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ENGENHARIA ELÉTRICA
ENGENHARIA DE CIRCUITOS ELETRÔNICOS DE

POTÊNCIA I

CONTROLE DE CARGA AC COM ARDUÍNO E TRIAC

Ian Lucas Cunha da Fontoura CGU 122167910


Jonas Cavalcante Tomaz CGU 93849110
Kalley Ramon Figueiredo de Sousa CGU 121357010

PROFESSOR RESPONSÁVEL
Profo: Péricles Aparecido Vasconcelos Balderram

MANAUS - AM
2020
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SUMÁRIO

1. RESUMO.............................................................................................................................3
2. OBJETIVOS........................................................................................................................4
3. INTRODUÇÃO...................................................................................................................4
4. PARTE EXPERIMENTAL...............................................................................................6
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................9
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................9
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA......................................................................................10
APÊNDICES...........................................................................................................................11
APÊNDICE A – CONTROLE DE CARGA AC COM ARDUÍNO E TRIAC.................12
APÊNDICE B – CONTROLE DE CARGA AC..................................................................13
ANEXOS..................................................................................................................................14
ANEXO A – PROGRAMAÇÃO DO CONTROLE DE CARGA AC...............................15
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1. RESUMO.

O presente trabalho tem por finalidade a aplicação e estudo dos conceitos abordados
na disciplina de Engenharia de Circuitos Eletrônicos de Potência I. O TRIAC (TRIode
for Alternating Current) é um componente formado por dois SCRs (Silicon Controled
Rectifier) internos ligados em paralelo, um ao contrário do outro. Tem três terminais: MT01,
MT02 e GATE. No seu funcionamento básico, o TRIAC ao receber uma tensão na GATE,
permite condução entre o MT1 e MT2 de Corrente Alternada. O TRIAC é utilizado para
comutar(chavear) corrente alternada. O TRIAC pode ser disparado tanto por uma tensão
positiva quanto negativa aplicada no eletrodo de disparo (gate). Uma vez ativado, continua a
conduzir até que a corrente elétrica caia abaixo do valor de corte. O TRIAC de baixa potência
é utilizado em diversas aplicações como controlo de potência para lâmpadas “dimmers”,
controlo de velocidade para ventiladores, interruptor de comando de dispositivos de AC, entre
outros. Quando usado com cargas indutivas, como motores eléctricos, tem de se assegurar que
o TRIAC desligue corretamente no final de cada semi-ciclo de alimentação eléctrica. Partindo
dos princípios fundamentais da eletrônica de potência, o presente trabalho destinou-se a
confecção de um Controle de Carga ac com Arduíno e Triac, utilizando uma lâmpada
incandescente que demostrará o controle de potência em relação aos ângulos de fases
selecionados. Para fazermos esse controle é utilizado o TRIAC, onde este controlará o ângulo
de disparo da senóide através de um pulso no gate num determinado ponto. Quanto menor o
ângulo de disparo maior potência fornecida à carga e quanto maior o ângulo de disparo,
menor a potência fornecida.
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2. OBJETIVOS.

Realizar a montagem do Circuito e Demonstração do Controle de Carga ac com


Arduíno e Triac, utilizando uma lâmpada incandescente que apresentará o controle de

potência em relação aos ângulos de fases selecionados. Utilizando o TRIAC, onde este
controlará o ângulo de disparo da senóide através de um pulso no gate num determinado
ponto e quanto menor o ângulo de disparo maior potência fornecida à carga e quanto maior o
ângulo de disparo, menor a potência fornecida, isto será visto através da intensidade de
iluminação da lâmpada utilizada.
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3. INTRODUÇÃO.

A eletrônica de potência é a ciência dedicada ao estudo e desenvolvimento dos


conversores estáticos de energia elétrica, como os inversores de frequência, retificadores e
conversores CC-CC, visando a máxima eficiência e qualidade nos processos de transformação
da energia elétrica, ou seja, diminuindo o número de perdas e interferências nos processos de
conversão de energia, além de tecnologias ligadas as fontes de energia limpa em termos de
impacto ambiental, como fotovoltaica e eólica. O surgimento da Eletrônica de Potência
proporcionou uma alternativa que trouxe vantagens para o processamento de energia, graças à
pouca necessidade de manutenção das chaves semicondutoras e junto com baixa perda de
energia no chaveamento. A eletrônica de potência surgiu por volta de 1920 e durante algumas
décadas houve pouca evolução, isso porque a tecnologia dos dispositivos chaveadores
disponíveis na época eram caros, muito volumosos e pouco confiáveis. Com a invenção do
tirestor, iniciou-se o grande crescimento tecnológico da Eletrônica de Potência. Durante esta
fase de crescimento foram lançadas as bases teóricas da Eletrônica de Potência, com inúmeros
trabalhos de pesquisa e desenvolvimento.
A eletrônica de potência tem como sua principal finalidade processar e controlar o
fluxo da energia elétrica, com a utilização de dispositivos semicondutores (diodos e
transistores) operando como chaveadores (ligar/desligar), para realizar o controle do fluxo de
energia elétrica e a conversão de formas de onda de tensões e correntes entre fontes e cargas.
As principais chaves semicondutoras são: diodos, transistores bipolares, SCR’s, Triacs,
GTO’s, MOSFET’s e IGBT’s.
Este trabalho propõe o estudo de técnicas e componentes eletrônicos para o
acionamento do Triac amplamente utilizados na indústria, onde os mesmo minimizam as
interferências do tipo de EMI, Interferência eletromagnética geradas e mantendo o controle da
potência aplicada à carga.
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4. PARTE EXPERIMENTAL.

4.1 MATERIAIS

 Um Arduíno Uno
 Uma Protoboard
 Uma base do Protoboard
 Um transformador 9V+9V 500mA – 110/220VAC
 Quatro diodos 1N4007
 Três resistores 10KΩ
 Um resistor 1KΩ
 Dois resistores 220Ω

 Um optoacoplador 4N25
 Um optoacoplador MOC3021
 Um amplificador operacional LM741
 Um TRIAC BT136
 Jumpers
 Duas chaves tátil
 Uma lâmpada 42W-127V
 Uma Luminária de mesa, tipo abajur
 Uma Fita isolante preta
 Duas tomadas macho
 Um cabo elétrico de 2,5 mm
 Um cabo elétrico de 3,5 mm
 Um computador, tipo notbook
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4.3 MONTAGEM

 Iniciou-se os trabalhos com a aquisição de um Protoboard, um Arduíno uno, vários


cabos jumpers, um transformador, tomada macho, lâmpada de 42 w- 127v, botões
táctios, triac, diodos e outros componentes.
 Após realizar a separação de todo material necessário, deu-se inicio no processo de
montagem do circuito.
 Primeiro fez-se a ligação do transformador pra 110v, em seguida foi montada a ponte
retificadora de diodo na Protoboard e conectou-se o transformador na ponte
retificadora de diodo (este processo foi realizado pra transformar tensão alternada em
tensão continua).
 Conectou-se o optoacoplador 4N25 na Proboard e em seguida um resistor de 1KΩ no
pino 1 (ânodo) do 4N25 que foi conectado com o polo positivo da ponte retificadora
de diodo. A saída negativa da retificação foi ligada no pino 2 (cátodo) do 4N25.
 Ligou-se no pino 5 do 4N25 um resistor de 10KΩ e a outra perna do resistor ligada na
barra de alimentação do positivo da Protoboard. Em seguida conectou-se uma perna
do jumper no pino 4 do 4N25 e outra no negativo da Protoboard.
 Feito isso, introduziu-se o amplificador operacional LM741 na protoboard e com
auxilio dos jumpers conectou-se o pino 3 do LM741 no pino 5 do 4N25. O pino 2 do
LM741 foi conectado entre dois resistores de 10KΩ ligados em série, onde uma das
pernas foi conectada no positivo e outra no negativo da borra de alimentação da
Protoboard.
 Conectou-se com um jumper o pino 6 do amplificador no pino 2 do Arduino. O pino 5
do LM741 foi conectado no positivo e o pino 4 no negativo da barra de alimentação da
Protoboard.
 Inseriu-se o optoacoplador MOC3021 na Protoboard e no pino 1 conectou-se um
resistor de 220Ω no qual a outra perna do resistor ligado com um jumper foi conectada
no pino 7 do Arduino. E o pino 2 do MOC3021 foi ligada no negativo da barra de
alimentação da Protoboard.
 Feito isso, conectou-se o TRIAC BT136 na Protoboard e em seguida realizou-se as
ligações finais do circuito.
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 Conectou-se com um jumper o pino 4 do MOC3021 no Gate do Triac. O outro resistor


de 220Ω foi conectado no pino 6 do MOC3021 e no terminal MT2 do Gate.
 Ligou-se dois jumpers em cada uma das pernas de entrada do retificador de ponte e
conectou-se uma direto no terminal MT2 do Gate e a outra no terminal MT1 da
lâmpada.
 Inseriu-se os dois botões chaves táctil na Protoboard onde uma das pernas de cada
chave foi conectada direta na barra de alimentação do negativo e a outra com o jumper
conectada na porta digital 7 e 8 do Arduino.
 Conectou-se um jumper do negativo da barra de alimentação para o GND do Arduino
e outro jumper do positivo da barra de alimentação da Protoboard para o +5V do
Arduino, para alimentar o circuito.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO.

Este projeto visa o controle da potência aplicada a uma carga por meio da utilização de
um microcontrolador e um dispositivo de chaveamento, TRIAC. Por princípio, este circuito
deve atender a uma carga resistiva que seja acoplada ao circuito. Por meio do controle do
tempo de disparo do TRIAC em relação ao período da senóide de tensão, podemos aplicar
uma determinada potência à carga em questão.
A proposta inicial de se controlar a potência aplicada a uma carga resistiva foi
alcançada com êxito. De acordo com a tensão eficaz aplicada na carga resistiva, os valores de
potência aplicada podem ser calculados.
Para se chegar a este método de controle, diversas dificuldades foram encontradas. A
primeira delas seria mensurar o circuito, encontrando os componentes ideais para seu
funcionamento e proteção de seus dispositivos. Com alguma consulta a circuitos
desenvolvidos para fins parecidos, esta dificuldade foi superada.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.

O desenvolvimento da rotina de programação foi um desafio à parte, já que seu

desenvolvimento exige conhecimentos tanto do Arduino Software (IDE)

quando do hardware do que se quer controlar. O circuito desenvolvido se mostrou confiável,

tendo o controle de potência uma margem de erro aceitável.

Em projetos futuros, existe a possibilidade de se entender a utilização do circuito para

aplicações realmente práticas, como o controle do aquecimento da água de um chuveiro

elétrico, ou o controle de potência sobre o torque de um motor, ou até mesmo aplicado a

sistemas de iluminação completos, considerando-se as diferenças existentes em um circuito

puramente resistivo e um circuito indutivo.


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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.

BARBI, Ivo. Eletrônica de Potência; 6ª Edição, UFSC, 2006.

COMER, David. Projeto de Circuitos Eletrônicos. São Paulo: John Wiley & Sons. Rio de

Janeiro: LTC. LTC, 2003.

Controle de Potência AC com Arduino e Triac. Disponível em:

<http://blog.baudaeletronica.com.br/potencia-ac-arduino-triac/>, acessado em 23 de Abril de

2020.

BRAGA, Newton. DIMMERS E CONTROLADORES DE POTÊNCIA. Disponível em:

< http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/619-dimmers-e-controles-de-

potencia-art071.html>. Acesso em: 23de abril de 2020.

Curso Arduino Advanced - Aula 14 (TRIAC). Disponível em:

<http://renatoaloi.blogspot.com/>, acessado em 23 de Abril de 2020.


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APÊNDICES
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APÊNDICE A – CONTROLE DE CARGA AC COM ARDUÍNO E TRIAC


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APÊNDICE B – Controle de Carga Ac

As imagens constadas no APÊNDICE A, referem-se ao projeto realizado do Controle de

Carga AC. Nela pode-se verificar o circuito de disparo apresentado é bem fácil de realizar o

controle da potência dissipada na carga a um baixo custo. Ao ajustarmos o valor da chave

táctil para o valor máximo de sua resistência, à lâmpada permanecerá apagada, pois a potência

dissipada na mesma é mínima. Porém, ao ajustarmos a chave táctil para seu valor mínimo de

sua resistência, observamos que a intensidade da lâmpada aumenta gradualmente como

resultado do aumento da potência dissipada na mesma, até alcançar a intensidade máxima,

restando somente à resistência proveniente do resistor.


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ANEXOS
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ANEXO A – PROGRAMAÇÃO DO CONTROLE DE CARGA AC.

int UP = 7;
int DOWN = 8;
int LAMP = 3;  
int dimming = 128;
int counts = 7;
int dimmer[7] = { 1, 105, 100, 75, 50, 25, 10 };
int i = 0;
void setup()
{
  //Serial.begin(9600);
  //delay(1000);
  pinMode(UP, INPUT);
  pinMode(DOWN, INPUT);
  pinMode(LAMP, OUTPUT);
  digitalWrite(UP, HIGH);
  digitalWrite(DOWN, HIGH);
  attachInterrupt(0, zero_crosss_int, RISING);
}
void loop()
{
  if (!digitalRead(UP) || !digitalRead(DOWN))
 {
    if (verifica_botao(UP))
  {
      if (i < (counts - 1)) i++;
      //Serial.print("UP: ");
      //Serial.println(i, DEC);
  }
    else if (verifica_botao(DOWN))
  {
      if (i > 0) i--;
      //Serial.print("DOWN: ");
      //Serial.println(i, DEC);
  }
 }
  //Serial.print("VALOR: ");
  //  Serial.println(i, DEC);
  dimming = dimmer[i];
  delay(100);
}
void zero_crosss_int()
{
  int dimtime = (65 * dimming);    
  delayMicroseconds(dimtime);  
  digitalWrite(LAMP, HIGH);  
  delayMicroseconds(8.33);        
  digitalWrite(LAMP, LOW);  
}
byte verifica_botao(byte botao)
{
  if (!digitalRead(botao))
 {
    unsigned long tempo = millis() + (150 - dimming);
    while(tempo > millis())
  {
     if (digitalRead(botao)) return LOW;
  }
    return HIGH;
 }
  else
    return LOW;
}

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