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SUMÁRIO
DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS.......................................................................................................... 2
DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS........................................................................................... 2
LIBERDADE DE EXPRESSÃO (ART. 5º, IV, V, IX, X e XIV, CF) ....................................................................... 2
LIBERDADE DE CRENÇA e CONSCIÊNCIA (ART. 5º, VI, VII, VIII, CF) ............................................................ 5
ESCUSA DE CONSCIÊNCIA .............................................................................................................................. 6
Esta liberdade serve de amparo para uma série de possibilidades no que tange ao
pensamento. A manifestação do pensamento diz respeito à exteriorização de ideias, por escrito
ou oralmente, mas também o direito de ouvir, assistir e ler.
Desse modo, podemos concluir que a denúncia anônima não pode, isoladamente, servir
de fundamento para instauração de processo formal contra o denunciado, autorizando apenas
medidas informais para a verificação dos fatos denunciados.
A vedação do anonimato não impede que o jornalista guarde o sigilo de suas fontes 1,
respondendo ele, porém, caso opte pelo sigilo, por declarações falsas, injuriosas, difamatórias
etc.
E sobre o SIGILO DA FONTE, sempre importante lembrar que se trata de exceção e sendo apenas
permitido aos que estiverem ou necessitarem em razão do EXEERCÍCIO PROFISSIONAL.
Nunca se esquecer também das complicações penais sobre a honra (Calúnia, art. 138 do CP,
Difamação – art. 139 do CP, Injúria art. 140 do CP), bem como sobre a obrigação de prestar
depoimentos para órgãos públicos (art. 342 do CP – Falso Testemunho).
Aqui é importante que você não confunda nunca a vedação ao anonimato (em que não
consigo identificar quem produz ou propaga a informação) com o Sigilo da Fonte (em que aqui
eu tenho perfeitamente identificados os responsáveis por qualquer veiculação ou divulgação
de informação).
Ainda que não se saiba a fonte, sabe-se quem propaga ou divulga (Ex.: o jornalista, o
advogado etc.), portanto, teríamos responsáveis por qualquer violação de direito à honra ou
intimidade de quem quer que seja.
1XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
2Art. 220, § 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
“...os efeitos “nefastos” das notícias falsas sobre o processo democrático no país, ao
constatar que a desinformação divulgada em larga escala passou a influenciar
diretamente as escolhas da sociedade nos mais variados temas. “Vemo-nos às voltas
com ataques sistemáticos que em absoluto se circunscrevem com críticas e divergências
abarcadas no direito de livre expressão e manifestação assegurados
constitucionalmente, traduzindo, antes, ameaças destrutivas às instituições e a seus
membros com a intenção de desmoralizá-las” (Min. Rosa Weber, ADPF 572/2019)
“...o inquérito não trata do cerceamento de liberdade, mas da garantia de liberdades e
direitos essenciais. Segundo ela, o STF não permite qualquer tipo de censura, mas não é
possível considerar como protegidos pela liberdade de expressão atos que atentem
contra a Constituição, incitem o ódio ou o cometimento de crimes. Em seu
entendimento, as ofensas investigadas atingem todo o Poder Judiciário. “Se um juiz do
STF não tem garantia de sua incolumidade física e a de seus familiares, um juiz isolado
no interior do país também não poderá se sentir seguro”, observou. “Democracia se
guarda pela defesa do sistema". (Min. Carmem Lúcia, ADPF 572/2019)
“...destacou a gravidade dos fatos e afirmou que o uso sistemático de robôs para divulgar
notícias falsas e ameaças não é liberdade de expressão, mas um movimento orquestrado
para afetar a credibilidade do STF. Na sua avaliação, a divulgação massiva de notícias
inverídicas viola o direito da sociedade de ser devidamente informada (Min. Gilmar
Mendes, ADPF 572/2019).
LIBERDADE DE CRENÇA E CONSCIÊNCIA (ART. 5º, VI, VII, VIII, CF)
Uma primeira pergunta deve ser feita acerca da liberdade religiosa em nosso país: qual a
religião oficial do Brasil? A única resposta possível é: nenhuma. A liberdade religiosa do Estado
brasileiro é incompatível com a existência de uma religião oficial. É o que apresenta o (inciso
VI do Art. 5°)
Por causa da liberdade religiosa, é possível exercer qualquer tipo de crença no país. É
possível ser católico, protestante, mulçumano, ateu ou satanista. Isso é liberdade de crença ou
consciência. Liberdade de crer ou não crer. Convém notar que o inciso VI, além de proteger as
crenças e cultos, também protege as suas liturgias. Apesar do amparo constitucional, não se
pode utilizar esse direito para praticar atos contrários às demais normas do direito brasileiro,
como sacrificar seres humanos como forma de prestar culto a determinada divindade. Isso a
liberdade religiosa não ampara.
ESCUSA DE CONSCIÊNCIA
Estamos diante do instituto da ESCUSA DE CONSCIÊNCIA. Esse direito permite que
qualquer pessoa, em razão de sua crença ou consciência, deixe de cumprir uma obrigação
imposta, sem que com isso sofra alguma consequência em seus direitos. Tal permissivo
constitucional encontra uma limitação prevista expressamente no texto em análise. No caso de
uma obrigação imposta a todos, se o indivíduo recusar-se ao seu cumprimento, ser-lhe-á
oferecida uma prestação alternativa. Se ele não a cumprir também, a Constituição permite que
direitos sejam restringidos, ocorrendo a PERDA dos direitos políticos. O Art. 15 prescreve que
os direitos restringidos serão os direitos políticos:
“Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só
se dará nos casos de:
IV – recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos
termos do Art. 5°, VIII”.