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Alexandre Oliveira
Química Geral
1° Semestre
Curso Anual de Química
Assunto Página
Módulo 01 – Modelos Atômicos 03
Química
Módulo 03 – Ligações Químicas 89
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MÓDULO 01
Modelos Atômicos
1. Teoria Atômica
1.1. A Origem da Teoria Atômica
Na Grécia antiga o conceito fundamental de átomo já existia, sendo tal partícula considerada a unidade
fundamental da matéria.
A ideia de átomo foi proposta por Leucipo e desenvolvida pelo filósofo grego Demócrito (460-370 a.C.).
Demócrito usou a palavra “átomo” para designar a partícula indivisível da matéria.
PIatão (428-348 a.c.) e Aristóteles (384-322 a.C.) foram contra a ideia da existência do átomo e esse
pensamento prevaleceu durante séculos.
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Experimentos realizados com as ampolas de Crookes, utilizando-se gases sob baixíssima pressão, cerca de
0,01 atm e provocando uma diferença de potencial da ordem de 20.000 volts, observava-se que o gás sofria uma
descarga elétrica.
Nestas condições foi observado um fluxo luminoso que partia do pólo negativo da ampola de vidro (cátodo)
em direção ao pólo positivo da ampola (ânodo). Este fluxo luminoso foi denominado de raios catódicos.
Os raios catódicos possuem as seguintes propriedades principais:
1) Possuem massa, pois eram capazes de mover uma pequena hélice colocada dentro da ampola de Crookes;
2) Propagam-se em linha reta, pois projetavam uma sombra na parede oposta da ampola de Crookes quando um
anteparo era colocado em sua trajetória;
3) Possuem carga elétrica negativa, pois quando o fluxo era submetido a um campo elétrico, este sofria um
desvio em direção ao pólo positivo do campo magnético. Essa demonstração foi realizada em 1887, pelo físico
inglês Thomson.
cátodo ânodo
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O físico americano Robert A. Millikan (1868-1953) conseguiu medir a carga de um elétron e consequente-
mente a massa deste, através da seguinte experiência.
Neste experimento Millikan colocava pequeninas gotas de óleo numa câmara através de um nebulizador.
Ao caírem lentamente através do ar, eram expostas a raios X, o que provocavam a transferência de moléculas do
ar para elas, umas ficavam com um elétron, outras com dois ou três e assim por diante. As gotículas de óleo eram
observadas individualmente através de um pequeno telescópio.
Millikan ajustava a carga elétrica nas placas que ficavam acima e abaixo das gotas até que a atração
eletrostática, que impelia a gota para cima, equilibrava a força da gravidade que as puxava para baixo. Pelas
equações que traduziam essas forças Millikan calculou a carga em cada gota.
As cargas encontradas em cada gota variavam, mas essas cargas eram múltiplos inteiros do menor valor
encontrado em determinada gota. A menor carga encontrada foi 1,6.10–19 C. Millikan concluiu que essa era a
carga elétrica fundamental, a carga de um elétron.
Como Thomson já havia determinado a relação entre a carga e a massa de um elétron, Millikan determinou
também a massa do elétron. (O valor aceito atualmente para a massa do elétron é 9,109389.10–28 g e o da sua
carga é 1,60217733.10–19 C).
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Nesse experimento os elétrons colidem com as moléculas de gás e produzem fragmentos positivos destas
moléculas, que são atraídos pelo cátodo perfurado carregado negativamente. Alguns destes fragmentos positivos
passam através dos orifícios do cátodo e formam um feixe de partículas carregadas positivamente.
Os raios canais também são desviados por campos elétricos e magnéticos, mas esses desvios são muito
menores que os desvios sofridos pelos elétrons, para uma mesma intensidade dos campos. Isso ocorre pelo fato
da massa dos prótons ser muito maior que a massa dos elétrons.
Como um átomo não possui carga elétrica líquida, o número de elétrons é igual ao número de prótons.
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Por outro lado, os elétrons colidindo com os átomos do gás residual excitam esses átomos provocando
saltos de seus elétrons para camadas de maior energia; na volta desses elétrons para as camadas originarias há
emissão de ondas eletromagnéticas sob forma de luz. Se o gás residual é o hidrogênio, os raios canais são
constituídos pelos íons gasosos H+ resultantes da colisão de elétrons (raios catódicos) com as moléculas de H2 do
gás residual.
H••H + e- [H•H]+ + 2e-
[H•H]+ + e- 2 [H]+ + 2e-
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O modelo do “pudim de passas” de Thomson teve uma vida muito curta. Com o modelo do átomo de
Thomson as partículas atravessariam o átomo sem sofrer desvios, sendo que algumas delas sofreriam
pequenos desvios (a). Com o átomo nucleado de Rutherford (b) algumas partículas sofreriam grandes desvios e
até retomariam na direção oposta das partículas emitidas.
Com os avanços tecnológicos do início do século XX, foi inventado o espectrômetro de massas, um
instrumento que permite a determinação da massa de um átomo. A espectroscopia de massas foi usada para
determinar a massa de todos os elementos conhecidos.
Através da espectroscopia de massas os cientistas descobriram que nem todos os átomos de um elemento
químico possuem a mesma massa e descobriram, ainda, que quando o número de prótons aumenta a massa de
um átomo aumenta numa proporção ainda maior.
Assim os cientistas começaram a propor a existência de partículas eletricamente neutras no núcleo dos
átomos, juntamente com os prótons, tais partículas foram denominadas de nêutrons. Os nêutrons não possuem
carga elétrica, mas possuem massa e por isso contribuem substancialmente para o aumento da massa dos
átomos.
Essa partícula que não possui carga elétrica e tem massa igual a 1,6749286.10 –24 g, hoje é denominada
de nêutron. Observe que a massa do nêutron é aproximadamente igual à massa de um próton. Os prótons e
nêutrons são denominados de nucléons.
Em 1932, o físico inglês James Chadwick (1891-1974) comprovou a existência dos nêutrons quando
realizou uma reação de transmutação nuclear artificial, bombardeando o berílio com partículas :
9 4 12 1
Be4 + 2 C6 + n0 (nêutron)
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Elemento químico é um conjunto de átomos que possuem o mesmo número de prótons no núcleo. Portanto,
o que caracteriza um elemento químico é a quantidade de prótons. O hidrogênio possui um próton, o hélio possui
dois, o lítio três e assim por diante.
O número atômico de um átomo é representado pela letra Z.
O número de massa de um átomo (A) é a soma do seu número de prótons (Z) com o seu número de
nêutrons (n). Assim temos que (A = Z + n). Um outro nome para o número de massa é o número de núcleons.
Isótopos são átomos que possuem o mesmo número atômico, mas que apresentam diferentes números de
massa. Essa diferença nos números de massa se deve a diferença no número de nêutrons. Como os isótopos
apresentam o mesmo número de prótons, eles pertencem a um mesmo elemento químico.
Alguns átomos possuem um único isótopo estável (alumínio, flúor, fósforo), porém a maioria dos elementos
químicos apresenta dois ou mais isótopos estáveis.
Observe os exemplos abaixo para os elementos químicos hidrogênio e carbono:
1 2 3 12 13 14
H H H 6
C 6
C 6
C
1 1 1
prótio deutério trítio A = 12 A =13 A = 14
Z=6 Z=6 Z=6
n=6 n=7 n=8
40 40 14 14
20
Ca 18
Ar C N
6 7
A = 40 A = 40 A = 14 A = 14
Z = 20 Z = 18 Z=6 Z=7
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Isótonos ou isoneutrônicos são átomos que possuem o mesmo número de nêutrons (n) e diferentes
números atômicos (Z) e de massa (A), consequentemente pertencem a elementos químicos diferentes.
26 28 232 234
12
Mg 14
Si 90
Th 92
U
A = 26 A = 28 A = 232 A = 234
Z = 12 Z = 14 Z = 90 Z = 92
n = 26 – 12 = 14 n = 28 – 14 = 14 n = 232 – 90 = 142 n = 234 – 92 = 142
Isodiáferos são átomos que apresentam a mesma diferença entre o número de nêutrons (n) e o número de
prótons (Z).
71 73
35
Br 36
Kr
A = 71 A = 73
Z = 35 Z = 36
n = 71 – 35 = 36 n = 73 – 36 = 37
n – Z = 36 – 35 = 1 n – Z = 37 – 36 = 1
Os elementos químicos que têm propriedades semelhantes estão na mesma coluna da tabela periódica.
Mas qual a razão disto? As descobertas do elétron, do próton e do nêutron levaram os cientistas a procurar qual
era a relação entre a estrutura atômica e o comportamento químico. Já em 1902 Gilbert N. Lewis (1875-1946)
sugeria a ideia de os elétrons, num determinado elemento, estarem dispostos em camadas, que se distribuem
sucessivamente a partir do núcleo do átomo. Lewis explicava a semelhança das propriedades químicas dos
elementos de um certo grupo pela hipótese de todos os elementos do grupo terem o mesmo número de elétrons
na camada mais externa. Estes elétrons são os elétrons de valência.
O modelo do átomo proposto por Lewis levanta muitas questões. Onde se localizam os elétrons? Têm
energias diferentes? Há provas experimentais para este modelo? Estas perguntas motivaram muitos estudos
experimentais e teóricos, que principiaram por volta de 1900 e continuam até os dias e hoje.
Algumas propriedades da radiação; como a luz, podem ser descritas em termos de movimento ondulatório.
Estas ideias surgiram de experiências feitas pelos físicos do século XIX, entre eles o escocês James Clerk
Maxwell (1831-1879). Em 1864, Maxwell desenvolveu uma elegante teoria matemática para descrever todas as
formas de radiação em termos de campos elétricos e magnéticos oscilantes, ou ondulatórios, no espaço (Fig. 1). A
radiação, como a luz, as microondas, os sinais de televisão e de rádio, os raios x, é denominada coletivamente
radiação eletromagnética.
O comprimento de onda de uma onda é a distância entre duas cristas ou máximos sucessivos (ou entre
dois mínimos sucessivos). Esta distância pode ser dada em metros, em nanômetros ou em qualquer unidade de
comprimento que seja conveniente. O símbolo para comprimento de onda é a letra grega (lambda).
As ondas também podem ser caracterizadas por sua frequência, simbolizada pela letra grega (nu). Dada
uma onda que passa por um ponto fixo no espaço, a frequência é igual ao número de ondas completas que
passam pelo ponto na unidade de tempo. A frequência por isso é, em geral, definida pelo número de ciclos que
passam pelo ponto em cada segundo (Fig. 2). A unidade de frequência é normalmente escrita como S–1 (isto é,
por segundo, 1/s ou S–1), e atualmente é denominada hertz.
Em termos científicos, a altura máxima de uma onda, medida a partir do seu eixo de propagação, é
denominada amplitude. Na Figura 2 Observe que a onda tem amplitude nula em pontos intervalados ao longo do
eixo. Os pontos de amplitude nula são os nodos, que ocorrem sempre em intervalos de comprimento /2 nas
ondas estacionárias, como as da (Fig. 2).
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Fonte
Vetor
elétrico
Vetor
magnético Duração de
propagação
Figura 1. Radiação eletromagnética. Na década de 1860, James Clerck Maxwell desenvolveu a teoria, que hoje
se aceita, de todas as formas de radiação se propagarem no espaço como campos elétrico e magnético
oscilatórios, um perpendicular ao outro. Cada campo é descrito por uma onda senoidal (pois a função seno
descreve a onda). Estes campos oscilantes provêm de cargas que vibram na fonte da onda, como um lâmpada ou
uma antena de rádio.
Esta multiplicação do comprimento pela frequência para dar a velocidade é válida para qualquer movimento
periódico, inclusive para as ondas:
Comprimento
X frequência(s–1) = velocidade(m.s –1)
de onda(m)
Esta mesma equação se aplica à radiação eletromagnética, para a qual o produto do comprimento de onda
pela frequência é igual à velocidade da luz, c:
A velocidade da luz visível e de todas as outras formas de radiação eletromagnética no vácuo é constante, c
(igual a 2,99792458 X 108 m/s ou, aproximadamente, 300.000 km/s). Isto quer dizer que, se o comprimento de
uma onda de luz for conhecido, pode-se calcular com facilidade a frequência, e vice-versa. Por exemplo, qual é a
frequência da luz de cor laranja que tem o comprimento de onda de 625 nm? Como a velocidade da luz é
expressa em metros por segundo, e o comprimento de onda está em nanômetros, é preciso passar de
nanômetros para metros.
1x109 m
625 nm. 6,25 x107 m
1 nm
c 2,998 x 108 m . s1
4,80 x 1014 s1
6,25 x 10 7
m
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Estamos imersos
constantemente em radiação
eletromagnética, inclusive na
radiação que podemos ver, a luz
visível. Como se sabe, a luz
visível é composta por um
espectro de cores que vai do
vermelho, na extremidade dos
comprimentos de onda maiores,
até a luz violeta, na extremidade
dos comprimentos de onda
curtos (Figura 3).
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2.3.1. Espalhamento elástico: ocorre quando a energia do fóton incidente é insuficiente para levar o átomo
para um de seus estados excitados. Nesse caso, o átomo permanece no seu estado fundamental e o fóton, ao
invés de ser absorvido, será simplesmente espalhado. Uma vez que o fóton incidente e o fóton espalhado têm
a mesma energia, o espalhamento é denominado elástico. Observe a figura:
E2
hf hf
E1
Espalhamento elástico
2.3.2. Espalhamento inelástico: ocorre quando a energia do fóton incidente é mais do que suficiente para levar
o átomo para um de seus estados excitados. Nesse caso, o fóton incidente é absorvido; o átomo passa do estado
E1 para o estado excitado E 2 espalhando um fóton hf' cuja energia está relacionada com a energia hf do fóton
incidente pela conservação de energia no processo:
Hf’’ = hf - E onde E = E2 – E1
Assim, percebe-se que o fóton hf incidente foi absorvido pelo átomo e a energia que sobrou na transição
do átomo para o estado excitado foi liberada na forma de um fóton menos energético hf ’. Observe a figura:
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E2
hf hf ’
E1
Espalhamento inelástico
2.3.3. Fluorescência: Na figura seguinte, a energia do fóton incidente é suficientemente grande para excitar
o átomo até um de seus estados excitados de energia mais elevada. Em seguida, devido à instabilidades
desses estados excitados, o átomo naturalmente decai e perde o excesso de energia por emissão
espontânea, à medida que faz uma ou mais transições para estados de energia mais baixa rumo ao estado
fundamental.
Um exemplo comum desse efeito é a fluorescência, que ocorre quando o átomo é excitado por
radiação ultravioleta (alta frequência e alta energia (E = h.f) é elevado a níveis de energia mais
energéticos. No retorno desses átomos, que se dá por etapas, os fótons emitidos são de luz visível, já
que a frequência da radiação associada a eles têm frequência menor que a do ultravioleta.
Esse fenômeno é utilizado na fabricação das conhecidas "lâmpadas fluorescentes". Nesses dispositivos,
os terminais elétricos contêm um filamento de tungstênio, metal de altíssimo ponto de fusão, que é aquecido
devido a passagem de corrente elétrica. Estando a alta temperatura, os átomos do metal ficam em elevado grau
de agitação e colidem com átomos vizinhos, fornecendo energia aos seus elétrons. Com isso, os átomos podem
emitir radiações eletromagnéticas ou até mesmo emitir elétrons. No caso da emissão de elétrons, o fenômeno
recebe o nome de efeito termiônico.
Os elétrons liberados nos filamentos quentes são acelerados por uma diferença de potencial aplicada
entre os terminais elétricos e se movem de um eletrodo em direção ao outro, colidindo com átomos de mercúrio
no estado de vapor e moléculas de um gás rarefeito encontrados pelo caminho, levando esses átomos a níveis
mais elevados de energia, excitando-os. Ao executarem as transições de volta para estados de mais baixa
energia, esses átomos de vapor de mercúrio emitem radiação eletromagnética (fótons) predominantemente na
frequência do ultravioleta. Essa radiação ainda não é a luz emitida pela lâmpada fluorescente, afinal radiação
ultravioleta não é visível por ser uma frequência alta demais.
A parede interna da lâmpada é revestida por uma tinta fluorescente, tipicamente a base de sulfeto de
zinco ZnS. Ao receber essa radiação ultravioleta emitida pelo vapor de mercúrio excitado, os elétrons dos
átomos da tinta, por sua vez são excitados e executam as transições eletrônicas mostradas na figura seguinte.
No retomo dessas transições, ocorrem emissões de fótons de luz visível, já que as frequências associadas e
eles são menores que as da radiação ultravioleta incidente. A emissão de luz visível a partir da radiação
ultravioleta é denominada fluorescência. As lâmpadas de "luz negras", muito comuns em danceterias, também
emitem radiação ultra violeta, que produzem fluorescência principalmente em roupas brancas e nos dentes
das pessoas.
hf ’
hf ’’
E2
hf
hf ’’’
E1
Fluorescência
Não confunda fluorescência com fosforescência. Na fluorescência, o material só emite luz visível
enquanto está sendo excitado. Cessada a excitação, o material fluorescente logo deixa de emitir luz
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visível, visto que o tempo de vida de um átomo num estado excitado é da ordem de 10 -8 s. Na
fosforescência, a emissão de lu:z perdura mesmo após cessado o processo de excitação. Veja a seguir como
isso acontece.
2.3.4. Fosforescência: Alguns estados excitados podem ter uma vida mais longa - da ordem de
milisegundos e até, às vezes, da ordem do segundo ou mesmo do minuto. São os chamados estados
metaestáveis. Para lembrar o significado de metaestabilidade, recorde-se da sobrefusão da água, uma
situação em que a água encontra-se abaixo do ponto de fusão, apesar de ainda estar no estado líquido.
Qualquer leve perturbação e esse estado metaestável é rompido, e a água logo congela. Metaestabilidade é uma
estabilidade apenas passageira, que logo é rompida com um mínimo de perturbação externa. Um outro
exemplo são as soluções supersaturadas, que por perturbação externa se tornam saturadas (com corpo de
fundo).
Assim, observando a figura anterior, admita que quando os átomos estão retornando ao estado
fundamental, eles encontrem níveis de energia metaestáveis. Nesse caso, as transições de um nível para
outro não ocorrem de uma vez. Os átomos permanecem metaestavelmente em cada um desses níveis
energéticos intermediários durante algum tempo até decair para o nível seguinte. 0 material pode emitir
luz por bastante tempo, mesmo após cessar a excitação original, enquanto os átomos ainda estiverem em
transição para níveis de energia mais baixos. A duração da fosforescência pode ser relativamente longa já
que, na prática, a quantidade de átomos é muito grande e o processo pode ser demorado.
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Figura 5. Efeito fotoelétrico. (a) Uma fotocélula opera pelo efeito fotoelétrico. A parte principal da célula é o
catodo fotossensível. Este é de um material, usualmente um metal, que ejeta elétrons quando atingido por fótons
de luz com energia suficiente. Os elétrons ejetados se deslocam para o anodo e há uma corrente elétrica na
célula. Este dispositivo pode ser usado como interruptor num circuito elétrico. (b) Quando a frequência da luz
incidente aumenta, não se observa corrente até ser atingida uma frequência crítica. Se a luz tiver intensidade
maior, isto é, se a luz tiver densidade de fótons mais elevada, o único efeito é o de provocar maior emissão de
elétrons pela superfície; o início da emissão de elétrons se observa na mesma frequência em que há emissão com
luz de intensidade mais baixa. Quando se usa luz com frequência maior que a do mínimo, o excesso de energia
do fóton faz com que o elétron escape do átomo com mais velocidade.
Assim temos:
Ec h.v
Onde: Ec é a energia cinética do elétron ejetado;
hv é a energia fornecida pelo fóton
é a energia necessária para ejetar o elétron
As experiências com as células fotoelétricas mostravam que só havia ejeção de elétrons pela superfície
quando a luz incidente tinha um mínimo de frequência. Se a frequência fosse menor que o mínimo, nenhum efeito
era observado, independente da intensidade da luz. Entretanto, se a frequência fosse maior do que este mínimo, o
aumento da intensidade da luz provocava uma corrente elétrica maior, porque ocorria a ejeção de maior
quantidade de elétrons...
Einstein mostrou que todas essas observações experimentais podiam ser explicadas pela combinação da
relação de Planck, entre a energia e a frequência da radiação, com a ideia de que a luz podia ser descrita não
somente como tendo apenas propriedades ondulatórias mas também como tendo propriedades corpusculares
quantizadas. Einstein admitiu que as partículas de luz sem massa, que hoje chamamos fótons, eram pacotes de
energia. A energia de cada fóton é proporcional à frequência da radiação, de acordo com a lei de Planck (Equação
2).
O efeito fotoelétrico pode ser explicado sem dificuldade com a proposta de Einstein. É fácil imaginar que
uma partícula com alta energia tenha que colidir com um átomo para provocar a liberação de um elétron pelo
átomo. Também é razoável aceitar a ideia de que um elétron só possa ser arrancado do átomo se houver um
mínimo de energia. Se a radiação eletromagnética puder ser imaginada como uma corrente de fótons, como
propunha Einstein, então quanto maior for a intensidade da luz, mais fótons estarão na corrente. Logo, os átomos
da superfície do metal não perdem elétrons quando o metal é bombardeado por milhões de fótons, caso nenhum
dos fótons tenha energia suficiente para remover um elétron de um átomo. Uma vez excedida a energia mínima
crítica (isto é, a frequência mínima da luz), a energia de cada fóton é suficiente para liberar um elétron de um
átomo do metal. Tendo este mínimo de energia, quanto mais fótons colidirem com a superfície, mais elétrons
serão liberados. Daí decorre a relação entre a intensidade da luz e o número de elétrons ejetados.
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O espectro de luz branca, como o de um filamento de uma lâmpada incandescente ou o da luz solar, tem
uma estrutura semelhante a um arco-íris, conforme se vê na Figura 6. Este espectro,com luz de todos os
comprimentos de onda, é denominado espectro contínuo.
Quando um elemento gasoso em
pressão baixa é sujeito a um campo elétrico
intenso (imposto por uma alta voltagem), os
átomos absorvem energia e se diz que estão
“excitados”. Estes átomos excitados emitem
luz. Entretanto, esta luz é diferente da que é
emitida pelos objetos aquecidos. Ao contrário
de um espectro contínuo de comprimentos de
onda, os átomos excitados na fase gasosa
emitem somente certos comprimentos de
onda da luz. Sabemos disto porque quando
esta luz passa através de um prisma, somente
vemos umas poucas “linhas” coloridas. Este
espectro é denominado espectro de emissão
de raias (ou de linhas).
Os espectros de raias da luz visível
emitidos pelos átomos excitados de
hidrogênio, mercúrio e neônio aparecem na
(Figura 7). Observe que cada elemento tem
um espectro de raias próprio.
Uma das questões que no final do século XIX os cientistas tentavam resolver era a razão de os átomos
gasosos emitirem radiações com somente determinadas frequências. Fizeram-se muitas tentativas de encontrar
relações matemáticas entre as frequências observadas.
O primeiro passo nesta direção foi dado por Johann Balmer (1825-1898) e depois por Johannes Rydberg
(1854-1919). Eles desenvolveram uma equação – conhecida como equação de Rydberg – a partir da qual era
possível calcular o comprimento de onda das raias vermelha, verde e azul na região visível do espectro de
emissão dos átomos de hidrogênio (Figura 7).
1 1 1
R 2 2 n>2 [3]
λ 2 n
Nesta fórmula, n é um inteiro associado a cada raia, e R é uma constante, denominada hoje constante de
Rydberg, cujo valor é 1,0974 X 107 m–1. Se n = 3, tem-se o comprimento de onda da raia vermelha do espectro
do hidrogênio (6,563 X 10–7 m ou 656,3 nm). Se n = 4, tem-se o comprimento de onda da raia verde, e se n = 5, o
da raia azul. Esse grupo de raias visíveis (juntamente com outras, dadas por n = 6, 7, 8 etc.) é conhecido como
série de Balmer do hidrogênio.
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Figura 7. Espectros de emissão de raias do hidrogênio, mercúrio e neônio. Os elementos gasosos excitados
emitem espectros característicos que podem ser usados para identificar os elementos e também para determinar
os teores dos elementos numa amostra.
Foi Niels Bohr, um físico dinamarquês, quem ofereceu a primeira explicação sobre os espectros dos átomos
excitados relacionando-os com as ideias quânticas de Planck e de Einstein. Para Bohr, o modelo mais simples de
um átomo de hidrogênio era o de um modelo planetário, isto é, o elétron se deslocava numa órbita circular em
torno do núcleo, do mesmo modo que os planetas se movem ao redor do Sol. O problema deste modelo, porém,
era que a física clássica determinava que o átomo não poderia existir com esta organização. Conforme as teorias
da época, o elétron carregado em movimento no campo elétrico positivo do núcleo iria perder energia. Ao final, o
elétron cairia no núcleo, de maneira semelhante à queda de um satélite artificial na superfície da Terra, provocada
pelo atrito na atmosfera terrestre. Este evidentemente não é o caso, pois se isso ocorresse a matéria
eventualmente seria destruída.
Para resolver a contradição com as leis da física clássica, o problema da estabilidade dos átomos, Bohr
adotou a ideia de que o elétron do átomo de hidrogênio só poderia ocupar certas órbitas ou níveis de energia nos
quais ele era estável. A energia do elétron no átomo estaria então “quantizada”. Combinando este postulado de
quantização com as leis do movimento da física clássica, Bohr mostrou que a energia possuída pelo elétron na n-
ésima órbita do átomo de H é dada pela equação simples
Rhc
Energia do n-ésimo nível = En = [4]
n2
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Uma hipótese importante da teoria de Bohr é a de que um elétron, num átomo, permanece no seu nível de
energia mais baixo a menos que seja perturbado.
Quando
o elétron do átomo de H tem n = 1, e, portanto, está no seu estado
fundamental, a energia tem um grande valor negativo. Quando se sobe “um
degrau”, de modo que se alcança o nível n = 2, o elétron está menos atraído
pelo núcleo e a energia do elétron com n = 2 é menos negativa. Então, para
deslocar o elétron do estado com n = 1 para o estado com n = 2, o átomo
deve absorver energia, tal e qual é necessário dispor de energia para subir
uma escada. Dizemos então que o elétron está excitado (Figura 9)
Com a equação de Bohr, podemos calcular a quantidade de energia
necessária para levar o átomo de H do estado fundamental até o primeiro
estado excitado (n = 2).
E = Eestado final – Eestado inicial
Como Efinal tem n = 2 e Einicial tem n = 1, E é
Rhc Rhc 3
E = E2 – E1 = 2 = Rhc = 0,75 Rhc
2
2 1 4
= 0,75 (1312 kJ/mol)
= 984 kJ/mol de átomos de H
A quantidade de energia que deve ser absorvida pelo átomo, de modo
que o elétron possa passar do primeiro para o segundo estado de energia, é
0,75Rhc, nem mais nem menos. Se o átomo receber 0,7Rhc ou 0,8Rhc, não
será possível a transição entre os estados. Os níveis de energia do átomo de
H são quantizados, e, por isso, somente certas quantidades de energia
podem ser absorvidas ou emitidas. Figura 8. Níveis de energia no
O movimento de um elétron de um estado de baixo n para outro de alto modelo atômico de Bohr. As
n é um processo endotérmico; há absorção de energia e o valor de E é energias do elétron num átomo
de hidrogênio dependem do
positivo. O processo oposto, de um elétron “caindo” do nível de n alto para valor do número quântico
outro de n mais baixo, é um processo em que há emissão de energia. Por principal n(En = – Rhc/n2). As
exemplo, numa transição de n = 2 para n = 1. energias estão em joules por
átomo. Observe que a diferença
entre os estados de energia
sucessivos fica cada vez menor
à medida que fica n maior.
Dependendo da energia injetada numa população de átomos de H, alguns átomos terão os respectivos
elétrons excitados de n = 1 para n = 2 ou 3 ou para estados mais altos. Depois de absorver a energia, os elétrons
retomam naturalmente a níveis mais baixos (ou diretamente, ou através de uma série de etapas, para o estado n =
1) e emitem a energia que o átomo absorveu inicialmente. Isto é, há emissão de energia no processo, e esta
energia aparece como luz. Esta é a origem das raias observadas no espectro de emissão dos átomos de H, e a
mesma explicação vale, em princípio, para os átomos de outros elementos.
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2,18.1018 13, 6
E 2
J / partícula ou E 2 eV
n n
Observe a figura seguinte que mostra as raias dos espectros do hidrogênio nas regiões visível (série de
Balmer), ultravioleta (série de Lyman) e infravermelho (séries de Paschen, Brackett e Pfund) e os saltos de
elétrons associados às raias.
Para o hidrogênio, a série das raias de emissão na região do ultravioleta (a chamada série de Lyman,
Figura 10), provém dos elétrons que passam de estados com n maior do que 1 para o estado com n = 1. A série
de raias com energias na região do visível – a série de Balmer – provém de elétrons que passam de estados com
n = 3 ou mais para o estado com n = 2.
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Em resumo, compreendemos agora que a origem dos espectros atômicos é o movimento dos elétrons entre
estados de energia quantizados. A energia de uma dada raia (linha de emissão) nos átomos de hidrogênio
excitados é
E = Efinal – Einicial
1 1
= – Rhc
2
2 onde Rhc é 1.312 kJ/mol
final
n ninicial
Figura 10. Algumas transições do elétron que podem ocorrer num átomo de H excitado. As raias na região do
ultravioleta provêm de transições para o nível n = 1. (Esta série de raias é a série de Lyman.) As transições de níveis com
valores de n maiores que 2 para o nível n = 2 ocorrem na região do visível (série de Balmer). As raias na região do
infravermelho provêm das transições dos níveis com n maior que 3 ou 4 para o nível com n = 3 ou 4. (Só está ilustrada a
série que termina em n = 3.)
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Com a utilização de espectroscópios de melhor resolução e de técnicas mais avançadas na análise dos
espectros de emissão dos elementos cujos átomos possuem mais de 1 elétron, foi possível observar que as raias
consideradas anteriormente constituídas por uma única linha eram, na verdade, um conjunto de linhas distintas
muito próximas umas das outras.
Estava descoberta a chamada estrutura fina dos espectros de emissão
O desdobramento das linhas do espectro indica que os níveis energéticos (n) são constituídos por subníveis
de energia (l) bastante próximos.
O esquema a seguir mostra o desdobramento de níveis energéticos e a correspondente emissão de
radiações de frequências próximas, f’ e f’’.
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Para explicar esta multiplicidade das raias espectrais verificadas experimentalmente, em 1915 o físico
alemão Arnold Sommerfeld (1868-1951) deduziu algumas equações semelhantes às de Bohr, que indicavam o
seguinte:
Cada nível de energia n está dividido em n subníveis, correspondentes a uma órbita circular e a n-1 órbitas
elípticas de diferentes excentricidades. O núcleo do átomo ocupa um dos focos da elipse.
O primeiro nível (n = 1) possui apenas 1 órbita circular.
O segundo nível (n = 2) possui 1 órbita circular e 1 órbita elíptica.
O terceiro nível (n = 3) possui 1 órbita circular e 2 órbitas elípticas.
O quarto nível (n = 4) possui 1 órbita circular e 3 órbitas elípticas.
Einstein usou o efeito fotoelétrico para demonstrar que a luz, a que se atribui comumente propriedades
ondulatórias, também pode ser imaginada em termos de partículas ou de fótons sem massa.
Em 1925, de Broglie propôs que a um elétron livre, de massa m, movendo-se com a velocidade v, fosse
associado um comprimento de onda dado pela equação
h.c h.c h h
E ; E m.c 2 ; m.c 2 ; ou [5]
m.c m.v
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Esta ideia, era revolucionária, pois ligava as propriedades corpusculares do elétron (m e ) a uma
propriedade ondulatória (). Logo depois foi obtida prova experimental dessa hipótese.
A equação de de Broglie sugere que a qualquer partícula em movimento está associado um comprimento
de onda. Porém, para ser suficientemente grande para ser medido, o produto de m e deve ser muito pequeno,
pois h é muito pequeno.
O objetivo de construir uma teoria abrangente do comportamento dos elétrons nos átomos a partir da ideia
de o elétron ser um corpúsculo. Erwin Schrödinger (1887-1961), um físico austríaco, trabalhava
independentemente mas usava a hipótese de de Broglie de que o elétron num átomo poderia ser descrito por
equações do movimento ondulatório.
A abordagem de Schrödinger deu resultados corretos para algumas propriedades. Por esta razão, a
abordagem de Schrödinger prevalece até os dias de hoje. De forma geral, o tratamento teórico do comportamento
atômico desenvolvido por Bohr, Schrödinger e seus seguidores é denominado mecânica quântica, ou mecânica
ondulatória.
Antes de apreciar o modelo de Schrödinger para o comportamento dos elétrons no átomo, é conveniente
comentar o grande debate que incendiou a física no início do século XX. A sugestão de de Broglie de o elétron ser
descrito mediante uma onda foi confirmada pela experiência. Por outro lado, a experiência de J. J. Thomson para
medir a razão entre a carga e a massa do elétron mostrara que o elétron exibia propriedades de uma partícula.
O que tem a ver com os elétrons nos átomos essa dualidade onda-partícula? Werner Heisenberg (1901-
1976) e Max Born (1882-1970) proporcionaram a resposta. Para explicar o comportamento dos elétrons nos
átomos, parece mais razoável admitir que os elétrons têm propriedades ondulatórias. Se for este o caso,
Heisenberg concluiu que era impossível conhecer simultaneamente e com exatidão a posição e o momento de
uma pequena partícula, tal como um elétron. Momento é o produto da massa vezes a velocidade.
Com base na ideia de Heisenberg, que é chamada hoje princípio da incerteza de Heisenberg.
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6. Para resolver a equação de Schrödinger de um elétron no espaço tridimensional, é necessário introduzir três
números inteiros –– os números quânticos n, e m. Estes números quânticos só podem assumir certas
combinações de valores. Usaremos estas combinações para definir os estados de energia e os orbitais
disponíveis para o elétron.
3. Números Quânticos
Num espaço tridimensional são necessários três números para descrever a localização de um objeto no
espaço. Para a descrição ondulatória do elétron num átomo, esta exigência leva aos três números quânticos n,
e m. Antes de interpretar estes três números quânticos, é importante dizer que:
• Os números quânticos n, e m são todos inteiros, mas seus valores não podem ser escolhidos
aleatoriamente.
• Os três números quânticos (e os valores que podem assumir) não são parâmetros criados “voluntariamente”
pelos cientistas.
O número quântico principal n pode ter qualquer valor inteiro de 1 até infinito. Como o nome implica, é o
número quântico mais importante, pois o valor de n é o fator principal na determinação da energia de um elétron.
Para o átomo de hidrogênio (com seu único elétron) a energia do elétron varia somente com o valor de n e é dada
pela mesma equação obtida por Bohr para o átomo de H: En = – Rhc/n2. O valor de n também é uma medida do
tamanho do orbital que corresponde a este valor de n: quanto maior o valor de n, maior o orbital do elétron.
Cada elétron é identificado pelo seu valor de n. Em átomos com mais de um elétron, dois ou mais elétrons
podem ter o mesmo valor de n. Estes elétrons ocupam, então, uma mesma camada eletrônica.
Os elétrons de uma dada camada agrupam-se em subcamadas, cada qual caracterizada por um valor do
número quântico e por uma forma característica. Para a camada n, são possíveis n sub-camadas diferentes,
cada qual correspondente a um dos n diferentes valores de . Cada valor de corresponde a uma forma diferente
do orbital ou a um tipo diferente de orbital.
O valor de n limita o número de subcamadas possíveis, pois a n-ésima camada não pode ter maior que n
– 1. Assim, para n = 1, a regra nos diz que é igual a 0 e somente a 0. Como só pode ter um valor quando n = 1,
só é possível uma subcamada para um elétron com n = 1. Quando n = 2, pode ser ou 0 ou 1. Como são
possíveis dois valores de , existem duas subcamadas na camada eletrônica com n = 2.
Os valores de são usualmente simbolizados por letras, conforme o seguinte esquema:
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0 s
1 p
2 d
3 f
O número quântico magnético, m, especifica a que orbital, dentro de uma subcamada, o elétron pertence.
Os orbitais numa dada subcamada diferem somente pela orientação no espaço, não pela sua forma.
O valor de limita os valores inteiros atribuídos a m: m pode ir de + até –, com o 0 incluído. Por
exemplo, quando = 2, m tem cinco valores: + 2, + 1, 0, –1, –2. O número de valores de m para uma dada
subcamada (= 2 + 1) especifica o número de orientações que existem para os orbitais desta subcamada e,
portanto, o número de orbitais na subcamada.
Os três números quânticos que mencionamos constituem uma espécie de “código postal” dos elétrons.
Dizem-nos em que camada o elétron está (n), em que subcamada na camada () e em que orbital na subcamada
(m).
3.5.1. Orbitais s
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3.5.2 Orbitais p
3.5.3. Orbitais d
3.5.4. Orbitais f
Os sete orbitais f têm todos = 3, o que significa que em cada um existem 3 superfícies nodais. Isto faz com
que a visualização destes orbitais seja mais complicada.
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Três números quânticos (n, e m) nos permitem definir o orbital de um elétron. Para descrever de forma
completa o estado dos elétrons num átomo multieletrônico, é necessário um outro número quântico, o número
quântico magnético do spin do elétron, ms.
Nos anos 1920, os químicos teóricos perceberam que, por causa de os elétrons interagirem com um campo
magnético, deveria haver uma propriedade particular para caracterizar a estrutura eletrônica dos átomos. Logo se
verificou experimentalmente que o elétron se comportava como se tivesse rotação (spin) própria, tal e qual a Terra
em torno do seu eixo. Para entender esta propriedade e a sua relação com a estrutura atômica, devemos
compreender o fenômeno geral do magnetismo.
3.6.1. Magnetismo
A agulha de uma bússola, em um certo local da Terra, sempre aponta para uma dada direção. A agulha é
um ímã, como uma barra de ferro imantada. Em 1600, William Gilbert (1544-1603) concluiu que a Terra era um
grande ímã esférico, envolto por um campo magnético (Figura 14). A agulha da bússola era “atraída” pelo campo,
e uma das suas extremidades apontava, aproximadamente, para o pólo norte geográfico. Assim, dizemos que a
ponta da agulha que aponta para o norte é o “pólo norte magnético”, ou simplesmente o “pólo norte”, identificado
pela letra N. A outra extremidade da agulha é o “pólo sul” e é identificada por S.
Pólos magnéticos de mesma identificação (N-N ou S-S) se repelem, e pólos opostos (N-S) se atraem. Como
o pólo norte magnético da agulha da bússola aponta para o pólo norte geográfico, isto quer dizer que este pólo, na
realidade, é o pólo sul da Terra.
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Figura 14. O campo magnético da Terra e o de uma barra imantada. As linhas do campo
saem, convencionalmente, de uma extremidade denominada “pólo norte magnético”, N, e se
encurvam para o “pólo sul magnético”, S. O pólo norte geográfico da Terra, denominado assim
antes da introdução do termo “pólo magnético”, é o pólo sul magnético da Terra.
O paramagnetismo e o ferromagnetismo provêm dos spins dos elétrons. Um elétron num átomo tem as
propriedades magnéticas que se esperam de uma partícula com carga elétrica que gira em torno de um eixo. O
que nos interessa aqui é a relação entre o spin e a organização dos elétrons no átomo. As experiências mostram
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que, se um átomo com um só elétron desemparelhado for colocado num campo magnético, existem
exclusivamente duas orientações possíveis para o spin do elétron. Isto é, o spin do elétron é quantizado. A uma
orientação se associa o número quântico do spin ms = +1/2 e a outra o valor ms = -1/2.
Se o elétron tem spin e se comporta como uma bola que gira, o eixo de giro poderia apontar em qualquer
direção. O elétron, então, deveria comportar-se como um ímã que poderia adotar qualquer orientação em relação
ao campo magnético aplicado. Neste caso, uma faixa larga de átomos de prata deveria aparecer no detectar,
porque o campo atrairia os átomos de prata diferentemente, de acordo com a orientação do spin. Foi exatamente
isso que Stern e Gerlach observaram quando fizeram o experimento pela primeira vez.
Esse resultado inicial era enganador. O experimento é difícil porque os átomos colidem um com o outro no
feixe. Um átomo que se move em uma direção pode ser facilmente empurrado pelos vizinhos em outra direção.
Quando Stern e Gerlach refizeram o experimento, eles usaram um feixe de átomos muito menos denso, reduzindo
assim o número de colisões entre os átomos. Nessas condições, eles viram duas bandas estreitas. Uma banda
era formada pelos átomos que passavam pelo campo magnético com uma orientação de spin e a outra, pelos
átomos de spin contrário. As duas bandas estreitas confirmaram que um elétron tem spin e também que ele pode
adotar somente duas orientações.
O spin do elétron é a base da técnica experimental chamada de ressonância paramagnética do elétron
(EPR), que é usada para estudar as estruturas e movimentos de moléculas e íons que têm elétrons
desemparelhados. A técnica baseia-se na detecção da energia necessária para fazer passar um elétron de uma
das orientações de spin para a outra. Como o experimento de Stern e Gerlach, ela só funciona com íons ou
moléculas que têm elétrons desemparelhados.
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Figura 16. Quantização do spin do elétron. Como o elétron se comporta como se fosse um “microímã” em relação
ao campo magnético, somente são possíveis duas orientações do spin. Qualquer outra é proibida. Então,
podemos dizer que o spin do elétron é quantizado.
Quando um elétron está num orbital do átomo, a orientação do spin do elétron pode assumir qualquer um
dos dois valores de ms. Observamos, experimental-mente, que os átomos de hidrogênio, cada qual com um só
elétron, são paramagnéticos; num campo magnético externo, os ímãs dos elétrons se alinham com o campo ––
como a agulha de uma bússola –– e sofrem uma força atrativa. No hélio, dois elétrons ocupam o mesmo orbital
1s, e podemos confirmar experimental-mente esta ocupação verificando que o hélio é diamagnético. Para explicar
esta observação, admitimos que os elétrons que estão num mesmo orbital têm orientações de spin opostas;
dizemos que os respectivos spins estão emparelhados. Isto significa que o campo magnético de um elétron é
“cancelado” pelo campo magnético do outro elétron.
Resumindo, o paramagnetismo ocorre em substâncias constituídas por íons ou átomos com elétrons
desemparelhados. Os átomos em que todos os elétrons estão emparelhados com elétrons de spins opostos são
diamagnéticos. Esta explicação abre o caminho para o entendimento da configuração dos átomos multieletrônicos.
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Observação:
As moléculas são quase sempre diamagnéticas, porque em suas ligações covalentes ocorre
emparelhamento dos elétrons, porém, em alguns casos, podem-se formar moléculas paramagnéticas com um
número ímpar de elétrons.
Exemplo:
NO 15 elétrons [7 8]
Nitrogênio Z 7 e Oxigênio Z 8
NO2 23 elétrons [7 (2x8)]
Para tornar a mecânica quântica coerente com os resultados experimentais, o físico austríaco Wolfgang
Pauli (1900-1958) enunciou, em 1925, o princípio da exclusão: Em um átomo, dois elétrons quaisquer não
podem ter o mesmo conjunto dos quatro números quânticos (n, , m e ms). Este princípio leva a outra conclusão
importante: nenhum orbital atômico pode conter mais do que dois elétrons.
O orbital 1s do átomo de H tem o conjunto de números quânticos n = 1, = 0, m = 0. Não é possível outro
conjunto. Se um elétron estiver neste orbital, é necessário, também, caracterizar o seu spin. Imaginemos que o
orbital seja representado por uma “caixa” e o elétron, por uma seta. Uma representação da configuração eletrônica
do átomo de H seria então a seguinte, onde a “seta do spin do elétron” foi arbitrariamente orientada para cima.
Elétron no orbital 1s = Conjunto de números quânticos
1
1s n = 1, = 0, m= 0, ms=
2
Se num dado orbital estiver apenas um elétron, a seta do spin do elétron pode apontar para cima ou para
baixo. Então, uma representação equivalente à anterior seria
Elétron no orbital 1s = Conjunto de números quânticos
1
1s n = 1, = 0, m= 0, ms=
2
Os diagramas com as “caixas de orbitais” são igualmente convenientes para o átomo de H no seu estado
fundamental (sem campo magnético): um elétron está no orbital 1s. Para um átomo de hélio, que tem dois
elétrons, ambos os elétrons ocupam o orbital 1s. Pelo princípio de Pauli, sabemos que cada elétron deve ter um
conjunto diferente de números quânticos, e então o diagrama com as caixas de orbitais é:
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átomo de hélio. p 3 6
A camada de elétrons com n = 1, em qualquer
d 5 10
átomo, pode acomodar no máximo dois elétrons. E a
camada com n = 2? São n2 = 4 os orbitais na camada f 7 14
p 3 6
d 5 10
Tabela 1 • Número de Elétrons colocados nas
Camadas e Subcamadas do átomo, com n = 1 até 6. f 7 14
g* 9 18
h* 11 22
*Estes orbitais não são ocupados no estado fundamental de qualquer elemento conhecido.
Na n-ésima camada eletrônica existem n2 orbitais. Como em cada orbitaI podem existir dois elétrons, o
número máximo de elétrons nessa camada é 2n 2.
Observe as seguintes relações:
Número máximo de orbitais por nível: n2
Número máximo de elétrons por nível: 2n2
Número máximo de orbitais por subnível: (2l + 1)
Número máximo de elétrons por subnível: 2.(2l + 1) = (4l + 2)
A tabela a seguir mostra os quatro números quânticos e os seus significados:
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10. (Ufpi) Um elétron no estado excitado pode retornar 3. (Pucmg) Assinale a afirmativa que descreve
ao estado fundamental de duas formas diferentes ADEQUADAMENTE a teoria atômica de Dalton.
emitindo fotóns de comprimento de onda (—) de Toda matéria é constituída de átomos:
acordo com as figuras a seguir: a) os quais são formados por partículas positivas e
negativas.
b) os quais são formados por um núcleo positivo e por
elétrons que gravitam livremente em torno desse
núcleo.
Assinale entre as opções a equação que relaciona c) os quais são formados por um núcleo positivo e por
corretamente —1, —‚ e —ƒ: elétrons que gravitam em diferentes camadas
a) —1 = —‚ + —ƒ eletrônicas.
b) 1/—1 = 1/—‚ + 1/—ƒ d) e todos os átomos de um mesmo elemento são
c) —1 = —‚ . —ƒ
idênticos.
d) 1/—1 = 1/(—‚ . —ƒ)
e) 1/—1 = 1/(—‚ + —ƒ)
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4. (Pucrj) Analise as frases abaixo e assinale a c) o calor transfere energia aos elétrons desta
alternativa que contém uma afirmação incorreta. substância fazendo com que eles se desloquem para
a) Os nuclídeos ¢£C† e ¢¤C† são isótopos. níveis energéticos mais altos. Quando estes elétrons
b) Os isóbaros são nuclídeos com mesmo número de "excitados" voltam a níveis energéticos inferiores, eles
massa. devolvem a energia absorvida sob forma de luz
c) O número de massa de um nuclídeo é a soma do d) os elétrons para não se deslocarem do seu nível
número de elétrons com o número de nêutrons. energético, ao receberem calor, emitem luz
d) A massa atômica de um elemento químico é dada
pela média ponderada dos números de massa de 7. (Uece) Cada elemento químico apresenta um
seus isótopos. espectro característico, e não há dois espectros
e) Os isótonos são nuclídeos que possuem o mesmo iguais. O espectro é o retrato interno do átomo e
número de nêutrons. assim é usado para identificá-lo, conforme ilustração
dos espectros dos átomos dos elementos hidrogênio,
5. (Pucrs) Um experimento conduzido pela equipe de hélio e mercúrio.
Rutherford consistiu no bombardeamento de finas
lâminas de ouro, para estudo de desvios de partículas
alfa. Rutherford pôde observar que a maioria das
partículas alfa atravessava a fina lâmina de ouro, uma
pequena parcela era desviada de sua trajetória e uma
outra pequena parcela era refletida. Rutherford então
idealizou um outro modelo atômico, que explicava os
resultados obtidos no experimento.
Em relação ao modelo de Rutherford, afirma-se que
I. o átomo é constituído por duas regiões distintas: o
núcleo e a eletrosfera. Bohr utilizou o espectro de linhas para representar seu
II. o núcleo atômico é extremamente pequeno em modelo atômico, assentado em postulados, cujo
relação ao tamanho do átomo. verdadeiro é:
III. os elétrons estão situados na superfície de uma a) ao mudar de órbita ou nível, o elétron emite ou
esfera de carga positiva. absorve energia superior a diferença de energia entre
IV. os elétrons movimentam-se ao redor do núcleo em as órbitas ou níveis onde ocorreu esta mudança
trajetórias circulares, denominados níveis, com valores b) todo átomo possui um certo número de órbitas, com
determinados de energia. energia constante, chamadas estados estacionários,
As afirmativas corretas são, apenas, nos quais o elétron pode movimentar-se sem perder
a) I e II nem ganhar energia
b) I e III c) os elétrons descrevem, ao redor do núcleo, órbitas
c) II e IV elípticas com energia variada
d) III e IV d) o átomo é uma esfera positiva que, para tornar-se
e) I, II e III neutra, apresenta elétrons (partículas negativas)
incrustados em sua superfície
6. (Uece) Dissolva NaCØ em água. Em seguida,
mergulhe um pedaço de madeira na solução, retire-o e 8. (Pucpr 2015) Com o passar do tempo, os modelos
deixe secar. Ao queimá-lo, aparece uma chama atômicos sofreram várias mudanças, pois novas ideias
surgiam sobre o átomo. Considerando os modelos
amarela. Este fenômeno ocorre porque:
atômicos existentes, assinale a alternativa CORRETA.
a) o calor transfere energia aos elétrons desta a) Para Dalton, átomos iguais possuem massas iguais
substância, fazendo com que eles se desloquem para e átomos diferentes possuem massas diferentes,
níveis energéticos mais altos, emitindo luz teoria aceita nos dias atuais.
b) o calor transfere energia aos elétrons desta b) No modelo de Rutherford, temos no átomo duas
regiões bem definidas: núcleo e eletrosfera, a qual é
substância , fazendo com que eles se desloquem para
dividida em níveis e subníveis.
níveis energéticos mais baixos, emitindo luz
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c) O modelo atômico de Thomson chamava-se III. Esses isótopos são caracterizados por diferentes
“modelo do pudim de passas”, no qual os prótons números de camadas eletrônicas nos átomos, no
seriam as passas e os elétrons, o pudim. estado fundamental.
d) Para Sommerfeld, se um elétron está na camada L,
este possui uma órbita circular e três órbitas Está correto o que se afirma em
elípticas. a) I, somente.
e) Para Bohr, quando um elétron recebe energia, este b) II, somente.
passa para uma camada mais afastada do núcleo; c) III, somente.
cessada a energia recebida, o elétron retorna a sua
d) II e III, somente.
camada inicial, emitindo essa energia na forma de
onda eletromagnética. e) I, II e III.
O número máximo de linhas de absorção é Assinale a alternativa que apresenta o resultado que
a) 5. era previsto para o experimento de acordo com o
b) 6. modelo de Thomson.
c) 9. a) A maioria das partículas atravessaria a lâmina de
d) 10. ouro sem sofrer desvios e um pequeno número
e) 14. sofreria desvios muito pequenos.
b) A maioria das partículas sofreria grandes desvios
13. (Ufmg) Ao resumir as características de cada um ao atravessar a lâmina.
dos sucessivos modelos do átomo de hidrogênio, um c) A totalidade das partículas atravessaria a lâmina de
estudante elaborou o seguinte resumo: ouro sem sofrer nenhum desvio.
MODELO ATÔMICO: Dalton d) A totalidade das partículas ricochetearia ao se
CARACTERÍSTICAS: átomos maciços e indivisíveis. chocar contra a lâmina de ouro, sem conseguir
atravessá-la.
MODELO ATÔMICO: Thomson
CARACTERÍSTICAS: elétron, de carga negativa, 15. (Ufmg) Os diversos modelos para o átomo diferem
incrustado em uma esfera de carga positiva. A carga quanto às suas potencialidades para explicar
positiva está distribuída, homogeneamente, por toda a fenômenos e resultados experimentais.
esfera. Em todas as alternativas, o modelo atômico está
corretamente associado a um resultado experimental
MODELO ATÔMICO: Rutherford que ele pode explicar, EXCETO em
CARACTERÍSTICAS: elétron, de carga negativa, em a) O modelo de Rutherford explica por que algumas
órbita em torno de um núcleo central, de carga partículas alfa não conseguem atravessar uma lâmina
positiva. Não há restrição quanto aos valores dos raios metálica fina e sofrem fortes desvios.
das órbitas e das energias do elétron. b) O modelo de Thomson explica por que a dissolução
de cloreto de sódio em água produz uma solução que
MODELO ATÔMICO: Bohr conduz eletricidade.
CARACTERÍSTICAS: elétron, de carga negativa, em c) O modelo de Dalton explica por que um gás,
órbita em torno de um núcleo central, de carga submetido a uma grande diferença de potencial
positiva. Apenas certos valores dos raios das órbitas e elétrico, se torna condutor de eletricidade.
das energias do elétron são possíveis. d) O modelo de Dalton explica por que a proporção
O número de ERROS cometidos pelo estudante é: em massa dos elementos de um composto é definida.
a) 0
b) 1 16. (Ufmg) No fim do século XIX, Thomson realizou
c) 2 experimentos em tubos de vidro que continham gases
d) 3 a baixas pressões, em que aplicava uma grande
diferença de potencial. Isso provocava a emissão de
14. (Ufmg) Na experiência de espalhamento de raios catódicos. Esses raios, produzidos num cátodo
partículas alfa, conhecida como "experiência de metálico, deslocavam-se em direção à extremidade do
Rutherford", um feixe de partículas alfa foi dirigido tubo (E).
contra uma lâmina finíssima de ouro, e os (Na figura, essa trajetória é representada pela linha
experimentadores (Geiger e Marsden) observaram tracejada X.)
que um grande número dessas partículas atravessava
a lâmina sem sofrer desvios, mas que um pequeno
número sofria desvios muito acentuados.
Esse resultado levou Rutherford a modificar o modelo
atômico de Thomson, propondo a existência de um
núcleo de carga positiva, de tamanho reduzido e com,
praticamente, toda a massa do átomo.
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I) a razão entre a carga e a massa dos raios catódicos Analise as afirmativas a seguir, todas relativas ao ZnS,
era independente da natureza do metal constituinte do e marque a opção correta:
cátodo ou do gás existente no tubo; e a) salto de núcleos provoca fosforescência.
II) os raios catódicos, ao passarem entre duas placas b) salto de nêutrons provoca fosforescência.
carregadas, com cargas de sinal contrário, se c) salto de elétrons provoca fosforescência.
desviavam na direção da placa positiva. d) elétrons que absorvem fótons aproximam-se do
(Na figura, esse desvio é representado pela linha núcleo.
tracejada Y.) e) ao apagar a luz, os elétrons adquirem maior
Considerando-se essas observações, é CORRETO conteúdo energético.
afirmar que os raios catódicos são constituídos de
a) elétrons. 20. (Ufrn) As cores de luz exibidas na queima de fogos
b) ânions. de artifício dependem de certas substâncias utilizadas
c) prótons. na sua fabricação.
d) cátions. Sabe-se que a frequência da luz emitida pela
combustão do níquel é 6,0×10¢¥ Hz e que a velocidade
17. (Ufmg) Analise o quadro, em que se apresenta o da luz é 3×10© m.s-¢.
número de prótons, de nêutrons e de elétrons de Com base nesses dados e no espectro visível
quatro espécies químicas: fornecido pela figura a seguir, assinale a opção
correspondente à cor da luz dos fogos de artifício que
contêm compostos de níquel.
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( ) Thomson propôs um modelo que descrevia o “átomo” que significa “sem partes” ou
átomo como uma esfera carregada “indivisível”.
positivamente, na qual estariam incrustados os ( ) O modelo atômico de Bohr foi o primeiro a
elétrons, com carga negativa. envolver conceitos de mecânica quântica, em
( ) No experimento orientado por Rutherford, o que a eletrosfera possuía apenas algumas
desvio das partículas alfa era resultado da sua regiões acessíveis denominadas níveis de
aproximação com cargas negativas presentes no energia, sendo ao elétron proibido a
núcleo do átomo. movimentação entre estas regiões.
( ) Ao considerar a carga das partículas básicas ( ) Rutherford utilizou em seu famoso experimento
(prótons, elétrons e nêutrons), em um átomo uma fonte radioativa que emitia descargas
neutro, o número de prótons deve ser superior elétricas em uma fina folha de ouro, além de um
ao de elétrons. anteparo para detectar a direção tomada pelos
( ) Os átomos de um mesmo elemento químico elétrons.
devem apresentar o mesmo número atômico.
Assinale a alternativa correta, de cima para baixo.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a) F - V - V - V - F
a sequência correta. b) V - V - F - V - F
a) V – V – F – F – V. c) F - V - V - F - V
b) V – F – V – F – V. d) V - F - F - F - F
c) V – F – F – V – F. e) V - F - F - F - V
d) F – V – V – V – F.
e) F – F – F – V – V. 30. (Udesc 2015) Há 130 anos nascia, em
Copenhague, o cientista dinamarquês Niels Henrick
28. (cftmg 2015) Os modelos atômicos são teorias Davis Bohr cujos trabalhos contribuíram
elaboradas pelos cientistas numa tentativa de explicar decisivamente para a compreensão da estrutura
o átomo baseadas na experimentação. Apesar de atômica e da física quântica. A respeito do modelo
existirem hoje modelos abrangentes, a proposta de atômico de Bohr, assinale a alternativa correta.
Rutherford apresenta uma particularidade que NÃO foi a) Os átomos são, na verdade, grandes espaços
alterada naqueles que o sucederam. Tal característica vazios constituídos por duas regiões distintas: uma
é a(o) com núcleo pequeno, positivo e denso e outra com
a) existência de orbitais atômicos. elétrons se movimentando ao redor do núcleo.
b) presença do núcleo denso e positivo. b) Os elétrons que circundam o núcleo atômico
c) distribuição dos elétrons em níveis e subníveis. possuem energia quantizada, podendo assumir
d) confinamento dos elétrons em camadas quaisquer valores.
quantizadas. c) É considerado o modelo atômico vigente e o mais
aceito pela comunidade científica.
29. (Udesc 2015) Os fundamentos da estrutura da d) Os saltos quânticos decorrentes da interação fóton-
matéria e da atomística baseados em resultados núcleo são previstos nesta teoria, explicando a
experimentais tiveram sua origem com John Dalton, emissão de cores quando certos íons metálicos são
no início do século XIX. Desde então, no transcorrer postos em uma chama (excitação térmica).
de aproximadamente 100 anos, outros cientistas, tais e) Os átomos são estruturas compostas por um núcleo
como J. J. Thomson, E. Rutherford e N. Bohr, deram pequeno e carregado positivamente, cercado por
contribuições marcantes de como possivelmente o elétrons girando em órbitas circulares.
átomo estaria estruturado. Com base nas ideias
propostas por esses cientistas, marque (V) para GABARITO
verdadeira e (F) para falsa.
1. [A] 2 [C] 3. [D]
( ) Rutherford foi o primeiro cientista a propor a ideia
de que os átomos eram, na verdade, grandes 4. [C] 5. [A] 6. [C]
espaços vazios constituídos por um centro 7. [B] 8. [E] 9. [D]
pequeno, positivo e denso com elétrons girando 10. [B] 11. [B] 12. [B]
ao seu redor. 13. [A]
( ) Thomson utilizou uma analogia inusitada ao
14. [A] 15. [C] 16. [A]
comparar um átomo com um “pudim de passas”,
em que estas seriam prótons incrustados em 17 [D] 18. [C] 19. [C]
uma massa uniforme de elétrons dando origem à 20. [D] 21. [D] 22. [B]
atual eletrosfera. 23. [E] 24. 01 + 04 + 16 = 21
( ) Dalton comparou os átomos a esferas maciças, Resposta da questão 25:
perfeitas e indivisíveis, tais como “bolas de [A]
bilhar”. A partir deste estudo surgiu o termo
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O fenômeno observado é explicado pela luminescência que denso e positivo, onde se concentrava toda a massa do
consiste na emissão de luz de uma substancia quando átomo e uma região vazia onde estariam os elétrons.
submetida a um estímulo como a luz ou uma reação Portanto, a única informação que não foi alterada pelos
química, no caso entre a proteína e o cálcio em pH neutro. cientistas que sucederam Rutherford, é que o átomo possui
um núcleo denso e positivo.
Resposta da questão 26:
[B] Resposta da questão 29:
[D]
Para Thompson e Dalton o átomo não tinha eletrosfera.
Somente a partir do modelo de Rutherford foi constatado Verdadeira. Em seu experimento, Rutherford e seus alunos
que o átomo possuía um núcleo denso e pequeno e os bombardearam uma fina lâmina de ouro, conseguindo
elétrons ficariam girando ao redor desse núcleo na demonstrar que o átomo era constituído por um centro
eletrosfera. pequeno e denso que chamou de núcleo, e os elétrons
Este modelo foi aperfeiçoado por Niels Bohr que afirmou giravam ao seu redor.
que os elétrons giravam em níveis definidos de energia. Falsa. O modelo de Thomson, comparava o átomo a um
Para Sommerfield a energia do elétron poderia ser “pudim de passas”, nesse modelo, a massa seria positiva e
determinada pela distância em que se encontrava do núcleo as passas seriam as cargas negativas incrustadas;
e pelo tipo de órbita que descreve. Falsa. A palavra átomo surgiu na Grécia antiga, com os
filósofos Leucipo e Demócrito, que acreditavam, que a
Resposta da questão 27: matéria ao ser dividida, chegaria em sua menor parte,
[A] chamada então de átomo (a = não; tomos = parte).
Falsa. Segundo Bohr, os elétrons estariam em níveis
Verdadeiro. Rutherford através de seus experimentos, onde estacionários de energia, e para que o elétron saltasse de
bombardeou partículas alfa em uma lâmina de ouro, pode nível de energia para outro, seria necessário, ganhar energia.
constatar que o átomo possuía um núcleo denso e positivo e Falsa. A fonte radioativa emitia partículas alfa (positiva) em
os elétrons giravam ao redor do núcleo, em uma região direção a uma fina lâmina de ouro.
chamada de eletrosfera.
Resposta da questão 30:
Verdadeiro. Esse modelo ficou conhecido como “pudim de [E]
passas”, onde o átomo seria positivo com cargas negativas
incrustadas. A partir das suas descobertas científicas, Niels Böhr propôs
cinco postulados:
Falso. O desvio das partículas alfa (positivas) ocorreu
derivado do fato da sua aproximação com o núcleo, 1º) Um átomo é formado por um núcleo e por elétrons
carregado positivamente. extranucleares, cujas interações elétricas seguem a lei de
Coulomb.
Falso. Em um átomo neutro o número de prótons é igual ao 2º) Os elétrons se movem ao redor do núcleo em órbitas
de elétrons. circulares.
3º) Quando um elétron está em uma órbita ele não ganha e
Verdadeiro. O número atômico seria a “identidade do nem perde energia, dizemos que ele está em uma órbita
átomo”, ou seja, átomos de um mesmo elemento possuem o discreta ou estacionária ou num estado estacionário.
mesmo número atômico. 4º) Os elétrons só podem apresentar variações de energia
quando saltam de uma órbita para outra.
Resposta da questão 28: 5º) Um átomo só pode ganhar ou perder energia em
[B] quantidades equivalentes a um múltiplo inteiro (quanta).
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MÓDULO 02
Configuração Eletrônica e Periodicidade Química
1. Configurações Eletrônicas
Regra de Hund: os elétrons de um mesmo subnível tendem a permanecer desemparelhados (em orbitais
separados), com spins paralelos (iguais).
Ou ainda, para orbitais degenerados, a menor energia será obtida quando o número de elétrons com o
mesmo spin for maximizado.
A energia de um subnível pode ser avaliada pela soma dos números quânticos principal (n) e secundário
(l). (E = n + l). Quando dois subníveis possuem a mesma soma (n + l) , o de maior energia será aquele que possui
o maior valor de n.
Para o átomo de hidrogênio e para os hidrogenóides (átomos que possuem apenas 1 elétron, 2He1+, 3Li2+),
os subníveis de um mesmo nível são degenerados, ou seja, possuem a mesma energia. Assim: 1s < 2s = 2p < 3s
= 3p = 3d < ...
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Níveis de energia dos orbitais para o átomo de Disposição de níveis de energia do orbital em átomos
hidrogênio. Observe que todos os orbitais com o polieletrônicos.
mesmo valor para o número quântico principal, n,
têm a mesma energia. Isso se aplica apenas a
sistemas de um elétron.
Quando for necessário fazer a distribuição eletrônica de um íon, deve-se sempre partir do átomo neutro,
no estado fundamental, para depois retirar ou acrescentar os elétrons que foram perdidos ou ganhos.
Para fazer a distribuição eletrônica de um cátion, deve-se fazer a distribuição eletrônica para o átomo do
elemento no estado fundamental e em seguida retirar os elétrons que foram perdidos a partir do nível e do
subnível mais externos.
Veja o exemplo:
26Fe: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d6 (átomo neutro)
2+
26Fe : 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 3d6 (cátion ferroso)
3+
26Fe : 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 3d5 (cátion férrico)
Para fazer a distribuição eletrônica de um ânion, deve-se primeiro distribuir os elétrons para o átomo
fundamental e em seguida adicionar os elétrons no nível e no subnível mais externos que estiverem incompletos.
Veja o exemplo:
35Br: 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10, 4p5 (átomo neutro)
1-
35Br : 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10, 4p6 (ânion brometo)
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2. Configurações Especiais
As configurações eletrônicas obtidas pelo princípio de “aufbau” (ou diagrama de Pauli) são compatíveis
com as propriedades experimentais da grande maioria dos átomos. No entanto, por se tratar de uma “teoria”, não
é universalizada para os átomos de todos os elementos químicos, que em alguns casos, a configuração proposta
não corresponde às propriedades observadas experimentalmente.
Um aumento de elétrons nos subníveis d provoca repulsão entre orbitais de maior carga, que são atraídos
mais fortemente pelo núcleo, provocando uma inversão de energia com o subníveis s do último nível.
1º caso
Ocorre no 4º período da tabela periódica com a inversão de energia nos subníveis 3d e 4s.
energia
O gráfico ao lado representa, de uma maneira aproximada,
3d
a variação da energia dos subníveis 4s e 3d em função de
Z.
À medida que o número de prótons vai crescendo o efeito
4s 4s de atração do núcleo sobre o subnível 3d torna-se mais
significativo e a energia deste vai gradativamente
3d
diminuindo, até ser menor que a energia do subnível 4s.
28 Z
Quando Z = 24, as energias dos subníveis 4s e 3d são tão próximas que os elétrons vão ocupando os
orbitais como se estes pertencessem a um mesmo subnível, obedecendo à regra de Hund.
Para os elementos de números atômicos de Z = 25 a Z = 28, mesmo com a maior proximidade dos dois
subníveis, a ordem de preenchimento não influi na distribuição eletrônica pelo princípio de “aufbau”.
Quando Z > 28, a energia do subnível 4s torna-se maior que a energia do subnível 3d e o preenchimento
obedece à regra de Hund.
29Cu 3d10 4s1 No diagrama de Pauli, as configurações deveriam ser:
29 Cu [Ar] ; 4s2 ; 3d9
30 Zn [Ar] ; 4s2 ; 3d10
30Zn 3d10 4s2
Observação:
O cobre se apresenta nas formas de cátions Cu + e Cu2+, o que se justifica pela proximidade dos subníveis
4s e 3d. O zinco forma somente cátion Zn2+, visto que o subnível 4s se encontra bastante distanciado do 3d.
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2º Caso
Ocorre no 5º período da tabela periódica com a inversão de energia nos subníveis 4d e 5s.
energia
O gráfico ao lado assemelha-se ao que ocorre no quarto
período e representa, de uma maneira aproximada, a
variação da energia dos subníveis 5s e 4d em função de
4d Z.
5s Quando o número atômico vai crescendo o subnível 4d
5s 4d diminui gradativamente, até a sua energia ser menor que
a do subnível 5s.
45 Z
Quando Z = 44 e Z = 45, as energias dos subníveis 4d e 5s ainda estão muito próximas, porém já ocorre a
inversão e o preenchimento continua a ser feito pela regra de Hund.
Quando Z > 45, a energia do subnível 5s é muito maior que a do subnível 4d e, por isto, se encontra muito
afastado, devendo ser preenchido independentemente.
Pelo diagrama de Pauli, o paládio seria paramagnético,
46Pb 4d10 5s0 com uma configuração: 46 Pd [Kr] ; 5s2 ; 4d8 . Os
fatos experimentais demonstram que ele é diamagnético.
O estado de oxidação da prata é unicamente Ag +, o que
47Ag 4d10 5s1 confirma o afastamento do subnível 5s e o
paramagnetismo. Uma configuração
47 Ag [Kr] ; 5s ; 4d é inviável, pois o cátion Ag é
2 9 +
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3. Conceito de periodicidade
Dizemos que um evento é periódico quando ele se repete regularmente em função de determinado
parâmetro.
Cada intervalo entre uma repetição e outra é denominado período e cada período corresponde a uma
variação que vai de um mínimo a um máximo ou, ao contrário, de um máximo a um mínimo.
Se colocarmos em um gráfico os valores que determinado evento periódico assume em função do
parâmetro segundo o qual ele se repete, obteremos uma curva periódica como a esquematizada a seguir.
Parâmetro de repetição
Como exemplo de eventos periódicos podemos citar as batidas do nosso coração (os gráficos dos exames
de eletrocardiograma apresentam curvas periódicas semelhantes às do gráfico acima), as oscilações de um
pêndulo de relógio, as estações do ano, os picos de vendas de determinados produtos (bronzeadores no verão,
chocolates na Páscoa, panetones no Natal).
Por outro lado, dizemos que um evento é aperiódico (ou não-periódico) em função de um parâmetro
quando os dados desse evento apenas crescem ou decrescem em relação a esse parâmetro.
Se colocarmos em um gráfico os valores que determinado evento aperiódico assume em função do
parâmetro em estudo, obteremos uma curva ascendente ou descendente como mostramos a seguir.
Evento aperiódico
Evento aperiódico
Como exemplo de eventos aperiódicos podemos citar o tempo de vida de uma pessoa, a construção de
uma casa, o consumo do petróleo, a exploração de uma mina de ouro etc.
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determinado pelo físico inglês Henry Gwyn Jefferys Moseley através do estudo de espectros de raios X dos
elementos.
Muitas propriedades químicas e físicas dos elementos e das substâncias simples que eles formam variam
periodicamente em função de seu números atômicos.
A descoberta de Moseley não alterou a estrutura de tabela proposta por Mendeleyev, que usara a massa
atômica como critério de periodicidade das propriedades dos elementos, por isso, merecidamente, o crédito da
descoberta dessa lei, que é uma das leis mais importantes da Química, permaneceu com Mendeleyev.
É devido à existência de periodicidade em várias propriedades dos elementos (e até em propriedades de
substâncias simples) que a tabela que contém a relação completa de todos os elementos químicos conhecidos é
denominada tabela periódica.
Nessa tabela os elementos estão dispostos em ordem crescente de números atômico, Z, de modo a
formar:
• Sete períodos ou sete linhas horizontais.
Geralmente os elementos que ocupam um mesmo período possuem o valor de várias propriedades
químicas e físicas variando de um mínimo a um máximo ou vice-versa.
• Dezoito famílias ou grupos, isto é, dezoito colunas verticais.
Os elementos que ocupam uma mesma coluna normalmente possuem propriedades químicas semelhantes
e propriedades físicas que variam gradualmente.
As propriedades físicas dos elementos dependem da massa e do tamanho dos átomos. E do que
dependem as propriedades químicas?
O que define um elemento químico é seu número atômico (ou número de prótons) e esse número é
invariável. Qualquer que seja a reação química da qual um elemento participe, sue número atômico permanecerá
sempre constante.
O que pode variar durante uma transformação química, em que grupos de átomos de elementos químicos
iguais ou diferentes (que juntos formam uma substância específica) se rearranjam para formar outra substância
diferente, é o número de elétrons mais externos (ou os mais energéticos) desses átomos.
Isso nos leva à seguinte conclusão:
As propriedades químicas dos átomos podem ser previstas com base na distribuição eletrônica do átomo no
estado fundamental.
Como o diagrama de energia de Linus Pauling fornece a distribuição eletrônica dos átomos dos elementos
no estado fundamental, concluímos que esse diagrama fornece também indicações claras sobre as propriedades
químicas dos elementos e portanto sobre a posição que eles ocupam na tabela periódica. A primeira relação entre
tabela periódica e eletrosfera é a seguinte:
O número de níveis de energia preenchido com os elétrons do átomo no estado fundamental indica o
período ocupado pelo elemento.
Por exemplo, considere distribuições eletrônicas no estado fundamental em ordem geométrica – para os
elementos: carbono, 126 C , magnésio, 24 48 184
12 Mg , titânio, 22Ti , e tungstênio, 74W , e a determinação do período da
tabela ocupado por esses elementos (verifique posteriormente o resultado na tabela periódica no início deste
livro).
12 2
6 C : 1s / 2s2 2p2
Dois níveis de energia preenchidos por elétrons, portanto o carbono ocupa a 2a linha ou o 2o período da
tabela.
24 2 2 6 2
12 Mg : 1s / 2s 2p / 3s
Três níveis de energia preenchidos por elétrons, portanto o magnésio ocupa a 3 a linha ou o 3o período da
tabela.
48 2
22Ti : 1s / 2s2 2p6 / 3s2 3p6 3d2 / 4s2
Quatro níveis de energia preenchidas por elétrons, portanto o titânio ocupa a 4a linha ou o 4o período da
tabela.
184
74W : 1s2 / 2s2 2p6 / 3s2 3p6 3d10 / 4s2 4d10 4f 14 / 5s2 5p6 5d4 / 6s2
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Seis níveis de energia preenchidos por elétrons, portanto o tungstênio ocupa a 6 a linha ou o 6o período da
tabela.
Em relação ao subnível ocupado pelo elétron mais energético do átomo no estado fundamental,
classificamos os elementos nos seguintes grupos:
Elementos representativos: são aqueles que possuem o elétron mais energético num subnível s ou p.
Exemplos: potássio, 39 35,5
19K, e cloro, 17 C ,
39 35,5
19 K : 1s2 17 C : 1s2
2s2 2p6 2s2 2p6
3s2 3p6 3s2 3p5
4s2
Localização na tabela periódica: nos elementos das famílias 1 e 2, o número da família corresponde ao
número de elétrons da camada de valência. Nos eelementos das famílias 13 a 18 o número da família é igual à
soma do número de elétrons da camada de valência com o número 10, que indica um subnível d totalmente
preenchido no nível (n-1). O período sempre corresponde ao maior número quântico principal n. Veja os exemplos
que seguem:
Li (Z=3): [He] 2s1 Família 1 (IA) O (Z=8): [He] 2s2 2p4 Família 6+10 =16 (VIA)
Be (Z=4): [He] 2s2 Família 2 (IIA) F (Z=9): [He] 2s2 2p5 Família 7+10 =17 (VIIA)
B (Z=5): [He] 2s2 2p1 Família 3+10 =13 (IIIA) Ne (Z=10): [He] 2s2 2p6 Família 8+10 =18 (VIIIA)
C (Z=6): [He] 2s2 2p2 Família 4+10 =14 (IVA) Mg (Z=12): [Ne] 3s2 Família 2 (IIA)
N (Z=7): [He] 2s2 2p3 Família 5+10 =15 (VA) Al (Z=13): [Ne] 3s2 3p1 Família 3+10 =13 (IIIA)
Elementos de transição ou de transição externa: são aqueles que possuem o elétron mais energético
num subnível d.
56
Exemplo: ferro 26 Fe, e prata, 108
47 Ag.
56 108
26 Fe : 1s2 47 Ag : 1s2
2s2 2p6 2s2 2p6
3s2 3p6 3d6 3s2 3p6 3d10
4s2 4s2 3p6 4d9
5s2
Localização na tabela periódica: o número da família é igual à soma dos elétrons do subnível mais
energético com os elétrons da camada de valência. O período sempre corresponde ao maior número quântico
principal n. Veja os exemplos que seguem:
Sc (Z=21): [Ar] 4s2 3d1 Família 3 (IIIB) Fe (Z=26): [Ar] 4s2 3d6 Família 8 (VIIIB) 1ª Coluna
Ti (Z=22): [Ar] 4s2 3d2 Família 4 (IVB) Co (Z=27): [Ar] 4s2 3d7 Família 9 (VIIIB) 2ª Coluna
V (Z=23): [Ar] 4s2 3d3 Família 5 (VB) Ni (Z=28): [Ar] 4s2 3d8 Família 10 (VIIIB) 3ª Coluna
Cr (Z=24): [Ar] 4s1 3d5 Família 6 (VIB) Cu (Z=29): [Ar] 4s1 3d10 Família 11 (IB)
Mn (Z=25): [Ar] 4s2 3d5 Família 7 (VIIB) Zn (Z=30): [Ar] 4s2 3d10 Família 12 (IIB)
Elementos de transição interna: são aqueles que possuem o elétron mais energético num subnível f.
140
Exemplos: 58 Ce, eurânio, 238
92 U.
238
140 92U : 1s2
58 Ce : 1s2 2s2 2p6
2s2 2p6 3s2 3p6 3d10
3s2 3p6 3d10 4s2 4p6 4d10 4f14
4s2 4p6 4d10 4f2 5s2 5p6 5d10 5f4
5s2 5p6 6s2 6p6
6s2 7s2
Há 20 dos 118 elementos químicos conhecidos que não seguem a distribuição eletrônica regular indicada
pelo diagrama de Linus Pauling. Apesar disso, a posição que os elementos ocupam na tabela periódica é
fornecida pela distribuição eletrônica de Linus Pauling, independentemente da distribuição eletrônica real desses
20 elementos.
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Com base nessas conclusões, podemos construir a tabela periódica que pode ter o formato compacto, com
18 colunas verticais (mais comum), mostrado no início do livro, ou o formato longo, com 32 colunas verticais,
esquematizado na próxima página.
Localização na tabela periódica: os elementos de transição interna possuem como subnível mais energético
o subnível f. todos os elementos de transição interna pertencem a família 3 (IIIB), podendo ser um lantanídeo (6º
período) ou um actnídeo (7º período).
Note que as tríades de Döbereiner não englobam todos os elementos que já eram conhecidos em 1829. Ele
apenas selecionou alguns elementos que tinham propriedades semelhantes os dispondo em 6 grupos de 3
elementos cada. O mesmo foi feito por Hess ao classificar 4 grupos de elementos com propriedades químicas
semelhantes.
Outra tentativa foi feita em 1849 pelo cientista sueco naturalizado russo Germain Herny Ivanovitch Hess
(1802–1850), que publicou no seu manual Fundamentos da Química Pura uma classificação de quatro grupos de
elementos (não-metais) com propriedades químicas semelhantes:
Hess escreveu: “Esta classificação está muito longe de ser natural. No entanto ela reúne elementos em
grupos muito semelhantes e pode ir aperfeiçoando-se à medida que aumentarem os nossos conhecimentos.”
Mais tarde, em 1862, o químico e geólogo francês Alexandre Segyyer de Chancourtoir (1820-1896) propôs
um interessante sistema para classificar os elementos conhecidos, denominado “parafuso telúrico”.
Chancourtoir distribuiu os elementos na forma de uma espiral de 45° que se desenvolvia na superfície de
um cilindro.
Em cada volta da espiral ele colocou 16 elementos em ordem crescente de massa atômica, de modo a
posicionar os elementos com propriedades semelhantes um por baixo do outro na geratriz do cilindro. No entanto
ninguém prestou muita atenção ao seu trabalho.
Por volta de 1864 o químico inglês John Alexandre Reina Newlands (1837-1898) colocou os elementos em
ordem crescente de suas massas atômicas em colunas verticais de 7 elementos e verificou que as propriedades
dos elementos se repetiam se repetiam periodicamente (com exceção do hidrogênio) e propôs a chamada “Lei
das Oitavas”.
Para Newlands, tudo no mundo estaria subordinado a uma harmonia geral, que seria a mesma tanto para a
Química como para a Música.
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Grupos Elementos
1 7 9 10,8 12 14 16
1º grupo H Li Be B C N O
19 23 24 27 28 31 32
2º grupo F Na Mg A Si P S
35,5 38 40 48 52 55 56
3º grupo C K Ca Ti Cr Mn Fe
59
4º grupo Co e 59Ni 63,5
Cu 51
V 65
Zn 115
In 75
As 79
Se
80 85 88 140
5º grupo Br Rb Sr 139
Ce e La 91Zr 163
Dy e 96Mo 103
Rh e 101Ru
105 107 112 238 119 122 128
6º grupo Pb Ag Cd U Sn Sb Te
127 133 137 181 184 93 197
7º grupo I Cs Ba Ta W Nb Au
195 192 204 207 232 201 209 190
8º grupo e Ir T Pb Th Hg Bi Os
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A preocupação, tanto de Newlands como de Meyer, era classificar elementos formando grupos com
semelhanças nas propriedades químicas. Mas para eles não existia relação alguma entre as diversas classes de
elementos.
O que difere o trabalho iniciado em 1868 pelo químico russo Dimitri Ivanovitch Mendeleyev (1834-1907) dos
anteriores é que ele foi o único que procurou relacionar todos os elementos em uma única classificação.
Mendeleyev chegou à conclusão de que o critério utilizado deveria realmente ser a massa atômica dos elementos.
Em seu livro Princípios de Química, escreveu:”A massa de uma substância é precisamente a propriedade
da qual todas as outras dependem...” e concluiu: “Por isso, é muito natural esperar que exista uma relação entre
as propriedades e semelhanças dos elementos, de um lado, e suas massas atômicas, de outro”.
Mendeleyev tornou conhecida sua primeira tabela periódica em 1869.
Na tabela de Mendeleyev os elementos eram distribuídos em linhas, de tal modo que elementos
quimicamente semelhantes era encontrados sob uma mesma coluna vertical (atualmente, as colunas são
chamadas de família ou grupos).
No verão de 1870 Mendeleyev verificou que as massas atômicas dos elementos índio, cério, ítrio, tório e
urânio estavam erradas e que era necessário mudá-las, e assim mudar também a disposição desses elementos
no sistema periódico. Assim, o urânio passou a ser o último elemento da série natural tendo também a maior
massa atômica.
Mendeleyev foi mais além: deslocou de uma coluna para outra todo elemento cujas propriedades não
fossem semelhantes com as dos outros membros do grupo, contrariando a ordem crescente de massa atômica.
Surgiram então algumas lacunas que Mendeleyev destinou a elementos ainda não descobertos,
prevendo inclusive suas propriedades.
Os espaços vazios que estavam sob os elementos boro, alumínio e silício foram denominados
respectivamente eka-boro, eka-alumínio (o prefixo eka significa abaixo de).
A 11 de dezembro de 1870, Mendeleyev terminou o seu artigo “O sistema natural dos elementos e a sua
aplicação na determinação das propriedades dos elementos desconhecidos”.
Nesse artigo ele descreve pela primeira vez a sua classificação utilizando a expressão “Lei periódica”.
Em julho de 1871 Mendeleyev termina o seu principal artigo dedicado à “Lei Grandiosa” e que se intitula “A
lei periódica dos elementos químicos”.
De fato, dispondo segundo massas atômicas crescentes os 63 elementos então conhecidos, verificou que
aqueles quimicamente semelhantes se colocavam em série, a intervalos regulares. Desse modo, propriedades
idênticas repetiam-se periodicamente ao longo dessa ordenação. Essa relação ele exprimiu no que chamou lei
periódica:
As propriedades dos elementos, assim como as fórmulas e propriedades das substâncias simples e
compostas que eles formam, são funções periódicas das massas atômicas dos elementos.
Nesse ano Mendeleyev deu uma nova disposição aos elementos na tabela, que lembra em muitos aspectos
a que utilizamos atualmente, observe:
Períodos Série Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV Grupo V Grupo VI Grupo VII Grupo VIII (transição ao I)
Hidrogênio 1 H=1
Elemento típicos 2 Li = 7 Be = 9,4 B = 11 C = 12 N = 14 O = 16 F = 19
3 Na = 23 Mg = 24 A = 27 Si = 28 P = 31 S = 32 C = 35,5
1º período Fe = 56 Co = 59
4 K = 39 Ca = 40 ? = 44* Ti = 48 V = 51 Cr = 52 Mn = 55
Ni = 59 Cu = 63
5 (Cu = 63) Zn = 65 ? = 68** ? = 72*** As = 75 Se = 78 Br = 80
2º periodo Ru = 104 Rh = 104
6 Rb = 85 Sr = 87 Y = 887 Zr = 90 Nb = 94 Mo = 96 ? = 100
Pb = 104 Ag = 108
7 (Ag = 108) Cd = 112 In = 113 Sn = 118 Sb = 122 Te = 128? I = 127
3º período
8 Cs = 133 Ba = 137 ? = 137 Ce = 138? – – –
9
4º período Os = 190 Ir = 192
10 Ta = 182 W = 184
Pt = 195 Au = 197
11 (Au = 197) Hg = 200 T= 204 Pb = 207 Bi = 208
5º período
12 Th = 231 U = 240
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exemplo, se encontra entre o cálcio (massa atômica 40) e o titânio (massa atômica 48). Desse modo, a massa
atômica do eka-boro deve ser aproximadamente igual ao valor médio:
40 48
44
2
Além disso, ele deve formar com o oxigênio um análogo dos óxidos de boro e de alumínio, X 2O3. O eka-boro
tem de ser um metal leve, já que se encontra entre eles o cálcio e o titânio, e a sua densidade relativa pode ser
aproximadamente determinada através da dos seus vizinhos. Assim, sendo a densidade relativa do cálcio de 1,5 e
a do titânio de 4,5, a do eka-boro deve ser:
1,5 4,5
3,0
2
Os sais de eka-boro devem ser incolores, tal como os dos seus vizinhos; e não deve ser volátil, e as
propriedades funcionais do seu óxido devem ser básicas, como as do óxido de titânio.
Procedendo desse modo, Mendeleyev “previa” as propriedades químicas de elementos que ainda não
haviam sido descobertos.
Seis anos mais tarde, as previsões de Mendeleyev começaram a ser confirmadas: em 1875, o químico e
especialista francês Paul Émile Lecoq de Boisbaudran (1838-1912) isolara um novo elemento a partir de um
mineral encontrado nos Pireneus. O espectro de emissão do mineral apresentava uma linha tênue violeta que não
se podia atribuir a nenhum dos elementos químicos conhecidos.
Lecoq designou o novo elemento por gálio em homenagem a sua pátria – a França – cujo antigo nome era
Gália.
O gálio era um metal muito raro e o cinema teve bastante trabalho para extrair uma quantidade pouco maior
que a cabeça de um alfinete, porém teve habilidade suficiente para fazer uma série de experiências que o levou a
uma descrição pormenorizada das propriedades desse elemento e que incluía a densidade, a temperatura de
fusão, os seus compostos oxigenados e os sais que formava.
Pouco tempo depois de comunicar sua descoberta à Academia de Ciências de Paris, recebeu uma carta,
com um carimbo russo, onde Mendeleyev lhe comunicava que todas as propriedades do gálio estavam corretas,
exceto sua densidade, que era 5,9 vezes maior que a da água e não 4,7 como ele havia determinado.
O cientista francês, entre surpreso e intrigado, resolveu verificar novamente a densidade do seu elemento,
submetendo-o a uma purificação ainda mais rigorosa e observou que realmente havia se enganado e que
Mendeleyev, mesmo sem nunca ter visto o metal, determinou com precisão a sua densidade: 5,9 vezes maior que
a da água.
Em 1879, o químico sueco Lars Ferdrik Nilson (1840-1899) descobriu o escândio, que apresentava as
propriedades previstas para o eka-boro e finalmente, em 1886, o alemão Clemens Alexander Winkler (1838-1904)
anunciou o isolamento do germânio, que corresponde ao eka-silício.
A tabela a seguir mostra algumas propriedades previstas por Mendeleyev em 1871 para o eka-silício
(germânio) em comparação com as propriedades desse elemento determinadas experimentalmente em 1886
quando ele foi descoberto.
As dúvidas e críticas que ainda restavam em relação à periodicidade das propriedades dos elementos foram
totalmente dispersas. Estava definitivamente confirmadas a exatidão das previsões de Mendeleyev.
Embora mais tarde ficasse provado que a periodicidade das propriedades dos elementos químicos é função
do número atômico, e não da massa atômica, a tabela de Mendeleyev não perdeu a validade.
Tal comprovação apenas explicou algumas das discrepâncias que o sistema periódico criado por
Mendeleyev gerava: por exemplo, a colocação do argônio (massa atômica 39, 95) antes do potássio (massa
atômica 39,10) ou a do telúrio (massa atômica 127,6) antes do iodo (massa atômica 126,9).
Acontecimento marcante na história da química, a descoberta da lei periódica foi, sem dúvida, o trabalho
mais importante de Mendeleyev, que também se dedicou ao estudo da natureza e à origem do petróleo, tendo
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lutado incansavelmente pelo desenvolvimento da indústria petrolífera na Rússia. É ainda considerado o fundador
da agroquímica em seu país.
Apesar da consagração mundial, a Academia Russa recusou-se a admiti-lo entre seus membros em virtude
de sua posição política ser considerada liberal.
A descoberta de novos elementos químicos tem sido um processo de avanços desde os tempos da
Antiguidade. Determinados elementos, como o ouro, aparecem na natureza na forma elementar e foram
descobertos milhares de anos atrás. Em contraste, alguns elementos são radioativos e intrinsecamente instáveis.
Viemos conhecê-Ias apenas com a tecnologia do sécuIo XX.
A maioria dos elementos, apesar de estáveis, está vastamente dispersa na natureza e está incorporada em
grande número de compostos. Por séculos os cientistas não tinham conhecimento de sua existência. No início do
século XIX, os avanços na química fizeram com que ficasse mais fácil isolá-Ias a partir de seus compostos. Como
resultado, o número de elementos conhecidos mais que dobrou, de 31 em 1800 para 63 por volta de 1865.
À medida que o número de elementos conhecidos aumenta, os cientistas começam a investigar as
possibilidades de classificá-Ios de maneira útil. Em 1869 Dmitri Mendeleev, na Rússia, e Lothar Meyer, na
Alemanha, publicaram esquemas de classificação praticamente idênticos. Os dois cientistas observaram que as
similaridades das propriedades físicas e químicas tornam a se repetir periodicamente quando os elementos são
distribuídos em ordem crescente de massa atômica. Os cientistas daquela época não tinham conhecimento dos
números atômicos. As massas atômicas, entretanto, geralmente cresciam com o aumento do número atômico,
logo tanto Mendeleev quanto Meyer casualmente distribuíram os elementos em ordem apropriada. As tabelas dos
elementos desenvolvidas por Mendeleev e Meyer foram as precursoras da tabela periódica moderna.
Apesar de Mendeleev e Meyer terem chegado basicamente à mesma conclusão sobre a periodicidade das
propriedades dos elementos, a Mendeleev são dados os créditos por desenvolver suas ideias mais eficazmente e
estimular mais trabalhos novos na química. Sua insistência em listar os elementos com características similares
nas mesmas famílias forçou-o a deixar vários espaços em branco na tabela. Por exemplo, tanto o gálio (Ga)
quanto o germânio (Ge) eram desconhecidos naquela época. Mendeleev corajosamente previu sua existência e
suas propriedades, referindo-se a eles como eka-alumínio e eka-silício, termos criados por ele mesmo para indicar
abaixo de quais elementos eles aparecem na tabela periódica. Quando esses elementos foram descobertos,
soube-se que suas propriedades eram muito parecidas com as previstas por Mendeleev.
Em 1913, dois anos após Rutherford propor o modelo atômico do átomo, um físico inglês chamado Henry
Moseley (1887-1915) desenvolveu o conceito de números atômicos. Moseley determinou as frequências de raios
X emitidas à medida que diferentes elementos eram bombardeados com elétrons de alta energia. Ele descobriu
que cada elemento produz raios X de frequência única; além disso, ele descobriu que a frequência geralmente
aumenta quando a massa atômica aumenta. Ele distribui as frequências de raios X em ordem atribuindo um
número inteiro exclusivo para cada elemento, chamado número atômico. Moseley identificou corretamente o
número atômico como o número de prótons no núcleo do átomo e o número de elétrons no átomo.
O conceito de número atômico esclareceu alguns problemas nas versões anteriores da tabela periódica,
que eram baseadas na massa atômica. Por exemplo, a massa atômica do Ar (número atômico 18) é maior que a
do potássio (número atômico 19). Entretanto, quando os elementos são arranjados em ordem crescente de
número atômico, em vez de ordem crescente de massa atômica, Ar e K aparecem em seus lugares corretos na
tabela. Os estudos de Moseley tornaram possível também identificar os ‘buracos’ na tabela periódica, que levaram
à descoberta de novos elementos.
Você pode notar variações muito pequenas nas tabelas periódicas de um livro para outro ou entre as das
salas de aula e as dos livros. Essas diferenças são apenas uma questão de estilo, ou com relação à informação
em particular incluída na tabela; não existem, portanto, diferenças fundamentais.
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Os elementos em uma coluna da tabela periódica são conhecidos como um grupo ou família. A maneira
como os grupos são chamados é de certa forma arbitrário, e três diferentes esquemas de nomes são comumente
utilizados, dois dos quais são mostrados na Figura 2.16. O grupo de nomes superior, que têm designações A e B,
é amplamente utilizado na América do Norte. Números romanos em vez de arábicos são em geral adotados nesse
sistema.
Grupo 7A, por exemplo, é normalmente chamado de VIlA. Os europeus usam uma convenção similar que numera
as colunas de IA até 8A e então de lB até 8B; assim, o grupo encabeçado pelo flúor (F) recebe o nome de 7B (ou
VIlB) em vez de 7A. No esforço de eliminar essa confusão, a União Internacional de Química Pura e Aplicada
(Iupac) propôs uma convenção na qual os grupos são numerados de 1 até 18 sem as designações de A e B, como
mostrado no grupo inferior de nomes no alto da tabela, na Figura 2.16.Aqui, ainda usaremos a convenção norte-
americana tradicional.
Elementos que pertencem ao mesmo grupo geralmente apresentam algumas similaridades em suas
propriedades físicas e químicas. Por exemplo, os 'metais de cunhagem' - cobre (Cu), prata (Ag) e ouro (Au) –
pertencem ao grupo lB. Como o próprio nome sugere, os metais de cunhagem são usados no mundo inteiro para
a fabricação de moedas. Vários outros grupos na tabela periódica também têm nomes, como mostrado na Tabela
2.3.
Os elementos em um grupo da tabela periódica têm propriedades similares porque apresentam o mesmo tipo de
organização dos elétrons na periferia dos átomos.
Todos os elementos do lado esquerdo e do meio da tabela (com exceção do hidrogênio) são elementos
metálicos, ou metais. A maioria dos elementos é metálica. Os metais compartilham várias propriedades
características, como brilho e altas condutividades elétricas e térmicas. Todos os metais, com exceção do
mercúrio (Hg), são sólidos à temperatura ambiente. Os metais estão separados dos elementos não-metálicos por
uma linha diagonal semelhante a uma escada que vai do boro (B) ao astatino (At), como mostrado na Figura 2.16.
O hidrogênio, apesar de estar do lado esquerdo da tabela periódica, é um não-metal. À temperatura ambiente
alguns dos não-metais são gasosos, outros são líquidos e outros, sólidos. Eles geralmente diferem dos metais na
aparência (Figura 2.17) e em outras propriedades físicas. Muitos dos elementos que estão na borda que separa os
metais dos não-metais, como o antimônio (Sb), têm propriedades que estão entre as dos metais e as dos não-
metais. Esses elementos são em geral chamados de metalóides.
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Imagine um conjunto de átomos de argônio na fase gasosa. Quando os átomos colidem uns com os outros
durante os movimentos, eles ricocheteiam, separando-se — como bolas de bilhar. Isso acontece porque as
nuvens eletrônicas dos átomos que estão colidindo não podem penetrar umas nas outras até certa quantidade
significativa. As distâncias mais próximas separando os núcleos durante tais colisões determinam o raio aparente
dos átomos de argônio. Podemos chamar esses raios de raios não-ligantes de um átomo.
Quando dois átomos estão quimicamente ligados, como na molécula de Cl 2, existe uma interação atrativa
entre eles, que os leva a uma ligação química. Para o momento, precisamos apenas compreender que essa
interação atrativa coloca os dois átomos mais próximos do que eles estariam em uma colisão não-ligante.
Podemos definir um raio atômico com base na distância que separa os núcleos dos átomos quando eles estão
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quimicamente ligados. Essa distância, chamada raio ligante, é menor que o raio não-ligante, como ilustrado na
Figura 5. Os modelos de preenchimento de espaço, usam o raio não-ligante (também chamado raio de Van der
Waals) para determinar o tamanho dos átomos. Os raios atômicos ligantes (também chamados raios covalentes)
são usados para determinar as distâncias entre seus centros.
Os cientistas têm desenvolvido uma variedade de métodos para medir as distâncias separando núcleos em
moléculas. A partir de observações dessas distâncias em muitas moléculas, a cada elemento pode ser atribuído
um raio covalente. Por exemplo, na molécula de I2, observou-se que a distância separando os núcleos de iodo é
2,66 Å. Com base nisso, podemos definir o raio covalente do iodo como 1,33 Å. Similarmente, a distância
separando dois núcleos de carbono adjacentes no diamante, que é uma rede sólida tridimensional, é 1,54 Å;
assim, ao raio covalente do carbono é atribuído o valor de 0,77 Å. Os raios de outros elementos podem ser
definidos de maneira similar (Figura 6). (Para o hélio e o neônio, os raios ligantes devem ser estimados porque
não existem combinações químicas conhecidas.)
Os raios atômicos permitem-nos estimar os comprimentos de ligação entre diferentes elementos em
moléculas. Por exemplo, o comprimento da ligação Cl — Cl no Cl2 é 1,99 Å, logo se atribui um raio de 0,99 Å para
o Cl. No composto CCl4, o comprimento da ligação C — Cl é 1,77 Å, muito próximo da soma (0,77 + 0,99 Å) dos
raios atômicos para C e Cl.
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final da série dos elementos de transição, a subcamada (n-1)d, se aproxima de sua população máxima, 10
elétrons, aumentando o efeito de blindagem; consequentemente as repulsões inter-eletrônicas entre a camada
(n-1) e a camada de valência acarretam um menor aumento de tamanho. Somente após o preenchimento
completo da subcamada (n-1)d, no término da série dos elementos de transição, os elétrons serão novamente
adicionados à camada de valência. A partir daí, o aumento na carga nuclear efetiva reassume uma
pronunciada contração para o resto do período.
4. Os lantanóides mostram ainda um maior efeito de blindagem pelos elétrons internos. Percorrendo esta série
os elétrons são adicionados à subcamada (n-2)f, enquanto aumenta simultaneamente a carga nuclear. O
aumento do efeito de blindagem da subcamada f compensa quase completamente o aumento da carga
nuclear, resultando numa pequena contração através da série. De um lantanóide para o próximo, o aumento
do efeito de blindagem exercido pelos elétrons da camada interna resulta num aumento da carga nuclear.
Assim, a contração do raio é de 0,001 nm de um átomo para o outro, mas como eles são 14 elementos na
série, a contração total é de 0,013 nm. Esta contração total é significativa e é denominada contração
lantanódica.
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Nosso objetivo é a compreensão da distribuição dos elétrons nos átomos com muitos elétrons. Estes
átomos podem ser “construídos” colocando-se os elétrons nas camadas (caracterizadas pelo número quântico n)
com as energias crescentes. Dentro de cada camada, os elétrons são colocados nos orbitais da subcamada
(caracterizados pelo número quântico ), na ordem das energias crescentes. Em geral, os elétrons são colocados
de tal maneira que a energia total do átomo seja a menor possível.
Antes de entrar nos detalhes das configurações dos elétrons, é importante ter em mente que a visão da
configuração dos elétrons nos átomos provém da experiência. O modelo ondulatório do átomo é uma tentativa que
tem êxito apreciável na racionalização das observações experimentais.
Vimos que se formam íons positivos pela remoção de um ou de mais de um elétron de um átomo. A energia
necessária neste processo é a energia de ionização.
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• O lítio, o sódio e o potássio principiam, cada qual, uma nova fila da tabela periódica e têm as razões das
energias de ionização muito mais elevadas que as dos outros elementos. Podemos concluir desta observação
experimental que um elétron (removido na primeira ionização) ocupa uma nova camada eletrônica, n, cuja
energia é muito mais elevada do que a da camada usada pelos elétrons dos elementos na fila anterior. A
segunda energia de ionização é muito maior, principalmente porque o segundo elétron deve ser removido da
camada n – 1, e esta camada tem energia muito mais baixa que a camada n.
• Exceto no caso dos metais alcalinos, a maioria dos elementos tem aproximadamente a mesma razão entre as
energias de ionização (os valores desta razão ficam entre 1, 7 e 3). Podemos interpretar este resultado
admitindo que os dois elétrons removidos, dos elementos berílio até neônio, por exemplo, estão na mesma
camada eletrônica.
• As razões para o boro e o alumínio são ligeiramente maiores que as dos outros elementos da mesma fila da
tabela periódica (excetuando-se, é claro, os metais alcalinos pertinentes). Isto indica que uma subcamada se
completa no Be e no Mg. O boro e o alumínio são os elementos nos quais os elétrons estão numa nova
subcamada que têm energias ligeiramente maiores que as das subcamadas ocupadas pelos elétrons do Be e
do Mg. Então, o primeiro elétron no boro, por exemplo, é removido de uma subcamada da camada n = 2, e o
segundo elétron provém de uma subcamada de energia mais baixa, porém ainda na camada n = 2.
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Vamos ver agora como o modelo aceito para a estrutura atômica concorda com as observações
experimentais e suas explicações.
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Em um átomo polieletrônico, cada elétron é simultaneamente atraído pelo núcleo e repelido pelos outros
elétrons. Em geral, existem tantas repulsões elétron-elétron que não podemos analisar exatamente a situação.
Entretanto, podemos estimar a energia de cada elétron considerando como ele interage com o ambiente médio
criado pelo núcleo e os outros elétrons no átomo. Essa abordagem permite-nos tratar cada elétron individualmente
como se ele estivesse se movendo no campo elétrico criado pelo núcleo e pela densidade eletrônica vizinha dos
outros elétrons. Esse campo elétrico é equivalente ao campo gerado por uma carga localizada no núcleo,
chamada carga nuclear efetiva. A carga nuclear efetiva, Z ef agindo em um elétron é igual ao número de prótons
no núcleo, Z, menos o número médio de elétrons, S, que está entre o núcleo e o elétron em questão:
Zef = Z – S
Como S representa uma média, não é necessário que ele seja um número inteiro.
Muitas das propriedades dos átomos são determinadas pela carga nuclear efetiva sofrida por seus elétrons
mais externos, ou de valência. Qualquer densidade eletrônica entre o núcleo e um elétron mais externo diminui a
carga nuclear efetiva agindo em um elétron mais externo. Diz-se que a densidade eletrônica relativa aos elétrons
mais internos blinda ou protege os elétrons mais externos da carga total do núcleo. Uma vez que os elétrons mais
internos estão localizados basicamente entre o núcleo e os elétrons mais externos, eles são mais eficientes em
blindar os elétrons mais externos. Por outro lado, os elétrons de mesmo nível dificilmente blindam uns aos outros
da carga do núcleo. Como resultado, a carga nuclear efetiva sofrida pelos elétrons mais externos é determinada
basicamente pela diferença entre a carga do núcleo e a carga dos elétrons internos.
Podemos estimar aproximadamente a carga nuclear efetiva usando a carga nuclear e o número de elétrons
internos. O magnésio (número atômico 12), por exemplo, tem configuração eletrônica [Ne]3s 2. A carga nuclear do
átomo é 12+, e a camada mais interna de Ne consiste em dez elétrons. Grosso modo, esperaríamos que cada
elétron mais externo sofresse uma carga nuclear efetiva de aproximadamente 12 –10 = 2+, como mostrado de
modo simplificado na Figura 4 (a). Entretanto, esse cálculo subestima a carga nuclear efetiva porque os elétrons
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mais externos de um átomo têm muitas probabilidades de estar no cerne, como mostrado na Figura 4 (b). De fato,
cálculos mais detalhados indicam que a carga nuclear efetiva agindo nos elétrons mais externos do Mg é na
realidade 3,3+.
A carga nuclear efetiva sofrida pelos elétrons mais externos aumenta quando passamos de elemento para
elemento por um período da tabela. Apesar de o número de elétrons internos permanecerem o mesmo à medida
que nos movemos no período, a carga nuclear real aumenta. Os elétrons de nível mais externo adicionados para
contrabalançar o aumento da carga nuclear blindam uns aos outros com muito pouca eficiência. Logo, a carga
nuclear efetiva aumenta progressivamente. Por exemplo, os elétrons mais internos 1s 2 do lítio (1s22s1) blindam os
elétrons mais externos 2s do núcleo carregado 3+ com eficiência satisfatória. Consequentemente, os elétrons
mais externos sofrem carga nuclear efetiva de aproximadamente 3 – 2 = 1 +. Para o berílio (1s2 2s2), a carga
nuclear efetiva sofrida pelos elétrons 2s mais externos é maior; nesse caso, os elétrons mais externos blindam
apenas parcialmente o outro. Dessa forma, a carga nuclear efetiva sofrida por cada elétron 2s é em torno de 4 – 2
= 2+.
Descendo em uma família, a carga nuclear efetiva sofrida pelos elétrons dos níveis mais externos varia
muito menos do que varia ao longo do período. Por exemplo, esperaríamos que a carga nuclear efetiva para os
elétrons mais externos no lítio e no sódio fosse aproximadamente a mesma, em torno de 3 – 2 = 1 + para o lítio e
11–10 = 1+ para o sódio. Entretanto, na realidade, a carga nuclear efetiva aumenta ligeiramente à medida que
descemos na família, porque cernes de elétrons maiores são mais eficientes em blindar da carga nuclear os
elétrons mais externos. Nem por isso a pequena variação na carga nuclear efetiva ocorrida ao se descer na
família é menos relevante que o aumento ocorrido ao longo do período.
7. Energia de ionização
A facilidade com que os elétrons podem ser removidos de um átomo é um indicador importante do
comportamento químico dele. A energia de ionização de um átomo ou íon é a mínima necessária para remover
um elétron de um átomo ou íon gasoso isolado em seu estado fundamental. A primeira energia de ionização, I1, é
a energia necessária para remover o primeiro elétron de um átomo neutro. Por exemplo, a primeira energia de
ionização para o átomo de sódio é a energia necessária para o seguinte processo:
Na(g) Na+(g) + e–
A segunda energia de ionização, I2, é a energia necessária para remover o segundo elétron, e assim por
diante, para remoções de elétrons adicionais. Portanto, I2, para o átomo de sódio, é a energia associada com o
seguinte processo:
Na+(g) Na2+(g) + e–
As energias de ionização para os elementos do sódio até o argônio estão relacionadas na Tabela 2.
Observe que elas aumentam de magnitude à medida que os elétrons são removidos: I1 < I2 < I3 etc. Essa
tendência ocorre porque, com cada remoção sucessiva, um elétron é afastado de um íon cada vez mais positivo,
necessitando, por isso, de cada vez mais energia.
A segunda característica importante da Tabela 2 é o aumento brusco na energia de ionização, que ocorre
quando um elétron do nível mais interno é removido. Por exemplo, considere o silício, cuja configuração eletrônica
é 1s2 2s2 2p6 3s2 3p2 ou [Ne] 3s2 3p2.
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Tabela 2: Valores das energias de ionização sucessivas, I, para os elementos do sódio até o argônio (kJ/mol)
Elemento I1 I2 I3 I4 I5 I6 I7
Na 496 4.560 elétrons dos níveis mais internos
As energias de ionização aumentam continuamente de 786 para 4.360 kJ/moI para a perda de quatro
elétrons nos subníveis. A remoção do quinto elétron, que vem do subnível 2p, requer uma quantidade muito maior
de energia: 16.100 kJ/mol. O grande aumento da energia ocorre porque os elétrons 2p do nível mais interno estão
muito mais próximos do núcleo e sofrem carga nuclear efetiva maior que os elétrons 3s e 3p do nível de valência.
Cada elemento exibe um aumento maior na energia de ionização quando os elétrons são removidos de seu
cerne de gás nobre. Essa observação ampara a ideia de que apenas os elétrons mais externos, aqueles além do
cerne de gás nobre, estão envolvidos no compartilhamento e transferência de elétrons que dão origem às ligações
e reações químicas. Os elétrons mais internos estão ligados muito fortemente ao núcleo para serem perdidos pelo
átomo ou até compartilhados com outro átomo.
1. Em cada período, I1 geralmente aumenta com o aumento do número atômico. Os metais alcalinos têm a
menor energia de ionização em cada período e os gases nobres, as maiores. Existem pequenas
irregularidades nessa tendência que abordaremos em breve.
2. Em cada grupo a energia de ionização geralmente diminui com o aumento do número atômico. Por exemplo,
as energias de ionização dos gases nobres seguem a seguinte ordem He > Ne > Ar > Kr > Xe.
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3. Os elementos representativos
apresentam uma maior faixa de
valores de I1 que os elementos
metálicos de transição. Em geral, as
energias de ionização dos elementos
de transição aumentam
vagarosamente na medida em que
vamos da esquerda para a direita em
um período. Os metais do bloco f, os
quais não estão mostrados na Figura
8 também apresentam apenas uma
pequena variação nos valores de l1.
Informações adicionais sobre as tendências periódicas nas primeiras energias de ionização dos elementos
representativos são ilustradas na Figura 9.
Normalmente, os menores átomos têm energias de ionização maiores. Os fatores que influenciam o
tamanho atômico também influenciam as energias de ionização. A energia necessária para remover um elétron de
um nível mais externo depende tanto da carga nuclear efetiva quanto da distância média do elétron ao núcleo. À
medida que essa atração aumenta, torna-se mais difícil remover o elétron e, assim, a energia de ionização
aumenta.
Conforme nos movemos por um período, existe tanto aumento na carga nuclear efetiva quanto diminuição
no raio atômico, fazendo com que a energia de ionização aumente. Entretanto, à proporção que descemos em
uma coluna, o raio atômico aumenta, enquanto a carga nuclear efetiva varia pouco. Portanto, a atração entre o
núcleo e os elétrons diminui, provocando diminuição na energia de ionização.
As irregularidades dentro de um dado período são um pouco sutis, mas são explicadas facilmente. Por
exemplo, a diminuição na energia de ionização do berílio ([He]2s2) ao boro ([He]2s22p1) ocorre porque os elétrons
no orbital preenchido 2s são mais eficientes em blindar os elétrons no subnível 2p do que são em se blindarem.
Essa é essencialmente a mesma razão pela qual os orbitais 2p de átomos polieletrônicos apresentam energia
mais alta que o 2s. A diminuição na energia de ionização quando passamos do nitrogênio ([He]2s2 2p3) para o
oxigênio ([He]2s2 2p4) é relativa à repulsão dos elétrons emparelhados na configuração p4. (Lembre-se de que, de
acordo com a regra de Hund, cada elétron na configuração p3 localiza-se em diferentes orbitais p.)
8. Afinidades eletrônicas
A energia de ionização mede a energia associada com a remoção de elétrons de um átomo para formar
íons carregados positivamente. Por exemplo, a primeira energia de ionização do Cl(g), 1.251 kJ/mol, é a variação
de energia associada com o seguinte processo:
[Ne]3s23p5 [Ne]3s23p4
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O valor positivo da energia de ionização significa que a energia deve ser fornecida ao átomo para que o
elétron seja removido.
Além disso, muitos átomos podem ganhar elétrons para formar íons carregados negativamente. A variação
de energia que ocorre quando um elétron é adicionado a um átomo gasoso chama-se afinidade eletrônica
porque ela mede a atração, ou afinidade, de um átomo pelo elétron adicionado. Para muitos átomos, a energia é
liberada quando um elétron é adicionado. Por exemplo, a adição de um elétron ao átomo de cloro é acompanhada
por uma variação de energia de – 349 kJ / moI, o sinal negativo indicando que a energia é liberada durante o
processo.
Consequentemente, dizemos que a afinidade eletrônica do Cl é – 349 kJ/mol:2
[Ne]3s23p6 [Ne]3s23p64s1
[Ne]3s23p6 [Ne]3s23p64s1
Como ∆E > 0, o íon Ar– é instável e não se forma.
A Figura 10 mostra as afinidades eletrônicas para os elementos representativos dos primeiros cinco
períodos da tabela periódica. A afinidade eletrônica, geralmente, torna-se cada vez mais negativa à proporção que
caminhamos em direção aos halogênios. Os halogênios, que têm um elétron a menos para preencher
completamente o subnível p, apresentam as afinidades eletrônicas mais negativas. Ao ganhar um elétron, um
átomo de halogênio forma um íon negativo estável que tem a configuração de um gás nobre (Equação 2).
Entretanto, a adição de um elétron a um gás nobre necessitaria que esse elétron fosse colocado em um
subnível de mais alta energia (Equação 3). Ocupar um subnível de mais alta energia é energeticamente muito
desfavorável; assim, a afinidade eletrônica é altamente positiva. As afinidades eletrônicas do Be e do Mg são
positivas pela mesma razão; o elétron adicionado estaria localizado em um subnível p anteriormente vazio que é
de mais alta energia.
As afinidades eletrônicas dos elementos do grupo 5A (N, P, As, Sb) são também interessantes. Uma vez
que esses elementos têm subníveis p preenchidos pela metade, o elétron adicionado deve entrar em um orbital
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que já está ocupado, resultando em repulsões elétron-elétron maiores. Como resultado, esses elementos têm
afinidades eletrônicas que são ou positivas (N) ou menos negativas que as de seus vizinhos à esquerda (P, As,
Sb).
As afinidades eletrônicas não variam muito à medida que descemos um grupo. Por exemplo, considere as
afinidades eletrônicas dos halogênios (Figura 10). Para o F, o elétron adicionado entra em um orbital 2p, para o
cloro em um orbital 3p, para o Br em um orbital 4p, e assim por diante. Conforme passamos do F para o I, dessa
forma reduzindo as repulsões elétron-elétron. Uma atração elétron-núcleo é, portanto, contrabalançada por
menores repulsões elétron-elétron.
9. Eletronegatividade
A eletronegatividade deve ser considerada como uma propriedade resultante da energia de ionização e da
eletroafinidade.
Logo, na Tabela Periódica a eletronegatividade deve variar de maneira semelhante à energia de ionização e
à eletroafinidade.
Eletronegatividade
É óbvio que os gases nobres, muito estáveis, devem ser excluídos também dessa variação.
A grande característica de um metal consiste em sua capacidade de perder elétrons, por possuir um
pequeno número de elétrons na camada mais externa.
O caráter metálico mede a capacidade de átomo para perder elétrons, e por isso deve ser associado à
energia de ionização.
Temos, assim, a classificação já bem conhecida: metais, semimetais e não-metais.
O hidrogênio e os gases nobres comumente não são enquadrados nessa classificação.
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caráter metálico
S.M. N.M.
aumenta
12. Volume atômico
Volume atômico é o volume ocupado por um moI de átomos do elemento no estado sólido.
Exemplo:
Massa molar do Fe = 55,85 g/mol
1 mol de átomos de ferro pesa 55,85 g.
Densidade do Fe(s) = 7,87 g/cm3 (25oC)
M 55,85 g/ mol
Volume molar do Fe(s) =
d 7,87 g/ cm3 VOLUME ATÔMICO
= 7,10 cm3/mol
1 moI de átomos Fe(s) ocupa um volume de 7,10 cm3.
Logo, o Volume Molar do Fe(s) = 7,10 cm3/mol (25º C)
13. Densidade
DENSIDADE
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As colunas verticais, ou grupos, da tabela periódica contêm os elementos que têm propriedades químicas e
físicas semelhantes e diversos grupos têm nomes particulares que vale a pena conhecer.
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Os elementos da primeira coluna à esquerda, Grupo 1A, são conhecidos como metais alcalinos. Exceto o
hidrogênio, todos são metais e são sólidos na temperatura ambiente. Ao contrário, o hidrogênio, nas condições
normais, é um gás consistindo em moléculas diatômicas (moléculas em que estão presentes dois átomos).
Os metais do Grupo 1A são muito reativos. Por exemplo, eles reagem com a água para dar hidrogênio e
soluções alcalinas (básicas). Graças à reatividade, esses metais só se encontram na natureza, combinados sob a
forma de compostos, nunca na forma de elementos livres. Um composto de sódio (Na), cloreto de sódio (NaCl),
teve um papel importante na história,pois ele é parte fundamental da dieta dos homens e dos animais. Os
compostos do potássio (K) são importantes nutrientes dos vegetais. Além de reatividades semelhantes, todos
esses elementos metálicos formam compostos com o oxigênio que têm fórmulas como A 2O, em que A é o metal
alcalino: Li2O, Na2O, K2O, Rb2O, Cs2O. O hidrogênio também forma um composto com a mesma fórmula geral,
H2O, água. Esta semelhança de fórmulas foi importante para Mendeleev ao estabelecer a tabela periódica.
O rádio (Ra), o elemento alcalino-terroso mais pesado, é radioativo e usado na radioterapia de certos
tumores cancerosos. Quando os metais alcalino-terrosos combinam-se com o oxigênio, a fórmula geral do produto
é EO, onde E é um dos elementos alcalino-terrosos; por exemplo, o magnésio forma MgO e o cálcio CaO.
Depois do grupo 2A vêm os elementos de transição que preenchem o quarto, quinto e sexto períodos na
parte central da tabeIa. Todos são metais e 13 deles estão entre os 30 elementos mais abundantes da crosta
terrestre. Alguns, como o ferro (Fe), são muito abundantes na natureza (Tabela 4). A maioria deles ocorre
naturalmente na forma de compostos, mas alguns — como a prata (Ag), o ouro (Au) e a platina (Pt) — são muito
menos reativos e, portanto, podem ser encontrados na forma nativa como elementos puros.
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Praticamente todos os elementos de transição têm Tabela 4. • Abundâncias Relativas dos 10 Elementos de
Transição mais abundantes da Crosta Terrestre
uso comercial. Eles são usados como materiais estruturais
(ferro, titânio, cromo e cobre); em tintas (titânio e cromo); Abundância
Classificação Elemento
(ppm)*
em conversores catalíticos de sistemas de exaustão
automotivos (platina e ródio); em moedas (cobre, níquel e 4 Ferro 41.000
9 Titânio 5.600
zinco); e em baterias (manganês, níquel, cádmio e
12 Manganês 950
mercúrio). 18 Zircônio 190
Alguns elementos de transição também exercem 19 Vanádio 160
21 Cromo 100
importantes papéis biológicos. Por exemplo, o ferro, que é 23 Níquel 80
o quarto elemento mais abundante da crosta terrestre (veja 24 Zinco 75
Tabela 4), é o elemento central na química da 25 Cério 68
26 Cobre 50
hemoglobina, o componente do sangue responsável pelo
transporte do oxigênio e dos citocromos, os agentes *ppm = g por 1.000 kg
responsáveis pela transferência de elétrons nos seres
vivos.
As duas filas no final da tabela acomodam os lantanídeos [a série de elementos entre o lantânio (57) e o
háfnio (72)] e os actinídeos [a série de elementos entre o actínio (89) e o rutherfórdio (104)]. Alguns compostos
de lantânio são usados em tubos de televisão a cores, o urânio (U) é o combustível das usinas nucleares e o
amerício (Am) é usado em detectores de fumaça.
outras, de modo que podem escorregar facilmente. Esta é a razão de a grafita ser mole, ser bom lubrificante e
operar muito bem nos lápis de escrever. (A grafita de um lápis, ou de uma lapiseira, é um compósito constituído
por argila e grafita, que deixa um rastro negro sobre uma folha de papel quando se escreve.) Além disso, os
químicos e engenheiros foram capazes de modelar em fibras as camadas de grafita, conseguindo materiais
extraordinariamente resistentes, que se usam atualmente na fabricação de raquetes de tênis, varas de pescar,
mastros e vergas de embarcações.
Os átomos de carbono nos diamantes também estão organizados em anéis hexagonais, mas cada átomo
está ligado a quatro outros que envolvem o átomo central nos vértices de um tetraedro. Os átomos ligam-se ao
longo de todo sólido como na camada de grafita, porém os anéis de carbono no diamante não podem ser planos.
Esta estrutura faz com que os diamantes sejam extremamente duros, mais densos do que a grafita (d = 3,51 g/cm3
para o diamante e d = 2,22 g/cm3 para a grafita) e quimicamente menos reativos. Os diamantes são excelentes
condutores de calor. Esta propriedade, combinada com a sua dureza, tornam-nos excelentes componentes de
brocas e (de outras ferramentas de corte. A demanda de diamantes industriais é tão grande que se fabricam cerca
de 60 toneladas de diamantes sintéticos anualmente.
Um dos desenvolvimentos mais notáveis da química na última década foi a descoberta de que é possível
crescer filmes finos de diamante. Estes filmes são muito úteis, pois com eles é possível revestir a superfície de
outros materiais com filmes extraordinariamente duros que conduzem calor, mas não eletricidade. Alguns
cientistas acreditam que o desenvolvimento de filmes finos de diamante tem o potencial para ser o maior avanço
na ciência dos materiais desde a invenção do plástico.
O diamante e a grafita são conhecidos há séculos. No final da década de 80, porém foi identificada outra
forma do carbono como componente da fuligem, o material negro que se recolhe quando se queimam
combustíveis carboníferos em atmosfera pobre em oxigênio. Esta substância é constituída por moléculas com 60
átomos de carbono, organizados numa “gaiola” esférica de átomos de carbono. Examinando-se cuidadosamente,
percebe-se que ela se parece com uma bola de futebol; a superfície é constituída por anéis pentagonais e
hexagonais. A forma dessas bolas também lembra aos seus descobridores uma estrutura denominada domo
geodésico, inventada há anos pelo filósofo e engenheiro americano R. Buckminster Fuller. Por isso, o nome oficial
desta forma alotrópica é buckminsterfulereno, mas é comum os químicos denominarem as moléculas C 60 de
fulerenos.
O silício é a base de muitos minerais, como o quartzo, e de bonitas pedras preciosas, como a ametista. O
estanho e o chumbo são conhecidos há séculos, pois são fáceis de extrair dos respectivos minérios. O estanho,
ligado ao cobre, constitui o bronze, usado durante séculos na fabricação de utensílios e de armas. O chumbo é
usado em canos de água e também em tintas, embora o elemento seja tóxico para os homens. Há até a
especulação de que a queda do Império Romano tenha sido provocada pelo envenenamento dos romanos pelo
chumbo dos encanamentos de água. O símbolo do chumbo (Pb) vem do latim plumbum.
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alimentícios, como por exemplo em refrigerantes. O fósforo vermelho também reage com o oxigênio quando
exposto ao ar e, devido a isso, é usado na indústria de fósforos de segurança.
O bismuto é o elemento mais pesado da tabela periódica que não é radioativo; todos os elementos com
número atômico maior do que o do bismuto (83) emitem raios alfa, beta ou gama. Ao contrário dos outros
elementos do Grupo 5A, o bismuto é um metal. Todos os elementos do Grupo 5A formam compostos contendo
oxigênio ou enxofre com as fórmulas gerais E2O3 ou E2S3. Entre os exemplos citam-se o mineral amarelo-brilhante,
ouro-pigmento (As2S3) e a estibinita negra (Sb2S3); esta era usado como cosmético pelas mulheres da antiguidade.
O Grupo 6A principia com o oxigênio, que constitui cerca de 20% da atmosfera terrestre e combina-se
facilmente com a maioria dos outros elementos. A maior parte da energia que alimenta a vida na Terra provém de
reações nas quais o oxigênio se combina com outras substâncias.
O enxofre é conhecido na forma elementar desde os tempos antigos como “pedra ardente”. O enxofre, o
selênio e o telúrio são denominados calcogênios (da palavra grega khalkos, cobre), pois aparecem nos minérios
de cobre. Os respectivos compostos têm cheiro desagradável e são venenosos. Porém, o enxofre e o selênio são
componentes essenciais da dieta humana. Sem dúvida, o composto mais importante do enxofre é o ácido
sulfúrico, o composto mais fabricado pela indústria química.
Como no Grupo 5A, os elementos do segundo e do terceiro períodos têm estruturas muito diferentes. Do
mesmo modo que o nitrogênio, o oxigênio também é uma molécula diatômica. Ao contrário do nitrogênio, no
entanto, o oxigênio tem um alótropo, o ozônio, O3, que é um composto bem conhecido. Por razões que serão
vistas no Módulo 4, esta molécula tem uma estrutura angular. O enxofre, que pode ser encontrado na natureza
como um pó amarelo ou uma substância cristalina, tem muitas formas alotrópicas. O alótropo mais comum é
constituído por anéis com a forma de coroa, tendo oito átomos de enxofre.
O polônio foi isolado em 1898 por Marie e Pierre Curie, que o separaram de toneladas de minério de urânio
e deram seu nome em homenagem ao país natal de Madame Curie, a Polônia.
Na extrema direita da tabela periódica estão dois grupos constituídos inteiramente por não-metais. Dentro
de cada grupo os elementos são bastante semelhantes, mas cada um é inteiramente diferente dos elementos dos
outros grupos. Os elementos do Grupo 7A — flúor, cloro, bromo e iodo — todos existem como moléculas
diatômicas. Todos se combinam violentamente com os metais alcalinos formando sais, como o sal de cozinha,
NaCl. O nome deste grupo, halogênios, provém do grego hals, sal, e genes, formar. Os halogênios reagem com
muitos outros metais e formam sais, além de se combinarem com a maior parte dos não-metais. Eles estão entre
os mais reativos de todos os elementos.
Os elementos do Grupo 8A — hélio, neônio, argônio, criptônio, xenônio e radônio — são os elementos
menos reativos. Todos são gases e nenhum deles é muito abundante na Terra ou na atmosfera terrestre. Por isso,
só foram descobertos a partir do final do século XIX. O hélio é o segundo elemento mais abundante no universo,
vindo depois do hidrogênio. Foi descoberto em 1868 pela análise do espectro do Sol e não foi encontrado na Terra
até 1895. (O nome do elemento provém da palavra grega corresponde a sol, helios.) Até 1962, quando se
preparou pela primeira vez um composto de xenônio, pensava-se que nenhum desses elementos poderia
combinar-se quimicamente com um outro elemento. Esta é a razão da denominação gases nobres atribuída a
este grupo, para significar a ausência geral de reatividade. Pela mesma razão eles também são denominados
gases inertes ou, devido a sua pequena abundância, gases raros.
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Devido a sua baixa densidade o gás hélio é utilizado em balões mais leves que o ar. O neônio e o argônio
são usados em anúncios luminosos. O radônio é radioativo e provoca poluição ambiental em edificações, quando
se difunde nos aposentos através das fundações.
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Considere os seguintes compostos: NaF, NaCØ, CaF‚, IV. é muito usado em jóias e tem larga aplicação na
CaCØ‚, LiF e LiCØ. Com base nas informações, douração de objetos.
assinale a alternativa correta. Seus nomes, na ordem em que estão apresentadas
suas mensagens, podem ser:
a) Todos os compostos apresentados são espécies (A) Heliomar, Clotilde, Fernando e Nivardo.
apolares. (B) Nestor, Breno, Tiquinho, Creuza
b) A temperatura de fusão do LiCØ é maior que a (C) Hermes, Flávio, Alfredo, Aurélio.
temperatura de fusão do LiF. (D) Nelia, Clarisse, Custódio e Aucimar.
c) A temperatura de fusão do NaF é menor que a 3. (uece)A erva-mate (Ilex paraguariensis), além da
temperatura de fusão do NaCØ. sua importância química bromatológica, é também
d) O módulo da energia de rede do LiCØ é maior que o matéria-prima de vários subprodutos como celulose,
gomas, glicose, etc. Na sua composição,
módulo da energia de rede do LiF.
encontramse, dentre outros elementos, o cloro, o
e) O módulo da energia de rede do CaF‚ é maior que enxofre, o fósforo, o cálcio, o magnésio, o potássio, o
o módulo da energia de rede do CaCØ‚. sódio, o ferro, o cobre e o manganês. Sobre os
elementos mencionados, podemos afirmar com
CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA E TABELA absoluta certeza:
(A) São elementos de transição simples o ferro, o
PERIÓDICA
cobre e o manganês.
Exercícios de Fixação (B) Pertencem ao mesmo período da tabela periódica
o cloro, o enxofre, o fósforo, o sódio e o manganês.
1. (uece) “Alguns elementos químicos são bastante (C) Para os elementos seguintes, a ordem crescente
utilizados, quer na sua forma elementar, quer como de eletronegatividades é: magnésio, cálcio, fósforo,
compostos ou ligas, na indústria musical. Os pratos de enxofre e cloro.
bateria e percussão levam estanho e cobre em sua (D) São bons condutores de calor e eletricidade,
composição; o crômio é usado em fitas de gravação; maleáveis e dúcteis: o enxofre, o fósforo, o cálcio e o
o alumínio e o magnésio são usados na fabricação manganês.
dos suportes de baterias; o bismuto é muito usado na
confecção de fusíveis, os quais se encontram em 4. (Uema 2015) Pesquisas científicas têm mostrado
amplificadores e pedais de guitarra” (Monografia que desejar um alimento específico nem sempre
apresentada por Paiva, J.A.R. – UECE). significa fome ou até mesmo gula: o seu corpo pode
(Obs. Consulte os números atômicos necessários para estar querendo passar uma mensagem, inclusive de
resolver as questões da UECE, pois estes são carência de minerais.
fornecidos em uma tabela no final da prova)
Sobre esses elementos químicos, pode-se Ter vontade de chupar gelo pode ser sinal de anemia
afirmar, corretamente, que: e carência de ferro (z 26); querer muito comer
(A) Nem todos são metais. queijo, carência de cálcio (z 20); desejar carne,
(B) Em seu estado fundamental, o estanho possui o
carência de zinco (z 30); chocolate, carência de
subnível 5p2.
(C) O subnível 3p6 está presente nos estados magnésio (z 12), e, vontade por doces, carência de
fundamentais do magnésio, do crômio e do cobre. cromo (z 24). Esses minerais apresentam elétrons
(D) Alumínio e bismuto pertencem à mesma família mais energéticos em seu estado fundamental que
(grupo). constituem diferenças em relação à configuração
2. (uece) Quatro internautas, em locais diferentes, eletrônica, à classificação e à família a que pertencem.
iniciaram trocas de mensagens através de seus
endereços eletrônicos (e-mails). As duas primeiras Fonte: Texto adaptado do Jornal O ESTADO DO
letras de seus nomes são símbolos de elementos MARANHÃO, caderno vida, publicado em: 30 ago.
químicos. As mensagens trocadas, que auxiliam a 2014.
identificar o elemento químico, cujo símbolo, é
formado pelas duas primeiras letras do nome de cada
internauta que a passou, foram: a) Construa a configuração eletrônica para os
I. usado em letreiros luminosos para propaganda. elementos cálcio e cromo, justificando as diferenças
II. combina-se com o sódio e o oxigênio para formar existentes.
um sal que, em solução aquosa, possui efeito b) Explique a que família pertencem esses elementos.
bactericida; com o hidrogênio forma um ácido forte.
III. de uso geral na indústria elétrica, principalmente
em fios; também é, amplamente, usado nas ligas 5. (Uepg 2015) O número de elétrons do ânion X2
metálicas, como o bronze e o latão.
de um elemento X é igual ao número de elétrons do
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átomo neutro de um gás nobre, esse átomo de gás consumo excessivo do sal de cozinha pode levar a
nobre apresenta distribuição eletrônica igual a uma menor absorção de íons cálcio, podendo gerar
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 e número de massa 40. Diante problemas como osteoporose e raquitismo.
disso, assinale o que for correto. Tendo como referência o texto acima, assinale a
01) O número atômico do elemento X é 16. alternativa correta.
02) Para os átomos do elemento X, o número a) A configuração eletrônica de um átomo de sódio no
quântico secundário dos elétrons do subnível 2p é estado fundamental é igual à de um átomo de
potássio, uma vez que ambos possuem o mesmo
2.
número de elétrons no terceiro nível de energia.
04) A eletrosfera dos átomos do elemento X está
b) Átomos eletricamente neutros de sódio e potássio,
dividida em 3 camadas ou níveis com energias
ao perderem um elétron de suas respectivas
definidas, onde se localizam os elétrons. camadas de valência, originam respectivamente
08) Átomos do elemento X perdem 2 elétrons para
íons Na e K que são isoeletrônicos.
adquirir a configuração X2 .
c) A configuração eletrônica de um átomo de cálcio no
estado fundamental pode ser representada de
6. (Ifsul 2015) Considere que os átomos dos
maneira simplificada por [Kr] 4 s2 .
elementos X e Z apresentam, respectivamente, os
seguintes conjuntos de números quânticos para seus d) O elétron mais afastado do núcleo de um átomo de
elétrons de diferenciação: potássio no estado fundamental apresenta número
quântico principal igual a quatro e número quântico
Átomo X : n 4;l 0;m 0;s 1 2 secundário igual a zero.
e) Átomos eletricamente neutros de cálcio são
Átomo Z : n 5;l 1;m 0;s 1 2
menores do que os respectivos íons Ca2 , uma
(Convenção do spin do 1º elétron 12) vez que o número de prótons nessas espécies
Qual é a afirmativa correta? difere de duas unidades.
a) O elemento X é um metal alcalino e o elemento Z
é um gás nobre. 9. (Uece 2015) A regra de Hund, como o próprio
b) Os números atômicos dos elementos X e Z são, nome indica, foi formulada pela primeira vez, em 1927,
respectivamente, 30 e 51. pelo físico alemão Friedrich Hund. Ele partiu
c) O elemento X possui 2 elétrons de valência e o Z diretamente da estrutura nuclear, já conhecida e
possui 5 elétrons. medida, das moléculas e tentou calcular as orbitais
d) A fórmula do composto formado por átomos de X e moleculares adequadas por via direta, resultando na
Z é XZ2 . regra de Hund. Essa regra afirma que a energia de um
orbital incompleto é menor quando nela existe o maior
número possível de elétrons com spins paralelos.
7. (Uece 2015) O Brasil detém 98% das reservas Considerando a distribuição eletrônica do átomo de
mundiais de nióbio, que apresenta numerosas
enxofre em seu estado fundamental (Z 16), assinale
aplicações industriais como, por exemplo, em
fabricação de joias, implantes hiperalergênicos, a opção que apresenta a aplicação correta da regra de
eletrocerâmicas, imãs supercondutores, máquinas de Hund.
ressonância magnética, ligas metálicas, moedas a) 1s2 2s2 2p6 3s2 3px 2 3py 2 3pz0
especiais e na produção de aço. Sobre o nióbio,
analise as afirmações abaixo e assinale a única b) 1s2 2s2 2p6 3s2 3px 2 3py1 3pz1
alternativa verdadeira. c) 1s2 2s2 2p6 3s2 3px 2 3py0 3pz2
a) Seu elétron diferencial se localiza na penúltima
camada. d) 1s2 2s2 2p6 3s2 3px1 3py 2 3pz1
b) Trata-se de um elemento representativo.
c) Sua eletronegatividade é inferior à do vanádio. 10. (Uepg 2015) Com relação à estrutura atômica e à
d) Pertence ao quarto período da tabela periódica. distribuição eletrônica, assinale o que for correto.
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e) [Kr]4d¢¡5s£5p£ - [Ar]3d¢¡4s£4p£ - [Ne] 3d£4s£ constituir o anodo, metais como o Rubídio (Rb) e o
Césio (Cs), sobre os quais a luz incidirá.
26. (Ufes) Escolha o conjunto dos quatro números A utilização desses elementos está no fato de
quânticos que podem descrever o elétron mais apresentarem:
energético de um metal alcalino. a) pequenos raios atômicos.
OBS: Considere o metal alcalino no estado b) elevados potenciais de ionização.
fundamental. c) elevada eletroafinidade.
a) n = 1, Ø = 0, m = 0, s = - 1/2 d) elevada eletronegatividade.
b) n = 2, Ø = 0, m = 1, s = - 1/2 e) baixos potenciais de ionização.
c) n = 2, Ø = 0, m = 0, s = 1/2
d) n = 3, Ø = 1, m = 0, s = 1/2 30. (Ufg) Goiás possui uma das maiores bacias
e) n = 3, Ø = 1, m = 1, s = - 1/2 leiteiras do País, sendo o município de Piracanjuba
um dos grandes produtores. Atualmente, em virtude
27. (Ufes) Associando-se cada característica (coluna de aspectos ambientais e toxicológicos, tem se
1), com um elemento da coluna 2, tornado cada vez mais importante a análise de metais
Coluna 1 como zinco, cobre, crômio, cádmio, chumbo e
I) é gás quimicamente inerte mercúrio no leite. Sobre esses metais, é correto
II) tem configuração eletrônica 1s£ 2s£ 2p§ 3s£ 3p¦. afirmar que
III) tem baixo potencial de ionização e reage com água ( ) Hg possui densidade maior que Zn.
liberando H‚ ( ) Cu forma o hidrato CuSO„.5H‚O, cuja
IV) tem baixo potencial de ionização e forma óxido de nomenclatura é sulfato de cobre II penta-hidratado.
fórmula M‚O ( ) Cd e Hg pertencem ao mesmo período.
Coluna 2 ( ) o raio atômico do Pb é maior que o do Cr.
1) Na (sódio)
2) Ba (bário) 31. (Ufla) O potássio não ocorre livremente na
3) Xe (xenônio) natureza e sim na forma combinada. Alguns minerais
4) CØ (cloro) do potássio são:
tem-se como resultado: carnalita (KMgC؃ . 6H‚O);
a) I - 3; II - 4; III - 1; IV - 2 langbeinita [K‚Mg‚(SO„)ƒ] e silvita (KCØ).
b) I - 3; II - 4; III - 2; IV - 1 A respeito do elemento químico potássio, é
c) I - 4; II - 3; III - 2; IV - 1 CORRETO afirmar que
d) I - 4; II - 3; III - 1; IV - 2 a) é um metal de transição.
e) I - 2; II - 1; III - 3; IV - 4 b) os átomos podem apresentar estados de oxidação
+1 e +2.
28. (Ufes) A configuração eletrônica do átomo de ferro c) o potássio é isoeletrônico do Ar.
em ordem crescente de energia é d) os seus átomos possuem um elétron na camada de
1s£2s£2p§3s£3p§4s£3d§. Na formação do íon Fe£®, o valência.
átomo neutro perde 2 elétrons. A configuração
eletrônica do íon formado é 32. (Ufmg) Este gráfico apresenta as quatro primeiras
a) 1s£2s£2p§3s£3p§3d§ energias de ionização de átomos de um metal
b) 1s£2s£2p§3s£3p§4s£3d¥ pertencente ao terceiro período da tabela periódica:
c) 1s£2s£2p§3s£3p§4s¢3d¦
d) 1s£2s£2p§3s£3p¥4s¢3d§
e) 1s£2s£2p§3s£3p¥4s£3d¦
d) Apenas I, II e IV.
e) Apenas I, III e IV.
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GABARITO
Resposta da questão 6:
[D]
1. [B]
2. [D]
n 4 (camada principal
3. [A] 0 (subcamada)
Resposta da questão 4:
X:
m0
a) Configurações eletrônicas do cálcio e do cromo:
2 2 6 2 6
4s2 ms 1
20 Ca : 1s 2s 2p 3s 3p 2
2 elétrons
na camada
de valência camada principal: 4
2 elétrons
mais energéticos subcamada: s (pois, s 0, p 1, d 2, f 3)
n4 0
10 elétron 1
2
24 Cr : 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d4
Assim, teremos que o átomo X possui o elétron de
24 Cr : 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d5
5 elétrons
diferenciação: 4s2. Portanto, sua distribuição eletrônica,
1 elétron
na camada mais energéticos será:
de valência
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2
(configuração mais estável)
nº atômico: 20
n4
pertence ao 4º período da família 2A (metais alcalinos
terrosos).
b) O ferro (z 26) : família VIIIB ou grupo 8.
2
26 Fe : 1s 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 n 5
1
O cálcio (z = 20): família IIA ou grupo 2. Y: m 0
2
20 Ca : 1s 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 ms 1
2
O zinco (z 30) : família IIB ou grupo 12.
2
camada principal: 5
30 Zn : 1s 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 subcamada: p (pois, s 0, p 1, d 2, f 3)
1 0 1
O magnésio (z 12) : família IIA ou grupo 2. elétron 1
2
2 2 6 2
12 Mg : 1s 2s 2p 3s
Assim, teremos que o átomo Y possui o elétron de
O cromo pertence à família VIB ou grupo 6. diferenciação 5p 5
2 2 6 2 6 2 4
24 Cr : 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p5
2 2 6 2 6 1 5
24 Cr : 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d (mais estável) nº atômico: 53
pertence ao 5º período da família 7A (família do
Resposta da questão 5: halogênios).
01 + 04 = 05.
[A] Incorreta. O elemento X é metal alcalino terroso e Y
2 um halogênio.
[01] Correta. O ânion X possui de acordo com a
[B] Incorreta. Os números atômicos serão 20 e 53,
distribuição eletrônica 18 elétrons, caso ele se torne
respectivamente.
neutro ficará com 16 elétrons para 16 prótons.
[02] Incorreta. O número quântico secundário do subnível p [C] Incorreta. O elemento X possui 2e na C.V e Y possui
será 1. 7e na C.V.
[04] Correta. O átomo X possui a configuração eletrônica: [D] Correta. O elemento X pertence a família 2A pode doar
1s2 2s2 2p6 3s2 3p4 , com 3 níveis ou camadas 2e e Y, da família 7A, recebe 1e cada, formando o
eletrônicas, com energias definidas, onde estão composto: XZ2.
distribuídos os elétrons.
[08] Incorreta. Os átomos do elemento X, ganham 2 elétrons
Resposta da questão 7:
para adquirir configuração X2 . [A]
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[A] Correta. A distribuição eletrônica do Nióbio será: [02] Correta. O átomo de carbono, possui a seguinte
2 2 6 2 6 2
1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 4p 5s 4d 10 6 2 3 configuração eletrônica:
4 Ni
6C 1s2 2s2 2p2
O elétron de diferenciação se localiza em 4d3 ,
penúltima camada da distribuição desse elemento (última
O elétron de diferenciação será:
camada 5s2 ). 1 0 1
[B] Incorreta. O elemento químico Nióbio apresenta seu
elétron de diferenciação no subnível d, portanto, trata-se
de um elemento de transição.
[C] Incorreta. A eletronegatividade (tendência do elemento n 2, 1, m 0, S 1/ 2
em atrair elétrons) do Nióbio seria menor que a do
elemento Vanádio, pois a eletronegatividade aumenta
[04] Incorreta. Átomos isoeletrônicos possuem a mesma
conforme o raio atômico diminui, sendo assim, quanto
maior o raio atômico, menor será a atração do núcleo quantidade de elétrons, o íon cloreto possui 18e e o
pelos elétrons mais externos e consequentemente menor átomo neutro de enxofre, possui 16e .
a eletronegatividade, porém, consultando a tabela de
eletronegatividade proposta por Linus Pauling, ambos 17 C 17 1 18e
possuem o mesmo valor de eletronegatividade (1,6)
16 S 16e
* Obs: sem a tabela de eletronegatividade seria
impossível para o aluno chegar a essa conclusão.
[08] Correta.
[D] Incorreta. De acordo com a distribuição eletrônica desse
elemento, ele pertence ao 5ºP, pois apresenta 5 camadas 33 X 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p3
eletrônicas.
O último nível (4) possui 5 elétrons.
Resposta da questão 8:
[D] [16] Incorreta. Um átomo no estado fundamental possui o
mesmo número de prótons e elétrons, portanto, se possui
O elétron mais afastado do núcleo de um átomo de potássio 26 prótons deveria possuir 26 elétrons.
no estado fundamental apresenta número quântico principal
igual a quatro e número quântico secundário igual a zero: Resposta da questão 11:
[D]
2
19 K : 1s 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1
camada O cobre está localizado no quarto período da família 1B
de (transição externa) e sua configuração eletrônica é:
valência
29 Cu 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3 d9
4s1
n 4 (número quântico principal) Porém, elementos cuja distribuição terminam em d9 , como
o caso do cobre, sofrem um "rearranjo" eletrônico. Como
subníveis 4s e 3d possuem quantidades de energia próximas,
0 (número quântico sec undário ou azimutal) um elétron do subnível s salta para o subnível d (salto
quântico) tornando o átomo mais estável. Assim sua
configuração eletrônica final será:
Resposta da questão 9:
[B] 29 Cu 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s13 d10 (a alternativa marcada
como correta corresponde à distribuição eletrônica teórica
Teremos: para o átomo de cobre).
2
16 S : 1s 2s2 2p6 3s2 3p 4
Resposta da questão 12:
3p x 2 3p y1 3pz1 04 + 08 + 16 = 28.
[01] Inorreta. O elemento Y, está localizado na família 2A
e para adquirir configuração de gás nobre precisa
Resposta da questão 10:
01 + 02 + 08 = 11. perder 2e .
[02] Incorreta. A distribuição eletrônica é ordenada em
[01] Correta. O cátion divalente perdeu 2 elétrons, assim o forma crescente de energia, portanto, o subnível 3p é
átomo neutro, possui a seguinte configuração mais energético que o subnível 3s.
eletrônica: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 , portanto, Z 20.
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MÓDULO 03
LIGAÇÕES QUÍMICAS
A ligação química, o assunto deste módulo, é a junção de dois átomos. Forma-se uma ligação química
entre dois átomos se o arranjo resultante dos dois núcleos e seus elétrons tem menos energia do que a energia
total dos átomos separados. Se o abaixamento de energia pode ser obtido pela transferência completa de um ou
mais elétrons de um átomo para o outro, formam-se íons e o composto mantém-se pela atração eletrostática entre
os íons. Este tipo de arranjo é chamado de ligação iônica. O sódio e o cloro, por exemplo, ligam-se porque os
íons Na+ e Cl– que se formam têm, quando juntos, energia menor do que a dos átomos separados de sódio e
cloro. Se a diminuição de energia pode ser atingida pelo compartilhamento de elétrons, os átomos unem-se por
uma ligação covalente para formar moléculas discretas. Átomos de hidrogênio e nitrogênio ligam-se para formar
amônia, NH3, porque um gás formado por moléculas de NH3 tem energia mais baixa do que um gás formado pelo
mesmo número de átomos de nitrogênio e hidrogênio, muito afastados. Um terceiro tipo de ligação é a ligação
metálica, na qual cátions em grande número são mantidos juntos por um número grande de elétrons. Um pedaço
de cobre, por exemplo, é feito de um conjunto de íons cobre mantidos juntos por um mar de elétrons, cada um dos
quais vem de um átomo da amostra.
As mudanças de energia que respondem pela formação de ligações ocorrem quando os elétrons de
valência dos átomos, isto é, os elétrons da camada mais externa, mudam de posição. Podemos, então, explicar a
formação de ligações usando as estruturas eletrônicas dos átomos.
As nossas teorias atuais da ligação química tiveram origem no trabalho de G. N. Lewis, um dos maiores
químicos de todos os tempos. O mais impressionante é que sua contribuição data dos primeiros anos do século
XX, quando a estrutura eletrônica dos átomos ainda não era entendida.
1. Ligações Iônicas
Uma ligação iônica é consequência da atração eletrostática entre íons com cargas opostas. Isto significa
que é necessário entender as mudanças de energia que acompanham a formação dos íons e as interações entre
eles.
Apesar de a existência de íons ter sido prevista por Faraday em 1832 (em seus trabalhos sobre eletrólise), foi
apenas em 1916 que o químico alemão Walrher Kossel realmente explicou esse fato com sua teoria da ligação
iônica.
Vamos entender os princípios da ligação iônica estudando o cloreto de sódio, que pode ser formado pela
violenta reação entre o metal sódio e o gás cloro.
Vejamos numa análise o que ocorre com o átomo de sódio durante a reação:
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Novamente, observe:
Uma vez formados o cátion [Na+] e o ânion [Cl-] que são partículas de cargas opostas, passa a existir entre
eles uma força de atração eletrostática que caracteriza a ligação entre íons, ou seja, a ligação iônica.
Esquematicamente, temos:
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O resultado final da força de atração entre cátions e ânions é a formação de uma substância sólida, em
condições ambientes (25°C, 1 atm).
Há várias maneiras de representar o sólido iônico que constitui o cloreto de sódio.
Não existem moléculas nos sólidos iônicos. O que eles apresentam é um conjunto de íons bem organizados,
em proporção definida, denominado retículo cristalino.
Vejamos agora a ligação entre o cálcio e o flúor:
Como o átomo de cálcio cedeu dois elétrons e o átomo de flúor precisa receber apenas um elétron para
tornar-se estável, serão necessários dois átomos de flúor para comportar os dois elétrons cedidos.
Como uma fórmula iônica é formada por cátions e ânions, sua montagem deve obedecer a duas regras
básicas: O cátion sempre aparecerá à esquerda e o ânion à direita.
A fórmula deverá ser eletricamente neutra, ou seja, o número total de cargas positivas deverá ser igual ao
número total de cargas negativas.
A maioria dos compostos iônicos é solúvel em água Como as atrações iônicas são muito intensas, todos os
compostos iônicos são sólidos com alto ponto de fusão (PF).
A Tabela Periódica é um instrumento muito útil para a previsão geral de ligações químicas. Observando a
posição de dois átomos na Tabela Periódica, por exemplo, podemos ter boas indicações sobre a tendência de
ganhar ou perder elétrons que eles possuem. Isso permite interessantes previsões sobre o tipo de ligação e a
fórmula formada pelos átomos que estamos analisando.
Baseando-nos no fato de que os metais tendem a perder elétrons, enquanto os ametais mostram clara tendência
de receber elétrons, prevemos que a ligação iônica deve ocorrer, por exemplo, entre um metal e um não-metal.
Essa previsão se dá principalmente entre os átomos dos elementos químicos representativos (das famílias A).
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Como a Tabela Periódica nos permite saber qual a carga da maioria dos íons monoatômicos dos elementos
representativos, é possível prever com facilidade a fórmula de vários compostos iônicos.
Veja como se dá esse processo com algumas famílias:
Hidrogênio
Apesar de estar na família 1A. já vimos que o hidrogênio não é um metal, ou seja, não possui tendência de perder
o seu único elétron.
1H 1s1
Na verdade, o átomo de hidrogênio tende a receber um elétron, ficando assim com configuração eletrônica igual à
do gás nobre hélio.
H + e- H- (ânion)
Como a perda de um elétron originaria um sistema sem elétrons, o íon H + não é estável no estado isolado.
Para compostos iônicos, a energia da rede é a medida da energia de ligação quando o composto está na
forma cristalina. A energia da rede, Erede, é definida como a energia de formação de um moI de um composto
iônico sólido cristalino quando os íons se combinam em fase gasosa:
A energia da rede para um composto iônico resulta da atração entre os cátions e os ânions em um cristal.
Não é possível medir a energia da rede diretamente, pois a reação que descreve a formação da rede não pode ser
feita em laboratório. No entanto, é possível calcular a energia da rede. O procedimento matemático é um pouco
tedioso, pois se torna necessário incluir todas as interações possíveis entre os cátions e os ânions em um cristal.
As maiores forças atrativas são aquelas entre íons vizinhos de cargas opostas. As forças atrativas entre íons de
cargas opostas que estão mais afastados, bem como as forças de repulsão entre os íons de mesma carga na
rede, também devem ser incluídas no cálculo.
Felizmente, os valores da energia da rede também podem ser determinados a partir de parâmetros
termodinâmicos mensuráveis. Estes cálculos são feitos, normalmente, usando-se os valores da variação de
entalpia das diferentes etapas, o que permite o cálculo da ∆Hrede. A energia interna (Erede) e a variação de entalpia
(∆Hrede) estão relacionadas através da primeira lei da termodinâmica. A determinação da variação de entalpia da
rede para o NaCl, utilizando este método, está ilustrada a seguir em: Usando o Ciclo de Born-Haber para Calcular
Energias da Rede.
Do mesmo modo que para a Epar iônico, os valores da ∆Hrede variam de maneira previsível em função da carga
dos íons. Por exemplo, o valor da ∆Hrede para o MgO (– 4.050 kJ/mol) é cerca de quatro vezes mais negativo que o
valor para o NaF (–926 kJ/moI), pois as cargas dos íons Mg 2+ e O2– são duas vezes maiores que a dos íons Na + e
F–. O efeito do tamanho do íon na energia da rede também é previsível: Uma rede constituída por íons menores
normalmente tem um valor mais negativo de energia da rede. Para os halogenetos de metais alcalinos, por
exemplo, a energia da rede para um composto de lítio é, normalmente, mais negativa do que para um composto
de potássio.
Lewis inventou uma forma simples de mostrar os elétrons de valência quando os átomos formam ligações
iônicas. Ele representou cada elétron de valência como um ponto e arranjou-os em torno do símbolo do elemento.
Um ponto representa um único elétron em um orbital e um par de pontos representa dois elétrons emparelhados
partilhando o orbital. Eis alguns exemplos dos símbolos de Lewis para os átomos
H He N O Cl K Mg
O símbolo de Lewis para o nitrogênio, por exemplo, representa a configuração dos elétrons de valência
2s22px12py12pz1, com dois elétrons emparelhados no orbital 2s e três elétrons desemparelhados nos diferentes
orbitais 2p. O símbolo de Lewis é um resumo visual da configuração dos elétrons de valência de um átomo que
permite acompanhar os elétrons quando um íon se forma.
Para deduzir a fórmula de um composto iônico usando os símbolos de Lewis, representamos primeiro o
cátion pela remoção de pontos do símbolo do átomo do metal. Depois, representamos o ânion transferindo esses
pontos para o símbolo de Lewis do átomo de não-metal, de modo a completar sua camada de valência. Talvez
seja necessário ajustar o número de íons de cada tipo para poder acomodar todos os pontos removidos do
símbolo do átomo do metal nos símbolos dos átomos do não-metal. Por fim, escrevemos a carga de cada íon
como um sobrescrito, na forma usual. Um exemplo simples é a fórmula do cloreto de cálcio:
– 2+ –
Cl + Ca + Cl [ Cl ] Ca [ Cl ]
Muitos átomos de elementos metálicos, como os dos blocos p e d, podem perder um número variável de
elétrons. Eles podem formar compostos diferentes como, no caso do estanho, o óxido de estanho(II), SnO, e o
óxido de estanho(IV), SnO2. A possibilidade de um elemento formar vários íons é chamada de valência variável.
As fórmulas dos compostos formados por íons monoatômicos dos elementos dos grupos principais podem ser
preditas supondo que os cátions perdem todos os seus elétrons de valência e que os ânions incorporam todos
esses elétrons em sua camada de valência, de modo que cada íon passa a ter um octeto de elétrons ou um
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dublete, no caso de H, Li e Be. Os átomos de muitos metais dos blocos d e p podem apresentar valência
variável.
2. Ligações Covalentes
A substância flúor é um gás amarelado, muito tóxico e corrosivo. Alguns de seus compostos, entretanto, são
usados na fluoração da água e em cremes dentais, como agentes no combate às cáries.
A análise do gás flúor mostra a existência de moléculas F 2.
Apresentando sete elétrons na camada de valência, sabemos que o átomo de flúor é um halogênio (da família 7A)
e, por isso, precisa receber um elétron para tornar-se estável. Observe sua configuração eletrônica:
Mas como pode haver uma ligação química entre dois átomos que precisam receber elétrons?
A solução veio com a teoria da ligação covalente, proposta por Lewis em 1916. Por essa teoria, ele propunha a
existência de um par de elétrons que pertenceria a ambos os átomos da ligação.
Lewis propunha também que somente os elétrons da última camada deveriam ser representados ao redor do
símbolo do elemento.
Quando dois átomos isolados estivessem suficientemente próximos, teríamos a formação de um par
eletrônico, que passaria a pertencer a ambos os átomos da ligação, ou seja, haveria entre eles um
compartilhamento de elétrons.
Observe que, após essa ligação, cada átomo de flúor passa a possuir oito elétrons na última camada, como
um gás nobre. A essa união entre dois átomos, por meio de pares eletrônicos, chamamos de ligação covalente.
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Com a teoria de Lewis, as substâncias que possuíssem apenas ligações covalentes passaram a ser
chamadas de substâncias moleculares. Surgiu, assim, um conceito microscópico de molécula.
A ligação covalente pode ser representada através da sua fórmula eletrônica ou de sua fórmula estrutural
plana.
Em estado fundamental, a configuração eletrônica de um átomo de hidrogênio é 1s 1, pois ele precisa receber
um elétron para adquirir a configuração do gás nobre hélio.
1
1H 1s
Assim, a ligação covalente entre dois átomos de hidrogênio deverá ser estabelecida com a formação de um
par eletrônico, de modo que cada átomo da molécula H 2 possua um total de dois elétrons.
A ligação covalente que ocorre com um único par eletrônico é denominada ligação covalente simples ou
apenas ligação simples.
Na ligação cova lente entre átomos iguais os núcleos não se tocam. Há entre eles uma distância denominada
distância de ligação. A metade do valor dessa distância corresponde ao raio médio do átomo na ligação covalente
b) A molécula H2O
Como um átomo de oxigênio precisa receber dois elétrons para tornar-se estável, a molécula H2O deverá
apresentar duas ligações simples. Observe:
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Para resolver essa situação aparentemente complicada, é preciso formar dois pares eletrônicos entre o
carbono e o oxigênio, de modo que a molécula CO2 seja constituída a partir de duas ligações duplas.
A ligação covalente que ocorre da união de dois pares eletrônicos é chamada de ligação covalente dupla ou
simplesmente ligação dupla.
O átomo de nitrogênio pertence à família 5A e possui, portanto, cinco elétrons de valência. A estabilização
entre dois átomos de nitrogênio exige a formação de três pares eletrônicos.
Na Tabela Periódica, os átomos com energia de ionização elevada são os não-metais e os semimetais.
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Como o átomo de hidrogênio receberá sempre um único elétron ao ligar-se com qualquer tipo de elemento
químico, temos:
Qualquer composto formado a partir do hidrogênio e um outro elemento químico é chamado de hidreto.
Considerando que um átomo liga-se sempre ao número necessário de hidrogênios para completar o seu octeto,
as fórmulas de alguns hidretos podem ser facilmente previstas, utilizando a classificação periódica. Observe a
tabela.
a) A molécula SO2
O dióxido de enxofre, SO2 é um forte poluente do ar, obtido na queima do enxofre presente em combustíveis
fósseis, como o carvão e o petróleo.
Os átomos de enxofre e oxigênio pertencem à família 6A e possuem seis elétrons na última camada.
Acompanhe a construção da fórmula eletrônica do dióxido de enxofre:
1 ª etapa: ocorre uma ligação dupla entre o átomo de enxofre e um dos átomos de oxigênio, de acordo com a
regra do octeto.
2ª etapa: o outro átomo de oxigênio compartilha um par de elétrons cedido pelo enxofre. Esta será a ligação
dativa:
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De modo geral, a ligação dativa é representada por uma seta orientada do átomo que cede para o átomo que
recebe o par eletrônico
No estudo da ligação dativa, os químicos utilizam as expressões "ceder" e "receber" apenas para indicar a origem
do par eletrônico que origina a ligação. O que existe, na verdade, é um compartilhamento de elétrons.
A ligação covalente coordenada (dativa) ocorre geralmente nas seguintes condições:
A estabilização do íon H+ pode se dar pela união com outras moléculas, tais como H 2O ou NH3.
O Cátion NH4+
O cátion amônio (NH4+) é formado quando uma molécula de amônia (NH3) se une a um íon H+. Observe
A ligação dativa ocorre quando o íon H+ passa a compartilhar o par eletrônico isolado do átomo de nitrogênio
O Cátion H3O+
Este cátion é o resultado da união de um íon H+ com uma molécula H 2O.
H2O + H+ H3O+
A ligação entre essas partículas ocorre quando o íon H + passa a compartilhar um dos pares eletrônicos isolados
da molécula H2O. Veja:
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Quando uma ligação iônica se forma, um átomo perde elétrons e outro os recebe até que ambos os átomos
atinjam a configuração de um gás nobre – um dublete para os elementos vizinhos do hélio e um octeto para os
demais. A mesma ideia pode ser estendida às ligações covalentes. Entretanto, quando uma ligação covalente se
forma, os átomos compartilham elétrons até atingir a configuração de um gás nobre. Lewis chamou este princípio
de regra do octeto: na formação de uma ligação covalente, os átomos tendem a completar seus octetos pelo
compartilhamento de elétrons. O nitrogênio, por exemplo, ( N ), tem cinco elétrons de valência e utiliza mais três
para completar o octeto. O cloro ( Cl ) tem sete elétrons de valência e usa mais um para completar o octeto. O
argônio ( Ar ) já tem um octeto completo e não compartilha elétrons. O hidrogênio ( H ) utiliza mais um elétron
para chegar ao dublete do hélio. Como o hidrogênio completa o dublete pelo compartilhamento de um par de
elétrons, dizemos que ele tem “valência” igual a 1 em todos os seus compostos. Em geral, a valência de um
átomo é igual ao número de ligações que ele pode formar.
Podemos usar os símbolos de Lewis, que vimos acima, para descrever ligações covalentes com uma linha
(—) para representar o par de elétrons compartilhado. Assim, a molécula de hidrogênio, formada por dois átomos
de hidrogênio é representada pelo símbolo H — H. Um átomo de flúor tem sete elétrons de valência e utiliza mais
um para completar o octeto. Isto pode acontecer pelo compartilhamento de um elétron fornecido por outro átomo
como, por exemplo, um outro átomo de flúor:
Os círculos foram desenhados em torno de cada átomo de F para mostrar que cada um adquire um octeto pelo
compartilhamento de um par. A valência do flúor é, então, igual a um, como a do hidrogênio.
A molécula de flúor possui pares isolados de elétrons, isto é, pares de elétrons de valência que não
participam diretamente das ligações. Os três pares isolados de cada átomo de flúor ligado repelem-se, e essa
repulsão é quase suficiente para compensar a atração favorável do par ligante que mantém a molécula de F 2
unida. Essa repulsão é uma das razões da alta reatividade do gás flúor: a ligação entre os átomos das moléculas
de F2 são muito fracas. Dentre as moléculas diatômicas comuns, somente o H2 não tem pares isolados.
A estrutura de Lewis de uma molécula representa os átomos por seus símbolos químicos, as ligações
covalentes por linhas e os pares isolados por pares de pontos. Assim, a estrutura de Lewis do HF é F . Veremos
que as estruturas de Lewis ajudam muito no entendimento das propriedades das moléculas, incluindo suas formas
e suas possíveis reações.
Os átomos de não-metais compartilham elétrons até que cada um deles complete o octeto (ou dublete). Uma
estrutura de Lewis mostra o arranjo dos elétrons como linhas (pares ligados) e pontos (pares isolados).
Cada átomo em uma molécula poliatômica completa seu octeto (ou dublete, no caso do hidrogênio) pelo
compartilhamento de pares de elétrons com seus vizinhos mais próximos. Cada par compartilhado corresponde a
uma ligação covalente e é representado por uma linha entre os dois átomos. A estrutura de Lewis não retrata a
forma da molécula: ela simplesmente indica que átomos se ligam e quais têm pares isolados.
Vamos escrever a estrutura de Lewis da molécula orgânica mais simples, o hidrocarboneto metano, CH 4.
Comecemos por contar os elétrons de valência disponíveis de todos os átomos na molécula. No caso do metano,
os símbolos de Lewis dos átomos são
C H H H H
logo, existem oito elétrons de valência. O próximo passo é arranjar os pontos, representando os elétrons de forma
a que o átomo de C tenha um octeto e, cada átomo de H, um dublete. Como o carbono forma quatro ligações com
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outros átomos, dizemos que o carbono é tetravalente, isto é, tem valência 4. Enfatizamos, novamente, que a
estrutura de Lewis não mostra a forma da molécula, somente o padrão das ligações.
Um par de elétrons emparelhado é chamado de ligação simples. Dois átomos, entretanto, podem
compartilhar dois ou três pares de elétrons. Quando dois pares de elétrons são compartilhados entre dois átomos,
tem-se uma ligação dupla. Três pares de elétrons compartilhados formam uma ligação tripla. Uma ligação dupla,
como , C O é escrita C=O, em uma estrutura de Lewis. De modo semelhante, uma ligação tripla, como C C , é
escrita CC. As ligações duplas e triplas são coletivamente chamadas de ligações múltiplas. Como no caso das
ligações simples, cada linha representa um par de elétrons. Assim, uma ligação dupla envolve um total de quatro
elétrons e, uma ligação tripla, seis elétrons. A ordem de ligação é o número de ligações que une um par
específico de átomos. Logo, a ordem de ligação em H 2 é 1, no grupo C=O é 2, e em CC, como no etino, é 3.
Para escrever uma estrutura de Lewis, é necessário saber que átomos estão ligados entre si na molécula.
Um átomo “terminal” liga-se a somente um átomo. Os H do metano são um exemplo. Um átomo “central” é um
átomo que se liga a pelo menos dois outros. Dois exemplos de átomos centrais são o átomo O da molécula da
água, H2O, e o átomo C do metano, CH4. A estrutura geral da molécula e a identidade do átomo central é
conhecida com frequência de antemão, mas, se houver dúvida, uma boa regra é escolher como átomo central o
elemento com a mais baixa energia de ionização. Este arranjo frequentemente conduz ao mínimo de energia,
porque um átomo central compartilha mais elétrons do que um átomo terminal. Os átomos com maiores energias
de ionização são mais relutantes em compartilhar e mais propensos a manter seus elétrons como pares isolados.
Exceto nos compostos estranhos, chamados de boranos, o hidrogênio nunca é central, porque ele só pode formar
uma ligação.
Uma outra boa regra para predizer a estrutura de uma molécula é arranjar os átomos simetricamente em
torno do átomo central. Por exemplo, SO2 é OSO, não SOO. Uma exceção comum a essa regra é o monóxido de
dinitrogênio, N2O (óxido nitroso), que tem o arranjo assimétrico NNO. Outra pista é que, em fórmulas químicas
simples, o átomo central é frequentemente escrito primeiro, seguindo-se os átomos a ele ligados. Por exemplo, no
composto cuja fórmula química é OF 2, o arranjo dos átomos é FOF e não OFF; e, no SF6, o átomo S está rodeado
por seis átomos F. A água, H2O, e o sulfeto de hidrogênio, H2S, são duas exceções porque eles são HOH e HSH,
respectivamente. Se o composto é um oxoácido, os átomos de hidrogênio ácidos ligam-se aos átomos de
oxigênio, que, por sua vez, ligam-se ao átomo central. Assim, o ácido sulfúrico, H2SO4, tem a estrutura (HO)2SO2 e
o ácido hipocloroso, HClO, tem a estrutura HOCl.
Os íons poliatômicos, como o íon amônio, , ou o íon sulfato, , são mantidos juntos por ligações covalentes.
Usaremos o mesmo procedimento geral para determinar a estrutura de Lewis de íons poliatômicos. Começamos
por contar os pontos disponíveis para as ligações e os pares isolados, depois, arranjamos os átomos na ordem
apropriada e, então, escrevemos a estrutura de Lewis. No caso dos oxoânions, normalmente (exceto para H) o
átomo escrito primeiro na fórmula química é o átomo central. Em SO 24 , por exemplo, o átomo S está rodeado por
quatro átomos O. Cada átomo contribui com um número de pontos (elétrons) igual ao número de elétrons de sua
camada de valência, mas é preciso ajustar o número total de pontos para representar a carga total. No caso de
um cátion, subtraímos um ponto para cada carga positiva. No caso de um ânion, adicionamos um ponto para cada
carga negativa. O cátion e o ânion têm de ser tratados separadamente porque eles são íons separados, isto é,
não se ligam por pares compartilhados. A estrutura de Lewis do sulfato de amônio, (NH 4)2SO4, por exemplo, é
escrita como três íons entre colchetes.
Procuramos maneiras de usar todos os elétrons de valência para completar os octetos (ou dubletes).
PROCEDIMENTO:
Etapa 1: Conte o número de elétrons de valência em cada átomo. No caso de íons, ajuste o número de elétrons
para levar em conta a carga. Divida o número total de elétrons da molécula por 2 para obter o número de pares de
elétrons.
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Etapa 2: Escreva os arranjos mais prováveis dos átomos usando padrões comuns e as regras dadas no texto.
Etapa 3: Coloque um par de elétrons entre cada par de átomos ligados.
Etapa 4: Complete o octeto (ou dublete, no caso de H) de cada átomo colocando os pares de elétrons
remanescentes em torno dos átomos. Se não existirem pares de elétrons suficientes, forme ligações múltiplas.
Etapa 5: Represente cada par de elétrons ligados por uma linha. Para conferir a validade de uma estrutura de
Lewis, observe se cada átomo tem um octeto ou um dublete.
Obtém-se a estrutura de Lewis de espécies poliatômicas usando-se todos os elétrons de valência para
completar os octetos (ou dubletes) dos átomos presentes, de modo a formar ligações simples ou múltiplas e a
deixar alguns elétrons como pares isolados.
3. Ressonância
Algumas moléculas têm estruturas que não podem ser expressas corretamente por uma única estrutura de
Lewis. Vejamos, por exemplo, o íon nitrato, NO3 , que é usado, na forma de nitrato de potássio, em fogos de
artifício e em fertilizantes. As três estruturas de Lewis mostradas a seguir diferem somente na posição da ligação
dupla. Elas são igualmente válidas e têm exatamente a mesma energia. Se uma delas fosse correta e as outras
não, deveríamos esperar duas ligações simples, mais longas, e uma ligação dupla, mais curta, porque uma
ligação dupla entre dois átomos é mais curta do que uma ligação simples entre os mesmos tipos de átomos.
Entretanto, a evidência experimental é que as ligações do íon nitrato são todas iguais. A distância é124 pm, o que
as torna mais longas do que uma ligação dupla N = O típica (120 pm), porém mais curtas do que uma ligação
simples N – O típica (140 pm). A ordem de ligação no íon nitrato está entre 1 (uma ligação simples) e 2 (uma
ligação dupla).
Como as três ligações são idênticas, um modelo melhor para o íon nitrato é uma fusão das três estruturas
de Lewis, com cada ligação tendo propriedades intermediárias entre uma simples e uma dupla. Essa fusão de
estruturas é chamada de ressonância e é indicada na figura a seguir por setas de duas pontas. A estrutura
resultante da fusão é um híbrido de ressonância das estruturas de Lewis que contribuem. A molécula não oscila
entre as três estruturas de Lewis diferentes: um híbrido de ressonância é uma fusão de estruturas, da mesma
forma que uma mula é uma fusão entre um cavalo e um burro e não uma criatura que se alterna entre os dois.
Os elétrons que podem ocupar posições diferentes nas estruturas de ressonância são chamados de
elétrons deslocalizados. A deslocalização significa que o par de elétrons compartilhado distribui-se por diversos
pares de átomos e não pode ser relacionado a apenas um par de átomos.
O benzeno, C6H6, é outra substância cuja molécula é melhor descrita por um híbrido de ressonância. Ela é
um anel hexagonal de seis átomos de carbono, com um átomo de hidrogênio ligado a cada um. Uma das
estruturas de Lewis que contribui para o híbrido de ressonância, mostrada a seguir é conhecida como estrutura
de Kekulé. A estrutura é normalmente escrita com uma estrutura de linhas, um hexágono com linhas simples e
duplas alternadas.
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C
H C C H
H C C H
C
H
Estrutura de Kekulé Estrutura de Kekulé
O químico alemão Friedrich Kekulé foi o primeiro a propor (em 1865) que o benzeno tem uma
estrutura cíclica com ligações simples e duplas alternadas.
A dificuldade com uma única estrutura de Kekulé é que ela não explica todas as evidências experimentais:
• Reatividade: O benzeno não sofre as reações típicas de compostos com ligações duplas.
Por exemplo, quando uma solução de bromo, marrom-avermelhado, é misturada com um alqueno como o 1-
hexeno, CH2=CHCH2CH2CH2CH3, a cor do bromo desaparece porque as moléculas de Br 2 atacam as ligações
duplas para produzir CH2Br– CHBrCH2CH2CH2CH3. O benzeno, entretanto, não descora o bromo.
A estrutura de Kekulé sugere que o benzeno deveria ter dois comprimentos de ligação diferentes: três ligações
simples mais longas (154 pm) e três ligações duplas mais curtas (134 pm). Na verdade, as ligações têm,
experimentalmente, o mesmo comprimento, intermediário entre as duas (139 pm).
• Evidência estrutural: Só existe um dicloro-benzeno no qual os dois átomos de cloro estão ligados a carbonos
adjacentes.
Se a estrutura de Kekulé estivesse correta, deveriam existir dois dicloro-benzenos distintos com os átomos de
cloro ligados a carbonos adjacentes, uma com os átomos de carbono unidos por uma ligação simples e uma com
os átomos de carbono unidos por uma ligação dupla. Porém, só se conhece um dicloro-benzeno.
Cl Cl
Cl Cl
Diclorobenzeno C6H4Cl2
Podemos usar o conceito de ressonância para explicar essas características da molécula do benzeno.
Existem duas estruturas de Kekulé, exatamente com a mesma energia, que só diferem na posição das ligações
duplas. Como resultado da ressonância entre as duas estruturas, os elétrons partilhados nas ligações duplas C =
C estão deslocalizados por toda a molécula, dando assim a cada ligação um comprimento intermediário entre o de
uma ligação simples e o de uma ligação dupla. A ressonância torna idênticas as seis ligações C – C. Esta
equivalência está implícita na representação do híbrido de ressonância com um círculo. Podemos ver por que
existe somente um dicloro-benzeno com os átomos de Cl em átomos de C adjacentes.
Estrutura de ressonância
do benzeno
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Benzeno, C6H6
1,2-Dicloro-benzeno,
C6H4Cl2
Uma consequência importante da ressonância é que ela estabiliza a molécula pelo abaixamento da energia
total. Esta estabilização torna o benzeno menos reativo do que o esperado para uma molécula com três ligações
duplas carbono-carbono. A ressonância provoca o abaixamento máximo da energia quando as estruturas que
contribuem têm energias iguais, como no caso das duas estruturas de Kekulé do benzeno. Entretanto, em geral,
uma molécula é uma fusão de todas as estruturas de Lewis razoáveis, incluindo as que têm energias diferentes.
Nesses casos, as estruturas de menor energia contribuem mais fortemente para a estrutura final.
A ressonância ocorre somente entre estruturas que têm o mesmo arranjo de átomos. Por exemplo, embora
pudéssemos escrever duas estruturas hipotéticas para a molécula de óxido de dinitrogênio, NNO e NON, não
existe ressonância entre elas, porque os átomos estão em arranjos diferentes.
A ressonância é uma fusão de estruturas que têm o mesmo arranjo de átomos e arranjos diferentes de
elétrons. Ela distribui o caráter de ligação múltipla sobre uma molécula e diminui sua energia.
4. Carga Formal
As estruturas de Lewis diferentes, em geral, não contribuem igualmente para o híbrido de ressonância. É
possível decidir que estruturas contribuem mais efetivamente pela comparação do número de elétrons de valência
distribuídos por cada átomo da estrutura com o número de elétrons do átomo livre. Quanto menor for essa
diferença, maior é a contribuição da estrutura para o híbrido de ressonância.
A carga formal de um átomo em uma dada estrutura de Lewis é a carga que ele teria se as ligações
fossem perfeitamente covalentes e o átomo tivesse exatamente a metade dos elétrons compartilhados das
ligações. Em outras palavras, a carga formal leva em consideração o número de elétrons que um átomo "possui"
na molécula. Ele “possui” todos os seus pares de elétrons isolados e metade de cada par compartilhado, A
diferença entre esse número e o número de elétrons de valência do átomo livre é a carga formal:
1
Carga formal = V – (L + S)
2
em que V é o número de elétrons de valência do átomo livre, L é o número de elétrons presentes nos pares
isolados e S é o número de elétrons compartilhados. Se o átomo tem mais elétrons na molécula do que quando é
um átomo neutro e livre, então o átomo tem carga formal negativa, como um ânion monoatômico. Se a atribuição
de elétrons deixa o átomo com menos elétrons do que quando ele está livre, então o átomo tem carga formal
positiva, como se ele fosse um cátion monoatômico. A carga formal pode ser utilizada para predizer o arranjo mais
favorável dos átomos em uma molécula. Uma estrutura de Lewis representa, tipicamente, o arranjo de menor
energia dos átomos e elétrons quando a carga formal de cada átomo está mais próxima de zero. Uma carga
formal baixa indica que um átomo sofreu a menor redistribuição de elétrons possível em relação ao átomo livre.
Assim, a regra da carga formal sugere que a estrutura OCO é mais provável para o dióxido de carbono do que
COO. Ela também sugere que a estrutura NNO é mais provável para o monóxido de dinitrogênio do que NON.
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A carga formal exagera o caráter covalente das ligações quando supõe que todos os elétrons são
compartilhados igualmente. De forma recíproca, o número de oxidação exagera o caráter iônico das ligações. Ele
representa os átomos como íons e todos os elétrons de uma ligação são atribuídos ao átomo mais eletronegativo.
Por isso, embora a carga formal de C em CO2 seja zero, seu número de oxidação é +4, porque todos os elétrons
das ligações são atribuídos aos átomos de oxigênio. As cargas formais dependem da estrutura de Lewis que
escrevemos e os números de oxidação, não.
A carga formal dá uma indicação da extensão da perda ou ganho de elétrons por um átomo no processo da
formação da ligação covalente. As estruturas com as menores cargas formais são as que têm provavelmente
as menores energias.
A regra do octeto explica as valências dos elementos e as estruturas de muitos compostos. Carbono,
nitrogênio e flúor obedecem rigorosamente à regra do octeto, desde que existam elétrons disponíveis em número
suficiente. Entretanto, átomos como fósforo, enxofre, cloro e outros não-metais do Período 3 e seguintes podem
acomodar mais de oito elétrons na camada de valência. Veremos, nesta seção, como reconhecer as exceções da
regra do octeto.
Algumas espécies têm número ímpar de elétrons de valência, o que significa que pelo menos um de seus
átomos não pode ter um octeto. As espécies que têm elétrons com spins não-emparelhados são chamadas de
radicais. Eles são, em geral, muito reativos. Um exemplo é o radical metila, • CH 3, que é tão reativo que não pode
ser armazenado. Ele ocorre na chama durante a queima de hidrocarbonetos combustíveis. O elétron isolado é
indicado por um ponto no átomo C de • CH3.
Os radicais têm importância crucial para as reações químicas que ocorrem na atmosfera superior, onde eles
contribuem para a formação e decomposição do ozônio. Os radicais têm também um papel na nossa vida diária,
muitas vezes negativo. Eles são responsáveis pelo ranço da comida e pela degradação de plásticos sob a luz
solar. Os danos causados pelos radicais podem ser retardados por um aditivo chamado de antioxidante, que
reage rapidamente contra os radicais antes que eles possam agir. Acredita-se que o envelhecimento humano é
devido parcialmente à ação de radicais e que antioxidantes, como as vitaminas C e E, podem retardar o processo.
Um birradical é uma molécula com dois elétrons desemparelhados. Os elétrons desemparelhados
encontram-se, usualmente, em átomos diferentes. Nesse birradical, um elétron desemparelhado está em um
átomo de carbono da cadeia e o segundo está em outro átomo de carbono muitas ligações depois. Em alguns
casos, entretanto, ambos os elétrons estão no mesmo átomo. Um dos exemplos mais importantes é o átomo de
oxigênio. Sua configuração eletrônica é [He]2s22px22py12pz1 e seu símbolo de Lewis é . O átomo O tem dois
elétrons desemparelhados, logo pode ser considerado um caso especial de birradical.
Um birradical
Embora não seja tão óbvio pelo exame da estrutura de Lewis, a molécula de oxigênio, O 2, também é um
O O
birradical! De fato, o resultado de experimentos mostrou que a estrutura de Lewis mais plausível, , dá uma
falsa impressão do arranjo de elétrons. No oxigênio molecular, dois dos elétrons que a estrutura de Lewis mostra
como responsáveis pelas ligações não estão emparelhados. A molécula é, na verdade, um birradical com um
elétron desemparelhado em cada átomo O. O modelo de Lewis das ligações não prevê o caráter de birradical da
molécula O2, mas veremos, como as teorias modernas de ligação podem prever e explicar esse fenômeno.
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Dioxigênio, O2
Um radical é a espécie com um elétron desemparelhado. Um birradical tem dois elétrons desemparelhados no
mesmo átomo ou em átomos diferentes.
A regra do octeto diz que oito elétrons preenchem a camada externa para atingir a configuração da camada
de valência de um gás nobre ns2 np6. Quando, entretanto, o átomo central de uma molécula tem orbitais d vazios,
ele pode acomodar 10, 12 ou até mais elétrons. Os elétrons nessa camada de valência expandida podem estar
como pares isolados ou podem ser usados pelo átomo central para formar ligações.
Como os elétrons adicionais devem ser acomodados em orbitais de valência, somente os não-metais do
Período 3 ou acima podem ter octetos expandidos. Os átomos desses elementos têm orbitais d vazios na camada
de valência. Outro fator – possivelmente o mais importante – que determina se outros átomos, além dos
permitidos pela regra do octeto, podem se ligar ao átomo central é o tamanho deste último. Um átomo P é grande
o suficiente para que até seis átomos de cloro se acomodem em torno dele. O PCl 5 é um reagente comum de
laboratório. Um átomo N, porém, é muito pequeno e o NCl 5 é desconhecido. Um composto que contém um átomo
com mais átomos ligados a ele do que o permitido pela regra do octeto é chamado de composto hipervalente.
Este nome deixa em aberto a questão se as ligações adicionais são devidas à expansão da camada de valência
ou ao tamanho do átomo central.
Elementos que podem expandir suas camadas de valência comumente mostram covalência variável, isto
é, a capacidade de formar número diferente de ligações covalentes. Os elementos que têm covalência variável
podem formar um composto com um certo número de ligações e outro composto com um número diferente de
ligações. O fósforo é um exemplo. Ele reage diretamente com uma quantidade limitada de cloro para formar um
líquido tóxico incolor, o tricloreto de fósforo:
P4(g) + 6 Cl2(g) 4 PCl3(l)
A estrutura de Lewis das moléculas de PCl3 é mostrada a seguir. Pode-se ver que ela obedece à regra do octeto.
Entretanto, quando o tricloreto de fósforo reage com excesso de cloro, produz-se o pentacloreto de fósforo, um
sólido cristalino amarelo-claro:
PC3(l) + Cl2(g) PCl5(s)
Tricloreto de
fósforo, PCl3
O pentacloreto de fósforo é um sólido iônico formado por cátions PCl 4+ e ânions PCl6– , que sublima em 160°C a
um gás formado por moléculas de PCl5. As estruturas de Lewis dos íons poliatômicos e da molécula são
mostrados a seguir. No ânion, o átomo P tem a camada de valência expandida para 12 elétrons, fazendo uso de
dois de seus orbitais 3d. No PCl5, o átomo P expande a camada de valência para 10 elétrons usando um de seus
orbitais 3d. O pentacloreto de fósforo é, portanto, um exemplo de composto hipervalente na forma sólida e na
forma gasosa.
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As estruturas de Lewis que têm as menores cargas formais usualmente contribuem mais para o híbrido de
ressonância, mesmo quando têm camadas de valência expandidas. No caso do íon sulfato, as cargas formais são
menores nas estruturas que têm ligações duplas. As três estruturas contribuem para o híbrido de ressonância,
mas podemos esperar que as propriedades do íon sulfato indiquem a presença de ligações duplas.
A expansão do octeto (expansão da camada de valência para mais de oito elétrons) pode ocorrer em
elementos do Período 3 e seguintes. Esses elementos podem mostrar covalência variável e ser hipervalentes.
Uma característica incomum da estrutura de Lewis do gás incolor trifluoreto de boro, BF 3, é que o átomo de
boro tem um octeto incompleto: a camada de valência tem somente seis elétrons. Poderíamos esperar que o
átomo de boro completasse seu octeto compartilhando mais elétrons com o flúor, porém o flúor tem energia de
ionização tão alta que é pouco provável que ele possa existir com uma carga formal positiva. Evidências
experimentais, como os comprimentos de ligação B — F relativamente curtos, sugerem que a verdadeira estrutura
do BF3 é um híbrido de ressonância dos dois tipos de estruturas de Lewis e que a estrutura com as ligações
simples tem a maior contribuição.
O átomo de boro do BF3 pode completar seu octeto se outro átomo, ou íon, com um par isolado de elétrons
forma uma ligação doando ambos os elétrons. Uma ligação na qual ambos os elétrons vêm de um dos átomos é
chamada ligação covalente coordenada. O ânion tetrafluoro-borato, BF4– , por exemplo, forma-se quando o
trifluoreto de boro passa sobre um fluoreto metálico. Neste ânion, a formação da ligação covalente coordenada dá
um octeto ao átomo B. Outro exemplo de ligação covalente coordenada é a que se forma quando o trifluoreto de
boro reage com amônia:
BF3(g) + NH3(g) NH3BF3(s)
–
Tetrafluoro-borato, BF4
Nesta reação, o par isolado do átomo de nitrogênio da amônia completa o octeto do boro pela formação de uma
ligação covalente coordenada e dá a estrutura de Lewis mostrada a seguir.
NH3BF3
O tricloreto de boro, um gás incolor e reativo de moléculas BCI 3, comporta-se quimicamente como o BF3.
Entretanto, o tricloreto de alumínio, que está no mesmo grupo do boro, é um sólido branco volátil que sublima em
180°C para dar um gás formado por moléculas AI2CI6.
Estas moléculas sobrevivem como gás até cerca de 200°C e somente então se separam em moléculas
AICI3. As moléculas AI2CI6 existem porque um átomo CI de uma molécula AICI 3 usa um de seus pares isolados
para formar uma ligação covalente coordenada com o átomo AI da molécula AICI 3. Este arranjo pode ocorrer
porque o raio atômico de AI é maior do que o de B.
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Os compostos de boro e alumínio podem ter estruturas de Lewis incomuns, nas quais o boro e o alumínio têm
octetos incompletos ou átomos de halogênio agem como pontes.
Para explicar esse encurtamento da ligação, ele afirmou que a nuvem eletrônica do par covalente não
estaria distribuída uniformemente pelos dois
núcleos e que o núcleo do flúor estaria atraindo mais intensamente o par eletrônico da ligação.
A consequência imediata desse fenômeno seria a concentração maior de uma nuvem negativa ao redor
do flúor, ou seja, a formação de um pólo negativo. Aqui pólo deve ser entendido como um excesso de carga,
localizado em alguma posição da molécula, e será representado pela letra grega delta [ô].
Evidentemente, haveria uma deficiência de nuvem eletrônica ao redor do núcleo do hidrogênio que o
tornaria mais exposto e, consequentemente, provocaria um excesso de carga positiva ao redor do hidrogênio, ou
seja, um pólo positivo.
Esse tipo de ligação covalente que apresenta pólos ficou conhecido como ligação covalente polar.
Linus Pauling sugeriu que haveria uma atração residual entre os pólos, o que explicaria o encurtamento da
ligação.
O que é um dipolo? Como o próprio nome indica, dipolo é um conjunto de dois pólos - com cargas iguais e
sinais contrários - separados por certa distância.
A intensidade de um dipolo é medida por uma grandeza chamada momento dipolar (µ).
6.1. A eletronegatividade
Linus Pauling observou que os átomos dos diversos elementos químicos apresentavam diferentes
tendências de atração sobre o par eletrônico de uma ligação covalente. Surgiu assim o conceito de
eletronegatividade, enunciado em 1932: Eletronegatividade é a capacidade que um átomo possui de atrair o par
eletrônico de uma ligação covalente.
Não há sentido em se falar de eletronegatividade para átomos isolados.
A tabela a seguir mostra os valores de eletronegatividade previstos pelo químico:
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Conclusões:
• O flúor é o elemento químico mais eletronegativo.
• O césio é o elemento químico natural menos eletronegativo.
• Como tendência geral, a eletronegatividade aumenta dos metais para os nãometais.
• Não há valores de eletronegatividade para os gases nobres, porque estes são elementos que não formam
compostos em condições ambientes (25 °C, 1 atm).
• Uma lista útil: F> O > N, Cl > Br > I, S ,C, > P, H > metais (a maioria)
Esse raciocínio nos permite chegar a uma conclusão interessante: no caso extremo de átomos com grande
diferença de eletronegatividade, a ligação será iônica.
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Observando os casos apresentados, surge uma questão muito importante: qual o limite da diferença de
eletronegatividade a partir do qual uma ligação passa a ser iônica?
Note que esse critério não deve ser usado com rigor, pois há muitas exceções na faixa próxima de = 1,7.
Veja:
Assim, torna-se evidente a relação que há entre o caráter iônico da ligação e a diferença de
eletronegatividade entre os átomos participantes:
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A intensidade de um dipolo pode ser medida por uma grandeza denominada momento dipolar (µ).
Momento dipolar (µ) corresponde ao produto da carga em módulo. pela distância que separa as cargas.
µ = Q. d
A expressão matemática do momento dipolar mostra que o dipolo será cada vez mais intenso à medida que a
carga ou a distância aumentarem.
O momento dipolar pode ser representado por um vetor orientado do pólo positivo para o negativo.
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Uma aplicação imediata do conceito de momento dipolar pode ocorrer nas ligações covalentes polares.
Como a ligação cova lente polar é um dipolo, ela deve apresentar um momento dipolar, dado pela expressão:
É evidente. portanto. que a ligação apolar não tem momento dipolar, pois não possui polos.
7. Ligação Metálica
Ao lado das ligações tipicamente iônicas e das totalmente covalentes, a ligação metálica pode ser
considerada o terceiro caso extremo de ligação química.
Devido às atrações exercidas pelos cátions, o "mar de elétrons" estaria confinado na estrutura metálica. Ao
mesmo tempo, estaria suficientemente livre para fluir em alguma direção, criando assim uma corrente de elétrons.
Dessa forma, estaria explicada a condutividade elétrica dos metais.
Da mesma maneira, a mobilidade do "mar de elétrons" permitiria rápidas trocas de calor no interior da
estrutura, de modo que a grande condutividade térmica dos metais também fosse justificada.
Além disso, esse modelo também explicaria a ductilidade (a formação de fios) e a maleabilidade (formação de
lâminas) que caracterizam os metais, já que os átomos estariam suficientemente livres para deslizar uns sobre os
outros.
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O brilho característico dos metais, conhecido como brilho metálico, também é atribuído à presença dos
elétrons livres no retículo do metal. Muitos cientistas acreditam que a incidência de luz provocaria uma vibração
dos elétrons livres da superfície metálica e que tais elétrons devolveriam a energia recebida na forma de luz,
caracterizando assim o brilho típico dos metais.
As ligas podem ser classificadas como ligas de solução, ligas heterogêneas e compostos intermetálicos.
As ligas de solução são misturas homogêneas nas quais os componentes estão dispersos aleatória e uniforme-
mente. Os átomos do soluto podem assumir posições normalmente ocupadas pelos átomos do solvente,
consequentemente formando uma liga substitucional, ou eles podem ocupar as posições intersticiais, posições
nos 'buracos' entre os átomos de solvente, formando, portanto, uma liga intersticial. Esses tipos estão
diagramados na Figura seguinte.
As ligas substitucionais são formadas quando os dois componentes metálicos têm raios atômicos similares e
características de ligação química. Por exemplo, a prata e o ouro formam tal liga sobre toda a faixa de compo-
sições possíveis. Quando dois metais diferem de raio de mais de 15%, a solubilidade é mais limitada.
Para uma liga intersticial se formar, o componente presente nas posições intersticiais entre os átomos de
solvente devem ter um raio covalente muito menor que os átomos do solvente. Normalmente, um elemento in-
tersticial é um não-metal que se liga aos átomos vizinhos. A presença de ligações extras fornecidas pelo
componente intersticial faz com que a rede metálica torne-se mais dura, mais forte e menos dúctil. O aço, por
exemplo, é uma liga de ferro que contém até 3% de carbono. O aço é muito mais duro e mais forte que o ferro
puro. O aço doce contém menos de 0,2% de carbono; eles são maleáveis e dúcteis e são usados para fazer
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cabos, pregos e correntes. O aço médio contém de 0,2 a 0,6% de carbono; eles são mais duros que o aço doce e
são usados para fazer vigas e trilhos. O aço de alto teor de carbono, usado em cutelaria, ferramentas e molas,
contém de 0,6 a 1,5% de carbono. Em todos esses casos, outros elementos podem ser adicionados para formar
ligas de aço. O vanádio e o cromo podem ser adicionados para conceder força e aumentar a resistência à fadiga e
à corrosão. Por exemplo, um trilho de trem de aço usado na Suécia em linhas suportando carregamentos pesados
de minério contém 0,7% de carbono, 1% de cromo e 0,1% de vanádio.
Uma das mais importantes ligas de ferro é o aço inoxidável, que contém aproximadamente 0,4% de carbono,
18% de cromo e 1% de níquel. O cromo é obtido pela redução do carbono do cromito (FeCr 2O4) em um forno
elétrico. O produto da redução é o ferrocromo (FeCr2), que é então adicionado na quantidade apropriada de ferro
fundido que vem do conversor para atingir a composição do aço desejada. A razão dos elementos presentes no
aço pode variar em uma faixa grande, concedendo uma variedade de propriedades físicas e químicas específicas
aos materiais.
Na liga heterogênea os componentes não estão dispersos uniformemente. Na forma do aço conhecido como
perlita, por exemplo, duas fases distintas -praticamente ferro puro e o composto Fe 3C, conhecido como cementita -
estão presentes em camadas alternadas. Em geral, as propriedades das ligas heterogêneas dependem não ape-
nas da composição mas também da maneira pela qual o sólido é formado a partir da mistura fundida. O
resfriamento rápido leva a propriedades distintas daquelas que são obtidas pelo resfriamento lento.
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01. representa os orbitais das ligações na molécula de 5. (uece) O cobre é um elemento químico muito
eteno. importante para nossa saúde – evita a formação de
02. representa os orbitais das ligações na molécula de coágulos, participa na fabricação de colágeno e ajuda
etino. a combater agentes que destroem as membranas e o
DNA das células. Ele é encontrado nos seguintes
04. entre os átomos de carbono existem uma ligação alimentos: fígado, mariscos, grão-de-bico, feijão
œ do tipo sp£-sp£ e uma ligação ™ do tipo p-p. branco, lentilha e oleaginosas. Com relação a esse
08. entre os átomos de carbono existem uma ligação metal, assinale o correto.
œ do tipo sp-sp e duas ligações ™ do tipo p-p. (A) Em seu estado fundamental possui um elétron no
subnível 4p1.
16. a geometria da molécula é linear.
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(B) É comum a formação da molécula CuO. da Tabela Periódica e que o hidrogênio tem número
(C) Entra na composição do ouro 18 quilates. atômico igual a 1:
(D) É um mau condutor de calor. a) transcreva a fórmula química dos compostos
6. (uece) Segundo o jornal Folha de São Paulo iônicos para o caderno de respostas e identifique-os,
(16/04/2008), novos estudos atribuem o naufrágio do fornecendo seus nomes.
Titanic ao emprego equivocado de rebites na fixação b) apresente a fórmula estrutural para os compostos
das chapas de ferro do casco. Os tais rebites eram
covalentes e identifique a molécula que apresenta
feitos de ferro e não de uma liga apropriada. Sobre
ligas, assinale o correto. momento dipolar resultante diferente de zero
(A) Ligas metálicas são materiais que contêm dois ou (molécula polar).
mais elementos químicos, sendo que todos eles são,
obrigatoriamente, metais. LIGAÇÕES QUÍMICAS
(B) O emprego das ligas é vantajoso porque elas
apresentam propriedades físicas definidas, tendo Exercícios de Fixação
pontos de fusão e ebulição constantes.
(C) As ligas obedecem, rigorosamente, à lei de 1. (Unimontes 2014) O caráter iônico de
Proust, por terem uma estrutura cristalina bem determinadas substâncias, em função da diferença de
definida o que lhes garante maior resistência à eletronegatividade, está apresentado a seguir.
corrosão.
(D) Amálgama é o nome particular dado a uma liga
de mercúrio e outro metal, ainda hoje usada em
restaurações dentárias.
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08) Sais formados entre metais alcalinos e halogênios 5. (Ufpe 2013) Foi entregue a um estudante de
apresentarão, para ambos os íons, uma camada química um conjunto de elementos para que ele
de valência do tipo s2p6, exceto o Li+. formasse pelo menos um sólido iônico, um composto
16) A quantidade de energia envolvida na segunda molecular e uma liga metálica. O conjunto continha:
ionização do sódio é de valor aproximadamente 2,3 g de sódio sólido (Z=11, massa atômica 23,0 g
igual ao envolvido na primeira ionização. mol–1); 7,1 g de cloro molecular (Z=17, massa atômica
35,5 g mol–1); uma quantia desconhecida de enxofre
3. (Ufrn 2013) No ano de 2012, completam-se 50 sólido (Z=16, massa atômica 32,0 g mol –1). Com base
anos da perda da “nobreza” dos chamados gases nessas informações, analise as proposições abaixo.
nobres, a qual ocorreu em 1962, quando o químico ( ) Um possível composto iônico a ser formado é o
inglês Neil Bartlett conseguiu sintetizar o Xe[PtF 6] ao sulfeto de sódio sólido, cuja fórmula é Na 2S, uma
fazer reagir o Xenônio com um poderoso agente vez que o sódio apresenta 1 elétron na camada
oxidante, como o hexafluoreto de platina PtF 6. de valência, e o enxofre, 6 elétrons na camada
de valência.
( ) A reação de todo o sódio com o cloro deve
produzir 0,1 mol de NaC , e consumir somente
uma parte do cloro fornecido.
( ) A eletronegatividade do enxofre é maior que a
do cloro, uma vez que o enxofre apresenta
somente 6 elétrons de valência, enquanto o
cloro apresenta 7 elétrons de valência.
( ) Cloro e enxofre podem formar um composto
covalente de fórmula SC 2, com a participação
de elétrons dos orbitais p do cloro e orbitais s e p
do enxofre, com o enxofre apresentando
hibridização do tipo sp2.
( ) Não é possível formar uma liga metálica com o
Esses gases eram chamados assim, pois, na época conjunto de elementos fornecidos ao estudante.
de sua descoberta, foram julgados como sendo não
reativos, ou inertes, permanecendo “imaculados”.
6. (Pucrj 2015) Levando em conta as ligações e
A explicação para a não reatividade dos gases nobres
se fundamentava interações que ocorrem entre átomos e moléculas,
dentre as substâncias abaixo, a que possui maior
a) na regra do dueto, segundo a qual a configuração
de dois elétrons no último nível confere estabilidade ponto de fusão é
aos átomos. a) H2O
b) na regra do octeto, segundo a qual a configuração b) CO2
de oito elétrons no penúltimo nível confere c) CaC 2
estabilidade aos átomos.
d) C6H12O6
c) na regra do octeto, segundo a qual a configuração
de oito elétrons no último nível confere estabilidade e) C12H22O11
aos átomos.
d) na regra do dueto, segundo a qual a configuração TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
de dois elétrons no penúltimo nível confere
(Uel ) Algumas substâncias sólidas são caracterizadas
estabilidade aos átomos.
pela repetição organizada de estruturas individuais,
4. (Udesc 2013) Os tipos de ligações químicas dos constituindo sólidos com formas geométricas definidas
compostos: NH3; CO2; Fe2O3; C 2; KI são, - os cristais. Por exemplo, o cloreto de sódio e a
respectivamente: sacarose formam cristais cúbicos e hexagonais,
a) covalente polar, covalente polar, iônica, covalente respectivamente.
apolar, iônica.
b) covalente apolar, iônica, covalente polar, covalente
7. A imagem a seguir mostra três sólidos cujas formas
apolar, iônica.
c) covalente apolar, covalente polar, iônica, covalente são cúbicas. Em (1), (2) e (3) estão representados,
apolar, iônica. respectivamente, cristais de iodo, brometo de potássio
d) covalente polar, covalente apolar, iônica, covalente e ferro.
polar, iônica.
e) covalente polar, covalente apolar, iônica, covalente
apolar, covalente polar.
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15. (Ufmg) Este quadro apresenta os valores das 17. (Ufpe) Considerando os seguintes haletos de
temperaturas de fusão e ebulição dos cloretos de hidrogênio HF, HCØ, e HBr, pode-se afirmar que:
sódio, magnésio e alumínio, todos a uma pressão de 1 a) a molécula mais polar é HF.
atmosfera: b) a molécula mais polar é HCØ.
c) todos os três são compostos iônicos.
d) somente HF é iônico, pois o flúor é muito
eletronegativo.
e) somente HBr é covalente, pois o Bromo é um
átomo muito grande para formar ligações iônicas.
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04. átomos do elemento X (Z=20) e do elemento Y hexano (solvente de baixa polaridade) do que em
(Z=7) unem-se por ligações covalentes e o composto água.
tem fórmula molecular XƒY„. (2) Sabendo-se que o HCØ dissolvido em água forma
08. pela configuração eletrônica da última camada dos as espécies iônicas H®(ou HƒO®) e CØ, conclui-se que
elementos X e Y, suas moléculas são formadas por ligações iônicas.
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Resposta da questão 4:
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MÓDULO 04
LIGAÇÕES INTERMOLECULARES
1. Introdução
Após termos estudado as ligações entre os átomos, estudaremos agora as interações que existem entre
as moléculas, particularmente nas fases sólida e líquida, pois apesar de estarem presentes também na fase
gasosa, tais interações são fundamentais para o entendimento de muitas propriedades das substâncias nas fases
sólida e liquida.
2. Forças intermoleculares
A intensidade das forças intermoleculares em diferentes substâncias varia em uma grande faixa, mas elas
são muito mais fracas que ligações iônicas e covalentes (Figura). Dessa forma, é necessário menos energia para
vaporizar um líquido ou fundir um sólido do que para quebrar ligações covalentes em moléculas. Por exemplo,
necessita-se de apenas 16 kJ/moI para vencer as atrações intermoleculares entre as moléculas de HCl em HCl
líquido para vaporizá-lo. Em contraste, a energia necessária para dissociar HCl em átomos de H e Cl é 431
kJ/mol. Portanto, quando uma substância molecular como HCl passa de sólido para líquido e para gás, as
moléculas em si permanecem intactas.
Muitas propriedades dos líquidos, incluindo os pontos de ebulição, refletem a intensidade das forças
intermoleculares. Por exemplo, uma vez que as forças entre as moléculas de HCI são tão fracas, HCI entra em
ebulição a apenas - 85°C à pressão atmosférica. O líquido entra em ebulição quando se formam bolhas de seu
vapor. As moléculas de um líquido devem vencer as forças de atração para separar-se e formar um vapor. Quanto
mais forte as forças de atração, maior é a temperatura na qual o líquido entra em ebulição. De forma similar, o
ponto de fusão de um sólido aumenta à medida que as forças intermoleculares ficam mais fortes.
Sabe-se que existem três tipos de forças atrativas entre moléculas neutras: forças dipolo-dipolo, de
dispersão de London e de ligação de hidrogênio. Essas forças são também chamadas forças de van der Waals
em homenagem a Johannes van der Waals, que desenvolveu a equação para determinar o desvio de gases do
comportamento ideal. Outro tipo de força atrativa, a força íon-dipolo, é importante em soluções. Todas as quatro
forças são eletrostáticas por natureza, envolvendo atrações entre espécies positivas e negativas. Todas tendem a
ser até 15% menos fortes que as ligações covalentes e iônicas.
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movimento de elétrons de um átomo de hélio em determinado instante, ambos os elétrons poderiam estar em um
lado do núcleo. Apenas nesse momento então, o átomo teria um momento de dipolo instantâneo.
Como os elétrons se repelem, os movimentos em um átomo influenciam os movimentos dos elétrons em
seus vizinhos. Assim, o dipolo temporário em um átomo pode induzir um dipolo similar em um átomo adjacente,
fazendo com que os átomos sejam atraídos entre si, como mostrado na Figura. Essa interação atrativa é chamada
força de dispersão de London (ou meramente força de dispersão). Tal força, como as dipolo-dipolo, é significativa
tão-somente quando as moléculas estão próximas.
A facilidade com que a distribuição de cargas em uma molécula pode ser distorcida por um campo elétrico
externo é chamada polarizabilidade. Podemos pensar na polarizabilidade de uma molécula como uma medida da
'maciez' de sua nuvem eletrônica; quanto maior a polarizabilidade de uma molécula, mais facilmente sua nuvem
eletrônica será distorcida para dar um dipolo momentâneo. Dessa forma, moléculas mais polarizáveis têm forças
de dispersão de London mais fortes. Em geral, moléculas maiores tendem a ter maiores polarizabilidades porque
elas têm maior número de elétrons, que estão mais afastados do núcleo. A intensidade das forças de dispersão de
London, portanto, tendem a aumentar com o aumento do tamanho molecular. Uma vez que o tamanho molecular
e a massa geralmente assemelham-se, as forças de dispersão tendem a aumentar em intensidade com o
aumento da massa molecular. Assim, os pontos de ebulição dos halogêneos e dos gases nobres aumentam com
o aumento da massa molecular (Tabela).
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As forças intermoleculares que acabamos de abordar podem nos ajudar a entender muitas propriedades
familiares de líquidos e sólidos. Examinamos duas importantes propriedades dos líquidos: viscosidade e tensão
superficial.
3.1. Viscosidade
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No restante deste capítulo nos deteremos em como as propriedades dos sólidos se relacionam com suas
estruturas e ligações. Os sólidos podem ser cristalinos ou amorfos (não-cristalinos). Em um sólido cristalino os
átomos, íons ou moléculas estão ordenados em arranjos bem-definidos. Esses sólidos geralmente têm superfícies
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planas ou faces que fazem ângulos definidos entre si. As pilhas regulares de partículas que produzem essas faces
também fazem com que os sólidos tenham formas altamente regulares (Figura 11.29). O quartzo e o diamante são
sólidos cristalinos.
Sólido amorfo (das palavras gregas para 'sem forma') é aquele cujas partículas não têm estrutura regular.
Eles não possuem faces e formas bem-definidas. Muitos sólidos amorfos são misturas de moléculas que não se
encaixam muito bem. A maioria dos outros são compostos de moléculas grandes e complicadas. Sólidos amorfos
familiares incluem a borracha e o vidro.
O quartzo (SiO2) é um sólido cristalino com uma estrutura tridimensional semelhante à mostrada na Figura
a seguir (a). Quando o quartzo se funde (aproximadamente 1.600 0c), ele se torna um líquido viscoso e pegajoso.
Apesar de a rede silício-oxigênio permanecer praticamente intacta, muitas ligações Si - O são quebradas e a
ordem rígida do quartzo é perdida. Se o fundido for rapidamente esfriado, os átomos são incapazes de retomar a
um arranjo regular. Como resultado, um sólido amorfo conhecido como vidro de quartzo ou vidro de sílica é
formado (Figura (b)).
Como as partículas de um sólido amorfo não apresentam uma ordem definida em longas distâncias, as
forças intermoleculares variam em intensidade por toda a amostra. Assim, os sólidos amorfos não se fundem a
temperaturas específicas. Em vez disso, eles se tornam macios durante uma faixa de temperatura à proporção
que as forças intermoleculares de várias intensidades são rompidas. Um sólido cristalino, ao contrário, funde-se a
temperatura específica.
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No diamante, cada átomo de carbono está ligado a quatro outros átomos de carbono, como mostrado na
Figura 11.41(a). Essa rede de ligações simples carbono-earbono fortes interconectadas em três dimensões
contribui para a dureza não usual do diamante. Os diamantes de grau industrial são empregados nas lâminas de
serras para os mais exigentes trabalhos de corte. O diamante também apresenta um alto ponto de fusão, 3.550
°C.
Na grafite os átomos de carbono estão arranjados em camadas de anéis hexagonais interconectados,
como mostrado na Figura 11.41(b). Cada átomo de carbono está ligado a três outros na camada. A distância entre
os átomos de carbono adjacentes no plano, 1,42 Å, é muito próxima da distância C - C no benzeno, 1,395 Å. Na
realidade, a ligação lembra a do benzeno, com ligações . deslocalizadas estendendo-se por todas as camadas.
Os elétrons movimentam-se livremente pelos orbitais deslocalizados, fazendo com que a grafite seja um bom
condutor de eletricidade ao longo das camadas. (Se você alguma vez já desmontou uma pilha, sabe que o
eletrodo central na pilha é feito de grafite.) As camadas, separadas de 3,41 Å, são mantidas juntas por forças de
dispersão fracas. Elas deslizam umas sobre as outras quando são esfregadas, dando à grafite uma aparência de
graxa. A grafite é usada como lubrificante e em lápis.
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(D) O estado de oxidação do carbono de sua fórmula (B) A energia cinética das moléculas pode superar as
é +3. forças intermoleculares, de tal forma que as moléculas
se movimentam.
Texto para a próxima questão (C) Quanto maior for a viscosidade do líquido, mais
“Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde rápido é o fluir.
mostrou que a grande maioria das queimaduras é (D) Tensão superficial é a tendência de as moléculas
provocada pelo uso inadequado do álcool líquido. Por da superfície serem puxadas para fora do líquido.
isso, está-se pensando em obrigar que todo álcool
vendido no varejo seja o alcoolgel, muito menos 8. (Ufc ) As forças intermoleculares são responsáveis
inflamável.” por várias propriedades físicas e químicas das
(Fonte: O Estado de S. Paulo, abril de 2001) moléculas, como, por exemplo, a temperatura de
A composição do alcoolgel é:
– álcool etílico H3C –– CH2 –– OH fusão. Considere as moléculas de F‚, CØ‚ e Br‚.
– água H2O a) Quais as principais forças intermoleculares
– polímero do carboxivinil (geleificante) presentes nessas espécies?
– trietanolamina (neutralizante) b) Ordene essas espécies em ordem crescente de
temperatura de fusão.
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b) Qual o menos solúvel em água? Justifique sua a) interação de van der Walls da parte apolar e à
resposta. ligação de hidrogênio da parte polar de sua
c) Quais aqueles que formam pontes de hidrogênio molécula, respectivamente, com a gordura e a
água.
entre suas moléculas? Mostre a formação das pontes. b) redução do pH do meio, possibilitando a
d) Qual deles pode sofrer oxidação e transforma-se solubilização da gordura na água.
em um outro entre os citados? c) diminuição da densidade da água, facilitando a
precipitação das moléculas de gordura, que serão
removidas por centrifugação.
2. (Unesp 2014) Três substâncias puras, X, Y e Z,
d) tensão superficial da água que é elevada e que
tiveram suas condutividades elétricas testadas, tanto
possibilita a formação de espuma que remove a
no estado sólido como no estado líquido, e os dados
sujeira.
obtidos encontram-se resumidos na tabela.
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e) Ligação de hidrogênio, interação dipolo induzido- e) IV < III < V < I < II
dipolo e ligação covalente.
12. (Pucsp) Foram determinadas as temperaturas de
fusão e de ebulição de alguns compostos aromáticos
10. (Espcex (Aman) 2016) Compostos iônicos são
aqueles que apresentam ligação iônica. A ligação encontrados em um laboratório. Os dados obtidos e as
iônica é a ligação entre íons positivos e negativos, estruturas das substâncias estudadas estão
unidos por forças de atração eletrostática. apresentados a seguir.
(Texto adaptado de: Usberco, João e Salvador,
Edgard, Química: química geral, vol 1, pág 225,
Saraiva, 2009).
Pela análise do quadro, conclui-se que a ordem 14. (Ufg) A tabela a seguir apresenta alguns solventes
crescente dos pontos de ebulição dos compostos oxigenados empregados na indústria de polímeros.
indicados é:
a) I < II < III < IV < V
b) II < I < V < III < IV
c) II < V < I < III < IV
d) III < IV < I < II < V
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1. H2O ( ) 165,5
2. Hg ( ) 65
3. CH4 ( ) 78
4. CH3OH ( ) 100
5. CH3CH2OH ( ) 357
143
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Resposta da questão 2:
[D]
Essas observações podem ser explicadas,
respectivamente: Com base nessas informações, é correto classificar como
substância iônica apenas Y, pois compostos iônicos
144
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11. [B]
Resposta da questão 6:
[A] 12. [C]
13. [C]
O dióxido de carbono é um composto que apresenta 14. [A]
moléculas lineares e apolares.
A sublimação do dióxido de carbono sólido envolve o
rompimento de interações do tipo dipolo induzido. Resposta da questão 15:
[E]
7. [E]
Análise das afirmações:
A maior eficiência dessas fraldas descartáveis, em relação às
de pano, deve-se às interações íon-dipolo que são mais [I] Incorreta.
fortes entre o poliacrilato e as moléculas de água, do que em A prednisona apresenta a fórmula molecular C21H26O5.
relação às ligações de hidrogênio entre as hidroxilas da
celulose e as moléculas de água. [II] Incorreta.
Possui apenas sete carbonos com configuração sp2 .
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MÓDULO 05
GEOMETRIA MOLECULAR E TEORIAS DE LIGAÇÃO
1. Introdução
Várias propriedades físicas e químicas de uma substância podem ser explicadas pela geometria de sua
molécula, ou seja, pela disposição espacial de seus átomos.
Sabemos que uma molécula é formada por átomos unidos pelo compartilhamento de pares eletrônicos, mas
isso não nos permite prever sua forma.
Um fino jato de água é facilmente atraído na direção de um bastão eletrizado, mas isso não pode ser
explicado apenas pela teoria das ligações covalentes entre os átomos de hidrogênio e oxigênio. Afinal, como
esses átomos estão arranjados no espaço?
A disposição espacial dos átomos em uma molécula é dada por sua fórmula estrutural espacial ou
simplesmente fórmula espacial.
Várias teorias permitem que se faça uma previsão sobre a geometria das moléculas. A mais simples delas é
conhecida como Teoria da Repulsão dos Pares
Eletrônicos no Nível de Valência (RPE) e aplica-se satisfatoriamente à discussão da geometria das moléculas, que
você conhecerá ao longo deste estudo.
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1) Os pares eletrônicos da camada de valência estão afastados ao máximo uns dos outros.
Isso se deve ao fato de esses pares eletrônicos terem carga negativa e de existir uma natural repulsão entre eles.
Como consequência da repulsão dos pares eletrônicos, os núcleos dos átomos assumem posições no espaço e,
assim, a molécula apresenta uma determinada geometria.
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Proposta pelos químicos americanos Sidgwick, Powell e Gillespie, a aplicação da Teoria da Repulsão dos Pares
Eletrônicos deve seguir algumas etapas.
Tomemos, como exemplo, a aplicação dessa teoria à molécula BeClz, que possui dois pares eletrônicos:
2ª etapa: Contar o número total de pares eletrônicos, compartilhados ou não, ao redor do átomo central.
3ª etapa: Escolher uma figura geométrica que corresponda à máxima repulsão entre os pares eletrônicos.
4ª etapa: Indicar na figura escolhida a posição de cada núcleo atômico que existe na molécula. Neste exemplo
devem ser indicados os núcleos do berílio e do cloro.
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Obs.: Como as moléculas biatômicas (com dois átomos) são sempre lineares, não há necessidade de ser aplicada
a Teoria da Repulsão dos Pares Eletrônicos para prever sua geometria.
Veja a seguir outros casos que mostram como a Teoria da Repulsão dos Pares Eletrônicos permite a previsão da
geometria de várias moléculas simples.
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Nesse caso, a Teoria da Repulsão dos Pares Eletrônicos deve ser aplicada normalmente. Assim:
Note que a molécula H2O apresenta quatro pares de elétrons, sendo dois não compartilhados (pares
isolados), enquanto a molécula NH3 apresenta um único par não compartilhado.
3ª etapa: Colocar todos os núcleos e, de acordo com sua posição, obter a geometria molecular.
É importante que você não confunda a figura espacial (obtida pela repulsão dos pares eletrônicos) com a
geometria molecular (obtida a partir da posição dos núcleos atômicos).
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3.2. O efeito dos eIétrons não-ligantes e ligações múltiplas nos ângulos de ligação
De modo geral, a Teoria da Repulsão dos Pares Eletrônicos permite boas previsões sobre ângulos de
ligações. Os valores experimentais quase sempre confirmam os valores teóricos e, nos casos em que há
divergências, a própria teoria da RPE encarrega-se de esclarecê-Ias. Veja:
Nas moléculas NH3 e H2O, os ângulos reais diferem dos valores previstos. No entanto, esse fato pode ser
explicado pela repulsão que os pares isolados exercem sobre os pares compartilhados. Observe:
Podemos refinar o modelo RPENV para determinar e explicar pequenas distorções, em algumas moléculas,
das geometrias ideais resumidas na Tabela 2. Por exemplo, considere o metano (CH 4), a amônia (NH3) e a água
(H2O). As três têm arranjos tetraédricos, porém os respectivos ângulos de ligação diferem ligeiramente:
De acordo com a Teoria da Repulsão dos Pares Eletrônicos, as ligações duplas, triplas e dativas devem ser
sempre avaliadas como se fossem um único par eletrônico.
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Ligações múltiplas contêm maior densidade de carga eletrônica que ligações simples, de forma que
ligações múltiplas também representam domínios de elétrons maiores ('balões mais cheios). Considere a estrutura
de Lewis do fosgênio, Cl2CO:
Como o átomo de carbono central está rodeado por três domínios de elétrons, poderíamos esperar uma
geometria trigonal plana com ângulos de ligação de 120°. Entretanto, a dupla ligação parece atuar muito mais
como um par de elétrons não-ligante, reduzindo o ângulo de ligação Cl — C — CI em relação ao ângulo ideal de
120° para um ângulo real de 111o, como mostrado a seguir.
Cl 124,3
o
111,4
o
C O
o
124,3
Cl
Em geral, os domínios de elétrons para ligações múltiplas exercem força repulsiva maior nos domínios de
elétrons que as ligações simples.
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4. Resumindo
TABELA: Arranjos e formas espaciais para moléculas com dois, três e quatro domínios de elétrons ao redor do
átomo central.
TABELA: Arranjos e formas espaciais para moléculas com cinco e seis domínios de elétrons ao redor do átomo
central
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Apesar de termos considerado até aqui moléculas e íons cujas estruturas contêm apenas um único átomo
central, o modelo RPENV pode ser estendido para moléculas mais complexas. Considere a molécula de ácido
acético, cuja estrutura de Lewis é:
O ácido acético tem três átomos mais internos, a saber, o átomo de C mais à esquerda, o átomo de C
central e o átomo de O mais à direita. Podemos usar o modelo RPENV para determinar a geometria ao redor de
cada um desses átomos individualmente:
O carbono mais à esquerda tem quatro domínios de elétrons (todos de pares ligantes),logo a geometria ao
redor dele é tetraédrica. O átomo de C central tem três domínios de elétrons (contando a dupla ligação corno um
domínio). Portanto, a geometria ao redor dele é trigonal plana. O átomo de O tem quatro domínios de elétrons
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(dois de pares ligantes e dois de pares não-ligantes), assim o arranjo é tetraédrico e a geometria molecular ao
redor do O, angular. Espera-se que os ângulos de ligação ao redor do átomo de C central e do átomo de O sofram
pequenos desvios em relação aos valores ideais de 120° e de 109,5°, devido à demanda espacial das ligações
múltiplas e dos pares de elétrons não-ligantes. A estrutura da molécula do ácido acético é mostrada na Figura 9.
7. Polaridade de Moléculas
Para determinarmos a polaridade das moléculas precisamos considerar o vetor momento dipolar de cada
ligação que contitui a molécula. Caso a soma desses vetores tenha uma resultante igual a zero, a molécula será
apolar, caso a soma dos vetores tenha uma resultante diferente de zero a molécula será polar.
Observe os exemplos a seguir para a molécula de água e para as principais geometrias moleculares:
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8. Hibridização
Apesar de a noção de superposição de orbitais nos permitir entender a formação das ligações covalentes,
nem sempre é fácil estender essas ideias às moléculas poliatômicas. Quando aplicamos a teoria de ligação de
valência às moléculas poliatômicas, devemos explicar tanto a formação das ligações por pares de elétrons quanto
as geometrias observadas para as moléculas.
Para explicar as geometrias, frequentemente supomos que os orbitais atômicos em um átomo misturam-se
para formar novos orbitais chamados orbitais híbridos. Estes têm formas diferentes dos orbitais atômicos. O
processo de misturar e, por meio disso, variar os orbitais atômicos à proporção que os átomos se aproximam um
do outro para formar ligações é chamado hibridização. Entretanto, o número total de orbitais atômicos em um
átomo permanece constante, logo o número de orbitais híbridos em um átomo é igual ao número de orbitais
atômicos misturados.
Vamos examinar os tipos comuns de hibridização. À medida que fizermos isso, observe a conexão entre o
tipo de hibridização e os cinco tipos básicos de arranjos previstos pelo modelo RPENV.
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GEOMETRIA MOLECULAR
Exercícios de Aprendizagem 7. (Ufla ) Responda os itens a e b considerando as
diferentes características das ligações iônicas e
1. (Unesp) Para as moléculas de SiH„ e de etino covalentes e a teoria de repulsão dos pares
(C‚H‚) pede-se: eletrônicos.
a) representar as estruturas de Lewis; a) Dado o composto AB‚ e sabendo-se que
b) indicar para cada molécula os tipos de ligação e de I. As eletronegatividades de A e B são,
hibridização existentes. respectivamente, 2,55 e 2,58;
(Números atômicos: H=1; C=6; Si=14). II. O composto é apolar;
III. A tem 4 elétrons de valência e B tem 6;
2. (Unesp) Para as moléculas de CCØ„ e eteno (C‚H„), escreva a fórmula eletrônica, a geometria e o tipo de
pede-se: ligação envolvida.
a) representar as estruturas de Lewis; b) Dadas as representações de Lewis para as três
b) indicar o tipo, ou os tipos, de ligações e de moléculas a seguir, preveja a geometria de cada uma.
hibridizações existentes nas duas moléculas.
(Números atômicos: H=1; C=6; CØ=17).
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d) SO2 : linear e apolar; SO3 : piramidal e polar; 01) A molécula de amônia (NH3) é polar, pois, de
H2O : linear e apolar e H2Be : angular e polar. acordo com sua geometria, os vetores das
ligações não se anulam μr 0 .
4. (Espcex (Aman) 2015) As substâncias ozônio 02) A molécula de água (H2O) possui geometria linear,
(O3 ); dióxido de carbono (CO2 ); dióxido de enxofre consequentemente, vetor resultante igual a zero.
04) A molécula de dióxido de carbono (CO 2) possui 4
(SO2 ); água (H2O) e cianeto de hidrogênio (HCN) ligações covalentes polares, porém possui caráter
são exemplos que representam moléculas triatômicas. apolar.
Dentre elas, as que apresentam geometria molecular 08) Quando os átomos atraem os elétrons com
linear são, apenas, diferentes intensidades em uma ligação, forma-se
um polo positivo ao redor do elemento mais
Dados: 1H1 ; 6 C12 ; 8 O16 ; 16 S32 ; 7 N14 eletronegativo.
a) cianeto de hidrogênio e dióxido de carbono. 16) Os compostos HI, O2 e A F3 possuem ligação
b) água e cianeto de hidrogênio. iônica, covalente apolar e covalente polar,
c) ozônio e água. respectivamente.
d) dióxido de enxofre e dióxido de carbono.
e) ozônio e dióxido de enxofre. 8. (G1 - ifba 2014) A respeito da geometria,
polaridade e ligações químicas das moléculas dos
5. (Ufg 2014) Considerando-se o modelo de repulsão compostos, previstas por suas estruturas de Lewis,
dos pares de elétrons da camada de valência (do pode-se afirmar corretamente que
inglês, VSEPR), as moléculas que apresentam a) a molécula do PC 3 é polar com geometria trigonal
geometria linear, trigonal plana, piramidal e tetraédrica plana.
são, respectivamente, b) na molécula tetraédrica do POC 3 as ligações
a) SO2, PF3, NH3 e CH4
químicas P C são covalentes polares.
b) BeH2, BF3, PF3 e SiH4
c) SO2, BF3, PF3 e CH4 c) no íon amônio os ângulos de ligação H N H são
d) CO2, PF3, NH3 e CC 4 iguais aos ângulos H N H da amônia.
d) o comprimento da ligação H Te no H2Te, um
e) BeH2, BF3, NH3 e SF4
composto polar, é menor que o da ligação H I no
6. (Uem 2014) A partir dos conceitos da “Teoria de composto HI.
repulsão dos pares de elétrons de valência”, assinale e) no composto polar COC 2, os átomos da molécula
a(s) alternativa(s) correta(s) a respeito da geometria e se dispõem nos vértices de uma pirâmide com base
da polaridade das moléculas. triangular.
01) As moléculas de dióxido de carbono, dissulfeto de
carbono e difluoreto de xenônio são lineares e 9. (Uel) Algumas substâncias sólidas são
apolares.
caracterizadas pela repetição organizada de
02) As moléculas de trióxido de enxofre e de trifluoreto
de boro não são lineares e, portanto, são polares. estruturas individuais, constituindo sólidos com formas
04) As moléculas de água e de amônia apresentam geométricas definidas - os cristais. Por exemplo, o
pares de elétrons livres e polaridade diferente de cloreto de sódio e a sacarose formam cristais cúbicos
zero. e hexagonais, respectivamente.
08) Por apresentarem geometria tetraédrica, as
Sobre as substâncias sólidas, considere as afirmativas
moléculas de metano, de clorometano, de
diclorometano, de clorofórmio e de tetracloreto de a seguir.
carbono são todas apolares. I. Nos sólidos, as partículas apresentam maior
16) Todas as moléculas diatômicas são lineares, mobilidade que nos líquidos.
sendo apolares quando compostas de 2 átomos II. Os sólidos, quando aquecidos, se liquefazem.
iguais e polares quando compostas de 2 átomos
diferentes. III. A condução térmica nos sólidos depende do tipo de
ligação entre os átomos.
7. (Uem-pas 2014) Na brincadeira infantil Cabo de IV. Os cristais de cloreto de sódio e de sacarose
Guerra, dois grupos ficam “interligados”, porque apresentam, respectivamente, seis e oito faces.
ambos estão puxando a mesma corda. De maneira Estão corretas apenas as afirmativas:
similar, dois átomos permanecem juntos, porque dois
a) I e II.
núcleos “puxam” os mesmos elétrons. Essa analogia
refere-se às ligações covalentes. Sobre esse b) I e IV.
conteúdo, assinale o que for correto. c) III e IV.
d) I, II e III.
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15. (Ufc) Considere a espécie química molecular a) os braços encontram-se entre si em posição "orto".
hipotética XY‚, cujos elementos X e Y possuem b) o tronco apresenta sete ligações "pi" conjugadas.
eletronegatividades 2,8 e 3,6, respectivamente. c) as pernas são formadas por carbonos sp¤ e sp£.
Experimentos de susceptibilidade magnética d) a cabeça é formada por um anel homocíclico.
indicaram que a espécie XY‚ é apolar. e) as mãos contêm seis átomos de carbono.
Com base nessas informações, é correto afirmar que
a estrutura e as ligações químicas da molécula XY‚ 18. (Uff) A capacidade que um átomo tem de atrair
são, respectivamente: elétrons de outro átomo, quando os dois formam uma
a) piramidal e covalentes polares. ligação química, é denominada eletronegatividade.
b) linear e covalentes polares. Esta é uma das propriedades químicas consideradas
c) bipiramidal e covalentes apolares. no estudo da polaridade das ligações.
d) angular e covalentes apolares. Assinale a opção que apresenta, corretamente, os
e) triangular e covalentes apolares. compostos H‚O, H‚S e H‚Se em ordem crescente de
polaridade.
16. (Ufc) Fugir da poluição das grandes cidades, a) H‚Se < H‚O < H‚S
buscando ar puro em cidades serranas consideradas b) H‚S < H‚Se < H‚O
oásis em meio à fumaça, pode não ter o efeito c) H‚S < H‚O < H‚Se
desejado. Resultados recentes obtidos por d) H‚O < H‚Se < H‚S
pesquisadores brasileiros mostraram que, em e) H‚Se < H‚S < H‚O
consequência do movimento das massas de ar,
dióxido de enxofre (SO‚) e dióxido de nitrogênio (NO‚) 19. (Uff) O propeno é obtido a partir do óleo cru
são deslocados para regiões distantes e de maior durante o processo de refino da gasolina. O
altitude. Curiosamente, estes poluentes possuem craqueamento de hidrocarbonetos origina o propeno
propriedades similares, que relacionam-se com a e, quando necessário, pode também ser obtido pela
geometria molecular. Assinale a alternativa que desidrogenação catalítica do propano. Analise as
descreve corretamente essas propriedades. afirmativas I, II e III, observando sua relação com a
a) Trigonal plana; polar, sp¤ molécula do propeno HƒC - CH = CH‚.
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29. (Ufmg) Um adesivo tem como base um polímero 31. (Ufsc) Examine as estruturas moleculares do
do tipo álcool polivinílico, que pode ser representado álcool benzílico e do etilbenzeno a seguir
pela estrutura da figura 1. representadas.
A ação adesiva desse polímero envolve,
principalmente, a formação de ligações de hidrogênio
entre o adesivo e a superfície do material a que é
aplicado.
Considere a estrutura destes quatro materiais:
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volume.A determinação do teor de etanol na gasolina 34. (Unb) Ao estudar alguns aspectos da ciência e da
é feita através do processo de extração com água. tecnologia dos alimentos, em especial a dissolução,
Considere o seguinte procedimento efetuado na um estudante, trabalhando em laboratório com quatro
análise de uma amostra de gasolina: em uma proveta amostras de substâncias sólidas, obteve os resultados
de 100 mL foram adicionados 50 mL de gasolina e 50 apresentados na tabela seguinte.
mL de água. Após agitação e repouso observou-se
que o volume final de gasolina foi igual a 36 mL.
De acordo com as informações anteriores, assinale
a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
(01) A determinação de etanol na amostra em questão
atende as especificações da ANP.
(02) No procedimento descrito anterior, a mistura final
resulta num sistema homogêneo.
(04) A água e o etanol estabelecem interações do tipo
dipolo permanente-dipolo permanente.
A partir da análise dos dados contidos na tabela,
(08) A parte alifática saturada das moléculas de etanol
julgue os itens a seguir.
interage com as moléculas dos componentes da
(1) As substâncias I, II e IV são polares.
gasolina.
(2) A propriedade analisada pelo estudante independe
(16) As interações entre as moléculas de etanol e de
da temperatura do sistema.
água são mais intensas do que aquelas existentes
(3) A separação da substância II do material obtido
entre as moléculas dos componentes da gasolina e do
com o solvente água pode ser realizada por
etanol.
destilação; a da substância III, por filtração.
(32) Água e moléculas dos componentes da gasolina
(4) Os resultados obtidos pelo estudante demonstram
interagem por ligações de hidrogênio.
que I e IV correspondem a uma mesma substância.
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Teremos:
Resposta da questão 6:
01 + 04 + 16 = 21.
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[A] Incorreta. A molécula PC 3 , possui geometria [E] Incorreta. O composto COC 2, possui geometria
piramidal. trigonal plana.
9. [C]
10. [E]
11. [E]
12. [A]
13. [C]
14. [D]
[B] Correta. A molécula do PC 3 é tetraédrica e cada 15. [B]
ligação é do tipo covalente polar, devido à diferença de 16. [D]
eletronegatividade entre esses elementos.
17. [B]
18. [E]
19. [C]
20. [C]
21. [B]
22. F V F F V
23. F V V F V
24. [B]
25. [B]
[C] Incorreta. Os ângulos formandos pelos átomos 26. [D]
H N H são diferentes dos ângulos H N H do íon 27. [E]
amônio, devido à diferença em sua geometria molecular. 28. [E]
29. [A]
30. V V V V F
31. 01 + 08 + 16 = 25
32. 04 + 08 + 16 = 28
33. [C]
34. V F V F
35. [B]
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MÓDULO 06
FUNÇÕES INORGÂNICAS
Por outro lado, quando esta experiência era feita com solução aquosa de açúcar (sacarose), a lâmpada
permanecia apagada, mostrando que esta solução não conduzia a corrente elétrica.
Por que algumas substâncias em solução conduzem a corrente elétrica e outras não? Para explicar esse
fato surgiram teorias no decorrer do século XIX, destacando-se a do químico sueco Arrhenius, em 1887,
denominada Teoria da Dissociação Eletrolítica, que pode ser resumida no seguinte:
Quando uma substância dissolve-se na água, vai-se dividindo em partículas cada vez menores que se
dispersam na água. Em alguns casos, essa divisão pára nas moléculas e, como essas são eletricamente neutras,
a solução não conduz a corrente elétrica. É o que acontece quando o açúcar dissolve-se na água.
Em outros casos, a divisão vai além das moléculas: estas separam-se (dissociam-se) em partículas
menores, com cargas elétricas opostas, denominadas íons. Nesses casos, a solução conduz a corrente elétrica. É
o que acontece quando o sal de cozinha dissolve-se na água.
Verificou-se, experimentalmente, que as soluções aquosas de HCI, NaOH e NaCI conduziam a corrente
elétrica. Esse fato foi explicado através das dissociações iônicas destas substâncias, assim equacionadas:
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O próprio Arrhenius já admitira que as dissociações iônicas eram processos reversíveis, isto é, ocorriam
simultaneamente nos dois sentidos; por isso, foram equacionadas com dupla seta.
A partir da Teoria de Arrhenius, conceituou-se:
• Eletrólitos – substâncias que produzem soluções que conduzem a corrente elétrica.
Exemplos: HCI, NaOH, NaCI
• Não-eletrólitos – substâncias que produzem soluções que não conduzem corrente elétrica.
Exemplo: sacarose (C12H22O11)
• Soluções eletrolíticas ou iônicas – conduzem corrente elétrica.
• Soluções não eletrolíticas ou moleculares – não conduzem corrente elétrica.
Criada a Teoria de Arrhenius, surgiram os conceitos de ácidos, bases e sais, fundamentados nessa teoria.
Quando um composto molecular se dissolve na água e produz uma solução iônica, os íons formam-se
através de uma reação entre as moléculas do composto dissolvido e as moléculas de água. Neste caso, não
ocorre propriamente uma dissociação iônica, mas uma reação de ionização.
Exemplo:
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O íon H3O+ nada mais é que íon H+ (próton) ligado a uma molécula de H2O. Por razões práticas, a ionização
do HCI continua sendo equacionada pelo modelo de Arrhenius (HCI H+ — CI–).
Os ácidos resultam sempre de uma ionização; os compostos que dão origem aos ácidos (antes de serem
dissolvidos na água) são moleculares.
As equações acima são comumente escritas de maneira mais simples:
Base é toda substância, em solução aquosa, que liberta como ânions somente íons OH–.
Exemplos:
Os hidróxidos de metais são compostos iônicos e, em solução aquosa, sofrem dissociação iônica.
Observação:
O hidróxido de amônio (não é hidróxido de metal) resulta da ionização da amônia (NH 3) que é composto
molecular.
Sal é todo composto que apresenta um cátion proveniente de uma base e um ânion proveniente de um
ácido.
Exemplo:
Os sais resultam da neutralização de um ácido por uma base com eliminação de água.
175
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5. Funções Químicas
São grupos de compostos com propriedades semelhantes. As mais importantes da Química Inorgânica são:
1) Função Ácido 3) Função Sal
2) Função Base 4) Função Óxido
Substância, em solução aquosa, que liberta como cátions somente íons H 3O+ (ou H+).
176
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2.o Caso – Ácidos oxigenados HxEyOz nos quais E é um elemento do grupo 7 da Tabela Periódica:
Exemplos:
Exemplos:
177
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O prefixo orto é comumente omitido no nome. Assim, o H3PO4 é chamado simplesmente ácido
fosfórico.
2) Quando um ácido resulta de um ácido oxigenado pela substituição de um átomo de O por um átomo de S, seu
nome é formado acrescentando-se o prefixo tio ao nome do ácido de origem.
Exemplos:
Na maioria dos ácidos, o número de átomos de H ionizáveis é igual ao número de átomos de H na molécula.
Exemplos:
HCI 1 H ionizável
H2SO4 2 H ionizáveis
H3PO4 3 H ionizáveis
Principais exceções:
1) H3PO3 – tem somente 2 H ionizáveis; sua ionização ocorre em apenas duas etapas:
178
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2) H3PO2 (ácido hipofosforoso) tem somente 1 H ionizável; sua ionização ocorre em apenas uma etapa:
179
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Exemplo:
Existem ácidos nos quais a ionização ocorre em pequena escala; a reação predominante é no sentido
contrário ao da ionização (produtos reagentes). Estes ácidos têm grau de ionização pequeno e são chamados
ácidos fracos. Podemos indicar este fato na própria equação da ionização, fazendo uma seta maior no sentido
contrário ao da ionização.
Exemplo:
A experiência abaixo esquematizada mostra que, nas mesmas condições experimentais, o HCI tem grau de
ionização maior que o CH3 – COOH:
2) Ácidos oxigenados – para escrever a fórmula estrutural de um ácido H xEOy, siga o seguinte roteiro:
1) Escreva o símbolo do átomo central (E).
2) Ligue o átomo central (E) a tantos grupos – OH quantos forem os átomos de H ionizáveis.
3) Ligue o átomo central (E) aos H não-ionizáveis, se houver.
4) Ligue o átomo central (E) aos O restantes, por dupla ligação (E = O) ou por ligação dativa (E O) de modo
a completar o octeto de E.
181
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As fórmulas estruturais aos piroácidos devem ser deduzidas dos ortoácidos. Para isso, basta retirar-se 1
H2O de duas moléculas do ortoácido.
Exemplo:
Na tabela abaixo temos as fórmulas e os nomes dos principais ácidos e respectivos ânions.
182
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No caso de M ter Nox variável, indica-se o Nox com algarismos romanos no respectivo nome.
CuOH hidróxido de cobre-I Fe(OH)2 hidróxido de ferro-lI
Cu(OH)2 hidróxido de cobre-lI Fe(OH)3 hidróxido de ferro-III
Na nomenclatura antiga, ainda hoje utilizada, usavam-se as terminações oso e ico indicando o menor e
maior Nox respectivamente.
CuOH hidróxido cuproso Fe(OH)2 hidróxido ferroso
Cu(OH)2 hidróxido cúprico Fe(OH)3 hidróxido férrico
183
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A única base da Química Inorgânica que resulta de uma ionização é o hidróxido de amônio (solução aquosa
de amônia, NH3).
NH3 + H2O + OH– (ionização)
O hidróxido de amônio tem o nome comercial de amoníaco.
Na dissociação iônica das bases, formam-se cátions diferentes de H+. O nome dos cátions metálicos é o
próprio nome do metal; no caso de o metal ter diferente N ox, indica-se o seu Nox com algarismo romano ou usam-se
as terminações oso (menor Nox) e ico (maior Nox).
Exemplos:
Na+ cátion sódio Cu+ cátion cobre-I (cuproso)
Ca2+ cátion cálcio Cu2+ cátion cobre-lI (cúprico)
AI3+ cátion alumínio Fe2+ cátion ferro-II (ferroso)
Ba2+ cátion bário Fe3+ cátion ferro-III (férrico)
Zn2+ cátion zinco Au+ cátion ouro-I (auroso)
Ag+ cátion prata Au3+ cátion ouro-III (áurico)
Na tabela da página seguinte temos os nomes e as fórmulas dos principais cátions e seus respectivos N ox.
184
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A solubilidade dos hidróxidos de uma mesma família da TP aumenta com o número atômico crescente.
LiOH < NaOH < KOH < RbOH < CsOH
Mg(OH)2 < Ca(OH)2 < Sr(OH)2 < Ba(OH)2
185
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O hidróxido de amônio é a única base da Química Inorgânica que é solúvel na água e é base fraca.
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Os ácidos:
1) tornam róseo o tornassol previamente azulado por uma base;
2) tornam incolor a fenolftaleína avermelhada por uma base;
3) tornam vermelho o alaranjado de metila (“metil orange”).
As bases:
1) tornam azul o tornassol previamente avermelhado por um ácido;
2) tornam avermelhada a fenolftaleína (incolor);
3) tornam amarelo o alaranjado de metila.
É um sal cujo ânion não apresenta H ionizável e que não apresenta o ânion apresenta OH –. Resulta da
reação de salificação com neutralização parcial do ácido (e total da base).
Exemplo:NaHSO4 ou Na+ + HSO4-
Antigamente, os sais normais, os hidrogeno sais e os hidróxi sais eram chamados sais neutros, sais ácidos
e sais básicos respectivamente.
1o Caso – Salificação com neutralização total do ácido e da base. Neste caso, formam-se sais normais.
Exemplos:
1) Ácido ortofosfórico + hidróxido de cálcio ? Hidróxido de cálcio Ca(OH)2 Ca2+
Ácido ortofosfórico = H3PO4 = Sal formado (Ca2+)(PO43-)2 Ca3(PO4)2
(ânion normal) 2 H3PO4 + 3 Ca(OH)2 Ca3(PO4)2 + 6 H – OH
fosfato de cálcio
2o Caso – Salificação com neutralização parcial do ácido. Neste caso, forma-se um hidrogeno sal.
Exemplos:
1) Ácido fosfórico + hidróxido de potássio ?
O H3PO4 dá origem a 2 hidrogeno ânions ( e ) e, por isso, dá origem a 2 hidrogeno sais.
(K+)(H2PO4-) KH2PO4
(K+)2(HPO42-) K2HPO4
H3PO4 + KOH KH2PO4 + H – OH
H3PO4 + 2 KOH K2HPO4 + 2 H – OH
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3o Caso – Salificação com neutralização parcial da base. Neste caso, forma-se um hidróxi sal.
Exemplo:
1) Ácido clorídrico + hidróxido de alumínio ?
O Al(OH)3 pode dar origem a 2 hidróxi sais:
Al(OH)2Cl e Al(OH)CI2.
HCI + Al(OH)3 Al(OH)2CI + H – OH
2 HCI + AI(OH)3 AI(OH)CI2 + 2 H – OH
A reação no sentido direto (1) mostra que: A reação no sentido inverso (2) mostra que:
a) HCI doa H+ (próton) ao H2O HCI é ácido. a) H3O+ doa H+ (próton) ao CI– H3O+ é ácido.
b) H2O recebe H+ (próton) do HCI H2O é base. b) CI– recebe H+ (próton) do H3O+ Cl– é base.
190
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HCI e CI– formam o par conjugado (1); H2O e H3O+ formam o par conjugado (2). Dizemos que:
a) HCI é o ácido conjugado da base CI–. c) H2O é a base conjugada do ácido H3O+.
b) CI– é a base conjugada do ácido HCI. d) H3O+ é o ácido conjugado da base H2O.
A reação no sentido direto (1) mostra que: A reação no sentido inverso (2) mostra que:
a) H2O doa H+ (próton) ao NH3 H2O é ácido. a) doa H+ (próton) ao OH– é ácido.
b) NH3 recebe H+ (próton) do H2O NH3 é base. b) OH– recebe H+ (próton) do OH– é base.
Comparando-se os exemplos 1 e 2 notamos que o H2O é ácido na reação com o HCI e é base na reação
com NH3. Substâncias como o H2O que podem funcionar tanto como ácidos ou como base, dependendo da
reação, são chamadas anfipróticas. O H2O é uma substância anfiprótica.
Considere as reações:
Na reação (I) o HCO3– é base; na reação (II) o HCO3– é ácido. Conclusão: o HCO3– é anfiprótico.
Exemplos:
191
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A molécula de NH3 tem um par eletrônico disponível no átomo de N (NH3). Por outro lado o átomo de B no BF3
tem o octeto incompleto (6 elétrons na camada do valência).
a) NH3 doou um par de elétrons ao BF3 NH3 é base de Lewis (reagente nucleófilo).
b) BF3 recebeu um par de elétrons do NH3 BF3 é ácido de Lewis (reagente eletrófilo).
Nos exemplos (2), (3) e (4) as substâncias participantes não são ácidos e nem bases pela teoria de
Brönsted-Lowry, porque nessas reações não há doação e nem recepção de prótons.
Utilizando a linguagem matemática dos conjuntos podemos afirmar: “O conjunto dos ácidos e bases de
Arrhenius está contido no conjunto dos ácidos e bases de Brönsted-Lowry, que por sua vez, está contido no
conjunto dos ácidos e bases de Lewis.”
192
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Óxido é todo composto binário contendo oxigênio, onde este é o elemento mais eletronegativo.
Exemplos:
CI2O, SO2, CO2, NO, P2O5, K2O, CaO, Fe2O3
O único elemento mais eletronegativo que o oxigênio é o flúor, sendo por isso o único elemento que
combinado com oxigênio não forma um óxido. Existe o composto OF 2, chamado fluoreto de oxigênio, que não é
óxido.
Os prefixos mono, di, tri, etc indicam os valores de x e y na fórmula do óxido. O prefixo mono, diante
do nome de E, é comumente emitido.
Exemplos:
CO monóxido de monocarbono ou monóxido de carbono. N2O3 trióxido de dinitrogênio
CO2 dióxido de monocarbono ou dióxido de carbono Fe3O4 tetróxido de triferro
N2O monóxido de dinitrogênio P2O5 pentóxido de difósforo
SO3 trióxido de monoenxofre ou trióxido de enxofre
Quando existir um óxido E2Ox, e não existir o respectivo EOx, o prefixo di pode ser omitido.
Exemplo:
PO5 não existe
P2O5 pentóxido de fósforo
2) Regra para óxidos de metais com Nox fixo e nos quais o oxigênio tem Nox = – 2:
3) Regra para óxidos de elementos com Nox variável e nos quais o oxigênio tem Nox = –2:
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PERÓXIDO DE NOME DE E
Os óxidos dos elementos fortemente eletronegativos (não-metais) apresentam ligação covalente polar.
Quanto maior for a eletronegatividade do elemento combinado com o oxigênio, maior será o caráter covalente de
ligação. Todos os óxidos dos não-metais e dos semi-metais são moleculares (ligação covalente).
Exemplos:
1) Os óxidos dos elementos fortemente eletronegativos têm caráter ácido em sua grande maioria. Esses óxidos
reagem com água, produzindo ácidos.
Exemplos:
SO3 + H2O H2SO4 SO3 tem caráter ácido
Cl2O7 + H2O 2 HCIO4 Cl2O7 tem caráter ácido
194
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Entre os óxidos mais importantes dos não-metais, os únicos que não reagem com a água são: NO, N 2O e CO.
Estes têm caráter neutro.
2) Os óxidos dos elementos fracamente eletronegativos (metais alcalinos e alcalino-terrosos) têm caráter básico.
Estes óxidos reagem com a água, dando bases.
Exemplos:
Na2O + H2O 2 NaOH Na2O tem caráter básico
Na2O2 + H2O 2 NaOH + O2 Na2O2 tem caráter básico
CaO + H2O Ca(OH)2 CaO tem caráter básico
Os óxidos com caráter ácido reagem com os óxidos com caráter básico produzindo sais. Exemplo:
SO3 + CaO CaSO4
caráter ácido caráter básico sal
3) Os óxidos dos elementos da região central da Tabela Periódica, apresentam simultaneamente caráter ácido e
básico. Esses óxidos apresentam caráter anfótero.
Tanto o caráter ácido como o básico dos óxidos anfóteros é pouco pronunciado. Assim, a maioria dos
óxidos anfóteros praticamente não reage com a água, pois são insolúveis na água. Um óxido, não reagindo
com a água não pode produzir nem um ácido nem uma base.
Exemplo: ZnO
Observe as reações seguintes do ZnO:
Observa-se que, na reação dos óxidos ácidos com a água e com as bases, conserva-se o Nox do elemento
combinado com o oxigênio.
Os óxidos ácidos resultam da desidratação dos oxácidos e, por isso, são chamados anidridos de ácidos.
195
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+7 +7
HNO2
NO2 +3
+4 HNO3
+7
Curso de Química – Prof. Alexandre Oliveira HNO2
N2O4 +3
Exemplos: +4 HNO3
+5
H2SO3 – H2O SO2 anidrido sulfuroso
2 HNO3 – H2O N2O5 anidrido nítrico N2O3 HNO2
+3 +3
2 HCIO4 – H2O Cl2O7 anidrido perclórico
N2O5 HNO3
+5 +5
N2O5 HNO3
+5 +5
+4 +3 SiO2 +5 H2SiO3
SILÍCIO +4 +4 2 CIO2 + 2 KOH KCIO2 + KCIO3 + H2O
N2O4 + 2 KOH KNO2 +MnO
KNO3 + H2O H MnO +4 +3 +5
3 2 4
+6 +6
+4 +3 +5
Mn2O7 HMnO4
+7 +7
São óxidos que reagindo com a água dão bases e reagindo com os ácidos dão sais e água.
196
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Os óxidos básicos comuns são iônicos e apresentam o ânion O 2– no qual o oxigênio tem Nox = – 2. Os
óxidos dos metais alcalinos e alcalino-terrosos, nos quais o oxigênio tem Nox = – 2, são óxidos básicos comuns.
Exemplos:
(Na+)2(O2–) ou Na2O (Ca2+)(O2–) ou CaO
(K+)2(O2–) ou K2O (Ba )(O2–) ou BaO
2+
8.8. Peróxidos
São óxidos nos quais o oxigênio tem Nox = – 1. Apresentam o grupo (O – O), denominado peroxo-grupo.
Exemplos:
Na2O2 ou (Na+)2(O2)2– peróxido de sódio
BaO2 ou (Ba2+)(O2)2– peroxido de bário
H2O2 ou H – O – O – H peróxido de hidrogênio
Nota:
O peróxido de hidrogênio (H2O2) é molecular e tem caráter ácido. É um ácido muito fraco:
8.10. Superóxidos
São óxidos iônicos que apresentam o ânion (O 2)–. Somente os metais alcalinos e alcalino-terrosos formam
superóxidos.
197
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Exemplos:
Como os superóxidos são iônicos, têm caráter
básico:
O CO é anidrido do ácido fórmico, mas não é classificado como óxido ácido, porque não reage com a água
dando o ácido fórmico:
O Fe3O4 é o mineral magnetita (pedra-ímã natural); o Pb3O4 é o pigmento vermelho usado em pintura com o
nome de zarcão.
O Fe3O4 reagindo com ácidos dá os sais de ferro II e III.
Fe3O4 + 4 H2SO4 Fe2 (SO4)3 + FeSO4 + 4 H2O
(+3) +3 +2
(+2)
8.14. Caráter ácido-básico numa série de óxidos de um mesmo metal
198
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Exemplos:
MnO óxido básico Mn2O7 óxido ácido
+2 +7
MnO2 óxido anfótero Cr2O3 óxido anfótero
+4 +3
MnO3 óxido ácido CrO3 óxido ácido
+6 +6
Os óxidos metálicos, nos quais o metal tem Nox > +4, são óxidos ácidos.
Substituindo-se as ligações covalentes e dativas das fórmulas estruturais por pares de elétrons, obtêm-se
as respectivas fórmulas eletrônicas.
Os óxidos ácidos mistos mais importantes são N 2O4, NO2 e CIO2. O modelo do octeto não é satisfatório para
as moléculas de NO2 e CIO2.
199
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200
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9. Hidretos
Por exemplo: NaH (hidreto de sódio), CaH2 (hidreto de cálcio), CH4 (metano), NH3 (amoníaco), H2O (água),
HCI (cloridreto), etc. Eles podem ser classificados em:
a) Hidretos iônicos
São formados pelos metais alcalinos e alcalinos-terrosos (colunas 1A e 2A da Classificação
Periódica). São sólidos, cristalinos e apresentam o hidrogênio com N ox igual a –1. Têm caráter básico, pois
reagem com a água produzindo bases. Exemplos:
NaH + H2O NaOH + H2→
CaH2 + 2H2O Ca(OH)2 + 2H2→
Mais correto seria dizer que o caráter básico decorre do íon hidreto (H–), que se comporta como base forte
de Brönsted-Lowry:
(Existem inclusive hidretos mistos, como por exemplo o LiAlH4, hidreto de lítio e alumínio.)
b) Hidretos moleculares
São, em geral, formados pelos semimetais e não-metais (colunas de 3A a 7 A). São, em geral,
líquidos ou gasosos e apresentam o hidrogênio com N ox igual a +1. A seguir citamos alguns exemplos
importantes.
Na coluna 3A, são comuns hidretos com fórmulas múltiplas, como o (BH 3)2 ou B2H6, o (AlH3)x, etc.
Na coluna 4A, o carbono forma desde o CH4, que é seu hidreto mais simples, até compostos C xHy nos
quais x e y assumem valores bastante elevados. Esses compostos têm o nome genérico de hidrocarbonetos,
são indiferentes às reações ácido-base, e os estudaremos na QUÍMICA ORGÂNICA (volume 3 desta obra).
Na coluna 5A, o nitrogênio forma o NH3, composto molecular, gasoso e de “caráter básico”, pois reage com
a água formando o hidróxido de amônio:
201
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c) Hidretos metálicos
São, em geral, formados pelos metais de transição (colunas B da Classificação Periódica). Neles o H2 fica
“preso” no reticulado cristalino do metal, e especialmente na superfície metálica (é o fenômeno chamado de
adsorção do hidrogênio pelo metal); por isso, esses hidretos não têm, em geral, fórmula definida.
10. Carbetos
Por exemplo: CaC2 (carbeto de cálcio), Al4C3 (carbeto de alumínio), SiC (carbeto de silício), etc. Eles podem
ser classificados em:
a) Carbetos iônicos
São formados pelos metais muito eletropositivos (colunas 1A, 2A, 3A). São sólidos, cristalinos e reagem
com a água de dois modos diferentes: X
– os carbetos que contêm o íon metaneto ( C )4– produzem CH4 (metano); por exemplo:
X
X
X
– e os carbetos que contêm o íon acetileto ( C C )2– produzem C2H2 (acetileno); por exemplo:
X X
X
X
b) Carbetos moleculares
Exemplo clássico de carbeto molecular é o carbeto de silício (SiC), que tem estrutura covalente
macromolecular (semeIhante ao diamante) e dureza bastante elevada (só perdendo para o diamante). Por isso, é
usado na indústria, com o nome de carburundum, para fabricar lixas, rebolos de esmeris, etc.
c) Carbetos metálicos
São formados, em geral, com metais de transição. Nos carbetos metálicos, o carbono fica nos interstícios
da rede cristalina do metal, aumentando sua dureza. Exemplos: o carbeto de tungstênio (WC), que é usado em
ferramentas de corte.
11. Nitretos
Por exemplo: Li3N (nitreto de lítio), Mg3N2 (nitreto de magnésio), etc. Eles podem ser classificados em:
202
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a) Nitretos iônicos
São formados por metais muito eletropositivos (colunas 1A, 2A, 3A). São sólidos, cristalinos e reagem com
a água produzindo NH3. Exemplo:
Neles o nitrogênio tem Nox igual a –3, como ocorre, aliás, com o próprio NH3. Por isso, podemos considerá-Ios
como derivados do NH3, “trocando-se” os hidrogênios por átomos de metal, como por exemplo:
NH3 Li3N
b) Nitretos moleculares
São compostos covalentes formados com os não-metais ou com os semimetais. Exemplos: BN, S4N2, P3N5,
etc.
203
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204
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c) Que tipo de ligação une seus átomos? com o dióxido de enxofre para formar o sulfito de
d) Que outra nomenclatura também pode ser usada? cálcio no estado sólido, menos poluente.
1. (Espcex (Aman) 2016) O dióxido de enxofre é um 4. (Pucpr 2015) A emissão de óxidos ácidos para a
dos diversos gases tóxicos poluentes, liberados no atmosfera vem crescendo cada vez mais nas últimas
ambiente por fornos de usinas e de indústrias. Uma décadas. Eles podem ser emitidos através de fontes
das maneiras de reduzir a emissão deste gás tóxico é naturais, tais como a respiração vegetal e animal,
a injeção de carbonato de cálcio no interior dos fornos erupções vulcânicas e decomposição de restos
industriais. O carbonato de cálcio injetado nos fornos vegetais e animais. No entanto, o fator agravante é
das usinas se decompõe formando óxido de cálcio e que alguns óxidos ácidos são liberados também na
dióxido de carbono. O óxido de cálcio, então, reage
205
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SUBSTÂNCIAS CARACTERÍSTICAS
14. (Fuvest) Deseja-se distinguir, de maneira simples, 17. (Ufmg) Na embalagem de um produto usado para
as substâncias de cada um dos pares a seguir, desentupir pias e ralos, à base de soda cáustica
utilizando-se os testes sugeridos do lado direito da (hidróxido de sódio - NaOH), são encontradas, entre
tabela: outras, as instruções:
"CUIDADO: Em caso de contato, lavar imediatamente
os olhos ou a pele com água em abundância durante
quinze minutos. Se ingerido, não provocar vômito. Dar
grande quantidade de água e também vinagre diluído
em um copo de água. A seguir, dar uma colher de
óleo comestível."
"Não reaproveitar a embalagem vazia. Lavar a colher
utilizada como medida com bastante água corrente
antes de reutilizá-la. Não adicionar água á embalagem
com o produto."
O quadro a seguir relaciona algumas dessas
As substâncias dos pares I, II e III podem ser instruções com as justificativas para o uso desses
distinguidas, utilizando-se, respectivamente, os testes: procedimentos, com base nas propriedades da soda
a) X, Y e Z cáustica e das outras espécies envolvidas. Assinale a
b) X, Z e y alternativa que contém uma justificativa INCORRETA
c) Z, X e y para a instrução relacionada.
d) Y, X e Z
e) Y, Z e X a) INSTRUÇÃO: Dar vinagre diluído em um copo de
água;JUSTIFICATIVA: O vinagre diluído neutraliza a
15. (Uece) Considere os seguintes ácidos, com seus soda cáustica através de reação ácido-base.
respectivos graus de ionização (a 18°C) e usos: b) INSTRUÇÃO: Lavar a colher utilizada como medida
HƒPO„ (‘=27%), usado na preparação de fertilizantes com bastante água corrente antes de reutilizá-
e como acidulante em bebidas refrigerantes la;JUSTIFICATIVA: A utilização de grande quantidade
H‚S (‘=7,6x10£%), usado como redutor de água deve-se ao fato de a soda cáustica ser
HCØO„ (‘=97%), usado na medicina, em análises insolúvel na água.
químicas e como catalisador em explosivos
208
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c) INSTRUÇÃO: Não adicionar água à embalagem desinfecção. A reação que ocorre entre o cloro e a
com o produto;JUSTIFICATIVA: A adição de água à água é a seguinte:
embalagem com produto provoca forte aquecimento.
d) INSTRUÇÃO: Não reaproveitar a embalagem CØ‚ (g) + H‚O(Ø) Ï HCØ(aq) + HCØO(aq)
vazia;JUSTIFICATIVA: A embalagem pode estar
contaminada com resíduos de soda cáustica. Assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
(01) As substâncias HCØ e HCØO contêm hidrogênio
18. (Ufrs) Três tubos de ensaio contêm soluções ionizável.
aquosas, designadas por A, B e C, cujas (02) O consumo de HCØO na destruição de
características são mostradas no quadro a seguir. microorganismos desloca o equilíbrio da reação para a
esquerda.
(04) No processo considerado, um átomo da molécula
de cloro é oxidado e o outro é reduzido.
(08) HCØ é um eletrólito forte.
(16) A adição de uma base diminui o pH do sistema.
(32) A neutralização equimolar do HCØO com NaOH
gera hipoclorito de sódio e água.
209
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23. (Unb) O processo de fabricação dos circuitos 2•) aqueceu-se II e III separadamente e observou-se
integrados impressos, usados na construção de desprendimento de gás.
microcomputadores, emprega o ácido sulfúrico de alta As soluções numeradas I, II e III são, respectivamente:
pureza. Sendo ele um ácido muito forte, o resíduo a) amoníaco, ácido sulfúrico e água oxigenada.
industrial do processo necessita ser tratado antes de b) amoníaco, água oxigenada e ácido sulfúrico.
ser lançado no meio ambiente. c) água oxigenada, amoníaco e ácido sulfúrico.
Com o auxílio do texto e considerando que o resíduo d) ácido sulfúrico, amoníaco e água oxigenada.
é, geralmente, tratado com hidróxido de sódio, julgue e) ácido sulfúrico, água oxigenada e amoníaco.
os itens adiante.
(0) Na reação do ácido sulfúrico com o hidróxido de 26. (Unesp) Sobre o ácido fosfórico, são feitas as
sódio, um dos produtos é o Na‚SO„. cinco afirmações seguintes.
(1) Se o resíduo industrial for lançado em um rio antes
do tratamento com hidróxido de sódio, o pH das águas I) Tem fórmula molecular HƒPO„ e fórmula estrutural.
desse rio será aumentado.
(2) A reação entre o ácido sulfúrico e o hidróxido de
sódio é conhecida como reação de neutralização.
(3) Ácido sulfúrico diluído é encontrado nas chuvas
ácidas que ocorrem em pólos industriais.
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(01) A dissociação iônica do ácido (A) é feita em três [02] Correta. Com relação aos sistemas eletrolíticos, usando
etapas. a definição de Arrhenius, a água bidestilada e
(02) O NaƒPO„ é um sal neutro. deionizada (líquido molecular puro), o NaC sólido
(04) O coeficiente do reagente (B) é 3. (iônico) puro, o H2SO4 líquido (molecular) puro e o
(08) A soma de todos os coeficientes da equação açúcar (sacarose) (sólido molecular) puro são maus
condutores de corrente elétrica nas CNTP, pois no caso
(a+b+c+d) é 10. dos compostos iônicos os íons ficam “presos” na rede
(16) As substâncias reagentes (A) e (B) são, cristalina e os compostos moleculares puros não sofrem
respectivamente, um ácido triprotônico e uma ionização.
monobase.
[04] Incorreta. Na dissolução de 12.000 moléculas de
(32) O produto (D) é um óxido ácido.
ácido fluorídrico, 960 moléculas se dissociam. Com
(64) A soma dos coeficientes dos reagentes da
relação ao grau de dissociação iônico, o ácido
equação (a+b) é 4. fluorídrico pode ser considerado um ácido moderado.
Soma ( ) 12.000 (HF) 100 %
960 (HF)
33. (Fuvest) A criação de camarão em cativeiro exige, 8 % (5 % 50 %; ácido moderado)
entre outros cuidados, que a água a ser utilizada
apresente pH próximo de 6. Para tornar a água, com [08] Correta. Por definição, óxidos são compostos binários
pH igual a 8,0 adequado à criação de camarão, um nos quais o oxigênio é o elemento mais eletronegativo,
criador poderia e são classificados como indiferentes quando não
reagem com a água, com ácidos e com bases.
a) adicionar água de cal.
b) adicionar carbonato de sódio sólido. [16] Incorreta. O Fe3O4 (FeO Fe2O3 ) é classificado
c) adicionar solução aquosa de amônia. como um óxido duplo, ou seja, se comporta como se fosse
d) borbulhar, por certo tempo, gás carbônico. formado por dois outros óxidos.
e) borbulhar, por certo tempo, oxigênio.
Resposta da questão 3:
GABARITO [E]
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[04] Incorreta. O dióxido de enxofre e o trióxido de enxofre [A] Incorreta. As bases consideradas fortes são na maioria
são óxidos ácidos, pois em contato com água formam de metais alcalinos e alcalinos terrosos.
estes tipos de compostos. [B] Incorreta. O ácido carbônico é um ácido fraco e volátil.
[C] Incorreta. O CO2 é um óxido ácido, formado por ametal
[08] Incorreta. As reações do dióxido de enxofre na que ao reagir com água formará o ácido carbônico.
atmosfera podem originar a chuva ácida de ácido CO2 H2O H2CO3
sulfúrico ou ácido sulfuroso.
[D] Correta. Os hidrácidos são ácidos que não possuem
oxigênio em sua estrutura.
[16] Incorreta. O ácido sulfúrico é classificado como ácido
[E] Incorreta. As bases solúveis são formadas por metais
de Bronsted-Lowry, porque doa prótons na reação com uma
base. alcalinos e pelo cátion amônio (NH4 ).
[I] O ácido clorídrico (HC ) está presente no suco gástrico; [A] Correta. O óxido de cálcio é classificado como um
[II] O dióxido de enxofre (SO2 ) é um óxido de caráter óxido básico, assim como todos os elementos da família
dos metais alcalinos e alcalinos terrosos, esses óxidos ao
ácido, que ao reagir com a água forma o ácido sulfúrico
regirem com água formarão uma base.
(H2SO4 ).
CaO H2O Ca(OH)2
[III] O hidróxido de potássio (KOH) é uma base, utilizada [B] Incorreta. O cálcio é um metal, formando, uma ligação
para fabricar sabão; iônica.
[IV] O óxido de cálcio (CaO) é um óxido básico, usado [C] Incorreta. Cada ligação, por ser entre átomos diferentes
para corrigir a acidez do solo. é do tipo covalente polar.
[V] O cloreto de sódio (NaC ) é um sal neutro usado como [D] Incorreta. O gás cloro (C 2 ), é uma molécula apolar,
tempero na culinária. pois possui geometria linear entre átomos iguais.
[VI] O ácido sulfúrico (H2SO4 ) é um ácido presente em [E] Incorreta. O nox do cloro será +1.
baterias de automóvel.
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MÓDULO 07
REAÇÕES INORGÂNICAS
Como o nome está dizendo, são reações nas quais dois ou mais reagentes dão origem a um único produto.
Podem ser representadas pela equação geral:
a A + b B + ... x X
Através de reações de síntese são fabricados muitos produtos importantes. Por exemplo, a fabricação do
ácido sulfúrico, o mais importante dos ácidos, é feita em três etapas e essas três etapas são reações de síntese.
Não existem jazidas naturais de H2SO4, mas existem as de enxofre. Pela queima do enxofre no ar, obtém-se
o SO2:
S + O2 (ar) SO2 (reação de síntese)
Essa é a primeira etapa do processo. A seguir o SO 2 obtido reage novamente com O2, porém em condições
especiais. Essa é a 2a etapa do processo e nela forma-se o SO3:
2 SO2 + O2 (ar) 2 SO3 (reação de síntese)
cond . esp.
A grande dificuldade desse processo está na 2 a etapa, pois exige condições especiais. Essa etapa exige
catalisadores, isto é, substâncias que facilitam a reação sem serem consumidas. Esses catalisadores são o NO 2,
no processo antigo, denominado processo das câmaras de chumbo e Pt ou V2O5 no processo moderno,
denominado processo de contacto.
Outro ácido importante fabricado através de reação de síntese é o ácido clorídrico:
A reação de cal virgem com a água é outro exemplo importante de reação de síntese. É a reação que fazem
os pedreiros nas construções civis. A cal hidratada, também vendida no comércio, é o produto da reação da cal
virgem com a água.
Exemplos:
Queima do carvão: C + O2 CO2
Queima do magnésio: 2 Mg + O2 2 MgO
O magnésio queima com uma chama branca muito intensa. Essa é a reação que ocorre quando funciona a
“lâmpada de magnésio” usada pelos fotógrafos (lâmpadas descartáveis).
Não se esqueça que toda reação de queima ou combustão é uma reação com o oxigênio (O 2). Este é
indispensável à combustão e por isso é chamado de comburente.
As reações de adição a partir de um único reagente são chamadas reações de polimerização e os produtos
obtidos são chamados polímeros. A reação de polimerização é um caso particular de reação de adição ou síntese.
Exemplos:
n(C2H4) 1 (C2H4)n
etileno polietileno (plástico)
São reações nas quais um único reagente dá origem a dois ou mais produtos. São as reações contrárias às
de síntese. Podem ser representadas pela equação geral:
x X a A + b B + ...
A maioria das substâncias compostas se decompõe por aquecimento. A temperatura necessária para haver
a decomposição varia muito de uma substância para outra.
Como casos particulares de reação de análise temos a pirólise, a fotólise e a eletrólise.
Piro indica fogo, ou seja, aquecimento; ise indica reação de análise. Conclusão: pirólise é uma reação de
análise ou de decomposição provocada pelo aquecimento.
Você já sabe que na natureza não existe cal virgem (CaO) mas existe muito calcário (CaCO3). Pois bem, a
cal virgem é fabricada por pirólise do calcário, em fornos especiais.
CaCO3 CaO + CO2 (pirólise)
Um método muito usado para obter o oxigênio em laboratório é o da pirólise do clorato de potássio (KCIO3).
Os produtos da decomposição são o KCI e o O2.
2 KCIO3 2 KCI + 3 O2 (pirólise)
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Essa reação é perigosa; pode ocorrer uma violenta explosão. Fazendo-se o aquecimento brando do KCIO3,
misturado com MnO2, não há perigo de explosão. O MnO2 não toma parte na reação; apenas facilita a reação (é
catalisador da reação).
Lembre-se de que a reação anterior é usada apenas em laboratório. Industrialmente o O 2 é obtido pela
destilação fracionada do ar previamente liquefeito.
Por pirólise do nitrito de amônio (NH4NO2) obtém-se N2 e H2O como produtos.
NH4NO2 N2 + 2 H2O (pirólise)
2 H2O2
2H2O + O2 (fotólise)
luz
Quando um filme fotográfico é exposto à luz há uma decomposição dos sais de prata que constituem o
filme. Um desses sais é o cloreto de prata.
2 AgCl
2 Ag + Cl2 (fotólise)
luz
Eletrólise é uma reação de análise produzida pela passagem da corrente elétrica. Assim, pela passagem da
corrente elétrica no cloreto de sódio fundido ele se decompõe em sódio e cloro; esta é uma reação de eletrólise.
Essa reação é feita industrialmente para a obtenção do sódio e do cloro.
AB + C AC + B ou AB + C CB + A
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No primeiro caso dizemos que C deslocou B do composto AB; no segundo caso dizemos que C deslocou A
do composto AB.
Introduzindo-se uma lâmina de zinco numa solução aquosa de CuSO 4, ocorre urna reação, com a formação
de ZnSO4, que fica na solução, e libertação de cobre metálico, que se deposita sobre a lâmina.
A solução inicialmente de cor azul (CuSO 4) fica incolor (ZnSO4) no fim da reação e a superfície da lâmina
fica avermelhada devido ao cobre metálico nela depositado.
Reação CuSO4(aq) + Zn
Essa reação mostra que o metal zinco é mais reativo que o metal cobre:
Reatividade : Zn > Cu
Por outro lado, introduzindo-se uma lâmina de cobre numa solução aquosa de ZnSO4, não ocorre reação.
ZnSO4 + Cu não há reação.
Introduzindo-se uma lâmina de cobre numa solução aquosa de AgNO3, ocorre uma reação, com fonação de
Cu(NO3)2 que fica na solução, e libertação de prata metálica que se deposita sobre a lâmina.
Essa reação mostra que o metal cobre é mais reativo que o metal prata.
Reatividade: Zn > Cu > Ag
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Por outro lado, introduzindo-se uma lâmina de prata numa solução de Cu(NO3)2 não ocorre reação.
Por meio de experiências semelhantes às mencionadas, foi construída uma escala de reatividade química:
Os metais menos reativos (Ag, Au) são chamados metais nobres. Quanto menor a reatividade química,
maior a nobreza do metal. O cobre e o mercúrio são considerados metais semi-nobres.
Adicionando-se o cloro (CI2) a uma solução aquosa de NaBr, observa-se a formação de NaCl, que fica em
solução, e libertação de bromo (Br2).
Cl2 + 2 NaBr 2 NaCl + Br2
Por outro lado, adicionando-se Br2 a uma solução de NaCl, não ocorre reação:
Br2 + NaCI não há reação
Para que ocorra uma reação AB + C AC + B a condição necessária é C ser mais reativo que B, e, para
que ocorra uma reação AB + C CB + A, a condição necessária é que C seja mais reativo que A.
Exemplos:
3 CuSO4 + 2 AI AI2(SO4)2 + 3 Cu (reatividade: AI > Cu)
MgSO4 + AI não há reação (reatividade: AI < Mg)
2AgNO3 + Zn Zn(NO3)2 + 2 Ag (reatividade: Zn > Ag)
AgNO3 + Au não há reação (reatividade: Au < Ag)
CaBr2 + F2 CaF2 + Br2 (reatividade: F > Br)
CaBr2 + I2 não há reação (reatividade: I < Br)
Quando um metal é deslocado de seu sal, o ânion do sal não toma parte na reação.
Exemplo:
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A equação iônica é muito mais representativa, porque ela indica a reação que realmente ocorre. A equação
iônica mostra que na reação há uma transferência de elétrons do metal zinco para o cátion de cobre.
Quando um não-metal é deslocado de seu sal, o cátion do sal não toma parte na reação.
Exemplo:
–
A equação iônica mostra que na reação há uma transferência de elétrons ânions Br para as moléculas de
Cl2.
Os metais mais reativos que o hidrogênio deslocam o hidrogênio dos ácidos diluídos não-oxidantes.
Os metais menos reativos que o hidrogênio não podem deslocar hidrogênio dos ácidos.
No caso de um metal funcionar com vários Nox, na reação com ácidos com libertação de hidrogênio forma-
se o sal do metal com menor Nox.
Os metais alcalinos e os metais alcalino-terrosos. exceto Mg e Be, reagem com água a frio, deslocando o
hidrogênio. No caso dos metais alcalinos, a reação é muito violenta.
Os outros metais mais reativos que o hidrogênio, tais como AI, Fe, Zn, Mn etc., praticamente não reagem
com a água a frio. A reação apenas se inicia e logo é interrompida.
Esses metais reagem com vapor de água a alta temperatura, deslocando o hidrogênio da água e dando os
respectivos óxidos.
Zn + H2O (vapor) ZnO + H2
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Os metais menos reativos (mais nobres) que o hidrogênio não podem deslocar o hidrogênio da água.
Cu + H2O não há reação
Ag + H2O não há reação
AB + CD AD + CB
O ácido carbônico (H2CO3) é instável; quando se forma numa reação, decompõe-se em CO2 e H2O. O
ácido sulfuroso (H2SO3) é também instável e, quando se forma numa reação, decompõe-se em SO2 e H2O.
As reações seguintes não ocorrem, porque neIas não se forma um produto que seja menos solúvel, nem
mais fraco e nem mais volátil que os reagentes:
AgCI + HNO3
BaSO4 + 2 NaOH NÃO HÁ
NaCI + NH4OH REAÇÃO
2 NaNO3 + K2SO4
Para você concluir se uma reação de dupla troca ocorre ou não, você precisa conhecer:
a) a força dos reagentes e dos possíveis produtos;
b) a volatilidade dos reagentes e dos possíveis produtos;
c) a solubilidade dos reagentes e dos possíveis produtos;
Resumindo:
1) Principais ácidos fortes: HCI, HBr, HI, H2SO4, HNO3 e outros ácidos oxigenados HxEOy nos quais (y – x) 2.
2) Principais ácidos semifortes: HF, H3PO4, H2SO3 e outros ácidos oxigenados HxEOy nos quais (y – x) = 1. No
H2CO3 (y – x) = 1 mas o ácido é fraco (exceção da regra).
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3) Principais ácidos fracos: H2S, HCN, CH3 – COOH e ácidos oxigenados HxEOy nos quais (y – x) = 0. Nota – Na
fórmula HxEOy x representa o número de átomos de H ionizáveis.
Sobre a volatilidade dos compostos envolvidos nas reações de dupla troca você deve saber que:
1) Todo composto iônico é não-volátil. Portanto, os sais e os hidróxidos metálicos (compostos iônicos) são não-
voláteis.
2) Principais ácidos voláteis: HF, HCI, HBr, HI, H2S, HCN, HNO2, HNO3 e CH3 – COOH.
3) Principais ácidos fixos ou não-voláteis: H3SO4, H3PO4 e demais oxácidos do fósforo, oxácidos do boro e do
silício.
4) Única base volátil: hidróxido de amônio.
o
regra n 5) 8) Ba(OH)2 solúvel (de acordo com a regra n 5)
o
É interessante notar que a maior parte das reações químicas envolve o confronto entre substâncias de
caracteres opostos, principalmente:
– caráter oxidante versus caráter redutor;
– caráter ácido versus caráter básico.
Os metais são redutores enquanto os não-metais são oxidantes. Pelos exemplos vistos notamos que,
em geral, as substâncias oxidantes encerram elementos com N ox elevados, enquanto as substâncias redutoras
encerram elementos com Nox baixos; desse modo, nas reações de oxi-redução os Nox elevados tenderiam a
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cair, e os Nox baixos tenderiam a subir, procurando um melhor equilíbrio no domínio dos elétrons envolvidos
na reação. Por exemplo, na reação:
Lembramos que no lugar do ácido e/ou da base podemos ter os óxidos correspondentes, com resultado
final semelhante. Por exemplo:
SO3 + 2 NaOH Na2SO4 + H2O
H2SO4 + Na2O Na2SO4 + H2O
SO3 + Na2O Na2SO4
As reações assinaladas com dois asteriscos (**), você poderá realizá-las, facilmente, em tubos de ensaio. A
neutralização total ou parcial, porém, só será constatada através de indicadores, que possam mostrar a maior
ou menor acidez ou basicidade do meio.
Isso só ocorre com ácidos fortemente oxidantes (principalmente HNO 3 e H2SO4, quando concentrado e
quente), e tem uma importância especial para os metais mais nobres que o hidrogênio (Cu, Hg, Ag, Au), que não
podem deslocar o hidrogênio dos ácidos.
A água régia (do latim "aqua regia" que significa "água real" ) é uma mistura de ácido nítrico e ácido clorídrico
concentrados, geralmente na proporção de 1 para 3. É um líquido altamente corrosivo de coloração amarela. É
uma das poucas substâncias que pode dissolver o ouro e a platina. E tem este nome de "água régia" devido a
propriedade de dissolver os metais nobres ("regios"), embora o tantálio, irídio e outros metais extremamente
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inertes possam suportar o seu ataque. A invenção da água régia é atribuída ao alquimista árabe Geber e era
muito empregada por outros alquimistas e, ainda hoje, é utilizada em diversos procedimentos analíticos.
Mesmo que a água régia ataque o ouro, nenhum dos seus ácidos constituintes pode atacá-lo isoladamente. Cada
ácido executa uma tarefa diferente. O ácido nítrico é um potente oxidante, que pode dissolver uma quantidade
minúscula (praticamente indetectável) de ouro, formando íons de ouro. O ácido clorídrico, por sua vez,
proporciona íons cloretos, que reagem com os íons de ouro, retirando o ouro da dissolução. Isto permite que o
ouro adicional continue oxidando-se.
A mistura perde a sua força rapidamente, por isso deve ser utilizada imediatamente após o preparo.
Prepare uma solução aquosa concentrada de NaOH. Coloque, nessa solução, alguns pedaços de iodo
sólido e verifique o “desaparecimento” do iodo.
São reações em geral fáceis, pois o metal tem tendência a ceder elétrons, enquanto o não-metal procura
recebê-Ios.
Evidentemente, a reação será tanto mais fácil quanto mais eletropositivo for o metal e quanto mais
eletronegativo for o não-metal.
2 K + F2 2 KF (reação facílima)
2 Au + 3 S Au2S3 (reação muito difícil)
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São também reações de dupla troca, que produzem um outro sal e uma base em geral menos solúvel que a
base inicial.
CuSO4 + 2 NaOH Cu(OH)2→ + Na2SO4 (**)
Precipitado
azul
Um caso particular importante é o das reações entre bases fortes e sais de amônio:
NH4CI + NaOH NaCI + NH4OH
NH3→ + H2O
Nesse caso, a base formada (NH4OH) se decompõe, liberando o gás amoníaco (NH3).
Também podemos assinalar que os hidróxidos dos metais nobres tendem a se decompor,
espontaneamente, no óxido correspondente e água; deste modo, temos, por exemplo:
Ag2O + H2O
São também reações de dupla troca que irão produzir outros dois sais, um dos quais deverá ser menos
solúvel que os sais iniciais.
Precipitado
alaranjado
O oxigênio é um não-metal bastante reativo. Consegue reagir com quase todos os demais elementos
químicos; a reação com o oxigênio é, em geral, denominada “queima” ou “combustão” e produz óxidos de vários
tipos. Nos exemplos seguintes, no lugar do oxigênio podemos considerar o ar, que é uma mistura de oxigênio e
nitrogênio; como o nitrogênio normalmente não reage, a ação do ar é bem “mais fraca” que a ação do oxigênio
puro:
a) A reação com metais produz, em geral, óxidos básicos, mas, às vezes, pode produzir óxidos anfóteros ou
peróxidos ou superóxidos. Exemplos:
2 Cu + O2 2 CuO (óxido básico)
4 AI + 3O2 2 Al2O3 (óxido anfótero)
2 Na + O2 Na2O2 (peróxido)
K + O2 KO2 (superóxido)
A reação é tanto mais fácil quanto mais eletropositivo for o metal (veja "fila de reatividade").
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b) A reação com não-metais produz óxidos ácidos (ou óxidos indiferentes). Exemplos:
S + O2 SO2 (**)
4 P + 5 O2 2 P2O5
(ou P4 + 5 O2 2P2O5)
d) O oxigênio (mesmo do ar) reage com sulfetos metálicos em temperaturas elevadas; frequentemente, é
produzido o óxido do metal. Exemplos:
2 ZnS + 3 O2 2
Blenda
As reações do oxigênio com sulfetos têm uma grande importância prática nas indústrias metalúrgicas são
denominadas reações de ustulação dos sulfetos.
a) Com não-metais, formam-se hidretos gasosos, moleculares, estáveis e de caráter ácido. Por exemplo:
H2 + Cl2 2 HCI
H2 + S H2S
Faz exceção a água (2H2 + O2 2H2O), que é líquido e não tem caráter ácido nem básico (é anfótera).
b) Com metais, formam-se hidretos sólidos, cristalinos, iônicos, muito reativos e de caráter básico. Por exemplo:
2 Na + H2 2 NaH (hidreto de sódio)
Ca + H2 CaH2 (hidreto de cálcio)
Como já vimos, esses hidretos hidrolisam (reagem com água) facilmente, sendo por isso afetados até pela
umidade do ar. Exemplo:
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Nos hidretos metálicos, o hidrogênio está na forma de ânion (H –) e, portanto, seu Nox é –1.
b) Os metais comuns só reagem com a água por aquecimento, formando os óxidos correspondentes.
Exemplos:
Os haletos de fósforo pentavalente (PCI5 e PBr5) formam H3PO4 e o ácido halogenídrico. Exemplo:
PBr5 + 4 H2O H3PO4 + 5 HBr
a) Dentre os hidrácidos, o HF e o HCI são bastante estáveis diante do calor. Os demais se decompõem em
maior ou menor extensão, quando aquecidos:
2 HI H2 + I2
Dentre os oxiácidos comuns, o H2SO4 é o mais estável; o HNO3 e o H3PO4 são relativamente estáveis. Os
demais se decompõem, dando normalmente água e o anidrido correspondente:
2H3PO3 3 H2O + P2O3
2 HNO2 H2O + N2O3
NO2 + NO
Nesse último caso, até o próprio anidrido se decompõe em óxidos mais simples.
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Como já vimos, alguns oxiácidos são tão instáveis que se decompõem espontaneamente em temperatura
ambiente:
b) Dentre os hidróxidos, os hidróxidos alcalinos são tão estáveis que podem ser fundidos sem decomposição.
Os demais se decompõem pelo calor, dando água e o óxido correspondente:
Ca(OH)2 CaO + H2O
2 Fe(OH)3 Fe2O3 + H2O
c) De modo geral, os sais são muito mais estáveis diante do calor do que os ácidos e bases
correspondentes. Entretanto, quando o ácido e/ou a base forem instáveis ou muito sensíveis ao calor, esse
fato irá se refletir em seus sais:
CaCO3 CaO + CO2
Fe2(CO3)3 Fe2O3 + 3 CO2
Alguns oxi-sais, com o elemento central em número de oxidação elevado, se decompõem com liberação de
oxigênio. Exemplos:
KCIO4 KCI + 2 O2
2 KClO3 2 KCl + 3 O2
2 KNO3 2 KNO2 + O2
Dois casos particulares interessantes são (cuidado, reações explosivas):
NH4NO3 N2O + 2 H2O
NH4NO2 N2 + 2 H2O
d) Os óxidos, de modo geral, são muito estáveis diante do calor. Essa é uma das razões da existência de
inúmeros óxidos metálicos na crosta terrestre. Entretanto, sofrem decomposição pelo calor:
– os óxidos dos metais muito nobres:
2 Ag2O 4 Ag + O2→
– certos óxidos de não-metais:
2 N2O5 4 NO2 + O2→
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ACERTAR OS COEFICIENTES ou BALANCEAR uma equação química é igualar o número total de átomos
de cada elemento, no 1o e no 2o membros da equação.
Vamos explicar os dois métodos mais comuns de balanceamento:
– método direto ou “por tentativas”;
– método de oxi-redução.
REGRAS PRÁTICAS
Regra (a):raciocinar com o elemento (ou radical) que aparece apenas uma vez no 1 o e no 2o membros da
equação;
Regra (b): preferir o elemento (ou radical) que possua índices maiores;
Regra (c): escolhido o elemento (ou radical), transpor seus índices de um membro para outro, usando-os
como coeficientes;
Regra(d): prosseguir com os outros elementos (ou radicais), usando o mesmo raciocínio, até o final do
balanceamento.
Regra (c):
Conclusão: 4 Al + 3 O2 2 Al2O3
Observação
No balanceamento estamos mais interessados na proporção entre os coeficientes do que nos
coeficientes em si. Por isso, podemos multiplicar ou dividir todos os coeficientes por um mesmo número:
a equação: 4 Al + 3 O2 2 Al2O3
equivale a: 8 Al + 6 O2 4 Al2O3
3
ou a: 2 Al + O2 Al2O3
2
Entretanto, é sempre preferível a primeira representação, em que os coeficientes são números inteiros e
os menores possíveis.
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Regra (a): devemos raciocinar com o Ca ou o P, porque o O já aparece duas vezes no 1o membro (no CaO
e no P2O5).
Regra (b): preferimos o Ca, que possui índices maiores (1 e 3).
Regra (c):
Observe que, na equação final, o oxigênio ficou automaticamente acertado com 3 + 5 = 4 . 2 = 8 átomos,
antes e depois da reação. Observe também que, na equação final, não é necessário escrever o coeficiente 1; no
entanto é prudente conservar o coeficiente 1 até o final, para lembrar que ele já foi acertado.
Regra (a): devemos raciocinar com o AI, o S ou com o radical SO24, (e não com o H e o O, que aparecem
várias vezes).
Regra (b): preferimos o SO 24 que apresenta índices maiores (1 e 3).:
Regra (c):
Finalmente, o coeficiente da água pode ser acertado pela contagem dos H ou dos O:
2 Al(OH)3 + 3 H2SO4 2
(SO4)3 + 6 H2O
Regra (a): procurar todos os elementos que sofrem oxi-redução e determinar seus Nox antes e depois da
reação.
Regra (b): calcular a variação total (∆) do Nox do oxidante e do redutor, da seguinte maneira:
Variação do Nox . Número de átomos do elemento
do elemento
na molécula considerada
(Esse cálculo pode ser feito no 1o ou no 2o membro da equação, de preferência onde o ∆ for maior; mas, cuidado
para só calcular o ∆ onde os átomos realmente sofrem oxi-redução.)
Regra (c): tomar o ∆ do oxidante como coeficiente do redutor e vice-versa.
Regra (d): prosseguir o balanceamento com as regras aprendidas no método direto ou "por tentativas".
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Regra (c):
Poderíamos ter efetuado as etapas (b) e (c) no 2 o membro, com o H3PO4 e o NO; no caso, isso seria
indiferente.
Regra (d):
Por fim, falta acertar o coeficiente do H2O, o que pode ser feito pela contagem dos átomos de hidrogênio ou
oxigênio:
3 P + 5 HNO3 + 2 H2O 3 H3PO4 + 5 NO
Numa reação de oxi-redução, o número total de elétrons cedidos pelo redutor é igual ao número total de
elétrons recebidos pelo oxidante.
Sendo assim, quando na regra (b) nós calculamos o ∆, ele está representando o número total de elétrons
que o elemento irá ceder ou receber. Nesse primeiro exemplo, temos:
∆=5
Ora, para igualarmos os números de elétrons devemos fazer uma "inversão" de acordo com a regra (c):
Desse modo, são obtidos os dois primeiros coeficientes da equação. Daí por diante, podemos prosseguir o
balanceamento "por tentativas".
231
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OBSERVAÇÃO:
Evidentemente, na explicação acima, quando falamos em “ceder” e “receber” elétrons, a expressão é real
somente para ligações iônicas; em se tratando de ligações covalentes, a expressão passa a ser simbólica,
indicando, na verdade, a “perda” ou o “ganho” do domínio sobre os elétrons, em função das
eletronegatividades dos elementos envolvidos.
Regra (a):
Regra (b):
Regra (c):
Podemos simplificar os coeficientes 2 e 6, passando a usar 1 e 3 coeficiente 1 não precisa ser escrito: em
equações longas, contudo, é bom escrevê-Io para lembrar que ele já foi acertado.
Regra (d):
Estão faltando apenas os coeficientes H2SO4 no 1o membro e H2O no 2o membro. Contando-se os radicais
SO 24 no 2o membro, encontramos 7; temos então:
7 H2SO4 no 1o membro
232
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Finalmente, acertamos o coeficiente do H2O no 2o membro, contando os átomos de hidrogênio (ou oxigênio)
no 1o membro:
OBSERVAÇÃO:
Se você acertou o coeficiente da H2O contando os átomos de hidrogênio, o balanceamento já está
encerrado. No entanto, recomenda-se também a contagem dos átomos de oxigênio simplesmente para conferir o
balanceamento. Não se esqueça de que a equação só estará corretamente balanceada se houver uma igualdade
do número de átomos de todos os elementos, no 1o e no 2o membros.
CUIDADO:
– os átomos de CI em (C) sofrem, realmente, oxidação;
– os átomos de Cl em (B) não sofrem nem oxidação nem redução, pois seu N ox. não variou do 1o para o 2o
membro;
– de (A) partirão os átomos de cloro que irão para (C), sofrendo oxidação, e os átomos de cloro que irão
para (B), nada sofrendo.
Portanto, só podemos nos valer do cloro em (C) para efetuar o balanceamento por oxi-redução, pois
somente eles sofreram realmente oxidação.
Regra (b):
Regra (c):
Podemos prosseguir o balanceamento com esses coeficientes, 2 MnCl2 e 2 Cl2, ou podemos simplificar
para 1 MnCl2 e 1 Cl2.
Regra (d):
Há alguns casos particulares de balanceamento por oxi-redução, mas que, felizmente, não fogem às regras
práticas que aprendemos até agora. Vamos citar os seguintes:
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Regra (a):
Note que o H2O2 pode, às vezes, agir como oxidante, outras vezes, como redutor. Neste caso, contudo, o
H2O2 só pode estar sofrendo oxidação, uma vez que o KMnO4 está sofrendo redução.
Regra (b):
Regra (c):
Regra (d):
a seguir:
a seguir:
finalmente,
234
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Exemplo
Cl2 + NaOH NaCI + NaCIO3 + H2O
Regra (a):
Regra (b):
Evidentemente, nesse caso, os cálculos dos ∆ só podem ser feitos no 2o membro da equação:
Regra (c):
Regra (d):
finalmente,
235
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Regra (a):
Regra (b):
Regra (c):
Regra (d):
a seguir:
finalmente,
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OBSERVAÇÃO:
Numa equação iônica, corretamente balanceada, o total de cargas elétricas deve ser igual do 1 o ao 2o
membro da equação.
No exemplo anterior:
1o membro: 2(–1) + 10(–1) + 16(+1) = +4
1o membro: 2(+2) = +4
Em certas ocasiões essa igualdade pode, inclusive, ajudar a completar o processo de balanceamento da
equação iônica.
No caso dos íons, o número de oxidação é a carga elétrica real, ou seja, o número de elétrons perdidos ou
ganhos por determinado átomo para converter-se em um íon.
No caso dos compostos covalentes, o número de oxidação é a carga elétrica teórica, ou seja, o número de
elétrons que o átomo iria perder ou ganhar se houvesse uma quebra heterolítica (heterólise) da ligação covalente,
de forma que os elétrons compartilhados através das ligações ficassem com o elemento mais eletronegativo;
H C N
Nox do H = +1, pois se houvesse uma heterólise o átomo de hidrogênio perderia 1 elétron;
Nox do C = caso houvesse uma heterólise o átomo de carbono ganharia 1 elétron do H e perderia 3 elétrons para
o N, assim o seu Nox é igual a +2 (-1+3=+2);
Nox do N = caso houvesse uma heterólise o átomo de nitrogênio ganharia 3 elétrons do C, assim seu Nox é igual
a -3;
Observe que a soma dos Nox em uma molécula é igual a zero (+1+2-3=0);
Em moléculas com ligações covalentes apolares o número de oxidação de cada elemento é zero, pois não há
diferença de eletronegatividade entre os átomos, assim cada átomo fica com seu próprio elétron na ligação
covalente. Assim o Nox de cada átomo em substâncias simples como o H 2, Cl2, N2, O3, S8 é igual a zero;
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2) O Nox de cada átomo em uma substância simples é zero. Exemplos: H 2, Cl2, N2, O3, S8, etc.
3) O Nox de um íon monoatômico é a própria carga do íon. Exemplos: Na + (Nox= +1); Fe2+ (Nox= +2); Al3+ (Nox=
+3); Pb4+ (Nox= +4); Cl- (Nox= -1); O2- (Nox= -2); N3- (Nox= -3).
4) Em substâncias compostas alguns metais vão apresentar Nox fixo. Exemplos:
Família 1A (Nox= +1): Li +, Na+, K+, Rb+, Cs+, Fr+;
Família 2A (Nox= +2): Mg2+, Ca2+, Sr2+, Ba2+, Ra2+;
Ag+ (Nox= +1); Zn2+ (Nox= +2); Cd2+ (Nox= +2); Al3+ (Nox= +3); Bi3+ (Nox= +3);
5) O Nox do hidrogênio em seus compostos geralmente é +1, exceto nos hidretos metálicos (NaH, LiH, CaH2,
etc), em que é -1.
6) O Nox do oxigênio em seus compostos geralmente é -2. Exceções: Nos peróxidos o Nox do oxigênio é -1
(H2O2, Na2O2, CaO2, etc); Nos superóxidos o Nox do oxigênio é -1/2 (Na2O4, K2O4, CaO4, etc); em compostos com
flúor o oxigênio tem Nox positivo, pois o flúor é mais eletronegativo que o oxigênio: O 2F2 (Nox O = +1); OF2 (Nox O
= +2);
7) Em substâncias compostas alguns metais vão apresentar Nox variável. Exemplos:
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2. (Ufv) Complete as equações das reações a seguir e 4. (Ufrrj) Dadas as substâncias (PbCØ‚, Na‚SO„, Zn,
preencha a tabela com os nomes e funções das H‚SO„, C, O‚ e Na‚S), combine-as duas a duas de tal
substâncias indicadas: modo que se obtenha um produto com:
a) formação de um precipitado.
a) HƒPO„ + Mg(OH)‚ ë _________+_________ b) formação de um óxido gasoso.
c) formação de um hidrácido.
b) BaCØ‚ + Na‚COƒ ë __________+_________ d) variação do número de oxidação.
- O cloreto de chumbo é um sólido branco, pouco emitido por estações de rádio. Era o chamado rádio de
solúvel em água. galena, cuja peça central constituía-se de um cristal
- O nitrato de potássio é branco e solúvel em água. de galena, que é um mineral de chumbo, na forma de
- Todos os sais de sódio são solúveis em água. sulfeto, de cor preta. O sulfeto de chumbo também
aparece em quadros de vários pintores famosos que
7. (Fuvest) Foi realizado o seguinte experimento, em usaram carbonato básico de chumbo como pigmento
quatro etapas: branco. Com o passar do tempo, este foi se
I) Em um copo de vidro, contendo alguns pregos de transformando em sulfeto de chumbo pela ação do
ferro lixados, foi colocada uma solução de tintura de gás sulfídrico presente no ar, afetando a luminosidade
iodo (iodo em solução de água e álcool comum, de cor da obra. Para devolver à pintura a luminosidade
castanho-avermelhada), em quantidade suficiente original que o artista pretendeu transmitir, ela pode ser
para cobrir os pregos. Depois de algumas horas, tratada com peróxido de hidrogênio, que faz com que
observou-se descoloração da solução. o sulfeto de chumbo transforme-se em sulfato, de cor
II) A solução descolorida foi despejada em um outro branca.
copo, separando-se-a dos pregos. a) Escreva os símbolos químicos do chumbo e do
III) À solução descolorida, foram adicionadas algumas enxofre. Lembre-se de que os símbolos químicos
gotas de água sanitária (solução aquosa de hipoclorito desses elementos se originam de seus nomes latinos
de sódio, cujo pH é maior que 7). Observou-se o "plumbum" e "sulfur".
reaparecimento imediato da cor castanho- b) Escreva a equação química que representa a
avermelhada e formação de um precipitado. transformação do sulfeto de chumbo em sulfato de
IV) Adicionaram-se, à mistura heterogênea obtida em chumbo pela ação do peróxido de hidrogênio.
III, algumas gotas de ácido clorídrico concentrado. A c) Dentre as transformações químicas citadas nesta
solução continuou castanho-avermelhada, mas o questão, alguma delas corresponde a uma reação de
precipitado foi dissolvido. óxido-redução? Responda sim ou não e justifique a
a) Escreva a equação química balanceada para a sua resposta.
reação que ocorre na etapa I.
b) Quais os produtos das transformações que ocorrem 10. (Pucrj) Os coeficientes estequiométricos da reação
na etapa III? química balanceada dada a seguir são:
c) Escreva a equação química balanceada para a a KMnO„ (aq) + b FeCØ‚ (aq) + c HCl (aq) ë
reação que ocorre na etapa IV. ë d MnCØ‚ (aq) + e FeC؃(aq) + f KCØ (aq) + g H‚O
Observações: (aq),
Hipoclorito, CØO, é um oxidante que se reduz a a) a = 1, b = 5, c = 8, d = 1, e = 5, f = 1, g = 4.
cloreto, CØ, em meio aquoso. b) a = 5, b = 2, c = 3, d = 1, e = 2, f = 8, g = 10.
O precipitado da etapa III envolve o cátion formado na c) a = 3, b = 5, c = 3, d = 1, e = 3, f = 10, g = 8.
etapa I. d) a = 2, b = 10, c = 3, d = 1, e = 2, f = 10, g = 8.
Na tintura de iodo, o álcool está presente apenas para e) Nenhuma das alternativas apresenta o conjunto
aumentar a solubilidade do iodo. correto de coeficientes estequiométricos.
8. (Ufg) Superóxido de potássio sólido, KO‚(s), é 11. (Ufc) Alguns compostos químicos são tão instáveis
comumente empregado em máscaras protetoras que sua reação de decomposição é explosiva. Por
contra gases. Esse superóxido remove tanto o vapor exemplo, a nitroglicerina se decompõe segundo a
d'água exalado quanto o gás carbônico. O vapor equação química a seguir:
d'água é removido após reagir com o superóxido. O x CƒH…(NOƒ)ƒ(Ø) ë y CO‚(g) + z H‚O(Ø) + w N‚(g) + k
gás carbônico é removido após reagir com um dos O‚(g)
produtos da reação anterior. Escreva as equações A partir da equação, a soma dos coeficientes x + y + z
químicas que representam as reações químicas + w + k é igual a:
envolvidas. a) 11
b) 22
9. (Unicamp) No início das transmissões radiofônicas, c) 33
um pequeno aparelho permitia a recepção do sinal d) 44
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Fonte: UNIVERSIDADE FEDERAL DE BRASILIA. A ( ) Esta equação, quando balanceada, obedece a lei
contribuição dos portugueses. ATAN/DAB/SPS/MS. de conservação das massas.
( ) O produto da reação entre o Óxido de Cálcio e a
água é um Ácido de Arrhenius.
Para fazer a massa de pães e bolos aumentarem de ( ) Os coeficientes que balanceiam corretamente a
volume, e comum o uso de algumas substâncias reação são, respectivamente: 1 1 1.
químicas: ( ) Na presença do indicador ácido-base
Fenolftaleína, o Hidróxido de Cálcio apresenta
I. O bromato de potássio era comumente utilizado no coloração rósea.
preparo do pão francês; no entanto, nos dias atuais, ( ) A reação representada acima é uma reação de
essa substancia esta proibida mesmo em pequenas decomposição.
quantidades. O bromato de potássio era utilizado
para proporcionar um aumento de volume no A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de
produto final devido a formação de O2 , conforme a cima para baixo, é:
reação a) V – F – F – V – F.
b) V – V – V – F – V.
2KBrO3 (s) 2KBr(s) 302 (g) c) F – V – V – V – F.
d) F – F – F – F – F.
II. A adição de fermentos, como o bicarbonato de e) V – F – V – V – F.
sódio no preparo de bolos, é utilizada desde a
antiguidade até os dias atuais e resulta no TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
crescimento da massa e na maciez do bolo. O Uma medida adotada pelo governo do estado para
bicarbonato de sódio, devido à liberação de gás amenizar a crise hídrica que afeta a cidade de São
carbônico, é utilizado para expandir a massa e Paulo envolve a utilização do chamado “volume morto”
deixá-la fofa, conforme a reação dos reservatórios do Sistema Cantareira. Em artigo
2NaHCO3 (s) Na2CO3 (s) CO2 (g) H2O publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo, três
especialistas alertam sobre os riscos trazidos por esse
Sobre essas reações, é correto afirmar que procedimento que pode trazer à tona poluentes
a) a primeira é de síntese e a segunda é de depositados no fundo das represas, onde se
deslocamento. concentram contaminantes que não são tratados por
b) a primeira é de decomposição e a segunda é de sistemas convencionais. Entre os poluentes citados
deslocamento. que contaminam os mananciais há compostos
c) a primeira é de síntese e a segunda é de inorgânicos, orgânicos altamente reativos com os
decomposição. sistemas biológicos, microbiológicos e vírus. Segundo
d) as duas são de decomposição. as pesquisadoras, “quanto mais baixo o nível dos
reservatórios, maior é a concentração de poluentes,
e) as duas são de síntese, pois formam O2 e CO2
recomendando maiores cuidados”.
respectivamente.
http://sao-paulo.estadao.com.br. Adaptado.
2. (Uepa 2015) Alguns metais reagem com a água,
quando aquecidos, formando óxidos e liberando gás
hidrogênio, como no caso da reação abaixo:
4. (Unesp 2015) De modo geral, em sistemas
aquáticos a decomposição de matéria orgânica de
Fe(s) H2O( ) Fe3O4(s) H2(g)
origem biológica, na presença de oxigênio, se dá por
meio de um processo chamado degradação aeróbica.
Considerando a reação acima (não balanceada), é As equações representam reações genéricas
correto afirmar que: envolvidas na degradação aeróbica, em que
a) é uma reação de decomposição. "MO" matéria orgânica contendo nitrogênio e enxofre.
b) é uma reação de neutralização.
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se tornar friável e a se esboroar (desfazer) num pó 08) Carbonato de cálcio é um exemplo de sal insolúvel
acinzentado e não metálico — continua sendo em água.
estanho, mas com forma estrutural diferente”. 16) O ácido carbônico formado na reação II é um
ácido fraco, instável e se decompõe formando
(Adaptado de Os Botões de Napoleão — Penny Le água e dióxido de carbono.
Couteur e Jay Burreson — p. 8).
11. (utfpr) Dadas as equações:
8. (Espcex (Aman) 2014) Em relação ao texto acima e
baseado em conceitos químicos, são feitas as I. CuC 2 H2SO4 CuSO4 2HC
II. CuSO4 2NaOH Cu OH2 Na2SO4
seguintes afirmativas:
I. o texto faz alusão estritamente a ocorrência de III. Cu OH2 CuO H2O
fenômenos físicos.
II. o texto faz alusão a ocorrência de uma reação de
oxidação do estanho do botão. A classificação da reação equacionada e a função
III. o texto faz alusão a ocorrência de uma reação de química do composto assinalado em negrito são:
síntese. a) em I, dupla troca e ácido.
IV. o texto faz alusão a ocorrência de uma reação sem b) em II, dupla troca e base.
transferência de elétrons entre as espécies c) em III, síntese e óxido.
estanho metálico e o oxigênio do ar. d) em I, simples troca e sal.
e) em III, análise e sal.
Das afirmativas apresentadas estão corretas apenas:
a) II e III. 12. (Ufrn) O oxigênio dissolvido (OD) na água é um
b) III e IV. dos parâmetros importantes para estabelecer a sua
c) II e IV. qualidade e conhecer a possibilidade de vida nos
d) I e III. sistemas aquáticos. A quantidade de oxigênio
e) I e II. dissolvido na água não pode ser menor que 2 mg/L
para que os peixes sobrevivam.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: A seguir, é apresentada a sequência de reações de
Dadas as equações químicas abaixo, responda à(s) um método desenvolvido em solução aquosa, para a
questão(ões): determinação da quantidade de oxigênio dissolvido na
água:
ΔH 802 kJ / mol
E
I. Me tano Ar produtos
10. (Uem 2013) Considere as reações abaixo e concentração de oxigênio dissolvido, o que
assinale a(s) alternativa(s) correta(s). possibilita determinar o OD na água.
d) A reação V é de decomposição.
I. SO3 H2O H2SO4
13. (Espcex (Aman) 2012) O quadro a seguir
II. H2SO4 CaCO3 CaSO4 H2CO3
relaciona ordem, equação química e onde as mesmas
III. CaSO4 NaOH Ca OH2 Na2SO4 ocorrem:
01) A reação I é uma reação de adição.
02) A reação III é uma reação de neutralização.
04) Todas as reações apresentadas acima estão
balanceadas.
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A) reação de eliminação:
C4H10O + 6O2 → 4CO2 + 5H2O.
B) reação de adição:
C4H8Br2
KOH
Álcool
C4H6 + 2HBr
C) reação de oxidação:
HCOH + 2[H] → CH3OH.
Nesse esquema, água, NHƒ e NO‚ sofrem,
D) reação de substituição:
CH4 + HNO3 → CH3NO2 + H2O. respectivamente,
a) redução, oxidação e desproporcionamento.
18. (Mackenzie ) I) KCØ + Mg(NOƒ)‚ ë não ocorre. b) eletrólise, redução e desproporcionamento.
c) desproporcionamento, combustão e hidratação.
II) Pb(NOƒ)‚ + KCØ ë ocorre reação de dupla troca d) hidratação, combustão e oxidação.
com formação de precipitado. e) redução, hidratação e combustão.Obs:
desproporcionamento = oxidação e redução
III) NaƒPO„ + KNOƒ ë não ocorre. simultânea do mesmo elemento numa dada
substância.
IV) NaƒPO„ + Ba(NOƒ)‚ ë ocorre reação de dupla
troca com formação de precipitado. 22. (cftmg) Nas regiões industriais, um dos principais
Baseando-se nos resultados das experiências I, II, III e agentes poluentes é o ácido sulfúrico formado na
IV, conclui-se que o nome e a fórmula corretos do atmosfera de acordo com as reações representadas
precipitado da experiência: pelas equações:
a) II são nitrato de potássio e KNOƒ. I) 2 SO‚(g) + O‚(g) ë 2 SOƒ(g)
b) IV são fosfato de bário e BaƒPO„. II) SOƒ(g) + H‚O(Ø) ë H‚SO„(aq)
c) II são cloreto de chumbo II e Pb‚CØ. Com relação a essas reações, é correto afirmar que
d) IV são nitrato de sódio e NaNOƒ. a) a reação I é de análise.
e) IV são fosfato de bário e Baƒ(PO„)‚. b) as duas reações são de síntese.
c) a reação II é uma mistura heterogênea.
19. (Pucpr) Quais das substâncias abaixo, que, em d) todas espécies nas reações I são substâncias
solução aquosa, ao reagirem, formam um produto compostas.
gasoso:
Na‚COƒ H‚SO„ Mg(OH)‚ KMnO„ CaO 23. (Puc-rio) As reações químicas podem ser
a) CaO + H‚O ë classificadas de acordo com as suas especificidades.
b) Na‚COƒ + KMnO„ ë
c) Na‚COƒ + H‚SO„ ë I) 2KCØOƒ(s) ì 2KCØ(s) + 3O‚(g)
d) H‚SO„ + Mg(OH)‚ ë
e) CaO + Mg(OH)‚ ë II) FeC؃(aq) + 3 KSCN(aq) ë Fe(SCN)ƒ(aq) + 3
KCØ(aq)
20. (Ufpe) Em qual das reações abaixo ocorre maior
variação do estado de oxidação do carbono? III) Na(s) + H‚O(Ø) ë NaOH(aq) + 1/2 H‚(g)
a) CH‚ƒCOOH + NaOH ë CH‚ƒCOONa + H‚O
b) CaC‚ + H‚O ë C‚H‚ + CaO IV) N‚(g) + 3H‚(g) ë 2NHƒ(g)
c) C‚H‚ + 5/2 O‚ ë 2 CO‚ + H‚O
d) CH„ + 2 O‚ ë CO‚ + H‚O V) SnCØ‚(aq) + 2FeC؃(aq) ë SnCØ„(aq) +
e) CO + 1/2 O‚ ë CO‚ 2FeCØ‚(aq)
A respeito das equações, numeradas de I a V, está
21. (Fuvest) O esquema simplificado a seguir mostra correto afirmar que a reação:
como se pode obter ácido nítrico, HNOƒ, a partir de ar a) I é de síntese ou adição.
e água: b) II é de oxirredução.
c) III é de simples troca ou deslocamento.
d) IV é de análise ou decomposição.
e) V é de dupla troca.
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Identifique a opção que apresenta uma afirmativa 32. (Ufrn) Nas cinco equações químicas enumeradas
correta em relação ao tratamento da água por abaixo, estão representadas reações de simples troca,
processos químicos: também chamadas reações de deslocamento:
a) a fase de coagulação é representada por uma 1) Fe(s) + 2 AgNOƒ(aq) ë Fe(NOƒ)‚(aq) + 2 Ag(s)
reação de dupla troca;
b) o hipoclorito de sódio (NaClO) é um sal orgânico; 2) 3 Ni(s) + 2 AlClƒ(aq) ë 3 NiCl‚(aq) + 2 Al(s)
c) a fase de coagulação é representada por uma
reação de desproporcionamento; 3) Zn(s) + 2 HCl(aq) ë ZnCl‚(aq) + H‚(g)
d) o sulfato de cálcio (CaSO„) é um sal básico;
e) o Ca(OH)‚ é uma monobase. 4) Sn(s) + 2 Cu(NOƒ)‚(aq) ë Sn(NOƒ)„(aq) + 2 Cu(s)
30. (Ufpe) Associe cada equação a seguir, ao tipo de 5) 2 Au(s) + MgCl‚(aq) ë 2 AuCl(aq) + Mg(s)
reação adiante: Analisando essas equações, com base na ordem
decrescente de reatividades (eletropositividades)
mostrada a seguir,
Mg > Al > Zn > Fe > Ni > H > Sn > Cu > Ag > Au ,
pode-se prever que devem ocorrer espontaneamente
apenas as reações de número
a) 3, 4 e 5.
b) 2, 3 e 5.
c) 1, 2 e 3.
d) 1, 3 e 4.
34. (Ufsm)
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Resposta da questão 2:
[C]
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agente 1
oxidante Sn(s) O2 (g) SnO(s)
2
CH2O n nO2 nCO2 nH2O
0 2 (redução) Resposta da questão 9:
[C]
agente
oxidante [I] CH4(g) O2(g) CO2(g) H2O(v) reação de combustão
MnSO4 aq 2NaOH aq Mn OH2 Conclusão: O alumínio é mais reativo que o ferro e ambos
s Na2SO4 aq são mais reativos que a prata.
AB CD AD BC (dupla troca)
Podemos confirmar a conclusão utilizando a fila de
[C] Correta. O I2aq formado no processo equivale, ou seja, reatividade:
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