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Paulo Henrique Maia

RESENHA CRÍTICA SOBRE ESCOLAS CLÁSSICAS E POSITIVAS NA


CRIMINOLOGIA.

BARROS, Flávio Augusto Monteiro de. Manual de Direito Penal: Partes Geral e Especial.
1. Ed. Salvador: JusPodivm, 2019. 49-58 p.

Flávio Augusto Monteiro de Barros possui graduação em Direito pela ITE – Bauru (1987).
Tornou-se advogado e professor do Curso FMB. Foi Juiz de Direito, Promotor de Justiça e
Procurador do Estado. Foi também Diretor da Associação Paulista de Magistrados.
Atualmente, palestrante (convidado) em várias universidades e Presidente da Rede de Ensino
FMB.

O livro Manual de Direito Penal: Partes Geral e Especial foi redigido em 1552 páginas, sendo
o foco desta resenha a seção Escolas Penais, aonde vai da página 49 a 58. A seção traz
elementos pertinentes como duas escolas, a clássica e positiva, em que cada qual tem uma
visão diferente sobre o fundamento da responsabilidade penal do criminoso. Assim, promove
uma discussão dos problemas do fundamento jurídico do direito de punir e dos fins da pena. O
autor chama atenção quando define as escolas e às compara, abordando suas origens e
classificações.

Aborda que a Escola Clássica teve o nome originado pelos positivistas, para designar o
pensamento dos criminalistas que os antecederam. A maioria inspirados pelo iluminismo de
Beccaria. De acordo com a Escola Clássica o crime decorre exclusivamente da vontade do
indivíduo e não da combinação de fatores genéticos, físicos e sociais. Destarte, a pena é um
mal adquirido ao delinquente merecedor de um castigo por motivo de uma falta considerada
crime.

A Escola Clássica está divida em dois grandes períodos: Filosófico ou teórico, que tem como
um grande representante Beccaria; e o Jurídico ou prático, em que a figura de maior destaque
foi Franchesco Carrara. Sendo que Beccaria desenvolve análises baseando-se nas ideias de
Rousseau e Montesquieu, definindo que o pacto social conceitua que o indivíduo se pactua a
viver de acordo com as leis e deverá ser punido pelo Estado quando transgredi-las. Por outro
lado, Carrara que estudou o crime em si sem se preocupar com o criminoso, afirmava que o
crime era uma infração da lei do Estado.
A Escola Positiva nasce com Cesare Lombroso, inspirado nas teorias de Darwin, Lamarck e
Haeckel, refuta a ideia do livre-arbítrio, sustentando a existência do criminoso. Além de
Lombroso, merece destaque, Enrico Ferri. Enrico principia a sociologia criminal, dizendo que
a causa do delito é defendida por fatores antropológicos, sociais e físicos. Contrapondo da
Escola Clássica, a Positiva afirma que a responsabilidade penal do delinquente não se cria no
livre-arbítrio, e sim em fatores biológicos ou genéticos do indivíduo, como resultados de seu
meio físico e social.

A meu ver, as Escolas Penais traz uma correlação entre a responsabilidade penal do
criminoso e a fundamentação jurídica do direito de punir. Diante disso, o autor da obra utiliza
de linguagem clara e objetiva de forma culta e formal.

O tema é indicado para profissional que estejam no meio relacionado à humanidade e


sociedade como advogados, sociólogos, filósofos, ou até mesmo professores da área. Porque
discorre a fundamentação das Escolas Penais em seu âmbito criminológico e social.

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