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RELATÓRIO DA
QUALIDADE DO AR
NA GRANDE VITÓRIA
2019
RELATÓRIO DA
QUALIDADE DO AR
NA GRANDE VITÓRIA
8
Cariacica
2020
José Renato Casagrande
Governador
Elaboração
Pedro Ronchi
Me. em Geografia
Fotografia da capa
A Constituição do Estado do Espírito Santo estabelece no art. 186 que todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente saudável e equilibrado, e que compete ao poder público
garantir o monitoramento ambiental com a finalidade de acompanhar a situação real e
as tendências de alteração dos recursos naturais e da qualidade ambiental. A Secretaria
de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEAMA) e o Instituto Estadual de Meio
Ambiente (IEMA) orientam as ações da sociedade espírito-santense para o uso sustentável
dos recursos naturais para a melhoria da qualidade de vida.
Nos anos 2000, no processo de licenciamento ambiental das empresas VALE (antiga CVRD)
e ArcelorMittal Tubarão (antiga CST), foi imposto a implantação da Rede Automática de
Monitoramento da Qualidade do Ar (RAMQAr), com o objetivo de acompanhar as
concentrações atmosféricas dos poluentes definidos em legislação.
No ano de 2009, o IEMA implantou a Rede Manual de Poeira Sedimentável (RMPS), para
acompanhamento das taxas de deposição deste parâmetro na Região da Grande Vitória,
utilizando como referência a metodologia estabelecida na norma americana
ASTM D1739-98.
Listas
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Densidade demográfica na RMGV................................................................................................ 10
Tabela 2 - Normais climatológicas da estação Vitória (Direção do Vento) - 1981-2010 ........................ 13
Tabela 3 - Fontes, características e efeitos dos principais poluentes atmosféricos ................................. 16
Tabela 4 - Padrões nacionais e estaduais de qualidade do ar e diretrizes da OMS ............................... 20
Tabela 5 - Concentração dos poluentes (µg/m3) para determinação dos níveis de atenção, alerta e
emergência ........................................................................................................................................................... 22
Tabela 6 - Descrição das classes, índices e valores limites de concentração (em µg/m3) para
determinação do IQAr ........................................................................................................................................ 23
Tabela 7 - Dados de localização das estações da RAMQAr ....................................................................... 24
Tabela 8 - Descrição da área de influência das estações da RAMQAr .................................................... 26
Tabela 9 - Parâmetros monitorados pelas estações da RAMQAr ............................................................... 27
Tabela 10 - Localização das estações de monitoramento de poeira sedimentável .............................. 31
Tabela 11 - Descrição dos critérios de representatividade dos parâmetros monitorados utilizados
neste relatório ........................................................................................................................................................ 34
Tabela 12 - Valores das máximas médias de 24h e da MAA das concentrações de MP2,5 (µg/m3) ... 47
Tabela 13 - Registro de ultrapassagens às médias de curta e longa duração para o parâmetro MP 2,5
.................................................................................................................................................................................. 48
Tabela 14 - Valores das máximas médias de 24h e da MAA das concentrações de MP10 (µg/m3) .... 50
Tabela 15 - Registro de ultrapassagens às médias de curta e longa duração para o parâmetro MP 10
.................................................................................................................................................................................. 51
Tabela 16 - Valores das máximas médias de 24 horas e da MAA de concentração de SO2 (µg/m3) 62
Tabela 17 - Número ultrapassagens aos valores limites de concentração de SO2 ................................. 64
Tabela 18 - Valores das máximas médias horárias e da MAA das concentrações de NO2 (µg/m3) ... 66
Tabela 19 - Máximas médias de 8h das concentrações de O3 em (µg/m3) ............................................. 69
Tabela 20 - Número de médias de 8 horas que ultrapassaram os valores limites de concentração de
O3 ............................................................................................................................................................................. 70
Tabela 21 - Máximas horárias de 1h e 8h e da MAA das concentrações de CO (µg/m3) .................... 71
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Normais climatológicas da estação Vitória (Temperatura e Precipitação) - 1981 – 2010 . 13
Gráfico 2 - Precipitação acumulada mensal na estação RAMQAr 2 – Carapina .................................. 35
Gráfico 3 - Temperatura média mensal, máxima e mínima na estação RAMQAr 2 – Carapina.......... 36
Gráfico 4 - Perfil de temperatura ao longo do dia, para as estações em 2019, na RAMQAr 2 –
Carapina................................................................................................................................................................. 37
Gráfico 5 - Pressão atmosférica média mensal, máxima e mínima na estação RAMQAr 2 – Carapina
.................................................................................................................................................................................. 37
Gráfico 6 - Perfil da radiação solar ao longo do dia, para as estações do ano em 2019, na RAMQAr
2 – Carapina .......................................................................................................................................................... 38
Gráfico 7 - Radiação solar média mensal e máxima na estação RAMQAr 2 – Carapina ..................... 38
Gráfico 8 - Umidade média mensal, máxima e mínima na estação RAMQAr 2 – Carapina ................ 39
Gráfico 9 - Distribuição de frequência de ocorrência das classes de vento na estação RAMQAr 2
(Carapina) para do ano de 2019 ...................................................................................................................... 40
Gráfico 10 - Rosa dos ventos para estação RAMQAr 2 – Carapina – Ano de 2019 ................................ 40
Gráfico 11 - Rosa dos ventos de janeiro, fevereiro e março de 2019 – Estação Carapina .................... 42
Gráfico 12 - Rosa dos ventos de abril, maio e junho de 2019 – Carapina ................................................. 43
Gráfico 13 - Rosa dos ventos de julho, agosto e setembro de 2019 – Estação Carapina ...................... 44
Gráfico 14 - Rosa dos ventos para os meses de outubro, novembro e dezembro de 2019 – Estação
Carapina................................................................................................................................................................. 45
Gráfico 15 - Número de dias desfavoráveis à dispersão de poluentes na estação RAMQAr 2 –
Carapina................................................................................................................................................................. 46
Gráfico 16 - Máximas médias de 24h para as concentrações de MP2,5 nas estações da RAMQAr .... 48
Gráfico 17 - Médias anuais das concentrações de MP2,5 nas estações da RAMQAr ............................. 48
Gráfico 18 - Distribuição das médias horárias das concentrações de MP2,5 em relação a direção do
vento registrado nas estações RAMQAr 4 (a) e 6 (b) .................................................................................... 49
Gráfico 19 - Séries históricas das médias aritméticas anuais das concentrações de MP2,5 nas
estações da RAMQAr ........................................................................................................................................... 49
Gráfico 20 - Máximas médias de 24h das concentrações de MP10 nas estações da RAMQAr ............ 50
Gráfico 21 - Médias aritméticas anuais das concentrações de MP10 nas estações da RAMQAr......... 51
Gráfico 22 - Distribuição das médias horárias das concentrações de MP10 em relação a direção do
vento registrado nas estações RAMQAr 2 (a), 4 (b), 6 (c) e 8 (d) ............................................................... 52
Gráfico 23 - Séries históricas das médias aritméticas anuais das concentrações de MP10 nas estações
da RAMQAr ............................................................................................................................................................ 53
Gráfico 24 - Taxa de deposição de partículas (g/m2.30 dias) nas estações de monitoramento de
poeira sedimentável nas estações da RMPS (continua) .............................................................................. 54
Gráfico 25 - Série histórica da taxa de deposição de partículas para o período de abril de 2014 a
dezembro de 2019 para as estações da RMPS (continua) .......................................................................... 57
Gráfico 26 - Máximas médias de 24h das concentrações de SO2 nas estações da RAMQAr .............. 63
Gráfico 27 - Médias aritméticas anuais das concentrações de SO2 nas estações da RAMQAr .......... 63
Gráfico 28 - Perfil das médias horárias das concentrações de SO2 nas estações da RAMQAr com
relação à direção do vento (gráfico da rosa de poluentes) ...................................................................... 65
Gráfico 29 - Séries históricas das médias aritméticas anuais da concentração de SO2 nas estações
RAMQAr .................................................................................................................................................................. 66
Gráfico 30 - Máximas médias de 1h das concentrações de NO2 nas estações da RAMQAr ............... 67
Gráfico 31 - Médias aritméticas anuais das concentrações de NO2 nas estações da RAMQAr.......... 67
Gráfico 32 - Perfil das médias horárias da concentração de NO2 nas estações da RAMQAr com
relação à direção do vento (gráfico de rosa de poluentes)....................................................................... 68
Gráfico 33 - Séries históricas das médias anuais das concentrações de NO2 nas estações RAMQAr 69
Gráfico 34 - Máximas médias 8h para as concentrações de O3 nas estações da RAMQAr ................. 69
Gráfico 35 - Perfil das médias horárias das concentrações de O3 nas estações da RAMQAr com
relação à direção do vento (gráfico de rosa de poluentes)....................................................................... 70
Gráfico 36 - Máximas das médias de 1h das concentrações de CO nas estações da RAMQAr......... 71
Gráfico 37 - Máximas das médias de 8h das concentrações de CO nas estações da RAMQAr......... 72
Gráfico 38 - Perfil das médias horárias da concentração de CO nas estações da RAMQAr com
relação à direção do vento (gráfico da rosa de poluentes) ...................................................................... 72
Gráfico 39 - Séries históricas das médias anuais das concentrações de CO nas estações RAMQAr.. 73
Gráfico 40 - Distribuição anual do IQAr por estações da RAMQAr ............................................................ 74
Gráfico 41 - Distribuição dos piores poluentes por estações da RAMQAr ................................................. 75
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 - Localização da Região Metropolitana da Grande Vitória ......................................................... 09
Mapa 2 - Distribuição das estações da RAMQAr no Espírito Santo ............................................................. 25
Mapa 3 - Distribuição das estações da RAMQAr na RMGV ......................................................................... 25
Mapa 4 - Distribuição espacial dos pontos de coleta de PS no Espírito Santo ......................................... 30
Mapa 5 - Distribuição espacial dos pontos de coleta de PS na RMGV ..................................................... 30
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Coletor de partículas sedimentadas de acordo com a norma ASTM D1739-98 .................... 32
Sumário
1. Introdução ................................................................................................................... 8
2. Caracterização da RMGV.......................................................................................... 9
2.1 Aspectos Sóciosdemográficos.......................................................................................................... 10
2.2 Aspectos Socioeconômicos .............................................................................................................. 11
2.3 Clima Local ........................................................................................................................................... 11
3. Poluição Atmosférica ................................................................................................15
3.1 Poluentes Atmosféricos ...................................................................................................................... 15
3.2 Regulamentação Sobre Qualidade do Ar ..................................................................................... 17
3.3 Padrões da Qualidade do Ar ........................................................................................................... 18
3.4 Índice de Qualidade do Ar ............................................................................................................... 22
4. Monitoramento da Qualidade do Ar .......................................................................24
4.1 Rede Automática de Qualidade do Ar (RAMQAr) ...................................................................... 24
4.1.1 Monitor de Particulado ............................................................................................................. 28
4.1.2 Monitor de Dióxido de Enxofre (SO2) ...................................................................................... 28
4.1.3 Monitor de Óxidos de Nitrogênio (NOX, NO, NO2) ............................................................... 28
4.1.4 Monitor de Monóxido de Carbono (CO) .............................................................................. 29
4.1.5 Monitor de Ozônio (O3) ............................................................................................................. 29
4.2 Rede Manual de Monitoramento de Poeira Sedimentável........................................................ 29
4.3 Métodos de Tratamento de Dados ................................................................................................. 33
4.3.1 Representatividade dos Dados ............................................................................................... 33
5. Dados Meteorológicos ..............................................................................................35
5.1 Precipitação ......................................................................................................................................... 35
5.2 Temperatura ......................................................................................................................................... 36
5.3 Pressão Atmosférica............................................................................................................................ 37
5.4 Radiação Solar .................................................................................................................................... 38
5.5 Umidade ............................................................................................................................................... 39
5.6 Vento ..................................................................................................................................................... 39
5.6.1 Rosa dos Ventos ......................................................................................................................... 40
5.6.2 Dias Desfavoráveis à Dispersão de Poluentes ...................................................................... 46
6. Qualidade do Ar na RMGV .......................................................................................47
6.1 Material Particulado (MP) .................................................................................................................. 47
6.1.1 Partículas Respiráveis (MP2,5) .................................................................................................... 47
6.1.2 Partículas Inaláveis (PM10) ........................................................................................................ 50
6.1.3 Poeira Sedimentável (PS) ......................................................................................................... 53
6.2 Dióxido de Enxofre (SO2) .................................................................................................................... 62
6.3 Dióxido de Nitrogênio (NO2).............................................................................................................. 66
6.4 Ozônio (O3) ........................................................................................................................................... 69
6.5 Monóxido de Carbono (CO) ............................................................................................................ 71
6.6 Hidrocarbonetos não metano (HCNM) .......................................................................................... 74
7. Considerações Finais ................................................................................................76
8. Referências.................................................................................................................78
Apêndice A - Representatividade dos Dados ..................................................................................... 81
1. Introdução
Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 92% da
população mundial está exposta a concentrações de poluentes superiores às diretrizes de
referência de qualidade do ar. Cerca de três milhões de mortes por ano estão relacionadas
à exposição à poluição do ar em ambientes externos (OMS, 2016).
8
2. Caracterização da RMGV
O relevo da RMGV é caracterizado por maciços rochosos, localizados nas porções oeste
e sudoeste, correspondendo aos municípios de Cariacica, Guarapari e Viana, além de
baixadas e planícies que se distribuem irregularmente por toda zona costeira da RMGV.
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RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
O uso e ocupação do solo são diversificados, sendo constituído por grandes extensões
de pastagens, fragmentos de mata atlântica, restingas, várzeas, manguezais e áreas
urbanizadas, que correspondem a 13% de ocupação da área total da Região
Metropolitana. A concentração urbana existente nesta região representa 55% da área
urbanizada de todo Estado (IJSN, 2011).
Em 2010 a RMGV tinha uma população de 1.687.704 habitantes que representam 48,01%
da população do Espírito Santo, sendo que 98,3% dessa população vivia em área urbana.
Conforme apresentado na Tabela 1, o município de Vila Velha é o mais populoso da
Região Metropolitana (24,57%), seguido por Serra (24,25%), Cariacica (20,66%) e Vitória
(19,42%). A população dos municípios de Guarapari, Viana e Fundão representam 11,10%
do total das habitantes existentes na RGMV. A densidade demográfica nesta região é de
669,49 hab/km², sendo que o município de Vitória possui maior densidade demográfica
(3.338,30 hab/km²) e Fundão a menor densidade (58,97 hab/km²) (IBGE, 2010).
População Densidade
Área
Local Demográfica
RMGV ES (km²)
Total Urbana Rural (hab/km²)
(%) (%)
Vila Velha 414.586 24,57 11,79 412.575 2.011 209,965 1.973,59
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RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
No quarto trimestre de 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) do Espírito Santo recuou -0,03%
na comparação com o trimestre anterior, com ajuste para sazonalidade. No acumulado
do ano, ficou estável 0,0%. Os resultados do indicador mostram uma relativa estabilidade
da atividade econômica estadual, com variações nulas ou ligeiramente declinante.
A RMGV está localizada entre os paralelos de 10° e 23°26’S, ou seja, na zona tropical,
sofrendo influência tanto de sistemas tropicais como de latitudes médias, com estação
seca bem definida no inverno e estação chuvosa de verão com chuvas convectivas.
11
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Essa região possui uma característica climática diversificada devido a sua topografia, sua
posição geográfica e aspectos dinâmicos da atmosfera que incluem os sistemas
meteorológicos de micro, meso e macro escalas e que atuam direta ou indiretamente
no regime pluvial (MINUZZI et al., 2007).
Por estar situada na região litorânea, a RMGV apresenta clima tropical quente (Aw),
possuindo inverno ameno e seco, e verão chuvoso e quente. O período quente se
estende aproximadamente de outubro a abril, com maior intensidade em dezembro e
janeiro. No inverno, a temperatura média mensal mais baixa ocorre em julho, sendo a
sensação de frio verificada esporadicamente quando há ocorrência de frentes frias.
Vale ressaltar que a Organização Meteorológica Mundial (OMM) define o termo normal
climatológica como valores médios calculados para um período relativamente longo e
uniforme, compreendendo no mínimo três décadas consecutivas (WMO, 1984).
12
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
35 350
30 300
Temperatura do Ar [°C]
25 250
Precipitação [mm]
20 200
15 150
10 100
5 50
0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Direção NE SE NE
Em relação à precipitação, nota-se que o inverno é o período mais seco, sendo que no
mês de agosto ocorre a menor incidência de precipitação (49,6 mm). Essa característica
climatológica da região durante o inverno ocorre devido a influência dos sistemas de alta
pressão subtropical localizados, climatologicamente, em torno da latitude de 30 oC nos
principais oceanos do planeta. No Atlântico Sul, a Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS)
é de grande importância para o clima da América do Sul e afeta o clima do Brasil tanto
no inverno quanto no verão. Durante o período de inverno, a ASAS inibe à entrada de
frentes e favorece a formação de inversão térmica, concentrando os poluentes nas
camadas mais próximas à superfície dos principais centros urbanos das regiões sul e
13
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
sudeste (Bastos e Ferreira, 2008). A dinâmica desse sistema também favorece a formação
de nevoeiros e geadas nas regiões sul e sudeste. Conforme as normais climatológicas a
precipitação média anual é de 1.318,6 mm.
A partir do mês de outubro, inicia-se o período chuvoso na região, o qual se estende até
meados de abril. Nessa época do ano, a atuação dos sistemas frontais e de zonas de
convergência de umidade favorece o aumento de precipitação. O mês de novembro é
o que possui maior ocorrência de eventos de chuva, com média de precipitação
acumulada mensal de 219,9mm. Esse comportamento médio da precipitação durante o
final da primavera e verão ocorre porque o sistema de alta pressão encontra-se mais ao
sul e deslocado zonalmente mais para leste (sobre a região central do oceano Atlântico).
Nessa época do ano, uma banda de nebulosidade orientada no sentido noroeste-
sudeste desenvolve-se periodicamente sobre o sudeste do Brasil, coincidindo com a
estação chuvosa da região. A permanência dessa banda convectiva por vários dias
caracteriza a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). A ZCAS e os sistemas frontais
que se deslocam sobre a região sudeste e em seguida sobre o oceano atingem a porção
oeste da alta subtropical e, como resultado, esse sistema de alta pressão é
frequentemente dividido, ficando em média, enfraquecido quando comparado à
situação do inverno (CAVALCANTI et al., 2009)
14
1. Poluição Atmosférica
15
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Poluente Características Fontes principais Efeitos gerais sobre a saúde Efeitos gerais ao meio ambiente
Combustão incompleta de Combina-se rapidamente com a hemoglobina ocupando o lugar
Monóxido de combustíveis fósseis (veículos do oxigênio, podendo levar a morte por asfixia. A exposição crônica
Gás incolor, inodoro e
Carbono automotores principalmente) e pode causar prejuízos ao sistema nervoso central, cardiovascular, -
insípido
(CO) outros materiais que contenham pulmonar e outros. Também pode afetar fetos causando peso
carbono na sua composição reduzido no nascimento e desenvolvimento pós-natal retardado
A inalação, mesmo em concentrações muito baixas, provoca
Em certas condições, o SO2 pode
espasmos passageiros dos músculos lisos dos bronquíolos
Gás incolor com forte Processos que utilizam queima de transformar-se em trióxido de enxofre
pulmonares. Em concentrações progressivamente maiores, causam
Dióxido de Enxofre odor (semelhante ao óleo combustível, refinaria de (SO3) e, com a umidade atmosférica,
o aumento da secreção mucosa nas vias respiratórias superiores,
(SO2) produzido na queima petróleo, veículos a diesel, polpa e transformar-se em ácido sulfúrico,
inflamações graves da mucosa e redução do movimento ciliar do
de palitos de fósforo) papel sendo assim um dos componentes da
trato respiratório. Pode, ainda, aumentar a incidência de rinite,
chuva ácida
faringite e bronquite
Gases e vapores com
Combustão incompleta e Causa irritação aos olhos, nariz, pele e trato respiratório superior. Participam da formação de oxidantes
Hidrocarbonetos odor desagradável
evaporação de combustíveis e Além disso, vários hidrocarbonetos são considerados carcinogênicos fotoquímicos na atmosfera, juntamente
(HC) (similar à gasolina ou
outros produtos voláteis e mutagênicos com os óxidos de nitrogênio (NOx)
diesel)
Pode levar a formação da chuva
ácida e consequentemente danos à
Combustões em veículos O NO2 é altamente tóxico ao homem, pois aumenta sua
Óxidos de vegetação e agricultura. Além disso,
automotores, indústrias, usinas susceptibilidade aos problemas respiratórios em geral. Além disso, é
Nitrogênio Gases contribui para formação do ozônio na
térmicas que utilizam óleo ou gás e irritante às mucosas e pode nos pulmões ser transformado em
(NOx) troposfera; para o aquecimento global;
incineradores nitrosaminas (algumas das quais são carcinogênicas)
formação de compostos quimiotóxicos
e alteração da visibilidade
Gás incolor e inodoro
Formação, na troposfera, a partir Provoca danos na estrutura pulmonar, reduzindo sua capacidade e
nas concentrações É agressivo às plantas, agindo como
Ozônio da reação dos hidrocarbonetos e diminuindo a resistência às infecções. Causa ainda, o agravamento
ambientais, sendo o inibidor da fotossíntese e produzindo
(O3) óxidos de nitrogênio na presença de doenças respiratórias, aumentando a incidência de tosse, asma,
principal componente lesões características nas folhas
de luz solar irritações no trato respiratório superior e nos olhos
do “smog” fotoquímico
Pode ser sólido ou Pilhas de estocagem de material Para as partículas mais finas os efeitos estão predominantemente
líquido, de granulado, processos de relacionados aos sistemas respiratórios e cardiovasculares e a
granulometria, forma e pelotização e siderurgia, sensibilidade está associada às condições individuais de saúde e Alteração da visibilidade; alteração no
composição química cimenteiras e atividades da faixa etária, embora toda a população seja afetada. De acordo balanço de nutrientes de lagos, rios e
variada de acordo construção civil, resuspensão de com a OMS (WHO, 2006), não existem evidências suficientes que do solo; danificação da vegetação e
Material
com sua fonte de partículas depositadas ou indiquem um limite abaixo do qual não ocorram efeitos à saúde alteração na diversidade do
Particulado
origem e os processos constituintes de vias pavimentadas humana. Os efeitos à saúde podem ser causados por exposição de ecossistema. Além disso, pode causar
físicos e químicos de e não pavimentadas, veículos longo ou curto prazo ao poluente. No caso das partículas mais danos estéticos (manchas e
transformação aos (escapamentos e frenagem) e grossas as reações mais comuns dizem respeito à impossibilidade de danificações de rochas e outros
quais foi submetido fontes naturais como o mar que gozo pleno da propriedade e ao desconforto causado pelo materiais)
durante seu transporte emite partículas de sais, além das incômodo da sujidade gerada pela deposição de material sobre as
na atmosfera queimadas, por exemplo superfícies de uso cotidiano
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RELATÓRIO DE QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
A OMS publicou, pela primeira vez em 1987, relatório contendo diretrizes para qualidade
do ar relativas aos poluentes: partículas totais em suspensão, ozônio, dióxido de enxofre
e dióxido de nitrogênio. Estas diretrizes estão baseadas na compilação de estudos
científicos realizados no mundo. As diretrizes de qualidade do ar foram projetadas para
oferecer orientações aos líderes políticos, visando a redução dos impactos da poluição
atmosférica sobre a saúde. Essas diretrizes foram revisadas nos anos de 1997 e 2005 com
base no conhecimento científico atualizado para à época.
As diretrizes da OMS para qualidade do ar não têm caráter regulatório, para que
aconteça estas devem ser recepcionadas no aparato legal dos locais onde se
pretende utiliza-las na forma de padrões de qualidade do ar, por exemplo.
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RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Os padrões e diretrizes citadas são estabelecidos com base nos potenciais danos
causados à saúde. Entretanto, para poeira sedimentável (PS) estão associadas ao
incômodo causado às populações expostas. Sob o aspecto do incômodo, as reações
mais comuns dizem respeito à impossibilidade de gozo pleno da propriedade e ao
desconforto causado pela sujidade gerada pela deposição da poeira sedimentável
sobre as superfícies de uso cotidiano (VALLACK e SHILLITO, 1998; FARFEL et al., 2005). Este
poluente, conforme observado por Conti et al. (2009), incluem majoritariamente frações
de partículas que variam entre 5 a 100 µm. Além do incômodo, as partículas podem
depositar sobre a vegetação, os materiais, edificações e monumentos ocasionando a
modificação das propriedades óticas das folhas e a consequente diminuição da
atividade fotossintética das plantas, a descoloração e a decomposição de materiais
de construção, entre outros efeitos (HU et al., 2006).
No Brasil, além do Estado do Espirito Santo, verifica-se que apenas do Estado de Minas
Gerais, por meio da Deliberação Normativa COPAM no 01 de 26 de maio de 1981,
instituiu padrões para PS, sendo 10 g/m2/30 dias para áreas industriais e 5 g/m2/30 dias
nas demais áreas.
Outros poluentes também podem estar presentes na atmosfera, entretanto, não estão
contemplados em padrões de qualidade do ar. A ausência de padrões de qualidade
para alguns poluentes atmosféricos pode ser justificada por: (i) não existirem evidências
científicas suficientes para correlacionar as concentrações ambientais dos poluentes à
efeitos à saúde e (ii) dificuldades técnicas na amostragem ou medição do poluente.
18
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
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RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
PI-1
- - - -
24h 24h 24h 1h² 8h³ 24h
50 100 50 240 130 100
PI-2
- - - -
Padrão Nacional (CONAMA no 491/2018)
37 75 30 220 120 75
PI-3
- - - -
24h 24h 24h 1h² 8h³ 24h
25 50 240 20 200 100 9 50
- -
PF
Exposição
Padrão
- - - - -
Ano¹ Ano¹ Ano¹ Ano¹ Ano¹
17 35 30 50 35
PI-2
- - - - -
Ano¹ Ano¹ Ano¹ Ano¹ Ano¹
Longa
15 30 20 45 30
PI-3
- - - - -
Ano¹ Ano¹ Ano¹ Ano¹ Ano¹
10 20 80 40 20 0,5
- - - -
PF
- 14 - - -
24h 24h 24h 1h 8h
50 80 170 40 220 120
Metas e Padrão Estadual (Decreto no 3.463-R/2013)
- - - -
24h 24h 24h 24h 1h 8h
Curta
- - -
30.000
1h
45 65 40 50
MI3-ES MI2-ES MI1-ES
- - - - - -
Ano² Ano³ Ano² Ano²
20 33 63 30 45
- - - - -
Ano² Ano² Ano³ Ano² Ano²
Longa
15 25 62 20 42
- - - - -
Ano² Ano² Ano³ Ano² Ano²
10 20 60 40
PF-ES
- - - - - -
Ano² Ano² Ano³ Ano²
25 50 20 200 100 10.000
24h 24h 24h 1h 8h 8h
Curta
Diretriz OMS
Exposição
- - - -
500 30.000
10min 1h
Longa
10 20 40
- - - - - - -
Ano² Ano² Ano²
¹ Não pode ser excedido mais que uma vez por ano.
² Média Aritmética Anual - MAA.
³ Média Geometria Anual - MGA.
20
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
21
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Tabela 5 - Concentração dos poluentes (µg/m3) para determinação dos níveis de atenção, alerta
e emergência.
34.000
ALERTA 420 210 1.600 2.260 400
(30ppm)
46.000
EMERGÊNCIA 500 250 2.100 3.000 600
(40ppm)
22
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
como BOA. Por outro lado, se a média móvel de 24 horas de MP 10 estiver acima de 50
µg/m3, mas ainda abaixo de 120 µg/m3, que é o padrão vigente para este poluente a
qualidade do ar será classificada como MODERADA. Para o exemplo dado, a
qualidade do ar será classificada como RUIM, caso o padrão de qualidade do vigente
seja ultrapassado, podendo ter o agravamento da classificação para MUITO RUIM ou
PESSIMA conforme o valor de concentração apurado.
Tabela 6 - Descrição das classes, índices e valores limites de concentração (em µg/m 3) para
determinação do IQAr.
Concentração*
Classificação1
MP 10 MP 2,5 SO2 NO2 O3 CO
24h 24h 24h 1h 8h 8h
BOA 0 - 50 0 - 25 0 - 20 0 - 200 0 - 100 0 - 10.000
MODERADA >50 - 120 >25 - 60 >20 - 60 >200 - 240 >100 - 140 >10.000 - 13.000
RUIM >120 - 150 >60 - 125 >60 - 365 >240 - 320 >140 - 160 >13.000 - 15.000
MUITO RUIM >150 - 250 >125 - 210 >365 - 800 >320 - 1.130 >160 - 200 >15.000 - 17.000
* Valores em µg/m3.
23
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
4. Monitoramento de Qualidade do Ar
Início da Coordenadas
Estação Localização Bairro Município
Operação X Y
RAMQAr 6 4° Batalhão da Polícia Militar Ibes Vila Velha 2000 362532 7749346
RAMQAr 7 Ao lado do Colégio Marista Centro Vila Velha 2000 365354 7750721
24
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
25
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
26
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
HCnM
Parâmetros
Estação Localização
MP2,5
MP10
NO2
HCT
NOx
CH4
SO2 Meteorológicos
CO
NO
O3
RAMQAr 1 Laranjeiras X X X X X X X
DV,P,PP,RS,SIGT,
RAMQAr 2 Carapina X
UR,VV
RAMQAr 3 Jardim Camburi X X X X X
RAMQAr 5 Centro-Vitória X X X X X X X X X
Legenda
Poluentes Meteorologia
27
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
28
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
29
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
30
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Coordenadas
Estação Localização Bairro Município
X Y
31
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
32
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
33
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
34
RELATÓRIO DE QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
5. Dados Meteorológicos
Neste capitulo, as condições meteorológicas para o ano de 2019, na região onde estão
instaladas as estações da RAMQAr serão representadas pelas medições realizadas na
estação RAMQAr 2 (Carapina), uma vez que nesta é realizada a medição de todas as
variáveis meteorológicas de interesse. Outra análise realizada neste capitulo é a
identificação das ocorrências de dias desfavoráveis a dispersão atmosférica de
poluentes.
5.1 Precipitação
525
450
375
Precipitação (mm)
300
225
150
75
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Precipitação Normal
35
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Para o ano de 2019, a ocorrência de chuva ficou acima do esperado, resultando numa
precipitação total anual de aproximadamente 1579 mm, ultrapassando em 260 mm a
normal climatológica para região.
5.2 Temperatura
36
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
34
32
30
28
26
24
22
20
18
16
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
37
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
A radiação solar indica o fluxo de energia solar incidente sobre uma determinada área.
O Gráfico 6 apresenta variação da incidência da radiação solar ao longo do dia para
as estações do ano em 2019.
Gráfico 6 - Perfil da radiação solar ao longo do dia, para as estações do ano em 2019, na RAMQAr
2 - Carapina.
1000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Outono Inverno Primavera Verão
Verifica-se um comportamento típico, com máximos ocorrendo por volta do meio dia,
com fluxo de radiação médio incidente em 207 W/m2. É importante salientar que os
dados da estação de Carapina foram representativos, pois apresentou 98,2% dos dados
medidos válidos. Apresentando em cada mês, no mínimo, 89,9% dos dados válidos.
38
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
5.5 Umidade
Para estação Carapina, no ano de 2019, houve registro de 98,3% dos dados horários
válidos. A umidade relativa do ar manteve-se elevada durante todo o ano na área
monitorada, condição típica de região litorânea e tropical, apresentando média anual
por volta de 80,3%.
5.6 Vento
39
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
80,0
70,0
Frequência dos Ventos (%)
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
-
Calmaria 0,5 - 2,1 2,1 - 3,6 3,6 - 5,7 5,7 - 8,8 8,8 - 11,1 >= 11,1
A velocidade média na estação Carapina foi de 1,2 m/s, igualmente sua mediana foi
de 1,2 m/s. De acordo com a classificação de intensidade dos ventos de Beaufort
(PRIMAULT, 1979), a velocidade média do vento da estação Carapina apresenta grau
1, classificada como Aragem.
O Gráfico 10 apresenta a rosa dos ventos anual obtida da análise da série temporal de
direção e velocidade do vento medidos na estação Carapina.
Gráfico 10 - Rosa dos ventos para estação RAMQAr 2 – Carapina - Ano de 2019.
RAMQAr 2 - Carapina.
40
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Para a estação avaliada verificou-se que que os ventos mais frequentes e intensos
ocorrem em direções situadas no primeiro quadrante (0 a 90º). A estação Carapina
apresentou velocidades superiores à 3,60m/s, com máxima de 3,9 m/s, sendo que a
velocidade máxima ocorreu na direção Leste-Nordeste (ENE). O comportamento dos
ventos nesta estação é influenciado pela presença de barreiras naturais e de
construções que podem promover a atenuação de sua velocidade. Nessa estação
observa-se que os ventos mais calmos predominam na direção Noroeste (NO),
ocorrendo durante o período noturno, originados pela atuação da brisa terrestre.
Os Gráficos 11, 12, 13 e 14 apresentam as rosas dos ventos para os meses de janeiro a
dezembro de 2019 para estação RAMQAr 2 - Carapina.
41
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 11 - Rosa dos ventos de janeiro, fevereiro e março de 2019 – Estação Carapina.
42
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
43
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 13 - Rosa dos ventos de julho, agosto e setembro de 2019 – Estação Carapina.
44
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 14 - Rosa dos ventos para os meses de outubro, novembro e dezembro de 2019 – Estação Carapina.
45
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Nos gráficos pode-se verificar a forte influência dos ventos no quadrante nordeste (NE) em
praticamente todos os meses do ano, sendo mais acentuado nos meses do Verão.
16
14
12
Dias desfavoráveis
10
8
6
4
2
0
Verifica-se que no ano de 2019 o mês de julho foi o que apresentou maior número de dias
desfavoráveis à dispersão de poluentes. Meses com baixas precipitações, diminuições de
temperaturas e ocorrência de períodos de grande estabilidade atmosférica, resultam em
condições mais desfavoráveis à dispersão de poluentes na atmosfera (CETESB, 2010).
46
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
6.Qualidade do Ar
Tabela 12 - Valores das máximas médias de 24h e da MAA das concentrações de MP2,5 (µg/m3).
47
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 16 - Máximas médias de 24h para as concentrações de MP2,5 nas estações da RAMQAr.
OMS Resolução
CONAMA
26,3 n.º 491/18
Ibes
26,3
31,7
Enseada do Suá
31,9
OMS Resolução
CONAMA
n.º 491/18
Ibes 9,7*
Enseada do
11,4*
Suá
O Decreto Estadual 3.463-R/2013 não estabelece meta intermediária I para curta e longa
exposição para as Partículas Respiráveis (MP2,5), sendo neste caso utilizado como referência
os padrões estabelecidos pela Resolução CONAMA nº 491/2018.
Tabela 13 - Registro de ultrapassagens às médias de curta e longa duração para o parâmetro MP 2,5.
Enseada do
Período de Ibes
Referencial Suá
Referência
Número de ultrapassagens
OMS 24 horas* 35 6
48
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 18 - Distribuição das médias horárias das concentrações de MP2,5 em relação a direção do
vento registrado nas estações RAMQAr 4 (a) e 6 (b).
Gráfico 19 - Séries históricas das médias aritméticas anuais das concentrações de MP2,5 nas estações
da RAMQAr.
16,00
14,00
12,00
10,00
8,00
2014 2015 2016 2017 2018 2019
49
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Tabela 14 - Valores das máximas médias de 24h e da MAA das concentrações de MP10 (µg/m3).
Média
Aritmética 20,6* 17,7 16,7 24,2 18,9 20,6 17,0 31,9* -
Anual
Nos Gráficos 20 e 21 pode-se verificar a comparação das médias calculadas a partir dos
dados monitorados com o padrão de qualidade do ar vigente e com as diretrizes
recomendadas pela OMS, considerando as médias de curta (24 horas) e longa (anual)
exposição.
Gráfico 20 - Máximas médias de 24h das concentrações de MP10 nas estações da RAMQAr.
OMS
Vila Capixaba 116,0
122,8
Centro-Vila Velha 49,0
18,6 MI1-ES (24h)
Ibes 53,1
53,6
Centro-Vitória 59,7
60,4
Carapina 44,1
44,2
Laranjeiras 68,0
68,0
50
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 21 - Médias aritméticas anuais das concentrações de MP10 nas estações da RAMQAr.
Ibes 20,6
Centro-Vitória 18,9
Carapina 17,7
Laranjeiras 20,6*
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Concentração [µg/m³]
Tabela 15 - Registro de ultrapassagens às médias de curta e longa duração para o parâmetro MP10.
Centro-
Duração Laranjeiras Carapina Jardim Enseada Centro- Ibes Vila
Vila Cidade
Referencial da Camburi do Suá Vitória Capixaba Continental
Velha
Exposição
Número de ultrapassagens
Resolução
CONAMA nº 24h* 0 0 0 0 0 0 0 1 -
491/2018 (PI-1)
Resolução
CONAMA nº Anual** Não Não Não Não Não Não Não Não -
491/2018 (PI-1)
OMS Anual** Sim Não Não Sim Não Sim Não Sim -
* Média de 24 horas
** Média Aritmética Anual
51
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 22 - Distribuição das médias horárias das concentrações de MP10 em relação a direção do
vento registrado nas estações RAMQAr 2 (a), 4 (b), 6 (c) e 8 (d).
52
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 23 - Séries históricas das médias aritméticas anuais das concentrações de MP10 nas estações
da RAMQAr.
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Já o Gráfico 25 apresenta a série histórica dos últimos cinco anos de monitoramento para
este paramento nas estações da RMPS.
53
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 24 - Taxa de deposição de partículas (g/m2.30 dias) nas estações de monitoramento de poeira sedimentável nas estações da RMPS (continua).
16 16
14 14
12 12
g/m².30dias
g/m².30 dias
10 10
8 8
6 6
4 4
2 2
0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
16 16
14 14
12 12
g/m2.30 dias
g/m².30dias
10 10
8 8
6 6
4 4
2 2
0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
54
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 24 - Taxa de deposição de partículas (g/m2.30 dias) nas estações de monitoramento de poeira sedimentável nas estações da RMPS (continua).
16 16
14 14
12 12
g/m².30dias
10
g/m².30dias
10
8 8
6 6
4 4
2 2
0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
16 16
14 14
12 12
g/m².30 dias
g/m².30dias
10 10
8 8
6 6
4 4
2 2
0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
55
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 24 - Taxa de deposição de partículas (g/m2.30 dias) nas estações de monitoramento de poeira sedimentável nas estações da RMPS.
16 16
14 14
12 12
g/m².30dias
10 10
g/m².30dias
8 8
6 6
4 4
2 2
0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
56
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 25 - Série histórica da taxa de deposição de partículas para o período de abril de 2014 a dezembro de 2019 para as estações da RMPS (continua).
20,0
18,0
16,0
MI 1= 14g/m²
14,0
12,0
g(m²/30d)
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
20,0
18,0
16,0
MI 1 = 14 g/m²
14,0
12,0
g(m²/30d)
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
57
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 25 - Série histórica da taxa de deposição de partículas para o período de abril de 2014 a dezembro de 2019 para as estações da RMPS (continua).
20,0
18,0
16,0
MI 1 = 14 g/m²
14,0
12,0
g(m²/30d)
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
20,0
18,0
16,0
MI 1 = 14 g/m²
14,0
12,0
g(m²/30d)
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
58
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 25 - Série histórica da taxa de deposição de partículas para o período de abril de 2014 a dezembro de 2019 para as estações da RMPS (continua).
20,0
18,0
16,0
MI 1 = 14 g/m²
14,0
12,0
g(m²/30d)
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
20,0
18,0
16,0
MI 1 = 14 g/m²
14,0
12,0
g(m²/30d)
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
59
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 25 - Série histórica da taxa de deposição de partículas para o período de abril de 2014 a dezembro de 2019 para as estações da RMPS (continua).
20,0
18,0
16,0
MI 1 = 14 g/m²
14,0
12,0
g(m²/30d)
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
20,0
18,0
16,0
MI 1 = 14 g/m²
14,0
12,0
g(m²/30d)
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
60
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 25 - Série histórica da taxa de deposição de partículas para o período de abril de 2014 a dezembro de 2019 para as estações da RMPS.
20,0
18,0
16,0
MI 1 = 14 g/m²
14,0
12,0
g(m²/30d)
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
20,0
18,0
16,0
MI 1 = 14 g/m²
14,0
12,0
g(m²/30d)
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
61
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Tabela 16 - Valores das máximas médias de 24 horas e da MAA de concentração de SO2 (µg/m3).
62
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 26 - Máximas médias de 24h das concentrações de SO2 nas estações da RAMQAr.
OMS MI1-ES
Cidade Continental 41,7
41,8
Ibes 33,0
35,1
Centro-Vitória 47,1
49,7
Laranjeiras 40,1
40,3
Gráfico 27 - Médias aritméticas anuais das concentrações de SO2 nas estações da RAMQAr.
Ibes 6,0
Centro-Vitória 7,3*
Laranjeiras 3,3
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Concentração [µg/m³]
63
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
MI1-ES Anual** Não Não Não Não Não Não Não Não
MI1-ES 24 horas* 0 0 0 0 0 0 0 0
* Média de 24 horas
** Média Aritmética Anual
64
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 28 - Perfil das médias horárias das concentrações de SO2 nas estações da RAMQAr com
relação à direção do vento (gráfico da rosa de poluentes).
65
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 29 - Séries históricas das médias aritméticas anuais da concentração de SO2 nas estações
da RAMQAr.
35
30
25
20
15
10
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Tabela 18 - Valores das máximas médias horárias e da MAA das concentrações de NO2 (µg/m3).
Média Aritmética Anual 18,2 14,8 20,1 15,3* 15,8 27,6 9,4*
66
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
OMS MI1-ES
Cidade Continental 57,5
60,2
Ibes 73,1
84,0
Centro-Vitória 55,6
58,3
Laranjeiras 87,0
90,7
Gráfico 31 - Médias aritméticas anuais das concentrações de NO2 nas estações da RAMQAr.
OMS
MI1-ES
Cidade Continental 9,4*
Ibes 15,8
Centro-Vitória 15,3*
Laranjeiras 18,2
0 20 40 60
Concentração [µg/m³]
67
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 32 - Perfil das médias horárias da concentração de NO2 nas estações da RAMQAr com
relação à direção do vento (gráfico de rosa de poluentes).
O registro histórico das médias anuais de NO2 monitoradas nas estações da RAMQAR
pode ser visualizado no Gráfico 33.
68
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 33 - Séries históricas das médias anuais das concentrações de NO2 nas estações RAMQAr.
35
30
25
20
15
10
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
Enseada Vila
Referencial Laranjeiras Ibes
do Suá Capixaba
1ª Max. (8h) 78,8 92,4 101,1 54,9
2ª Max. (8h) 78,6 91,1 100,6 54,7
OMS MI1-ES e
Resolução
54,7 CONAMA
Vila Capixaba
54,9 n.º491/18
(PI-1)
100,6
Ibes
101,0
91,1
Enseada do Suá
92,4
78,6
Laranjeiras
78,8
69
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
As médias de 8 horas calculadas foram mais elevadas na estação Ibes (101,0 µg/m 3),
estando acima do valor estabelecido pela OMS como diretriz para as médias de 8 horas
de exposição ao O3.
Enseada Vila
Laranjeiras Ibes
Duração da do Suá Capixaba
Referencial
Exposição
Número de ultrapassagens
OMS 8h 0 0 2 0
Gráfico 35 - Perfil das médias horárias das concentrações de O3 nas estações da RAMQAr com
relação à direção do vento (gráfico de rosa de poluentes).
70
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
PF-ES
3.167,8
Vila Capixaba
4.100,8
2.280,4
Ibes
2.535,6
2.874,3
Centro-Vitória
3.451,2
3.410,3
Enseada do Suá
3.875,6
2.109,4
Laranjeiras
2.416,9
71
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
2.401,9 PF-ES
Vila Capixaba
2.414,4
1.321,1
Ibes
1.352,2
1.763,7
Centro-Vitória
1.853,0
1.590,8
Enseada do Suá
1.622,9
1.160,4
Laranjeiras
1.170,0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000
Para este poluente o Estado do Espirito Santo adota como padrões (PF-ES) as diretrizes
sugeridas pela OMS, não sendo verificadas ultrapassagens nas médias de 1h e 8h
registradas no ano de 2019. O Gráfico 38 apresenta o perfil de concentração de CO em
relação à direção do vento por meio da rosa de poluentes. As concentrações indicadas
no gráfico representam a distribuição das concentrações em relação à direção do
vento medida naquela estação e foram usados somente os dados das estações que
apresentavam monitoramento do poluente e do vento para o cálculo da rosa de
poluentes.
Gráfico 38 - Perfil das médias horárias da concentração de CO nas estações da RAMQAr com
relação à direção do vento (gráfico da rosa de poluentes).
72
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Gráfico 39 - Séries históricas das médias anuais das concentrações de CO nas estações RAMQAr.
1.200
1.000
800
600
400
200
0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
73
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
Para o ano de 2019 não foi registrado nenhuma ocorrência de IQAr “Ruim”, “Muito Ruim”
ou “Péssimo”. Neste ano, a qualidade do ar foi classificada, majoritariamente, como
“Boa” e, em algumas vezes para algumas estações, como “Moderada”. Para a estação
Enseada do Suá, 1% dos índices horários resultaram em classificação “Moderada” da
qualidade do ar.
74
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
A análise do Gráfico 41, como por exemplo, permite inferir que no ano de 2019, na
estação de monitoramento Jardim Camburi (RAMQAr n.º 03) ao poluente Partículas
Inaláveis (MP10) pode ser atribuído cerca de 80% dos maiores índices horários de
qualidade do ar calculados para a estação.
75
7. Considerações Finais
76
RELATÓRIO DA QUALIDADE DO AR DA RMGV – 2019
• Para o parâmetro SO2 foi registrado que a diretriz da OMS de curta exposição
foi ultrapassada na maioria das estações de monitoramento, com exceção da
estação Vila Capixaba;
Com base nos resultados apresentados neste relatório, verifica-se que, para maioria dos
dados, os padrões nacionais e federais de qualidade do ar foram atendidos. Entretanto,
ao considerar às diretrizes estabelecidas pela OMS, verifica-se que ações devem ser
tomadas a fim de reduzir as concentrações dos poluentes na atmosfera.
77
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World Health Organization (WHO). Air quality guidelines global update 2005. Genebra, 2006.
80
Apêndice A – Representatividade dos Dados
Representatividade
81
Representatividade - Meteorologia
Precipitação Temperatura Pressão ATM Radiação Umidade Ventos
Estação Bairro Média Média Média Média Média Média anual Média anual % %
% % % % %
anual anual anual anual anual (Velocidade) (Direção) (Velocidade) (Direção)
RAMQAr 2 Carapina 0,18 98,22% 23,91 98,29% 1013,78 98,23% 207 98,24% 80,32 98,29% 1,22 157,1 98,34% 98,34%
RAMQAr 8 Vila Capixaba - - 26,22 96,05% - - - - 72,36 66,39% 1,78 139,82 97,64% 97,85%
82
SEAMA - SECRETARIA DE ESTADO DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS
Rua Dr. João Carlos de Souza, 107, Barro Vermelho - CEP: 29057-530
Vitória, Espírito Santo
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