PARA A 1ª PROVA
MICROSCOPIA
Túbulos Renais
MACROSCOPIA
Aspecto macroscópico da degeneração hidrópica
o Aumento de peso e volume dos órgãos
o Aumento na consistência do órgão (fica mais duro)
o Pálido
Fígado com degeneração hidrópica e esteatose
o O fígado estava com peso e consistência aumentados, além de estar pálido e um pouco amare-
lado.
DIFERENCIAR A DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA DA ESTEATOSE (NA MACROSCOPIA)
o A degeneração hidrópica é vista pela palidez e pelo enrijecimento (aumento da consistência,
duro) do órgão. Já a esteatose se apresenta com um órgão de cor amarelada e macio.
Patogênese
1. Entrada excessiva de ácidos graxos livres
A) Kwashiorkor
‒ Fome, jejum e doenças consumptivas – ESTIMULARIA A MOBILIZAÇÃO DE LIPÍDIOS,
MAS ...
‒ SEM PROTEÍNAS, CARBOIDRATOS E LIPÍDIOS – NÃO DÁ!!!
‒ Dieta rica em carboidratos ↣ a habilidade para estocar fica limitada
‒ Ácidos graxos – TG = esteatose
‒ “Distrofia farinácea” – a criança é gordinha, mas é desnutrida
‒ Deficiência de apolipoproteínas = esteatose
‒ Redução da albumina = edema!!
‒ Esteatose Hepática
B) Marasmo
‒ Atrofia do Fígado
‒ Dieta sem carboidratos, proteínas e gorduras
‒ Criança entra em hipóxia devido à redução do débito cardíaco
Achados clínicos e laboratoriais Marasmo Kwashiorkor
Alteração de crescimento
+++ +
(peso e altura)
Atrofia Muscular +++ +++
Gordura Subcutânea Ausente Presente
Edema Ausente Presente
Dermatoses Raras Comuns
Alteração de Cabelos + +++
Hepatomegalia Rara Frequente
Atraso no Desenvolvimento ++ ++
Atividade Física Diminuída Muito Diminuída
Diarreia +++ +++
Albumina Sérica Normal Baixa
Água Corporal Aumentada Muito Aumentada
Potássio Corpóreo Baixo Muito Baixo
Anemia Comum Muito Comum
C) Aumento da ingestão de alimentos
‒ Dieta Hipercalórica
‒ Esteatose Transitória
CLASSIFICAÇÃO
SIMPLIFICADA
o Corpúsculo de Negri
‒ É uma alteração patognomônica da raiva.
‒ Inclusão viral citoplasmática encontrada em neurônios, principalmente do hipocampo
(em células piramidais) e do cerebelo (em células de Purkinje), mas podem ser encon-
trados em qualquer outra região do SNC.
‒ Corpúsculo redondo, ovalado, eosinófilo (rosa), geralmente menor que uma hemácia.
‒ Em imunofluorescência e microscopia eletrônica demonstrou-se ser constituído de vírus
rábicos completos margeando um centro de proteínas virais.
MICROSCOPIA
MICROSCOPIA
Síndrome de Gaucher
↠ É uma doença genética, progressiva, caracterizada pela ausência de uma importante enzima, a β-glicosidase.
↠ Está relacionada com o metabolismo dos esfingolipídios
↠ A ausência dessa enzima causa o acúmulo de um tipo de gordura dentro de algumas células, que, por sua vez, se
acumulam em alguns órgãos.
↠ Conhecidas como “células de Gaucher”, elas se acumulam principalmente nos tecidos do fígado, baço, pulmão e
medula óssea, além de rins e gânglios. Em menor escala, podem se acumular nos tecidos do cérebro, afetando o sis-
tema nervoso central.
↠ Os órgãos que contém essas células aumentam de tamanho.
↠ Ao M.O., as células ficam com uma característica específica ↣ “Célula em Papel Amassado”
CAPILARES
POUCOS NÚCLEOS E
MUITOS NÚCLEOS AMILOIDES POUCOS CAPILARES
MICROSCOPIA:
V ESÍCULA BILIAR
‒ Mucosa interna verde ou castanha.
‒ Objetivo da peça apresentada em aula: mostrar as estrias na superfície ↣ macrófagos ricos em coles-
terol na mucosa.
o Formam xantomas;
o Colesterolemia ↣ cálculos ↣ fator de risco para neoplasias;
o Dislipidemia ↣ genético.
‒ Fatores de risco:
o Alimentação (principal fator de risco);
o Genética.
Observações Importantes!
↠ Xantoma, xantelasma e aterosclerose são consequências do acúmulo de colesterol.
↠ Esteatose é consequência do acúmulo de triglicerídeos.
NECROSES
INTRODUÇÃO FEITA POR CAROL PRETTI – TURMA 66
AULA PRÁTICA 2
“O estresse celular é tamanho que a lesão celular passa a ser irreversível, ou seja, a célula morre (necrose).”
» É o tipo de morte celular que está associado à perda da integridade da membrana e extravasamento
dos conteúdos celulares, culminando na dissolução das células, resultante da ação degradativa de en-
zimas nas células lesadas letalmente.
» Os conteúdos celulares que escapam sempre iniciam uma reação local do hospedeiro, conhecida
como inflamação, no intuito de eliminar as células mortas e iniciar o processo de reparo subsequente.
o Autólise: degradação enzimática de todos os componentes celulares causadas por enzimas da
própria célula liberadas dos lisossomos após a morte celular, independentemente de ter havido
morte do indivíduo o morte focal no organismo vivo
» As enzimas responsáveis pela digestão da célula são derivadas dos lisossomos das próprias células que
estão morrendo ou dos lisossomos dos leucócitos que são recrutados como parte da reação inflama-
tória às células mortas.
» Quando a agressão é suficiente para interromper as funções vitais – produção de energia e as sínteses
celulares – os lisossomas perdem a capacidade de conter as hidrolases no seu interior.
o Os lisossomas contêm hidrolases capazes de digerir praticamente todos os substratos celulares.
o As hidrolases saem para o citosol, são ativadas pelas altas concentrações de Ca 2+ no citoplasma e
iniciam o processo de autólise.
» É da ação das enzimas que dependem as alterações morfológicas observadas após a morte celular.
» Características da Necrose
o Perda da integridade da membrana
o Digestão enzimática da célula
» TIPOS DE NECROSE
o Necrose de coagulação ou isquêmica;
o Necrose por liquefação;
o Necrose caseosa;
o Necrose gordurosa;
o Necrose enzimática
o Necrose gomosa;
o Necrose hemorrágica;
o Necrose fibrinóide;
o Necrose gangrenosa (gangrena).
MICROSCOPIA
MIOCÁRDIO NORMAL MIOCÁRDIO COM INFARTO
No coração, os infartos afetam mais a porção interna do miocárdio que a externa porque as artérias coronárias correm no epicárdio e vão
dando ramos perfurantes ao longo de seu curso. Como o endocárdio é a porção mais distal do território, é mais vulnerável. Aqui há um in-
farto anêmico envolvendo o músculo papilar (cor mais pálida). Externamente a este há uma área mais escura, de hiperemia reativa ao in-
farto. Isto ocorre porque a área necrótica funciona como estímulo inflamatório, causando vasodilatação nos tecidos vizinhos. Uma conse-
quência benéfica é que isto facilita a chegada de células fagocitárias, que participam na eliminação do produto necrótico.
N ECROSE POR L IQUEFAÇÃO OU L IQUEFATIVA
O tecido se liquefaz.
Por ter predomínio de digestão enzimática, na necrose de liquefação o tecido se liquefaz, ou seja, o
aspecto é líquido.
Geralmente, essa necrose forma cavidades com infiltrado neutrofílico e inflamatório que originam o
exsudato purulento.
Na necrose liquefativa, ao contrário da coagulativa, a eliminação do material necrótico é rápida, le-
vando de algumas horas a poucos dias.
No cérebro, a eliminação se dá por ação de macrófagos (chamados células grânulo-adiposas ), que sur-
gem na área infartada já nas primeiras 24 horas após a morte tecidual. Isto é favorecido porque, devido
a peculiaridades do tecido nervoso, não há interrupção completa da circulação, mesmo em infartos
extensos, permitindo a chegada de macrófagos do sangue.
Admite-se também que a riqueza de lípides do tecido nervoso favoreça o caráter liquefativo, isto é, o
rápido amolecimento do material necrótico.
É bastante observada no sistema nervoso central, e suas causas podem ser toxinas bacterianas, subs-
tâncias tóxicas ou isquemia no sistema nervoso central.
Em outros tecidos, ocorre devido infecção bacteriana com acúmulo de leucócitos.
Processo: Necrose Liquefativa (amolecimento cerebral)
o Esta área de necrose tem causa e mecanismo de formação semelhantes ao da necrose coagulativa,
ficando mais liquefeita por causa do conteúdo em água e lipídeos, característicos do sistema ner-
voso. Por este motivo, a consistência do tecido acometido é extremamente amolecida e friável.
Úlcera: área em que se forma um nicho na pele, na mucosa, dentre outros locais.
o Encontra-se necrose liquefativa;
o Junto com a necrose liquefativa, pode ocorrer uma degeneração fibrinóide (necrose fibrinóide) ↣
estado de hipersensibilidade.
MICROSCOPIA
O córtex infartado mostra maior celularidade (concentra- Na substância branca, focos de edema são vistos como áreas
ção de núcleos por unidade de área) que o normal. Isto se mais claras. Aí é fácil observar as células grânulo-adiposas,
deve à tumefação e proliferação das células endoteliais, que cujo citoplasma espumoso contém restos dos axônios mie-
línicos necróticos. O grande e rápido afluxo das células grâ-
MACROSCOPIA
é uma resposta do tecido à anóxia.
nulo-adiposas à área necrótica é o elemento principal para
a liquefação da necrose.
Nesta peça houve um extenso infarto de parte do território da A. cerebral mé- Necrose liquefativa.
dia em que o paciente sobreviveu à fase aguda. A necrose no cérebro é do tipo li-
Um infarto do cérebro, mostrando a dissolução do tecido.
quefativo, sendo rapidamente removida por células fagocitárias (chamadas célu-
las grânulo-adiposas). Resta uma cavidade parcialmente preenchida por vasos
e gliose, um tecido cicatricial próprio do sistema nervoso central. A região infar-
tada retraiu, deixando aquele hemisfério menor que o contralateral normal. O ter-
ritório da A. cerebral média inclui o córtex cerebral e a substância branca de maior
parte da convexidade dos hemisférios cerebrais, e os núcleos da base menos o nú-
cleo caudado (que é território da A. cerebral anterior). O tálamo e o hipocampo
são supridos pela A. cerebral posterior.
N ECROSE C ASEOSA
O termo caseosa ( do latim, caseus = queijo) é derivado da aparência macroscópica friável e branco-
amarelada, com aspecto pastoso e seco da área de necrose, semelhante a queijo branco.
Aneurisma de Rasmussen
É descrito como uma erosão da adventícia e média de uma artéria brônquica que dilata para o interior
de uma cavidade pulmonar, levando a hemoptise maciça. Embora pouco frequente, a formação aneu-
rismática é encontrada em pacientes com tuberculose pulmonar.
MICROSCOPIA
MACROSCOPIA
MACROSCOPIA
N ECROSE G OMOSA
É uma variedade de necrose por coagulação, na qual o tecido
necrosado assume aspecto compacto e elástico como borra-
cha (goma), ou fluído viscoso.
Encontrada na sífilis tardia ou terciária (goma sifilítica).
MICROSCOPIA
Aumento de 4x
Aumento de 10x
N ECROSE F IBRINÓIDE
O termo fibrinóide quer dizer semelhante a fibrina: é um material hialino, portanto, amorfo, homogê-
neo e eosinófilo (ou seja, de coloração róseo-brilhante), de aspecto grumoso ou filamentoso. Ocorre
em pequenas artérias (portanto, maiores que arteríolas) em duas situações básicas: em algumas do-
enças autoimunes e na hipertensão arterial maligna.
O tecido necrosado assume um aspecto hialino e acidófilo.
Em certas artérias, e dependendo do plano de corte, a distribuição da substância fibrinóide lembra
uma chama, daí a comparação clássica destas lesões a “chama de vela”
MICROSCOPIA
o Gangrena Seca
‒ Ocorre quando predominam os fenômenos coagulativos. A área necrótica perde água para
o ambiente, ficando seca, retraída e com aspecto mumificado. Fica também negra, por alte-
ração da hemoglobina. Não fede!
‒ Apenas o trombo + mumificação;
↣ Sempre que há cura por fibrose, o órgão vai ter alguma perda de função.
↣ Curas por fibrose ↠ geralmente são dolorosas.
↣ O processo de cicatrização das necroses apresentadas é doloroso
Exceção: as necroses isquêmicas doem na hora em que está ocorrendo a morte celular. Após esse
momento, não há mais dor
PIGMENTOS E CÁLCULOS
AULA PRÁTICA 3 – MACROSCOPIA
PIGMENTOS
» Pigmento (do latim pigmentu = cor para pintar) é a designação dada a substâncias que possuem cor
própria e que têm origem, composição química e significado biológico diverso.
» Denomina-se pigmentação o processo de formação e/ou acúmulo, normal ou patológico, de pigmentos
em certos locais do organismo.
» Pigmentação patológica pode ser sinal de alterações bioquímicas pronunciadas, sendo o acúmulo ou a
redução de determinados pigmentos um dos aspectos mais marcantes em várias doenças.
» O acúmulo anormal de pigmentos ou a sua diminuição também são indicativos de que a célula sofre
agressões. Uma pigmentação anormal é mais um sinal de perda da homeostase e da morfostase celular,
portanto, é patológica.
» O espectro de cores das pigmentações patológicas geralmente abrange os tons retratados na figura
abaixo, principalmente com relação aos pigmentos endógenos.
» A pigmentação patológica pode ser exógena, cujos pigmentos são de origem externa ao organismo, ou
endógena, formada a partir de pigmentos naturais do corpo.
» A patologia das pigmentações centra-se no fato de que estão presentes não somente cores diferentes
no local, mas também substâncias estranhas aos tecidos, provocando as chamadas reações inflamató-
rias.
A patologia das pigmentações centra-se no fato de que estão presentes não somente cores diferen-
tes no local, mas também, e principalmente, substâncias estranhas aos tecidos, provocando as chamadas
reações inflamatórias. Os agentes pigmentadores exógenos, assim, constituem, antes de mais nada, fatores
de agressão, ao contrário dos agentes pigmentadores endógenos, naturais no organismo, cuja presença
indica que o tecido está sofrendo algum tipo de agressão não necessariamente provocado pelo pigmento.
P IGMENTAÇÃO E XÓGENA
Pigmentação por pigmentos de origem externa ao corpo.
De acordo com a via de introdução do pigmento no organismo:
o Via inoculação (cutânea);
o Via ingestão (oral);
o Via inalação (respiratória).
Argirismo ou Argiria
‒ Intoxicação por sais de prata (“Argentum”).
‒ Mais comumente associada à administração excessiva e prolongada durante o já ultrapassado trata-
mento de cistites e oftalmias.
‒ Com deposição nos glomérulos renais, glândulas sudoríparas e sebáceas e derme superficial de com-
plexos prata-proteína, produzindo uma pigmentação cinzenta azulada permanente na pele e na mu-
cosa oral.
Plumbismo ou Saturnismo
‒ Intoxicação com sais de chumbo ("Plumbum").
‒ Mais comumente associada à ingestão de capins contaminados com fumaça de fundições ou com água
poluída por minas de chumbo.
‒ Com deposição de sulfeto de chumbo nos ossos (principalmente no fêmur) e na mucosa oral odonto-
gengival produzindo uma linha escura -"Linha do chumbo", além de graves lesões no sistema hemato-
poiético, no SNC e nos rins.
TIPOS DE PNEUMOCONIOSES
Antracose
‒ Pigmentação por sais de carbono.
‒ Comum sua passagem pelas vias aéreas, chegando aos alvéolos pulmonares e aos linfonodos regionais
por intermédio da fagocitose do pigmento.
‒ Cor: varia do amarelo-escuro ao negro.
‒ A antracose em si não gera problemas, mas sua evolução pode originar disfunções pulmonares graves,
principalmente em profissões que constantemente entram em contato com a poeira de carvão.
‒ Macroscopicamente verifica-se um pontilhado preto acinzentado, mais intenso nas porções mais ven-
trais. Linfonodos regionais também escurecidos.
‒ Microscopicamente observa-se grânulos enegrecidos histoquimicamente resistentes a todos solven-
tes, nos alvéolos e nos septos interalveolares, as vezes dentro de macrófagos.
Outras Pneumoconioses
‒ Asbestose: Inalação de silicato de magnésio (amianto);
Hemossiderose Sistêmica
‒ Acúmulo anormal de hemossiderina nos tecidos, especialmente nos macrófagos da derme, do fígado,
do baço, da medula óssea, linfonodos e pulmões.
‒ A deposição sistêmica de hemossiderina ocorre em consequência do aumento da absorção intestinal
do ferro.
‒ ↑ absorção intestinal do ferro ↣ anemias hemolíticas.
‒ Características macroscópicas: Quando intensa, a hemossiderose determina uma coloração ocre amar-
ronzada, facilmente detectável no fígado, no baço, nos linfonodos, no miocárdio e no pâncreas.
‒ Características microscópicas: Grânulos brilhantes dourados ou pardacentos, azul da Prússia positi-
vos, de tamanhos variados, entre as células (nos linfonodos, principalmente) ou dentro de macrófagos
e/ou células epiteliais.
Hemossiderina
‒ É um pigmento resultante da degradação da hemoglo-
bina que contém ferro.
‒ É originada da lise de hemácias, de dieta rica em ferro
ou da hemocromatose idiopática (alteração da con-
centração da hemoglobina nos eritrócitos).
‒ Sua cor é amarelo-acastanhado.
‒ Possui aspectos granular amorfo, de ocorrência prin-
cipalmente intracelular, em locais onde esteja ocor-
rendo desintegração excessiva de hemácias.
Hemocromatose
‒ Distúrbio raro do metabolismo do ferro, no qual uma quantidade excessiva de ferro é absorvida pelo
intestino ou entra no organismo via transfusão, levando á deposição , ao longo dos anos, de pigmen-
tos semelhantes à hemossiderina, no interstício, nos macrófagos, e mesmo em células epiteliais da
pele, fígado, rins, pâncreas e glândulas salivares.
‒ Esta deposição excessiva irrita e acaba por determinar fibroplasia e atrofia parenquimatosa, levando
com frequência à cirrose hepática e à atrofia das ilhotas de Langerhans do pâncreas - "Diabete Bron-
zeada".
o Hematina ácida hidro clorídrica ou "Pigmento da úlcera": Formada pela ação do ácido clorídrico
sobre a Hb, frequentemente observada nas proximidades de ulceras gástricas.
o Hematina malárica ou "Hemozoina" ou ainda "Pigmento Palúdico": Resulta da digestão enzimá-
tica da Hb pelo Plasmodium spp., que com a ruptura das hemácias, libera grânulos castanho es-
curos no interstício para os macrófagos do baço, fígado e outros órgãos.
Bilirrubina
‒ É o produto da lise do anel pirrólico, sem a presença de ferro.
‒ Conjugada ao ácido glucurônico pelo hepatócito, a bilirrubina torna-se mais difusível, não se concen-
trando nas células que fagocitam hemácias, o que provoca um aumento generalizado desse pigmento,
denominado de icterícia.
‒ Icterícia
‒ Tem sua origem nos casos de lise hemática, de doença hepatocítica ou de obstrução das vias biliares.
‒ Acredita-se, hoje, que a bilirrubina seja originada da hematoidina, pigmento que se cristaliza próximo
às hemácias rompidas.
o Melanomas
▪ Manchas escuras de natureza cancerosa. Há o aumento da quantidade de melanócitos , os
quais encontram-se totalmente alterados, originando esse tumor.
o Melanose
▪ Cutânea ou visceral.
▪ As máculas de melanina se dispõem caracteristicamente em "tabuleiro de xadrez", com li-
mites nítidos.
▪ Não tem significado clínico.
o Efélides ou Sardas;
o Albinismo;
▪ Despigmentação generalizada congênita (geralmente condicionada por gene autossômico
recessivo) decorrente da incapacidade dos melanócitos de sintetizar a tirosinase (ou tiro-
sina oxidase), importante na síntese da melanina.
CÁLCULOS
» Lembrar dos tipos de calcificação.
» A calcificação patológica é a deposição anormal de sais de cálcio nos tecidos, junto com quanti-
dades menores de ferro, magnésio e outros sais minerais. Há duas formas de calcificação patoló-
gica. Quando a deposição ocorre localmente em tecidos mortos, é conhecida como calcificação distró-
fica; ela ocorre apesar de níveis séricos de cálcio normais e na ausência de alterações no metabolismo
do cálcio. Em contraste, a deposição de sais de cálcio em tecidos normais é conhecida como calcificação
metastática, e quase sempre resulta da hipercalcemia secundária a algum desequilíbrio no metabo-
lismo do cálcio.
Calcificação Distrófica.
A calcificação distrófica é encontrada em áreas de necrose, sejam elas do tipo coagulativa, caseosa ou
liquefativa, e em focos de necrose enzimática da gordura. A calcificação quase sempre está presente nos ate-
romas da aterosclerose avançada. Também se desenvolve comumente nas valvas cardíacas envelhecidas ou
danificadas, dificultando ainda mais a sua função (Fig. 2-34). Qualquer que seja o local da deposição, os sais de
cálcio aparecem macroscopicamente como delicados grânulos ou grumos brancos, muitas vezes palpáveis como
depósitos arenosos. Às vezes, um linfonodo tuberculoso é praticamente convertido em pedra.
» Morfologia. Histologicamente, com a coloração de rotina de hematoxilina e eosina, os sais de cálcio
exibem aparência granular, amorfa e basofílica, algumas vezes formando grumos. Podem ser intrace-
lulares, extracelulares, ou se encontrar em ambas localizações. Com o passar do tempo, pode ocorrer
a formação de osso heterotópico no foco da calcificação. Eventualmente, células necróticas individu-
ais constituem um foco de cristalização que é ampliado pelo depósito de minerais. A aquisição pro-
gressiva de camadas externas cria configurações lamelares chamadas de corpos de psamoma (ou
apenas, psamomas, do grego psammos = areia) devido à sua semelhança a grãos de areia. Alguns tipos
de cânceres papilares (p. ex., da tireoide) são capazes de formar psamomas. Na asbestose, sais de ferro
e cálcio se acumulam em torno das espículas delgadas de asbesto no pulmão, criando formas exóticas
de halteres com contas.
Embora a calcificação distrófica seja simplesmente um sinal indicador de lesão celular prévia, ela, com
frequência, é causa de disfunção do órgão. Este é o caso na doença valvar calcificada e na aterosclerose. O
cálcio sérico é normal na calcificação distrófica.
TIPOS
• Cálculos biliares de colesterol: este é o
tipo mais comum de cálculo biliar, que
muitas vezes aparece na cor amarela. Es-
tes cálculos biliares são compostos princi-
palmente de colesterol não dissolvido,
mas podem conter outros componentes;
Podem ser únicos ou múltiplos;
A deposição é em camadas;
Mistos – multifacetados;
São mais firmes.
FATORES DE RISCO
• Esses fatores de risco aumentam as chances de desenvolver cálculos biliares.
Idade: mais de 60 anos
Sexo:
o Mulheres entre 20 e 60 anos
o Mulheres com altos níveis de estrogênio devido à gravidez, uso de contraceptivos orais ou
terapia de reposição hormonal
Obesidade
Raça: tribo indígena de Pima e outros nativos americanos, mexicanos-americanos e europeus
do norte
Uso de medicamentos para reduzir o colesterol
Diabetes
Perda rápida de peso e jejum
Cálculos biliares anteriores
Doenças da vesícula biliar e ductos biliares
Doenças do sangue, incluindo anemia falciforme
COMPLICAÇÕES POSSÍVEIS
• Cálculos biliares não tratados podem bloquear o duto cístico ou duto biliar comum. Esse bloqueio
pode acarretar nos seguintes problemas:
Colecistite aguda ou crônica
o Inflamação da vesícula biliar.
Colangite
o Inflamação de um ou mais canais biliares.
Coledocolitíase
o Presença de cálculos nos ductos biliares.
Pancreatite
o Inflamação do pâncreas.
Neoplasia de vias biliares
o Câncer nos tubos delgados que transportam o fluido digestivo bílis pelo fígado.
Obstrução intestinal.
o Condição gastrointestinal em que o material digerido é impedido de passar normalmente
pelo intestino.
C ÁLCULOS R ENAIS
Calculose renal, conhecida vulgarmente por pedra no rim, é a presença no trato urinário de um cál-
culo formado a partir de sais minerais presentes na urina.
Os cálculos renais formam-se no rim e são geralmente expelidos do corpo na urina.
Os cálculos de pequena dimensão podem passar pelo trato urinário sem causar sintomas.
o No entanto, quando um cálculo cresce mais do que 5 mm pode causar o bloqueio da uretra, pro-
vocando dor intensa na parte inferior e posterior do abdómen.
TIPOS
• Existem quatro tipos de cálculos renais, sendo que um se diferencia do outro no que diz respeito à sua
formação e principais características.
• Os tipos de pedras no rim existentes são:
Cálculos de Cálcio
o São os mais comuns.
o Ocorrem mais frequentemente em homens do que em mulheres e aparecem e aparecem no
geral entre 20 e 30 anos.
o Tendem a reaparecer após tratamento.
o O cálcio pode combinar-se com outras substâncias, como o oxalato, o fosfato ou o carbonato
para formar a pedra nos rins.
FATORES DE RISCO
• Alguns fatores são considerados de risco, pois contribuem para o surgimento do cálculo renal.
Histórico familiar
o A presença de familiares que possuem ou já possuíram cálculos renais, aumenta o chance de
um indivíduo desenvolver tal condição.
o Além disso, um indivíduo que já apresentou a doença alguma vez possui risco aumentado de
desenvolver a doença (novamente) em relação a um indivíduo que nunca apresentou.
Predisposição Genética
Adultos acima dos 40 anos são mais propensos a desenvolver pedra nos rins.
Homens são mais suscetíveis aos cálculos renais do que mulheres, exceto nos cálculos de estru-
vita.
Baixa hidratação.
Altas temperaturas.
Dietas ricas em proteína, sódio (sal) ou açúcar também são consideradas fatores de risco.
Obesidade
Doenças do trato digestivo (como inflamação gastrointestinal e diarreia crônica) e cirurgias
(como a de bypass gástrico).
o Isso ocorre pois estas situações podem causar mudanças no processo de digestão que afetam
diretamente na absorção de cálcio e água, aumentando as chances de formação de substân-
cias capazes de levar à formação de pedras
Outras doenças, como acidose, lesões renais tubulares, cistinúria, hiperparatireoidismo, doenças
no trato urinário e alguns medicamentos também podem aumentar os riscos de cálculo renal.
ATEROSCLEROSE
↣ É possível cobrar a aterosclerose no conteúdo de calcificação.
↣ As calcificações, nessa condição, são do tipo ‘distrófica’ e se apresentam nas placas de ateromas graves.
Muitas outras proteínas bioquimicamente distintas também podem ser depositadas, como o ami-
loide, em diversas situações clínicas. Entre essas causas mais raras de amiloidose, as proteínas mais comu-
mente envolvidas são as seguintes:
‒ A transtiretina (TTR) é uma proteína normal do soro que se liga e transporta tiroxina e retinol. Di-
versas formas mutantes distintas da TTR (e seus fragmentos) são depositadas em um grupo de dis-
túrbios geneticamente determinados, referidos como polineuropatias amiloides familiares. A TTR
normal também é depositada no coração de indivíduos com mais idade (amiloidose sistêmica senil).
o Nestor mencionou essa proteína devido sua alta prevalência em Portugal.
o A polineuropatia amiloidótica familiar (PAF), também conhecida como paramiloi-
dose ou doença de Corino de Andrade (vulgarmente doença dos pezinhos).
o É uma doença rara, genética e congênita que possui uma alta prevalência no vilarejo de Póvoa
de Varzim, em Portugal.
▪ Haviam muitos casamentos consanguíneos nesse vilarejo, fazendo com que o gene (que
era recessivo) se manifestasse mais vezes do que o comum no resto do mundo.
o É chamada, também, de “doença dos pezinhos” pelo fato de estar associada aos pés e à dificul-
dade em caminhar.
o As mutações desestabilizam a TTR, tornando-a insolúvel e suscetível à formação de fibras ami-
loides, que se acumulam em diversos tecidos do corpo humano, afetando principalmente o
sistema nervoso periférico e autonômico.
‒ A β2-microglobulina, um componente das moléculas do MHC classe I e uma proteína normal do soro,
foi identificada como a subunidade fibrilar do amiloide (Aβ2m) na amiloidose que complica a evolu-
ção de pacientes em hemodiálise por longos períodos.
‒ Em uma minoria de casos de doença por príons no sistema nervoso central, proteínas priônicas do-
bradas de forma errada agregam-se no espaço extracelular e adquirem as características estruturais
e de coloração da proteína amiloide.
‒ Além disso, outros componentes menores estão sempre presentes no amiloide. Esses incluem com-
ponente P do amiloide sérico, proteoglicanas e glicosaminoglicanos altamente sulfatados. A proteína
amiloide P sérica contribui para a deposição de amiloide por estabilizar as fibrilas e diminuir sua
remoção.
RIM
A amiloidose do rim é a forma mais comum e potencialmente mais grave de envolvimento dos ór-
gãos. Macroscopicamente, os rins podem ser de tamanho e cor normais ou, em casos avançados, podem
estar diminuídos em razão da isquemia causada pelo estreitamento vascular induzido pela deposição de
amiloide no interior das paredes arteriais e arteriolares.
Histologicamente, o amiloide é depositado primariamente nos glomérulos, mas o tecido intersticial
peritubular, as artérias e arteríolas também são
afetados. Os depósitos glomerulares aparecem
primeiramente como espessamentos sutis da
matriz mesangial, acompanhados geralmente
por um espessamento irregular das membranas
basais dos capilares glomerulares. Com o passar
do tempo, os depósitos mesangiais e os depósitos
ao longo das membranas basais causam estreita-
mento capilar e distorção do tufo vascular glome-
rular. Com a progressão da amiloidose glomeru-
lar, as luzes capilares obliteram-se, e os gloméru-
los obsoletos são preenchidos por massas conflu-
entes ou fitas largas e entrelaçadas de amiloide.
Amiloide hepático.
Síndrome de Gaucher
↠ Não está relacionada com a amiloidose, mas foi falada, novamente, nessa aula.
↠ A criança com a Síndrome de Gaucher irá apresentar baixa estatura, esplenomegalia e defeitos na coluna.
↠ É uma doença genética, progressiva, caracterizada pela ausência de uma importante enzima, a β-glicosidase.
↠ Está relacionada com o metabolismo dos esfingolipídios.
↠ Processo intracelular de depósito de cerasina (glicocerebrosídeo).
└ O defeito se encontra em uma enzima que é responsável pela transformação da cerasina, tendo como conse-
quência o seu depósito.
↠ Nos paciente com a Síndrome de Gaucher, o baço servia como um filtro das células com deposição. Caso seja feita
a retirada do baço, será retirado o filtro desse indivíduo e essas células (com deposição) se proliferarão para todo o
organismo (o paciente irá a óbito em pouco tempo).
↠ A ausência dessa enzima causa o acúmulo de um tipo de gordura dentro de algumas células, que, por sua vez, se
acumulam em alguns órgãos.
↠ Conhecidas como “células de Gaucher”, elas se acumulam principalmente nos tecidos do fígado, baço, pulmão e
medula óssea, além de rins e gânglios. Em menor escala, podem se acumular nos tecidos do cérebro, afetando o sis-
tema nervoso central.
↠ Os órgãos que contém essas células aumentam de tamanho.
↠ Ao M.O., as células ficam com uma característica específica ↣ “Célula em Papel Amassado”
Ú TERO P UERPERAL
Hipertrofia e Hiperplasia fisiológicas.
MORFOLOGIA
Útero aumentado de volume medindo com superfície externa parda e rugosa e relação corpo:colo
de 4:1. Ao corte, observa-se cavidade uterina dilatada com endométrio pardo-vinhoso e friável. O miomé-
trio encontra-se espessado.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
O puerpério pode ser definido como sendo o período em que se segue ao parto, no qual ocorrem
manifestações involutivas e de recuperação das modificações orgânicas que surgem durante a gestação e
o parto. É caracterizada pela involução e regeneração da musculatura uterina e da mucosa vaginal. O prin-
cipal problema associado a este período corresponde à presença de hemorragia, que pode ocorrer por
retenção de restos placentários, laceração do canal de parto ou mesmo atonia/hipotonia uterina (nos casos
de aumento excessivo do volume uterino, atividade excessiva do útero ou manobras que comprometam
sua contratilidade). Caso esse sangramento seja excessivo, a paciente pode apresentar choque hipovolê-
mico e até mesmo morte.
‒ Manchas escuras são sangramento em virtude de distúrbio de coagulação que pode ter causado a he-
morragia e a consequente histerectomia
‒ Síndrome de Sheehan: falta de sangue na hipófise que pode ser causada pela hipovolemia ligada a he-
morragia no útero. Compromete 1º os hormônios somatotróficos.
MORFOLOGIA
Coração exibindo ao corte transversal em suas cavidades ventriculares, aumento da espessura da
parede ventricular esquerda medindo até 6cm de espessura e com diâmetro diminuído da luz da cavidade.
CAUSAS
É uma adaptação celular devido à sobrecarga de esforço no Ventrículo Esquerdo.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
A evolução clínica da hipertrofia concêntrica do VE é bastante variável. Muitos pacientes são assin-
tomáticos ou oligossintomáticos, e muitas vezes, a primeira manifestação pode ser a morte súbita. Nos
pacientes sintomáticos, as queixas mais comuns são dispneia (devido à disfunção ventricular diastólica),
angina (devido ao fenômeno da isquemia miocárdica) e síncope (devido à redução do débito cardíaco). No
exame físico, pode-se observar um ictus propulsivo à palpação, sopro sistólico ejetivo e ausculta de bulhas
acessórias (principalmente B4).
OBSERVAÇÕES:
‒ Microlesões geram mais sarcômeros em paralelo = maior força de contração da fibra e maior volume
da célula
‒ Seja qual for o estímulo, em algum momento a hipertrofia da massa muscular deixa de ser capaz de
compensar a sobrecarga = Insuficiência
‒ Músculo (adulto) NÃO faz hiperplasia, pois não possui capacidade de sofrer divisão
MORFOLOGIA
Aumento do volume do baço, que normalmente pesa 150 g e tem até 13 cm de comprimento em seu
maior eixo.
CAUSAS
Pode ser causado por diversos motivos:
o Hipertrofia do baço por estímulo a resposta imune devido à infecção;
o Hipertrofia por aumento na destruição de eritrócitos;
o Doença mieloproliferativa;
o Doença inflitrativa;
o Neoplasias;
o Doença de Chagas;
o Leishmaniose visceral (calazar);
o Aumento na pressão venosa;
o Doenças de depósito (como na Doença de Gaucher e na Amiloidose).
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
Quando o baço aumenta de tamanho, a sua capacidade de reter e armazenar células sanguíneas
aumenta. A esplenomegalia pode reduzir o número de eritrócitos, de leucócitos e de plaquetas circulantes
(levando, respectivamente, a anemia, leucopenia e plaquetopenia, condição denominada hiperesple-
nismo).
MORFOLOGIA
Presença de glândulas e estroma endometrial (o revestimento interno do útero) dentro do miomé-
trio (a camada muscular grossa do útero), podendo levar ou não à hipertrofia das fibras musculares uteri-
nas, com aumento do volume do órgão, nunca, porém, tão acentuado como nos casos dos miomas. A ade-
nomiose pode ser focal, envolvendo apenas o útero, ou difusa. Neste último caso, o útero torna-se mais
pesado e volumoso.
CAUSAS
A causa da adenomiose é desconhecida, embora possa estar associada a algum trauma uterino que
possa ter rompido a barreira entre o endométrio e o miométrio, o que pode ocorrer, por exemplo, em razão
de gravidez, operação cesariana ou ligadura de trompas.
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
Clinicamente a presença de adenomiose uterina leva a um aumento do fluxo menstrual (menorra-
gia) e das cólicas uterinas (dismenorreia), diminuindo assim a qualidade de vida das pacientes. A adeno-
miose ocorre tipicamente em mulheres entre 35 e 50 anos, possivelmente porque nesta faixa etária as
mulheres têm excesso de estrógeno. Após os 50 anos, devido à menopausa, as mulheres não produzem
tanto estrógeno.
C ÂNCER DE M AMA
Hiperplasia patológica do estroma (ductos, matriz intercelular e fibroblastos), com proliferação fi-
broide e hipertrofia patológica.