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Leia o texto e, depois, responda a questão abaixo.

O etnocentrismo é o ato de pôr uma cultura, nacionalidade, raça, religião no centro de tudo, ou seja,
como se fosse a única, e como se fosse a melhor de todas em relação às outras. O etnocentrismo é
praticado tanto individualmente como coletivamente. Acontece que o etnocentrismo não é nada
saudável, pois engendra consequências como o racismo e a discriminação, e às vezes chega ao extremo,
levando pessoas etnocêntricas a matarem outras por serem diferentes. [...] pode levar a atrocidades e
massacres, assim como as atitudes de Hitler que perseguiu, discriminou e dizimou milhões de judeus
apenas por achar sua raça melhor. Ninguém sai ganhando por ser etnocêntrico, seja uma pessoa ou até
mesmo um povo. Por descriminarem outras culturas, acabam se isolando no seu ‘’mundo’’ e perdendo a
oportunidade de conhecer algo diferente e aprender algo novo.

HERCULANO, Gabriel. Etnocentrismo e suas consequências. SCRIBD, 2019. Disponível em: <
https://pt.scribd.com/doc/127699335/Etnocentrismo-e-suas-consequencias>. Acesso em: 24 de jun. de
2019 (adaptado).

● Identifique situações de etnocentrismo e/ou relativismo cultural nas relações cotidianas. Associe essas
questões do dia a dia às questões históricas mencionadas no texto.

Uma situação de etnocentrismo muito naturalizada no nosso cotidiano é a escassez de


pessoas não brancas em cargos de poder em diversas instâncias, tanto em grandes
empresas, como na política brasileira. Enquanto pessoas brancas estão nos cargos de
poder recebendo grandes quantias de dinheiro, pessoas negras e indígenas estão
marginalizadas, em comunidades precárias, sofrendo desemprego, e sendo vítimas
constantes de violência. Essa questão exemplifica como as pessoas brancas seguem
dando poder para outras pessoas brancas, e dessa forma o racismo prevalece no país,
pois sabemos muito bem que infelizmente em uma contratação de emprego, as chances
de um branco ser contratado são mais altas que as de um negro, mesmo que ambos
tenham as mesmas qualificações para o cargo.
Essa forma de racismo, é chamada de racismo estrutural, e segue ocorrendo desde a
época da libertação dos escravizados, que nunca foram socialmente amparados, foram
somente libertados de seus “donos” e posteriormente largados para morrer de fome às
margens da sociedade. Essa falta de apoio social permanece até hoje, mesmo a
população negra sendo maioria no país, eles seguem sofrendo as consequências de todo
o processo escravagista e também da abolição inconsequente. Obviamente que os povos
negros foram escravizados por conta de etnocentrismo, onde os brancos colonizadores se
viam como superiores, por serem “civilizados”, considerando os costumes e organizações
sociais dos africanos como bárbaras, e inferiores, apenas por serem diferentes das deles.

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