ENE094
RELATÓRIO
Juiz de Fora
2019
GABRIEL SCHREIDER DA SILVA
JOSÉ MIGUEL ZANETTI TRIGUEROS
PEDRO FERNANDES NOGUEIRA
RAÍ NARDELLI MEDINA
CARGAS NÃO-LINEARES
JUIZ DE FORA
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 7
2. NÃO-LINEARIDADE ......................................................................... 8
4.9. Ruídos.............................................................................................. 46
INDUSTRIAL.................................................................................................... 46
7. REGULAMENTAÇÃO ..................................................................... 68
A.5) Conclusão............................................................................................. 85
REFERÊNCIAS................................................................................................ 86
1. INTRODUÇÃO
7
2. NÃO-LINEARIDADE
Uma carga não-linear se caracteriza por uma relação não constante entre
tensão e corrente. A Lei de Ohm que define essa relação deixa de ser válida, já
que a impedância da carga varia ao longo de um período. Sua representação
pode ser feita através de fontes de corrente, com magnitude e ângulos
conhecidos em cada frequência de espectro. A Figura 2.1 mostra um exemplo
de carga não-linear sendo suprida por uma tensão puramente senoidal, mas que
exige correntes que não obedecem a esse perfil.
8
Figura 2.3: Forma de onda da corrente de uma lâmpada fluorescente [1]
3. EQUIPAMENTOS NÃO-LINEARES
9
3.1.1. Fornos a arco
10
Os fornos a arco podem ser construídos de três diferentes tipos. Os de
arco direto, mais utilizados atualmente pelas indústrias siderúrgicas, são
constituídos basicamente de uma cuba revestida de material refratário dentro do
qual operam os eletrodos posicionados verticalmente acima da carga de
trabalho. São mais destinados especificamente à fusão de sucata de ferro e aço.
O segundo tipo é o de arco indireto, constituído basicamente de uma cuba
revestida de material refratário dentro da qual operam os eletrodos fixados
horizontalmente num ponto acima da carga de trabalho. Neste caso, o arco é
mantido entre os eletrodos, e a energia térmica atinge a carga através dos
fenômenos de irradiação e convecção.
O terceiro tipo é o arco submerso ou arco-resistência, o qual é constituído
de uma cuba revestida de material refratário dentro da qual operam os eletrodos
submersos na massa da carga de trabalho. São destinados mais
especificamente à produção de diversas ligas de ferro e são comumente
empregados na manutenção do estado líquido da gusa ou aço oriundo de outros
tipos de fornos.
O principal causador de distúrbios sensíveis nos sistemas de suprimento
das concessionárias é o do tipo arco direto. Isso ocorre devido à relação não-
linear entre a tensão de arco e a corrente. Essa não linearidade varia com o
comprimento do arco e com as características do próprio meio condutor do
plasma, como temperatura, pressão, seção transversal, tipo de gás, entre outros.
O comprimento do arco é uma variável de controle, que é exercido através da
elevação dos eletrodos sobre a sucata ou sobre o material fundente. Na fase
mais crítica (a ignição para início da fusão) os eletrodos são abaixados até se
curto-circuitarem através da sucata. Com o início da condução, começa a fase
da fusão e o controle posiciona os eletrodos tentando manter constante a relação
tensão/corrente de arco, ou seja, a resistência do arco. Como esse controle é
lento em relação à dinâmica do próprio arco, a corrente tende a variar bastante
em cada fase. Essas variações provocam a flutuação da tensão da rede,
causando o efeito flicker, e modificam o nível de harmônicas e inter-harmônicas
responsáveis pela distorção e produzindo, além disso, desequilíbrios
momentâneos. À medida que o material vai sendo fundido, o arco se estabiliza
e o nível de perturbações também diminui. Durante a fase final de refino do
11
material, a operação do forno costuma ser estável, com níveis aceitáveis de
flutuação, desequilíbrio e distorção. [4]
Durante a fase de fusão, a corrente pode mudar significativamente em
amplitude e forma. Prevalecem as harmônicas ímpares, mas existem também
componentes pares, indicando uma assimetria de meia onda, o que ocorre
principalmente quando a corrente é baixa, ou seja, o arco é longo. A riqueza do
espectro produzido pelo forno mostra que se trata de uma importante fonte de
harmônicas e inter-harmônicas
No caso dos fornos a arco as harmônicas produzidas são imprevisíveis
devido à variação aleatória do arco. A corrente do arco é não periódica e sua
análise revela um espectro contínuo, onde as harmônicas predominantes são as
inteiras entre a 2ª e a 7ª, sendo que sua amplitude decai com a ordem. Quando
o forno atua no refino do material, a forma de onda se torna simétrica,
desaparecendo as harmônicas pares. Na fase de fusão, as componentes
harmônicas apresentam amplitude de até 8% da fundamental, enquanto no
refino valores típicos são em torno de 2%. [5] [6]
12
Figura 3.1.2.1: Formas de onda da tensão e corrente de uma máquina de solda [8]
13
envolve a operação dos reatores utilizados para prover a ignição do arco elétrico.
[9]
14
podem utilizar reatores eletrônicos, mais empregados atualmente. Na Figura
3.1.3.1, é apresentada uma visão do circuito interno de uma LFC.
15
Quando uma lâmpada de descarga é alimentada a partir de uma fonte
alternada, as propriedades da descarga elétrica do gás ou do vapor dependem
da frequência e do tipo de reator. Após a ignição e a estabilização do arco, a
impedância efetiva da lâmpada é aproximadamente equivalente a um resistor
não linear em série com uma indutância. Quando operada em 50 ou 60 Hz, a
impedância da lâmpada muda continuamente através de um ciclo, o que leva a
formas de onda de corrente e de tensão não senoidais, gerando harmônicas. O
processo de acendimento pode durar de três a quinze minutos dependendo do
reator e da lâmpada utilizada. A Figura 3.1.3.3 o comportamento da corrente e
da tensão durante acionamento da lâmpada a vapor de sódio. [11]
Figura 3.1.3.3: Comportamento da tensão e corrente durante o acionamento da lâmpada a vapor de sódio
[11]
16
pó fluorescente ou pó de fósforo que reveste a superfície interna do bulbo. [12]
O gráfico a seguir representa as harmônicas da lâmpada de vapor de mercúrio:
17
3.3. Fornos de indução
18
3.3.2. Forno de indução sem núcleo
19
Figura 3.2.1.3: Forno de indução em operação [15]
3.4. Laminadores
20
Figura 3.3.1: Tipos de laminadores [16]
21
como a entrada, e a outra como a saída. O núcleo serve para acoplar as duas
bobinas, isso é, facilitar que uma bobina induza uma tensão elétrica na outra
bobina. Os transformadores podem apresentar diversas configurações, de
acordo com o número de fases utilizadas, podendo ser trifásico ou monofásico,
de acordo com as conexões das bobinas, podendo estar em delta ou em estrela,
ou com relação à função do transformador, podendo ser elevador ou abaixador
de tensão.
Em condições normais de operação, os transformadores não geram
harmônicos significativos no sistema elétrico, somente operando fora das
condições normais ou em alguns distúrbios transitórios é que os transformadores
podem aumentar sua contribuição harmônica. Normalmente, os harmônicos
originados de transformadores são resultado de saturação, comutação,
densidade de fluxo elevada e conexões nos enrolamentos.
A curva de saturação (B x H) média do ferro do transformador paralela a
curva da corrente de magnetização, em função do tempo, é apresentada na
figura abaixo.
22
fonte de tensão senoidal 𝐸𝑎 gera um fluxo de corrente também senoidal, 𝐼𝑎 , com
fase atrasada em relação a 𝐸𝑎 . Estes geram um fluxo magnético Φ1, que pode
ser decomposto em dois componentes, a curva de fluxo da onda fundamental e
a curva de fluxo da componente de 3ª harmônica, a Φ3 . Este fluxo de terceira
harmônica pode produzir uma tensão de terceira harmônica 𝐸3 , e uma corrente
de terceira harmônica, correspondente a 𝐼3 . Esta corrente 𝐼3 , quando somada a
corrente 𝐼𝑎 , resulta em uma corrente total, que é a corrente de pico, como pode
ser observado abaixo.
23
3.6. Conversores estáticos
24
3.6.2. Conversores de média potência
Figura 3.5.2.1: Soft-starter implementado com 6 tiristores para acionar um motor de indução trifásico
25
Figura 3.5.2.2: Inversor de frequência [35]
4.1. Introdução
26
caracterizados em transitórios, variações de curta duração, variações de longa
duração e desequilíbrios.
Os transitórios são fenômenos eletromagnéticos oriundos de alterações
súbitas nas condições operacionais de um sistema de energia elétrica.
Geralmente, a duração desses eventos é muito curta, mas, como submetem os
equipamentos a grandes solicitações de tensão e/ou corrente, não devem ser
subestimados.
As variações de tensão de curta duração são, geralmente, causadas pela
energização de grandes cargas que requerem altas correntes de partida. Outra
causa dessas variações podem ser falha intermitente nas conexões dos cabos
do sistema. Dependendo do local da falha e das condições do sistema, pode
acontecer o afundamento de tensão (sag) ou elevação de tensão (swell).
Já as variações de tensão de longa duração apresentam características
muito semelhantes às de curta duração, entretanto, se mantêm no sistema
elétrico por tempos superiores a três minutos. Podem ser causados por saídas
de grandes blocos de carga, perdas de fase, dentre outras.
Outro tipo de distúrbio são os desequilíbrios, que são bastante comuns
nos sistemas de distribuição, os quais possuem várias cargas monofásicas
distribuídas inadequadamente.
Há também diversos outros tipos de distorções, como harmônicos, cortes
de tensão e ruídos. É importante saber quais distorções são mais causadas
pelas cargas não-lineares e que trazem os maiores problemas ao sistema
elétrico industrial.
A Figura 4.1 mostra uma forma de onda perfeita seguida por várias
distorções que podem descaracterizá-la. Nos tópicos seguintes, essas e outras
interferências serão abordadas de forma aprofundada. [23]
27
a: tensão puramente senoidal
b: transitório impulsivo
c: transitório oscilatório
d: sag
e: interrupção
f: swell
g: harmônico
h: corte de tensão
i: ruídos
j: inter-harmônicos
4.2. Harmônicos
28
Figura 4.2.1.1: Onda fundamental e suas respectivas harmônicas [25]
𝜔 = 2𝜋𝑓 (4.2)
29
Sendo 𝑉𝐶𝐶 o valor constante de tensão (componente contínua), 𝑉2 até 𝑉𝑛
os valores de pico da tensão de cada componente senoidal que forma a série e
𝜑2 até 𝜑𝑛 os ângulos de fase.
∞
𝑎𝑜 2𝜋𝑛𝑡 2𝜋𝑛𝑡
𝑓(𝑡) = + ∑ [𝑎𝑛 𝑐𝑜𝑠 ( ) + 𝑏𝑛 𝑠𝑒𝑛 ( )] (4.4)
2 𝑇 𝑇
𝑛=1
𝑇
2 ⁄2 2𝜋𝑛𝑡
𝑎𝑛 = ∫ 𝑓(𝑡)𝑐𝑜𝑠 ( ) 𝑑𝑡 (4.5)
𝑇 −𝑇⁄ 𝑇
2
𝑇⁄
2 2 2𝜋𝑛𝑡
𝑏𝑛 = ∫ 𝑓(𝑡)𝑠𝑒𝑛 ( ) 𝑑𝑡 (4.6)
𝑇 −𝑇⁄ 𝑇
2
30
4.2.3. Valor eficaz
Dada uma função periódica 𝑓(𝑡), o seu valor eficaz ou rms é dado pela
equação 4.7:
1 𝑇
𝑉𝑟𝑚𝑠 = √ ∫ 𝑓(𝑡)2 𝑑𝑡 (4.7)
𝑇 0
√∑ℎℎ≠1
𝑚á𝑥 2
𝐼ℎ
𝑇𝐻𝐷𝑖 % = ∙ 100% (4.9)
𝐼1
( )
√∑ℎℎ≠1
𝑚á𝑥
𝑉ℎ2
𝑇𝐻𝐷𝑣 % = ∙ 100% (4.10)
𝑉1
( )
4.2.5. Inter-harmônicos
4.2.6. Ressonâncias
32
1
𝜔𝑟 = (4.12)
√𝐿𝐶
1
𝑗 (𝜔𝐿 − ) (4.13)
𝜔𝐶
33
3 segundos e 1 minuto. Se a intensidade for menor que 0,1 pu, é considerado
pelo IEEE como interrupção.
Os afundamentos de tensão são causados, usualmente, pelas faltas no
sistema, principalmente curtos-circuitos, chaveamento de capacitores, pela
energização de grandes cargas ou partida de motores e pela corrente de
magnetização do transformador.
A seguir está um gráfico que representa a curva de tensão pelo tempo, no
barramento de uma concessionária levando em consideração uma situação
hipotética na qual há a partida de um motor de indução.
34
disjuntores, transformadores de corrente e transformadores de potencial. O
afundamento de tensão também pode impactar no funcionamento dos
equipamentos, como uma pequena redução na velocidade dos motores de
indução e no reativo dos bancos de capacitores, além de provocar uma operação
indevida nos relés de proteção. [27] [28] [29]
4.4. Transitórios
35
Figura 4.4.1.1: Aplicação de uma descarga atmosférica em um determinado sistema elétrico [30]
36
cabo para-raios) na linha próxima ao ponto de incidência e pode gerar, além do
transitório impulsivo, uma falta, acompanhada de afundamentos de curta
duração e interrupções.
Existem numerosos caminhos através dos quais as correntes de descarga
podem fluir pelo sistema de aterramento, tais como o terra do primário, o terra
do secundário e as estruturas do sistema de distribuição. Pode-se destacar dois
problemas na qualidade de energia causados por estas correntes no sistema de
aterramento. Um deles é a elevação do potencial do terra local, que, em relação
a outros terras do sistema, pode apresentar uma diferença e afetar
equipamentos eletrônicos que são conectados em duas referências de terra. O
outro é a indução de altas tensões nos condutores fase quando as correntes
passam pelos cabos a caminho do terra.
Descargas atmosféricas ocorridas em nível de transmissão não afetarão
tanto os consumidores atendidos em baixa tensão, já que, desde o ponto de
incidência até as subestações abaixadoras, o valor de máximo é
consideravelmente atenuado. Contudo, os consumidores atendidos em tensão
de transmissão estarão sujeitos aos efeitos da descarga, que pode danificar
alguns equipamentos de suas instalações. [30]
37
(4.4.2.1) apresenta um sistema composto por uma concessionária e um banco
de capacitores. A tensão no barramento e a corrente no banco encontram-se
ilustradas nas Figuras 4.4.2.2 e 4.4.2.3, respectivamente.
38
Transitórios com componentes de frequência entre 5 kHz e 500 kHz, com
duração média de dezenas de microssegundos são classificados como
oscilatórios de média frequência. Podem ser causados pelo chaveamento de
disjuntores para a eliminação de faltas e também pode ser o resultado de uma
resposta do sistema a um transitório impulsivo.
Por último, caracteriza-se como transitórios oscilatórios de alta frequência,
aqueles cujo componentes de frequência estão acima de 500 kHz e têm duração
típica medida em microssegundos. São frequentemente causados por uma
resposta local do sistema a um transitório impulsivo. Também podem ser
causados por chaveamento de circuitos indutivos. A desenergização de cargas
indutivas pode gerar impulsos de alta frequência. Apesar de serem de curta
duração, podem interferir na operação de cargas eletrônicas. A Figura 4.4.2.4
apresenta um sistema onde será desenergizado uma carga indutiva. As Figuras
4.4.2.5 e 4.4.2.6 apresentam, respectivamente, as tensões fase-fase no
barramento de conexão da carga e a corrente no sistema.
39
Figura 4.4.2.6: Corrente do sistema [30]
40
Figura 4.5.1: Sistema a ser analisado a flutuação de tensão [31]
41
4.5.1. Flicker
Cargas industriais que exibem variações contínuas e rápidas de
magnitude da corrente podem causar variações na tensão que são
frequentemente referidas como flicker ou oscilação. Dos itens de avaliação da
qualidade da tensão, o efeito flicker apresenta destacada importância, já que
seus principais efeitos se manifestam sobre as pessoas na forma de incômodo
visual, irritação, perda de concentração e, em casos extremos, problemas
neurológicos.
Há diversos métodos para a avaliação do flicker. Entretanto, pode-se
destacar alguns fundamentos comuns, como, por exemplo, a adoção da
lâmpada incandescente como referência.
O método padrão, proposto pela UIE (União Internacional de
Eletrotermia), foi idealizado com o objetivo de unificar, em nível internacional, os
critérios de medição mais difundidos. Para a realização da análise estatística,
devem-se correlacionar os níveis de flicker e as correspondentes porcentagens
no tempo de duração. Deste modo, os níveis instantâneos de flicker são
classificados, ou seja, são organizados de forma a obter a distribuição de
frequências da amostra e, por conseguinte, a correspondente Curva Função de
Probabilidade Acumulada (FPC), em pu.
Pelo que foi apresentado em relação às FPCs, no tocante às diferenças
entre os resultados para cada tipo de distúrbio, constata-se a necessidade do
estabelecimento de um único critério que quantifique a severidade de flicker,
independentemente da forma do distúrbio. Esse critério, de acordo com o Método
Padrão UIE, baseia-se na conversão da curva FPC em um índice representativo
da severidade de flicker. Para tal, o procedimento adotado pela UIE, foi o
desenvolvimento de um algoritmo que avaliasse a curva FPC em múltiplos
pontos. Assim, este processo requer o cálculo de duas variáveis, o PST, que é
o índice de severidade pelo método de curta duração e o PLT, pelo método de
longa duração.
O nível de severidade do flicker de curta duração é calculado pela
equação 4.14:
42
𝑃𝑆𝑇 = √(𝐾1 𝑃1 ) + (𝐾2 𝑃2 ) + ⋯ + (𝐾𝑛 𝑃𝑛 ) (4.14)
𝑃𝑆𝑇 = √0,0314 ∙ 𝑃0,1 + 0,0525 ∙ 𝑃1 + 0,0657 ∙ 𝑃3 + 0,28 ∙ 𝑃10 + +0,08 ∙ 𝑃50 (4.15)
12 1/3
1
𝑃𝐿𝑇 = [ ∑(𝑃𝑆𝑇𝑖 )3 ] (4.16)
12
𝑖=1
43
Como já visto anteriormente, no tópico de afundamento e salto de tensão,
caso um distúrbio desse tipo atinja níveis menores que 0,1 pu, torna-se uma
interrupção, segundo o PRODIST. [23] [27]
4.7. Desequilíbrios
Figura 4.7.1: Um sistema trifásico desequilibrado e sua decomposição em três sistemas equilibrados [56]
44
contribuindo para o desperdício de energia elétrica. Soluções para a correção de
redes desbalanceadas são, portanto, além de adequações econômicas e
operacionais, ações sustentáveis do ponto de vista ambiental.
A Figura 4.7.1 apresenta o comportamento da elevação de perdas em
motores devido ao desequilíbrio de tensão na alimentação. O que se pode
observar é que valores da ordem de 2% de desequilíbrio impõem ao motor
alimentado aumento de perdas da ordem de 8%. Valores acima de 1% de
desequilíbrio costumam ser objeto de análise das causas, notadamente em
sistemas de distribuição.
45
Figura 4.8.1: Onda senoidal com presença de cortes de tensão [33]
4.9. Ruídos
5.1. Condutores
46
𝐻
Figura 5.1.1: Soma da corrente de neutro num sistema trifásico a quatro fios [44]
47
Ainda, as cargas não lineares podem não estar bem divididas entre as fases
causando um aumento na diferença da corrente de neutro.
5.2. Transformadores
Figura 5.2.1: Relação entre THD de corrente e vida útil de um transformador [35]
48
Figura 5.2.2: Relação entre THD de tensão e vida útil de um transformador [35]
49
Como visto no item 4.2.6, o efeito da ressonância pode ser classificado
como série ou paralela. No caso da ressonância série, são provocadas
sobrecorrentes que danificam os capacitores. Já na ressonância paralela a
tensão assume valores muito elevados. [36]
De acordo com [37], são mencionadas três principais consequências da
circulação de harmônicas nas barras onde o banco de capacitor está instalado:
Uma delas, é que a presença de harmônicas de tensão pode gerar
aumento da tensão eficaz da barra e o seu valor de pico. Este ocasiona
descargas parciais e deterioração do isolamento dos capacitores.
Pode haver também um aumento da corrente nominal. Harmônicas
presentes na corrente podem gerar o aumento da corrente eficaz e o valor de
pico da mesma. Este ocasiona sobre aquecimentos localizados e instabilidades
no comportamento dielétrico dos capacitores;
Por fim, pode ocorrer um efeito combinado entre tensão e corrente. O
comportamento não senoidal da tensão e corrente com variações bruscas gera
também variações bruscas no campo elétrico interno entre as placas. Esta
variação gera a deterioração das características dielétricas do capacitor.
Para se evitar a perda ou diminuição da vida útil do banco de capacitores
é necessário que seja realizado um estudo prévio de ressonância no sistema
onde o banco deve ser instalado para se garantir que a frequência de
ressonância paralela não coincida com a frequência de um harmônico presente
na rede, gerando uma sobretensão. Na figura a seguir, está evidenciada a
diminuição da vida útil de um capacitor quando submetido às sobretensões.
Figura 5.3.1: Relação entre sobretensão num capacitor e a diminuição do tempo de vida útil
50
5.4. Sistemas de proteção e medição
51
harmônicas quando comparadas às lâmpadas com reatores eletromagnéticos
nos aspectos de potência, fator de potência, eficiência e luminosidade. [39]
𝑐𝑜𝑠𝜑
𝑓𝑝 = (5.2)
√1 + 𝑇𝐻𝐷𝑖2
𝑆 2 = 𝑃2 + 𝑄 2 + 𝐻 2 (5.3)
52
Portanto, a distorção da potência aparente, 𝐻, será definida a partir da
equação abaixo:
𝐻 = √𝑆 2 − 𝑃2 − 𝑄 2 (5.4)
53
pontos quentes significativos para distorções harmônicas na tensão superiores
a 10%. O efeito acumulativo do aumento das perdas reflete-se numa diminuição
da eficiência e da vida útil da máquina. A redução na eficiência é de 5% a 10%
dos valores obtidos com uma alimentação senoidal.
Algumas componentes harmônicas, ou pares de componentes podem
instigar oscilações mecânicas em sistemas turbina-gerador ou motor-carga,
devido a uma potencial excitação de ressonâncias mecânicas (POMILIO, 1997).
Outro fato interessante, é o de que a sequência da componente harmônica pode
influenciar diretamente no funcionamento da máquina. As harmônicas de
sequência positiva tendem a fazer o motor girar no mesmo sentido da
componente fundamental, provocando uma sobrecorrente nos seus
enrolamentos, já harmônicas de sequência negativa fariam o motor girar em
sentido contrário ao giro produzido pela fundamental, provocando a frenagem do
motor e causando aquecimentos. Harmônicas de sequência zero não provocam
efeitos no sentido de rotação do motor, porém somam-se algebricamente no
condutor neutro, causando problemas para outros equipamentos do sistema
elétrico.
Em [42] é realizado um estudo sobre a vida útil do isolamento de motores
quando estes são submetidos aos desbalanceamentos de tensão e harmônicos.
Neste estudo, os motores foram analisados através do seu modelo térmico,
montado a partir de informações de placa, propriedades térmicas e coeficientes
de transferência térmica. Foi constatado que existe uma considerável diminuição
do tempo de vida do isolamento quando os motores são alimentados por tensões
distorcidas. Esta informação foi comprovada através de simulações como a de
uma máquina que é alimentada por uma fonte de tensão com THD igual a 7,4%
e um leve desequilíbrio entre as fases (3%). Operando em carga nominal, a
redução de vida útil do isolamento desta máquina elétrica foi de 24,3 %. [38] [40]
[41] [43]
6. MEDIDAS MITIGADORAS
6.1. Harmônicas
54
6.1.1. Sobredimensionamento
Figura 6.1.1.1: Aumento das seções transversais dos cabos para limitar as distorções e perdas [46]
55
6.1.2. Filtros passivos
56
Figura 6.1.2.2: Possível configuração de filtros ativos [64]
6.1.4. Transformadores
Figura 6.1.5.1: Um sistema com banco de capacitores sem filtro dessintonizante [50]
58
Figura 6.1.5.2: Distorção harmônica sem o filtro dessintonizante [50]
59
No primeiro caso, apenas com o banco de capacitores instalado, além da
falha e queima dos mesmos, houve ressonância entre os capacitores e elevação
da temperatura de cabos. O DTH de tensão estava em 8,2% e o de corrente em
16%.
Já com o filtro dessintonizado, os capacitores operam normalmente e a
temperatura dos cabos estava em condições normais. Houve redução em perdas
de transformadores, na quantidade de parada de processos e nos níveis de
interferências em sistemas de controle. O DHT de tensão sofreu uma redução
de 54% (atingindo 3,8%) e o de corrente 49% (chegando a 8,3%). [50]
60
Tabela 6.2.1: Faixas de tensão de possíveis níveis de operação e suas respectivas consequências [51]
Dessa forma, para grandes cargas, deve ser usado um mecanismo para
redução de corrente de partida a valores de forma a obter quedas de tensão
menores na rede de alimentação. [51]
61
Desta forma, uma interrupção passa a ter impactos econômicos consideráveis.
[53]
62
A figura acima mostra um esquema de partida direta de um motor, no qual
F são os fusíveis, FT1 é o relé de sobrecarga, K1 são os contatores, B0 o botão
de desligar, B1 o botão de ligar e H1 a lâmpada de indicação.
O funcionamento do circuito de comando para a partida direta consiste
basicamente dos seguintes comandos: apertando-se a botoeira B1 o circuito é
energizado e o contator K1 é acionado. Nesse instante, o contato de K1 é
fechado e quando a botoeira B1 é solta o circuito fica energizado por esse
caminho alternativo. Quando a botoeira B0 é acionada, o contator K1 é desligado
automaticamente e o circuito é interrompido.
Outro método é o da partida estrela-triângulo, que é uma das formas de
suavizar os efeitos da partida de motores elétricos. Para o acionamento do motor
através desse tipo de chave é necessário que o motor possua seis terminais
disponíveis e deve dispor de dupla tensão nominal. [52].
O procedimento para o acionamento do motor consiste basicamente do
acionamento do motor em ligação estrela, reduzindo-se a corrente de linha em
três vezes e após determinado tempo (geralmente quando o motor atinge
velocidade próxima da nominal, cerca de 90%), realiza-se a troca da ligação para
triângulo de forma automática.
Uma das desvantagens deste tipo de ligação é que o conjugado também
se reduz três vezes, portanto, deve-se empregar este tipo de acionamento para
partidas que não exijam conjugado de partida alto. [57]
63
Na Figura 6.2.2.2. é mostrado um esquema de partida estrela-triângulo e
seus componentes. F é o fusível, FT1 o relé de sobrecarga, KT1 o relé
temporizador, K1, K2 e K3 os contatores, B0 o botão de desligar, B1 o botão de
ligar e H1 e H2 as lâmpadas de indicação.
O funcionamento do circuito de comando para a partida estrela triângulo
consiste basicamente dos seguintes comandos: apertando-se a botoeira B1 o
circuito é energizado e o relé temporizador é acionado, fechando o contato de
K1 (enquanto isso a botoeira B1 é solta), acionando o contator K3 e logo após o
contator K1 também é acionado. Após um determinado tempo (geralmente
quando o motor atinge cerca de 90% da velocidade nominal) a ligação é mudada
para triângulo, isto ocorre quando o contato do relé temporizador KT1 é fechado
e o contator K2 é acionado, permanecendo, portanto, o contator K1 e o contator
K2 funcionando em regime. Quando a botoeira B0 é acionada, o fornecimento
de corrente para o circuito é interrompido e consequentemente o motor é
desligado.
Por fim, um outro componente utilizado na partida de motores foi citado
no item 3.5.2. Como já dito, o soft-starter auxilia na aceleração, desaceleração e
proteção de motores. O torque produzido também pode ser ajustado através
desse equipamento.
64
6.3. Transitórios
65
Figura 6.4.1: Compensador dinâmico baseado em máquina síncrona [23]
6.5. Interrupções
66
Figura 6.5.2: Religador [59]
67
6.6. Desequilíbrios
7. REGULAMENTAÇÃO
68
7.1.1. Desequilíbrios de tensão
𝑉−
𝐹𝐷% = ∙ 100% (7.1)
𝑉+
69
Tabela 7.1.1.3: Terminologia aplicável ao cálculo das distorções harmônicas [63]
𝑉ℎ
𝐷𝐼𝑇ℎ % = ∙ 100% (7.2)
𝑉1
Sendo ℎ a ordem harmônica individual.
√∑ℎℎ=2
𝑚á𝑥
𝑉ℎ2
𝐷𝑇𝑇% = ∙ 100% (7.3)
𝑉1
Sendo ℎ as ordens harmônicas de 2 até ℎ𝑚á𝑥 e ℎ𝑚á𝑥 conforme a classe A
ou S.
70
𝑝ℎ
√∑ℎ=2 𝑉ℎ2
𝐷𝑇𝑇𝑃 % = ∙ 100% (7.4)
𝑉1
Sendo ℎ as ordens de harmônicas pares e não múltiplas de 3 e ℎ𝑝 a
máxima ordem da harmônica par não múltipla de 3.
√∑ℎℎ=5
𝑖
𝑉ℎ2
𝐷𝑇𝑇𝐼 % = ∙ 100% (7.5)
𝑉1
Sendo ℎ as ordens de harmônicas ímpares e não múltiplas de 3 e ℎ𝑖 a
máxima ordem da harmônica ímpar não múltipla de 3.
√∑ℎℎ=3
3
𝑉ℎ2
𝐷𝑇𝑇3 % = ∙ 100% (7.6)
𝑉1
Sendo ℎ as ordens de harmônicas múltiplas de 3 e ℎ3 a máxima ordem da
harmônica múltipla de 3.
71
Com base no cálculo dessas variações, os limites considerados pela
ANEEL para avaliação do desempenho do sistema de distribuição quanto às
flutuações de tensão são mostrados na tabela a seguir:
𝑛𝑙𝑝
𝐷𝑅𝑃𝑃𝐶 = ∙ 100% (7.7)
𝑛
𝑛𝑙𝑐
𝐷𝑅𝐶𝑃𝐶 = ∙ 100% (7.8)
𝑛
Onde 𝐷𝑅𝑃𝑃𝐶 é a Duração Relativa de Violação de Tensão Precária por
ponto de controle; 𝐷𝑅𝐶𝑃𝐶 é a Duração Relativa de Violação de Tensão Crítica
por ponto de controle; 𝑛𝑙𝑝 é o número de leituras com tensão precária no período
de observação mensal; 𝑛𝑙𝑐 é o número de leituras com tensão crítica no período
de observação mensal e 𝑛 é o número de leituras válidas obtidas no período de
72
observação mensal e com período de integralização do equipamento
correspondente a dez minutos. [65]
𝑉2
𝐾= ∙ 100% (7.9)
𝑉1
73
Os valores dos indicadores – tanto o indicador total (DTHTS95%) quanto
os indicadores por harmônicos – a serem comparados com os valores limites
são assim obtidos: determina-se o valor que foi superado em apenas 5% dos
registros obtidos no período de 1 dia (24 horas), considerando os valores dos
indicadores integralizados em intervalos de dez minutos, ao longo de sete dias
consecutivos. O valor do indicador corresponde ao maior entre os sete valores
obtidos, anteriormente, em base diária.
Os limites globais inferiores correspondentes aos indicadores de tensões
harmônicas individuais de ordens 2 a 50, bem como ao indicador DTHTS95%
estão apresentados na tabela abaixo.
Tabela 7.2.2.1: Limites globais inferiores de tensão em porcentagem da tensão fundamental [65]
74
No caso em que determinadas ordens de tensão harmônica e/ou a
distorção harmônica total variem de forma intermitente e repetitiva, os limites
especificados podem ser ultrapassados em até o dobro, desde que a duração
cumulativa acima dos limites contínuos estabelecidos não ultrapasse 5% do
período de monitoração.
75
Os limites globais apresentados na Tabela 7.2.3.2 foram estabelecidos
com a premissa de que o limite global inferior para as tensões secundárias nos
sistemas de distribuição (220 V) é 1 pu.
Já os limites individuais de flutuação de tensão consideram um nível de
saturação igual a 80% dos limites globais inferiores estabelecidos na Tabela
7.2.3.1, como indicado na Tabela 7.2.3.3.
76
No ponto de acoplamento comum com tensão entre 120 V a 69 KV, os
consumidores devem limitar a corrente harmônica de acordo com a seguinte
tabela:
Tabela 7.3.1.2: Limites de distorção de corrente para sistemas entre 120 V a 69 kV [66]
Tabela 7.3.1.3: Limites de distorção de corrente para sistemas entre 69,001 kV a 161 kV [66]
Por fim, no ponto de acoplamento comum com tensão acima de 161 kV,
os consumidores devem limitar a corrente harmônica de acordo com a tabela a
seguir:
77
Tabela 7.3.1.4: Limites de distorção de corrente para com tensão acima de 161 kV [66]
78
partidas frequentes de motores de grande potência e cargas que variam
rapidamente.
79
A curva a seguir mostra a relação o limite de tolerância de oscilações em
um determinado tempo. Por exemplo, com 12 variações em um dia, a tensão
pode atingir um aumento de 9%. Entretanto, se estas forem mais frequentes, o
limite também é menor, por exemplo, com 5 oscilações em um segundo, estas
só podem atingir uma elevação de menos de 2%.
80
da programação e operação em tempo real no âmbito do SIN. Nesta dissertação
tratamos mais especificamente do submódulo 2.8 que trata do gerenciamento
dos indicadores de desempenho da rede básica e de seus componentes. No
Brasil, estes limites devem ser rigorosamente obedecidos.
A.1) Resumo
81
A SE GERDAU dispõe de três transformadores de 12/15MVA, 69/13,8kV,
delta-estrela aterrada, os quais alimentam uma barra seccionada de 13,8 kV e
cargas como fornos, laminação e aquecedor indutivo, bancos de capacitores,
aciaria, utilidades e escritório. Na Figura A.2.1 é apresentado o diagrama unifilar
simplificado da SE GERDAU.
Os transformadores TR-1 e TR-2 suprem a barra perturbadora B01 em
13,8 kV que alimenta somente cargas não lineares como o forno elétrico a arco
para fusão do material, denominado EAF (Electric Arc Furnace), e o forno elétrico
tipo Panela para refino, objetos do estudo. O transformador TR-3 supre a barra
B02 de 13,8 kV que alimenta cargas também produtoras de correntes
harmônicas, porém de menor impacto.
Na barra B01 está instalado com o banco de capacitor BC-1um filtro de
frequência de sintonia de 270 Hz, e na barra B02 outro filtro de 306 Hz instalado
no banco de capacitores BC-2.
82
1
𝐿𝐹 = (𝐴. 1)
𝐶 ∙ (377 ∙ 𝑛)2
377 ∙ 𝑛 ∙ 𝐿𝐹
𝑄= (𝐴. 2)
𝑅
377 ∙ 𝑛 ∙ 𝐿𝐹
𝑅= (𝐴. 3)
𝑄
83
A.4) Análise de desempenho dos filtros harmônicos na SE GERDAU
84
Pelos gráficos apresentados verifica-se um desequilíbrio na tensão e
corrente nos dois pontos de medição (SE DID II e SE GERDAU), e ainda que no
estágio de fusão a distorção da corrente é bem maior que no refino, exercendo
o filtro uma mitigação significativa nos diferentes estágios de operação.
Segundo a recomendação do IEEE 519, o limite de DIHT para valor de
ICC/IL entre 20 e 50 é de 8%, e para distorções individuais de corrente ℎ < 11, o
limite de corrente é igual a 7%. Para THD o limite é de 5% e o limite individual é
de 3%. Segundo o ONS o limite de THD é de 3% e o limite individual para ℎ ≤ 7
é de 2%. Com base nas medições não foi verificada violação na distorção de
tensão harmônica total. No entanto, verificou-se violação de THD de corrente
mesmo na condição de operação com filtro (Figuras A.4.1 e A.4.3) violando as
recomendações de 8% do IEEE. Para as distorções individuais de corrente
houve violação para a componente de 3ª ordem na condição FSF e RSF com
valores máximos medidos de 13% e 10,9% na SE GERDAU. Na SE DID II o
valor máximo medido no estágio FSF para a componente de 5ª ordem foi de
7,2% e o valor máximo medido no estágio FCF para a componente de 3ª ordem
foi de 7,8%, em todos os casos violando as recomendações do IEEE de 7%.
A.5) Conclusão
85
Há de se notar que as medições para análise do desempenho do filtro,
embora realizadas no período de maior demanda da planta, os valores
apresentados não são representativos de uma campanha de medição de 1 dia
(24 horas) e sete dias consecutivos. Portanto, as violações podem representar
situações pontuais. Contudo, neste trabalho está evidente a eficácia dos filtros
harmônicos passivos na mitigação das distorções harmônicas tendo em vista a
eficiência técnica, a simplicidade na engenharia e a praticidade de montagem.
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