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ANÁLISE DE CUSTOS
AULA 1
CONTEXTUALIZANDO
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Para que a gestão de custos consiga cumprir com o seu propósito e atuar
efetivamente em um contexto estratégico, deve acompanhar e gerenciar
informações de todos os níveis produtivos, além de conhecer com profundidade
as atividades e os processos das organizações. Com base nessas informações
geradas, a instituição deve ter clareza em relação à margem de lucro praticada
por produto ou serviço vendido, identificar se o preço de venda adotado está ou
não adequado, qual é a contribuição no resultado por cada unidade de negócio
ou departamento, dos índices de perdas produtivas, entre muitas outras
informações do negócio.
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item da empresa e, para conseguir atender a essa demanda, a quantidade de
matéria-prima, mão de obra e demais insumos e estrutura necessários.
Vamos utilizar como exemplo uma confeitaria. Na fase de planejamento,
é definida a quantidade de bolos, por sabor, que se pretende vender em
determinado período, para que se consiga atingir a lucratividade esperada. Com
base nessa informação, é necessário apurar quantos confeiteiros precisarão
trabalhar nessa atividade, os turnos de trabalho, a quantidade de equipamentos
para produção e armazenamento, além, da matéria-prima e dos insumos
(ingredientes para produção) que devem ser adquiridos a cada período para
viabilizar a demanda de venda prevista.
Saiba mais
Leia mais sobre sistemas de acumulação de custos em
<http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/contabilidade-gerencial_sistema-
acumulacao-custos.htm>.
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Quando se opta pelo enfoque mais centrado no custo por produto, deve-
se ter em mente que esse produto passa por diversos departamentos, até que
esteja disponível para venda, ou seja, o custo será acumulado pelas diferentes
fases de produção, não havendo necessariamente uma responsabilidade única
identificável por ele, o que poderia dificultar a atividade de controle. Isso ocorre
porque, para determinar o custo de cada produto, a acumulação ocorre pelos
setores, departamentos e fases de produção e, posteriormente, é rateada ou
alocada para cada quantidade produzida.
Por outro lado, a análise dos custos por departamento simplifica o sistema
de apuração porque, de acordo com Martins (2010), ocorre numa fase do
processo normal. Nesse sistema de acumulação, tanto os custos diretos quanto
os indiretos são alocados ao departamento e somente depois são apropriados
ao produto.
Vamos a um exemplo: a empresa Delta apurou, no mês de
setembro/20XX, os custos de produção apresentados a seguir para compor os
custos dos produtos em estoque:
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Esse detalhamento não gera um novo sistema de acumulação, mas sim,
dentro do sistema escolhido (por exemplo, departamentalização), relatórios
auxiliares com a abertura da classificação em custos controláveis e não
controláveis.
Os custos não controláveis são aqueles gerados no departamento, em
função de decisões tomadas por nível hierárquico diferente do gestor direto da
unidade operacional em análise (Martins, 2010). Esse é o caso, por exemplo,
dos custos com depreciação. A depreciação corresponde ao reconhecimento da
perda de vida útil dos bens, por obsolescência ou desgaste. O investimento
nesses bens, como é o caso das máquinas e equipamentos, é definido pela alta
administração, cabendo ao gestor direto do departamento somente a utilização
desses equipamentos na produção. Nesse caso, a depreciação é uma
consequência de uma decisão tomada por outra gestão e inevitável dentro do
departamento.
Os custos controláveis, por sua vez, de acordo com Martins (2010, p. 309),
são os que estão diretamente sob responsabilidade e controle de determinada
pessoa cujo desempenho se quer analisar e controlar. Um exemplo de custos
efetivamente controláveis no departamento são as matérias-primas e os insumos
utilizados na produção. Nesse exemplo, o gestor tem gerência direta sobre
quando e como consumir esses custos, influenciando diretamente sobre a
eficiência e eficácia desse consumo.
A abertura das informações nos níveis mencionados caracteriza o Custeio
por Responsabilidades, ou seja, é a separação dos custos pelos diferentes níveis
de responsabilidade (Martins, 2010).
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O Departamento Delta apurou os custos controláveis e não controláveis
do mês de novembro/20XX e confrontou o resultado por unidade com o
desempenho no mês imediatamente anterior:
DEPARTAMENTO DELTA
NOVEMBRO / 20XX OUTUBRO / 20XX
REALIZADO PLANEJADO DIFERENÇA REALIZADO PLANEJADO DIFERENÇA
REALIZADO PLANEJADO DIFERENÇA
por unidade por unidade por unidade por unidade por unidade por unidade
CUSTOS CONTROLÁVEIS R$2.200.000 R$2.105.960 R$ 94.040
Materiais - Compras Diretas R$1.800.000 R$1.728.000 R$ 72.000 R$ 250 R$ 240 -R$ 10 R$ 235 R$ 240 R$ 5
Mão-de-obra Direta R$ 150.000 R$ 161.250 -R$ 11.250 R$ 200 R$ 215 R$ 15 R$ 216 R$ 215 -R$ 1
Despesas Variáveis R$ 250.000 R$ 216.710 R$ 33.290 R$ 150 R$ 130 -R$ 20 R$ 145 R$ 140 -R$ 5
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TEMA 5 – INFLAÇÃO DA EMPRESA
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Para facilitar a compreensão do cálculo da inflação da empresa, iniciamos
com um exemplo simples. Vamos utilizar somente uma matéria-prima para esse
cálculo, de acordo com os dados apresentados a seguir:
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Figura 4 – Inflação interna
TROCANDO IDEIAS
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controle são fundamentais. Existem várias ferramentas que podem ser utilizadas
para que o controle ocorra de maneira mais assertiva e tempestiva possível e
que, quando for identificado algum desvio significativo do que havia sido previsto,
as ações corretivas sejam implementadas.
Compartilhe com seus colegas as metodologias que você conhece nessa
gestão dos custos e mencione os pontos positivos e negativos desse modelo.
Saiba mais
Caso você não tenha experiência ou conhecimento sobre esse tipo de
ferramentas, você pode conhecer alguns modelos nos links a seguir:
O uso do orçamento na gestão de custos:
<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/orcamento-de-
custos-como-instrumento-de-planejamento-e-controle-da-empresa/16359>.
O uso do PDCA na gestão de custos:
<http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/as-contribuicoes-do-
metodo-pdca-no-gerenciamento-de-custos-e-riscos-de-projetos/82512/>.
O uso de dashboards de indicadores-chave na gestão de custos:
<https://pmisp.org.br/document-repository/15sigp/179-15sigp-proposta-de-
dashboard-aplicado-a-operacao-de-indicadores-de-custo-e-prazo-em-
gerenciamento-de-projetos-de-engenharia-com-aplicacao-de-um-estudo-de-
caso/file>.
NA PRÁTICA
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Quais seriam os possíveis direcionadores de custos (critérios de rateio)
que poderiam ser utilizados para alocar o custo ao produto em relação aos
valores comuns a todos os itens produzidos de forma que o valor do custo do
produto seja o mais próximo do real?
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
DRUCKER, P. HSM Management. São Paulo, n. 54, ano 10, v.1, jan.-fev. 2006.
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