K‘iches’ que se
situavam no território da atual Guatemala, e para as quais a invasão
representou uma cisão. A este respeito, o autor comenta: “O corte da
conquista é tão profundo que quase todos sentimos a tentação de ver o
mundo pré-colombiano como um todo compacto e sem fissuras, (mas)
nesse mundo também existiram divisões e descontinuidades.” (PAZ,
2008 p. 24, tradução nossa31). Stallaert (2006) analisa o conceito e o
significado do “casticismo” como alicerce da idiossincrasia espanhola
que acompanhou a conquista de América, uma ideologia que considerava
as famílias cristãs e patrícias da Espanha como “superiores” e foi aplicado
no processo de eugenia que justificou a expulsão dos islâmicos e judeus
da Espanha em 1492.Retomaremos este tema no capítulo 4, que trata dos
paratextos do manuscrito de Francisco Ximénez (1701-1704).
Incluímos uma reflexão de Rajagopalan (2000), que estuda o
perfil da tradutologia colonizadora e a tradutologia pós-moderna. Para o
referido autor, “[o]s colonizados, começam a existir discursivamente só a
partir do instante que são traduzidos, ou devidamente ‘acionados’ pelos
colonizadores, aqueles que retêm o controle exclusivo sobre a língua
hegemônica imperial. A tradução é com freqüência o processo pelo qual
se criam os originais” (RAJAGOPALAN, 2000, p. 23). Tal comentário,
30
“Una sociedad se define no sólo por su actitud ante el futuro sino frente al pasado:
sus recuerdos no son menos reveladores que sus proyectos.” (PAZ, 2008, p. 23).
31
“El tajo de la conquista es de tal modo neto y profundo que casi todos sentimos la
tentación de ver el mundo pre-colombino como un todo compacto y sin fisuras.,
en ese mundo también hubo divisiones e discontinuidades.” (PAZ, 2008, p. 24)
40
32
“Con la aparición de este trabajo se marca el fin de una era en la que fueron los
extranjeros quienes hablaron y escribieron por los k’iches. A partir de ahora, el
pueblo de los Magueyes, por la mano de uno de sus hijos más esclarecidos, retoma
la pluma que, allá por el año de 1550 dejara en reposo el anónimo autor del
manuscrito original, antes de que se hundiera, él y su obra, en una larga penumbra
de siglos.” (BÖCKLER, prólogo en Chavez 2007, p. 13).
41
33
“...para que los hablantes tuvieran acceso a leerlo en ese idioma. De ahí derivó la
42
34
Los habitantes de la antigua Mesoamérica reconocían la diversidad de cultos
particulares de cada región e incluso de cada ciudad, pueblo y grupo social, pero
las entendían como peculiaridades dentro del mismo orden cósmico común a
todos ellos. (CHINCHILLA, 2011, p. 18)
44
35
“pero las entendían como particularidades dentro do mismo orden cósmico,
común a todos ellos. La evangelización no significó el olvido de las narraciones
mitológicas, que se siguieron transmitiendo en forma oral” (CHINCHILLA, 2011,
p. 15).
36
“Instrumento de claridad venido de la orilla del mar.” (COLOP, 2011, p. XVII).
37
“seguramente no era el texto completo del Popol Wuj, porque la parte histórica
todavía estaba ocurriendo” (COLOP, 2011, p. XVII).
46
LI
E todos chegaram a Tula.
Milhares de pessoas chegaram,
Pois muitas caminharam juntas,
E a vinda de seus deuses aconteceu em ordem.
39
“Los habitantes de la antigua Mesoamérica reconhecian a diversidad de cultos
particulares de cada región e incluso de cada ciudad, pueblo y grupo social, pero
las entendían como particularidades dentro do mismo orden cósmico, común a
todos ellos.” (CHINCHILLA; COE, 2011, p. 14).
40
Kaminaljuyú atingiu o seu apogeu durante o pré-clássico (400 a.C. a 200 d.C).
41
“fase temprana de Kaminaljuyú y el de grandes ciudades de las tierras bajas
mayas, como El Mirador, Tikal y Lamanai, con sus prodigiosos complejos
arquitectónicos y prósperas poblaciones. Es en este contexto que el ciclo mítico
de los Gemelos Heroicos del Popol Vuh aparece por primera vez en el arte y la
religión de Mesoamérica.” (COE, 1989, p. 161).
48
42
“En Alemania poseemos el manuscrito maya más valioso (el Códice de Dresde)
y nuestros estudiosos han jugado el papel más activo en su desciframiento”
(MILLER, 1989, p. 128).
43
No catálogo da Biblioteca Nacional de Rio de Janeiro pode ser achado na seção
de manuscritos com a referência I - 15,05,001 Dresden.
49
44
“O inglês J. Eric S. Thompson, falecido em 1975, [...] deixou uma marca profunda
com seus trabalhos sobre epigrafia e códices, neste caso, do âmbito maia. [...]
Além de suas atividades como arqueólogo, Thomson se interessou pela decifração
da escrita maia.” (LEÓN-PORTILLA, 2012, p. 118).
45
“Yuri Valentinovich Knorosov, nascido na Ucrânia em 1922, estudou egiptologia
na Universidade de Moscou, iniciou estudos da escrita maia em 1947, utilizou o
“alfabeto maia” descrito por Diego de Landa em sua Relación de las cosas del
Yucatán e descobriu os ‘logogramas’ por associação com a escrita egípcia.”
(LEÓN-PORTILLA, 2012, p. 119).
50
grande monstro, com faixas cinzas e azuis, tem o seu corpo no universo
celeste” (LEÓN-PORTILLA, 2012, p. 242). Imediatamente embaixo,
temos um eclipse do Sol e um da Lua. Da boca do monstro e dos eclipses
saem grandes torrentes de água de cor azul que caem sobre a Terra, e entre
as duas quedas de água está Xkitza, segundo Thompson (1988, p. 115),
anciã ancestral do sol e da lua. Embaixo, tem uma deidade com o corpo
pintado de preto que segura dois dardos e um bastão e sobre sua cabeça
pousa uma ave. Thompson (1988) o identifica como o ‘deus L’, deus da
escuridão e da noite associado às inundações.
46
El 'quinto delrey',o ‘quinto real’era o tributo que se pagava ao rei da Espanha
quando se capturava ou descobria um tesouro, era igual à quinta parte (20%) do
51
relação, Cortés descreve “dois livros dos que por aqui possuem os
índios”47. De acordo com Martinez (2010), López de Gómara declara nas
suas crônicas ter visto muitos destes ‘livros’, descrevendo-os como
escritos com figuras no lugar de letras, feitos de tecido ou folhas, e
comenta que os espanhóis não os valorizavam por não entendê-los. De
acordo com García Ruiz (2000), o Códice de Madrid está dividido em
duas partes. Assim, temos o códice Troano, que pertenceu a Juan de Tro,
que aparentemente o teria comprado dos descendentes de Hernán Cortés,
e que passou em 1888 à propriedade do Museu Arqueológico de Madrid.
O códice Cortesano pertenceu a Juan Palacios de Madrid e foi comprado
pelo mesmo museu em 1872. Daí ser chamado códice Tro-cortesiano ou
de Madrid. León de Rosny48 foi o primeiro pesquisador a perceber que
formavam um só compêndio, em 1880.
De acordo com Garcia Ruiz (2000, p. 11) o documento possui 56
folhas pintadas na frente e no verso, encadernadas em forma de leque ou
zig-zag que, unidas, alcançam 6,82 m de longitude. Cada folha mede 22,6
cm de altura e 12,2 cm de largura, e constitui-se como o mais extenso
códice maia conhecido. Possui ainda 25 calendários que seguem a
medição temporal ritual de 260 dias associados a atividades seculares de
subsistência e do cotidiano, como a tecelagem, a apicultura, a caça, a
fabricação de cerâmica, etc., associadas a determinadas deidades e rituais.
Os escribas dos códices maias utilizavam formas codificadas com
determinados caracteres que permitiam identificar as deidades através de
simbolismos nas vestimentas, fisionomia e gestos expressivos. A
narração tradicional do Popol Wuj presta atenção, por exemplo, às
variações anímicas: no códice de Madrid, página 34b, vemos o “Senhor
da Morte” (na parte inferior da folha do Códice) (Figura 3), do lado
esquerdo do leitor - segundo Brotherstone Medeiros (2011) ‘Um morte’,
HumKame -, representado de perfil, segurando uma cabeça degolada com
49
“por un lado el niño escucha el texto y contempla la imagen, y, por otro, el adulto
que lee el texto en voz alta y lo teatraliza” (YUSTE FRIAS, 2001, p. 267).
54
50
Diego de Landa foi o primeiro bispo de Yucatan, México. Etnologista autodidata,
também escreveu a história dos maias em 1556, intitulada “Relacion de las Cosas
de Yucatán”.
55
51
”Nueva España no se parece ni al México precolombino ni al actual. Tampoco a
España, aunque haya sido un territorio sometido a la corona española.” (PAZ,
2008, p. 27).
52
”dos palabras definen a la expansión hispánica: conquista y evangelización. Son
palabras imperiales y, asimismo, palabras medievales.” (PAZ, 2008, p. 28).
56
53
“ Por eso, en la América española, las nuevas autoridades “la Corona y la Iglesia”
emprendieron, apenas consolidada la ocupación un vasto y largo trabajo de
recolección de datos acerca de las estructuras político-militares, la organización
social, la economía y las religiones de las sociedades nativas.” (LIENHARD,
2009, p. 1).
57
54
Títulos de propriedade das terras herdadas dos antepassados, neles se
estabeleciam as origens e os acontecimentos mais importantes do povo.
55
HARADA, T. O. Como os Xiu do século XVI. Yucatán identidad y cultura Maya.
Disponível em: <http://www.mayas.uady.mx/ articulos/xiu.html#uno>. Acesso
em 7 de julho de 2011.
58
depois do fim do império maia, cujo apogeu se situa entre os anos 300 e
900 d.C, realiza uma coleção de lembranças.” (GRIMAL, 1973, p. 199,
tradução nossa56).
León-Portilla (2012) chama a atenção ao fato de que, depois de
consumada a Conquista espanhola, os maias não continuaram a utilizar a
arte de seus códices (Figura 6), “foi, talvez, o trauma deixado pela queima
de seus livros o que lhes determinou seguir outro caminho e não deixar
que suas antigas formas de saber se perdessem” (LEÓN-PORTILLA,
2012, p.63), e optaram pelo alfabeto latino fonetizado, como aconteceu
com o Popol Wuj.
56
“El Popol Vuh supera, con mucho, a los otros libros, para introducirnos en el
pensamiento mítico de los mayas.[...] la fecha de su composición, que tuvo lugar
numerosos siglos después del fin del imperio maya, cuyo apogeo se sitúa entre
300 y 900 d.C, hace una colección de ‘recuerdos’” (GRIMAL, 1973, p.199).
3 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS TEXTOS ESTUDADOS
57
“Los tzijs (verdades, historias, narraciones, tradiciones) del Popol Wuj fueron
registrados con el sistema de escritura occidental bajo condiciones de
60
60
“(una de las 35 lenguas del grupo maya) y sus variantes o dialectos cakchiquel y
zutujil, que se hablaban en los pueblos de las montañas del sur de Guatemala.”
(MARTINEZ BARACS, 2013, p. 35)
62
62 La familia lingüística maya está formada por 31 lenguas distintas. De ellas sólo
dos son lenguas muertas, las restantes se utilizan como principal medio de
comunicación en numerosas comunidades contemporáneas.(PÉREZ-SUÁREZ,
2014, p. 2)
63 Producido por el sincretismo religioso indígena cristiano.
64
64
No sólo las tiranias que con los índios obraron el Alcalde Mayor y otros españoles,
sino que, como se había dicho, el mayor motivo fue el señor obispo [el nuevo
obispo Juan Bautista Alvarez de Toledo] con su desmedida codicia, por que con
la ansia de juntar dinero para sus pretensiones, no quedó medio por ilícito que
fuese de que no se valiese. (XIMÉNEZ em edição editada por VILLACORTA
CALDERÓN, 1931 p. 257).
65 Gentilicio que se le da a los pobladores de Chichicastenango, derivado de Max,
que significa Tomás en lengua Quiché. (Diccionário de la Real Academia
española)
66
La confianza de los caciques de Chichicastenango fue tal que durante su estância
allí en 1701-1703 le mostraron al padre Ximénez un antiguo manuscrito que
conservaban en un lugar secreto desde el siglo XVI” MARTINEZ BARACS,
2013, p. 39)
65
67
En Ella nos dice que hay ciertos animales maléficos cuya simple pronunciación
aterra a los indios, así la lagartija Zumzum, pues se a ven o pronuncian caen rayos
enseguida cerca.” (VALVERDE MADRID, 1967, p. 2).
68
Hallé que era la doctrina que primero mamaban con la leche, y que todos ellos
casi la tienen en la memória. (XIMÉNEZ,1700-1704, Fólio prólogo 2r)
66
70
“siempre se consideró el texto como perteneciente al pasado desaparecido, y es
muy raro ver que se le vea como parte viva de las comunidades actuales”
(LÓPEZ, 2009, p. 23).
71
El doctor Daniel G. Brinton (1837-1899) compro el manuscrito de Memorial de
Tecpán Atlitan, los Anales de los Cakchiqueles, que publicó en 1885, entre otros
documentos que tras su muerte pasaron a la Biblioteca del Museo de la
Universidad de Pennsylvania. Y Hubert Howe Bancroft (1832-1922) compró otra
parte de la colección, incluyendo varios manuscritos del padre Ximénez, que
pasaron a la Biblioteca que lleva el nombre de Bamcroft de la Universidad de
California en Berkeley. Tras la muerte de Pinart, su colección pasó, en su mayor
parte, a la Biblioteca Nacional de Francia. (MARTÍNEZ BARACS, 2013, p. 45)
68
72
“ Traducción de la versión francesa del Profesor Georges Raynaud, director de
estudios sobre las religiones de la América Precolombina, en la Escuela de Altos
Estudios de París, por los alumnos titulares de la misma” (ASTURIAS;
MENDOZA, 1998, p. 5)
73 http://www.literaturaguatemalteca.org/popol.html
69
74 http://ambergriscaye.com/pages/mayan/PopolVuhMayanReligiousDocumen
t.htm
75
Que não foi nas lhanuras de Urbina como acreditávase na época, mas em Pacha
de Sha Lajuj. (BAUTISTA CRUZ, 2013, p. 109)
70
Fonte: A autora.
74
77
“la Real Academia Española de laLenguafue fundada en 1713. En poco tiempo se
publicó el Diccionario de Autoridades mientras que hubo que esperar bastante
para que se concluyera la Gramática Española.” (MARTINEZ; SANCHEZ,
1994).
78
“Cuando Nebrija (1492) escribe sus obras gramaticales no parte de cero. Cuenta
con la rica tradición greco-latina, que, en su caso, se circunscribe principalmente
a tres gramáticos latinos: Priciano, Diomedes y Donato, sin olvidar a Quintiliano.
De ellos toma la base teórica y sobre esta elabora su doctrina. Pero no hay que
pensar que acata cuanto dicen sus predecesores latinos, o que la versión gramatical
española es una mera traducción de la latina” (PEÑALVER, 1991-1992, p. 222).
75
79
http://library.osu.edu/projects/popolwuj/folios_esp/contents_esp.php
80
Frente da folha.
76
4.1.3 Título
81
“Tal como lo observó Recinos (25), el manuscrito copiado por el padre Ximénez
no tiene título. Los títulos elegidos por los distintos traductores a los efectos de
presentar sus versiones son un buen índice para detectar la interpretación global
que proyectan sobre el conjunto de los textos. A partir de Brasseur la enorme
mayoría de las ediciones están identificadas bajo el título de Popol Wuj.”
(LÓPEZ, 1999, p. 47).
78
82 Empiezan las historias del origen de los indios de estas provincias de gvatemala
traducido de la lengva quiche en la castellana para mas commodidad de los
minístros de el sto. Evangelio por el r.p.f. Franzisco Ximénez CVRA doctrinero
por el real patronato del pueblo de sto. Tomás de chuvilla. (XIMÉNEZ, 1701-
1704, p. 1)
83
“Se ve claramente la intención de rescatar y conservar el texto para utilizarlo como
forma de conocer al sujeto a ser catequizado” (LÓPEZ, 1999, p. 48).
79
Uma das funções da tradução é a formação dos leitores (Pulido, 2015. s/p)
e a paratradução contribui para a formação de leitores de tradução ao
observar em detalhes os paratextos e sua compatibilidade com o conteúdo
traduzido.
4.1.4 Prólogo
84
“Los quiches y mayas que viven actualmente en Guatemala van a ver en el Popol
Vuh parte de su pasado y tal vez de su futuro. Para ellos son textos aglutinantes y
referenciales de su a vida cotidiana.” (LÓPEZ, 1999, p. 17).
80
Figura 9 - Prólogo
Esta mi obra, y trabaxo discurro, q’avra muchos q’ la tengan por la mas futil y
vana de las q’ he trabaxado, así lo pensaran muchos; y yo lo discurro al contrario,
porq’ entiendo ser la mas util, y necesaria q’ he trabaxado pues ademas de
sacar a luz lo q’avia en la antiguedad entre estos indios
Esta é minha obra. Penso que muitos leitores a considerarão a mais fútil de todas,
eu penso o contrário, creio que será a mais útil e necessária que já trabalhei, pois
ajudará a esclarescer o passado remoto entre os índios.
86
Fonte: Ximénez (1700-1704, f. ii r) . Tradução nossa.
85
“Jimenes era español. Es cierto que los 63 años que vivió, 41 los pasó en
Guatemala y, de estos últimos, 32 en las regiones ki-ché y kakchikel.
Indudablemente fue el que tuvo el contacto más prolongado y estrecho con la
población natural, pero no hay que olvidar que era también un fraile domínico.”
(CHÁVEZ, 1979, p. 11).
86
Disponível em: <http://library.osu.edu/projects/popolwuj/folios_esp/
contents_esp.php>. Acesso em 9 de agosto de 2011.
81
87
Disponível em: http://library.osu.edu/projects/popolwuj/folios_esp/ com
tents_esp.php. Acesso em 9 de agosto de 2011.
82
88
“Os apóstolos e os irmãos de toda a Judéia ouviram falar que os gentios também
haviam recebido a palavra de Deus.” (Bíblia, Atos 11, vers.1).
89
Disponível em: <http://library.osu.edu/projects/popolwuj/folios_esp/contents
_esp.php>. Acesso em 9 de agosto de 2011.
83
90
cuarterón, na.(Der. del lat. quartarĭus, y este der. de quartus, cuarto, por
tener un cuarto de indio y tres de español).1. adj. Nacido en América de
mestizo y española, o de español y mestiza. U. t. c. s.Real Academia
Española.http://lema.rae.es/drae/?al=cuarterona. Acesso em 12 de janeiro de
2015
91
En Lima, a fines del siglo xvi,[…] el inquisidor don Juan Ruiz de Prado daba
cuenta al Consejo Supremo que, al examinar las pruebas genealógicas de los
Comisarios y Familiares había podido comprobar que muchos no rindieron las
informaciones de rigor y que otros estaban casados con cuarteronas y moriscas,
motivo por el cual hubo de separarles del Tribunal (ESPEJO, 2011, p. 322)
86
respeito, o referido autor comenta que: “o único mérito que um autor pode
atribuir-se por meio do prefácio, provavelmente porque depende mais da
consciência do que do talento, é o de veracidade, ou pelo menos de
sinceridade, isto é, do esforço no sentido da veracidade.”(GENETTE,
2009, p. 184). Neste sentido, Ximénez é perfeitamente fidedigno e
coerente com a doutrina católica de sua época, que lhe inspira uma série
de juízos de valor e impressões que registra no posfácio transcrito e
traduzido conforme abaixo reproduzido:
PROLOGO
Cosa cierta y averiguada entre todos los que conocen índios, que es la gente más
irregular en sus cosas, que se ha descubierto en toda la redondez de la tierra, y así
muchos hombres de buen talento cada día se ven desatinados en sus cosas, pues,
cuando les parece que ya están al cabo del conocimiento de quienes son los
indios, se hallan tan en los principios de su conocimiento y comprehensión que
todo lo que han adquirido con su estudio y cuidado para mejor poder gobernar,
no le sirve ya en las cosas que de nuevo se le ofrecen.
PRÓLOGO
A opinião de todos os que conhecem índios é de que estes são as pessoas mais
irregulares já vistas sobre a face da terra. Muitos homens inteligentes (espanhóis)
dedicam-se diariamente a compreender como vivem, mas, depois de estudar seus
hábitos e acreditar que alcançaram compreensão sobre seus costumes para poder
governar melhor, surgem mais dúvidas.
92
http://library.osu.edu/projects/popolwuj/folios_esp/contents_esp.php acesso em
28 de dezembro de 2014.
88
Muchos ha habido que han querido dar a entender el conocimiento del indio en
sus escritos de historias y sumas y otros escritos; pero pienso que les ha sucedido
lo que a mi me sucederá en todos mis escritos: que aunque he procurado dar a
entender lo que ellos son, al cabo pienso que no habré dicho nada. El Doctor
Padre Apiano, cosmógrafo del Emperador Carlos V, demarcando la isla española,
les quiere dar a conocer el mundo, diciendo: que son gente, indadis liberalissimi,
in accipiendo cupidissimi, en el dar muy liberales, en el recibir muy codiciosos, y
aunque consumen todo un dia dando vueltas a un palo. […] son gentes codiciosas
y desdichadas, pues convidándose ellos unos a otros en sus fiestas y desde un
pueblo a otro en sus festividades, se le ha de corresponder con el mismo número
y especie que el que dio al otro cuando fue su convidado, y solo um plátano
menos que se le corresponda, es materia de tanto sentimiento que por aquello
solo se acaba la amistad y correspondencia de muchos años. […]
Houve muitos (espanhóis) que tentaram explicar o conhecimento dos índios em
seus registros históricos; porém, acredito que lhes aconteceu o mesmo que a
mim: ainda que tenha tentado fazer isso, no fim, penso que não dissem nada. O
Dr. Padre Apiano, cosmógrafo do Imperador Carlos V, descrevendo os domínios
espanhóis, explica que (os colonizados) são pessoas (indadis liberalissimi, in
accipiendo cupidissimi),desmedidas quando oferecem e gananciosas quando
recebem. São capazes de desperdiçar um dia inteiro dando voltas ao redor de
uma estaca [num ritual] [...].São pessoas gananciosas e infelizes, quando
convidam um ao outro e, às vezes, de um povoado a outro em suas festividades,
esperam uma retribuição com o mesmo número e igual espécie de alimentos que
ofereceram, e apenas uma banana a menos quando são convidados, é o suficiente
para acabar com a amizade de muitos anos.[...]
Fonte: Ms Ayer 1515 (XIMÉNEZ, 1700-1704, Escólios, fólios 1v). Tradução nossa.
Y todo es tan general, que lo mismo es uno que otro, el rico y el pobre, el que es
cacique o Principal, como el más igual; todos son iguales, y tan añadidos unos
con otros, y así dijo bien quien los llamó niños con barbas, y a la verdad ellos son
como muchachos en todo. Ni vale ver las contradicciones que en sí envuelven,
que con la cortedad de su talento no reparan en esto y aquí se conoce la malicia
de la bestia infernal, como les sugirió mentiras tan adecuadas a sus talentos para
más tenerlos embaucados, y como quiera que no solamente en estas historias se
hallen sólo estas mentiras y quimeras, sino también nuestras verdades católicas, y
que tiene y cree nuestra Fe católica, reveladas por el Espíritu Santo de la Sagrada
Escritura. De ahí es que no se debe hacer tampoco caso de estas historias
respecto de la mucha tierra que el demonio gana entre esta gente con estos
errores que entre ellos tiene sembrado desde el tiempo de la gentilidad…
Na sociedade maia não há diferenças no convívio entre ricos e pobres, entre
caciques e Principais; todos se consideram iguais e são muito unidos. Quem os
considerou como “crianças com barbas”, entendeu sua ingenuidade. Eles não
reparam nas diferenças sociais que os diferenciam, devido a sua falta de
inteligência não conseguem entender tais diferenças, neste ponto se reconhece a
malícia do demônio, que lhes ensinou mentiras adequadas a suas capacidades
para dominá-los, deformando também as verdades católicas e nossa Fé, reveladas
pelo Espírito Santo nas Sagradas Escrituras. Mas não devemos dar importância a
estas histórias, sobre o terreno que o demônio ganha entre esta gente, com os
erros que têm semeado entre eles desde o tempo do paganismo.
Fonte: Ms Ayer 1515 (XIMÉNEZ, 1700-1704, fólios 2r).Tradução nossa.
93
“Con esta mala semilla y zizaña que el demonio dejó sembrada entre ellos, de
estas historias de su origen, y oyendo cada dia y viendo por sus ojos todos los
retoños y asomar de la supersticiones que tienen; los mas lo toman á cosa de
cuentos y risa, sin reparar en el origen y raíz de donde proviene para procurar el
remedio con tiempo” (SCHERZER, 1857, p.145).
94
<http://www.columbia.edu/cu/spanish/courses/spanish3349/03edadmedia/ pdf
s/edicto.pdf>
91
95
“...el venerable Padre Fray Domingo de Vico en el capítulo 101 de la
segunda parte de su ‘Teologia Idorum’: a que estos indios descienden de
las diez tribus que se perdieron de los judíos, y que no volvieron a su
patria, y así conservaron por tradiciones todos los sucesos que nos refiere
el sagrado testo, y el demonio se los fue envolviendo en muchísimos
errores y lo otro, a que de no ser así que descienden de aquellas diez tribus,
el demonio como tan sabio, alcanzando por algunas conjeturas la venida
del Santo Evangelio, a estas partes les sugirió estas mentiras envueltas en
muchas verdades católicas de las que enseñó el Espíritu Santo en la
Sagrada Escritura, con fin de que oyendo los indios lo que habían de
enseñar los Ministros del Santo Evangelio de Dios y sus obras de la
encarnación del verbo […] mas se arragasen en sus errores.”
(SCHERZER, 1857, p.146).
96
E ugenia: termo cunhado por Francis Galton (1904), que significa "bem nascido".
Galton definiu eugenia como o estudo dos agentes sob o controle social, que
podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações, seja
física ou mentalmente. Em outras palavras, “melhoramento genético”.
92
97
“El médico no puede acertadamente aplicar las medicinas al enfermo (sin) que
conozca de qué humor, o de qué causa proceda la enfermedad […]. Para predicar
contra estas cosas, y aún para saber si las hay, menester es de saber cómo las
usaban en tiempo de su idolatría, que por falta de no saber esto en nuestra
presencia hacen muchas cosas idolátricas sin que lo entendamos” (DURÁN apud
LIENHARD, 2011, p. 1).
98
“Este documento curioso comprende 112 páginas con letra muy cerrada, con una
tinta tan pálida que probablemente en pocos años será imposible leer el original”.
(SCHERZER, 1857, p. XVI).
99
“pueden percibirse las diferencias básicas entre los periodos clásicos, clásico
tardío y postclásico. La distinción es tan clara que es difícil concebir cómo ideas
filosóficas y rituales tan distintas puedan tener lugar en un mismo texto. La
93
Tzacol-bitol, que quiere decir el que hace o fabrica algo, expresa su posita
materia pues ese es el nombre que se le halló más adecuado para explicar a
Dios todavía porque se puede discurrir ser dado por el demonio como para dar
a entender que no es criador, se deben explicar a los indios estos nombres de
Tzacol-bitol, y detestar la inteligencia que el demonio pudo darle llamándole
Alomga-holom (el que tiene hijos) y por cuanto esto se dice propiamente del
hombre y los animales que per generationem se multiplican, también se les
debe explicar no ser nosotros hijos de Dios de la misma forma que lo somos
de nuestros padres.
Esto es cierto, que son modos de explicar el ser y el poder de Dios: pero por
cuanto pudo el demonio darles a entender como de facto consta, que
Hunhunahpu, a quien tuvieron por Dios, con la saliva concibió en la doncella
Xquic […] a Hun-ahpu, un tirador. Este Dios que el demonio da a entender lo
hace Duodeidad porque no nombra más que dos sujetos: uno llamado Hunahpu-
Vich, un tirador tacuasin y a Ahpu-Vuh, un tirador lobo
Algumas formas de explicar o ser e o poder de Deus foram influenciadas pelo
demônio, fazendo com que os índios acreditassem [num mito] que
Hunhunahpu101 (Deus pai), teria cuspido na mão de uma donzela chamada
Xquic,o que provocou a gravidez da qual nasceria Hun-ahpu102, um tirador103.
Esta concepção de Deus que o demônio da a entender é um ser “duplo”104, já que
nomeia dois sujeitos: um chamado Hunahpu-Vich, um tirador tacuasin105 e outro
chamado Ahpu-Vuh, um tirador lobo106
Fonte: (XIMENEZ, 1700-1704, fólios 3r). Tradução nossa.
4.2.1 Peritexto editorial Pop Wuj de Don Adrián Inés Chávez - capa,
página de rosto e seus anexos.
107
Los códices eran para los mayas algo más que el médio de conservar sus
conocimientos y tradiciones; eran el símbolo de todo lo sagrado y digno de
respeto, la clave para comprender el espacio y el tiempo y para situarse en ellos,
la norma de vida y el principio de identidad de su ser comunitario”(DE LA
GARZA, 1998, p. 68)
97
Esta edição foi escolhida por ser muito utilizada nas escolas da
República Argentina e cuja leitura recomenda-se no Ensino Médio. O
tamanho da capa é de 11 x 19,5cm (ou de bolso), a página de rosto contém
uma ilustração circular e o nome da coleção a que pertence (“Biblioteca
de Cultura Popular”), como anexo apresenta mais uma página com
desenhos zoomorfos maias simplificados em preto e branco, um na parte
superior e outro na parte inferior. Na continuação, encontramos o título
do livro e as especificações autorais do prefácio, a repetição do nome da
coleção e o número 7, que corresponde ao volume, sendo, por fim,
mencionada a editora (“Editora del sol”).
No verso desta página, encontramos a ficha técnica da edição: 1ª
edição, Buenos Aires, cuja edição é de 2007. Possui 176 páginas e ISBN
978-950-9413-13-9. Especifica o nome do diretor da coleção: Adolfo
Colombres, e também do desenhista: Ricardo Deambrosi, e uma nota
explicativa onde se lê: “Ilustrado com signos y dibujos de los códices
mayas”. Referencia a ilustração da capa: “Códice ‘Dresde’ kumatzin Wuj
Jum” (detalhe). Em seguida, tem mais uma ilustração circular sem
nenhuma legenda, especifica a edição, 1ª, e o ISBN.
4.2.1.2 Contracapa.
4.2.2 Prefácio
108 Pero lo más valioso es la descolonización del texto sagrado en que se empeña, que
va desde su nombre y estructura (desaparecen la división en partes y capítulos) a
la naturaleza de los personajes, concebidos no ya en pares o gemelos. Chavez
depuró así la Antigua palabra para ponerla al servicio de la Nueva Palabra […].
La publicación del presente libro constituye un acontecimiento cultural de gran
magnitud en América” (CHAVEZ, 2007, contracapa).
100
109
“El abate Brasseur de Bourbourg, que conocía varias lenguas y escribió que el
k’iche era no sólo el idioma más perfecto de Guatemala sino también uno de los
más perfectos del mundo, por su rara belleza y armonía.” (CHÁVEZ, 2007, p. 9).
110
“sufria a menudo cuando predicaba en maya las consecuencias de las limitaciones
de las consonantes castellanas, pues los indios apenas podían contener el estallido
de la risa. No se burlaban de la mala pronunciación [...] sino de la ridiculez del
nuevo mensaje.” (CHÁVEZ, 2007, p. 9).
111
“Por suerte Chávez, formado na adversidad como todo su pueblo, no se arredo.
Con su máquina tipeó las cuatro columnas del texto a las que agrego luego una
explicación necesaria y un prólogo de Carlos Guzman Böckler, un estúdio
comprometido com el indígena y no con las elites que expropian su producción
material y espiritual.” (CHAVES, 2007, p. 11).
101
112
“La más fiel traducción al español que del venereble documento se haya hecho.”
(CHAVEZ, 2007, p.15).
113
“Con la aparición de este trabajo se marca el fin de una era en la que fueron los
extranjeros quienes hablaron y escribieron por los K ‘iche’ ‘’s.” (CHAVEZ, 2007,
p. 24)
103
4.3.1 Capa
Figura 18 - Capado Popol Wuj
114
“En los trabajos de los tres autores citados (Ximénez, Brasseur de Bourbourg e
Adrian Recinos) subyace la convicción de que el pensamiento ki-chè expresado
en el Pop Wuj, por mucha que sea su originalidad, su profundidad o su elegancia,
no deja de ser la manifestación ingenua de un pueblo conceptuado por ellos como
primitivo y por ende, inferior a la civilización occidental.” (BÖCKLER, 2007)
104
115
“interrogar elcomienzo es interrogar el sentido y recurrir a los paradigmas
narrativos tradicionales, marcados por la progresión y la cronología, implica poner
en funcionamiento determinantes semánticos potentes” (PREMAT, 2013, p. 1).
116
“Conjunto redundante de categorias semánticas, que hace posible la lectura
uniforme del relato” (CRAVERI, 2012, p. 26).
117
“me refiero con esto a textos poéticos, míticos y rituales, altamente formalizados,
transmitidos por generaciones gracias al uso de la memoria humana o a algún
auxilio mnemotécnico, y no a las enunciaciones cotidianas, que responden a otro
tipo de organización semántica y gramatical.” (CRAVERI, 2012, p. 27).
118
“Lo que quiero subrayar es que el manuscrito de Ximénez presenta las marcas
107
NABE
Capítulo Primero
Este es el origen de la antigua historia de este lugar llamado K‘iche’
Aquí escribiremos
Estableceremos la palabra antigua; el origen el comienzo de todo lo acontecido
en el pueblo K‘iche’
Fonte: Ms Ayer (XIMENEZ, 1700-1704, f. 1r); Chávez (1979, p. 1b); Sam Colop
(2011, p.1)
I
Esta é a raiz da palavra antiga. Aqui é Quiché seu nome. Aqui escrevemos então,
iniciaremos então as palavras antigas. Os inícios. E a raiz principal. De tudo que
se fez na cidade de Quiché. A tribo do povo quiche.
Fonte: Brotherston e Medeiros (orgs.) (2011, p.41)
126
“…podemos presumir que fue de autoría colectiva y anónima porque el
manuscrito dice ‘escribiremos’ [xchiqatz’ib’aj] (f.1 r., líneas 23-24)” (LÓPEZ,
2014, s/p).
127
“La palabra indio tiene su origen en la ingenua creencia del gran navegante
genovés Cristóbal Colón, quien, para emprender la aventura que le trajo a nuestro
continente, se aferraba al supuesto de que siendo nuestro planeta de forma esférica
es posible llegar al extremo oriental de la India a fuerza de navegar hacia
occidente” (ESTRADA OCHANTE, 2007, p. 1).
110
Figura 21 - El Maguey
128
‘Antigua palabra’, es metáfora, se refiere a la antigüedad del Pop Wuj.”
(CHAVEZ, 1979, p. 1a).
129
“Homologo de Antigua palabra o sea de OJER Tzij que aparece en la copia del
padre Jiménez y que en el renglón 27 aparece con el nombre de Pop Wuj,
literalmente significa Libro del Tiempo o Libro de Acontecimientos.” (CHAVEZ,
1979, p. 1a).
112
130 Diosa de la fertilidad, aparece desnuda con punzones en las manos y sentada sobre
una tortuga (la tierra que surge del mar). Se observan también elementos asociados
a la obtención de aguamiel del maguey para elaborar pulque. (Vela, 2014)
131
El Códice Laud se encuentra actualmente en la Biblioteca Bodleiana de la
Universidad de Oxford, Inglaterra, catalogado con el número 678. Durante mucho
tiempo se le consideró un documento egipcio, documento del siglo XVII.
(Historias de los códices mexicanos. Manuel A. Hermann Lejarazu.
Disponívelem: http://www.arqueomex.com/S2N3n
Historias110.html . Consultado e m 06 de setembro de 2014.
113
Aquí mismo escribimos133de una vez Y aquí escribimos (ya con letra
antigua palabra; su comienzo, su base castellana), aquí fijamos la antigua
es decir, todo hecho en pueblo palabra; principio, es decir, base de
“magey-árbol” de grandes134 ki-chès todo lo sucedido en el pueblo Los
Magueyes, pero de las grandes gentes
gentes (…)
ki-ches
132 El maguey es una de las plantas emblemáticas de México. En buena parte ello se
debe a que es la fuente del pulque, bebida que es una de las herencias más
abiertamente gozosas de la época prehispánica. A esto hay que sumar que el
maguey es un elemento con características – como su peculiar apariencia, su
constante presencia y su longevidad – que lo hacen fácilmente reconocible y por
lo tanto un elemento sobresaliente en el paisaje. En la época prehispánica, y en los
primeros tiempos del virreinato, las representaciones de la planta del maguey por
lo general se hacían en función de sus connotaciones rituales o de su papel como
elemento de identidad en nombres de personas o lugares, en los siglos siguientes
la situación cambió. Las representaciones en compendios botánicos se volvieron
más o menos frecuentes y el maguey, por intermedio de la Virgen de los
Remedios, llegó a incorporarse al imaginario católico. (VELA, 2014, p. 76)
Acesso em 20 de dezembro de 2014.http://www.arqueomex.com/S9N5
n0Esp57_01.html
133
“Versión hecha por ki-chès al cambiar su escritura para emplear la
castellana, siempre en idioma ki-chè.” (CHAVEZ, 1979, p. 1a).
134
“No de tamaño, sino gente culta.” (CHAVEZ, 1979, p. 1a).
114
NABE
CAPÍTULO PRIMERO
Este es el origen de la antigua historia de este lugar llamado K‘iche’
Aquí escribiremos
estableceremos la palabra antigua;
el origen
el comienzo de todo lo acontecido en el pueblo K ‘iche’ ‘’,
nación de la gente k ´iche´.
Aquí iniciamos la enseñanza,
la aclaración y
la relación de lo oculto y
lo revelado por Tz´aqol
Bitol
Alom,
K´ajolom nombres de Junajpu Wuch´,
Juajpu Utiw,
Saqi Nim Aq
Sis;
Fonte: Colop (2011, p. 1)
135
“Inflexión Decolonial” (RESTREPO; ROJAS, 2010).
115
136
“La estructura gramatical del difrasismo […] se da in praesentia en la
comunicación oral.” (CRAVERI, 2012, p. 88).
116
137
“Los primeros personajes que se describen en las traducciones, son seres míticos
que cujas identidades se desdoblan en poderes provenientes “(del) universo,
(concebido como) una gran matriz cósmica que guarda la latencia de la vida”
(LÓPEZ, 1999, p. 167).
138
“figuras divinas demiúrgicas, [...] que tienen un caracter completamente
abstracto” (LÓPEZ, 1999, p. 168).
117
139
“intermediarios entre el hombre y los dioses. Sus manifestaciones simbólicas se
dirigen en ambas direcciones: son una representación del mundo natural frente a
los dioses y la expresión de la energía cósmica frente a los hombres.” (CRAVERI,
2012, p. 127).
140
“Tacuacín [...] deidad que oscurece el Cielo antes de amanecer. Recinos asocia a
‘Junajpu Wuch’ como ‘dios del amanecer’ y a ‘Junajpu Utiw’ como ‘dios de
noche’” (COLOP, 2011, p. 201).
118
141
“..el traductor literario. Como co-creador del texto Origen – del TO - utiliza la
imaginación para, primero, interpretar el del TO y, luego, comunicar el imaginario
aprehendido en él al Texto Término – TT […] El traductor es un auténtico
intérprete que no sólo interfiere en la tríada autor—texto-lector sino que, en cada
traducción, crea un nuevo acto de comunicación intercultural” (YUSTE FRIAS,
2001, p. 800).
142
“Hacer claro, perceptible, manifiesto o inteligible algo, ponerlo en claro,
explicarlo.”(Dicionário da Real Academia Espanhola. Disponível em:
<http://www.rae.es/rae.html>. Acesso em 4 de janeiro de 2013.
119
143
“Conjunto de divindades k ´iches’, expressão que se utiliza em substituição a
panteão.” (LÓPEZ, 1999, p. 149).
120
Quadro 19 - Difrasismo
144
“Literalmente el ‘constructor’ y ‘creador’. Tz´aq y bit ‘creación’ ” (COLOP, 2011,
p. 201).
145
“And God himself, the Grand Architect, the Master Builder of the word, has
labored from eternity; and working by his omnipotent wills, he describes his plans
upon illimitable space, for the universe is his trestle board.” (MACKEY, 2008, p.
81).
121
HunAh pu Utiv (Caçador Coiote), Zaqi Nim Aq (Grande porco Branco) e Tziz
(Quati)
Fonte: Brotherston e Medeiros (orgs.) (2011, p.41)
Quadro 21 - Escólios.
Fonte: Ximénez (1700-1704, f. 1r); Chávez (1997, p. 31); Sam Colop (2011, p. 1)
146
“el animal claramente se asocia a la capacidadde engendrar luz y civilización”
(CRAVERI, 2012, p. 104).
147
“Literalmente ‘blanco grande’ [...]. Recinos (1953:82) relaciona a Saqi nim Sis
como ‘diosamadre’ e a Saqi nim aq como su consorte.” (COLOP, 2011, p. 201).
123
148
“en los que se deben combinar las voluntades, la acción de lo impredecible, y la
materialidad cósmica” (LÓPEZ, 1999, p. 167)
149
1. Ganglio linfático.2. Erupções na pele. http://lema.rae.es/drae/?val=Bubas.
Acesso em 03 de janeiro de 2015.
124
150
Esta deidad se representa como la expresión del equilibrio entre los principios
complementarios diurnos y nocturnos, […] La serpiente, en efecto, encarna la
fertilidad de la tierra y de las aguas, entra en contacto con los ciclos vitales celestes
y permite la unión del cosmos.” (CRAVERI, 2012, p. 105).
125
151
1.f.Refrán, proverbio, adagio, sentencia. (RAE - http://rae.es/).
152
“alrededor de un conjunto de problematizaciones de la modernidad y
particularmente sobre el significado de dicha experiencia en la
perspectiva de quienes la han vivido desde una condición subalterna”
(RESTREPO; ROJAS, 2010, p. 14).
126
Quadro 25 - Anciãos
Ah Raxa Laq (Espírito do Prato Verde -Azul) e Ah Raxa Tzel (Espírito da Tigela
Verde -Azul), como se diz, que são também chamados. Que são também
conhecidos como Iyom (Mulher com netos) e Mamom (Homem com netos).
Xpiacoc e Xcumane são seus nomes,
Fonte: Brotherston e Medeiros (orgs.) (2011,p.41-43)
153
“No hay una única fuerza actuante, sino que hay múltiples, no hay unidad, sino
diversidad y fragmentación de orígenes. Lo múltiple sustituye a lo absoluto, la
sucesión reemplaza a lo inmutable, y lo perfectible a lo perfecto.” (LÓPEZ, 1999,
p.149).
127
154
“A finales del siglo XVII la esperanza de vida al nacer no superaba los 30 años en
muchas regiones españolas, aún en los años sesenta del siglo XX giraba en torno
a los 50” (GARCIA GONZALES, 2005, p. 12)
155
“…la edad no era la mera acumulación de días y de meses representados
aritméticamente a lo largo de la vida de una persona. Ésta se organizaba más bien
en fracciones de tiempo en función de ciertas características y capacidades
individuales junto con necesidades comunitarias.[ …] (GARCIA GONZALES,
2005, p. 24)
128
Quadro 28 - Nomeação
amador y trabajador; dos veces partera, dos veces abuelo se decía en lengua
K‘iche’ .Contaron todo lo que hicieron ya en la clara realidad. clara
manifestación. Y si aquí escribimos ya con letra castellana, ya en cristianismo, en
esta forma lo divulgaremos porque ya no se verá del Pop Wuj,
así llamados los protectores, amparadores, dos veces comadrona, dos veces
abuelo, como se les dice en la historia K´iché cuando lo narraron todo, junto con
lo que hicieron en la claridad de la existencia claridad de la palabra.
Esto lo escribieron ya dentro de la prédica de dios, en el cristianismo. Vamos a
sacarlo a la luz porque ya no hay donde ver el Popol Wuj
Fontes: Ximénez (1700-1704, f. 1r); Chávez (1997, p. 31); Sam Colop (2011, p. 1)
156
“…metáfora asociada a lo plano y verde de la Tierra y de la bóveda cósmica. Laq
literalmente es ‘plato’, y tzel es recipiente de forma redonda. Esto quiere decir:
los quías espirituales mitológicos que ofrecen ceremonias a la Tierra y al Cielo.
El color azul está asociado a la bóveda del Cielo” (COLOP, 2011, p. 202).
157 Quiché: grafia escolhida pelos autores para K’ iche’.
130
158
La palabra Popol Vuh significa literalmente “libro de la estera”. Entre los
pueblos mesoamericanos, las esteras o petates eran símbolos de la
autoridad y el poder de los reyes. Eran utilizadas como asientos para los
gobernantes, cortesanos de alto rango y cabezas de linajes. Por esta razón,
el título del libro se ha traducido como “Libro del Consejo”.(Disponível
em: <http://www.popolvuh.ufm.edu/index.php/El_Popol_Vuh>. Link
oficial da Universidad Francisco Marroquín. Guatemala. Consultado em
19 de junho de 2014).
159
“La concha grabada del edificio del búho, dzibanché, Quintana
Roomuestra en su interior a un noble que sostiene en sus brazos una
serpiente de cascabel, de la que se distingue su crótalo, su cuerpo con
marcas de diamantes y su cabeza con un jade por ojo y, posiblemente, una
pluma rematándolo. En ambas extremidades de la serpiente aparece una
deidad emergiendo de las fauces de una serpiente; un jade se incrustó en
131
De la otra parte de el mar es venido donde se a visto; q’es dicho su ser enseñada
nuestra obscuridad con la míradura de la clara vida. antiguamente avía libro
original q’se escrivío antigua mente; síno q’esta escondido al q’ lo míra, y al q’
lo piensa. Grande es su venida, y su ser enseñado.
ciencia que vino del otro lado del mar y que es relato de nuestro origen,
ciencia de la existencia se decía. Existe el primer libro (el Pop Wuj), es decir, la
antigua escritura. Esto es únicamente para lamentarlo, para meditarlo.
instrumento de claridad venido de la orilla del mar. Donde se cuenta nuestra
oscuridad instrumento de claridad sobre el origen de la vida, como se le dice.
Había un libro original, que fue escrito antiguamente, sólo que están ocultos
quienes lo leen quienes lo interpretan.
Fontes: Ximénez (1700-1704, f. 1r); Chávez (1997, p. 31); Sam Colop (2011, p. 1)
Uma visão das coisas claras. Veio do lado mar. A descrição das nossas sombras,
uma visão da vida clara, como é chamada. Houve uma vez o manuscrito disso, e
foi escrito há muito tempo, só que ocultando a face está o seu leitor, o seu
pensador.
Fonte: Brotherston e Medeiros (orgs.) (2011, p.43)
162
“Aic yez aic Tlathuiz. Nunca será, nunca amanecerá. La caída de Tloteloco y los
mitos solares mesoamericanos.” (CHINCHILLA, 2011, p. 107)
163
“Otra linea isotópica que da coherencia a los distintos episodios es precisamente
la manifestación solar luminosa, que connota todas as actividades humanas,
animales y vegetales.” (CRAVERI, 2012, p.127)
133
Dice que lo escribe dentro de la cristiandad porque todas estas cosas estaban
escritas y que vino de la otra parte del mar y que hoy no se puede leer, lo cierto
es que tal libro no apareció nunca, ni se ha visto y así no se sabe si este modo de
escribir era por pinturas, como los mejicanos, o por hilos como los peruleros;
puédese creer que era por pinturas en mantas blancas y tejidos; figuras que
denotaban las cosas, como hoy tienen los del pueblo de San Antonio en el
Quiché, como en mapa pintadas todas sus tierras, montes y ríos, en unas mantas
tejidas, y así es factible conservasen las memorias y antiguallas, y también se
puede discurrir que conservaron algo del libro del génesis, dado que
descendiesen de las 10 tribus que en tiempo de Salmanazar se perdieron, y del
libro del Éxodo, porque lo más tratan estas historias como se irá viendo, alude
todo a lo que la Sagrada Escritura
Fonte: Ximénez (1700-1704, fólio, escólios).Tradução nossa.
165
“La institución masónica puede ser catalogada como decidida partidaria de la
Ciencia y de sus avances sin ningún tipo de recelos. No podía ser de otro modo.
Uno de los grandes principios masónicos, grabados en el frontispicio de su edificio
filosófico es el progreso de la humanidad. Consecuentemente con ello, todo lo que
suponga un avance social, una mejora material o espiritual del común de los
hombres, y la ciencia proporciona multitud de ejemplos, recibe los beneplácitos
de la masonería” (CRUZ, 1989, p. 91).
136
166
“fueron codificadas en un juego entero de nuevas categorías: Oriente-Occidente,
primitivo-civilizado, mágico/mítico-científico, irracional-racional, tradicional-
moderno. En suma, Europa y no-Europa” (QUIJANO, 2000, p. 211).
167
“la historia de la civilización humana es una trayectoria que parte de un estado de
naturaleza puro y culmina en Europa” (QUIJANO, 2000, p. 211).
168
“para que los K ‘iche’ ‘’´es hablantes tuvieran acceso a leerlo en ese idioma.”
(COLOP, 2011, p. XIII).
137
169
“Por lo tanto, hablar de la de colonialidad es visibilizar las luchas en contra de la
colonialidad pensando no solo desde su paradigma, sino desde la gente y sus
prácticas sociales, epistémicas y políticas, tomando en cuenta la presencia de lo
que Maldonado-Torres llama una “actitud de-colonial”. (WALSH, 2005, p. 23).
170
“Dichas traducciones, en general han pasado por alto el lenguaje poético en que
fue escrito el manuscrito original” (COLOP, 2011, p. XIII).
171
Aquí está haciendo referencia a la cuerda con que aún se miden los terrenos. Um
ej del manuscrito ha sido traducido como “la mitad”; pero significa ‘doblez’, con
la dobladura de los cortes que visten las mujeres mayas.
172
“cielo tierra” y ‘lago mar’, metonimias para referirse al cosmos y a todas
las aguas de la Tierra, respectivamente.
138
173 Tal como lo define la visión cíclica de la historia, en el pasado está escrito el futuro
y este porvenir, al mismo tiempo, es un recuerdo del pasado. Dicho de otra
manera, los mayas vivían una constante interacción entre el pasado y el futuro a
nivel cotidiano. (OKOSHI ARADA, 2000, s/p)
139
174
“Edmonson traduce este fragmento como: 'Thewomb of heaven, /
Thewomb of earth. / fourcreations, / Four humiliations,' [El vientre del
cielo / el vientre de la tierra / cuatro creaciones / cuatro caídas] (8). Es la
menos literal de todas las traducciones pero tal vez sea la que mejor refleja
la cosmovisión maya precolonial.” (LÓPEZ, 2014, p. 24)
175
A principios del siglo XX, identificó las primeras imágenes de ellos en
los códices del Posclásico. Utilizó 15 letras mayúsculas para nombrar
cada uno, de la A a la P, nomenclatura que aunque modificada, aún se
utiliza para identificar las imágenes de los principales dioses.
176
Generador del tiempo, la luz, el calor y los cuatro rumbos del universo, el Sol,
llamado K’inich Ajaw (Señor de Ojo Solar), era tan importante como el dios
creador, pues se concebía como una de las manifestaciones de Itzamnaaj.”
(PEREZ SUAREZ, 2007, p. 20)
140
177
“El símbolo más frecuente para nombrarlo fue la flor cuadripétala del glifo k’in
(Sol, día, tiempo y fiesta), que hace alusión a los cuatro rumbos del cosmos, razón
por lo que la cabeza de la deidad solar se utilizaba para representar el número 4
(chan o k’an)” (PEREZ SUAREZ, 2007, p. 18).
178 Ritual de sanação.
179 “pervivencia de narraciones recogidas en época colonial, como El Ritual de los
Bacabes, en donde se describe al pájaro O' formando parte de las mismas
estructuras simbólicas a las que aparece asociado también el dios de la lluvia: el
árbol y los colores de los cuatro rumos.”(GARCIA BARRIOS, 2009, p. 3)
141
180
“Cielo tierra' y ‘lago mar’, metonímias para referirse al cosmos y a todas las aguas
de la Tierra, respectivamente.” (COLOP, 2011, p. 204).
142
181
“El difrasismo ayuda a comprehender la concepción del individuo como etapa de
un proceso constante de vida, muerte y regeneración” (CRAVERI, 2012, p. 111).
182 Q'ukumatz, el dragón celeste. (CRAVERI, 2012, p. 103)
183
“...carga los nombres de la energía sagrada y de la fertilidad y de la fertilidad
necesaria para la creación. La función del difrasismo es la de enfatizar el papel
formador de los seres divinos y de connotar cada uno de ellos por medio de su
recíproca interacción.” (CRAVERI, 2012, p. 111).
143
Folio 1 verso.
ESTE ES SV SER DICHO QVANDO
estaba en suspenso, en calma, en silenzío, sin moverse, sin cosa sino vazío el
zielo. I esta es la primera palabra, y eloquençía. aun no avía hombres, animales,
pajaros, pescado, cangrejo, palo, piedra, hoyo, varranca, paja, ní monte; síno solo
estaba el cíelo. No se manifestava la haz de la tierra; sino q’ solo estaba el mar
represado, y todo lo de el cielo; aun no avía cosa alguna junta, ní sonaba nada, ní
cosa alguna se meneaba, ní cosa q’hízíera, mal. í cosa q’hízíera, cotz. Esto es
ruído, en el cielo. ní avía cosa q’ estuvíese, ní q’estuviese parada em pie; solo el
agua represada, solo la mar sosegada, solo ella represada, ní cosa alguna avía
q’estuviese; solo estaba en sílencio, y sosiego, en la obscuridad, y la noche;
RELATO DE LO QUE TODAVIA ERA SILENCIO, VIBRACIÓN,
FERMENTACION. VIBRABA, ESPASMABA, PALPITABA; ES DECIR
CUANDO ELCIELO ESTABA VACIO. Esta primera palabra es la primera
expresión; no habia gente, ni animal, pajaro, pez, congrejo, árbol, piedra, hoyo,
[su obra.
No había movimiento,
Nada ocurría en el Cielo.
No había nada que estuviera
[levantado
sólo agua reposada,
sólo el mar apacible,
sólo reposaba la soledad.
Y es que no había nada
[todavía,
Sólo había quietud
Y sosiego en la oscuridad
[en la noche.
Fontes: Ximénez (1700-1704, f. 1v); Chávez (1997, p. 3b); Sam Colop (2011, p. 3)
II
Aqui está a narração dessas coisas: na verdade, ainda estava quieto, na verdade,
ainda quaestava silencioso. Estava quieto, na verdade, ainda estava quieto, na
verdade estava calmo. Na verdade, estava solitário. E também estava vazio ainda,
o útero do Céu.
III
Estas foram, na verdade as primeiras palavras, as primeiras expressões. Não
havia ainda nenhuma pessoa, nenhum animal, Pássaro, Peixe, Caranguejo,
Árvore, Pedra, Buraco, Desfiladeiro, Campo ou Floresta. Por si só o Céu existiu.
A face da Terra ainda não era visível. Por si só o mar ficou represado. E o útero
do Céu, Tudo. Não havia mais nada, o que quer que fosse, em silencio, ou em
repouso. Cada coisa foi feita silenciosa. Cada coisa foi feita quieta, foi feita
invisível, foi feita para descansar no Céu. Não havia de fato nada então que
estivesse imóvel lá.
Fonte: Brotherston e Medeiros (orgs.) (2011, p.47)
186
“sta es la primera palabra y eloquencía” (XIMÉNEZ, 1700-1701, f. 1v).
187
“Lo que precede lo existente, por la actualización de la creencia en una primera
página, en un primer gesto, una palabra inaugural, capaces de atribuirle un sentido
inteligible a lo que sigue, es decir a todos los relatos humanos.” (PREMAT, 2013,
p. 41).
188
“el cosmos es un sutil receptáculo que contiene infinitas posibilidades de infinitas
existencias que pueden llegar a ser. No hay cosa en el sentido corriente del
término, pero si es la latencia de la vida.” (LÓPEZ, 1999, p. 171).
189
“Relato de lo que todavia era silencio, vibración, fermentación. Vibraba,
espasmaba, palpitaba; es decir cuando elcielo estaba vacio.Esta primera palabra
es la primera expresión” (CHAVEZ, 2007, p. 2a).
190
“...todo está en suspenso, todo está en reposo. En sosiego, todo está en silencio;
Todo es murmullo y está vacía la bóveda del Cielo” (COLOP, 2011, p. 3).
191
“El mito propone una identificación mimética entre los dos niveles e interpreta el
momento presente como una actualización del pasado.” (CRAVERI, 2012, p.
186).
147
192
“no habia gente, ni animal, pajaro, pez, congrejo, árbol, piedra, hoyo, barranco,
pajón, bosque; solamente estaba el cielo” (CHAVEZ, 2007, p. 2a).
193
“La mención de las formas naturales puede ser considerada también como un acto
cosmogónico verbal, en que los dioses crean la vida de los seres naturales a través
de la evocación de sus nombres” (CRAVERI, 2012, p. 119).
194
“… medio de purificación y centro de regeneración [...]. Las aguas, masa
indiferenciada, representan la infinidad de lo posible, contienen todo lo virtual, lo
informal, el germen de los gérmenes, todas las promesas de desarrollo.”
(CHEVALLIER, 1986, p. 52).
195
“Todavía no había nada que estuviera junto, que hiciera ruido, que se moviera por
su obra.” (CHÁVEZ, 2007, p. 3).
148
solo estaba el criador y formador, Sor. culebra fuerte, las madres, y Pes. están en
el agua, en una claridad abierta y estaban cubiertos en plumas verdes, por eso se
llama qucumatz
Solamente El Arquitecto, El Formador, El Infinito, El Oculta Serpiente, El
creado, El Varon Creado estaban en el agua despejada, ahí estaban, estaban
ocultos entre el limo, entre el verdor, de cual vino el nombre de Ocultador de
Serpiente,
Sólo estaban Tz´aqol, Bitol, Tepew Q´ukumatz, Alom, K´ajolom en el agua
Dimanaban luz estando envueltas en plumas de quetzal en plumas azules; de ahí
la nominación de “Serpiente Emplumada”.
Fontes: Ximénez (1700-1704, f. 1v); Chávez (1997, p. 3b); Sam Colop (2011, p. 3)
Todos sozinhos, Tzakol e Bitol, Tepev, e quq Kumatz, as Mães e os Pais estavam
na água. Luminosos eram eles então, e cobertos de penas de quetzal e de pombos.
Daí veio o nome de Quq Kumatz. Grandes sábios eram eles. E grandes
pensadores em sua essência, pois realmente há Kah (o Céu) E há também u Kux
Kah (o Coração do Céu). Esse é o nome do deus, como se contava.
IV
Assim então chegou a palavra dele aqui. Ela alcançou Tepev. E Quq Qumatz lá
na escuridão, na noite. Ela falou a Tepev. E Quq Qumatz, e eles falaram. Então
eles pensaram;
Fonte: Brotherston e Medeiros (orgs.) (2011, p.47)
196
“...solo estaba el críador y formador” (XIMÉNEZ, 1700-1704, f. 1r.).
197
“Solamente EI Arquitecto, El Formador” (CHAVEZ, 2007, p. 2a).
198
“Sólo estaban Tz´aqolBitol” (COLOP, 2011, p. 4).
199
“Tz´aqol, Bitol, Tepew Q´ukumatz, Alom, K´ajolom en el agua. […] se anticipa
que los dioses que estaban envueltos en plumas y que se encontraban en el agua,
son nombrados como Majestuosa Serpiente emplumada” (COLOP, 2011, p. 4-
202).
200
“Dimanaban luz estando envueltas en plumas de quetzal en plumas azules […]
Luz que sale de entre las plumas. La palabra q´uq significa quetzal, pero también
así se llaman sus plumas.” (COLOP, 2011, p. 4-204.).
150
Fonte: Pacal202
201 La energía de la serpiente activa un tiempo cósmico abstracto que no cubre todas
las manifestaciones temporales vinculadas a la vida del hombre”(CRAVERI,
2012, p. 182)
202
http://www.pacal.de/chitchenitza_en.html
151
grandes sabios, y de grandes entendimientos su ser. y así por eso está el zielo, y
ay tambien su corazon de el zielo, este es su nombre q’se le dize a aquel ídolo. Y
entonzes vino aquí su palabra, vino con los Ses. tepeu, qucumatz aquí en
bscuridad, en la noche, y abló con tepeu qucumatz. y dixeron, qo consultaron, y
qo pensaron, se juntaron, hízíeron consejo, qo se declararon, y pensaron vnos a
otros. y en entonzes parezíeron las críaturas, que consultaron la hechura, y
creazíon, de los palos, mecates, y la hechura de la vida, y de la creazíon, en la
obscuridad, y tinieblas, por el corazon de el zielo, q’se llama huracan. (esto es de
un píe nombre propío). El primero se llama: caculha huracan. (nombre propio
q’dize: rayo de vna píerna) el Segundo: chípa caculha. (nombre propio q’dize el
más pequeño de los rayos). Folio 2 reto y el tercero: RaxaCaculha (nombre ropio
q’ dice: verde rayo) con q’ suertes aquel su Corazón del Cielo, q’ vinieron con
Tepeu, Gucumatz, entonces se consulto la vida, y la creación; pues como se
sembrara, y aclarar,
grandes sabios, grandes pensadores se originaron Asi es pues que el cielo estaba
etéreo, pero estaba el espiritu del cielo, he aqui su nombre: "Doble Mirada", le
dicen. Vino y habló entonces aquí con el que viene del Infinito. Ocultador de
Serpiente aqui en la oscuridad, de noche. se hablaron, pensaron y meditaron; se
juntaron y se pusieron de acuerdo en pensamientos y palabras; se quisieron y se
amaron bajo esta claridad. De una vez pensaron crear la humanidade y su
subsistencia; crearon el árbol y el bejuco, la subsistencia de Ia vida y de la
humanidad; esto fue en la oscuridad, en la noche por el Espíritu del Cielo llama
do "Un Pie" "Rayo Un Pie" el primero, el segundo era "Mefique Rayo", el
terceiro era "Verdadero Rayo". Asi que eran três los espiritus del Cielo; lIegaron
a donde el "Venido del Infinito", "Oculta Serpiente"; se ideo desde entonces la
clara existencia: - Cuando se ha de crear? Se ha de aclarar?
De granes sabios, de grandes pensadores en su esencia Asimismo estaba sólo el
[Cielo y también Uk´u´x Kaj que es el nombre de dios, como se le dice.M Vino
entonces aquí su palavra llegó donde estaba Tepew Q´ukumatz en la oscuridad,
en la aurora. Habló con Tepew Q´ukumatz 203 dijeron entonces cuando pensaron
cuando meditaron. Se encontraron y juntaron sus palabras y sus pensamentos
Estaba claro, se pusieron de acuerdo bajo la luz; se manifestó la humanidad y se
dispuso el surgimiento, la generación de árboles, de bejucos y el origen de la
vida, de la existencia en la oscuridad en la aurora, por parte de Uk´u´x Kaj
llamado Jun Raqan. Kaqulja Jun Raqan, el primero, el segundo es Ch´ipi
Kaqulja y el tercero Raxa Kaqulka cuando vinieron a hablar con Tepeu
Q´ukumatz, cuando se concibió el origen de la vida: ¿Cuándo tendrá que ser la
siembra y el amanecer? 204
Fontes: Ximénez (1700-1704, f. 2r); Chávez (1997, p. 3b); Sam Colop (2011, p. 4)
203
“Recinos traduce “hablaron entre si Tepew y Gucumatz” cuando el texto K ‘iche’
‘’ dice que quien habló con ellos fue Uk´u ´x Kaj.” (CHAVEZ, 2007, p. 2a).
204
“La pregunta en el texto k ´iche: [...] está en forma imperativa. Esto quiere decir
que los dioses, después de decidir la creación humana sólo se preguntan por el
momento propicio para hacerlo. La ‘siembra’ y el ‘amanecer’ son expresiones
paralelas en el Popol Wuj, que están asociadas a la siembra de luz en el Cielo y al
surgimiento de vida en laTierra” (COLOP, 2011, p. 206).
152
Então eles refletiram. Então concluíram entre eles; Eles juntaram suas palavras.
Seus pensamentos. Então geraram. Seus pensamentos. Então eles mesmos se
encorajaram. Então mandaram que fosse criado. E geraram os homens. Então
conceberam o nascimento. A criação de árvores. E arbustos. E o nascimento da
vida. E da humanidade. Na escuridão. Na noite por meio daquele que é u Kux
Kah. Hu r Aqan (Raio Um perna) é o primeiro, e o segundo é Chipi Ka Kukaha
(Raio Anão). O terceiro então é Raxa Ka Kulaha (Raio Verde), Assim os três são
Kux Kah. Então eles vieram a Tepev. E Quq Qumatz, e então foi a invenção da
luz.
Fonte: Brotherston e Medeiros (orgs.) (2011, p.49-51)
205
“el caracter de estas figuras divinas dista bastante de una actitud belicista, y se
comportan siempre en consejo, [...] digamos que son figuras hieráticas y telúricas
al mismo tiempo” (LÓPEZ, 1999, p. 64).
206
“Doble mirada”, significa que mira de noche cerca y el Infinito” (CHÁVEZ, 1979,
p. 2b).
207
“Christenson en cambio sostiene que se refiere al conjunto de los 'antiguos
153
2014, p.25).
211
“'Doble Mirada', le dicen. Vino y habló entonces aquí con el que viene del
Infinito. Ocultador de Serpiente aqui en la oscuridad, de noche. se hablaron,
pensaron y meditaron; se juntaron y se pusieron de acuerdo en pensamientos y
palabras; se quisieron y se amaron bajo esta claridad. De una vez pensaron crear
la humanidad su subsistencia; crearon el arbol y el bejuco, la subsistencia de la
vida y de la humanidad” (CHÁVEZ, 1979, p.2b).
212
“...'Un pie', significa que no tiene sexo, un eterno, a diferencia del hombre que
tiene dos pies, es decir; o es hombre o es mujer. Por ser un concepto que no está
representado en ningún griflo” (CHAVEZ, 2007, p. 2b).
155
quien será hecho alimentador, y sustentador, dad vuestro voto. Esta agua salga,
desembarace para q’ se produzca la tierra, y sea su juntura, y así se siembre, y
aclare el cielo, y la tierra, y así no les será embarazo a las criaturas, y nuestras
hechuras, cuando fueren criados los hombres criaturas, y formadoras, y dijeron
cuando se formo la tierra por ellos, de solo decirlo se hizo la tierra, y estuvo
su Ser formado. Tierra dijeron, y luego al instante fue hecha. Así como la
neblina, y como nube su ser formado, en retazos cuando se puso como cangrejo
sobre el agua el cerro fue hecho. Solo por milagro, y maravilla fue hecho, y en un
instante juntamente se formo su producir cipreses, Primeramente se crío la tierra,
los montes, y llanos, se dividieron los caminos del agua, y anduvieron muchos
arroyos entre los cerros y en señaladas partes se paró, y detuvo el agua, y
213
“Dios egipcio con cabeza de halcón, hijo de Osiris e Isis, representado a menudo
por un ojo, el Ojo de Horus. Su combate legendario con Seth, el maléfico, que le
reventó un ojo, ilustra la lucha de la luz contra las tinieblas y la necesidad de estar
atento, de tener el ojo abierto en la persecución de la eternidad” (CHEVALLIER,
1986, p.578).
214
“Osiris de entre los dioses de Egipto aparece con un pie” (CHÁVEZ, 2007, p.2b).
215
“que abren las acciones y las transforma en la realización concreta de un acto
verbal del personaje. La realidad del Popol Wuj es dinámica y polisémica con la
incursión de varios puntos de vista” (CRAVERI, 2012, p. 177).
156
entonces se mostraron los grandes cerros. Y así su ser formada la tierra, cuando
se crío por aquellos q’ se llaman el Corazón del Cielo, y el Corazón de la
Tierra, y esto es lo primero q’ discurrieron estando el cielo y la tierra dentro del
agua, y así su ser discurrido aquello q’ discurrieron, cuando pensaron su ser
perfeccionado, y su ser hecho por ellos.
Sea quien sea el buscador de la existencia, que se origine, no seais lentos porque
el agua no se quita, no desocupa; que aparezca la Tierra, que se tienda sola; dijo
entonces: - ¡Creaos! [Aclaraos Cielo, Tierra! Acaso no ha de ser el lugar de
invocacion, de contemplación de nuestros construidos, de nuestros formados?
[Originaos gente construida, gente formada! -asi dijeron. De una vez apareció la
Tierra por ellos, solamente por su palabra se hizo la Creación, al momento
apareció la Tierra. - iTierra! -dijeron. De una vez se creo, aparecio como nube,
como neblina fue su aparición. Aqui fue cuando surgio, salieron las montañas
dentro del agua; verdaderas grandes montañas resultaron; por su signo, por su
virtud se hizo la creación de las montañas, de las costas; de una vez aparecieron
con sus cipresales, sus pinares, así fue el aspecto. Se puso feliz el Oculta
Serpiente, -- Estuvo bien que hayas venido tu, Espíritu del Cielo, tu Un Pie, es
decir, tu último Rayo", "Verdadero Rayo"; salió bien nuestra obra, nuestra
formadura -dijeron. Primero apareció el asiento de las montañas y de las costas.
Luego se pensó en el camino de los ríos y corrieron; parecían piernas entre
montañas. Sólo se pensó y ya estaban corriendo los ríos, así se juntaron las
grandes montañas. Así fue como apareció la tierra, se originó por los espíritus del
cielo, por eso se decía “Espíritu de la tierra”, Al momento idearon primero la
existencia de la Tierra que salió del agua. Así fue como se ideó, idearon, se pensó
hacer bien.
¿Quiénes serán los proveedores, los cuidadores? ¡Que se haga la realidad! ¡Las
aguas que se aparten, Que se vacíe! Porque debe surgir la Tierra Su superficie
debe verse. Luego que venga la siembra que nazcan Cielo y Tierra, ¿ No es acaso
el lugar de veneración, de invocación, de nuestros formados, de nuestros seres
creados¡Que se origine la gente formada la gente construida!, dijeron entonces.
Luego surgió la tierra por su obra, sus palabras fueron suficientes para que
esto ocurriera, para que la tierra apareciera: _ ¡Tierra!, dijeron y de inmediato
emergió como si fuera sólo nube, como si fuera neblina empezó a aparecer
empezó a crecer. Del agua empezaron a salir los cerros y de inmediato en
grandes montañas se convirtieron. Sólo por su prodígio Solo por su poder se
consiguió la concepción de las montañas y valles.216 Que de inmediato rebosaron
de cipreses de pinos. Así , pues, se puso contenta la Serpiente Emplumada:
Estuvo bien que hayas venido tú Uk´u´x Kaj, tú Jun Raqulja, tú Ch´ipi Kaqulja.
Raxa Kaqulja.217 Salió bien nuestra obra nuestra construcción, dijeron entonces.
Primero, pues, se originó la Tierra las montañas y valles; se dispuso el camino de
las aguas los arroyos empezaron a caminar entre los cerros; ya se sabía el lugar
216
“Literalmente ‘montaña-valle’, es otra metonimia para referirse a la ‘superficie de
la tierra’” (COLOP, 2011, p. 206).
217
“Aquí se identifican cuatro nombres. Esto clarifica […] que son tres las
manifestaciones de 'Corazón del Cielo'” (COLOP, 2011, p. 206).
157
de las aguas cuando parecieron las grandes montañas. Así fue, pues, el origen de
la Tierra cuando fue formada por Uk´u`x Kaj Uk´u´x Ulew, así llamado porque
fueron los primeros en pensarlo. El cielo fue separado y La Tierra fue apartada de
las aguas. Así fue, entonces, lo ejecutado cuando pensaron cuando meditaron
concluir, terminar su obra.
Fontes: Ximénez (1700-1704); Chávez (1997, p. 3a); Sam Colop (2011, p. 7)
“Um protetor. Um nutridor: que assim seja. Você deve decidir sobre isso. Existe
água represada.Que deve ser descarregada, para criar isso, a Terra, e tê-la lisa. E
igual. Quando ela for plantada, quando ficar clara. Céu e Terra. Mas não haverá
nenhuma adoração ou glorificação daquilo que construímos. Daquilo que
modelamos, até que tenhamos criado também uma forma humana. Uma figura
humana, adoração ou glorificação daquilo que modelamos. Até que tenhamos
criado também uma forma humana. Uma figura humana”, assim eles disseram.
Assim, a Terra foi criada por eles. Só a palavra deles causou a sua criação. Para
criar a Terra, “Ulev” (“Terra”), eles disseram. Imediatamente ela foi criada. Era
apenas como uma nuvem, como uma névoa então. A criação então. O furacão.
Então à montanha. Foi dito que saísse da água. Imediatamente houve grandes
montanhas. Só o poder deles. Só a magia deles. Causou a criação então. A
invenção de montanhas e vales. Num instante foram também criados bosques de
cedro sobre elas. E florestas de pinheiros sobre elas. Assim Quq Kumatz se
alegrou. “Que bom que você veio, Ó u Kux Kah, Ó, Hu r Aqan. E você, Chipi Ka
Kulaha e Raxa Ka Kukaha. Nossa criação está bem feita. E nossa obra”, eles
disseram. E como eles haviam criado a Terra, as montanhas e vales, os caminhos
das águas ficaram desembaraçados e elas se puseram a descer as colinas. Então
os rios se dividiram mais. Conforme iam as grandes montanhas aparecendo. E
assim foi a criação da terra, que é obra deles, U Kux Kah, U Kuk Alev, como são
chamados. E eles foram os primeiros a pensar nisso. O Céu estava pronto e a
Terra estava pronta sob a água. E assim foi inventado o que eles imaginavam.
Enquanto eles refletiam sobre sua perfeição. Tudo foi feito por eles.
Fonte: Brotherston e Medeiros (orgs.) (2011, p. 52-53)
218 Primero, pues, se originó la Tierra las montañas y valles (CRAVERI, 2012, p. 33)
219 “Así fue, entonces, lo ejecutado cuando pensaron, cuando meditaron concluir,
terminar su obra” (CRAVERI, 2012, p.33)
220
“En el manuscrito, línea 42, reza vquxuleu (Uk’u’xUlew), que quiere decir Corazón
de la Tierra, complemento (femenino) de Uk’u’xKaj, el cielo en el sentido de
Universo” (LÓPEZ, 2014, s/p)
159
Fólio 2v
Y después discurrieron los animales de el monte guardianes suyos de los montes
todos, sus criaturas de el monte, el venado, el paxaro, el leon, el tigre, la culebra,
la vívora, el cantí, guardas de los mecates, y dixo el criador sí solo ha de estar en
silencio, o han de estar en suspension debaxo de los palos, y mecates?
221
“Otro elemento[…], consiste en la distribución circular de los significados en el
texto, la narración no sigue rigurosamente un orden lineal y progresivo, sino que
frecuentemente vuelve sobre si misma para profundizar conceptos ya expressados
y anticipar otros” (CRAVERI, 2012, p. 57).
160
De una vez crearon los animales de las montañas, los guardianes de las selvas,
los moradores de las montañas, venados, pájaros, tigres, leones, serpientes:
cascabel, cantí, bejuquillo. Dijo el Creado, Varón Creado. ¿Acaso sólo es
soledad? ¿Es bueno que haya silencio bajo los árboles y bejucos?
Luego se pensó en los animales del monte, cuidadores de cerros; En todas las
criaturas del bosque; venados; pájaros; pumas; jaguares; serpientes; cascabel;
barbamarilla; guardianes de los bejucos: Luego dijeron Alom
K’ajolom: ¿Es solo silencio o murmullo lo que ha de haber debajo de los árboles
y de los bejucos?
Fonte: Ximénez (1700-1704); Chavez (2007, p.4b); Colop (2011, p. 7)
V
Então eles pensaram mais ainda nos animais selvagens, protetores da floresta, em
toda a população da floresta: Veado, Pássaros, Jaguares, Serpentes, Cascavéis,
Jararacas, Protetores de plantas. A Mãe disse isto, E o Pai: Deveria apenas estar
quieto. Ou não deveria estar quieto sob as árvores e os arbustos?
Fonte: Brotherston e Medeiros (2011, p. 55)
222 “guardianes suyos de los montes todos” (XIMÉNEZ, 1700-1704, Folio 2v.)
223 Que, de acordo com o dicionário da Real Academia Espanhola, é uma voz nauatl:
(Del náhuatl mecatl).1. m. Am. Cen., Méx. y Ven. Cordel o cuerda hecha
de cabuya (planta amarilidácea)”http://lema.rae.es/drae/?val= mecates. Acesso
em 24 de dezembro de 2014.
161
224
La imaginería simbólica mediante la cual se representa a felinos y a otros animales
emblemáticos no se limita a la mera representación artística; ésta refleja ideas y
creencias fundamentales, se refiere a un concepto cultural de lo que se considera
fuerte y valiente, peligroso y triunfante: es la representación por excelencia de
fuerzas elementales que escapan del control del hombre. (SAUNDERS, 2005, p.
1)
162
225 Inaugura el lugar cósmico [...] Esto evidencia que cada cosa es creada para una
determinada función, y no son seres hechos ad libitum. […] Ante el objetivo fijado
se abren varias posibilidades alternativas. […] no hay una relación causa-efecto
entre la voluntad y el acto.” (LOPEZ, 1999, p. 179).
163
_ Tú, venado, en las orillas de los ríos en los barrancos has de dormir; Aquí has
de habitar : en el pajón entre la hierba; En el bosque se han de multiplicar. En
cuatro patas han de andar y sostenerse, les fue dicho. Luego establecieron
morada a los pequeños pájaros a los grandes pájaros; _Ustedes, aves, sobre los
árboles sobre los bejucos han de anidar han de habitar, aquí se han de reproducir
se han de multiplicar, en las ramas de los árboles en las ramas de los bejucos, les
fue dicho a los venados a los pájaros. Cuando hicieron Lo que había que hacer;
Todos tomaron sus habitaciones y lugar de estancia.
Fonte: Ximénez (1701-1704, Fólios 2v. e 3r.); Chavez (1979, p. 4a e 5a); Sam Colop,
(2011, p. 10-11)
Então concederam refúgios para o veado e para os pássaros. “Você, Veado, nas
margens e nos desfiladeiros irá dormir então. Lá você estará então, no pasto, nos
frutos. Na floresta vocês se multiplicarão então. De quatro vocês andarão, seu
modo de andar assim será”. Foi-lhes comunicado, e então eles esboçaram as
casas dos passarinhos e dos grandes pássaros, nas árvores, nos arbustos façam
suas moradias então. Façam suas casas então. Multipliquem-se ali então.
Cresçam, então, sobre os galhos das árvores nos galhos dos arbustos, foi
comunicado ao veado e aos pássaros. Quando eles fizeram sua criação, deram a
eles tudo: seus ninhos e tocas. E assim as casas dos animais estavam na terra.
Eles deram isso, a Mãe e o Pai. E também as atribuições de todos os veados e dos
pássaros.
Fonte: Brotherston e Medeiros (2011, p. 56)
165
229
El Popol Vuh no contiene ningún episodio que involucre explícitamente a los
Héroes Gemelos con un venado, razón por la cual Cae calificó la interpretación
de estas escenas como "un problema todavía intratable". (CHINCHILLA, 2011 p.
153.)
166
Fólio 2 v.
80 Entonzes se les dixo otra vez por el criador y formador a los venados, y a las
aves: hablad, gritad, no hagaís íol, íol. no gríteís. hablad cada vno en su espeçie,
en cada diferencia, se les fue dicho a los venados y pajaros, a los leones, tígres, y
culebras dezíd nuestro nombre, alabadnos, dezid q’somos vuestras madres, y
vuestros Padres. huracan, chípí caculha, raxa caculha vquxcah, vquxuleu,
formadores, críadores, madres, y Padres. hablad, invocadnos.
Fólio 3 r
saludadnos se les fue dicho. y no pudieron hablar como los hombres; síno
q’chíllaron, y cacaraquearon, y grítaron dizí endo voh, voh. no aparezío su habla,
sino q’ cada vno gríto, y chíllo diferentemente y cuando los formadores oyeron
que no hablaron dixeron otra vez entre sí, no se pudo acabar q’díxesen nuestro
nombre, porq’ somos nosotros sus formadores. y se les fue dicho seréis troca dos
porq’ no pudísteís hablar, y así mudamos nuestra palabra, vuestra comída pasto,
y vuestro dormitorío, y habitazíon seran las barrancas, y montes, porq’ no
acabasteís de saludarnos, no nos ínvocasteís, todavía ay quíen nos invoque,
haremos otra vez quien nos obedezca.Vuestra carne será mascada y de eso
servíreís. se les fue dicho quando se les notifíco a todos los animales chicos y
230
Imagen: La cabeza de esta figurilla estaba desprendida cuando se le
localizó como parte de una ofrenda funeraria. La cabeza es la
representación de un pavo ocelado y el personaje es un dignatario por la
forma en que tiene colocados sus brazos y por estar sentado en una
banqueta; en el braguero lleva un signo con forma de cruz, que significa
aliento vital o viento. Tumba 1, Edificio 3, Grupo B. Palenque, Chiapas.
Clásico Tardío. Museo de Sitio Alberto Ruz Lhuillier.
Foto: Jorge Pérez de Lara / Raíces. Revista Mexicana de Arqueologia,
Nº44.
168
gran des q’ay sobre la tíerra. y entonzes quísíeron otra vez probar su día, y
quísíeron reprobar otra vez, y quisieron juntar otra vez, su salutazíon, y ya no se
entendíeron su habla entre sí mesmos, de nínguna suerte se ajusto, ní se pudo
hazer, y así fueron ultrajados y desechadas sus carnes, tributaron, fueron
comídos todos y muertos todos los animales q’ay aquí sobre la tíerra y así
probaron otra vez otras críaturas por el críador, y pruebese otra vez, ya se azerco
la sembradura, y amanezímíento, hagamos sustentador nuestro, y mantenedor
nuestro. como seremos ínvocados, y q’se acuerden de nosotros sobre la tierra, ya
probamos nuestras primeras hechuras, y formaduras.
El Arquitecto, Formador, Creado, Varón Creado les dijo enseguida a las bestias y
a los pájaros: -Hablad, llamadme! No estes encogidos ambulando, no oláis nada
más, cada uno, cada grupo, cada manada hablad diferente- les dijo a los venados,
a los pájaros, a los tigres, a los leones y culebras. Decid ahora mis nombres
invocadme, soy vuestra madre, vuestro dueño. Hablad pues a “un pie” Último
Rayo, Verdadero Rayo, al Espíritu del Cielo, al Espíritu de la Tierra, al
Arquitecto Formador, Creado, Varón Creado. Hablad, llamadnos, invocadnos-le
dijeron. Pero no hablaron bien como la gente; Solo tonteaban, cacareaban, sólo
gritaban; como iban a ser buenas sus hablas; cada uno gritaba diferente. Al
instante lo oyeron el Arquitecto, formador. - No hablaron bien - dijeron entre sí -
dónde iban a decir nuestros nombres. Para eso somos sus constructores, es decir,
sus formadores; dónde iba a ser bueno -dijeron entre si el Creado, Varon Creado
- Y les dijeron: -Os cambiaremos porque no fuisteis Buenos, no hablasteis. Así
que cambiamos nuestro parecer. Vuestro zacate, vuestro grano, vuestro lecho,
vuestro deambular, vuestro destino es el barranco, la selva, porque no fue buena
invocación, no nos llamasteis. Todavía miro que habrá invocadores, los haremos
grandes. Tomarán vuestro servicio: vuestras carnes serán comidas, es vuestro
destino. De manera pues, servíosles dijeron-.Así advirtieron a los pequeños
animales y a los grandes animales que hay sobre la tierra. Lucharon otra vez,
probaron otra vez, invocaron otra vez. Pero oyeron sus palabras y no sirvió.
Y estando terminada la creación de los cuadrúpedos y Aves por el Creador
Formador; Alom K’ ajolom: _ ¡ Hablen Invoquen, que no sólo
sean gorjeos deben invocar! Que hable cada quien según su especie
según su grupo, les fue dicho a los venados, a las aves, a los pumas,
a los jaguares, a las serpientes. _ ¡Digan nuestros nombres, Alábennos, a
nosotros su madre creadora a nosotros su padre creador! _ ¡Digan nuestros
nombres, Alábennos, a nosotros su madre creadora a nosotros su padre creador!
Digan entonces: Jun Raqan, Ch´ ipi Kaqulja, Raxa Kaqulja; Uk´u´x kaj, Uk´u´x
Ulew; Tz´aqol, Bitol; Alom, K´ajolom; ¡Hablen, Invóquennos, adórennos!, les
fue dicho. Pero no pudieron hablar, no como la gente; Solo chilaban, Sólo
cacareaban, Sólo aullaban. Su lenguaje no se manifestó claramente Cada quien
gritó diferente. Cuando escucharon esto el Creador y el Formador, -No resultó
bien, No hablaron, se dijeron entre sí. -No ha sido posible que digam nuestros
nombres, el de nosotros sus creadores sus formadores. -No está bien, dijeron
entre sí Alom, K´ajolom. Entonces les dijeron: -Serán cambiados, porque no
resultaron bien no hablaron. Hemos cambiado nuestro parecer: su comida sus
porciones; Sus habitaciones, su lugar de reproducción. Lo de ustedes serán los
barrancos Los bosques porque no lograron adorarnos No lograron invocarnos
Fonte: Ximénez (1701-1704, Fólios 2v. e 3r.); Chavez (1979, p. 4a e 5a); Sam Colop,
(2011, p. 10-11)
169
VII
Então também aos veados e aos pássaros disseram Tzakol e Bitol. A mãe e o Pai:
“Falem, então, clamem, então. Não gorjeiem, não gritem. Tentem se entender
entre si, dentro de cada espécie, em cada grupo” Ao Veado foi dito, e aos
Pássaros, Pantera, Jaguares, Serpentes... “agora digam então nossos nomes.
Adorem-nos, sua Mãe e seu Pai. Agora então digam isto: Hu r Aqan, Chipi Ka
Kulaha, Raxa Ka Kulaha, U Kux Kah, U Kux Alev, Tzakol, Bitol, Mãe e Pai.
Falem então, e nos chamem. Adorem-nos”, foi-lhes dito. Mas eles não puderam
falar como eles. Mas eles não puderam falar como homens. Apenas só emitiram
um ruído; e apenas grasnaram. A expressão da fala deles não se desenvolveu. Ao
contrário, deram gritos, cada um separadamente. Quando Tzakol ouviu isso,
eBitol, “Não se conseguiu ainda fazê-los falar”. Eles repetiram entre si. “Eles não
puderam pronunciar nossos nomes, embora sejamos seu Tzakol e seu Bitol. Não
é bom”, eles repetiram entre si, eles, a Mãe e o Pai. E eles disseram entre si
“Agora vocês se modifiquem, porque não se obteve sucesso. Já que não falaram,
iremos, portanto, alterar nossa palavra. Sua comida, seu alimento, seu lugar de
dormir, suas tocas, o que lhes pertence estará nos desfiladeiros e nas florestas.
Porque nossa veneração não foi obtida; vocês ainda não nos invocaram”. De fato
existe, ou tinha de existir um louvador.
231
la creación de los animales se presenta como un ensayo general previo, como una
preparación [...] Esto se percibe en el tono imperativo con el que reclaman a las
criaturas, que hablen y los reconozcan como sus padres y madres, es decir, como
los dadores de vida. La forma correspondiente a los animales introduce la primera
diferenciación en el universo recién manifestado, y la palabra se pone como piedra
de toque para definir la condición de lo creado.[…] como los animales no
pudieron reconocer a sus creadores, tampoco pudieron reconocerse a sí mismos,
y por lo tanto no se constituyeron en vinac (personas)”(LÓPEZ, 1999, p. 182).
171
232
http://cydtmuseum.blogspot.com.br/2007/08/diego-rivera-en-el-dibujo-sala-
iv.html.
172
233 “De acuerdo con la información a nuestro alcance esta acuarela es la primera que
elaboro Diego Rivera sobre el Popol Vuh, razón por la cual fue elegida para la
portada del presente libro” (RIVERA MARIN apud CHÁVEZ, 2008)
173
234 Rivera logra sintetizar el espíritu de la tradición indígena, así como la fuerza del
rito y adoración de las culturas precolombinas, para mostrar su riqueza y
complejidad. (ROMERO HIKS en CHÁVEZ, 2008, p.11)
235 Director general del Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología.
236 (CIESAS) Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología
Social. (INAH) Instituto Nacional de Antropología e Historia y la Fundación
Diego Rivera.
237 Esta publicación proporciona elementos de historia, antropología social y
lingüística [...] para rescatar nuestros orígenes, como una sociedad que no surge a
174
lo tomó y así llegó a la milpa; pero no encontró más que una mata de maíz;[ no
había dos, ni tres, y viendo que sólo había una mata con su espiga, ]se llenó de
angustia el corazón de la muchacha. —¡Ay, desgraciada de mí! ¿A dónde he de
ir a conseguir una red de maíz, como se me ha ordenado?, exclamó. Y en seguida
se puso a invocar al Chahal de la comida [para que llegara y se la llevase.] —
lxtoh, Ixcanil, Ixcacau, vosotras las que cocéis el maíz; y tú Chahal, guardián de
la comida de Hunbaíz; y Hunchouén!, dijo la muchacha. Y a continuación cogió
las barbas, los pelos rojos de la mazorca. Luego los arregló en la red como
mazorcas de maíz y la gran red se llenó completamente. Volvióse en seguida la
joven; los animales del campo iban cargando la red, y cuando llegaron, fueron a
dejar la carga a un rincón de la casa, como si ella la hubiera llevado. Llegó
entonces la vieja y luego que vio el maíz que había en la gran red, exclamó: —
¿De dónde has traído todo este maíz? ¿Por ventura acabaste con nuestra milpa y
te la has traído toda para acá? Iré a ver al instante, dijo la vieja, y se puso en
camino para ir a ver la milpa. Pero la única mata de maíz estaba allí todavía y
asimismo se veía el lugar donde había estado la red al pie de la mata. La vieja
regresó entonces a toda prisa a su casa y dijo a la muchacha; —Esta es prueba
suficiente de que realmente eres mi nuera. Veré ahora tus obras, aquellos que
llevas (en el vientre) y que también son sabios, le dijo a la muchacha.
Chegando a mulher (Ixquic) perante a anciã, falou para a avó: - Cheguei, senhora
mãe; eu sou sua nora e sua filha, senhora mãe. Assim falou quando entrou na
casa da avó. - De onde tu vens? Onde estão meus filhos? Por acaso (não sabes
que) morreram em Xibalba? Não vês a estes (mostrando os dois netos presentes)
a quem lhes deixaram sua descendência e linhagem e que se chamam Hunbatz e
Hunchouén?! Sai daqui! Vai!, gritou a velha. - Porém, é verdade que sou sua
nora, faz tempo que sou. Pertenço a Hun- Hunahpú. Eles vivem no que levo (está
grávida), Hun Hunahpú e Vucub Hunahpú (filhos da idosa que foram dados por
mortos no inframundo) não morreram: voltarão a aparecer claramente, minha
senhora sogra. E, assim, logo vai ver sua imagem (nos netos que vão nascer),
disse à velha. Então, agitaram-se Hunbatz e Hunchouén (os outros netos ali
presentes). Estes somente se entretinham tocando flauta e cantando, pintando e
esculpindo, e nessas atividades passavam o dia todo e eram o consolo da anciã. E
a velha mulher disse: - Não quero que tu sejas minha nora, porque o que levas no
ventre é fruto de tua desonestidade. Além disso, és mentirosa: meus filhos estão
mortos. Logo, acrescentou a avó: [...] Enfim, está bem, és minha nora. Vá então
trazer comida para estes dois que tenho de alimentar. Vá colher uma rede grande
242
(de milho) e volta logo. _ Muito bem, disse a moça, e foi para a Milpa de
Hunbatz e Hunchouén. A estrada tinha sido aberta por eles, e a jovem foi por ela
até a milpa; mas encontrou somente um pé de milho com espiga, [...] e seu
coração se encheu de angustia. _ Ai, desgraçada de mim! Aonde irei para
conseguir uma rede de milho como foi ordenado para mim? - exclamou. E logo
começou a invocar ao Chahal243[...] - Ixtoh, Ixcanil, Ixcacau, vós que cozinhais
o milho e tu,Chahal, guardião da comida! [...] e a grande rede se encheu de
milho. A jovem voltou, os animais do campo carregando a rede e, quando
chegaram, (os animais) deixaram a carga num canto da casa, como se tivesse sido
ela quem a tivesse carregado. Chegou, então, a velha, e logo que viu o milho que
tinha na grande rede, exclamou: - De onde veio todo esse milho? Por um acaso
acabaste com nossa milpa? [...] Irei ver - e foi em direção à milpa. Mas o único
pé estava lá, com a marca da rede no chão. A velha, então, voltou rápido para sua
casa e disse: - Isto é prova suficiente de que realmente és minha nora. Verei
agora tuas obras e àqueles que levas (no ventre) e que são sábios.
Fonte: Recinos (1950, p.18). Tradução nossa.
244
“Numerosas variantes de una narración ampliamente difundida entre los mixes,
mixtecas, chinantecas, zapotecas, (etc.) […] se refieren a la historia de los gemelos
que en algunos relatos son niño y niña. Al fin de sus aventuras se convierten en
sol y luna.” (CHINCHILLA, 2013, p. 31).
180
245 “El tema principal de la historia de los Heroes Gemelos en el Popol Wuj, (es) una
historia de muerte y resurrección.” (COE, en CHINCHILLA, 2013, p. 11)
246 Un dos deuses do inframundo.
247 Xibalba: o inframundo, mundo dos mortos.
248 Pais dos gêmeos heróicos, que foram vencidos em Xibalba.
181
249
http://library.osu.edu/projects/popolwuj/folios_esp/PWfolio3r_es.php Aces- -so
em 06 de janeiro de 2015.
188
250
“renovada atención puesta por grupos indígenas y afros al pensamiento como
campo de lucha, intervención y creación, así haciendo evidente un proyecto de la
interculturalidad que no es solo político sino a la vez epistémico” (WALSH, 2005,
p.7).
189
realizada por Sam Colop (2011), cuja análise permitiu concluir que o
tradutor expressa uma intenção de retomar as tradições K'iches’, por ter
sido inicialmente idealizada para leitores K'iches’ da atualidade, e por
considerar dados de pesquisa etnográfica realizada com maias
contemporâneos. A partir da análise descritiva destes três textos, foi
possível escutar pistas, rastros e fragmentos que remetem às vozes dos
tradutores, de acordo com as conjunturas históricas e ideológicas de cada
um deles.
Entendemos que o processo tradutório é muito mais que uma
mera transmissão de informações entre duas culturas. A tradução é uma
parte ativa de um sistema literário principal no qual intervém uma série
de forças, tanto internas quanto externas, que competem para adquirir
uma posição dominante. Entre as forças externas, poderiam se mencionar
as forças dos sistemas político e religioso, que se justificam, no caso do
Popol Wuj, em sua tradução e em sua transliteração.
A análise das traduções sob esta perspectiva foi pertinente para
que se observasse o momento histórico que permeia os textos, assim como
para identificar os contextos com o qual se crê terem interagido.
Observamos, então, os polissistemas da época maia clássica (300-900
d.C.), limitados, naturalmente, pelos condicionamentos intrínsecos ao
escopo de realização de uma tese de doutorado. Pincelamos os
antecedentes da primeira transliteração para buscar entender parte da
importância deste documento parcialmente perdido, que se instaura na
atualidade como símbolo cultural de resistência, texto que ficou
escondido pelos escribas K'iches’ já na época da colônia por quase um
século, até ser descoberto pelo Padre Francisco Ximénez. A tradução de
Ximénez (1700-1704) é minuciosa, parece respeitar e registrar a
mitologia K'iche’ dentro dos parâmetros de um colonizador-catequizador.
Justamente por tal motivo, surpreende em relação à forma com que foi
elaborada, ou seja, com respeito às tradições e um generoso cuidado
acadêmico.
Dom Inês Chávez apresenta um texto traduzido muito elaborado,
especialmente no que concerne ao aspecto fonético. Foi mestre da língua,
e pode-se afirmar que,até hoje, sua tradução é uma referência de pesquisa.
Pelo domínio do idioma K'iche’, sua obra é muito respeitada, tendo sido,
inclusive, lançada uma edição póstuma com ilustrações do artista plástico
190
PAZ, O. Sor Juana Inés de la Cruz: o las trampas de la fe. 3. ed. México:
Fondo de Cultura Económica, 2008. Excertos e citações em português:
tradução própria.
____. Popol Vuh. Las antiguas historias del Quiche. Tradução do Popol
Wuj para o japonês, a partir da versão de Recinos (1953), ilustrada a cores
com 17 aquarelas de Diego Rivera. Tokio: Ed. Choukoron – Shinsha,
1961. Excertos e citações em português: tradução própria.
___. Popol Vuh. Las antiguas historias del Quiche. Tradução do Popol
Wuj para o japonês, a partir da versão de Recinos (1953), ilustrada a cores
com 17 aquarelas de Diego Rivera. Tokio: Ed. Choukoron – Shinsha,
1961. Excertos e citações em português: tradução própria.
Custódia da milpa.
Muerte de Cabracán.
Mansiones de Xibalbá